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Profa. Ma. Thais Bandouk UNIDADE I Controle Motor e Neurociências Pense nas atividades que você precisa executar em seu dia a dia: quantas dessas atividades necessitam de movimentos seus para que aconteçam? Como será que esses movimentos são controlados? Como eles ocorrem? Controle motor é definido como “a habilidade em regular ou direcionar os mecanismos essenciais ao movimento” (SHUMWAY-COOK; WOOLLACOTT, 2017). Teorias de Controle Motor Fontes: https://pixabay.com/pt/photos/cozinha-mulher-cozinheiro-frite-951950/ https://pixabay.com/pt/photos/bal%C3%A9-dan%C3%A7a-bailarina-mulher-menina-5833736/ X Indivíduo x Ambiente x Tarefa. Teorias de Controle Motor Fontes: https://pixabay.com/pt/photos/fam%C3%ADlia-praia-mar-feliz-oceano-5469315/ https://pixabay.com/pt/photos/pessoa-humano-feminino-praia-978017/ https://pixabay.com/pt/photos/casal-de-idosos-praia-pessoas-3696398/ Movimentos reflexos: movimentos mais simples e menos afetados pelo controle voluntário. São constituídos de respostas rápidas, estereotipadas, involuntárias e ocorrem após um estímulo sensorial específico. Exemplo: a retirada da mão após encostar em uma chapa quente. Movimentos automáticos: movimentos combinatórios que abarcam ações voluntárias e reflexas. Exemplo: certas porções da organização da marcha e o movimento de coçar. Movimentos voluntários: complexos e contemplam duas principais características: são direcionados a um objetivo (ditos proposicionais) e são aprendidos, em que a sua execução melhora com a prática. Como exemplo, temos o ato de tomar banho, escrever um texto, fazer um bolo, fazer compras no supermercado. As três classes de movimentos Fonte: https://image.freepik.com/free-vector/ outdoor-activities-set_74855-1469.jpg. Acesso em: 8 out. 2020. Teoria Reflexa: os reflexos são blocos simples de movimentos que compõem os comportamentos complexos que são explicados pela ação combinada de reflexos individuais que se encaixavam entre si. Teoria Hierárquica: organização hierárquica do SNC em níveis de controle. Teoria Neuromaturacional: baseada na Teoria Hierárquica. Explica o DNPM pela mielinização das estruturas do SN. Teoria da Programação Motora: programas motores que representam as ações motoras em âmbitos mais abstratos, independente dos sistemas motores efetores. Teorias de Controle Motor e as suas implicações clínicas Representacionalista Fontes: adaptado de: https://pixabay.com/pt/photos/vela-fogo-bolo-chama-luz-3976143/ KANDEL, S. et. al. Princípios de Neurociências. 5. ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2014. p. 394. Teoria dos Sistemas: o controle dos movimentos é integrado por vários sistemas que interagem de forma cooperativa na sua geração. Surge do sistema mecânico submetido às forças externas (ex.: força da gravidade) e internas (controle muscular). Teoria Ecológica: participação do ambiente na modulação de um comportamento motor orientado a um objetivo. Habilidade de usar percepção para orientar a ação. Teorias de Controle Motor e as suas implicações clínicas Ecológica ou Dinamicista Fonte: https://image.freepik. com/free-vector/environmental-concept-paper-style_23-2148420632.jpg. Acesso em: 9 out. 2020. As perspectivas teóricas da Ciência da Motricidade aumentaram o conhecimento sobre o desempenho motor. Admite-se que as etapas de desenvolvimento motor têm uma base genética, mas as potencialidades inatas se desenvolvem na medida em que o recém-nascido encontra um ambiente favorável que influencia na aquisição das habilidades desenvolvidas. Leia as afirmações sobre as teorias do controle motor e escolha a alternativa correta: I. A Teoria Neuromaturacional pressupõe que o ritmo e a sequência de desenvolvimento motor são invariáveis e dependentes, apenas, da maturação neural; II. O modelo Hierárquico pressupõe que o SNC é organizado numa hierarquia vertical, na qual um centro superior sempre comanda, planeja e delega o programa motor para os centros subordinados o executarem; III. A Teoria Ecológica enfatiza que a organização e a função do sistema nervoso, não dependem da interação entre o indivíduo e o ambiente. a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) I e II. e) I, II e II. Interatividade As perspectivas teóricas da Ciência da Motricidade aumentaram o conhecimento sobre o desempenho motor. Admite-se que as etapas de desenvolvimento motor têm uma base genética, mas as potencialidades inatas se desenvolvem na medida em que o recém-nascido encontra um ambiente favorável que influencia na aquisição das habilidades desenvolvidas. Leia as afirmações sobre as teorias do controle motor e escolha a alternativa correta: I. A Teoria Neuromaturacional pressupõe que o ritmo e a sequência de desenvolvimento motor são invariáveis e dependentes, apenas, da maturação neural; II. O modelo Hierárquico pressupõe que o SNC é organizado numa hierarquia vertical, na qual um centro superior sempre comanda, planeja e delega o programa motor para os centros subordinados o executarem; III. A Teoria Ecológica enfatiza que a organização e a função do sistema nervoso, não dependem da interação entre o indivíduo e o ambiente. a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) I e II. e) I, II e II. Resposta Nível mais simples em relação à hierarquia de controle do movimento. Na ME que é processada a forma mais simples dos movimentos: o movimento reflexo. Os reflexos são movimentos simples, estereotipados, involuntários, que ocorrem como resposta a um estímulo sensorial específico. Sistema nervoso segmentar compreende o SNP e as porções do SNC (corno ventral da ME), que tem relações com os nervos. Controle segmentar da motricidade voluntária Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/ 9/97/Imgnotra%C3%A7at_arc_reflex_eng.sv. Acesso em: 13 out. 2020. Arco reflexo, também chamado de reflexo de estiramento ou reflexo miotático. A circuitária da ME está envolvida com a recepção inicial e a transmissão da informação somatossensorial oriunda de músculos, articulações e pele (via aferente). Também é responsável por vias de cunho motor – relacionadas ao controle, tanto reflexo como voluntário, dos movimentos e do controle postural, por meio de suas vias eferentes e motoneurônios. Controle segmentar da motricidade voluntária Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/49/Circuito-InibicaoReciproca.tif/lossy-page1-728px- Circuito-Inibicao-Reciproca.tif.jpg. Acesso em: 13 out. 2020. Coativação alfa-gama Fonte: adaptado de: KANDEL, S. et. al. Princípios de neurociências. 5. ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2014. p. 696. A Estiramento sustentado do músculo B Estiramento somente dos neurônios motores alfa C Estimulação dos neurônios motores alfa e gama Como avaliar esses reflexos? Por meio da percussão muscular com o martelo de reflexos. Avaliar o grau de integridade e excitabilidade medular, bem como a integridade das conexões aferentes e eferentes. Hiporreflexia: os reflexos estão mais “fracos”, hipoativos. Caracterizada por alterações dos circuitos reflexos ou musculares, que podem ocorrer como os padrões de lesões neurológicas periféricas, lesões neurológicas em fases iniciais ou, também, em caso de lesões cerebelares. Hiperreflexia: os reflexos podem estar mais “fortes”, hiperativos. Caracterizada por uma entrada excitatória aumentada e relacionada a distúrbios do tônus, como espasticidade. Controle segmentar da motricidade voluntária Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/reflexo-martelo-medicina-martelo-2302473/ Funções relacionadas ao controle neurovegetativo. Recebe informações da pele, dos músculos da cabeça, e dos sistemas visual e vestibular. Passagem de vias ascendentes e descendentes que conduzem os sinais sensoriais e motores a porções do SN. Funções integrativas de controle do movimento, pelas suas vias descendentes. Vias mediais: culminamna região ventromedial da substância cinzenta medular, influenciando, dessa forma, os neurônios motores que inervam os músculos axiais e proximais – exerce uma importante função no controle postural, por meio da integração das informações vestibulares e visuais. Vias laterais: terminam na região dorsolateral da substância cinzenta medular, influenciando os neurônios motores que controlam os músculos distais dos membros. Muitos núcleos específicos do TE controlam os movimentos da cabeça e dos olhos. Integração em nível do tronco encefálico Fonte: PURVES, D. et al. Neurociências. 4. ed. São Paulo: Artmed, 2010. p. 426. O neurônio motor inferior pode ser acometido quando ocorre algum prejuízo no corno ventral da medula, na raiz ventral da medula, no nervo periférico ou na junção neuromuscular. Clinicamente, o prejuízo do NMI é identificado por qual(ais) sintoma(s)? I. Prejuízo do movimento; II. Hiporreflexia miotática; III. Hiperreflexia miotática. a) Apenas a I está correta. b) Apenas a II está correta. c) Apenas a III está correta. d) I e II estão corretas. e) I e III estão corretas. Interatividade O neurônio motor inferior pode ser acometido quando ocorre algum prejuízo no corno ventral da medula, na raiz ventral da medula, no nervo periférico ou na junção neuromuscular. Clinicamente, o prejuízo do NMI é identificado por qual(ais) sintoma(s)? I. Prejuízo do movimento; II. Hiporreflexia miotática; III. Hiperreflexia miotática. a) Apenas a I está correta. b) Apenas a II está correta. c) Apenas a III está correta. d) I e II estão corretas. e) I e III estão corretas. Resposta Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/49/Cir cuito-InibicaoReciproca.tif/lossy-page1-728px-Circuito-Inibicao- Reciproca.tif.jpg. Acesso em: 13 out. 2020. Recebe as entradas da periferia e de todos os níveis do SNC. Suas conexões eferentes emergem de seus núcleos cerebelares. Ajusta as respostas motoras por meio da comparação do planejamento do movimento com o que está sendo realizado de fato. Caso a trajetória do movimento esteja desviada de seu plano original, é responsável por ajustá-la. Modulador indireto do movimento e da postura, pois ajusta a saída dos principais sistemas motores descendentes do encéfalo. Modula FM e ADM, sendo essas atividades modificadas pela experiência. Controle suprassegmentar da motricidade voluntária Cerebelo Disfunções do cerebelo: Incoordenação motora – ataxia: erros no alcance, na força do movimento, na frequência e na regularidade dos movimentos; Alterações na coordenação oculomotora; Alterações de equilíbrio; Redução do tônus muscular. As conexões aferentes são oriundas de diversas regiões do córtex cerebral – vias de entrada dos NB são constituídas pelos núcleos caudado e putâmen (neoestriado ou corpo estriado). Os núcleos de saída dos NB são constituídos por globo pálido e pela zona reticulada da SN. Conexões eferentes se projetam para o tálamo e, posteriormente, para o córtex cerebral e têm como as suas principais regiões-alvo as áreas: pré-frontal, pré-motora, motora suplementar e motora primária. Controle suprassegmentar da motricidade voluntária Núcleos da base Córtex Cerebral N. Caudado Putâmen Globo Pálido SNr Tálamo Modulação do movimento: processamentos relacionados ao planejamento dos movimentos, iniciação dos movimentos, organização dos ajustes posturais, execução de estratégias motoras complexas, controle oculomotor e aspectos cognitivos do movimento. Controle suprassegmentar da motricidade voluntária Núcleos da base Disfunções dos núcleos da base: Dificuldade na iniciação dos movimentos; Alterações na seletividade dos movimentos (lentidão nos movimentos – hipocinesia ou atividade aumentada na regulação dos movimentos – hipercinesia); Alterações do tônus muscular; Alterações dos reflexos posturais. Alterações motoras decorrentes de acometimentos nos núcleos da base Desordens hipocinéticas: Lentidão e dificuldades de iniciação do movimento (bradicinesia); Rigidez muscular (cocontração dos mm. agonistas e antagonistas, causando a chamada hipertonia plástica manifestada pelo sinal da roda denteada); Tremor ao repouso e instabilidade postural. Alterações da motricidade voluntária Desordens hipercinéticas: Movimentos excessivos e involuntários; Coreia: mov. rápidos e irregulares; Atetose: mov. lentos de torções, principalmente em MMSS; Distonia: contrações musculares sustentadas que causam torções, movimentos repetitivos e posturas inadequadas. Fonte: adaptado de: https://image.freepik.com/free- vector/parkinsons-disease-infographic_18591- 15564.jpg. Acesso em: 14 out. 2020. Controle suprassegmentar da motricidade voluntária Córtex cerebral Fonte: KANDEL, S. et. al. Princípios de Neurociências. 5. ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2014. p. 322. Medial Lateral Medial Lateral A Homúnculo sensorial B Homúnculo motor B A Perna Perna Braço Face Capacidade de organizar atos motores complexos e de executar movimentos finos com precisão. Movimentos voluntários contemplam duas características principais: planejamento de acordo com os objetivos e ajuste modulatório, de acordo com os aspectos específicos do ambiente. A principal via motora descendente do cérebro é o trato corticoespinhal (TCE). TCE lateral: fibras que cruzam a linha média na decussação das pirâmides no bulbo descem pela parte dorsal da ME, responsáveis pelo controle dos movimentos distais dos membros. TCE ventrais ou anteriores: fibras que não cruzam a decussação das pirâmides descem pelas colunas ventrais, responsáveis pelo controle de movimentos menos precisos dos músculos proximais de membros e tronco. Controle suprassegmentar da motricidade voluntária Córtex cerebral Fonte: KANDEL, S. et. al. Princípios de neurociências. 5. ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2014. p. 324. Alterações da força muscular: Força muscular: a habilidade em gerar tensão muscular para o movimento ou o controle postural; Resultante de propriedades musculoesqueléticas e ativações neurais musculares; Aspectos neurais da produção de força muscular: o número de unidades motoras, o tipo de unidades recrutadas e a frequência de descarga neuronal. Fraqueza muscular: uma inabilidade em gerar níveis adequados de força. De acordo com a extensão da lesão, as alterações musculares podem variar: Plegia – perda total da capacidade de geração de força; Paresia – perda parcial da atividade muscular. Alterações da motricidade voluntária Fonte: KANDEL, S. et. al. Princípios de Neurociências. 5. ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2014. p. 729. Alterações do tônus muscular: Tônus muscular pode ser definido como o estado de contração basal muscular – resistência muscular ao alongamento passivo. Espasticidade: A excitabilidade dos reflexos espinais está sob o controle supraespinal pelos NMS, tanto excitatórios como inibitórios (SHEEAN, 2002); A alteração na modulação suprassegmentar das vias descendentes pode resultar na hiperexcitabilidade dos reflexos espinais; Síndrome neurológica caracterizada por sinais e sintomas característicos de lesão do NMS: hipertonia, hiperreflexia, presença de clônus e sinal de Babinski. Hipotonia: Resistência muscular ao alongamento passivo está diminuída; Característica de alguns acometimentos neurológicos, como: lesões do SNP, lesões cerebelares, síndrome de Down, fases iniciais (agudas) pós-lesão do SNC. Alterações da motricidade voluntária A principal via que inibe a atividade reflexa espinal é o Trato Reticuloespinal Dorsal, que surge da formação reticular ventromedial. Ele está muito próximo ao TCE lateral, portanto, uma única lesão frequentemente gera o acomentimento das duas vias. As áreas corticais estimulam a formação reticular que vai modular a medula.Fonte: SHEEAN. The pathophysiology of spasticity. European Journal of Neurology, 2002, 9 (Suppl. 1): 3–9. Perda da seleção de ativação muscular – sinergias inadequadas: Ordem das sinergias; Sequência de ativação muscular; Timing muscular; Resultando em padrões estereotipados de movimento. Coativação: Ativação simultânea de músculos adicionais (agonistas e antagonistas) durante os movimentos funcionais. Alterações da motricidade voluntária Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/idade-homem-vov%C3%B4-homem-velho-1015484/ Paciente A.J., 3 anos, compareceu para a avaliação fisioterapêutica. A mãe relatou que, logo após o nascimento, a criança evoluiu com icterícia neonatal grave que provocou a intoxicação dos núcleos da base. Considerando os seus conhecimentos sobre a ação dos núcleos da base no controle motor, analise as afirmações e escolha a(s) alternativa(s) correta(s): I. Essa criança, provavelmente, apresentará espasticidade; II. Os núcleos da base são responsáveis pela regulação da motricidade participando dos ajustes envolvidos no controle postural e na regulação do tônus; III. Essa criança, provavelmente, apresentará movimentos involuntários do tipo coreoatetoides. a) Apenas a I está correta. b) Apenas a II está correta. c) I e II estão corretas. d) I e III estão corretas. e) II e III estão corretas. Interatividade Paciente A.J., 3 anos, compareceu para a avaliação fisioterapêutica. A mãe relatou que, logo após o nascimento, a criança evoluiu com icterícia neonatal grave que provocou a intoxicação dos núcleos da base. Considerando os seus conhecimentos sobre a ação dos núcleos da base no controle motor, analise as afirmações e escolha a(s) alternativa(s) correta(s): I. Essa criança, provavelmente, apresentará espasticidade; II. Os núcleos da base são responsáveis pela regulação da motricidade participando dos ajustes envolvidos no controle postural e na regulação do tônus; III. Essa criança, provavelmente, apresentará movimentos involuntários do tipo coreoatetoides. a) Apenas a I está correta. b) Apenas a II está correta. c) I e II estão corretas. d) I e III estão corretas. e) II e III estão corretas. Resposta Envolve o controle da posição do corpo no espaço, para o objetivo duplo de orientação e estabilidade. Estar alinhado em relação à tarefa que irá desempenhar no ambiente (estar estável dentro daquele cenário e capaz de produzir estratégias que lhe faça manter o COM dentro da BOS). O equilíbrio postural depende do indivíduo, do ambiente e das tarefas posturais: Indivíduo: integração dos sistemas motor, sensorial e cognitivo; Ambiente: variações das superfícies de contato, do contexto sensorial e das demandas cognitivas; Tarefas posturais: controle de equilíbrio denominados de estado estável, reativo e proativo. Controle postural fisiológico Fontes: https://pixabay.com/pt/photos/adulto-escuro-moda-menina-luz-1868049/ https://pixabay.com/pt/photos/metro-metr%C3%B4-p%C3%BAblico-pessoas- 820332/ As tarefas funcionais do dia a dia requerem três tipos de controle de equilíbrio: Equilíbrio em situações estáveis: habilidade em controlar o COM relacionado à BOS em situações estáveis e previsíveis, sem alterações importantes. Exemplo: permanecer sentado ou em pé e caminhando em velocidade constante; Equilíbrio reativo: habilidade em restabelecer uma posição estável após uma perturbação não esperada. Exemplo: ato de caminhar e tropeçar em um obstáculo; Equilíbrio proativo ou antecipatório: habilidade em ativar, de forma antecipada, os músculos, principalmente em tronco e MMII, para o controle de equilíbrio. Exemplo: ato de carregar uma sacola pesada. Controle postural fisiológico Fontes: https://pixabay.com/pt/illustrations/o-homem trope%C3%A7ar-em- restos-4785967/ https://pixabay.com/pt/photos/homem-pessoa-pessoas-juntos-dois-3244702/ A capacidade de controlar a posição do corpo no espaço surge da complexa interação entre os sistemas musculoesquelético e neural: Componentes neurais: sinergias da resposta muscular, dos processos sensoriais e perceptuais, que envolvem a organização e a integração dos sistemas visuais, vestibular e somatossensorial; processos cognitivos de alta ordem, por meio de reservas e estratégias cognitivas; Componentes musculoesqueléticos: ADM, flexibilidade muscular e FM. Como a organização muda quando a estabilidade é ameaçada? Controle postural fisiológico Fontes: adaptado de: SHUMWAY-COOK, A.; WOOLLACOTT, M. H. Motor control: translating research into clinical practice. 5. ed. Holanda: Wolters Kluwer, 2017. p. 164-174. Alterações musculoesqueléticas, neuromusculares, sensoriais e cognitivas. Alterações no alinhamento entre um segmento corporal e COM, no que se refere à BS influenciam como os mm. são recrutados e coordenados para a recuperação da estabilidade. Alterações no controle postural que produzem a diminuição da estabilidade impactam a realização das atividades de vida diária dos indivíduos. Alterações do equilíbrio reativo: Alterações no sequenciamento sinérgico; Alterações no timing de ativação das respostas posturais; Alterações na atividade postural adaptativa em relação às mudanças da tarefa e ambiente. Controle postural alterado Controle postural alterado Fonte: adaptado de: SHUMWAY-COOK, A.; WOOLLACOTT, M. H. Motor control: translating research into clinical practice. 5. ed. Holanda: Wolters Kluwer, 2017. p. 236. Alterações no timing de ativação das respostas posturais Fonte: adaptado de: SHUMWAY-COOK, A.; WOOLLACOTT, M. H. Motor control: translating research into clinical practice. 5. ed. Holanda: Wolters Kluwer, 2017. p. 238. Controle postural alterado Fonte: adaptado de: SHUMWAY-COOK, A.; WOOLLACOTT, M. H. Motor control: translating research into clinical practice. 5. ed. Holanda: Wolters Kluwer, 2017. p. 248 Todas as tarefas envolvidas nas atividades de vida diária e prática exigem um controle postural. Na maioria das habilidades funcionais, mantemos a orientação vertical do corpo, permitindo um melhor desempenho da ação dos membros superiores. Analise as sentenças a seguir sobre os tipos de controle postural e selecione a alternativa correta: I. No estado estável, o corpo se encontra em situação de repouso ou caminhando em velocidade constante; II. O equilíbrio reativo é a habilidade em recuperar uma posição estável em consequência a uma perturbação esperada pelo indivíduo; III. O equilíbrio proativo é a habilidade em ativar os músculos em MMII e o tronco, em resposta antecipada a possíveis movimentos voluntários desestabilizadores. a) Apenas a I está correta. b) Apenas a II está correta. c) I e II estão corretas. d) I e III estão corretas. e) II e III estão corretas. Interatividade Todas as tarefas envolvidas nas atividades de vida diária e prática exigem um controle postural. Na maioria das habilidades funcionais, mantemos a orientação vertical do corpo, permitindo um melhor desempenho da ação dos membros superiores. Analise as sentenças a seguir sobre os tipos de controle postural e selecione a alternativa correta: I. No estado estável, o corpo se encontra em situação de repouso ou caminhando em velocidade constante; II. O equilíbrio reativo é a habilidade em recuperar uma posição estável em consequência a uma perturbação esperada pelo indivíduo; III. O equilíbrio proativo é a habilidade em ativar os músculos em MMII e o tronco, em resposta antecipada a possíveis movimentos voluntários desestabilizadores. a) Apenas a I está correta. b) Apenas a II está correta. c) I e II estão corretas. d) I e III estão corretas. e) II e III estão corretas. Resposta LANCE, J. W. Symposium synopsis. In: FELDMAN, R. G.; YOUNG, R. R.; KOELLA, W. P. (eds.) Spasticity: disordered motor control. Chicago: Year Book, 1980. SHEEAN G. The pathophysiology of spasticity. European Journal of Neurology, 2002, 9(Suppl. 1): 3–9. Disponível em: https://doi.org/10.1046/j.1468-1331.2002.0090s1003.x SHUMWAY-COOK, A.; WOOLLACOTT, M. H. Controle motor: teoria e aplicações práticas. São Paulo: Manole, 2017. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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