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Lesão celular irreversível 1 Lesão celular irreversível Introdução Quando ocorre a lesão celular irreversível? Quais sao os dois tipos que existem? A lesão celular irreversível ocorre na medida em que o dano vai se instalando, tornando as alterações cada vez mais severas e difíceis de recuperar. Os dois mecanismos de morte celular são a necrose e a apoptose Qual característica indica que uma célula entrou em lesão irreversível? O rompimento de membranas celulares As células se tornam não funcionais logo após o início da agressão, embora elas ainda permaneçam viáveis, com danos potencialmente reversíveis; uma agressão de longa duração pode levar a lesão irreversível e morte celular.. Necrose A necrose ocorre quando uma célula é lesada lentamente, sendo um dos padrões de morte celular nos seres vivos. Em um quadro isquemico persistente, por ex, a célula caminhará para a lesão de caráter irreversível, culminando em alterações como: Lesão celular irreversível 2 Intensa tumefação das mitocondrias, com depleção progressiva de ATP e extenso dano a membrana celular, podendo afetar as funções e a integridade de todas as membranas celulares. A lesão as membranas dos lisossomos resulta em liberação de suas enzimas para o citoplasma, oq gera uma digestão enzimática de proteínas, quebrando o citoesqueleto da célula, RNA e DNA, dando origem a um conjunto de alterações morfológicas descritas como necrose A falencia das bombas de Ca e a liberação de Ca dos estoques intracelulares (RE) promovem um aumento de sua concentração citosólica e, com isso, lesão celular por vários mecanismos, como a ativação de enzimas citoplasmáticas com efeitos potencialmente deletérios sobre a célula e esgotamento do ATP devido a danos mitocondriais se associando ao aumento da glicólise anaeróbica e formação de ac lático, culminando na redução do ph intracelular. Nota: A importancia clínica dessas enzimas intracelulares é que pode ser previsto o processo de necrose pela dosagem das mesmas, que são liberadas de forma gradativa na corrente sanguínea após o dano estrutural celular. Ex: CK e troponina nos casos de IAM e extravasamento das transaminases hepáticas prevendo morte de hepatócitos na hepatie. Nota 2: A lesão miocárdica é reversível apenas nos primeiros 20 minutos. Lesão celular irreversível 3 Alterações nucleares aparecem devido a destruição inespecífica do DNA (sinais morfológicos nucleares): a) Pinocitose: Ocorre retração nuclear e condensação da cromatina, núcleo reduzido de tamanho e hipercorado b) Cariorrexe: O núcleo picnótico sofre fragmentação, ocorrendo distribuição irregular da cromatina que pode se acumular e/ou desistegrar-se em grumos, perdendo os limites nucleares (nucleo desaparece após 1/2 dias) c) Cariólise: É a dissolução da cromatina com perda de coloração do núcleo que reflete a perda de DNA pela degradação enzimática por endonucleases. A lesão da membrana citoplasmática promove um extravasamento do conteúdo citoplasmático para o meio extracelular, onde despertam uma reação inflamatória local, devido a presença de citocinas inflamatórias que funcionam como fatores quimiotaxicos. Logo, toda a necrose é acompanhada de inflamação aguda ao seu redor, com presença de neutrófilo. Com o passar do tempo, o processo agudo é substituido pela presença de macrófagos para que seja retirado o tecido necrosado e produza uma cicatriz. As alterações de membrana tambem alteram o RE e consequentemente, reduzem a síntese proteica, agravando ainda mais o processo. A presença de radicais livres, que podem ser formados por absorção de radiação, metabolismo, metais de transição e etc modifica moléculas nucleares e da membrana celular gerando, assim, uma propagação de danos em cadeia que culminam na morte celular. As espécies reativas de oxigenio (ERO), por ex, são radicais livres normalmente produzidos durante a fosforilação oxidativa e que são degradados por mecanismo de defesa celular. Em lesões de isquemia-reperfusão, há um aumento na Lesão celular irreversível 4 geração de ERO (estresse oxidativo), as quais geram danos a membrana por peroxidação, modificações proteicas e mutações genicas. Substancias quimicas tbm podem lesar direta ou indiretamente organelas e moléculas de membrana, como por ex o consumo excessivo de medicamentos hepatotóxicos levando a uma hepatite medicamentosa. Descrever o esquema para a necrose Isquemia prolongada —> tumefação intensa + influxo de Ca + rompimento dos lisossomos e da membrana plasmática —> processo inflamatório —> necrose
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