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Princípios da Estética Corporal

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Avaliação e anamnese aplicadas à 
estética corporal
APRESENTAÇÃO
Nos dias atuais, os profissionais de estética que não realizam uma avaliação bem detalhada em 
seus clientes raramente alcançam sucesso nos resultados dos tratamentos oferecidos.
Cada informação do cliente pode influenciar no resultado do tratamento. Por isso, é fundamental 
ouvi-lo atentamente, relacionando suas informações com suas queixas e, assim, possibilitando a 
realização dos tratamentos estéticos corretos.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai compreender como realizar uma avaliação 
minuciosa, com dados clínicos e físicos, utilizando o questionário e as ferramentas adequadas 
para mensurar os dados físicos.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar os parâmetros aplicados à avaliação corporal. •
Descrever técnicas e procedimentos aplicados à avaliação em estética corporal. •
Reconhecer a aplicabilidade de métodos e técnicas de avaliação. •
INFOGRÁFICO
Uma entrevista estética parece algo desafiador, já que é o primeiro contato com sua cliente, mas 
também é bem mais simples do que você pode imaginar. 
Veja, no Infográfico, como realizar uma avaliação corporal completa.
CONTEÚDO DO LIVRO
Os tratamentos estéticos corporais oferecem uma grande gama de opções de técnicas, 
cosméticos e aparelhos tecnológicos. Mas isso não garante resultados, o que vai garantir um 
bom resultado é a avaliação correta.
Para saber qual será a conduta terapêutica a ser adotada, é necessária uma avaliação minuciosa, 
que auxilie no momento de elaborar o protocolo e possibilite mensurar os resultados ao longo do 
tratamento.
No capítulo Avaliação e anamnese aplicadas à estética corporal, da obra Procedimentos em 
estética corporal, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer as 
ferramentas utilizadas para efetuar uma avaliação corporal completa.
Boa leitura.
PROCEDIMENTOS 
EM ESTÉTICA 
CORPORAL
Ana Carla Happel
Avaliação e anamnese 
aplicadas à estética 
corporal
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar os parâmetros aplicados à avaliação corporal.
  Descrever técnicas e procedimentos aplicados à avaliação em estética 
corporal.
  Reconhecer a aplicabilidade de métodos e técnicas de avaliação.
Introdução
O fato de montar um plano de tratamento estético corporal exige muita 
atenção do profissional. Deve ser realizada uma “entrevista” antes de iniciar 
os protocolos de tratamento utilizando a ficha de anamnese.
Todo tratamento estético interfere no funcionamento do organismo 
do cliente, sendo assim, necessitamos saber um pouco mais sobre o 
histórico clínico (doenças, cirurgias, alergias e outros), além dos seus 
hábitos diários. Diversas intercorrências podem acontecer quando não 
é realizada uma avaliação criteriosa, como, por exemplo, o fato de os 
resultados dos protocolos de tratamentos utilizados não estarem surtindo 
efeitos benéficos.
Neste capítulo, você irá compreender como é realizada uma ficha de 
avaliação, quais são os parâmetros aplicados às técnicas de mensurações 
e o quanto as técnicas e os métodos de avaliação são importantes para 
os tratamentos estéticos corporais.
1 Parâmetros aplicados à avaliação corporal
Uma avaliação minuciosa é parte importantíssima de qualquer tratamento 
estético corporal, sendo assim, é necessário que sejam utilizados métodos 
mais adequados para se obter todas as informações necessárias e, assim, 
personalizar o plano de tratamento de cada paciente individualmente. 
Utiliza-se um questionário chamado ficha de anamnese, que nos auxilia 
no registro das informações do cliente, podendo ser utilizado um modelo 
pronto ou você pode criar a sua própria ficha baseada nos tratamentos que 
você irá realizar individualmente e também baseado na sua experiência como 
profissional.
A ficha de anamnese é composta por duas partes: uma onde registramos o 
histórico clínico de nossos clientes e outra onde registramos a avaliação física. 
É como se você estivesse entrevistando seu cliente. Você vai investigar seus 
hábitos diários, com relação à alimentação, à ingestão de água e à prática de 
atividade física, além de investigar seu histórico médico, cirurgias, doenças, 
medicações, enfim, tudo que possa ser relevante e que influencie no tratamento 
estético (PEREZ; VASCONCELOS, 2014).
Estes são alguns dos itens importantes que devem constar no local da 
avaliação clínica:
  É fumante?
  Ingere bebida alcoólica?
  Realiza atividade física? Quantas vezes por semana?
  Qual é a quantidade de líquidos ingeridos diariamente?
  Faz uso de alguma medicação de uso contínuo? 
  Toma pílula anticoncepcional? 
  Faz reposição hormonal?
  Encontra-se grávida? Número de gestações?
  Hábitos alimentares bons ou ruins? É vegano?
  Qualidade do sono? Quantas horas por noite?
  Tem algum pino ou placa metálica no corpo?
  Realizou algum tratamento estético recentemente? Se sim, qual?
  Tem algum tipo de alergia? Se sim, qual?
  Faz uso de cosméticos home care? Se sim, quais?
  Alguma doença ou cirurgia recente?
Avaliação e anamnese aplicadas à estética corporal2
No entanto, na parte física, são necessárias as seguintes informações:
  peso;
  altura;
  índice de massa corporal;
  perimetria;
  adipometria;
  biotipo corporal;
  estrias (coloração): rosada ou nacarada?, largura?;
  graus da celulite (1 ao 4); compacta, edematosa, flácida ou mista?;
  adiposidade; compacta, edematosa ou flácida?;
  temperatura da região a ser tratada;
  fotodocumentação.
É importante explicar a importância desses dados para que o cliente res-
ponda corretamente aos questionamentos. Esse é o momento de conhecer 
mais o seu cliente, deixe-o bem à vontade e fique atento a todas as respostas, 
anotando o que mais achar necessário. 
Após o preenchimento da avaliação, o cliente deve assiná-la confirmando 
todas as informações relatadas, assim como se responsabilizando pela omissão 
de qualquer informação importante (PEREZ; VASCONCELOS, 2014).
2 Técnicas e procedimentos da avaliação 
corporal
O biotipo corporal feminino é classifi cado em dois tipos: androide e ginoide. 
O biotipo androide acumula mais gordura nas regiões do tórax, costas e mem-
bros superiores e é comparado ao formato de uma maçã. Todavia, o biotipo 
ginoide é comparado ao formato de uma pera e tem maior acúmulo de gordura 
nas regiões dos glúteos, quadris, fl ancos e joelhos. O biotipo androide apre-
senta mais gordura visceral, o que difi culta o tratamento estético, sendo que o 
biotipo ginoide tem mais opções de tratamentos estéticos (PEREIRA, 2013).
A perimetria é o conjunto de medidas feitas com o auxílio de uma fita 
métrica fina e não elástica em pontos do tronco, abdome, membros superiores 
e inferiores. As medidas devem ser feitas somente com roupa de baixo ou 
de praia, sendo usado como referência de medidas as protuberâncias ósseas, 
3Avaliação e anamnese aplicadas à estética corporal
assim, as medidas serão realizadas sempre no mesmo local. Segundo Perez 
e Vasconcelos (2014), as regiões a serem aferidas são: no abdome são três 
medidas: cintura, abdome superior e inferior; no tórax são duas medidas: 
tórax superior e inferior, além das medidas de quadril, culote e braços.
A fita métrica inelástica não deve ser aplicada nem muito apertada nem muito frouxa, 
para não diminuir ou aumentar as medidas, as quais devem ser aferidas no dia da 
avaliação e podem ser refeitas a cada cinco sessões de tratamento e servirão de 
parâmetro de comparações com o avanço do tratamento.
Medição das pregas cutâneas com adipômetro
Primeiramente, você deve posicionar o cliente em pé, vestindo somente as 
roupas de baixo ou de praia. As dobras cutâneas a serem analisadas deverão 
ser sempre as que se encontram do lado direito do corpo, como forma de 
padronização da avaliação. Com os dedos polegar e indicador, o profi ssional 
deverá pinçar a pelede cada dobra cutânea, sempre tomando cuidado para 
não pinçar o músculo junto. Após, deve-se colocar o adipômetro na prega 
um pouco abaixo de onde os seus dedos se encontram e, então, retirar os 
dedos e soltar a pressão do adipômetro. Em 2 ou 3 segundos ele indicará, 
por meio de milímetros, a camada de gordura da região avaliada. Como dica 
importante, deve-se marcar com uma caneta a região a ser aferida, sempre 
tomando como referência as partes ósseas. As pregas cutâneas aferidas 
são: do abdome, do tríceps, da região infraescapular e da coxa (PEREZ; 
VASCONCELOS, 2014).
Existem dois tipos de adipômetro: clínico e científico. O clínico é ideal para avaliações 
estéticas, e sua diferença fica por conta da resolução, que é em milímetros; no científico, 
é em décimos de milímetros.
Avaliação e anamnese aplicadas à estética corporal4
Como fazer o registro fotográfico?
Para que se tenham fotos que possam ser comparadas posteriormente é necessária 
a padronização da imagem com fundo liso, da mesma cor, iluminação e posicio-
namentos iguais das fotos de antes e depois. É interessante você criar um espaço 
em sua clínica somente para a fotodocumentação, com a luz e o fundo adequados 
e, se possível, com as marcações onde o cliente deve se posicionar e a distância da 
câmera (BORGES, 2010). Não é necessário ter iluminação e câmera profi ssional, 
basta ter uma câmera ou celular com boas imagens e uma boa iluminação da sala.
Atualmente, dispomos de muitos celulares no mercado (smartphones) com 
qualidade fotográfica muito semelhante às câmeras profissionais, sendo assim, 
você consegue documentar com o seu próprio celular.
O fundo fotográfico deve ser liso, podendo ser um tecido de cor neutra ou 
uma parede com pintura opaca. É muito utilizado o fundo preto, porém para 
clientes de pele negra, os contornos e os cabelos ficam sem definições, sendo 
então utilizados os fundos verde-claro ou amarelo. 
A iluminação deve ser boa e sempre manter o mesmo padrão ao substituir 
alguma lâmpada. Para isso, é importante saber qual tipo de lâmpada usar, 
marca, modelo, voltagem e ter um lugar fixo para as fotos serem padronizadas.
Para que se possa montar um comparativo dessas fotos no futuro, é im-
portante o enquadramento correto. Seja qual for a região do corpo, ela deve 
estar bem centralizada na câmera, deixando o mínimo de fundo visível na foto 
(BORGES, 2010). Quando as fotos da avaliação seguem os mesmos padrões, 
podemos observar claramente os sinais da evolução do tratamento (Figura 1).
Figura 1. Fotodocumentação antes e após tratamento de gordura localizada.
Fonte: Dmytro Flisak/Shutterstock.com.
5Avaliação e anamnese aplicadas à estética corporal
Como utilizar a bioimpedância? 
Existem alguns parâmetros que devem ser utilizados para que o exame de 
bioimpedância seja o mais preciso possível:
  não ter realizado atividade física intensa em até 24 horas antes;
  esvaziar a bexiga 30 minutos antes da avaliação;
  não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 48 horas; 
  não estar menstruada;
  não ser portador de marca-passo.
Na bioimpedância tetrapolar (Figura 2), o cliente deve posicionar os pés descalços 
exatamente na parte de metal, segurar em cada uma das mãos a manopla e afastar os 
braços do corpo para que a corrente elétrica possa passar por todo o corpo fazendo a 
leitura da composição corporal. Todavia, na bioimpedância vertical (perna – perna), 
o cliente somente precisa subir descalço na base da balança de bioimpedância e 
aguardar que ela faça a leitura (ALMEIDA; TIENGO; BERNARDES, 2020).
Para a realização da avaliação de bioimpedância não é necessário se despir, somente 
são retirados os casacos, acessórios de metal, como corrente, brincos e relógio, que 
podem interferir na passagem da corrente elétrica.
Figura 2. Avaliação de bioimpedância tetrapolar.
Fonte: Giorgio Rossi/Shutterstock.com.
Avaliação e anamnese aplicadas à estética corporal6
Como avaliar o fibroedema geloide? 
As conhecidas mais popularmente como celulites devem ser avaliadas conforme 
o seu grau de evolução e tipo. 
  Grau I: o “aspecto casca de laranja” só aparece com a contração da 
musculatura ou quando apalpada.
  Grau II: o “aspecto casca de laranja” é observado independentemente 
de contração muscular e apresenta redução da elasticidade e da tem-
peratura da pele.
  Grau III: além do “aspecto casca de laranja”, pode-se observar nódulos, 
que ao toque causam dor, redução da elasticidade e da temperatura da pele. 
  Grau IV: apresenta macronódulos com aderências que causam um 
grande ondulamento na pele, além de dor e diminuição da temperatura.
Tipos:
  Dura: sem evidências de fibroses ou aderências profundas, comum em 
jovens com boa musculatura sem flacidez, na apalpação são identifi-
cados micronódulos.
  Flácida: mais comum em mulheres com mais de 30 anos e sedentárias. 
Os tecidos são de fácil mobilização e apresentam macronódulos.
  Edematosa: pode ser encontrada em mulheres jovens ou adultas, ser 
dura ou flácida e apresenta placas rígidas com aspecto enrugado da pele.
Para cada tipo de fibroedema geloide existem protocolos diferentes de 
tratamento estético, por isso é fundamental identificá-lo.
As possíveis alterações nos casos de fibroedema geloide podem ser descritas 
como “aspecto de casca de laranja”, acolchoamento adipocitário, presença de 
pregas cutâneas e aparente espessamento dérmico.
Um recurso também muito utilizado para a avaliação do fibroedema geloide é o uso 
de sensor de infravermelho (Celluscan®), que é um aparelho de avaliação cutânea 
usado para a determinação do grau de celulite e do nível de retenção de líquidos. 
Para entender melhor, leia o artigo Avaliação do grau do fibro edema gelóide utilizando 
um sensor de infravermelho, de Silva et al. (2017).
7Avaliação e anamnese aplicadas à estética corporal
3 Métodos e técnicas de avaliação
A avaliação do biotipo corporal é muito importante na elaboração dos tra-
tamentos e para controlar as expectativas do cliente. Identifi cando o formato 
do corpo é possível saber onde a gordura será mais resistente e assim escolher 
as técnicas mais apropriadas para o tratamento. O profi ssional que não avalia 
o biotipo corporal acaba por muitas vezes não alcançando os objetivos do 
tratamento, deixando o cliente insatisfeito. O paciente do tipo ginoide, além 
de conter maior acúmulo de gordura nos membros inferiores, também tem 
uma tendência maior em desenvolver celulite. No entanto, o paciente do tipo 
androide tente a ter mais gordura visceral, o que normalmente ocasiona um 
abdome bem saliente (PEREIRA, 2013).
Também conhecidos como formato maçã e formato pera, o formato das frutas indica as 
áreas com mais acúmulo de gordura. No formato androide (maçã), a gordura localizada 
é predominante na região do abdome, todavia, no formato ginoide (pera), a gordura 
localizada predominante está nos membros inferiores (quadril, glúteos e coxas).
O adipômetro, também conhecido como plicômetro, é a ferramenta uti-
lizada para medir a espessura das dobras cutâneas e, a partir delas, mensurar 
o percentual de gordura corporal. É um dos recursos mais utilizados para 
avaliar o regresso da gordura localizada ao longo do tratamento (PEREZ; 
VASCONCELOS, 2014).
A bioimpedância é um equipamento que realiza a análise da composição 
corporal por meio de correntes elétricas e fornece dados como: peso, percen-
tual de água corporal, percentual de gordura, percentual de massa muscular, 
massa óssea, minerais, proteínas, taxa metabólica basal, gordura segmentar e 
massa magra segmentar, indicando os índices esperados. Existem dois tipos de 
bioimpedância, a tetrapolar e a vertical (perna – perna). A tetrapolar fornece 
mais informações e tem um eletrodo emissor e um receptor. No entanto, a 
do tipo vertical tem somente um eletrodo e se parece muito com as balanças 
digitais comuns, fornecendo informações como peso, percentual de água 
corporal, percentual de gordura e percentual de massa magra (ALMEIDA; 
TIENGO; BERNARDES,2020). 
Avaliação e anamnese aplicadas à estética corporal8
A fotodocumentação é muito importante para acompanhar a evolução antes 
e após dos tratamentos e observar as mudanças do contorno corporal. Além 
disso, os registros de antes e depois dos tratamentos estéticos são importantes 
para a divulgação do seu trabalho. Porém, mais importante do que ter os 
registros de antes e de após o tratamento é ter registros feitos com o mesmo 
padrão, somente assim poderão ser utilizados para mensurar os resultados, 
possibilitando muitas vezes observar evoluções que não são possíveis somente 
por meio das medidas (BORGES, 2010).
Sendo assim, a forma como são realizados os registros se torna de muita 
importância. O uso de um tripé, por exemplo, garante que as fotos não fiquem 
tremidas e que sempre sejam realizadas na mesma altura, além de sempre 
posicionar o cliente na mesma posição.
A autorização do uso de imagem se faz necessária, pois o direito à própria imagem é 
um dos direitos fundamentais da Constituição vigente. Ainda que seja feito o termo 
de autorização de imagem, o profissional de estética deve preservar seus clientes, 
usando tarjas pretas para a ocultação dos olhos e, sempre que possível, não identificar 
o cliente (BORGES, 2010).
É muito importante que você tenha conhecimentos básicos de anatomia 
para realizar uma boa avaliação e em caso de dúvida com relação a doenças ou 
tratamentos médicos relatados pelo cliente, peça autorização do médico para a 
realização dos tratamentos estéticos. Na dúvida, não realize sem a autorização.
O profissional da estética pode criar sua própria ficha de anamnese baseado 
nos tratamentos que oferece, incluindo informações mais pertinentes que irão 
auxiliá-lo e facilitar a elaboração dos planos de tratamento cada vez mais 
personalizados e com resultados visíveis para seus clientes, mas não esqueça 
de salientar para o seu cliente o quanto o comprometimento dele (hábitos 
saudáveis e disciplina) é importante para que os resultados esperados sejam 
alcançados (PEREZ; VASCONCELOS, 2014).
Sempre que possível, evite que as medições sejam feitas na semana antes 
e durante a menstruação, pois normalmente se retém muito líquido nesse 
período, gerando medidas aumentadas fora da realidade (PEREZ; VASCON-
CELOS, 2014).
9Avaliação e anamnese aplicadas à estética corporal
Um tratamento para fibroedema geloide pode ser prejudicado devido à falta de 
circulação sanguínea da região a ser tratada. Na anamnese é relatado que o cliente é 
fumante, então você já terá em mente que a circulação desse paciente se encontra 
deficiente. Portanto, indica-se trabalhar inicialmente a melhora da circulação local, 
sendo muito mais assertivo na escolha do tratamento.
ALMEIDA, R. A.; TIENGO, A.; BERNARDES, A. C. B. Medidas de composição corporal 
com adaptómetro e bioimpedância - comparação entre resultados. Nutrição Brasil, v. 
19, n. 1, p. 1–8, 2020. Disponível em: https://portalatlanticaeditora.com.br/index.php/
nutricaobrasil/article/download/1113/6173. Acesso em: 9 ago. 2020.
BORGES, F. S. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas: dermato-funcional. 2. 
ed. rev. e amp. São Paulo: Phorte, 2010.
PEREIRA, M. F. L. (org.). Recursos técnicos em estética. São Paulo: Difusão, 2013. v. 2.
PEREZ, E.; VASCONCELOS, M. G. Técnicas estéticas corporais. São Paulo: Saraiva, 2014.
Leitura recomendada
SILVA, R. M. V. et al. Avaliação do grau do fibro edema gelóide utilizando um sensor de 
infravermelho. Revista da Saúde & Biotecnologia, v. 1, n. 1, p. 18–30, jul./out. 2017. Dispo-
nível em: https://core.ac.uk/download/pdf/268082331.pdf. Acesso em: 9 ago. 2020.
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
Avaliação e anamnese aplicadas à estética corporal10
DICA DO PROFESSOR
Saber realizar um comparativo das dobras cutâneas para mensurar a evolução dos tratamentos 
estéticos é de extrema importância. Contudo, surgem inúmeras dúvidas de como fazer essas 
medições nas avaliações de maneira correta.
Nesta Dica do Professor, acompanhe um passo a passo do uso do adipômetro para medir dobras 
cutâneas.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
NA PRÁTICA
Atualmente, um dos maiores desafios que os profissionais da estética enfrentam consiste em não 
conseguir montar um plano de tratamento eficaz para cada cliente. Para isso, as fichas de 
anamnese estão cada vez mais específicas e completas.
Veja, Na Prática, como proceder ao preenchimento da ficha de anamnese durante a avaliação 
corporal.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Adipômetro ou bioimpedância?
Como as duas técnicas alcançam o mesmo resultado, surge a dúvida: Qual é melhor? Qual deve 
ser utilizada? Veja qual é a opinião do Dr. João Tassinary, especialista em tratamentos estéticos.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Dobras cutâneas
O adipômetro é uma das ferramentas mais utilizadas para mensurar os resultados dos 
tratamentos estéticos, mas também gera muitas dúvidas de como usá-lo corretamente. Veja 
quais são os pontos anatômicos e as técnicas para a obtenção de medidas usando o adipômetro.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Bioimpedância: o que é e como funciona
A bioimpedância pode ser muito útil na hora da avaliação corporal, desde que seja usada 
corretamente. Além de mostrar o IMC, ela também apresenta os parâmetros de densidade óssea, 
gordura e quantidade de massa muscular. Neste vídeo, você vai ver como funciona a 
bioimpedância e algumas dicas para que os resultados não tenham interferências.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Métodos físicos para aumento da 
permeação cutânea
APRESENTAÇÃO
Dentre os vários tratamentos com os quais os profissionais esteticistas podem contar, estão 
aqueles que possibilitam a potencialização da penetração de ativos cosméticos na pele; mas, 
para isso, a pele precisa ser preparada.
No geral, esses tratamentos atuam reduzindo a barreira imposta fisiologicamente pela pele, 
tornando a camada mais externa da epiderme mais fina, a fim de facilitar a penetração dos 
ativos.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai entender quais técnicas podem ser empregadas pelo 
profissional nesses tratamentos e como realizá-las de maneira correta em protocolos faciais ou 
corporais, possibilitando assim que os resultados esperados com o tratamento sejam alcançados 
mais facilmente.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Especificar alguns métodos para aumentar a permeação cutânea.•
Descrever os tipos e os modos de ação de esfoliantes físicos usados para aumentar a 
permeação cutânea.
•
Aplicar protocolos de esfoliação facial e corporal. •
INFOGRÁFICO
O uso de cosméticos esfoliantes físicos como modalidade de tratamento para melhorar a 
permeação de ativos cosméticos na pele é uma das possibilidades que o profissional de estética 
tem para melhorar a efetividade de seus tratamentos.
Esses produtos podem ser utilizados pelo profissional em protocolos realizados no consultório 
ou na clínica, ou podem ser utilizados pelo paciente no ambiente domiciliar, desde que esse uso 
seja bem orientado e realizado da maneira correta.
Neste Infográfico, você vai poder conferir algumas das dúvidas mais comuns sobre a esfoliação 
física da pele com o uso de cosméticos.
CONTEÚDO DO LIVRO
A absorção de ativos cosméticos através da pele pode ser influenciada por inúmeros fatores, 
como sua espessura, temperatura, graude hidratação, limpeza, fluxo sanguíneo, número de 
folículos pilosos e integridade do estrato córneo.
Alguns tratamentos estéticos podem ser utilizados de modo a induzir mudanças na pele e 
facilitar a penetração dos cosméticos. Conhecer as técnicas disponíveis para facilitar a 
permeação de ativos cosméticos na pele é essencial ao profissional de estética, que utiliza esses 
conhecimentos diariamente em sua prática profissional.
No capítulo Métodos físicos para aumento da permeação cutânea, da obra Cosmetologia 
Aplicada II, você vai conhecer algumas técnicas disponíveis, incluindo correntes elétricas, 
massagem, cosméticos esfoliantes físicos e microdermoabrasão. Você vai ver que, no geral, 
esses ativos promovem a remoção de parte da camada córnea da epiderme e facilitam a 
penetração de ativos. Além disso, serão sugeridos protocolos de esfoliação física aplicados à 
face e ao corpo. 
Boa leitura.
COSMETOLOGIA 
APLICADA II
Aline Andressa Matiello
Métodos físicos 
para aumento da 
permeação cutânea
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Especificar os métodos para aumentar a permeação cutânea.
  Descrever os tipos e modos de ação de esfoliantes físicos usados para 
aumentar a permeação cutânea.
  Aplicar o protocolo de esfoliação facial e corporal.
Introdução
A pele humana exerce inúmeras funções, como a de proteção, por meio 
da formação de uma barreira semipermeável entre o meio interno e o 
ambiente externo. Esta barreira evita, parcialmente, que a pele perca 
ou absorva substâncias que possam ser nocivas aos processos meta-
bólicos. A barreira é formada por camadas de células, principalmente 
o estrato córneo, localizado mais superficialmente na epiderme. Essa 
barreira fisiológica representa um grande desafio à penetração de ati-
vos cosméticos tópicos. Por isso, os cosméticos utilizados topicamente 
necessitam ter características específicas que favoreçam a penetração 
através do estrato córneo e, consequentemente, consigam atingir os 
tecidos a serem tratados.
Além dessas características, podem ser utilizadas técnicas que podem 
gerar dano à barreira cutânea, de forma intencional, com o objetivo de 
promover a redução dessa camada e favorecer a penetração dos ativos 
cosméticos.
Neste capítulo, você vai compreender como a pele exerce a função 
de barreira e quais métodos podem ser utilizados para aumentar a per-
meação de ativos utilizados em cosmetologia, garantindo resultados mais 
efetivos nos tratamentos estéticos. Além disso, você entenderá como os 
cosméticos esfoliantes físicos podem atuar na barreira cutânea e favorecer 
os tratamentos cosméticos. Ao final, serão apresentadas sugestões de 
protocolos de esfoliação com essa finalidade.
Pele humana como barreira de proteção
A pele, também chamada de membrana cutânea, é uma estrutura que recobre 
a superfície externa do corpo humano. É formada por duas camadas princi-
pais, uma mais externa e superfi cial, chamada de epiderme, e uma camada 
mais densa e profunda, chamada de derme. A epiderme é a camada mais 
superfi cial da pele, formada por cinco camadas distintas. Estas camadas são 
chamadas de estrato basal, espinhoso, granuloso, lúcido e córneo, nomeadas 
assim da parte mais profunda em direção à mais superfi cial (TORTORA; 
DERRICKSON, 2017). 
Os queratinócitos são as células mais prevalentes na pele, cuja função 
é a síntese de queratina, substância importante na proteção da pele. Os 
queratinócitos se originam na camada basal da epiderme e sofrem mitoses, 
sendo empurrados para a superfície. Essas células produzem queratina, e 
no momento em que atingem a camada mais superficial já estão mortas, 
sendo, na verdade, estruturas escamosas formadas por membrana plástica e 
queratina. Milhões desses queratinócitos mortos, presentes na camada mais 
externa da epiderme, descamam diariamente, porém exercem uma barreira 
para a permeação de ativos além de proteção (MARIEB; HOHEN, 2008). 
Esse processo de renovação celular constante que acontece na epiderme é 
exemplificado na Figura 1. 
Métodos físicos para aumento da permeação cutânea2
Figura 1. Processo de renovação celular da pele.
Fonte: Adaptada de Alila Medical Media/Shutterstock.com.
Células mortas descascando
na superfície da pele
Estrato córneo 
Estrato lúcido
Estrato
granuloso 
Estrato
escamoso 
Estrato basal
Derme
Queratinócitos
se movem
para cima
conforme
envelhecem
Embora a pele seja considerada uma barreira muito eficaz, por sua superfície 
externa apresentar uma resistência natural à ação dos agentes externos, ela é 
semipermeável, ou seja, pode ser atravessada por quantidades de substâncias 
capazes de penetrar na camada córnea. Alguns fatores fisiológicos, inerentes ao 
indivíduo, e fatores inerentes à substância aplicada na pele estão relacionados 
à sua maior ou menor penetração (SILVA, 2018).
Neste contexto, de que a pele funciona como uma barreira à penetração e 
perda de substâncias, quando se fala de cosmetologia, é importante conside-
rar que os ativos cosméticos têm dificuldade em penetrar no organismo em 
virtude dessa barreira de proteção. O estrato córneo da epiderme é o principal 
obstáculo a ser vencido pelos ativos cosméticos. Considerando que, atual-
mente, existem diversas formulações disponíveis no mercado de cosméticos 
3Métodos físicos para aumento da permeação cutânea
com o objetivo de proporcionar saúde, beleza e bem-estar dos indivíduos, é 
necessário que os ativos presentes nessas formulações cumpram suas metas 
terapêuticas, atingindo as camadas mais profundas da pele, onde exercerão 
as suas funções determinadas. 
Por isso, diz-se que os ativos cosméticos de aplicação tópica devem 
considerar uma série de fatores para poderem ser efetivos, fatores que vão 
desde a concentração do ativo, características farmacológicas, a interação 
deles com a pele, o modo de aplicação, além de variáveis biológicas e do 
meio ambiente, que possam influenciar na penetração na pele (GUIRRO; 
GUIRRO, 2010).
De forma geral, as substâncias presentes nos cosméticos podem penetrar de 
inúmeras maneiras: através da epiderme, das glândulas sudoríparas, sebáceas 
e, ainda, do folículo piloso. Alguns fatores podem influenciar na penetração 
de um ativo cosmético na pele, como: a área de superfície da pele, o tempo 
de contato do ativo com a pele e a permeabilidade cutânea apresentada pelo 
indivíduo, a concentração de células no estrato córneo e o grau de hidrata-
ção da pele influenciam diretamente na penetração cutânea de cosméticos 
(ALVES, 2015). 
Sobre os fatores que influenciam na absorção cutânea de ativos cosméticos, vale 
destacar que existem alguns locais do corpo onde a absorção é considerada prati-
camente nula, como, por exemplo, na planta dos pés e na palma das mãos, porque 
nessas regiões existe menor presença de pelos e a presença de mais uma camada na 
epiderme, a camada lúcida (ALVES, 2015). 
Ao penetrarem no estrato córneo, os ativos cosméticos são transportados 
para os tecidos corporais desejados e desempenham as funções previstas, 
sejam elas física, química ou biológica. Para que possam desempenhar as 
funções exatamente no tecido-alvo, esses ativos cosméticos precisam ser bem 
absorvidos pela pele (GUIRRO; GUIRRO, 2010). 
Métodos físicos para aumento da permeação cutânea4
Métodos para aumentar a permeação cutânea
Atualmente, existe um interesse em melhorar a penetração e a permeação 
cutânea de ativos cosméticos com o objetivo de aumentar a sua efetividade, 
proporcionando, cada vez mais, cosméticos potentes e efi cazes (ALVES, 2015). 
A área da estética dispõe de formas capazes de facilitar a permeação de ativos 
por meio de procedimentos estéticos que garantem uma maior permeabilidade 
e receptividade dos ativos pela pele, reduzindo a resistência à passagem deles. 
A seguir, você conhecerá algumas das técnicas estéticas mais aplicadas com 
o objetivo de otimizar a ação dos cosméticos. 
Iontoforese 
O uso da iontoforese estáentre as modalidades de eletroterapia disponíveis atu-
almente para melhorar a permeação cutânea. Essa técnica trata-se da aplicação 
de uma corrente galvânica para facilitar a permeação de ativos através da pele. 
Nesse procedimento, a corrente é transmitida do equipamento para a pele por 
meio dos eletrodos e do uso associado de substâncias ionizáveis, ou seja, que 
contenham cargas elétricas. A presença de cargas elétricas no cosmético aplicado 
faz com que ele seja carreado através da pele por um mecanismo de repulsão 
contínua e movimentação dele pelas vias de penetração. A aplicação do produto 
ocorre por meio de eletrodos no polo positivo ou negativo, de acordo com a 
polaridade da substância escolhida que deverá estar sob o eletrodo de mesma 
polaridade. A fi nalidade do tratamento, nesse caso, dependerá das características 
do cosmético, como, por exemplo: um ativo antiacne ionizável pode ter sua 
permeação aumentada se for aplicado associado à iontoforese (BORGES, 2010).
Microcorrentes 
O uso de microcorrentes é outra modalidade de eletroterapia que pode ser 
aplicada de modo a aumentar a permeação de ativos cosméticos. Nessa moda-
lidade de tratamento, utiliza-se uma corrente elétrica de baixa intensidade, em 
microampères, com polaridade contínua positiva, negativa ou com inversão, e 
seu uso proporciona aumento da circulação sanguínea no local de aplicação, 
além de aumento do metabolismo local e outros efeitos, de modo que facilite 
a permeação de ativos que sejam aplicados na pele posteriormente. 
5Métodos físicos para aumento da permeação cutânea
Além disso, a aplicação da microcorrentes proporciona um aumento das 
funções de permeabilidade seletiva da membrana celular, aumento do trans-
porte ativo e passivo de substâncias, e da difusão de substâncias através 
das membranas celulares, favorecendo a ativação do metabolismo celular e, 
consequentemente, melhorando a permeação dos ativos aplicados na pele. 
Vale ressaltar que as microcorrentes, diferente da iontoforese, não fazem 
a permeação de ativos diretamente. Elas apenas estimulam a pele a melhorar 
a circulação local, para, posteriormente ao término da aplicação, o ativo ser 
aplicado na pele. Como a circulação local está aumentada, a permeação é 
facilitada. 
Massagem
A massagem, quando aplicada à pele humana, promove um aumento da tem-
peratura local, aumentando, assim, a permeabilidade das células do estrato 
córneo, além de proporcionar aumento da circulação linfática e sanguínea 
local. Esse aumento na permeabilidade acontece em virtude de alterações 
que afetam as moléculas de lipídios pelo aumento da temperatura (KALIL; 
CAMPOS, 2018).
Desse modo, ao aplicar massagem no tecido e aquecê-lo previamente 
à aplicação do ativo cosmético, é possível aumentar a circulação local e a 
permeabilidade das células, facilitando, assim, a penetração dos ativos que 
serão aplicados em seguida na pele, proporcionando resultados mais efetivos, 
uma vez que a penetração será aumentada. 
Hidratação cutânea
Zen (2012) comenta que a pele que não é tratada adequadamente com subs-
tâncias hidratantes contém um estrato córneo muito compacto, com uma 
camada de queratinócitos intimamente conjugados, de modo que se torne uma 
barreira a mais na permeação de outros ativos através da pele. Sendo assim, 
justifi ca-se que uma pele mais hidratada tem maior capacidade de absorver 
os ativos cosméticos que são aplicados nela. Dessa forma, tratamentos que 
visam a melhorar a hidratação da pele, auxiliam de maneira secundária no 
aumento da permeação cutânea de ativos cosméticos. Isso, porque quando os 
Métodos físicos para aumento da permeação cutânea6
queratinócitos superfi ciais estão hidratados, passam a sofrer modifi cações 
em sua estrutura, fi cando com um aspecto de células edemaciadas. Em vista 
disso, os espaços intercelulares do tecido da região fi cam desorganizados e 
aumentados, com formação de áreas ricas em água, o que aumenta a taxa de 
penetração através do estrato córneo da epiderme (KALIL; CAMPOS, 2018).
Por isso, indica-se que a pele esteja sempre em boas condições de hidratação, 
de modo que consiga receber e absorver com maior efetividade os produtos 
cosméticos aplicados a ela. A aplicação de ativos com propriedades hidra-
tantes em protocolos estéticos faciais ou corporais proporciona uma melhora 
na efetividade dos tratamentos pelo aumento da permeação cutânea. Além 
disso, pode-se indicar o uso de ativos hidratantes ao paciente no ambiente 
domiciliar, como uma preparação para os protocolos realizados na clínica ou 
no consultório de estética pelo profissional. 
Microdermoabrasão 
A técnica de microdermoabrasão caracteriza-se por ser uma técnica aplicada 
à área da estética que promove uma esfoliação não cirúrgica da pele por meio 
do uso de um equipamento com níveis de esfoliação e pressão controlados 
(KEDE; SABATOVICK, 2015). Nesse tratamento, o atrito causado pelo equi-
pamento sobre a pele proporciona a remoção das células do estrato córneo e, 
consequentemente, o seu afi namento, de modo que facilite a permeação dos 
ativos cosméticos aplicados a ela. 
Esses equipamentos objetivam remover a camada mais externa da epiderme 
e, com isso, induzir a renovação celular e facilitar a permeação de ativos 
cosméticos aplicados a ela. Neste caso, os equipamentos esfoliantes, como a 
microdermoabrasão, realizada por meio do peeling de cristal e pelo diamante, 
esfoliam a pele, por meio de agentes físicos. 
O mecanismo de ação da microdermoabrasão se pauta em um equipamento 
que tem um sistema de vácuo fechado, que acaba puxando a pele contra um 
elemento abrasivo presente na ponteira do aplicador. À medida que esse apli-
cador é passado sobre a pele, as camadas mais superficiais dela são removidas 
e os restos de células mortas são aspirados para dentro de um recipiente, que 
deve ser descartado após o término da aplicação (SMALL; HOANG; LINDER, 
2014). A Figura 2 demonstra o mecanismo de ação da microdermoabrasão.
7Métodos físicos para aumento da permeação cutânea
Figura 2. Processo de esfoliação promovido pela microdermoabrasão.
Fonte: Adaptada de lotan/Shutterstock.com.
Nova camada de pele
Restos
de pele
aspirados
Área de
sucção
Ferramenta
abrasiva
Nova
camada
de pele
Estrato
córneoPelo
Derme
Tecido
subcutâneo
A esfoliação provocada pelos equipamentos de microdermoabrasão pode 
acometer apenas uma camada superficial do estrato córneo, sendo chamada 
de esfoliação muito superficial, ou pode, ainda, ser chamada de esfoliação 
superficial, quando remove até a camada granulosa. O que determina a pro-
fundidade da esfoliação, neste caso, é a pressão negativa utilizada, a pressão 
exercida pelo profissional sobre a pele com o aplicador, a abrasividade da 
superfície do aplicador e o número de passadas do equipamento sobre deter-
minada área da pele.
Durante a execução da técnica, ao se aplicar o equipamento duas vezes sobre uma 
região, normalmente se faz uma remoção apenas do estrato córneo, enquanto que, 
em média, quatro passagens promovem a esfoliação de mais camadas da epiderme 
(SMALL; HOANG; LINDER, 2014). 
Métodos físicos para aumento da permeação cutânea8
Além disso, essa técnica promove um aumento nas taxas de renovação 
celular, de modo que a pele da epiderme seja renovada mais rapidamente, 
evitando acúmulos excessivos de células mortas em determinadas áreas, que 
ficam muito queratinizadas e acabam por reduzir a absorção de ativos nessas 
regiões. 
Existem, atualmente, duas modalidades de microdermoabrasão, que são 
diferenciadas pelo tipo de elemento abrasivo que utilizam para promover a 
esfoliação da pele, o peeling de cristal e o peeling de diamante, entretanto, 
ambas atuam proporcionando os mesmos benefícios. 
Os primeiros equipamentos utilizados para microdermoabrasão foram os 
que utilizam partículas de cristais, como, por exemplo, óxido de alumínio, 
para promover os efeitos de esfoliação. Associado a isso, os equipamentos de 
peeling de cristal utilizam pressões positivase negativas simultaneamente, 
uma vez que a pressão positiva permite que os cristais sejam jateados sobre a 
pele do paciente, provocando a esfoliação da epiderme, e a pressão negativa 
suga os restos de cristais e as células mortas da região (SMALL; HOANG; 
LINDER, 2014).
Para a aplicação, o profissional deve ajustar a pressão do equipamento 
e acompanhá-la durante a execução da técnica. A pele do paciente deve ser 
esticada de modo a evitar dobras, e o profissional deve realizar uma varredura 
em toda a área desejada, com movimentos precisos e firmes. 
Como, nesse caso, os cristais não são todos sugados pelo equipamento, parte 
deles permanece na pele do paciente e deve ser retirada com o uso de gazes 
umedecidas. Além disso, considerando essa desvantagem, da permanência 
de cristais na pele, os olhos do paciente devem estar sempre protegidos com 
o uso de gazes umedecidas com soro fisiológico, evitando o contato dessa 
substância com a superfície ocular (BORGES, 2010). Os efeitos esperados 
com a aplicação são: leve eritema na região de tratamento, calor aumentando, 
e edema muito leve, e estes sinais devem ser monitorados pelo profissional, 
evitando que seja realizada uma esfoliação excessiva na região e que possa 
causar quaisquer efeitos adversos. 
Em relação à cosmetologia, a microdermoabrasão por meio do uso do 
peeling de cristal proporciona um afinamento da epiderme, de modo que a 
barreira para a penetração de cosméticos na pele fique reduzida e facilite a 
absorção de ativos. Por isso, o tratamento de peeling de cristal deve anteceder 
a aplicação do cosmético em um protocolo de tratamento. 
O número de sessões a serem realizadas de peeling de cristal dependerá 
da avaliação realizada pelo profissional, mas, no geral, são indicadas, no 
máximo, sessões semanais, podendo atingir de 6 a 12 aplicações. Após isso, a 
9Métodos físicos para aumento da permeação cutânea
manutenção do tratamento pode ser realizada mensalmente e, posteriormente, 
a cada dois meses. 
Na microdermoabrasão por meio do peeling de diamante, o mecanismo de 
ação do peeling de diamante é semelhante ao peeling de cristal. A diferença 
inicial está no elemento abrasivo a ser utilizado no equipamento, enquanto 
que no peeling de cristal são utilizados cristais, no peeling de diamante é 
utilizada uma ponteira diamantada. Além disso, nos equipamentos utilizados 
para peeling de diamante, a pressão do equipamento é apenas negativa e 
ajustável pelo profissional durante a execução da técnica. Neste caso, a pele é 
apenas sugada pela manopla para junto da ponteira diamantada, promovendo 
o lixamento da pele por meio dos movimentos de deslizamento que deverão 
ser executados pelo profissional. As ponteiras diamantadas podem variar de 
granulometrias e aspereza, de 50 a 200 micras, sendo que quanto maior a 
micragem, mais esfoliação ocorrerá (BORGES, 2010). A Figura 3 mostra a 
aplicação do peeling de diamante na face. 
Como neste caso não há o jateamento de cristais, os olhos não precisam 
ser protegidos com gaze. Vale lembrar que pacientes gestantes, com infec-
ções ativas, alterações hemorrágicas, tendência à formação de queloides e 
cicatrizes hipertróficas, e cicatrização dificultada não devem ser submetidos 
aos tratamentos de microdermoabrasão, tanto pelo uso do peeling de cristal 
como pelo de diamante (SMALL; HOANG; LINDER, 2014).
Figura 3. Peeling ultrassônico.
Fonte: dimid_86/Shutterstock.com.
Métodos físicos para aumento da permeação cutânea10
Peeling ultrassônico
O peeling ultrassônico consiste em uma técnica que se baseia na utilização de uma 
vibração mecânica, de pequena amplitude e alta frequência, aplicada sobre a pele 
mediante uma espátula metálica. Seu mecanismo de ação se pauta na remoção 
de células mortas da epiderme por meio dessa vibração produzida associada à 
elevada frequência, que é transmitida à pele por meio da espátula metálica. Esse 
tratamento também é conhecido pelo nome de microvibração de alta frequência. 
Quanto aos efeitos fisiológicos, o peeling ultrassônico, ao promover a remo-
ção das camadas mais superficiais da epiderme, melhora a renovação celular, a 
oxigenação local e, ainda, promove aumento no intercâmbio de substâncias. Por 
isso, ele é indicado como tratamento coadjuvante para melhorar a permeação de 
ativos através da pele. Além disso, o equipamento promove uma pequena elevação 
na temperatura da pele, aumentando a permeabilidade celular e potencializando 
a entrada de ativos cosméticos nas camadas mais profundas da pele. 
A espátula utilizada nesse tratamento tem um ângulo aberto no centro, ou 
seja, ela não é totalmente plana. Isso possibilita que, durante a aplicação, o 
profissional possa inverter a sua posição de acordo com o efeito que se objetiva. 
Ao aplicar a ponta da espátula, as partículas desprendidas da pele são retiradas, 
eliminando, assim, as células mortas por meio desse mecanismo. Ao aplicar a 
parte plana da espátula, realiza-se uma micropercussão na pele, semelhante 
a uma micromassagem cutânea. Esta segunda forma de aplicação é realizada 
após a primeira e permite que, após o peeling ultrassônico, possa-se utilizar 
um cosmético, aumentando o seu fator de penetração na pele, de modo que a 
absorção, nesse caso, seja favorecida (BORGES, 2010). 
O peeling ultrassônico ainda possibilita o uso associado de corrente gal-
vânica associada. Neste caso, deve-se utilizar algum cosmético com carga 
elétrica definida e permear o cosmético na pele durante a aplicação da cor-
rente galvânica. Pacientes com processos agudos e infecciosos no local de 
tratamento não devem ser submetidos a esse tratamento. Feridas e lesões na 
pele também estão contraindicadas, assim como a aplicação sobre áreas que 
contenham varizes e varicoses. Pacientes com trombose venosa profunda são 
absolutamente contraindicados ao tratamento. 
Esfoliação física 
Alguns tratamentos destinados ao aumento da permeação de cosméticos através 
da pele objetivam fazer a destruição ou eliminação, parcial ou total, do estrato 
córneo da epiderme, de modo que os ativos possam ser mais efi cientemente 
11Métodos físicos para aumento da permeação cutânea
absorvidos e transportados através da pele (KALIL; CAMPOS, 2018). Esses 
tratamentos são conhecidos como esfoliações, ou também como peelings, 
e podem ser classifi cados em esfoliações químicas, físicas ou biológicas de 
acordo com a natureza do agente que causa a esfoliação. 
O termo esfoliação pode ser conhecido por outras nomenclaturas. Em francês, a 
esfoliação é conhecida como gommage e, em inglês, como peeling, do verbo to peel 
(esfoliar) (BORGES; SCORZA, 2016). 
A esfoliação chamada de física não tem interação com a pele, ou seja, não 
causa alterações químicas. A ação acontece apenas pela pressão e atrito entre a 
pele e o agente esfoliante, promovendo os desprendimentos dos queratinócitos 
da epiderme (RIBEIRO, 2010). A Figura 4 traz uma ilustração do mecanismo 
de ação de esfoliantes físicos sobre a pele.
Figura 4. Mecanismo de ação de ativos esfoliantes físicos. 
Fonte: Adaptada de Designua/Shutterstock.com.
Remoção 
das células 
mortas da 
pele
A pele �ca 
limpa, suave 
e mais jovemEsfoliante facial
Poros puri�cadosMateriais
abrasivos
Cutícula
Epiderme
Derme
Antes Depois
Hipoderme
Métodos físicos para aumento da permeação cutânea12
 Agentes esfoliantes físicos para aumento
da permeação cutânea 
Dentre os agentes esfoliantes físicos utilizados para aumentar a permeação 
cutânea, cita-se o uso de ativos cosméticos com essa fi nalidade. Neste caso, 
os produtos cosméticos contêm características específi cas, compostos por 
substâncias abrasivas, que proporcionam uma esfoliação física da pele, de 
modo a reduzir a camada do estrato córneo e a barreira que os cosméticos 
precisam ultrapassar para promover os seus efeitos. Esses cosméticos esfoliantes 
são compostos por partículas sólidas de uso tópico, segundo a Resolução da 
Diretoria Colegiada (RDC) n° 4, de 30 de janeiro de 2014 (BRASIL, 2014). 
Nessatécnica, as células do estrato córneo são removidas por meio da fricção 
de um agente abrasivo sobre a pele, ajudando na absorção de ativos. 
A esfoliação, nesses casos, é definida como sendo um procedimento estético no 
qual é realizada uma “raspagem da pele”, na qual parte dela é removida, induzindo 
a regeneração das células e promovendo uma pele mais fina. Este afinamento da 
pele, promovido pela esfoliação, facilita a permeabilidade de cosméticos, facilitando 
a penetração de ativos contidos neles (BORGES; SCORZA, 2016). 
Desse modo, os cosméticos esfoliantes físicos aplicados à pele, que têm como 
finalidade reduzir a camada córnea e aumentar a permeabilidade cutânea, são 
definidos como agentes abrasivos, com diferentes granulometrias, para promover a 
remoção das primeiras camadas da epiderme. Seu mecanismo de ação se pauta no 
atrito que gera entre superfícies, ou substâncias abrasivas, e a pele. Esses produtos 
atuam, basicamente, nas primeiras camadas da epiderme e não atingem a derme, 
uma vez que tal esfoliação apenas pode ser realizada por médicos. Atualmente, há 
à disposição do profissional de estética uma série de esfoliantes físicos de variadas 
formas de granulometria (BORGES; SCORZA, 2016).
Atualmente, a indústria cosmética dispõe de produtos esfoliantes nos mais 
diversos tipos de formulações, desde sabonetes até cremes de massagem. De 
acordo com a natureza das substâncias abrasivas presentes nesses produtos, 
os cosméticos esfoliantes podem ser classificados em: naturais de origem 
vegetal, naturais de origem animal, naturais de origem marinha, derivados 
orgânicos sintéticos, e carboidratos. 
Os cosméticos esfoliantes naturais de origem vegetal são obtidos a partir 
de partes de um vegetal, como por exemplo, sementes, cascas, frutos, folhas 
e outras substâncias derivadas de produtos naturais, como as sementes de 
nozes. Os de origem mineral são derivados de partes de minerais, como 
pedra pomes em pó, quartzo em pó, areia e argilas. Cosméticos esfoliantes 
de origem marinha são exemplificados como: pós de ostras, cloreto de sódio, 
13Métodos físicos para aumento da permeação cutânea
algas diatomáceas e madrepérola. Os sintéticos são formulados a partir de 
polímeros de hidrocarbonetos, poliamida ou outros acrescidos de corantes ou 
não. No grupo dos esfoliantes de origem de carboidratos, encontram-se ativos 
esfoliantes físicos, como os açúcares mascavo e cristal (RIBEIRO, 2010).
Contudo, independente da origem das substâncias abrasivas presentes 
em cosméticos esfoliantes, o mecanismo de ação é o mesmo. A esfoliação é 
realizada pela aplicação do agente esfoliante em contato direto sobre a pele, 
com a realização associada de movimentos circulatórios e de deslizamento, 
com ênfase nas áreas que têm maior queratinizarão, ou seja, áreas onde o 
estrato córneo se encontra mais espesso (PEREZ; VASCONCELOS, 2014). 
Outro tipo de esfoliação física com auxílio de cosméticos é a gomagem. Este 
tipo de esfoliação física da pele faz uso de cosméticos que, quando aplicados 
sobre a pele, criam uma fina película que adere a ela e, no momento da retirada 
dessa película, as células mortas da epiderme são removidas juntamente. Essa 
técnica recebe esse nome porque tem semelhança com a goma. 
A gomagem faz uso de produtos esfoliantes físicos à base de uma espécie 
de látex que, ao secar na pele, adere sobre ela e forma um grumo que, no 
momento da retirada, faz a remoção conjuntamente das células da camada 
córnea (BORGEZ; SCORZA, 2016). Para potencializar os efeitos desse tipo 
de esfoliação, pode-se realizar, após a secagem e o tempo de pausa do produto 
na pele, a esfoliação com o uso das mãos sobre a área a ser tratada, que pode 
ser incentivada por meio de movimentos circulares ou deslizamentos com os 
dedos, com o uso de pressão mediana. Os próprios movimentos realizados 
formam pequenos grânulos (restos dos cosméticos e de sujidade da pele) que 
retiram as células mortas. 
Perez e Vasconcelos (2014) comentam que a técnica de gomagem para 
esfoliação é muito benéfica, principalmente em regiões onde há maior quera-
tinizarão da pele, como em algumas áreas corporais e na área de podologia, 
uma vez que a gomagem tem ação emoliente associada, e isso permite que a 
pele fique mais macia e flexível após a aplicação, com afinamento importante 
e sensação de pele acetinada.
Protocolos de esfoliação facial e corporal 
A frequência e a intensidade na realização de esfoliação física dependem 
diretamente da concentração do esfoliante e do tipo de pele. Como a pele de 
cada indivíduo é diferente e contém características próprias, a recomendação 
de como realizar a esfoliação, assim como a sua frequência e intensidade, de-
Métodos físicos para aumento da permeação cutânea14
penderá desses fatores (RIBEIRO, 2010). Em geral, indivíduos com pele mais 
oleosa podem realizar a esfoliação até duas vezes por semana, com indicação 
de uma vez por semana. Entretanto, pacientes com pele oleosa devem fi car 
atentos ao possível efeito rebote da esfoliação. Muitas pessoas incluem a esfo-
liação na sua rotina de higiene, pois querem se livrar da oleosidade excessiva, 
principalmente em algumas fases da vida, como na adolescência. Todavia, 
quando o procedimento é realizado mais vezes do que o indicado, o organismo 
pode entender que a redução na oleosidade é sinal de pouca proteção natural, 
então, pode desencadear um efeito rebote e aumentar a produção de sebo, 
deixando a pele mais oleosa.
Indivíduos com pele seca devem esfoliar em um intervalo mínimo de 15 
dias. Estas recomendações são para esfoliações aplicadas na face. Geralmente, 
a maior parte dos esfoliantes corporais costumam ter a sua utilização reco-
mendada até duas vezes por semana (PANEGASSI, 2019). 
As principais indicações do uso de esfoliação física são: quadros de foto-
envelhecimento, podendo ser realizada em pacientes de todas as faixas etárias 
e fototipos de pele; presença de cicatrizes superficiais, como nos casos de 
cicatrizes pós-acne ou pós-afecções dermatológicas e pós-cirúrgicas; pacientes 
com alterações na pigmentação da pele, como: melasma, melanoses solares e 
hiperpigmentação pós-inflamatória; também é indicada nos quadros de rugas 
superficiais, acne comedoniana, estrias albas, dentre outras disfunções estéticas 
faciais ou corporais (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA, 
c2017). Mesmo sendo um tratamento considerado seguro, algumas situações 
clínicas são contraindicadas para a realização de esfoliação física, como: 
infecções virais, fúngicas ou bacterianas em atividade. Quadros de rosácea 
e acne do tipo papulopustulosa devem ser avaliados com cautela, uma vez 
que a esfoliação exagerada pode agravar os sinais clínicos dessas disfunções 
inicialmente (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA, c2017). 
Pacientes com casos de acne do tipo papulopustulosa, com quadro moderado a 
grave na região, não devem ser submetidos à esfoliação física, pois o atrito pode 
provocar a ruptura das pápulas, aumentando o risco de infectar as glândulas 
sebáceas, agravando o problema. 
Pacientes com quadros de psoríase ativa, dermatites, ou com a pele com 
presença de feridas, machucados ou queimada pelo sol também não devem ser 
submetidos a protocolos de esfoliação. No caso dos idosos, por estes terem a 
pele mais fina e sensível, o tratamento deve ser bem indicado, após avaliação 
minuciosa, para evitar a formação de traumas (PANEGASSI, 2019).
Vale lembrar da importância de se realizar a avaliação da pele do paciente antes 
de iniciar um protocolo de esfoliação, seja ele facial ou corporal. Essa avaliação, 
15Métodos físicos para aumento da permeação cutânea
realizada previamente, permite que o profissional identifique as indicações, as 
contraindicações e ainda o tipo de pele do paciente, selecionando, dessa forma, 
os cosméticos mais ideais para aplicar. 
Realizada a avaliação, pode-se dar início ao protocolo de esfoliação. Vale 
ressaltar que esses protocolos não fazem uso apenas da técnica de esfoliaçãofísica, mas de outros procedimentos associados, de modo a potencializar os 
efeitos. Dentre os procedimentos associados nos protocolos de esfoliação, 
normalmente indica-se a realização da higienização da pele, esfoliação física 
e tonificação, para, finalmente, aplicar-se o agente cosmético desejado. Isso 
permite que a pele esteja preparada e em condições favoráveis para melhorar 
a penetração dos ativos que serão utilizados, de acordo com o objetivo tera-
pêutico. São exemplos de tratamentos específicos cosméticos: para acne, para 
fibroedema geloide, para rejuvenescimento e voltados para flacidez de pele 
ou muscular. A última etapa dos protocolos de esfoliação corporal consiste 
na aplicação do filtro solar (PEREZ; VASCONCELOS, 2014). 
Considerando as principais disfunções estéticas que acometem a região 
facial e corporal, a seguir, são exemplificados alguns protocolos de tratamento 
utilizando os métodos citados anteriormente para o aumento da permeação 
cutânea de ativos cosméticos. 
Protocolos faciais 
Protocolo facial para acne
A acne é uma doença infl amatória que acomete as unidades pilossebáceas e 
acontece em função da produção excessiva de sebo, que leva à obstrução dos 
canais e gera comedões. Os tratamentos, neste caso, objetivam a redução do 
quadro infl amatório, a redução da oleosidade excessiva e a ação antibacteriana 
(BORGES, 2010). Considerando isso, a seguir é apresentado um protocolo de 
tratamento para pele acneica a ser realizado no consultório ou estética e, em 
seguida, um protocolo de cuidados domiciliares diários.
Passo 1: realizar a higienização da pele da face, colo e pescoço com sabonete 
líquido à base de ácido salicílico. Este ativo regula a oleosidade da pele e tem, 
ainda, ação anti-inflamatória por ter capacidade de permeação nos poros de 
peles acneicas, e auxilia na remoção da camada queratinizada, sendo indicado 
para a desobstrução dos poros.
Passo 2: tonificar a pele com o uso de tônico adstringente. Este tipo de 
tônico é indicado para peles oleosas, pois ele ajuda a fechar os poros e cessar 
o excesso de brilho. 
Métodos físicos para aumento da permeação cutânea16
Passo 3: realizar a esfoliação com ativos cosméticos mais suaves, de origem 
vegetal, como alguns extratos, ou o uso de argila. 
Passo 4: aplicar máscara secativa à base de extrato de própolis que, além 
de ter ação secativa, é hidratante, antisséptico, adstringente, cicatrizante, 
hemostático, bactericida e fungicida, atuando diretamente nos quadros de acne.
Passo 5: aplicar o filtro solar com formulação em gel, considerando a 
tendência à pele oleosa. Schalka et al. (2013) comentam que após a realização 
desses protocolos que envolvem a esfoliação da pele, é necessária a aplicação 
de filtro solar. Isso, porque a esfoliação promove a retirada da camada córnea 
e, desta forma, rompe com a barreira protetora exercida por ela. Por isso, 
dentre os cuidados, indica-se a utilização de filtro solar, a fim de reduzir o 
risco de desenvolvimento de hipercromia após os tratamentos de esfoliação. 
O fotoprotetor sugerido é de formulação com FPS 30. 
Tratamento domiciliar pela manhã: lavar o rosto com sabonete líquido 
à base de ácido salicílico, aplicar em seguida cosmético com ácido azelaico 
(ação bactericida), aplicar o filtro solar em loção ou gel. À noite, lavar com 
a mesma loção do período da manhã e usar o ativo cosmético à base extrato 
de hamamélis. 
Protocolo facial para revitalização cutânea
Os tratamentos de revitalização cutânea proporcionam uma aceleração na 
renovação celular, aumentando, ainda, a nutrição e a hidratação da pele da face. 
Esses protocolos promovem um aspecto de pele mais saudável, hidratada e re-
juvenescida. Podem ser indicados para clientes que estejam apresentando os 
primeiros sinais de envelhecimento (rugas fi nas e manchas solares) ou, ainda, 
para os que procuram por prevenção do envelhecimento precoce. Neste pro-
tocolo, há a sugestão do uso da microdermoabrasão por meio do peeling de 
diamante para aumentar a permeação e, associado a ele, o uso da iontoforese.
Passo 1: realizar a assepsia da pele do paciente com creme ou emulsão, 
leite ou gel de limpeza, de acordo com o tipo de pele.
Passo 2: aplicar o tônico para equilibrar o pH da pele. Vale ressaltar que, 
nesse momento, deve-se evitar o uso de tônicos com grande concentração de 
álcool, uma vez que podem ressecar excessivamente a pele.
Passo 3: aplicar a microdermoabrasão, com o uso do peeling de diamante, 
com a pele seca e isenta de qualquer resquício de cosmético. Deve-se passar 
a ponteira diversas vezes.
Passo 4: aplicar loção calmante gelada ou outros ativos cosméticos 
crioterápicos.
17Métodos físicos para aumento da permeação cutânea
Passo 5: aplicar a iontoforese com corrente galvânica, aplicando um cos-
mético destinado à revitalização cutânea, como, por exemplo, o cloreto de 
sódio ou a fosfatase alcalina no polo negativo do eletrodo ativo.
Passo 6: aplicar creme ou gel calmante para aliviar o eritema facial. Pode-se 
empregar, ainda, uma máscara com ativos hidratantes, como, por exemplo, o 
ácido hialurônico. Deixar o produto agir conforme orientação do fabricante 
e realizar a retirada com gazes umedecidas em água. 
Passo 7: finalizar com filtro solar com fator mínimo de proteção de 30, 
com formulação de acordo com o tipo de pele do paciente. 
Protocolo facial para melasma 
Os tratamentos voltados para melasma objetivam reduzir a pigmentação 
excessiva e uniformizar a cor da pele. Utilizam, em sua maioria, ativos des-
pigmentantes que atuam sobre o metabolismo da melanina (BAUMANN, 
2004). Confi ra, a seguir, um protocolo de tratamento para melasma facial 
com o uso de peeling de diamante. 
Passo 1: higienização com sabonete de limpeza.
Passo 2: tonificação. 
Passo 3: esfoliação por meio do uso do peeling de diamante, com ênfase 
nas manchas. 
Passo 4: aplicação de ativo despigmentante somente nas manchas, como, 
por exemplo, arbutin ou ácido tranexâmico, e deixar agir de acordo com as 
informações do fabricante.
Passo 5: aplicação de fator de proteção solar em pó. 
Para uso domiciliar, o paciente pode utilizar um sabonete líquido à base 
de alfa-hidroxiácidos pela manhã e à noite. Pela manhã, após a higienização, 
aplicar ativo cosmético à base de ácido kójico e finalizar com filtro solar. À 
noite, após a higienização, utilizar ativos retinoides na pele. Orientar o paciente 
a utilizar chapéu e evitar o sol quando possível.
Podem ser empregados outros ativos com propriedades despigmentantes 
como: arbutina, aloesina, ácido azelaico, fenóis, ácido ascórbico, ácido linoleico, 
niacinamida, ácido linoleico, e glicólico (DRAELOS, 2005). 
Protocolo facial para hidratação cutânea facial
Os protocolos de hidratação têm como objetivo hidratar e manter a pele íntegra 
e com aspecto saudável, proporcionando um brilho, sem ser excessivo, além 
Métodos físicos para aumento da permeação cutânea18
de maciez. Os produtos utilizados devem manter o equilíbrio entre água e 
óleo da pele. Os ativos empregados promovem uma recomposição da camada 
hidratante natural da pele, aumentando o teor de água, revertem os sinais de 
secura na pele, restaurando a elasticidade da pele. Além destes, outros ativos 
podem ser empregados, como vitaminas e fatores de crescimento (BORGES; 
SCORZA, 2016). Veja, a seguir, um protocolo de hidratação facial com o uso 
de peeling ultrassônico. 
Passo 1: higienização com mousse de limpeza. Nesta fase é importante 
que o profissional faça a escolha correta do tipo de formulação utilizado para 
a higienização de acordo com o tipo de pele. Clientes com pele mais seca se 
beneficiam de formulações em leites, mousses ou emulsões, enquanto que, 
em pacientes com peles oleosas ou acneicas, deve ser preconizado o uso de 
formulações em gel ou gel-creme (BORGES; SCORZA, 2016).
Passo 2: tonificação com ativos hidratantes.
Passo 3: esfoliação com peeling ultrassônico.
Passo 4: massagem facial com sérum hidratante, objetivando melhorar 
a permeaçãodo sérum e dos ativos aplicados posteriormente, por meio do 
aumento da temperatura local. 
Passo 5: aplicação de máscara oclusiva hidratante. 
Passo 6: aplicação de fator de proteção solar. 
Oliveira (2014) sugere como ativos hidratantes faciais potentes: abacate, ácido 
aspártico, ácido hialurônico, ácido mandélico, alantoína, alfa-hidroxiácidos em 
baixa concentração (até 5%), Aloe vera (Aloe barbadensis), ceramidas, germe 
de trigo (Triticum sativum), isoflavona, papaia, papaína, ureia e uva (Vitis vinifera).
Protocolos corporais 
Protocolos corporais para hidratação
Os tratamentos de hidratação corporal objetivam melhorar a elasticidade e 
maciez da pele.
Passo 1: higienização da pele. Nesta etapa, o profissional deve utilizar 
cosméticos com a finalidade de remover a sujidade, restos de cosméticos e 
poluição da pele do paciente. A pele limpa fornece mais maciez, com poros 
desobstruídos, facilitando a ação dos produtos cosméticos que são aplicados 
a seguir. Após a higienização, os restos de cosméticos e de sujidade devem 
ser removidos com água.
19Métodos físicos para aumento da permeação cutânea
Passo 2: o esfoliante corporal deve ser aplicado. Para esfoliações corporais, 
os agentes esfoliantes mais utilizados são grãos, sementes, esferas ou sílicas, em 
cosméticos com formulações à base de géis ou cremes corporais. Enquanto para 
esfoliações faciais, indica-se o uso de esfoliantes menos abrasivos, considerando 
as particularidades dessa região (PEREZ; VASCONCELOS, 2014). Para a téc-
nica, o esfoliante deve ser aplicado por todo o corpo, por meio de movimentos 
circulares e de deslizamento, com maior ênfase nas regiões mais queratinizadas. 
Após a aplicação, o agente esfoliante é retirado com auxílio de água. 
Passo 3: posterior a isso, o profissional deve fazer a aplicação do ativo 
hidratante, massageando todo o corpo para aumentar a sua permeação e, 
em seguida, deve-se ocluir as áreas com manta de alumínio, para manter a 
temperatura corporal mais elevada, reter calor e facilitar a penetração do ativo 
hidratante nas camadas da pele. 
Perez e Vasconcelos citam a importância da aplicação de ativos hidratantes 
após a esfoliação física da pele. Para eles, após a esfoliação, é importante que 
se realize a hidratação da pele, uma vez que o cosmético esfoliante causa a 
retirada da barreira de proteção, podendo tornar o funcionamento da pele 
prejudicado. Por isso, ao final da esfoliação, é necessário repor a hidratação 
(PEREZ; VASCONCELOS, 2014). Protocolos de hidratação corporal podem 
ser aplicados semanalmente.
Protocolos corporais para fibroedema geloide
Os protocolos para tratamento dessa disfunção fazem uso de alguns princípios 
ativos que melhoram a circulação sanguínea local e hidratam, de modo a 
melhorar o quadro e prevenir também a disfunção (OLIVEIRA, 2014). Veja, 
a seguir, uma sugestão de protocolo. 
Passo 1: higienizar local. 
Passo 2: esfoliar o local com gomagem. Para a utilização de ativo esfoliante 
do tipo gomagem, o profissional de estética deve aplicar a goma vegetal sobre 
a área desejada, aguardar o tempo de ação e, posteriormente, retirá-la com mo-
vimentos de fricção, chamados de rollings (PEREZ; VASCONCELOS, 2014). 
Passo 3: realizar a técnica de drenagem linfática manual em todo o corpo. 
Passo 4: aplicar creme corporal à base de Cafeisilane C, que tem ação 
anticelulítica.
Passo 5: finalizar com filtro solar. 
Métodos físicos para aumento da permeação cutânea20
Protocolos corporais para estrias
Os tratamentos têm como objetivo aumentar a circulação sanguínea local e 
a produção de colágeno (OLIVEIRA, 2014). O protocolo pode incluir o uso 
do peeling de diamante.
Passo 1: higienizar a pele.
Passo 2: esfoliar o local com o equipamento de peeling de diamante, 
intensificando a esfoliação sobre as estrias. 
Passo 3: aplicar ativos cosmético à base de ácido retinoico, que tem ação 
reestruturante e aumenta a síntese de colágeno, sendo muito utilizado para 
tratamento de estrias e manchas. 
Passo 4: finalizar com filtro solar e orientar o paciente a não se expor ao 
sol durante a realização do tratamento. 
Protocolos corporais para flacidez
Nestas disfunções, os ativos buscam melhorar a sustentação da pele e dos 
músculos, reduzindo quadros de fl acidez tissular ou muscular. Veja, a seguir, 
uma sugestão de protocolo.
Passo 1: higienize a área a ser tratada.
Passo 2: realize a esfoliação com cosmético esfoliante, intensificando a 
esfoliação nas áreas de maior flacidez. 
Passo 3: realize massagem com creme à base de Raffermine, que atua 
como um agente fortalecedor das estruturas moleculares da derme, firmador 
e tonificador da pele, aumenta a elasticidade dos tecidos, estimula a retração 
dos fibroblastos para organizar as fibras de colágeno e protege as fibras de 
elastina das enzimas que causam a flacidez.
Passo 4: aplique filtro solar. 
Os protocolos que fazem uso de ativos esfoliantes físicos para aumentar 
a efetividade de ativos cosmético descritos anteriormente são sugestões. Os 
protocolos devem ser criados pelo profissional após avaliação e observação 
constante, entendendo o que o paciente deseja e propondo um protocolo de 
acordo com as necessidades dele e que ainda garanta segurança. 
O profissional pode, ainda, de modo a potencializar os resultados obtidos 
com protocolos realizados na clínica ou consultório, indicar ao cliente o uso 
domiciliar de ativos cosméticos esfoliantes.
21Métodos físicos para aumento da permeação cutânea
ALVES, N. C. Penetração de ativos na pele: revisão bibliográfica. Amazônia: Science & 
Health, v. 3, n. 4, p. 36–43, 2015. Disponível em: http://ojs.unirg.edu.br/index.php/2/
article/view/852. Acesso em: 24 ago. 2019. 
BAUMANN, L. Dermatologia cosmética: princípios e práticas. Rio de Janeiro: Revinter, 2004. 
BORGES, F. S. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 
2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Phorte, 2010.
BORGES, F. S.; SCORZA, F. A. Terapêutica em estética: conceitos e técnicas. São Paulo: 
Phorte, 2016.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 4, de 30 de janeiro de 
2014. Dispõe sobre os requisitos técnicos para a regularização de produtos de higiene 
pessoal, cosméticos e perfumes e dá outras providências. Brasília, DF: Ministério da 
Saúde, 2014. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/
rdc0004_30_01_2014.html. Acesso em: 24 ago. 2019. 
DRAELOS, Z. D. (ed.). Cosmecêuticos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. (Procedimentos em 
Dermatologia Cosmética). 
GUIRRO, E. C. O.; GUIRRO, R. R. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recursos, 
patologias. 3. ed. São Paulo: Manole, 2010. 
KALIL, C.; CAMPOS, V. Drug delivery em dermatologia: fundamentos e aplicações práticas. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. 
KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2015.
Quando se pensa em protocolos, vale lembrar que eles são sugestões, sendo 
necessário que o profissional de estética avalie corretamente o seu paciente e 
defina, com base em seus conhecimentos, o protocolo que melhor se adapta 
aos objetivos do paciente. 
Métodos físicos para aumento da permeação cutânea22
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. 
OLIVEIRA, A. L. De esteticista para esteticista: diversificando os protocolos faciais e cor-
porais aplicados na área da estética. São Paulo: Matrix, 2014. 
PANEGASSI, J. Esfoliação: descubra qual é o melhor tipo para o seu rosto e corpo. 2019. 
Disponível em: https://www.minhavida.com.br/beleza/tudo-sobre/20680-esfoliacao. 
Acesso em: 24 ago. 2019.
PEREZ, E.; VASCONCELOS, M. G. Técnicas estéticas corporais. São Paulo: Erica, 2014. 
RIBEIRO, C. J. Cosmetologia aplicada a dermoestética. 2. ed. São Paulo: Pharmabooks, 2010.
SCHALKA, S. et al. Estudo comparativo e randomizado para avaliação de dermocos-
mético contendo um complexo reparador de barreira nos cuidados da pele após 
tratamento cosmiátrico. Surgical & CosmeticDermatology, v. 5, n. 4, p. 337–343, 2013. 
Disponível em: http://www.surgicalcosmetic.org.br/detalhe-artigo/300/Estudo-compa-
rativo-e-randomizado-para-avaliacao-de-dermocosmetico-contendo-um-complexo-
-reparador-de-barreira-nos-cuidados-da-pele-apos-tratamento-cosmiatrico. Acesso 
em: 24 ago. 2919. 
SILVA, U. Ação dos ativos na permeabilidade cutânea. Revista Uniplac, v. 6, n. 1, 2018. 
Disponível em: http://revista.uniplac.net/ojs/index.php/uniplac/article/view/3677. 
Acesso em: 24 ago. 2019.
SMALL, R.; HOANG, D.; LINDER, J. Guia prático de peelings químicos, microdermoabrasão 
e produtos tópicos. Rio de Janeiro: Di Livros, 2014. 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA. Peeling físico. c2017. Disponível em: http://
www.sbd.org.br/dermatologia/pele/procedimentos/peeling-fisico/20/. Acesso em: 
24 ago. 2019. 
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 
10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. 
ZEN, B. S. Desenvolvimento e avaliação da permeação e retenção cutânea de sistemas 
nanoemulsionados do ácido linoléico conjugado (CLA). 2012. Dissertação (Mestrado 
em Farmácia) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa Catarina, 
Florianópolis, 2012. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/han-
dle/123456789/122554/327677.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 24 ago. 2019.
23Métodos físicos para aumento da permeação cutânea
DICA DO PROFESSOR
Uma série de métodos podem ser utilizados pelos esteticistas para promover maior permeação 
cutânea de ativos cosméticos. Dentre esses métodos, temos o microagulhamento, uma técnica 
muito utilizada para aumentar a penetração de princípios ativos através de microfuros. 
Outra técnica que pode ser aplicada em procedimentos estéticos tanto faciais quanto corporais é 
a radiofrequência. Essa técnica fornece calor para redução de gordura ou para flacidez e prepara 
o tecido para receber um cosmético. 
Nesta Dica do Professor, você vai conhecer detalhes e benefícios desses métodos. Confira.
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NA PRÁTICA
Os profissionais da área da estética, seja ela aplicada a tratamentos corporais ou faciais, têm 
à sua disposição uma série de técnicas que podem ser utilizadas de maneira conjunta 
objetivando resultados mais efetivos.
Uma das técnicas que pode ser inserida em diversos protocolos estéticos é a esfoliação física da 
pele utilizando cosméticos esfoliantes, que, nesse caso, possuem propriedades abrasivas em sua 
composição e permitem a remoção da camada mais externa da epiderme, facilitando a entrada 
dos demais cosméticos.
Conhecer e compreender o mecanismo de ação dos ativos esfoliantes físicos sobre a pele 
humana e sua relação com a permeação de ativos cosméticos é essencial para o profissional que 
atua na área de serviços voltados à estética facial ou corporal.
Acompanhe Na Prática um relato de caso relacionado ao uso de esfoliação física para tratamento 
de pele seca, em que um plano de tratamento foi formulado tanto para atendimento clínico como 
para cuidados a serem realizados pelo paciente em seu ambiente domiciliar.
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SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Esfoliação da pele: dermatologista esclarece dúvidas
Existem muitas dúvidas acerca do uso de esfoliantes físicos, suas indicações e orientações sobre 
o uso. Considerando isso, a reportagem a seguir esclarece algumas inquietações mais comuns, 
com a ajuda de uma médica dermatologista. Confira.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
O que é microdermabrasão? Como funciona dermabrasão?
Um dos métodos físicos disponíveis aos profissionais de estética para realizarem a esfoliação da 
pele é a microdermoabrasão. Esse tratamento pode ser indicado para uma variedade de 
tratamentos, incluindo pré-tratamento, ou seja, quando é realizado antes de outras modalidades, 
como a aplicação de cosméticos. Veja mais detalhes no vídeo a seguir.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Esfoliante caseiro: como fazer e quais as melhores opções
Existem no mercado muitas opções de cosméticos esfoliantes físicos, dentre os quais se 
encontram os esfoliantes mais naturais. Mesmo sendo menos indicados por profissionais da área 
da estética, esses produtos são bons. A indicação é menos comum, principalmente devido ao 
risco de alergias e porque a indústria de cosmético tem à disposição uma imensa variedade de 
esfoliantes industrializados, com ativos específicos para cada tipo de pele. A reportagem a 
seguir apresenta alguns aspectos sobre o uso de esfoliantes naturais.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Patologias do sistema linfático 
APRESENTAÇÃO
Edema é o acúmulo de líquido que atua no espaço intercelular e pode ser classificado de acordo 
com a sua extensão ou com as ações que provoca em nosso organismo. O edema tem muitas 
variações, entre elas o linfedema, uma alteração importante que surge especialmente depois que 
ocorre uma lesão em algum componente do sistema linfático.
Nesta Unidade de Aprendizagem, vamos identificar as principais patologias relacionadas ao 
sistema linfático, evidenciando suas causas e seu mecanismo de ação.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever sinais e sintomas do edema.•
Classificar os tipos de linfedema.•
Identificar patologias associadas ao sistema linfático.•
INFOGRÁFICO
O linfoma é um tumor maligno que tem origem no sistema linfático e, na maior parte dos casos, 
sua causa não é conhecida. Ele pode ter seu início motivado por uma mudança nos genes dos 
linfócitos e é classificado em linfoma de Hodgkin e linfoma não Hodgkin.
Veja no Infográfico quais são os principais sintomas do linfoma. 
CONTEÚDO DO LIVRO
O edema é caracterizado pelo excesso de líquido no espaço intercelular, fazendo com que o 
tecido conjuntivo apresente um aumento em seu volume, resultante de um desequilíbrio das 
pressões hidrostática e oncótica. Pode atingir todo o corpo ou existir somente de forma 
localizada e é classificado de acordo com as alterações que provoca em nosso organismo.
Na obra Drenagem linfática, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, leia o capítulo 
Patologias do sistema linfático, onde você irá conhecer as patologias do sistema linfático, desde 
o edema e o linfedema, que são alterações muito comuns, até as doenças graves do sitema 
linfático, como o linfoma, um tipo de câncer desse sistema. 
DRENAGEM 
LINFÁTICA
Fernanda Ribeiro 
de Oliveira
 
Patologias do 
sistema linfático
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Descrever sinais e sintomas do edema.
 � Classificar os tipos de linfedema.
 � Identificar patologias associadas ao sistema linfático.
Introdução
Neste texto, você verá que o edema é um líquido que atua no espaço 
intercelular. Ele pode ser classificado de acordo com sua extensão e 
também dividido de acordo com os sintomas que provoca em nosso 
organismo. O edema tem muitas variações, entre elas o linfedema, alte-
ração importante que surge especialmente depois que ocorre lesão em 
algum componente do sistema linfático.
Sinais e sintomas do edema
O edema é caracterizado pelo excesso de líquido no espaço intercelular — 
espaço entre as células —, que faz o tecido conjuntivo apresentar um aumento 
em seu volume, resultante de um desequilíbrio das pressões hidrostática e 
oncótica.
Veja alguns motivos que podem desencadear o surgimento do edema:
 � Diminuição da pressão oncótica: quando há uma redução da pressão 
oncótica, também diminui a quantidade de proteínas plasmáticas presentes 
no sangue e, por consequência, ocorre acúmulo de líquido intersticial .
 � Aumento da permeabilidade capilar: causada pela resposta imune 
de nosso corpo, que precisa fazer

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