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Avaliação e anamnese aplicadas à estética corporal APRESENTAÇÃO Nos dias atuais, os profissionais de estética que não realizam uma avaliação bem detalhada em seus clientes raramente alcançam sucesso nos resultados dos tratamentos oferecidos. Cada informação do cliente pode influenciar no resultado do tratamento. Por isso, é fundamental ouvi-lo atentamente, relacionando suas informações com suas queixas e, assim, possibilitando a realização dos tratamentos estéticos corretos. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai compreender como realizar uma avaliação minuciosa, com dados clínicos e físicos, utilizando o questionário e as ferramentas adequadas para mensurar os dados físicos. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar os parâmetros aplicados à avaliação corporal. • Descrever técnicas e procedimentos aplicados à avaliação em estética corporal. • Reconhecer a aplicabilidade de métodos e técnicas de avaliação. • INFOGRÁFICO Uma entrevista estética parece algo desafiador, já que é o primeiro contato com sua cliente, mas também é bem mais simples do que você pode imaginar. Veja, no Infográfico, como realizar uma avaliação corporal completa. CONTEÚDO DO LIVRO Os tratamentos estéticos corporais oferecem uma grande gama de opções de técnicas, cosméticos e aparelhos tecnológicos. Mas isso não garante resultados, o que vai garantir um bom resultado é a avaliação correta. Para saber qual será a conduta terapêutica a ser adotada, é necessária uma avaliação minuciosa, que auxilie no momento de elaborar o protocolo e possibilite mensurar os resultados ao longo do tratamento. No capítulo Avaliação e anamnese aplicadas à estética corporal, da obra Procedimentos em estética corporal, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer as ferramentas utilizadas para efetuar uma avaliação corporal completa. Boa leitura. PROCEDIMENTOS EM ESTÉTICA CORPORAL Ana Carla Happel Avaliação e anamnese aplicadas à estética corporal Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar os parâmetros aplicados à avaliação corporal. Descrever técnicas e procedimentos aplicados à avaliação em estética corporal. Reconhecer a aplicabilidade de métodos e técnicas de avaliação. Introdução O fato de montar um plano de tratamento estético corporal exige muita atenção do profissional. Deve ser realizada uma “entrevista” antes de iniciar os protocolos de tratamento utilizando a ficha de anamnese. Todo tratamento estético interfere no funcionamento do organismo do cliente, sendo assim, necessitamos saber um pouco mais sobre o histórico clínico (doenças, cirurgias, alergias e outros), além dos seus hábitos diários. Diversas intercorrências podem acontecer quando não é realizada uma avaliação criteriosa, como, por exemplo, o fato de os resultados dos protocolos de tratamentos utilizados não estarem surtindo efeitos benéficos. Neste capítulo, você irá compreender como é realizada uma ficha de avaliação, quais são os parâmetros aplicados às técnicas de mensurações e o quanto as técnicas e os métodos de avaliação são importantes para os tratamentos estéticos corporais. 1 Parâmetros aplicados à avaliação corporal Uma avaliação minuciosa é parte importantíssima de qualquer tratamento estético corporal, sendo assim, é necessário que sejam utilizados métodos mais adequados para se obter todas as informações necessárias e, assim, personalizar o plano de tratamento de cada paciente individualmente. Utiliza-se um questionário chamado ficha de anamnese, que nos auxilia no registro das informações do cliente, podendo ser utilizado um modelo pronto ou você pode criar a sua própria ficha baseada nos tratamentos que você irá realizar individualmente e também baseado na sua experiência como profissional. A ficha de anamnese é composta por duas partes: uma onde registramos o histórico clínico de nossos clientes e outra onde registramos a avaliação física. É como se você estivesse entrevistando seu cliente. Você vai investigar seus hábitos diários, com relação à alimentação, à ingestão de água e à prática de atividade física, além de investigar seu histórico médico, cirurgias, doenças, medicações, enfim, tudo que possa ser relevante e que influencie no tratamento estético (PEREZ; VASCONCELOS, 2014). Estes são alguns dos itens importantes que devem constar no local da avaliação clínica: É fumante? Ingere bebida alcoólica? Realiza atividade física? Quantas vezes por semana? Qual é a quantidade de líquidos ingeridos diariamente? Faz uso de alguma medicação de uso contínuo? Toma pílula anticoncepcional? Faz reposição hormonal? Encontra-se grávida? Número de gestações? Hábitos alimentares bons ou ruins? É vegano? Qualidade do sono? Quantas horas por noite? Tem algum pino ou placa metálica no corpo? Realizou algum tratamento estético recentemente? Se sim, qual? Tem algum tipo de alergia? Se sim, qual? Faz uso de cosméticos home care? Se sim, quais? Alguma doença ou cirurgia recente? Avaliação e anamnese aplicadas à estética corporal2 No entanto, na parte física, são necessárias as seguintes informações: peso; altura; índice de massa corporal; perimetria; adipometria; biotipo corporal; estrias (coloração): rosada ou nacarada?, largura?; graus da celulite (1 ao 4); compacta, edematosa, flácida ou mista?; adiposidade; compacta, edematosa ou flácida?; temperatura da região a ser tratada; fotodocumentação. É importante explicar a importância desses dados para que o cliente res- ponda corretamente aos questionamentos. Esse é o momento de conhecer mais o seu cliente, deixe-o bem à vontade e fique atento a todas as respostas, anotando o que mais achar necessário. Após o preenchimento da avaliação, o cliente deve assiná-la confirmando todas as informações relatadas, assim como se responsabilizando pela omissão de qualquer informação importante (PEREZ; VASCONCELOS, 2014). 2 Técnicas e procedimentos da avaliação corporal O biotipo corporal feminino é classifi cado em dois tipos: androide e ginoide. O biotipo androide acumula mais gordura nas regiões do tórax, costas e mem- bros superiores e é comparado ao formato de uma maçã. Todavia, o biotipo ginoide é comparado ao formato de uma pera e tem maior acúmulo de gordura nas regiões dos glúteos, quadris, fl ancos e joelhos. O biotipo androide apre- senta mais gordura visceral, o que difi culta o tratamento estético, sendo que o biotipo ginoide tem mais opções de tratamentos estéticos (PEREIRA, 2013). A perimetria é o conjunto de medidas feitas com o auxílio de uma fita métrica fina e não elástica em pontos do tronco, abdome, membros superiores e inferiores. As medidas devem ser feitas somente com roupa de baixo ou de praia, sendo usado como referência de medidas as protuberâncias ósseas, 3Avaliação e anamnese aplicadas à estética corporal assim, as medidas serão realizadas sempre no mesmo local. Segundo Perez e Vasconcelos (2014), as regiões a serem aferidas são: no abdome são três medidas: cintura, abdome superior e inferior; no tórax são duas medidas: tórax superior e inferior, além das medidas de quadril, culote e braços. A fita métrica inelástica não deve ser aplicada nem muito apertada nem muito frouxa, para não diminuir ou aumentar as medidas, as quais devem ser aferidas no dia da avaliação e podem ser refeitas a cada cinco sessões de tratamento e servirão de parâmetro de comparações com o avanço do tratamento. Medição das pregas cutâneas com adipômetro Primeiramente, você deve posicionar o cliente em pé, vestindo somente as roupas de baixo ou de praia. As dobras cutâneas a serem analisadas deverão ser sempre as que se encontram do lado direito do corpo, como forma de padronização da avaliação. Com os dedos polegar e indicador, o profi ssional deverá pinçar a pelede cada dobra cutânea, sempre tomando cuidado para não pinçar o músculo junto. Após, deve-se colocar o adipômetro na prega um pouco abaixo de onde os seus dedos se encontram e, então, retirar os dedos e soltar a pressão do adipômetro. Em 2 ou 3 segundos ele indicará, por meio de milímetros, a camada de gordura da região avaliada. Como dica importante, deve-se marcar com uma caneta a região a ser aferida, sempre tomando como referência as partes ósseas. As pregas cutâneas aferidas são: do abdome, do tríceps, da região infraescapular e da coxa (PEREZ; VASCONCELOS, 2014). Existem dois tipos de adipômetro: clínico e científico. O clínico é ideal para avaliações estéticas, e sua diferença fica por conta da resolução, que é em milímetros; no científico, é em décimos de milímetros. Avaliação e anamnese aplicadas à estética corporal4 Como fazer o registro fotográfico? Para que se tenham fotos que possam ser comparadas posteriormente é necessária a padronização da imagem com fundo liso, da mesma cor, iluminação e posicio- namentos iguais das fotos de antes e depois. É interessante você criar um espaço em sua clínica somente para a fotodocumentação, com a luz e o fundo adequados e, se possível, com as marcações onde o cliente deve se posicionar e a distância da câmera (BORGES, 2010). Não é necessário ter iluminação e câmera profi ssional, basta ter uma câmera ou celular com boas imagens e uma boa iluminação da sala. Atualmente, dispomos de muitos celulares no mercado (smartphones) com qualidade fotográfica muito semelhante às câmeras profissionais, sendo assim, você consegue documentar com o seu próprio celular. O fundo fotográfico deve ser liso, podendo ser um tecido de cor neutra ou uma parede com pintura opaca. É muito utilizado o fundo preto, porém para clientes de pele negra, os contornos e os cabelos ficam sem definições, sendo então utilizados os fundos verde-claro ou amarelo. A iluminação deve ser boa e sempre manter o mesmo padrão ao substituir alguma lâmpada. Para isso, é importante saber qual tipo de lâmpada usar, marca, modelo, voltagem e ter um lugar fixo para as fotos serem padronizadas. Para que se possa montar um comparativo dessas fotos no futuro, é im- portante o enquadramento correto. Seja qual for a região do corpo, ela deve estar bem centralizada na câmera, deixando o mínimo de fundo visível na foto (BORGES, 2010). Quando as fotos da avaliação seguem os mesmos padrões, podemos observar claramente os sinais da evolução do tratamento (Figura 1). Figura 1. Fotodocumentação antes e após tratamento de gordura localizada. Fonte: Dmytro Flisak/Shutterstock.com. 5Avaliação e anamnese aplicadas à estética corporal Como utilizar a bioimpedância? Existem alguns parâmetros que devem ser utilizados para que o exame de bioimpedância seja o mais preciso possível: não ter realizado atividade física intensa em até 24 horas antes; esvaziar a bexiga 30 minutos antes da avaliação; não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 48 horas; não estar menstruada; não ser portador de marca-passo. Na bioimpedância tetrapolar (Figura 2), o cliente deve posicionar os pés descalços exatamente na parte de metal, segurar em cada uma das mãos a manopla e afastar os braços do corpo para que a corrente elétrica possa passar por todo o corpo fazendo a leitura da composição corporal. Todavia, na bioimpedância vertical (perna – perna), o cliente somente precisa subir descalço na base da balança de bioimpedância e aguardar que ela faça a leitura (ALMEIDA; TIENGO; BERNARDES, 2020). Para a realização da avaliação de bioimpedância não é necessário se despir, somente são retirados os casacos, acessórios de metal, como corrente, brincos e relógio, que podem interferir na passagem da corrente elétrica. Figura 2. Avaliação de bioimpedância tetrapolar. Fonte: Giorgio Rossi/Shutterstock.com. Avaliação e anamnese aplicadas à estética corporal6 Como avaliar o fibroedema geloide? As conhecidas mais popularmente como celulites devem ser avaliadas conforme o seu grau de evolução e tipo. Grau I: o “aspecto casca de laranja” só aparece com a contração da musculatura ou quando apalpada. Grau II: o “aspecto casca de laranja” é observado independentemente de contração muscular e apresenta redução da elasticidade e da tem- peratura da pele. Grau III: além do “aspecto casca de laranja”, pode-se observar nódulos, que ao toque causam dor, redução da elasticidade e da temperatura da pele. Grau IV: apresenta macronódulos com aderências que causam um grande ondulamento na pele, além de dor e diminuição da temperatura. Tipos: Dura: sem evidências de fibroses ou aderências profundas, comum em jovens com boa musculatura sem flacidez, na apalpação são identifi- cados micronódulos. Flácida: mais comum em mulheres com mais de 30 anos e sedentárias. Os tecidos são de fácil mobilização e apresentam macronódulos. Edematosa: pode ser encontrada em mulheres jovens ou adultas, ser dura ou flácida e apresenta placas rígidas com aspecto enrugado da pele. Para cada tipo de fibroedema geloide existem protocolos diferentes de tratamento estético, por isso é fundamental identificá-lo. As possíveis alterações nos casos de fibroedema geloide podem ser descritas como “aspecto de casca de laranja”, acolchoamento adipocitário, presença de pregas cutâneas e aparente espessamento dérmico. Um recurso também muito utilizado para a avaliação do fibroedema geloide é o uso de sensor de infravermelho (Celluscan®), que é um aparelho de avaliação cutânea usado para a determinação do grau de celulite e do nível de retenção de líquidos. Para entender melhor, leia o artigo Avaliação do grau do fibro edema gelóide utilizando um sensor de infravermelho, de Silva et al. (2017). 7Avaliação e anamnese aplicadas à estética corporal 3 Métodos e técnicas de avaliação A avaliação do biotipo corporal é muito importante na elaboração dos tra- tamentos e para controlar as expectativas do cliente. Identifi cando o formato do corpo é possível saber onde a gordura será mais resistente e assim escolher as técnicas mais apropriadas para o tratamento. O profi ssional que não avalia o biotipo corporal acaba por muitas vezes não alcançando os objetivos do tratamento, deixando o cliente insatisfeito. O paciente do tipo ginoide, além de conter maior acúmulo de gordura nos membros inferiores, também tem uma tendência maior em desenvolver celulite. No entanto, o paciente do tipo androide tente a ter mais gordura visceral, o que normalmente ocasiona um abdome bem saliente (PEREIRA, 2013). Também conhecidos como formato maçã e formato pera, o formato das frutas indica as áreas com mais acúmulo de gordura. No formato androide (maçã), a gordura localizada é predominante na região do abdome, todavia, no formato ginoide (pera), a gordura localizada predominante está nos membros inferiores (quadril, glúteos e coxas). O adipômetro, também conhecido como plicômetro, é a ferramenta uti- lizada para medir a espessura das dobras cutâneas e, a partir delas, mensurar o percentual de gordura corporal. É um dos recursos mais utilizados para avaliar o regresso da gordura localizada ao longo do tratamento (PEREZ; VASCONCELOS, 2014). A bioimpedância é um equipamento que realiza a análise da composição corporal por meio de correntes elétricas e fornece dados como: peso, percen- tual de água corporal, percentual de gordura, percentual de massa muscular, massa óssea, minerais, proteínas, taxa metabólica basal, gordura segmentar e massa magra segmentar, indicando os índices esperados. Existem dois tipos de bioimpedância, a tetrapolar e a vertical (perna – perna). A tetrapolar fornece mais informações e tem um eletrodo emissor e um receptor. No entanto, a do tipo vertical tem somente um eletrodo e se parece muito com as balanças digitais comuns, fornecendo informações como peso, percentual de água corporal, percentual de gordura e percentual de massa magra (ALMEIDA; TIENGO; BERNARDES,2020). Avaliação e anamnese aplicadas à estética corporal8 A fotodocumentação é muito importante para acompanhar a evolução antes e após dos tratamentos e observar as mudanças do contorno corporal. Além disso, os registros de antes e depois dos tratamentos estéticos são importantes para a divulgação do seu trabalho. Porém, mais importante do que ter os registros de antes e de após o tratamento é ter registros feitos com o mesmo padrão, somente assim poderão ser utilizados para mensurar os resultados, possibilitando muitas vezes observar evoluções que não são possíveis somente por meio das medidas (BORGES, 2010). Sendo assim, a forma como são realizados os registros se torna de muita importância. O uso de um tripé, por exemplo, garante que as fotos não fiquem tremidas e que sempre sejam realizadas na mesma altura, além de sempre posicionar o cliente na mesma posição. A autorização do uso de imagem se faz necessária, pois o direito à própria imagem é um dos direitos fundamentais da Constituição vigente. Ainda que seja feito o termo de autorização de imagem, o profissional de estética deve preservar seus clientes, usando tarjas pretas para a ocultação dos olhos e, sempre que possível, não identificar o cliente (BORGES, 2010). É muito importante que você tenha conhecimentos básicos de anatomia para realizar uma boa avaliação e em caso de dúvida com relação a doenças ou tratamentos médicos relatados pelo cliente, peça autorização do médico para a realização dos tratamentos estéticos. Na dúvida, não realize sem a autorização. O profissional da estética pode criar sua própria ficha de anamnese baseado nos tratamentos que oferece, incluindo informações mais pertinentes que irão auxiliá-lo e facilitar a elaboração dos planos de tratamento cada vez mais personalizados e com resultados visíveis para seus clientes, mas não esqueça de salientar para o seu cliente o quanto o comprometimento dele (hábitos saudáveis e disciplina) é importante para que os resultados esperados sejam alcançados (PEREZ; VASCONCELOS, 2014). Sempre que possível, evite que as medições sejam feitas na semana antes e durante a menstruação, pois normalmente se retém muito líquido nesse período, gerando medidas aumentadas fora da realidade (PEREZ; VASCON- CELOS, 2014). 9Avaliação e anamnese aplicadas à estética corporal Um tratamento para fibroedema geloide pode ser prejudicado devido à falta de circulação sanguínea da região a ser tratada. Na anamnese é relatado que o cliente é fumante, então você já terá em mente que a circulação desse paciente se encontra deficiente. Portanto, indica-se trabalhar inicialmente a melhora da circulação local, sendo muito mais assertivo na escolha do tratamento. ALMEIDA, R. A.; TIENGO, A.; BERNARDES, A. C. B. Medidas de composição corporal com adaptómetro e bioimpedância - comparação entre resultados. Nutrição Brasil, v. 19, n. 1, p. 1–8, 2020. Disponível em: https://portalatlanticaeditora.com.br/index.php/ nutricaobrasil/article/download/1113/6173. Acesso em: 9 ago. 2020. BORGES, F. S. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas: dermato-funcional. 2. ed. rev. e amp. São Paulo: Phorte, 2010. PEREIRA, M. F. L. (org.). Recursos técnicos em estética. São Paulo: Difusão, 2013. v. 2. PEREZ, E.; VASCONCELOS, M. G. Técnicas estéticas corporais. São Paulo: Saraiva, 2014. Leitura recomendada SILVA, R. M. V. et al. Avaliação do grau do fibro edema gelóide utilizando um sensor de infravermelho. Revista da Saúde & Biotecnologia, v. 1, n. 1, p. 18–30, jul./out. 2017. Dispo- nível em: https://core.ac.uk/download/pdf/268082331.pdf. Acesso em: 9 ago. 2020. Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun- cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. Avaliação e anamnese aplicadas à estética corporal10 DICA DO PROFESSOR Saber realizar um comparativo das dobras cutâneas para mensurar a evolução dos tratamentos estéticos é de extrema importância. Contudo, surgem inúmeras dúvidas de como fazer essas medições nas avaliações de maneira correta. Nesta Dica do Professor, acompanhe um passo a passo do uso do adipômetro para medir dobras cutâneas. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! NA PRÁTICA Atualmente, um dos maiores desafios que os profissionais da estética enfrentam consiste em não conseguir montar um plano de tratamento eficaz para cada cliente. Para isso, as fichas de anamnese estão cada vez mais específicas e completas. Veja, Na Prática, como proceder ao preenchimento da ficha de anamnese durante a avaliação corporal. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! SAIBA + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Adipômetro ou bioimpedância? Como as duas técnicas alcançam o mesmo resultado, surge a dúvida: Qual é melhor? Qual deve ser utilizada? Veja qual é a opinião do Dr. João Tassinary, especialista em tratamentos estéticos. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Dobras cutâneas O adipômetro é uma das ferramentas mais utilizadas para mensurar os resultados dos tratamentos estéticos, mas também gera muitas dúvidas de como usá-lo corretamente. Veja quais são os pontos anatômicos e as técnicas para a obtenção de medidas usando o adipômetro. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Bioimpedância: o que é e como funciona A bioimpedância pode ser muito útil na hora da avaliação corporal, desde que seja usada corretamente. Além de mostrar o IMC, ela também apresenta os parâmetros de densidade óssea, gordura e quantidade de massa muscular. Neste vídeo, você vai ver como funciona a bioimpedância e algumas dicas para que os resultados não tenham interferências. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Métodos físicos para aumento da permeação cutânea APRESENTAÇÃO Dentre os vários tratamentos com os quais os profissionais esteticistas podem contar, estão aqueles que possibilitam a potencialização da penetração de ativos cosméticos na pele; mas, para isso, a pele precisa ser preparada. No geral, esses tratamentos atuam reduzindo a barreira imposta fisiologicamente pela pele, tornando a camada mais externa da epiderme mais fina, a fim de facilitar a penetração dos ativos. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai entender quais técnicas podem ser empregadas pelo profissional nesses tratamentos e como realizá-las de maneira correta em protocolos faciais ou corporais, possibilitando assim que os resultados esperados com o tratamento sejam alcançados mais facilmente. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Especificar alguns métodos para aumentar a permeação cutânea.• Descrever os tipos e os modos de ação de esfoliantes físicos usados para aumentar a permeação cutânea. • Aplicar protocolos de esfoliação facial e corporal. • INFOGRÁFICO O uso de cosméticos esfoliantes físicos como modalidade de tratamento para melhorar a permeação de ativos cosméticos na pele é uma das possibilidades que o profissional de estética tem para melhorar a efetividade de seus tratamentos. Esses produtos podem ser utilizados pelo profissional em protocolos realizados no consultório ou na clínica, ou podem ser utilizados pelo paciente no ambiente domiciliar, desde que esse uso seja bem orientado e realizado da maneira correta. Neste Infográfico, você vai poder conferir algumas das dúvidas mais comuns sobre a esfoliação física da pele com o uso de cosméticos. CONTEÚDO DO LIVRO A absorção de ativos cosméticos através da pele pode ser influenciada por inúmeros fatores, como sua espessura, temperatura, graude hidratação, limpeza, fluxo sanguíneo, número de folículos pilosos e integridade do estrato córneo. Alguns tratamentos estéticos podem ser utilizados de modo a induzir mudanças na pele e facilitar a penetração dos cosméticos. Conhecer as técnicas disponíveis para facilitar a permeação de ativos cosméticos na pele é essencial ao profissional de estética, que utiliza esses conhecimentos diariamente em sua prática profissional. No capítulo Métodos físicos para aumento da permeação cutânea, da obra Cosmetologia Aplicada II, você vai conhecer algumas técnicas disponíveis, incluindo correntes elétricas, massagem, cosméticos esfoliantes físicos e microdermoabrasão. Você vai ver que, no geral, esses ativos promovem a remoção de parte da camada córnea da epiderme e facilitam a penetração de ativos. Além disso, serão sugeridos protocolos de esfoliação física aplicados à face e ao corpo. Boa leitura. COSMETOLOGIA APLICADA II Aline Andressa Matiello Métodos físicos para aumento da permeação cutânea Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Especificar os métodos para aumentar a permeação cutânea. Descrever os tipos e modos de ação de esfoliantes físicos usados para aumentar a permeação cutânea. Aplicar o protocolo de esfoliação facial e corporal. Introdução A pele humana exerce inúmeras funções, como a de proteção, por meio da formação de uma barreira semipermeável entre o meio interno e o ambiente externo. Esta barreira evita, parcialmente, que a pele perca ou absorva substâncias que possam ser nocivas aos processos meta- bólicos. A barreira é formada por camadas de células, principalmente o estrato córneo, localizado mais superficialmente na epiderme. Essa barreira fisiológica representa um grande desafio à penetração de ati- vos cosméticos tópicos. Por isso, os cosméticos utilizados topicamente necessitam ter características específicas que favoreçam a penetração através do estrato córneo e, consequentemente, consigam atingir os tecidos a serem tratados. Além dessas características, podem ser utilizadas técnicas que podem gerar dano à barreira cutânea, de forma intencional, com o objetivo de promover a redução dessa camada e favorecer a penetração dos ativos cosméticos. Neste capítulo, você vai compreender como a pele exerce a função de barreira e quais métodos podem ser utilizados para aumentar a per- meação de ativos utilizados em cosmetologia, garantindo resultados mais efetivos nos tratamentos estéticos. Além disso, você entenderá como os cosméticos esfoliantes físicos podem atuar na barreira cutânea e favorecer os tratamentos cosméticos. Ao final, serão apresentadas sugestões de protocolos de esfoliação com essa finalidade. Pele humana como barreira de proteção A pele, também chamada de membrana cutânea, é uma estrutura que recobre a superfície externa do corpo humano. É formada por duas camadas princi- pais, uma mais externa e superfi cial, chamada de epiderme, e uma camada mais densa e profunda, chamada de derme. A epiderme é a camada mais superfi cial da pele, formada por cinco camadas distintas. Estas camadas são chamadas de estrato basal, espinhoso, granuloso, lúcido e córneo, nomeadas assim da parte mais profunda em direção à mais superfi cial (TORTORA; DERRICKSON, 2017). Os queratinócitos são as células mais prevalentes na pele, cuja função é a síntese de queratina, substância importante na proteção da pele. Os queratinócitos se originam na camada basal da epiderme e sofrem mitoses, sendo empurrados para a superfície. Essas células produzem queratina, e no momento em que atingem a camada mais superficial já estão mortas, sendo, na verdade, estruturas escamosas formadas por membrana plástica e queratina. Milhões desses queratinócitos mortos, presentes na camada mais externa da epiderme, descamam diariamente, porém exercem uma barreira para a permeação de ativos além de proteção (MARIEB; HOHEN, 2008). Esse processo de renovação celular constante que acontece na epiderme é exemplificado na Figura 1. Métodos físicos para aumento da permeação cutânea2 Figura 1. Processo de renovação celular da pele. Fonte: Adaptada de Alila Medical Media/Shutterstock.com. Células mortas descascando na superfície da pele Estrato córneo Estrato lúcido Estrato granuloso Estrato escamoso Estrato basal Derme Queratinócitos se movem para cima conforme envelhecem Embora a pele seja considerada uma barreira muito eficaz, por sua superfície externa apresentar uma resistência natural à ação dos agentes externos, ela é semipermeável, ou seja, pode ser atravessada por quantidades de substâncias capazes de penetrar na camada córnea. Alguns fatores fisiológicos, inerentes ao indivíduo, e fatores inerentes à substância aplicada na pele estão relacionados à sua maior ou menor penetração (SILVA, 2018). Neste contexto, de que a pele funciona como uma barreira à penetração e perda de substâncias, quando se fala de cosmetologia, é importante conside- rar que os ativos cosméticos têm dificuldade em penetrar no organismo em virtude dessa barreira de proteção. O estrato córneo da epiderme é o principal obstáculo a ser vencido pelos ativos cosméticos. Considerando que, atual- mente, existem diversas formulações disponíveis no mercado de cosméticos 3Métodos físicos para aumento da permeação cutânea com o objetivo de proporcionar saúde, beleza e bem-estar dos indivíduos, é necessário que os ativos presentes nessas formulações cumpram suas metas terapêuticas, atingindo as camadas mais profundas da pele, onde exercerão as suas funções determinadas. Por isso, diz-se que os ativos cosméticos de aplicação tópica devem considerar uma série de fatores para poderem ser efetivos, fatores que vão desde a concentração do ativo, características farmacológicas, a interação deles com a pele, o modo de aplicação, além de variáveis biológicas e do meio ambiente, que possam influenciar na penetração na pele (GUIRRO; GUIRRO, 2010). De forma geral, as substâncias presentes nos cosméticos podem penetrar de inúmeras maneiras: através da epiderme, das glândulas sudoríparas, sebáceas e, ainda, do folículo piloso. Alguns fatores podem influenciar na penetração de um ativo cosmético na pele, como: a área de superfície da pele, o tempo de contato do ativo com a pele e a permeabilidade cutânea apresentada pelo indivíduo, a concentração de células no estrato córneo e o grau de hidrata- ção da pele influenciam diretamente na penetração cutânea de cosméticos (ALVES, 2015). Sobre os fatores que influenciam na absorção cutânea de ativos cosméticos, vale destacar que existem alguns locais do corpo onde a absorção é considerada prati- camente nula, como, por exemplo, na planta dos pés e na palma das mãos, porque nessas regiões existe menor presença de pelos e a presença de mais uma camada na epiderme, a camada lúcida (ALVES, 2015). Ao penetrarem no estrato córneo, os ativos cosméticos são transportados para os tecidos corporais desejados e desempenham as funções previstas, sejam elas física, química ou biológica. Para que possam desempenhar as funções exatamente no tecido-alvo, esses ativos cosméticos precisam ser bem absorvidos pela pele (GUIRRO; GUIRRO, 2010). Métodos físicos para aumento da permeação cutânea4 Métodos para aumentar a permeação cutânea Atualmente, existe um interesse em melhorar a penetração e a permeação cutânea de ativos cosméticos com o objetivo de aumentar a sua efetividade, proporcionando, cada vez mais, cosméticos potentes e efi cazes (ALVES, 2015). A área da estética dispõe de formas capazes de facilitar a permeação de ativos por meio de procedimentos estéticos que garantem uma maior permeabilidade e receptividade dos ativos pela pele, reduzindo a resistência à passagem deles. A seguir, você conhecerá algumas das técnicas estéticas mais aplicadas com o objetivo de otimizar a ação dos cosméticos. Iontoforese O uso da iontoforese estáentre as modalidades de eletroterapia disponíveis atu- almente para melhorar a permeação cutânea. Essa técnica trata-se da aplicação de uma corrente galvânica para facilitar a permeação de ativos através da pele. Nesse procedimento, a corrente é transmitida do equipamento para a pele por meio dos eletrodos e do uso associado de substâncias ionizáveis, ou seja, que contenham cargas elétricas. A presença de cargas elétricas no cosmético aplicado faz com que ele seja carreado através da pele por um mecanismo de repulsão contínua e movimentação dele pelas vias de penetração. A aplicação do produto ocorre por meio de eletrodos no polo positivo ou negativo, de acordo com a polaridade da substância escolhida que deverá estar sob o eletrodo de mesma polaridade. A fi nalidade do tratamento, nesse caso, dependerá das características do cosmético, como, por exemplo: um ativo antiacne ionizável pode ter sua permeação aumentada se for aplicado associado à iontoforese (BORGES, 2010). Microcorrentes O uso de microcorrentes é outra modalidade de eletroterapia que pode ser aplicada de modo a aumentar a permeação de ativos cosméticos. Nessa moda- lidade de tratamento, utiliza-se uma corrente elétrica de baixa intensidade, em microampères, com polaridade contínua positiva, negativa ou com inversão, e seu uso proporciona aumento da circulação sanguínea no local de aplicação, além de aumento do metabolismo local e outros efeitos, de modo que facilite a permeação de ativos que sejam aplicados na pele posteriormente. 5Métodos físicos para aumento da permeação cutânea Além disso, a aplicação da microcorrentes proporciona um aumento das funções de permeabilidade seletiva da membrana celular, aumento do trans- porte ativo e passivo de substâncias, e da difusão de substâncias através das membranas celulares, favorecendo a ativação do metabolismo celular e, consequentemente, melhorando a permeação dos ativos aplicados na pele. Vale ressaltar que as microcorrentes, diferente da iontoforese, não fazem a permeação de ativos diretamente. Elas apenas estimulam a pele a melhorar a circulação local, para, posteriormente ao término da aplicação, o ativo ser aplicado na pele. Como a circulação local está aumentada, a permeação é facilitada. Massagem A massagem, quando aplicada à pele humana, promove um aumento da tem- peratura local, aumentando, assim, a permeabilidade das células do estrato córneo, além de proporcionar aumento da circulação linfática e sanguínea local. Esse aumento na permeabilidade acontece em virtude de alterações que afetam as moléculas de lipídios pelo aumento da temperatura (KALIL; CAMPOS, 2018). Desse modo, ao aplicar massagem no tecido e aquecê-lo previamente à aplicação do ativo cosmético, é possível aumentar a circulação local e a permeabilidade das células, facilitando, assim, a penetração dos ativos que serão aplicados em seguida na pele, proporcionando resultados mais efetivos, uma vez que a penetração será aumentada. Hidratação cutânea Zen (2012) comenta que a pele que não é tratada adequadamente com subs- tâncias hidratantes contém um estrato córneo muito compacto, com uma camada de queratinócitos intimamente conjugados, de modo que se torne uma barreira a mais na permeação de outros ativos através da pele. Sendo assim, justifi ca-se que uma pele mais hidratada tem maior capacidade de absorver os ativos cosméticos que são aplicados nela. Dessa forma, tratamentos que visam a melhorar a hidratação da pele, auxiliam de maneira secundária no aumento da permeação cutânea de ativos cosméticos. Isso, porque quando os Métodos físicos para aumento da permeação cutânea6 queratinócitos superfi ciais estão hidratados, passam a sofrer modifi cações em sua estrutura, fi cando com um aspecto de células edemaciadas. Em vista disso, os espaços intercelulares do tecido da região fi cam desorganizados e aumentados, com formação de áreas ricas em água, o que aumenta a taxa de penetração através do estrato córneo da epiderme (KALIL; CAMPOS, 2018). Por isso, indica-se que a pele esteja sempre em boas condições de hidratação, de modo que consiga receber e absorver com maior efetividade os produtos cosméticos aplicados a ela. A aplicação de ativos com propriedades hidra- tantes em protocolos estéticos faciais ou corporais proporciona uma melhora na efetividade dos tratamentos pelo aumento da permeação cutânea. Além disso, pode-se indicar o uso de ativos hidratantes ao paciente no ambiente domiciliar, como uma preparação para os protocolos realizados na clínica ou no consultório de estética pelo profissional. Microdermoabrasão A técnica de microdermoabrasão caracteriza-se por ser uma técnica aplicada à área da estética que promove uma esfoliação não cirúrgica da pele por meio do uso de um equipamento com níveis de esfoliação e pressão controlados (KEDE; SABATOVICK, 2015). Nesse tratamento, o atrito causado pelo equi- pamento sobre a pele proporciona a remoção das células do estrato córneo e, consequentemente, o seu afi namento, de modo que facilite a permeação dos ativos cosméticos aplicados a ela. Esses equipamentos objetivam remover a camada mais externa da epiderme e, com isso, induzir a renovação celular e facilitar a permeação de ativos cosméticos aplicados a ela. Neste caso, os equipamentos esfoliantes, como a microdermoabrasão, realizada por meio do peeling de cristal e pelo diamante, esfoliam a pele, por meio de agentes físicos. O mecanismo de ação da microdermoabrasão se pauta em um equipamento que tem um sistema de vácuo fechado, que acaba puxando a pele contra um elemento abrasivo presente na ponteira do aplicador. À medida que esse apli- cador é passado sobre a pele, as camadas mais superficiais dela são removidas e os restos de células mortas são aspirados para dentro de um recipiente, que deve ser descartado após o término da aplicação (SMALL; HOANG; LINDER, 2014). A Figura 2 demonstra o mecanismo de ação da microdermoabrasão. 7Métodos físicos para aumento da permeação cutânea Figura 2. Processo de esfoliação promovido pela microdermoabrasão. Fonte: Adaptada de lotan/Shutterstock.com. Nova camada de pele Restos de pele aspirados Área de sucção Ferramenta abrasiva Nova camada de pele Estrato córneoPelo Derme Tecido subcutâneo A esfoliação provocada pelos equipamentos de microdermoabrasão pode acometer apenas uma camada superficial do estrato córneo, sendo chamada de esfoliação muito superficial, ou pode, ainda, ser chamada de esfoliação superficial, quando remove até a camada granulosa. O que determina a pro- fundidade da esfoliação, neste caso, é a pressão negativa utilizada, a pressão exercida pelo profissional sobre a pele com o aplicador, a abrasividade da superfície do aplicador e o número de passadas do equipamento sobre deter- minada área da pele. Durante a execução da técnica, ao se aplicar o equipamento duas vezes sobre uma região, normalmente se faz uma remoção apenas do estrato córneo, enquanto que, em média, quatro passagens promovem a esfoliação de mais camadas da epiderme (SMALL; HOANG; LINDER, 2014). Métodos físicos para aumento da permeação cutânea8 Além disso, essa técnica promove um aumento nas taxas de renovação celular, de modo que a pele da epiderme seja renovada mais rapidamente, evitando acúmulos excessivos de células mortas em determinadas áreas, que ficam muito queratinizadas e acabam por reduzir a absorção de ativos nessas regiões. Existem, atualmente, duas modalidades de microdermoabrasão, que são diferenciadas pelo tipo de elemento abrasivo que utilizam para promover a esfoliação da pele, o peeling de cristal e o peeling de diamante, entretanto, ambas atuam proporcionando os mesmos benefícios. Os primeiros equipamentos utilizados para microdermoabrasão foram os que utilizam partículas de cristais, como, por exemplo, óxido de alumínio, para promover os efeitos de esfoliação. Associado a isso, os equipamentos de peeling de cristal utilizam pressões positivase negativas simultaneamente, uma vez que a pressão positiva permite que os cristais sejam jateados sobre a pele do paciente, provocando a esfoliação da epiderme, e a pressão negativa suga os restos de cristais e as células mortas da região (SMALL; HOANG; LINDER, 2014). Para a aplicação, o profissional deve ajustar a pressão do equipamento e acompanhá-la durante a execução da técnica. A pele do paciente deve ser esticada de modo a evitar dobras, e o profissional deve realizar uma varredura em toda a área desejada, com movimentos precisos e firmes. Como, nesse caso, os cristais não são todos sugados pelo equipamento, parte deles permanece na pele do paciente e deve ser retirada com o uso de gazes umedecidas. Além disso, considerando essa desvantagem, da permanência de cristais na pele, os olhos do paciente devem estar sempre protegidos com o uso de gazes umedecidas com soro fisiológico, evitando o contato dessa substância com a superfície ocular (BORGES, 2010). Os efeitos esperados com a aplicação são: leve eritema na região de tratamento, calor aumentando, e edema muito leve, e estes sinais devem ser monitorados pelo profissional, evitando que seja realizada uma esfoliação excessiva na região e que possa causar quaisquer efeitos adversos. Em relação à cosmetologia, a microdermoabrasão por meio do uso do peeling de cristal proporciona um afinamento da epiderme, de modo que a barreira para a penetração de cosméticos na pele fique reduzida e facilite a absorção de ativos. Por isso, o tratamento de peeling de cristal deve anteceder a aplicação do cosmético em um protocolo de tratamento. O número de sessões a serem realizadas de peeling de cristal dependerá da avaliação realizada pelo profissional, mas, no geral, são indicadas, no máximo, sessões semanais, podendo atingir de 6 a 12 aplicações. Após isso, a 9Métodos físicos para aumento da permeação cutânea manutenção do tratamento pode ser realizada mensalmente e, posteriormente, a cada dois meses. Na microdermoabrasão por meio do peeling de diamante, o mecanismo de ação do peeling de diamante é semelhante ao peeling de cristal. A diferença inicial está no elemento abrasivo a ser utilizado no equipamento, enquanto que no peeling de cristal são utilizados cristais, no peeling de diamante é utilizada uma ponteira diamantada. Além disso, nos equipamentos utilizados para peeling de diamante, a pressão do equipamento é apenas negativa e ajustável pelo profissional durante a execução da técnica. Neste caso, a pele é apenas sugada pela manopla para junto da ponteira diamantada, promovendo o lixamento da pele por meio dos movimentos de deslizamento que deverão ser executados pelo profissional. As ponteiras diamantadas podem variar de granulometrias e aspereza, de 50 a 200 micras, sendo que quanto maior a micragem, mais esfoliação ocorrerá (BORGES, 2010). A Figura 3 mostra a aplicação do peeling de diamante na face. Como neste caso não há o jateamento de cristais, os olhos não precisam ser protegidos com gaze. Vale lembrar que pacientes gestantes, com infec- ções ativas, alterações hemorrágicas, tendência à formação de queloides e cicatrizes hipertróficas, e cicatrização dificultada não devem ser submetidos aos tratamentos de microdermoabrasão, tanto pelo uso do peeling de cristal como pelo de diamante (SMALL; HOANG; LINDER, 2014). Figura 3. Peeling ultrassônico. Fonte: dimid_86/Shutterstock.com. Métodos físicos para aumento da permeação cutânea10 Peeling ultrassônico O peeling ultrassônico consiste em uma técnica que se baseia na utilização de uma vibração mecânica, de pequena amplitude e alta frequência, aplicada sobre a pele mediante uma espátula metálica. Seu mecanismo de ação se pauta na remoção de células mortas da epiderme por meio dessa vibração produzida associada à elevada frequência, que é transmitida à pele por meio da espátula metálica. Esse tratamento também é conhecido pelo nome de microvibração de alta frequência. Quanto aos efeitos fisiológicos, o peeling ultrassônico, ao promover a remo- ção das camadas mais superficiais da epiderme, melhora a renovação celular, a oxigenação local e, ainda, promove aumento no intercâmbio de substâncias. Por isso, ele é indicado como tratamento coadjuvante para melhorar a permeação de ativos através da pele. Além disso, o equipamento promove uma pequena elevação na temperatura da pele, aumentando a permeabilidade celular e potencializando a entrada de ativos cosméticos nas camadas mais profundas da pele. A espátula utilizada nesse tratamento tem um ângulo aberto no centro, ou seja, ela não é totalmente plana. Isso possibilita que, durante a aplicação, o profissional possa inverter a sua posição de acordo com o efeito que se objetiva. Ao aplicar a ponta da espátula, as partículas desprendidas da pele são retiradas, eliminando, assim, as células mortas por meio desse mecanismo. Ao aplicar a parte plana da espátula, realiza-se uma micropercussão na pele, semelhante a uma micromassagem cutânea. Esta segunda forma de aplicação é realizada após a primeira e permite que, após o peeling ultrassônico, possa-se utilizar um cosmético, aumentando o seu fator de penetração na pele, de modo que a absorção, nesse caso, seja favorecida (BORGES, 2010). O peeling ultrassônico ainda possibilita o uso associado de corrente gal- vânica associada. Neste caso, deve-se utilizar algum cosmético com carga elétrica definida e permear o cosmético na pele durante a aplicação da cor- rente galvânica. Pacientes com processos agudos e infecciosos no local de tratamento não devem ser submetidos a esse tratamento. Feridas e lesões na pele também estão contraindicadas, assim como a aplicação sobre áreas que contenham varizes e varicoses. Pacientes com trombose venosa profunda são absolutamente contraindicados ao tratamento. Esfoliação física Alguns tratamentos destinados ao aumento da permeação de cosméticos através da pele objetivam fazer a destruição ou eliminação, parcial ou total, do estrato córneo da epiderme, de modo que os ativos possam ser mais efi cientemente 11Métodos físicos para aumento da permeação cutânea absorvidos e transportados através da pele (KALIL; CAMPOS, 2018). Esses tratamentos são conhecidos como esfoliações, ou também como peelings, e podem ser classifi cados em esfoliações químicas, físicas ou biológicas de acordo com a natureza do agente que causa a esfoliação. O termo esfoliação pode ser conhecido por outras nomenclaturas. Em francês, a esfoliação é conhecida como gommage e, em inglês, como peeling, do verbo to peel (esfoliar) (BORGES; SCORZA, 2016). A esfoliação chamada de física não tem interação com a pele, ou seja, não causa alterações químicas. A ação acontece apenas pela pressão e atrito entre a pele e o agente esfoliante, promovendo os desprendimentos dos queratinócitos da epiderme (RIBEIRO, 2010). A Figura 4 traz uma ilustração do mecanismo de ação de esfoliantes físicos sobre a pele. Figura 4. Mecanismo de ação de ativos esfoliantes físicos. Fonte: Adaptada de Designua/Shutterstock.com. Remoção das células mortas da pele A pele �ca limpa, suave e mais jovemEsfoliante facial Poros puri�cadosMateriais abrasivos Cutícula Epiderme Derme Antes Depois Hipoderme Métodos físicos para aumento da permeação cutânea12 Agentes esfoliantes físicos para aumento da permeação cutânea Dentre os agentes esfoliantes físicos utilizados para aumentar a permeação cutânea, cita-se o uso de ativos cosméticos com essa fi nalidade. Neste caso, os produtos cosméticos contêm características específi cas, compostos por substâncias abrasivas, que proporcionam uma esfoliação física da pele, de modo a reduzir a camada do estrato córneo e a barreira que os cosméticos precisam ultrapassar para promover os seus efeitos. Esses cosméticos esfoliantes são compostos por partículas sólidas de uso tópico, segundo a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n° 4, de 30 de janeiro de 2014 (BRASIL, 2014). Nessatécnica, as células do estrato córneo são removidas por meio da fricção de um agente abrasivo sobre a pele, ajudando na absorção de ativos. A esfoliação, nesses casos, é definida como sendo um procedimento estético no qual é realizada uma “raspagem da pele”, na qual parte dela é removida, induzindo a regeneração das células e promovendo uma pele mais fina. Este afinamento da pele, promovido pela esfoliação, facilita a permeabilidade de cosméticos, facilitando a penetração de ativos contidos neles (BORGES; SCORZA, 2016). Desse modo, os cosméticos esfoliantes físicos aplicados à pele, que têm como finalidade reduzir a camada córnea e aumentar a permeabilidade cutânea, são definidos como agentes abrasivos, com diferentes granulometrias, para promover a remoção das primeiras camadas da epiderme. Seu mecanismo de ação se pauta no atrito que gera entre superfícies, ou substâncias abrasivas, e a pele. Esses produtos atuam, basicamente, nas primeiras camadas da epiderme e não atingem a derme, uma vez que tal esfoliação apenas pode ser realizada por médicos. Atualmente, há à disposição do profissional de estética uma série de esfoliantes físicos de variadas formas de granulometria (BORGES; SCORZA, 2016). Atualmente, a indústria cosmética dispõe de produtos esfoliantes nos mais diversos tipos de formulações, desde sabonetes até cremes de massagem. De acordo com a natureza das substâncias abrasivas presentes nesses produtos, os cosméticos esfoliantes podem ser classificados em: naturais de origem vegetal, naturais de origem animal, naturais de origem marinha, derivados orgânicos sintéticos, e carboidratos. Os cosméticos esfoliantes naturais de origem vegetal são obtidos a partir de partes de um vegetal, como por exemplo, sementes, cascas, frutos, folhas e outras substâncias derivadas de produtos naturais, como as sementes de nozes. Os de origem mineral são derivados de partes de minerais, como pedra pomes em pó, quartzo em pó, areia e argilas. Cosméticos esfoliantes de origem marinha são exemplificados como: pós de ostras, cloreto de sódio, 13Métodos físicos para aumento da permeação cutânea algas diatomáceas e madrepérola. Os sintéticos são formulados a partir de polímeros de hidrocarbonetos, poliamida ou outros acrescidos de corantes ou não. No grupo dos esfoliantes de origem de carboidratos, encontram-se ativos esfoliantes físicos, como os açúcares mascavo e cristal (RIBEIRO, 2010). Contudo, independente da origem das substâncias abrasivas presentes em cosméticos esfoliantes, o mecanismo de ação é o mesmo. A esfoliação é realizada pela aplicação do agente esfoliante em contato direto sobre a pele, com a realização associada de movimentos circulatórios e de deslizamento, com ênfase nas áreas que têm maior queratinizarão, ou seja, áreas onde o estrato córneo se encontra mais espesso (PEREZ; VASCONCELOS, 2014). Outro tipo de esfoliação física com auxílio de cosméticos é a gomagem. Este tipo de esfoliação física da pele faz uso de cosméticos que, quando aplicados sobre a pele, criam uma fina película que adere a ela e, no momento da retirada dessa película, as células mortas da epiderme são removidas juntamente. Essa técnica recebe esse nome porque tem semelhança com a goma. A gomagem faz uso de produtos esfoliantes físicos à base de uma espécie de látex que, ao secar na pele, adere sobre ela e forma um grumo que, no momento da retirada, faz a remoção conjuntamente das células da camada córnea (BORGEZ; SCORZA, 2016). Para potencializar os efeitos desse tipo de esfoliação, pode-se realizar, após a secagem e o tempo de pausa do produto na pele, a esfoliação com o uso das mãos sobre a área a ser tratada, que pode ser incentivada por meio de movimentos circulares ou deslizamentos com os dedos, com o uso de pressão mediana. Os próprios movimentos realizados formam pequenos grânulos (restos dos cosméticos e de sujidade da pele) que retiram as células mortas. Perez e Vasconcelos (2014) comentam que a técnica de gomagem para esfoliação é muito benéfica, principalmente em regiões onde há maior quera- tinizarão da pele, como em algumas áreas corporais e na área de podologia, uma vez que a gomagem tem ação emoliente associada, e isso permite que a pele fique mais macia e flexível após a aplicação, com afinamento importante e sensação de pele acetinada. Protocolos de esfoliação facial e corporal A frequência e a intensidade na realização de esfoliação física dependem diretamente da concentração do esfoliante e do tipo de pele. Como a pele de cada indivíduo é diferente e contém características próprias, a recomendação de como realizar a esfoliação, assim como a sua frequência e intensidade, de- Métodos físicos para aumento da permeação cutânea14 penderá desses fatores (RIBEIRO, 2010). Em geral, indivíduos com pele mais oleosa podem realizar a esfoliação até duas vezes por semana, com indicação de uma vez por semana. Entretanto, pacientes com pele oleosa devem fi car atentos ao possível efeito rebote da esfoliação. Muitas pessoas incluem a esfo- liação na sua rotina de higiene, pois querem se livrar da oleosidade excessiva, principalmente em algumas fases da vida, como na adolescência. Todavia, quando o procedimento é realizado mais vezes do que o indicado, o organismo pode entender que a redução na oleosidade é sinal de pouca proteção natural, então, pode desencadear um efeito rebote e aumentar a produção de sebo, deixando a pele mais oleosa. Indivíduos com pele seca devem esfoliar em um intervalo mínimo de 15 dias. Estas recomendações são para esfoliações aplicadas na face. Geralmente, a maior parte dos esfoliantes corporais costumam ter a sua utilização reco- mendada até duas vezes por semana (PANEGASSI, 2019). As principais indicações do uso de esfoliação física são: quadros de foto- envelhecimento, podendo ser realizada em pacientes de todas as faixas etárias e fototipos de pele; presença de cicatrizes superficiais, como nos casos de cicatrizes pós-acne ou pós-afecções dermatológicas e pós-cirúrgicas; pacientes com alterações na pigmentação da pele, como: melasma, melanoses solares e hiperpigmentação pós-inflamatória; também é indicada nos quadros de rugas superficiais, acne comedoniana, estrias albas, dentre outras disfunções estéticas faciais ou corporais (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA, c2017). Mesmo sendo um tratamento considerado seguro, algumas situações clínicas são contraindicadas para a realização de esfoliação física, como: infecções virais, fúngicas ou bacterianas em atividade. Quadros de rosácea e acne do tipo papulopustulosa devem ser avaliados com cautela, uma vez que a esfoliação exagerada pode agravar os sinais clínicos dessas disfunções inicialmente (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA, c2017). Pacientes com casos de acne do tipo papulopustulosa, com quadro moderado a grave na região, não devem ser submetidos à esfoliação física, pois o atrito pode provocar a ruptura das pápulas, aumentando o risco de infectar as glândulas sebáceas, agravando o problema. Pacientes com quadros de psoríase ativa, dermatites, ou com a pele com presença de feridas, machucados ou queimada pelo sol também não devem ser submetidos a protocolos de esfoliação. No caso dos idosos, por estes terem a pele mais fina e sensível, o tratamento deve ser bem indicado, após avaliação minuciosa, para evitar a formação de traumas (PANEGASSI, 2019). Vale lembrar da importância de se realizar a avaliação da pele do paciente antes de iniciar um protocolo de esfoliação, seja ele facial ou corporal. Essa avaliação, 15Métodos físicos para aumento da permeação cutânea realizada previamente, permite que o profissional identifique as indicações, as contraindicações e ainda o tipo de pele do paciente, selecionando, dessa forma, os cosméticos mais ideais para aplicar. Realizada a avaliação, pode-se dar início ao protocolo de esfoliação. Vale ressaltar que esses protocolos não fazem uso apenas da técnica de esfoliaçãofísica, mas de outros procedimentos associados, de modo a potencializar os efeitos. Dentre os procedimentos associados nos protocolos de esfoliação, normalmente indica-se a realização da higienização da pele, esfoliação física e tonificação, para, finalmente, aplicar-se o agente cosmético desejado. Isso permite que a pele esteja preparada e em condições favoráveis para melhorar a penetração dos ativos que serão utilizados, de acordo com o objetivo tera- pêutico. São exemplos de tratamentos específicos cosméticos: para acne, para fibroedema geloide, para rejuvenescimento e voltados para flacidez de pele ou muscular. A última etapa dos protocolos de esfoliação corporal consiste na aplicação do filtro solar (PEREZ; VASCONCELOS, 2014). Considerando as principais disfunções estéticas que acometem a região facial e corporal, a seguir, são exemplificados alguns protocolos de tratamento utilizando os métodos citados anteriormente para o aumento da permeação cutânea de ativos cosméticos. Protocolos faciais Protocolo facial para acne A acne é uma doença infl amatória que acomete as unidades pilossebáceas e acontece em função da produção excessiva de sebo, que leva à obstrução dos canais e gera comedões. Os tratamentos, neste caso, objetivam a redução do quadro infl amatório, a redução da oleosidade excessiva e a ação antibacteriana (BORGES, 2010). Considerando isso, a seguir é apresentado um protocolo de tratamento para pele acneica a ser realizado no consultório ou estética e, em seguida, um protocolo de cuidados domiciliares diários. Passo 1: realizar a higienização da pele da face, colo e pescoço com sabonete líquido à base de ácido salicílico. Este ativo regula a oleosidade da pele e tem, ainda, ação anti-inflamatória por ter capacidade de permeação nos poros de peles acneicas, e auxilia na remoção da camada queratinizada, sendo indicado para a desobstrução dos poros. Passo 2: tonificar a pele com o uso de tônico adstringente. Este tipo de tônico é indicado para peles oleosas, pois ele ajuda a fechar os poros e cessar o excesso de brilho. Métodos físicos para aumento da permeação cutânea16 Passo 3: realizar a esfoliação com ativos cosméticos mais suaves, de origem vegetal, como alguns extratos, ou o uso de argila. Passo 4: aplicar máscara secativa à base de extrato de própolis que, além de ter ação secativa, é hidratante, antisséptico, adstringente, cicatrizante, hemostático, bactericida e fungicida, atuando diretamente nos quadros de acne. Passo 5: aplicar o filtro solar com formulação em gel, considerando a tendência à pele oleosa. Schalka et al. (2013) comentam que após a realização desses protocolos que envolvem a esfoliação da pele, é necessária a aplicação de filtro solar. Isso, porque a esfoliação promove a retirada da camada córnea e, desta forma, rompe com a barreira protetora exercida por ela. Por isso, dentre os cuidados, indica-se a utilização de filtro solar, a fim de reduzir o risco de desenvolvimento de hipercromia após os tratamentos de esfoliação. O fotoprotetor sugerido é de formulação com FPS 30. Tratamento domiciliar pela manhã: lavar o rosto com sabonete líquido à base de ácido salicílico, aplicar em seguida cosmético com ácido azelaico (ação bactericida), aplicar o filtro solar em loção ou gel. À noite, lavar com a mesma loção do período da manhã e usar o ativo cosmético à base extrato de hamamélis. Protocolo facial para revitalização cutânea Os tratamentos de revitalização cutânea proporcionam uma aceleração na renovação celular, aumentando, ainda, a nutrição e a hidratação da pele da face. Esses protocolos promovem um aspecto de pele mais saudável, hidratada e re- juvenescida. Podem ser indicados para clientes que estejam apresentando os primeiros sinais de envelhecimento (rugas fi nas e manchas solares) ou, ainda, para os que procuram por prevenção do envelhecimento precoce. Neste pro- tocolo, há a sugestão do uso da microdermoabrasão por meio do peeling de diamante para aumentar a permeação e, associado a ele, o uso da iontoforese. Passo 1: realizar a assepsia da pele do paciente com creme ou emulsão, leite ou gel de limpeza, de acordo com o tipo de pele. Passo 2: aplicar o tônico para equilibrar o pH da pele. Vale ressaltar que, nesse momento, deve-se evitar o uso de tônicos com grande concentração de álcool, uma vez que podem ressecar excessivamente a pele. Passo 3: aplicar a microdermoabrasão, com o uso do peeling de diamante, com a pele seca e isenta de qualquer resquício de cosmético. Deve-se passar a ponteira diversas vezes. Passo 4: aplicar loção calmante gelada ou outros ativos cosméticos crioterápicos. 17Métodos físicos para aumento da permeação cutânea Passo 5: aplicar a iontoforese com corrente galvânica, aplicando um cos- mético destinado à revitalização cutânea, como, por exemplo, o cloreto de sódio ou a fosfatase alcalina no polo negativo do eletrodo ativo. Passo 6: aplicar creme ou gel calmante para aliviar o eritema facial. Pode-se empregar, ainda, uma máscara com ativos hidratantes, como, por exemplo, o ácido hialurônico. Deixar o produto agir conforme orientação do fabricante e realizar a retirada com gazes umedecidas em água. Passo 7: finalizar com filtro solar com fator mínimo de proteção de 30, com formulação de acordo com o tipo de pele do paciente. Protocolo facial para melasma Os tratamentos voltados para melasma objetivam reduzir a pigmentação excessiva e uniformizar a cor da pele. Utilizam, em sua maioria, ativos des- pigmentantes que atuam sobre o metabolismo da melanina (BAUMANN, 2004). Confi ra, a seguir, um protocolo de tratamento para melasma facial com o uso de peeling de diamante. Passo 1: higienização com sabonete de limpeza. Passo 2: tonificação. Passo 3: esfoliação por meio do uso do peeling de diamante, com ênfase nas manchas. Passo 4: aplicação de ativo despigmentante somente nas manchas, como, por exemplo, arbutin ou ácido tranexâmico, e deixar agir de acordo com as informações do fabricante. Passo 5: aplicação de fator de proteção solar em pó. Para uso domiciliar, o paciente pode utilizar um sabonete líquido à base de alfa-hidroxiácidos pela manhã e à noite. Pela manhã, após a higienização, aplicar ativo cosmético à base de ácido kójico e finalizar com filtro solar. À noite, após a higienização, utilizar ativos retinoides na pele. Orientar o paciente a utilizar chapéu e evitar o sol quando possível. Podem ser empregados outros ativos com propriedades despigmentantes como: arbutina, aloesina, ácido azelaico, fenóis, ácido ascórbico, ácido linoleico, niacinamida, ácido linoleico, e glicólico (DRAELOS, 2005). Protocolo facial para hidratação cutânea facial Os protocolos de hidratação têm como objetivo hidratar e manter a pele íntegra e com aspecto saudável, proporcionando um brilho, sem ser excessivo, além Métodos físicos para aumento da permeação cutânea18 de maciez. Os produtos utilizados devem manter o equilíbrio entre água e óleo da pele. Os ativos empregados promovem uma recomposição da camada hidratante natural da pele, aumentando o teor de água, revertem os sinais de secura na pele, restaurando a elasticidade da pele. Além destes, outros ativos podem ser empregados, como vitaminas e fatores de crescimento (BORGES; SCORZA, 2016). Veja, a seguir, um protocolo de hidratação facial com o uso de peeling ultrassônico. Passo 1: higienização com mousse de limpeza. Nesta fase é importante que o profissional faça a escolha correta do tipo de formulação utilizado para a higienização de acordo com o tipo de pele. Clientes com pele mais seca se beneficiam de formulações em leites, mousses ou emulsões, enquanto que, em pacientes com peles oleosas ou acneicas, deve ser preconizado o uso de formulações em gel ou gel-creme (BORGES; SCORZA, 2016). Passo 2: tonificação com ativos hidratantes. Passo 3: esfoliação com peeling ultrassônico. Passo 4: massagem facial com sérum hidratante, objetivando melhorar a permeaçãodo sérum e dos ativos aplicados posteriormente, por meio do aumento da temperatura local. Passo 5: aplicação de máscara oclusiva hidratante. Passo 6: aplicação de fator de proteção solar. Oliveira (2014) sugere como ativos hidratantes faciais potentes: abacate, ácido aspártico, ácido hialurônico, ácido mandélico, alantoína, alfa-hidroxiácidos em baixa concentração (até 5%), Aloe vera (Aloe barbadensis), ceramidas, germe de trigo (Triticum sativum), isoflavona, papaia, papaína, ureia e uva (Vitis vinifera). Protocolos corporais Protocolos corporais para hidratação Os tratamentos de hidratação corporal objetivam melhorar a elasticidade e maciez da pele. Passo 1: higienização da pele. Nesta etapa, o profissional deve utilizar cosméticos com a finalidade de remover a sujidade, restos de cosméticos e poluição da pele do paciente. A pele limpa fornece mais maciez, com poros desobstruídos, facilitando a ação dos produtos cosméticos que são aplicados a seguir. Após a higienização, os restos de cosméticos e de sujidade devem ser removidos com água. 19Métodos físicos para aumento da permeação cutânea Passo 2: o esfoliante corporal deve ser aplicado. Para esfoliações corporais, os agentes esfoliantes mais utilizados são grãos, sementes, esferas ou sílicas, em cosméticos com formulações à base de géis ou cremes corporais. Enquanto para esfoliações faciais, indica-se o uso de esfoliantes menos abrasivos, considerando as particularidades dessa região (PEREZ; VASCONCELOS, 2014). Para a téc- nica, o esfoliante deve ser aplicado por todo o corpo, por meio de movimentos circulares e de deslizamento, com maior ênfase nas regiões mais queratinizadas. Após a aplicação, o agente esfoliante é retirado com auxílio de água. Passo 3: posterior a isso, o profissional deve fazer a aplicação do ativo hidratante, massageando todo o corpo para aumentar a sua permeação e, em seguida, deve-se ocluir as áreas com manta de alumínio, para manter a temperatura corporal mais elevada, reter calor e facilitar a penetração do ativo hidratante nas camadas da pele. Perez e Vasconcelos citam a importância da aplicação de ativos hidratantes após a esfoliação física da pele. Para eles, após a esfoliação, é importante que se realize a hidratação da pele, uma vez que o cosmético esfoliante causa a retirada da barreira de proteção, podendo tornar o funcionamento da pele prejudicado. Por isso, ao final da esfoliação, é necessário repor a hidratação (PEREZ; VASCONCELOS, 2014). Protocolos de hidratação corporal podem ser aplicados semanalmente. Protocolos corporais para fibroedema geloide Os protocolos para tratamento dessa disfunção fazem uso de alguns princípios ativos que melhoram a circulação sanguínea local e hidratam, de modo a melhorar o quadro e prevenir também a disfunção (OLIVEIRA, 2014). Veja, a seguir, uma sugestão de protocolo. Passo 1: higienizar local. Passo 2: esfoliar o local com gomagem. Para a utilização de ativo esfoliante do tipo gomagem, o profissional de estética deve aplicar a goma vegetal sobre a área desejada, aguardar o tempo de ação e, posteriormente, retirá-la com mo- vimentos de fricção, chamados de rollings (PEREZ; VASCONCELOS, 2014). Passo 3: realizar a técnica de drenagem linfática manual em todo o corpo. Passo 4: aplicar creme corporal à base de Cafeisilane C, que tem ação anticelulítica. Passo 5: finalizar com filtro solar. Métodos físicos para aumento da permeação cutânea20 Protocolos corporais para estrias Os tratamentos têm como objetivo aumentar a circulação sanguínea local e a produção de colágeno (OLIVEIRA, 2014). O protocolo pode incluir o uso do peeling de diamante. Passo 1: higienizar a pele. Passo 2: esfoliar o local com o equipamento de peeling de diamante, intensificando a esfoliação sobre as estrias. Passo 3: aplicar ativos cosmético à base de ácido retinoico, que tem ação reestruturante e aumenta a síntese de colágeno, sendo muito utilizado para tratamento de estrias e manchas. Passo 4: finalizar com filtro solar e orientar o paciente a não se expor ao sol durante a realização do tratamento. Protocolos corporais para flacidez Nestas disfunções, os ativos buscam melhorar a sustentação da pele e dos músculos, reduzindo quadros de fl acidez tissular ou muscular. Veja, a seguir, uma sugestão de protocolo. Passo 1: higienize a área a ser tratada. Passo 2: realize a esfoliação com cosmético esfoliante, intensificando a esfoliação nas áreas de maior flacidez. Passo 3: realize massagem com creme à base de Raffermine, que atua como um agente fortalecedor das estruturas moleculares da derme, firmador e tonificador da pele, aumenta a elasticidade dos tecidos, estimula a retração dos fibroblastos para organizar as fibras de colágeno e protege as fibras de elastina das enzimas que causam a flacidez. Passo 4: aplique filtro solar. Os protocolos que fazem uso de ativos esfoliantes físicos para aumentar a efetividade de ativos cosmético descritos anteriormente são sugestões. Os protocolos devem ser criados pelo profissional após avaliação e observação constante, entendendo o que o paciente deseja e propondo um protocolo de acordo com as necessidades dele e que ainda garanta segurança. O profissional pode, ainda, de modo a potencializar os resultados obtidos com protocolos realizados na clínica ou consultório, indicar ao cliente o uso domiciliar de ativos cosméticos esfoliantes. 21Métodos físicos para aumento da permeação cutânea ALVES, N. C. Penetração de ativos na pele: revisão bibliográfica. Amazônia: Science & Health, v. 3, n. 4, p. 36–43, 2015. Disponível em: http://ojs.unirg.edu.br/index.php/2/ article/view/852. Acesso em: 24 ago. 2019. BAUMANN, L. Dermatologia cosmética: princípios e práticas. Rio de Janeiro: Revinter, 2004. BORGES, F. S. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Phorte, 2010. BORGES, F. S.; SCORZA, F. A. Terapêutica em estética: conceitos e técnicas. São Paulo: Phorte, 2016. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 4, de 30 de janeiro de 2014. Dispõe sobre os requisitos técnicos para a regularização de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes e dá outras providências. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/ rdc0004_30_01_2014.html. Acesso em: 24 ago. 2019. DRAELOS, Z. D. (ed.). Cosmecêuticos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. (Procedimentos em Dermatologia Cosmética). GUIRRO, E. C. O.; GUIRRO, R. R. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recursos, patologias. 3. ed. São Paulo: Manole, 2010. KALIL, C.; CAMPOS, V. Drug delivery em dermatologia: fundamentos e aplicações práticas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2015. Quando se pensa em protocolos, vale lembrar que eles são sugestões, sendo necessário que o profissional de estética avalie corretamente o seu paciente e defina, com base em seus conhecimentos, o protocolo que melhor se adapta aos objetivos do paciente. Métodos físicos para aumento da permeação cutânea22 MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. OLIVEIRA, A. L. De esteticista para esteticista: diversificando os protocolos faciais e cor- porais aplicados na área da estética. São Paulo: Matrix, 2014. PANEGASSI, J. Esfoliação: descubra qual é o melhor tipo para o seu rosto e corpo. 2019. Disponível em: https://www.minhavida.com.br/beleza/tudo-sobre/20680-esfoliacao. Acesso em: 24 ago. 2019. PEREZ, E.; VASCONCELOS, M. G. Técnicas estéticas corporais. São Paulo: Erica, 2014. RIBEIRO, C. J. Cosmetologia aplicada a dermoestética. 2. ed. São Paulo: Pharmabooks, 2010. SCHALKA, S. et al. Estudo comparativo e randomizado para avaliação de dermocos- mético contendo um complexo reparador de barreira nos cuidados da pele após tratamento cosmiátrico. Surgical & CosmeticDermatology, v. 5, n. 4, p. 337–343, 2013. 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Desenvolvimento e avaliação da permeação e retenção cutânea de sistemas nanoemulsionados do ácido linoléico conjugado (CLA). 2012. Dissertação (Mestrado em Farmácia) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2012. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/han- dle/123456789/122554/327677.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 24 ago. 2019. 23Métodos físicos para aumento da permeação cutânea DICA DO PROFESSOR Uma série de métodos podem ser utilizados pelos esteticistas para promover maior permeação cutânea de ativos cosméticos. Dentre esses métodos, temos o microagulhamento, uma técnica muito utilizada para aumentar a penetração de princípios ativos através de microfuros. Outra técnica que pode ser aplicada em procedimentos estéticos tanto faciais quanto corporais é a radiofrequência. Essa técnica fornece calor para redução de gordura ou para flacidez e prepara o tecido para receber um cosmético. Nesta Dica do Professor, você vai conhecer detalhes e benefícios desses métodos. Confira. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! NA PRÁTICA Os profissionais da área da estética, seja ela aplicada a tratamentos corporais ou faciais, têm à sua disposição uma série de técnicas que podem ser utilizadas de maneira conjunta objetivando resultados mais efetivos. Uma das técnicas que pode ser inserida em diversos protocolos estéticos é a esfoliação física da pele utilizando cosméticos esfoliantes, que, nesse caso, possuem propriedades abrasivas em sua composição e permitem a remoção da camada mais externa da epiderme, facilitando a entrada dos demais cosméticos. Conhecer e compreender o mecanismo de ação dos ativos esfoliantes físicos sobre a pele humana e sua relação com a permeação de ativos cosméticos é essencial para o profissional que atua na área de serviços voltados à estética facial ou corporal. Acompanhe Na Prática um relato de caso relacionado ao uso de esfoliação física para tratamento de pele seca, em que um plano de tratamento foi formulado tanto para atendimento clínico como para cuidados a serem realizados pelo paciente em seu ambiente domiciliar. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! SAIBA + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Esfoliação da pele: dermatologista esclarece dúvidas Existem muitas dúvidas acerca do uso de esfoliantes físicos, suas indicações e orientações sobre o uso. Considerando isso, a reportagem a seguir esclarece algumas inquietações mais comuns, com a ajuda de uma médica dermatologista. Confira. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! O que é microdermabrasão? Como funciona dermabrasão? Um dos métodos físicos disponíveis aos profissionais de estética para realizarem a esfoliação da pele é a microdermoabrasão. Esse tratamento pode ser indicado para uma variedade de tratamentos, incluindo pré-tratamento, ou seja, quando é realizado antes de outras modalidades, como a aplicação de cosméticos. Veja mais detalhes no vídeo a seguir. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Esfoliante caseiro: como fazer e quais as melhores opções Existem no mercado muitas opções de cosméticos esfoliantes físicos, dentre os quais se encontram os esfoliantes mais naturais. Mesmo sendo menos indicados por profissionais da área da estética, esses produtos são bons. A indicação é menos comum, principalmente devido ao risco de alergias e porque a indústria de cosmético tem à disposição uma imensa variedade de esfoliantes industrializados, com ativos específicos para cada tipo de pele. A reportagem a seguir apresenta alguns aspectos sobre o uso de esfoliantes naturais. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Patologias do sistema linfático APRESENTAÇÃO Edema é o acúmulo de líquido que atua no espaço intercelular e pode ser classificado de acordo com a sua extensão ou com as ações que provoca em nosso organismo. O edema tem muitas variações, entre elas o linfedema, uma alteração importante que surge especialmente depois que ocorre uma lesão em algum componente do sistema linfático. Nesta Unidade de Aprendizagem, vamos identificar as principais patologias relacionadas ao sistema linfático, evidenciando suas causas e seu mecanismo de ação. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Descrever sinais e sintomas do edema.• Classificar os tipos de linfedema.• Identificar patologias associadas ao sistema linfático.• INFOGRÁFICO O linfoma é um tumor maligno que tem origem no sistema linfático e, na maior parte dos casos, sua causa não é conhecida. Ele pode ter seu início motivado por uma mudança nos genes dos linfócitos e é classificado em linfoma de Hodgkin e linfoma não Hodgkin. Veja no Infográfico quais são os principais sintomas do linfoma. CONTEÚDO DO LIVRO O edema é caracterizado pelo excesso de líquido no espaço intercelular, fazendo com que o tecido conjuntivo apresente um aumento em seu volume, resultante de um desequilíbrio das pressões hidrostática e oncótica. Pode atingir todo o corpo ou existir somente de forma localizada e é classificado de acordo com as alterações que provoca em nosso organismo. Na obra Drenagem linfática, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, leia o capítulo Patologias do sistema linfático, onde você irá conhecer as patologias do sistema linfático, desde o edema e o linfedema, que são alterações muito comuns, até as doenças graves do sitema linfático, como o linfoma, um tipo de câncer desse sistema. DRENAGEM LINFÁTICA Fernanda Ribeiro de Oliveira Patologias do sistema linfático Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Descrever sinais e sintomas do edema. � Classificar os tipos de linfedema. � Identificar patologias associadas ao sistema linfático. Introdução Neste texto, você verá que o edema é um líquido que atua no espaço intercelular. Ele pode ser classificado de acordo com sua extensão e também dividido de acordo com os sintomas que provoca em nosso organismo. O edema tem muitas variações, entre elas o linfedema, alte- ração importante que surge especialmente depois que ocorre lesão em algum componente do sistema linfático. Sinais e sintomas do edema O edema é caracterizado pelo excesso de líquido no espaço intercelular — espaço entre as células —, que faz o tecido conjuntivo apresentar um aumento em seu volume, resultante de um desequilíbrio das pressões hidrostática e oncótica. Veja alguns motivos que podem desencadear o surgimento do edema: � Diminuição da pressão oncótica: quando há uma redução da pressão oncótica, também diminui a quantidade de proteínas plasmáticas presentes no sangue e, por consequência, ocorre acúmulo de líquido intersticial . � Aumento da permeabilidade capilar: causada pela resposta imune de nosso corpo, que precisa fazer
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