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No indivíduo assintomático, É RECOMENDADO utilizar como critério de diagnóstico de DM a glicemia plasmática de jejum maior ou igual a 126 mg/dl, a glicemia duas horas após uma sobrecarga de 75 g de glicose igual ou superior a 200 mg/dl ou a HbA1c maior ou igual a 6,5%. É necessário que dois exames estejam alterados. Se somente um exame estiver alterado, este deverá ser repetido para confirmação. Tabela 1. Critérios laboratoriais para diagnóstico de DM2 e pré-diabetes. DM2: diabetes tipo 2; GJ: glicemia de jejum; TOTG: teste de tolerância oral à glicose; HbA1c: hemoglobina glicada. * Considera-se como jejum a cessação de ingestão calórica por ≥ 8 horas. ** Carga oral equivalente a 75g de glicose anidra diluída em água. Critérios diagnósticos Podemos classificar como pré-diabetes a presença de 1 ou mais dos critérios abaixo: Glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dL→ glicemia de jejum alterada; Glicemia de 2 horas no teste oral de tolerância a glicose (TOTG- 75g) entre 140 e 199 mg/dL → tolerância diminuida a glicose; HbA1c entre 5,7% e 6,4%. Se um dos resultados for alterado, o teste deve ser repetido para confirmar o resultado ou devemos solicitar um dos outros testes acima listados. Caso os resultados dos exames laboratoriais forem normais, o rastreamento deve ser repetido a cada 3 anos, considerando maior frequência de acordo com os fatores de risco. Glicemia de jejum maior ou igual a 126 mg/dL ou resultado da glicemia de 2 horas após receber 75 gramas de glicose (conhecido como teste de tolerância oral à glicose ou curva glicêmica) maior ou igual a 200 mg/dL também são critérios. Entretanto, para fechar o diagnóstico, é necessária a confirmação através da repetição do teste em outro dia. A hemoglobina glicada, exame de sangue que reflete a glicose dos últimos 3 meses, também é utilizada como critério de diabetes quando os resultados são maiores ou igual a 6,5%. Este teste deve ser interpretado com cautela, já que a etnia ou doenças que modifiquem as hemácias (células do sangue) podem gerar resultados não confiáveis. Há também os níveis intermediários de glicose, conhecido como pré-diabetes (leia nosso post sobre Pré-diabetes), que significa uma categoria de risco aumentado para o desenvolvimento de diabetes e de doença cardiovascular. Níveis de glicose em jejum de 100 a 125 mg/dL ou glicose 2 horas após o teste de tolerância oral à glicose de 140 a 199 mg/dL ou hemoglobina glicada de 5,7 a 6,4% mostram que o paciente tem maior risco de desenvolver diabetes e deve ter acompanhamento médico com a finalidade de prevenir o surgimento da doença. Síndrome Metabólica corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a resistência insulínica. Pela dificuldade de ação da insulina, decorrem as manifestações que podem fazer parte da síndrome. Não existe um único critério aceito universalmente para definir a Síndrome. Os dois mais aceitos são os da Organização Mundial de Saúde (OMS) e os do National Cholesterol Education Program (NCEP) – americano. Porém o Brasil também dispõe do seu Consenso Brasileiro sobre Síndrome Metabólica, documento referendado por diversas entidades médicas. Segundo os critérios brasileiros, a Síndrome Metabólicaocorre quando estão presentes três dos cinco critérios abaixo: · Obesidade central – circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem; · Hipertensão Arterial – pressão arterial sistólica ³ 130 e/ou pressão arterial diatólica ³ 85 mmHg; · Glicemia alterada (glicemia ³110 mg/dl) ou diagnóstico de Diabetes; · Triglicerídeos ³ 150 mg/dl; · HDL colesterol £ 40 mg/dl em homens e £50 mg/dl em mulheres