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Resumo Teoria Geral do Direito Penal I (parte 1)

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1
Teoria Geral do Direito Penal
Noções introdutórias
1) Considerações iniciais:
A criminalidade é um fenômeno social normal.
2) Conceito de Direito Penal:
○ Ideia 1: O Direito Penal é o conjunto de normas e leis que disciplinam a aplicação da pena a partir do
cometimento de um crime ou de uma contravenção penal → Direito Penal como conjunto de leis
penais.
○ Ideia 2: O Direito Penal constitui-se das interpretações conferidas às normas penais capazes de impor a
aplicação de uma pena → Direito Penal como sistema de interpretação da legislação penal.
3) Características do Direito Penal:
○ Ciência;
○ Cultural;
○ Exercido sob o monopólio do Estado;
○ Caráter fragmentário;
○ Finalidade motivadora e preventiva;
○ Normativo;
○ Valorativo;
○ Finalista;
○ Sancionador;
○ Natureza constitutiva e autônoma;
○ Ultima ratio.
4) Classificações do Direito Penal:
DIREITO PENAL
OBJETIVO
conjunto de normas
penais positivadas
DIREITO PENAL
SUBJETIVO
direito de punir (jus
puniendi)
DIREITO PENAL
COMUM
direito que decorre da
justiça comum
DIREITO PENAL
ESPECIAL
direito que decorre da
jurisdição especial
DIREITO PENAL
SUBSTANTIVO
direito material, normas
e institutos
jurídico-penais
DIREITO PENAL
ADJETIVO
direito formal, direito
processual
5) Funções do Direito Penal:
○ Proteção dos bens jurídicos;
○ Instrumento de controle social;
Cecília Sena - Teoria Geral do Direito Penal I - 2022/1 - Prof. Pedro Ivo de Souza
2
○ Garantia;
○ Ético-social;
○ Simbólica;
○ Motivadora;
○ Redução da violência estatal;
○ Promocional.
6) Criminalização:
○ Primária: criminalização abstrata prevista nas normas.
○ Secundária: criminalização aplicada no caso concreto.
7) A ciência do Direito Penal:
○ Dogmática penal: estudo dos dogmas (normas estabelecidas = princípios, regras, leis…)
○ Política criminal: ramo de estudo que reflete se os objetivos do Direito Penal estão sendo alcançados;
tensiona o Direito Penal à mudanças.
○ Criminologia: estudo dos crimes; crítica ao Direito Penal.
○ Vitimologia: parte da ciência que estuda o comportamento da vítima e as consequências do crime
(observada no art. 59 do CP).
Princípios do Direito Penal
1) Considerações iniciais:
Normas jurídicas = regras + princípios
○ Regra: comando normativo, objetivo e fechado.
○ Princípio: mandamento nuclear que impactam o dia a dia, que obrigam a otimização do direito, por
meio de sua interpretação aberta, dinâmica e valorativa.
2) Princípio da reserva legal:
○ Princípio da reserva legal X Princípio da legalidade: o princípio da reserva legal é mais rígido, exige
uma lei. Já o princípio da legalidade, “contenta-se” com as espécies normativas.
○ Garantia: os cidadãos somente serão punidos se houver previsão de punição em lei.
○ Legitimação e contenção do poder estatal.
3) Princípio da anterioridade:
○ Não há crime sem lei anterior que o preveja.
○ Segurança social.
4) Princípio da irretroatividade da lei penal:
○ A lei penal não retroage, a não ser em benefício do réu.
5) Princípio da insignificância:
○ Proporcionalidade entre a gravidade da conduta e a drasticidade da intervenção estatal.
○ MARI: Mínima ofensividade da conduta; Ausência de periculosidade social da ação; Reduzido grau de
reprovabilidade do comportamento; Inexpressividade da lesão jurídica.
○ Recorrência.
○ Causa de atipicidade material da conduta.
Cecília Sena - Teoria Geral do Direito Penal I - 2022/1 - Prof. Pedro Ivo de Souza
3
6) Princípio da individualização da pena:
○ Aplicar a pena justa à pessoa.
○ A pena não pode “passar” para outro.
○ Etapas: legislativa, judicial e executiva.
7) Princípio da confiança:
○ Todos esperam dos demais o cumprimento objetivo de suas responsabilidades e deveres.
8) Princípio da alteridade:
○ Ninguém pode ser punido por aquilo que pensa.
9) Princípio da adequação social:
○ O Direito Penal somente tipifica condutas que tenham uma certa relevância social. Caso contrário, não
poderiam ser delitos.
○ Causa de extinção da tipicidade material em razão do reconhecimento da aceitação da conduta pela
sociedade.
10) Princípio da intervenção mínima:
○ Ultima ratio.
○ Orienta e limita o poder incriminador do Estado.
11) Princípio da fragmentariedade:
○ Horizontalidade.
○ Seleção das condutas, diminuindo os bens jurídicos a serem tutelados pelo Direito Penal.
12) Princípio da subsidiariedade:
○ Verticalidade.
○ Análise qualitativa do fragmento dos direitos protegidos pelo Direito Penal.
13) Princípio da proporcionalidade:
○ A lei deve cominar penas estritamente necessárias e proporcionais ao delito.
○ Não punir “de mais” nem “de menos”.
14) Princípio da ofensividade:
○ O Direito Penal só poderá ser acionado quando houver ofensa a um bem jurídico.
○ Critério interpretativo.
○ Função político-social e interpretativa-dogmática.
15) Princípio da culpabilidade:
○ Não há crime sem culpa.
16) Princípio da presunção de inocência:
○ Um acusado só pode ser preso depois de sentença condenatória transitada em julgado.
17) Princípio da proibição do retrocesso:
○ Impossibilidade de redução do grau de concretização dos direitos sociais já implementados pelo Estado.
Evolução histórica do Direito Penal
1) Considerações introdutórias:
○ Vingança Divina;
Cecília Sena - Teoria Geral do Direito Penal I - 2022/1 - Prof. Pedro Ivo de Souza
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○ Vingança Privada;
○ Vingança Pública.
2) Direito Romano:
○ Ciclo jurídico completo.
○ Elo dos Mundos:
- Período primitivo - Direito consuetudinário.
- Períodos seguintes - Códigos escritos (Lei das XII Tábuas)
I. Realeza: ius publicum e ius civile.
II. Império: crimina extraordinaria
III. Direito Penal Romano Clássico: leges corneliae e juliae
IV. Duas décadas antes de Cristo: ius puniendi e pater familiae
○ Principais características:
- Afirmação do caráter público e social do Direito Penal.
- Amplo desenvolvimento alcançado pela doutrina da imputabilidade, da culpabilidade e de suas
excludentes.
- Elemento subjetivo doloso se encontra claramente diferenciado.
- Teoria da tentativa em desenvolvimento.
- Reconhecimento, excepcionalidade, das causas de justificação.
- Pena como reação pública.
- Distinção entre crimina publica, delicta privata e previsão dos delicta extraordinaria.
- Consideração do concurso de pessoas, distinguindo autoria e participação.
3) Direito Penal Germânico:
○ Período primitivo: Direito Consuetudinário:
- Ordem e paz - ruptura da paz.
- Monarquia: transição da vingança de sangue para a compositio.
- Evolução: pena de Talião, responsabilidade objetiva, direito ordálico.
4) Direito Penal Canônico:
○ Período primitivo:
- Caráter disciplinar.
- Extensão progressiva: jurisdição - ratione personae e ratione materiae.
- Classificação dos delitos: delicta eclesiastica, delicta mere secularia, delicta mixta.
- Corpus Juris Canonici: Código de Direito Canônico (1983) - Papa João Paulo II.
- Inspirou as idéias referentes à prisão moderna - reabilitação e correção do delinquente.
5) Direito Penal comum:
○ Ius commune: costumes locais, direito feudal, direito romano, direito canônico, direito comercial,
direitos nacionais (sécs. XII a XVI).
○ Movimento de unificação das normas que deveriam ser aplicadas dentro dos nascentes Estados
Nacionais.
○ Glosadores e Pós-glosadores.
Cecília Sena - Teoria Geral do Direito Penal I - 2022/1 - Prof. Pedro Ivo de Souza
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6) Período humanitário: os reformadores:
○ Iluminismo (séc. XVIII, século das luzes).
- Fundamento: razão e humanidade.
- Direito Penal: Voltaire, Montesquieu e Rousseau - críticas ao sistema penal; Beccaria, Howard,
Bentham, Montesinos Ladirzábal e Conceptión Arenal.
○ Cesare de Beccaria:
- Dos Delitos e das Penas.
- Concepção utilitarista da pena.
- Marco do Direito Penal Moderno: Escola Clássica de Criminologia; Escola Clássica de Direito
Penal.
○ John Howard:
- Classificação de pessoas encarceradas: processados, condenados e devedores.
- Fiscalização das penitenciárias por magistrados.
○ Jeremy Bentham:
- Princípio ético - utilitarismo - felicidade.
- Panóptico:prevenção geral; prevenção especial.
História do Direito Penal Brasileiro:
1) Experiência brasileira:
○ Aproximações com a experiência mundial.
○ Realidade Pré-colonialismo.
○ Influência europeia.
2) Período colonial:
○ Forte influência portuguesa:
- Ordenações afonsinas - 1446.
- Ordenações manuelinas - 1521.
- Ordenações filipinas - 1603: ratificado por D. João IV (1643); ratificado por D. Pedro I (1823).
- Regime jurídico complexo.
○ Código Criminal do Império:
- Projeto de Bernardo Pereira de Vasconcelos (1827).
- Sancionado o Código Criminal do Império (1830).
- Primeiro Código Autônomo da América Latina.
- Influências: Bentham, Beccaria e Mello Freire; Código Penal Francês (1810); Código da Baviera
(1813); Código Napolitano (1819); Projeto de Livingston (1825).
3) Período Republicano:
○ Projeto de Batista Pereira.
○ Código Penal aprovado e publicado em 1890.
○ Pior Código Penal da história brasileira.
○ Consolidação das Leis Penais (1932)
○ Projeto Alcântara Machado (1937): sancionado em 1940 com vigência a partir de 1942.
Cecília Sena - Teoria Geral do Direito Penal I - 2022/1 - Prof. Pedro Ivo de Souza
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4) Reformas contemporâneas:
○ Lei no 6.416/77 - atualização das sanções penais.
○ Lei no 7.209/84 - nova parte geral: influência finalista.
5) Perspectivas para o futuro:
○ Proteção de direitos fundamentais: EC no 45/2004, acréscimos do § 3o do art. 5o da CF.
○ Reinvenção do direito comum: internacionalização da criminalidade.
Norma penal
1) Introdução:
○ Norma penal = instrumento do Direito Penal.
○ Norma X Lei:
- Lei = fonte da norma penal; Norma = conteúdo da lei.
- A norma pré-existe à lei, é um valor/sentido compartilhado pela sociedade.
- A lei é condicionada pela norma e direciona-se aos juízes.
○ Norma penal:
- Primária: descreve a infração penal;
- Secundária: representa a cominação abstrata da sanção penal.
○ Norma penal incriminadora X não incriminadora:
- Incriminadora: prevê a conduta criminosa, impondo pena.
- Não incriminadora: estabelece regras gerais de interpretação e aplicação das normas penais.
i. Permissivas: tornam lícitas em determinadas situações alguma conduta prevista como
incriminadora (ex: legítima defesa, estado de perigo).
ii. Complementares: oferecem princípios gerais integradores quando da aplicação da lei
penal (ex: art. 121, § 5o).
iii. Explicativas: elucidam determinados conceitos (ex: art. 121, § 2o - A)
2) Fontes do Direito Penal:
○ Costumes.
○ Jurisprudência.
○ Doutrina.
○ Lei - única fonte imediata do D.P.
3) Interpretação das leis penais:
○ Quanto às fontes:
- Autêntica - legislador;
- Jurisprudencial - atividade do judiciário;
- Doutrinária - juristas.
○ Quanto aos meios:
- Gramatical - literal;
- Histórica - processo legislativo;
- Lógica - raciocínio, processo de dedução;
- Sistemática - análise do sistema como um todo.
Cecília Sena - Teoria Geral do Direito Penal I - 2022/1 - Prof. Pedro Ivo de Souza
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○ Quanto aos resultados:
- Declarativa - a letra da lei corresponde exatamente ao que o legislador quis dizer;
- Extensiva - amplia-se o alcance das palavras para que corresponda à vontade do texto;
- Restritiva - a interpretação reduz o alcance das palavras da lei para corresponder à vontade do
texto .
4) Analogia:
○ Supre lacuna da lei, aplicando-se outra norma.
○ Em regra, não é admitida no Direito Penal, salvo se for para beneficiar o réu.
○ É excluída nas seguintes hipóteses: leis penais incriminadoras; leis excepcionais; leis fiscais.
5) Leis penais em branco:
○ Normas incompletas, com preceitos genéricos ou indeterminados, que precisam de complementação de
outras normas.
○ Leis penais em branco homogêneas: são complementadas por leis de mesma natureza.
○ Leis penais em branco heterogêneas: são complementadas por leis de naturezas distintas.
Lei penal no tempo
1) Princípios:
○ Irretroatividade e anterioridade (art. 1o).
○ Retroatividade e ultratividade da lei mais benigna (art. 2o).
○ Segurança jurídica e razão penal.
2) Hipóteses de conflitos das leis penais no tempo:
○ Abolitio criminis: a conduta deixa de ser crime; a lei retroage.
○ Novatio legis incriminadora: nova lei passa a prever a conduta como crime; a lei não retroage.
○ Novatio legis in pejus: o crime passa a ser visto de maneira mais grave; a lei não retroage.
○ Novatio legis in mellius: o crime passa a ser visto de maneira mais branda; a lei retroage.
3) Leis intermediárias:
○ Dupla-extratividade: a lei mais benéfica pode tanto retroagir como ultra-agir. No entanto, deve ser a lei
inteira, não pode ser apenas parte dela.
4) Leis excepcionais e temporárias:
○ Temporárias: vigência previamente fixada pelo legislador.
○ Excepcionais: vigem indeterminadamente durante situações de emergência.
○ Não retroagem.
○ São ultra-ativas: crime cometido durante a vigência delas é julgado com base nelas e a lei mais benéfica
que surja posteriormente não pode retroagir.
5) Retroatividade das leis penais em branco:
○ A lei em si não se altera e sim a sua complementação.
○ Quanto à complementação, seguem-se as hipóteses de conflito de leis penais.
6) Retroatividade da lei processual penal:
○ Tempus regit actum - a lei processual não retroage.
Cecília Sena - Teoria Geral do Direito Penal I - 2022/1 - Prof. Pedro Ivo de Souza
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7) Tempo do crime:
○ Princípio da atividade (art. 4o).
Lei penal no espaço
1) Introdução:
○ Casos em que o crime ocorre em países diferentes.
○ Arts. 5o, 6o e 7o.
2) Princípios:
○ Territorialidade (art. 5o).
○ Real/ defesa/proteção (art. 7o, I, a, b e c).
○ Nacionalidade/personalidade (passiva - art. 7o, I, d e art. 7o, II, b; ativa - art. 7o, § 3o).
○ Universalidade/cosmopolita (art. 7o, II, c).
○ Domicílio (art. 7o, I, d - final).
3) Território nacional:
○ solo e subsolo contínuo com limites reconhecidos, águas interiores, mar territorial (plataforma
continental) e respectivo espaço aéreo.
○ Lei n.o 8.617/93.
4) Lugar do crime:
○ Art. 6o.
○ O Direito Penal brasileiro adota a teoria pura da ubiquidade, mista ou unitária - o lugar do crime pode
ser tanto o da ação como o do resultado, ou ainda o lugar do bem jurídico atingido.
5) Extraterritorialidade:
○ Art. 7o.
○ Condicionada (inciso II) X Incondicionada (inciso I, a, b, e c).
6) Imunidades:
○ Diplomática - vinculada ao cargo, não à pessoa.
○ Parlamentar - senadores e deputados; formal X material.
7) Extradição.
Conflito aparente de normas
1) Introdução:
○ Casos em que a uma mesma conduta/fato podem ser, aparentemente, aplicadas mais de uma norma
penal.
○ Concurso de leis X unidade de lei.
○ Finalidade: manter a coerência do sistema e evitar o bis in idem.
2) Requisitos:
○ Unidade de fato;
○ Pluralidade de leis penais;
○ Vigência simultânea das leis penais.
Cecília Sena - Teoria Geral do Direito Penal I - 2022/1 - Prof. Pedro Ivo de Souza
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3) Princípios:
○ Especialidade - agravantes/atenuantes genéricas e especiais; crimes gerais e crimes especiais; a norma
especial afasta a norma geral (ex: infanticídio X homicídio).
○ Subsidiariedade - primariedade e subsidiariedade; graus de violação de um mesmo bem jurídico; tácita
ou expressa; na ausência ou impossibilidade de aplicação da norma principal mais grave, aplica-se a
norma subsidiária menos grave (ex: art. 132 e 146; art. 311 do CTB - somente será aplicado caso o
agente não acarrete lesão corporal ou morte).
○ Consunção - relação de meio-fim; ex: crime consumado-crime tentado; absorção de um crime por outro.
○ Alternatividade.
4) Antefato e pós-fato impuníveis:
○ Um fato típico pode não ser punível quando anterior ou posterior a outro mais grave, ou quando integrar
a fase executória de outro crime.
○ Atos anteriores: funcionam como meio de execução do tipo principal.
○ Atos posteriores: funcionam como forma de se obter vantagem com o crime.
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Bibliografia
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. v. 1. 28a Ed. São Pualo: Saraiva, 2022.Cecília Sena - Teoria Geral do Direito Penal I - 2022/1 - Prof. Pedro Ivo de Souza

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