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Estágio Supervisionado I Engenharia da Produção UNIDADE 1 2 ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - ENGENHARIA DA PRODUÇÃO UNIDADE 1 PARA INícIO DE cONVERSA Olá, estudante! Como vai? Seja bem-vindo (a)! Vamos começar mais uma disciplina, dessa vez a disciplina será Estágio Supervisionado I. Nesta disciplina você vai relembrar e exercitar na prática a teoria adquirida ao longo do seu curso de graduação, bem como aprender e se atualizar em relação ao mundo das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas, a famosa ABNT! ORIENTAÇõES DA DIScIPlINA Na primeira unidade você vai estudar sobre os trabalhos acadêmicos, como diferenciá-los e como são es- truturados segundo o padrão estabelecido pelas normas da ABNT. Bem como ter um entendimento sobre os temas e áreas em que você pode estagiar. Já na segunda unidade você vai estudar sobre como é propriamente dita a elaboração do relatório de estágio, os elementos constituintes, os temas que você pode abordar e como se estruturam todos os elementos essenciais do relatório. Na terceira unidade, falaremos sobre as técnicas da redação científica e os documentos que devem contar anexados ao relatório. Para finalizar, na quarta e última unidade você vai estudar sobre as citações e as referências bibliográfi- cas. PAlAVRAS DO PROfESSOR Querido (a) aluno (a), não esqueça que esta disciplina não terá prova, pois você já tem conhecimento suficiente para realizar a redação do relatório de estágio e consequentemente você deverá entregar no final da disciplina este relatório. Caro (a) aluno (a), ao longo do seu curso você teve que fazer trabalhos acadêmicos dos mais diversos en- sinados na disciplina de Metodologia, deve ter aprendido a fazer um resumo, resumo expandido, artigo, projeto, relatório de prática laboratorial, mas você saberia dizer a diferença destes tipos de trabalhos em relação a uma monografia, dissertação, tese. 3 Se não sabe vamos esclarecer, é importante que você saiba distinguir os tipos de trabalhos acadêmicos para poder fazer seu relatório de estágio e deste partir para a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso, o famoso TCC! DIcA O fruto de um bom relatório de estágio pode gerar a base para a elaboração de um artigo ou até de um projeto de mestrado resultado em uma dissertação! ElABORAÇÃO DO TEMA Antes de falarmos dos trabalhos acadêmicos é importante fazermos um exercício que irá nortear todo o seu planejamento para a conclusão do seu estágio. Antes de qualquer ação, é importante decidir, dentre as áreas da Engenharia da Produção, qual você quer se aprofundar mais, sabe aquela área em que você deseja trabalhar futuramente? Aquela área em que você se empolga, que te anima de falar, que faz você ir assistir tudo que tem no You Tube, no NETFLIX, que você procura na biblioteca, que faz ir atrás do professor para conversar horas, que faz questão que assistir a webconferência.... Aquela que a “paixão” é igual à do time de futebol ou da banda preferida. Já sabe qual é? Para refrescar a memória, vou listar a diversidade de áreas em que você, futuro Engenheiro (a) Civil pode se especializar. O Blog da Engenharia (2015) listou algumas destas áreas: Logística: é definida como a estrutura de planejamento de negócios para o gerenciamento de materiais, serviços, informação e fluxo de capital. O objetivo do engenheiro aqui é reduzir os custos logísticos ao mesmo tempo em que satisfaz os pedidos do cliente da melhor maneira possível, o que inclui a entrega no tempo correto e também o gerenciamento de questões como devoluções, reclamações e produtos danificados nos processos logísticos. Engenharia de Operações e Processos da Produção: é a área responsável por planejar, controlar e otimizar o processo produtivo. Aqui o engenheiro cuida dos processos de produção de bens e serviços, minimizan- do custos, planejando e controlando a produção, fazendo projetos de fábricas, entre outros. Pesquisa Operacional: é a aplicação de métodos analíticos avançados para dar suporte à tomada de deci- sões. Nessa área – que é multidisciplinar – o engenheiro usará da racionalidade para resolver problemas, sem deixar de levar em conta as características que não podem ser matematicamente expressas. Aqui se enquadram as subáreas simulação, análise de demanda, inteligência computacional, entre outras. 4 Engenharia da Qualidade: é o gerenciamento, desenvolvimento, operação e manutenção de projetos e sistemas com altos padrões de qualidade. Aqui, ferramentas são utilizadas para aumentar a qualidade dos produtos ou serviços; além disso, padrões e certificações são criados para assegurar a qualidade. Engenharia Organizacional: Conjunto de conhecimentos relacionados à gestão das organizações, desde a estratégia até os projetos, inovação e informação. Seu foco é aumentar a eficiência, a eficácia, a co- municação e coordenação em grupos de todos os tipos. Estes incluem equipes, departamentos, divisões, comitês e muitas outras formas de organizações que são direcionadas por metas. VISITE A PÁGINA Gostaria de saber sobre o papel do Engenheiro de Produção no momento da crise? Acesse o site. Pois bem, agora que você lembrou das áreas da Engenharia da Produção, já pode escolher o tema do seu relatório, ou seja, você vai escolher uma área dentro da engenharia que vai se especializar. PAlAVRAS DO PROfESSOR Caro estudante, depois dessa escolha, precisamos afunilar ainda mais o foco. Assim, você precisa saber, dentro do Tema (área) escolhida, o que realmente você irá estudar. Para isso, fazemos um questionamen- to, por exemplo: Dentro do tema Logística, gostaria de estudar as falhas no Planejamento de Sistemas de transportes. Assim você elabora o Problema de Pesquisa, na forma de uma pergunta: Quais são os fatores que promovem falhas na Logística de transportes rodoviários? Mas esse trabalho será no Mundo, no Brasil, no seu estado, na sua cidade ou em um trecho que está sendo desenvolvido pela empresa X na minha cidade? Veja que você pode adequar o assunto que deseja estudar com o seu cotidiano. Se você já está estagiando, irá elaborar seu relatório de estágio como um relato das atividades que já pratica. Se você ainda não tem um estágio, comece a procurar fazendo esse mesmo exercício de escolha de uma área e em seguida da escolha de uma empresa, indústria, organização. Existem diversas empresas que necessitam de Engenheiros e os estágios serão bem-vindos, é preciso procurar! http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/549 5 VISITE A PÁGINA Caso esteja perdido, entre no site da nossa Instituição de Ensino que tem vagas de Estágio e emprego com atualização diária para todo Brasil, segue o link de acesso. Após a escolha do Tema e do Problema de Pesquisa é preciso agora elaborar o título do seu trabalho, que deve está associado ao problema de pesquisa. Dando continuidade ao exemplo acima: Tema: Logística Problema de Pesquisa: Quais são os fatores que promovem falhas na Logística de transportes rodoviários? Título: Uma análise dos fatores que promovem falhas na Logística de transportes rodoviários da cidade de Recife, Pernambuco, Brasil. Depois de você ter certeza que é este o tema, o problema e o título que deseja realmente estudar, deve- mos partir para a segunda etapa. Agora é preciso coletar informações sobre os estudos que já foram feitos ou estão sendo feitos por outros estudantes, pesquisadores, empresas. Você irá pesquisar e formar o seu acervo bibliográfico pessoal. Escolha uma pasta específica em algum email, aplicativo que coloca os dados na “nuvem”, este local deve ter um nome específico e ser bem seguro, assim você evitará problemas como falhas, perda de documento e etc. Vá a biblioteca, revise os seus livros e artigos e coloque o que estiver associado ao seu tema/ título na sua pasta. DIcA Se não tiver material é preciso pesquisar. A internet possibilita você ter acesso a biblio- grafias do Brasil e do Mundo, mas para um trabalhoacadêmico é preciso ter cautela. Você precisa selecionar arquivos que possuam AUTOR, TÍTULO, LOCAL DA PUBLICA- ÇÃO no mínimo. Se esses dados não constarem, descarte o material, que provavelmen- te não será confiável. Evite sites como COLADAWEB, WIKIPEDIA, MONOGRAFIAS.COM, BLOGS. Esses são exemplos de sites que apresentam bibliografia duvidosa. http://carreiras.sereducacional.com/vagas 6 Sites como PERIODICOS CAPES, SCIELO, GOOGLE ACADEMICO, Ethnologue, Microsoft Academic Search, Open Library, SpringerLink são alguns dos sites confiáveis de pesquisa. Para facilitar sua pesquisa, a faça direcionada, por exemplo, se quiser apenas artigos ou livros em PDF ou em WORD, coloque no GOOGLE ACADÊMICO: Falhas na Logística de transportes rodoviários.pdf OU Planejamento da logística de transportes em Recife.pdf OU Problemas na Logística de Transporte em metrópoles.docx Percebam que basta colocar a extensão logo depois do assunto para pesquisa e os resultados serão direcionados. VISITE A PÁGINA Ainda está em dúvida? Veja nesse link como fazer pesquisa no site SCIELO, disponível no link. Quando você baixar entre 10 e 15 bibliografias, entre artigos, livros, monografias (por exemplo), salve na pasta referente ao relatório e para verificar se eles servirão ou não para o seu trabalho é importante fazer uma leitura seletiva do material, assim leia o RESUMO de cada bibliografia. Após a leitura deste pequeno texto que descreve o trabalho inteiro, ficará mais fácil de saber o que cada bibliografia contém e descartar as que não estão associadas ao seu trabalho. ETAPAS, REGRAS E cONSTRUÇÃO DE TRABAlHOS AcADÊMIcOS. Caro (a) aluno (a), feito esse levantamento, é preciso entender um pouco da diferença entre os tipos de trabalhos acadêmicos. Vamos começar? Para o desenvolvimento de qualquer trabalho acadêmico que envolva pesquisa é importante se planejar, como se faz esse planejamento? Elaborando um projeto de pesquisa! No projeto de pesquisa, o que se pretende, após a escolha do tema é gerar uma ou mais hipóteses, se- gundo Barbosa (2017) “A necessidade de pesquisar, de investigar, só toma forma concreta diante de uma hipótese que pode ser caracterizada como a solução de um possível problema” O projeto serve para estabelecer um roteiro científico e colocar as ideias de forma ordenada e justificada. Essencialmente, para a elaboração de um projeto de pesquisa é preciso que este trabalho acadêmico apresente os itens a seguir: http://viacarreira.com/scielo-artigos-cientificos-em-pdf-como-pesquisar-221737/ 7 1. Capa; 2. Contra capa; 3. Listas (de figuras, gráficos, tabelas); 4. Sumário; 5. Introdução; 6. Justificativa; 7. Problematização; 8. Objetivos Gerais e específicos; 9. Hipóteses; 10. Metodologia; 11. Referencial teórico; 12. Cronograma; 13. Recursos; 14. Bibliografia; Os projetos de pesquisa servem de planejamento para a elaboração de Artigos, Papers, Relatórios, Mo- nografia, Dissertações, teses, ou seja, serve para ser a base destes trabalhos, primeiro planeja, depois executa e escreve o trabalho acadêmico que for escolhido. Agora que você já sabe a função deste importante trabalho acadêmico, vamos entender os demais. Paper – é um tipo de trabalho acadêmico comumente utilizado para comunicações orais em cursos, con- gressos, simpósios e reuniões científicas. Possui, em média, entre duas a dez páginas. Resenha crítica – Muito comum no universo dos livros e filmes, a Resenha crítica é uma análise crítico-re- flexiva que você (leitor) faz sobre um livro, filme, obra. Relatório científico – É o tipo de trabalho acadêmico adotado, especialmente, para as disciplinas de Está- gios Supervisionados. Consiste, basicamente em um relato formal, embasado cientificamente, do que foi observado, feito e desenvolvido, de maneira descritiva, em um período que o aluno passou em determina- da empresa e/ou instituição. Deve conter obrigatoriamente: introdução, referencial teórico, metodologia, resultados, discussão, considerações finais e sugestões. · Resumo – São tipos de trabalhos muito solicitados em congressos. Basicamente consiste em um texto reduzidos contendo entre 25 e 50 linhas ou pode ser contado também por palavras, existem resumos que em média contém 250 a 500 palavras. Procura realçar os dados mais significativos do texto contendo in- trodução, desenvolvimento e conclusão. Podem ser encontrados nos elementos pré-textuais dos projetos, artigos, monografias, dissertações e teses. Sinopse - texto bem curto, interpretativo. Muito utilizado para a descrição de um filme ou livro. 8 Artigo científico – É o tipo de trabalho acadêmico mais utilizado na comunicação científica, pois é essen- cialmente o resultado de um estudo, escrito na forma mais sintética possível. Pode ser encontrado artigos com 5 ou até 25 páginas. Contém todos os elementos textuais como resumo, introdução, metodologia, Resultados e discussão, conclusão e referências. Pode ser exigido para publicações em congressos ou Revistas científicas. Comunicação rápida (Short communication) – é um tipo de trabalho que está entre um resumo e um artigo. Basicamente é utilizado para comunicar dados relevantes de resultados parciais de pesquisas em anda- mento ou os resultados finais de uma investigação científica. A elaboração destes trabalhos acadêmicos são para os mais diversos objetivos: a finalização de uma dis- ciplina, finalização de um curso de graduação, de uma pós-graduação, finalização de um curso, estágio, para publicação em congressos estaduais, nacionais e internacionais, entre outros. Percebam que enquanto o projeto se remete a um início (planejamento de alguma atividade) estes traba- lhos acadêmicos se referem ao fim (conclusão do planejamento). Os textos de divulgação científica des- tinam-se a uma comunicação oral em cursos, congressos, simpósios, reuniões científicas, entre outros. Agora vamos destacar, brevemente três trabalhos que se destacam pela importância e pelo nível de exi- gências que são necessárias para sua elaboração. 1) Monografias ou Trabalhos de conclusão de curso – São trabalhos acadêmicos que são realiza- dos na finalização de um curso de graduação. Desenvolvido por um aluno orientado por um professor do curso (de sua preferência) durante um período, em média de 6 meses. Este aluno deve escrever um texto resultante de uma pesquisa científica e que contém a identificação, o posicionamento, o tratamento e o fechamento competentes de um tema/problema. Apresenta uma estrutura que deve seguir as Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT em que a preocupação central deve estar relacionada a autenticidade dos dados e dos raciocínios desenvolvidos. Deve conter, obrigatoriamente: • Introdução – exposição da importância ou relevância do assunto, metodologia utilizada e a exposição geral dos objetivos do trabalho, ou seja, fazendo um levantamento geral sobre do que se trata a pesquisa e como ela foi realizada. • Corpo do texto – Referencial teórico, Metodologia (ou Material e Métodos), Resultados e Dis- cussão. Pode ser dividido também em capítulos que devem conter o embasamento teórico da pesquisa, menção de outros trabalhos desenvolvidos sobre o assunto, baseados nos autores (por meio de citações) e as análises realizadas. • Conclusão – Contém a síntese das ideias essenciais desenvolvidas em cada capítulo, finalizan- do com o raciocínio crítico-reflexivo do pesquisador. 2) Dissertações de mestrado- Trabalho de finalização de uma pós-graduação stricto sensu denominada de Mestrado. A dissertação se aprofunda em algum tema específico onde o aluno tem 2 anos para realizar todo o trabalho orientado por um professor doutor, defendendo seu trabalho para uma banca composta de no mínimo 3 doutores. 9 3) Teses de doutorado - Para a obtenção do título de Doutor, exige-se a defesa de uma tese, depois de quatro anos dedicados a elaboração deste trabalho sob a orientação de um professor Doutor. A tese deve conter uma questão científicade maneira competente, profunda e inédita, que irá contribuir de forma nova ao conhecimento humano. É importante salientar que todos os trabalhos acadêmicos devem seguir as normas da ABNT, no entanto, a maioria das instituições fazem modelos padrão da instituição seguindo as diretrizes destas normas, mas fazendo algumas mudanças. VISITE A PÁGINA Você já tem um artigo, mais não sabe onde publicar? Acesse esse link e veja como. PAlAVRAS fINAIS DO PROfESSOR Caro aluno (a), Agora que você viu como se elabora o Tema, o Problema de Pesquisa, o Título e já sabe diferenciar os tipos de trabalhos acadêmicos, ficará mais fácil de entender por onde e qual será o seu foco do estágio e assim ficará mais fácil de entender como se estrutura o seu relatório de estágio. Estas etapas aprendere- mos na unidade seguinte. Até lá! https://infonormas.com.br/2016/10/28/saiba-em-qual-revista-publicar-seu-artigo-cientifico/ Estágio Supervisionado I Engenharia da Produção UNIDADE 2 2 ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - ENGENHARIA DA PRODUÇÃO UNIDADE 2 PARA INÍCIO DE CONVERSA Olá estudante, como vai? Seja bem-vindo (a) a unidade II! Tudo bem até agora? Está anotando tudo que está fazendo no estágio? Perceba que anotar o dia a dia do estágio é fundamental para não esquecer nada! Anote hora que chega, hora que sai e todos os encontros com seu supervisor/orientador. Perceba que tudo o que é dito por ele no cotidiano você colocará de forma escrita baseado na teoria, ou seja, o que é feito na prática vem da teoria e vice e versa, o que você vai fazer no relatório é a descrição dessas atividades fazendo a associação da teoria com a prática. ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA Dando continuidade à disciplina de Estágio Supervisionado I, na primeira unidade você teve o entendi- mento de como fazer o Tema, o Problema de Pesquisa, a escolha do Título do estágio, como realizar o levantamento bibliográfico e tendo o entendimento dos tipos de trabalhos acadêmicos existentes, agora precisamos entender os elementos que constituem o Relatório de Estágio. Já na segunda unidade você vai estudar sobre como é, propriamente dita, a elaboração do relatório de estágio, os elementos constituintes, os temas que você pode abordar e como se estruturam todos os elementos essenciais do relatório. ESTRUTURA DE TRABALHOS ACADÊMICOS A disposição dos elementos que compõem o relatório de estágio é semelhante aos demais trabalhos, por seguir uma ordem cronológica de início, meio e fim, denominados de elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. O quadro 1 foi elaborado por UTFPR, (2008) e deixa bem claro quais são os itens de cada trabalho acadêmico deve possuir e a respectiva Norma da ABNT que o regulamenta. 3 Quadro 1- Elementos textuais de diversos trabalhos acadêmicos. Fonte: UTFPR, (2008) ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS Mas vamos focar no nosso relatório, certo? São elementos textuais àqueles que estão antes do texto e que identificam o documento, determinando quem é o autor, o título, o tipo de trabalho, onde foi publicado, qual a finalidade, como está organizado. Segundo as normas da ABNT 14724 (2002) a sequência correta é: capa; lombada; folha de rosto; errata; folha de aprovação; dedicatória (s); agradecimento (s); epígrafe; resumo em língua portuguesa; resumo em língua estrangeira; lista de ilustrações (desenhos, gravuras, imagens, esquemas, fluxogramas, foto- grafias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos, figuras e outros); Lista de tabelas; lista de abreviaturas e siglas; lista de símbolos e sumário. 4 CAPA A capa é considerada um Elemento obrigatório, é onde devem constar informações de identificação da obra: • Nome completo da Instituição e do Curso; • Nome do autor (es): responsável intelectual ou artístico do trabalho; • Título principal do trabalho: no caso do relatório, o título deve ser padronizado e em seguida, após os dois pontos (:) colocado o subtítulo que você escolheu. • Local (cidade) da Instituição onde o trabalho deve ser apresentado; • Ano de depósito (entrega do trabalho). FOLHA DE ROSTO Conhecida também como Contracapa, deve possuir os seguintes elementos: • Nome do autor (es): responsável intelectual ou artístico do trabalho; • Título principal do trabalho que deve ser o mesmo da capa; • Nome do aluno; • Área do estágio; • Local do estágio; • Período de realização do estágio; • Carga horária da disciplina; • Orientador e Co-orientador: O orientador será o professor da disciplina de estágio e o Co-orien- tador é o professor, ou gerente, ou supervisor do estágio. • Local (cidade) da Instituição onde o trabalho deve ser apresentado; • Ano de depósito (entrega do trabalho). ERRATA É uma folha dedicada às correções ao texto original percebidas depois da impressão, portanto, é um item opcional DEDICATÓRIA É um elemento opcional para que o autor faça um oferecimento do trabalho à determinada pessoa ou pessoas especiais. Colocada geralmente no canto inferior direito da folha. AGRADECIMENTOS É um elemento opcional para que o autor manifeste o reconhecimento as pessoas e/ou instituições que realmente contribuíram com o autor, devendo ser expressos de maneira simples. Coloca-se no espaço superior da folha a palavra Agradecimento(s), grafada em letras maiúsculas, em negrito e centralizada. 5 EPÍGRAFE Epígrafe é opcional no corpo do Relatório. Note que o formato e o tema são livres bem como a frase ou texto curto que foi escolhido. A epígrafe deve ser escrita sempre no final da folha no canto direito. RESUMO NA LÍNGUA PORTUGUESA Elemento obrigatório constituído de uma sequência de frases concisas e objetivas, fornecendo uma visão rápida e clara do conteúdo do estudo. O Resumo deve ter de 250 a 400 palavras e conter uma sinopse do Relatório. Um bom resumo permite que o leitor tenha a exata ideia do Trabalho de Pesquisa, contendo uma breve Introdução do assunto, o objetivo do trabalho, como ele foi feito (metodologia), resultados e conclusões obtidas, ou seja, deve ser redigido em parágrafo único, como um texto corrido, sem espaça- mentos ou parágrafos e sem citações. Deve ser escrito com o espaçamento simples e no final, você, autor, deve escolher entre três a cinco palavras representativas do conteúdo do estudo, isto é, palavras-chave, separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto. RESUMO NA LINGUA INGLESA (ABSTRACT) Elemento obrigatório, sendo a versão do resumo em português para o idioma de divulgação internacional, ou seja, inglês. Deve aparecer logo depois do resumo em língua portuguesa, no entanto, em folha distinta e seguido também de palavras-chave, também em inglês (Key-words). LISTA DE FIGURAS Elemento opcional, pois se não tiver figuras, não terá a respectiva lista. Consiste basicamente de uma relação sequencial dos elementos, devendo aparecer na mesma ordem em que estão colocadas no texto. Primeiro coloca a palavra FIGURA, seguida pela ordem numérica (Figura 1), seguida pela legenda e a página em que é encontrada no texto. LISTA DE TABELAS Esta lista também é um elemento opcional, pois se o autor não utilizou tabelas ao longo do texto, não precisará colocar uma página para este item. Consiste na relação das tabelas contidas no trabalho. Estas devem vir em lista própria, de acordo com a ordem apresentada no texto, iniciando com a palavra TABELA, seguida pela sequência numérica, a legenda da tabela e a página onde está no texto. 6 LISTA DE ABREVIATURAS Elemento opcional que consiste na relação, em ordem alfabética, das abreviaturas, siglas, acrônimos. Lembre-se que quando for colocar uma sigla, abreviatura ou acrônimo ao longo do texto, primeiro você coloca o que significa a sigle e depois coloca ela entre parênteses em seguida. Ex: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), no entanto, quando for colocar na lista deve vir ao contrário, ou seja, ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas. LISTA DE SÍMBOLOS Elemento opcional, que deve serelaborado de acordo com a ordem apresentada no texto com o devido significado. SUMÁRIO O sumário se refere a enumeração dos títulos e subtítulos. É o último elemento obrigatório que precede a parte textual. Devem estar na mesma ordem e grafia em que está no relatório. DICA É importante que você atente para o detalhe de como começa a paginação. Os elemen- tos pré-textuais são contados, mas a página só deve começar a aparecer na Introdu- ção. Então conte capa, contracapa, resumos, listas, sumário e só coloque a página na introdução. O sumário deve ser apresentado conforme o que segue: a palavra SUMÁRIO deve ser centralizada, em maiúsculas e em negrito com o mesmo tipo de fonte do texto (ou arial ou Times) e a ordem dos elementos do sumário deve ser conforme: os indicativos das seções que compõem o sumário, se houver, devem ser alinhados à esquerda e com a indicação da respectiva página, conforme a NBR 14724 (2003). ELEMENTOS TEXTUAIS São nos elementos textuais que você escreve todo o material, ou seja, é a exposição do conteúdo efetivo do trabalho. Consiste na introdução, desenvolvimento (Objetivos, Referencial teórico, Metodologia e Re- sultados e Discussão) e conclusão. INTRODUÇÃO A Introdução deve conter uma breve definição do Tema, bem como a importância do tema e a justificativa do trabalho. Ou seja, deve apresentar um cenário relativo ao assunto que você escolheu. Situe o leitor no contexto do assunto relativo à monografia que você está desenvolvendo. Normalmente se começa conceituando o tema estudado. Você pode conceituar com suas palavras o tema, não sendo necessário conter citações, nem subdivisões. 7 É como um cartão de visita, que dever ser claro, objetivo, limpo, direcionado à temática eleita. Uma boa introdução para um Relatório aborda a natureza do trabalho, a intencionalidade deste, pincelando de forma sutil as informações contidas ao longo da pesquisa, sem aprofundamento demasiado, e nem dis- tanciamento da temática proposta. E por mais que pareça estranho, é aconselhável que a introdução seja feita após toda a confecção do Relatório, quando efetivamente o aluno estará sintonizado com tudo que abordou, podendo assim, descrever de forma clara e dominante os pontos relevantes, a importância de sua pesquisa, o tipo de abordagem que efetuou. Em suma, a introdução do Relatório deve funcionar como um cardápio, que incentiva e motiva a leitura do Relatório, de forma a torná-lo interessante e eficiente aos olhos do professor/orientador que fará sua avaliação. Deve ter no máximo duas páginas. DESENVOLVIMENTO Parte principal do texto, que contém a exposição ordenada iniciando pela apresentação do Objetivo geral e dos Objetivos específicos, seguido pela elaboração do Referencial teórico, Metodologia e Resultados com Discussão. OBJETIVOS É o segundo elemento dos elementos textuais, deve ser escrito com letra maiúscula e em negrito e divi- dido em dois subtítulos: Objetivo geral e Objetivos Específicos. Objetivo Geral: É uma visão geral e abrangente do problema, definindo o que se pretende alcançar com a realização da pesquisa, geralmente, uma frase é o suficiente, começando com o verbo no infinitivo. É um subtítulo dos Objetivos e deve estar em negrito. Objetivos Específicos: Definem etapas que devem ser cumpridas para alcançar o objetivo geral. Deve ser colocado em forma de tópicos, como ações que serão feitas para atingir o objetivo geral. Uma frase para cada ação e deve começar sempre com um verbo no infinitivo. EXEMPLO • Descrever... • Analisar... • Observar... • Discutir... • Comparar... 8 REFERENCIAL TEÓRICO O referencial teórico, ou fundamentação teórica, é a etapa do Relatório que dá suporte à coleta e análise dos dados e apresenta os conceitos, teorias e modelos que irão sustentar a argumentação do pesquisador. Corresponde à revisão bibliográfica do assunto, conferindo-lhe credibilidade pelas referências citadas, é o passado do assunto que você escolheu, a origem, a descrição, as características, ou seja, a evolução do assunto que você escolheu até os dias de hoje. Em todos os lugares existem cientistas estudando os mais diversos assuntos, inclusive o que você esco- lheu, e já terá feito ou está fazendo pesquisas iguais ou semelhantes, ou mesmo complementares de cer- tos aspectos da pesquisa que você escolheu, logo, a procura de tais fontes, documentais ou bibliográficas, torna-se imprescindível para que não haja duplicação de esforços. A citação das principais conclusões a que outros autores chegaram permite salientar a contribuição da pesquisa realizada, demonstrar contradições ou reafirmar comportamentos e atitudes. Para tanto, a lite- ratura deverá ser relevante, atual e condizente com o problema em estudo. Lembra que falamos na unidade I sobre como pesquisar sobre o seu assunto? Aqui você vai colocar todas as informações de seu acervo na forma de citações (diretas, indiretas ou citação de citação), mas como elaborar as citações você vai aprender na unidade III, por agora fique sabendo que aqui é um dos princi- pais locais para explorar as citações. É importante ainda que o autor do Relatório demonstre entendimento da literatura existente sobre o tema, não se trata de reescrever ou citar de forma idêntica o que os autores da área publicaram ou afirmaram, mas, sim, de relacionar – com coesão, coerência, criatividade e bom português – a teoria revisada ao tema e ao problema construído. De preferência, o Referencial Teórico deve ser dividido em subtítulos que facilitem a escrita, começando com definições, histórico, dados atuais do assunto (em outros países, regiões, tempos passados e atuais), até chegar ao problema ou solução que deseja abordar, ou seja, ao seu tema em questão. METODOLOGIA É também observada como Material e Métodos ou só Métodos, é um elemento essencial do trabalho acadêmico, é o meio, a organização entre o passado (observado com as pesquisas levantadas no refe- rencial teórico) e o futuro (o que você decidiu estudar nos objetivos e estará nos resultados), ou seja, a metodologia serve para explicar tudo que foi feito durante um estudo. Quando começamos uma pesquisa, precisamos decidir que metodologia seguir para conhecer nosso ob- jeto de estudo. O sentido original de método é um bom ponto de partida para quem quer entender sua função, em geral, chamamos de método o conjunto de técnicas que usamos em um estudo para obter uma resposta, em outras palavras, ele é o caminho que percorremos para chegar à uma conclusão científica. 9 O método é importante, mas não substitui o talento e a inteligência do pesquisador. Afinal, nenhum mé- todo entrega de mão beijada as hipóteses que devemos testar para chegar a respostas científicas. Quem escolhe o que pesquisar é o próprio pesquisador; o método só diz como isso pode ser feito. Veja o que Cervo, Bervian e da Silva (2007, p. 28) dizem sobre isso: O método não é um modelo, fórmula ou receita que, uma vez aplicada, colhe, sem margem de erro, os resultados previstos ou desejados. É apenas um conjunto ordenado de procedimentos que se mostrou eficiente, ao longo da história, na busca do saber. Prezado estudante, é preciso descrever a área de estudo, a coleta de dados e a análise dos dados. Área de estudo Descrever a área ou local de estudo de forma resumida, informando o endereço, mas não citar o nome do local, e se for um local sem endereço colocar as coordenadas (latitude e longitude). Não se esquecer de colocar uma foto ou mapa do local com a legenda específica. Coleta de dados É o local em que você descreve as técnicas utilizadas para a coleta de dados (ex. observação, entrevista, questionário, formulário, testes, pesquisa de mercado e etc.); também é onde se delimita o universo es- tudado (descrição da população) e o tipo de Amostragem. Aqui também você deve colocar o tipo de pes- quisa adotado (se qualitativa ou quantitativa), quanto ao procedimento técnico (se pesquisa bibliográfica, de campo, estudo de caso,pesquisa-ação, ex post facto e etc) e se exploratória, descritiva ou explicativa. Mas não se preocupe que, em relação ao estudo dos tipos de pesquisa nós vamos detalhar mais na uni- dade III. ! Análise dos dados Descrever qual o instrumento de análise e interpretação de um grande número de dados você vai utilizar (média, mediana, desvio-padrão, percentagem e etc.). Aqui também deve constar os softwares que você utilizou para analisar seus dados, por exemplo: Auto- cad, Diagrama de Ishikawa, Matriz de SWOT, Word, Excel e etc. Visite a Página Quer saber mais sobre a Metodologia do Trabalho Científico? Acesse esse e-book e tire suas dúvidas. Disponível no link. http://www.feevale.br/Comum/midias/8807f05a-14d0-4d5b-b1ad-1538f3aef538/E-book%20Metodologia%20do%20Trabalho%20Cientifico.pdf 10 RESULTADOS E DISCUSSÃO Nesta etapa deverão ser colocados os resultados da pesquisa, bibliográfica, de campo, estudo de caso, pesquisa-ação de acordo com o procedimento técnico adotado. É aqui que também você irá colocar os dados quanti ou qualitativos sob a forma de figuras, gráficos, quadros ou tabelas.com a finalidade de facilitar a interpretação dos mesmos. Os dados aqui colocados podem ser seus ou de outros autores, o importante é que os dados devem ser apresentados e logo em seguida discutidos. Como se faz a discussão? Comparando os seus dados com os de outros autores, através das citações, que podem ser diretas, indiretas ou citação de citação. Você pode mesclar, coloca os seus dados em uma tabela, descreve-os no texto e fecha a informação comparando-os com os dados de outro artigo que foi pesquisado anteriormente por você. DICA OBS.: Lembrar que os resultados não são pessoas para falarem ou dizerem. Então, devem ser evitados termos como: Os resultados dizem .......... OBS: Lembre-se de continuar escrevendo na terceira pessoa do singular, ou seja, ‘os dados descritos...”, “Ao analisar os dados obtidos”, “Observando-se os dados amostrados...” Após estas informações, agora vamos aprender como devem ser inseridas e formatadas as tabelas, qua- dros, figuras e gráficos. As Tabelas devem ser abertas nas laterais, com o Enunciado completo, na parte superior da mesma. Se a Tabela foi retirada de algum artigo cientifico, citar a fonte (no tamanho Arial 11), na parte inferior da Ta- bela. Lembrando que essa Tabela deve ser referenciada no texto, antes da Tabela aparecer. Evitar colocar: Conforme Tabela abaixo ou conforme Tabela a seguir. Sempre se referir ao número da Tabela. EXEMPLO Foram realizadas análises referentes ao efluente tratado na Estação de Tratamento de Esgoto Dancing Days (Tabela 2). 11 Tabela 2 - Análises do efluente tratado (saída) da ETE Dancing Days. Fonte: Autoria própria (2016). - Se foi você quem construiu a Tabela. OU Fonte: Silva (2010) – Se você tirou de algum artigo científico. O Quadro deve seguir a mesma metodologia das Tabelas, diferenciando apenas por ser fechado nas late- rais e tanto a legenda do quadro quanto a fonte são colocadas embaixo com tamanho da fonte 11. EXEMPLO Quadro 01 - Análises do efluente bruto (entrada) da ETE Dancing Days. Fonte: Autoria própria (2016). - Se foi você quem construiu a Tabela. OU Fonte: Silva (2010) – Se você tirou de algum artigo científico. As Figuras não devem ser muito grandes e aparecerem, de preferência e quando der, logo após a descri- ção desta no próprio texto que você está escrevendo. Lembre-se que você sabe do assunto, bem como o que quer dizer a Figura, mas quem está lendo pode não saber, por isso, o enunciado deve ser claro, completo e ficar na parte de baixo da Figura e o tamanho da fonte deve ser 11. 12 EXEMPLO O armazenamento da água é feito por meio de um tanque instalado nos equipamentos, já o abastecimento é realizado de acordo com a demanda de serviços executados, ou seja, cada equipamento abastece de acordo com o indicador de nível de água presente no tanque do caminhão (Figura 29). Figura 29 – Jateamento com água potável em atividades de manutenção de redes coletoras de esgoto. Fonte: AMBIENTAL BR (2015). Os gráficos seguem as mesmas regras das figuras, com a legenda e a fonte inserida embaixo, com tama- nho da fonte 11. Lembre-se que se o gráfico for elaborado por você deve vir com a fonte “Autoria própria, junto com o ano que está escrevendo o trabalho, se foi retirado de outra fonte bibliográfica e preciso colocar o nome do autor e o ano da publicação. EXEMPLO Analisando o Gráfico 01, é possível observar que no mês de Dezembro/2014 foi registrado o menor consu- mo do período, em função da redução dos dias efetivamente trabalhados, devido aos feriados e recessos do fim do ano. Gráfico 01- Consumo histórico de água em metros cúbicos e reais. Fonte: COMPESA (2015). 13 É importante que você descreva no texto os dados relevantes que constam no gráfico e se puder compare com outros trabalhos, assim já estará fazendo a discussão dos seus dados com outros autores e vice- versa. Na discussão deve-se correlacionar os dados obtidos na pesquisa de campo com a revisão de literatura, objetivando concordar, discordar ou acrescentar fatos novos ao assunto em questão. Exemplo 1: As condições de equilíbrio nos ecossistemas aquáticos naturais são indicadas através das taxas de pH, podendo influenciar nas fisiologias das diversas espécies (CARVALHO, 2007). De acordo com o valor ob- tido da análise do rio Capibaribe, mostra que o pH está dentro dos limites estabelecidos pela resolução do CONAMA. As análises microbiológicas indicam que há presença de coliformes fecais que superam 1000 NMP por 100 ml, o máximo estabelecido pela resolução 357/2005. O alto índice do NMP pode ser justificado devido ao lançamento de esgoto e resíduos domésticos no rio Capibaribe, acarretando na contaminação do ponto estudado. Exemplo 2: No local existem residências construídas de alvenaria simples e construções de madeiras, genericamente chamadas de palafitas. Essas residências ficam nas margens do rio Capibaribe, mesmo sendo Área de Preservação Permanente – APP, que segundo o código florestal, podem ser ocupadas e sua vegetação suprimida somente nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental, previstas em Lei. Nessa situação, atualmente, os referidos moradores não utilizam o rio para fins recreativos, nem profis- sionais, devido ao estado de degradação que o rio se encontra. Observa-se que, na cidade de Cárceres, no Rio Grande do Sul, microrregião do Alto Pantanal e que faz fronteira com a Bolívia, a população tem uma relação aceitável com o rio, sendo o mesmo utilizado para lazer, pesca profissional e pesca para consumo, principalmente pelos habitantes mais carentes (SILVA & LUCENA, 2011). A população de Cáceres se destaca pelo potencial turístico, devido sua ligação com o rio Paraguai e seus afluentes, que se difere, por exemplo, da ocupação nas margens do rio Capibaribe, no Recife, que possui menor poder aquisitivo (SILVA & LUCENA, 2011). CONCLUSÕES / CONSIDERAÇÕES FINAIS Esta etapa deve conter no máximo 03 parágrafos que permitam ao leitor conhecer as afirmativas ou nega- tivas finais obtidas pelo autor. Cabe ressaltar que o autor tanto pode encontrar dados que corroborem com seus resultados quanto dados que os neguem. Nesse caso, a opinião do autor do Relatório é fundamental. Para você fazer uma conclusão correta, escreva como se estivesse respondendo ao objetivo geral que você estipulou lá no começo do trabalho, se você responder este objetivo baseado nos dados que você descreveu nos resultados e discussão seu trabalho foi concluído com sucesso. 14 GUARDE ESSA IDEIA! É importante destacar que não é necessário colocar citação na conclusão, este espaço é você que descreve, então não precisa de citações de outros autores. EXEMPLO A ocupação desordenada nas margens do rio Capibaribe, nas comunidades do Coque e nos Coelhos, tem contribuído para a degradação da qualidade da água do rio.Os níveis de DBO estavam bem acima do limi- te máximo permitido no trecho analisado. Os níveis de OD são insuficientes para um rio de Classe 2 e os níveis de coliformes estavam muito acima do limite conforme a resolução do CONAMA 357/2005. Além da contaminação do rio, a ocupação desordenada de suas margens acarretou na supressão da vegetação ao longo do curso do Capibaribe. O problema do descarte irregular de resíduos sólidos em diversos pontos da comunidade e o baixo inte- resse, a falta de conscientização e responsabilidade ambiental de todos os envolvidos é um dos maiores desafios para o andamento das medidas mitigadoras propostas. É importante que os órgãos governamentais ampliem os debates e discussões com a população para direcionar as melhores maneiras que contribuam para as políticas ambientais da região, atuar de forma continuada para que mantenha o incentivo até chegar ao nível ideal. ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS São elementos que complementam o trabalho e que devem ser colocados na seguinte ordem: • Referências, • Glossário, • Apêndice(s), • Anexo(s), • Índice(s). Referências A inclusão das referências é obrigatória. Aqui é o espaço de colocar todos os trabalhos, artigos, sites, monografias, teses e dissertações que você utilizou para realizar o seu relatório. Para a NBR 6023 (2002, p. 2), referência é o “conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação individual”. 15 Lembra que falamos que quando você pesquisar em sites, era preciso ter o nome do autor, o título do trabalho, o local da publicação e o ano da publicação? Pois bem, estes são os elementos essenciais e indispensáveis para a identificação de documentos acadê- micos, se não tiver, evite de utilizá-los. As Referências devem ser listadas em ordem alfabética da seguinte forma: S0BRENOME, INICIAIS DOS NOMES E PRENOMES; AUTOR2 & AUTOR3. TÍTULO NA LÍNGUA DE ORIGEM EM NEGRITO (PERIÓDICO, LIVRO OU CAPÍTULO DE LIVRO). EDIÇÃO. LOCAL DE PUBLICAÇÃO, EDITORA OU EDITOR. VOLUME, FASCÍCULO, PÁGINAS, ANO. Espaçamento deve ser simples e em ordem alfabética. EXEMPLO ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.004:Resíduos Sólidos. Rio de Janei- ro, 2004. ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. TANQUES SÉPTICOS – Unidades de tratamen- to complementar e disposição final dos efluentes líquidos. NBR-13.969/97. Disponível em: <http://www. acquasana.com.br/legislacao/nbr_13969.pdf>. Acesso em: 22 nov. 2015. BACCI, D.L.C; LANDIM, P.M.B; ESTON, S.M. Aspectos e impactos ambientais de pedreira em área urbana. São Paulo, p. 47-54, jan/mar. 2006. BARROS, R.T.V. et al. Manual de Saneamento e Proteção Ambiental para os municípios. V. II. Saneamento. Escola de Engenharia da UFMG. BH: 1995. DOLINSKY, L. C. B; MALIZIA, F. & SALEK, M. Como escrever um Projeto de Monografia. 1 ed, Rio de Janei- ro, Guanabara Koogan, v.1, n. 1, p. 155-157, 2008. SÁNCHEZ, L.E. Avaliação de Impacto Ambiental: Conceitos e Métodos. São Paulo: Oficinas de Textos, 2008. SOARES, S.R.A.; MATOS, Z.M.R. e BERNARDES, R.S. Modelagem do processo de desidratação de lodo anaeróbio em leitos de secagem simulados. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-43662001000200023>. Acesso em:11 Nov. 2015. 16 DICA Observe que as referências devem vir em ordem alfabética e os diversos tipos de re- ferências obedecem normas diferentes, como você pode observar no exemplo abaixo, mas não se preocupe, na unidade IV nós vamos aprender como devem ser feitas cada uma das referências que você pode utilizar. Apêndice(s) É um elemento opcional e significa um texto, tabela extensa, lista de fotografias ou documento, feito por você, com a finalidade de complementar o seu trabalho e que por ser grande demais, evita-se de ser utilizada dentro do trabalho. O(s) apêndice(s) é identificado por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. No nosso caso, os apêndices que devem ser anexados serão os questionários (caso você tenha feito uma pesquisa de campo) e os demais documentos solicitados que aprenderemos na unidade 4 (Ficha de fre- quência, Ficha avaliativa, Ficha de desempenho). Anexo(s) Também é um elemento opcional, sendo um texto ou documento que o autor retirou de outra fonte bi- bliográfica e serve de fundamentação, comprovação e ilustração dos seus dados, para complementação, como leis, plantas baixas, questionários, normas. Os anexos são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. DICA OBS: Se for um documento preparado por você é apêndice, mas se for um documento elaborado pela empresa que você trabalha ou foi descrito na literatura é anexo. Glossário É uma lista alfabética de termos que você utilizou ao longo do seu relatório com a respectiva definição destes termos, muito comum em livros acadêmicos, no entanto, em desuso em trabalhos como relatórios, monografias, dissertações e teses. Índice(s) É uma relação de palavras ou frases ordenadas que localiza e remete para as informações contidas no texto. 17 VISITE A PÁGINA Ainda está com dúvida nos elementos textuais e pós-textuais? Então, visite o site. VEJA O VÍDEO! Veja esse “resuminho” dos elementos textuais no seguinte link. PALAVRAS FINAIS DO PROFESSOR Caro aluno(a), Agora que você viu como está dividido os elementos do relatório de estágio e do que é preciso ter em cada etapa, ficará mais fácil de entender as três estruturas que as pessoas mais temem: Metodologia, Citações e Referências, mas não se preocupe, estas etapas aprenderemos na unidade seguinte. Até lá! https://talentouniversitario.wordpress.com/2009/07/02/elementos-textuais-e-pos-textuais/ https://www.youtube.com/watch?v=Q9Lep31wQVM Estágio Supervisionado I Engenharia da Produção UNIDADE 3 2 ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - ENGENHARIA DA PRODUÇÃO UNIDADE 3 PARA INícIO DE cONVERSA Olá, estudante! Como vai? Seja bem-vindo (a) a unidade III! Tudo bem até agora? Está anotando tudo que está fazendo no estágio? Vamos dar continuidade a nossa jornada de estudo e conto com sua atenção. ORIENTAÇõES DA DIScIPlINA Caro (a) aluno (a), antes de iniciar a leitura do seu guia recomendo que faça a leitura do seu livro-texto, ele irá nortear seus estudos. Assista também a videoaula, ela foi elaborada com o objetivo de facilitar seu aprendizado. Em caso de quaisquer dúvidas não perca tempo envie uma mensagem para seu tutor! Nesta disciplina já discutimos a estrutura dos trabalhos acadêmicos e a estrutura do relatório do estágio supervisionado, detalhamos os elementos textuais do início, meio e fim deste tipo de trabalho acadêmico. Agora vamos detalhar o que é necessário ter na metodologia e as formatações gerais do relatório segun- do as normas da ABNT. Vamos lá! METODOlOGIA Já falamos que para escrever a metodologia se faz necessário que você coloque a Área de estudo a coleta de dados e a análise de dados. A área de estudo é o local em que você realizou o estágio, que pode ser a empresa que estagiou ou a Faculdade/Centro Universitário que estuda, ou seja, é onde você realizou sua pesquisa, baseada no tema escolhido, no título desenvolvido e nos objetivos propostos. A coleta de dados é como você fez para obter as informações para responder aos seus objetivos, ou seja é a descrição da pesquisa que você se dispôs a fazer. Os estudiosos em métodos, experimentação e metodologia afirma que esta ciência é dividida em algumas áreas: Segundo as bases lógicas da investigação- os Métodos podem ser do tipo: dedutivo, indutivo, hipotético- dedutivo, dialético e fenomenológico. 3 Segundo a abordagem do problema em pesquisa quantitativa e qualitativa. A pesquisa quantitativa baseia-se na quantificação para coletar e, mais tarde, tratar os dados obtidos, assim se faz necessário utilizar técnicas estatísticas, como porcentagens, médias e desviopadrão para tornar o estudo mais imparcial, evitando assim a influência do pesquisador sobre os resultados. Já na pesquisa qualitativa, é predominantemente descritiva, detalha informações e, assim, o pesquisador fica à vontade para desenhar o estudo da forma que julgar mais adequada. Aqui a pesquisa deve apresen- tar uma estrutura sólida e coerente, capaz de receber a aprovação dos membros da comunidade científica. Segundo o objetivo geral em Pesquisa exploratória e descritiva A pesquisa exploratória é recomendada para quem pretende criar mais familiaridade com um problema para, depois, criar hipóteses sobre ele, geralmente é utilizada em pesquisas que façam um levantamento bibliográfico acerca do assunto. Já a pesquisa descritiva, descreve as características de uma população ou um fenômeno, além de identi- ficar se há relação entre as variáveis analisadas, geralmente é utilizada em pesquisas com questionário e a observação como principais instrumentos. IMPORTANTE Segundo o propósito da pesquisa, Roesch (1996, apud DIEHL e TATIM, 2006) divide as pesquisas em cinco tipos, de acordo com seu propósito: Pesquisa pode ser aplicada, Avaliação de resultados, Avaliação formativa, Proposição de planos e Pesquisa-diag- nóstico. A Pesquisa aplicada é utilizada para estudar o problema em um contexto, buscando soluções para os desafios enfrentados nesse ambiente específico. Esse tipo de pesquisa é bem ligado à prática, mas nem por isso pode deixar de incluir uma reflexão teórica. A Avaliação de resultados são escolhidos critérios para avaliação, dependendo do caso, a avaliação pode incluir uma comparação. A Avaliação formativa tem como objetivo da avaliação formativa, aperfeiçoar um processo ou um sistema, é necessário fazer um diagnóstico do sistema, identificando os problemas e as oportunidades que não são aproveitadas. Depois, é hora de traçar um plano para eliminar os pontos fracos e melhorar o sistema como um todo. A Proposição de planos serve para solucionar os problemas de uma organização e planejar o que vai ser feito daquele momento em diante. A pesquisa-diagnóstico é indicada quando queremos avaliar a situação interna ou externa de uma organização. 4 Para Mascarenhas (2012) os procedimentos técnicos podem ser classificados de acordo com o plane- jamento da coleta e da análise dos dados em Pesquisa bibliográfica, Pesquisa documental, Pesquisa ex-post-facto, Pesquisa de levantamento, Estudo de caso, Pesquisa-ação e Pesquisa participante. A Pesquisa bibliográfica concentra-se na análise de livros, artigos, dicionários e enciclopédias. Em geral, é uma boa opção para quem tem dificuldade de entrar em contato com seu objeto de estudo – aqui, você apenas estuda o que outros dizem sobre ele. A principal desvantagem é que esse estudo não se baseia em uma amostra representativa de dados. A pesquisa documental é parecida com a bibliográfica, a única diferença é o tipo de fonte. Na bibliográfi- ca, usamos textos científicos que analisam o mesmo objeto de estudo, já na documental, lançamos mão de fontes que não têm o objetivo de analisar o assunto em questão. A Pesquisa ex-post-facto é feita depois de o fato a ser estudado ter ocorrido. Aqui, o pesquisador não controla as variáveis. Nas pesquisas de levantamento, o pesquisador colhe informações de um grupo escolhido para depois, com a ajuda de ferramentas estatísticas, tirar conclusões sobre o grupo. Com base nesse levantamento, conseguimos entender melhor o comportamento da população que estamos investigando. Assim essa pesquisa permite conhecer diretamente os sujeitos que investigamos e facilita a quantificação dos resul- tados e favorece uma análise mais rápida e objetiva. O estudo de caso é uma pesquisa bem detalhada sobre um ou poucos objetos, ou seja, é refletir sobre um conjunto de dados para descrever com profundidade o objeto de estudo – seja ele uma pessoa, uma família, uma empresa ou uma comunidade. Requer pesquisadores com alto nível de capacitação já que o objeto analisado é entendido profundamente. Exemplo: analisar uma Obra específica, ou uma ponte, ou uma edificação danificada. Pesquisa-ação é um estudo baseado em dados concretos que procura resolver um problema, em que o pesquisador não é apenas um observador: ele também participa ativamente e cooperando com os outros. Ou seja, se você for fazer uma análise dos EPI’s que são utilizados na empresa em que está estagiando você poderá fazer uma pesquisa-ação se também utilizar EPI’s. Na pesquisa-ação e na pesquisa participante, tanto o pesquisador quanto o pesquisado têm um papel importante. No caso da Pesquisa participante, em especial, o pesquisador busca deixar bem clara a dife- rença entre ciência popular e tradicional, bem como a diferença entre pontos de vista ideológicos diferen- tes – como o humanismo cristão e algumas concepções marxistas. Esse estudo também costuma se voltar contra a desigualdade, tornando-se um aliado importante dos grupos sociais menos favorecidos – como operários, camponeses, índios etc. 5 PAlAVRAS DO PROfESSOR Caro estudante, agora que entendemos os tipos de pesquisa vamos dar continuidade ao nosso estudo, analisando as Técnicas de pesquisa. Segundo Mascarenhas (2012) as técnicas de pesquisa são os procedimentos concretos que utilizamos durante um estudo científico. São cinco as técnicas que você pode usar em praticamente qualquer estudo: observação, amostragem, descrição, comparação e análise e síntese. Observação – observação é uma técnica muito associada a visão, mas também observamos com a ajuda do tato, do paladar, do olfato e da audição. Você pode “observar” na metodologia utilizando, por exemplo, um microscópio ou um teodolito ou até um simples bloco de anotações. Mas só observar não é suficiente, é preciso descrever o que está observando de uma maneira técnica e científica, assim como você já deve ter feito ao usar algum software em Logística ou em Gestão da Qualidade. Amostragem - Vamos imaginar que você queira testar a qualidade dos tijolos utilizados na construção de um Galpão (se esse foi o objetivo escolhido), você não irá analisar todos e sim uma parte deles e fazer os testes de resistência, materiais e etc. GUARDE ESSA IDEIA! Você se lembra da diferença entre população e amostra? Veja para não se confundir: População ou universo é um conjunto que pode ser formado por pessoas, famílias, empresas, animais ou qualquer outro tipo de elemento. Já amostra é um pedaço da população que vamos estudar. Como é que escolhemos uma amostra? É preciso planejar tudo e deixar claro em seu trabalho, como e por que você escolheu o tamanho e os participantes da amostra. VISITE A PÁGINA Normalmente, a amostragem pode ser probabilística e não pro- babilística. Quer saber mais sobre Amostragem? Acesse o link. Descrição - Só observar não é o bastante para construir conhecimentos científicos, também é importante descrever com detalhes o passo a passo do experimento para que outros colegas vejam exatamente como o pesquisador chegou as conclusões. Mas por que é essencial explicar com tanta precisão tudo que é feito? A ideia é permitir que outros possam repetir o experimento percorrendo o mesmo caminho. http://www.de.ufpb.br/~luiz/Adm/Aula9.pdf 6 Dessa forma, a comunidade científica pode ver se a conclusão da pesquisa é replicável, isto é, se a mesma resposta é obtida quando mantidas as mesmas circunstâncias e repetidos os mesmos procedimentos. Por isso, é importante tomar nota de tudo que é feito, descrevendo minuciosamente todas as ferramentas e técnicas empregadas. Tanto a análise quanto a síntese podem ser experimentais ou racionais. A análise e a síntese experimen- tais trabalham com seres ou fatos concretos. Elas podem ser executadas de duas maneiras diferentes, dependendo do objeto de estudo: Objeto material – o objeto é, de fato, desmontado e reconstituído concretamente. Esse tipo de procedi- mento é comum no campo das ciências sociais e naturais.Objeto não material – o objeto de estudo é concreto, mas é apenas mentalmente desmontado e reconsti- tuído. Esse procedimento é comum nas ciências humanas, em especial nas psicológicas. A análise e a síntese racionais, por sua vez, não trabalham com seres ou fatos concretos, mas com ideias e verdades abstratas. Análise racional – supomos que o problema esteja resolvido e tentamos remontar por uma série de sim- plificações o princípio básico para, então, encontrar a solução. O raciocínio parte do mais complexo para o mais simples. Síntese racional – tomando o princípio básico como ponto de partida, caminhamos, de consequência em consequência, até a solução. Elementos de estatística Vamos supor que você seja um estagiário trabalhando com Sistema Integrado de Gestão da Qualidade de empresas de pequeno e médio porte e está interessado em investigar a manutenção da ISO 9001. Para tanto, você elaborou um questionário sobre o tema e colocou no Google formulários e lançou esta pesquisa na internet, pedindo que pessoas respondessem se existia ou não a ISO nas empresas dos en- trevistados. E agora? Qual é o próximo passo? Após a coleta, você deve analisar os questionários, depois classificar, codificar e tabular as informações obtidas. Mas como esse processo é realizado? Segundo Mascarenhas (2012) você pode fazer das seguintes for- mas: Classificação – você deve criar critérios para dividir os dados em categorias. Durante a classificação, não se deve trocar de critérios, ou seja, a classificação – do início ao fim – precisa ser feita com base nas mesmas regras. Cada dado deve pertencer a apenas um grupo, portanto nada de criar categorias pareci- das demais. Também é importante não deixar nenhum dado colhido de fora. A classificação deve refletir o objetivo de sua pesquisa. Se a finalidade é verificar as patologias em residências da sua cidade, este deve ser o principal critério de classificação. 7 Codificação – as categorias já foram formadas, certo? Então vamos criar um símbolo para cada uma delas, pode ser um número ou uma letra do alfabeto, por exemplo. A codificação é importante, pois facilita a organização das informações em uma tabela, como você vai ver daqui a pouco. Tabulação – já pensou como seria complicado trabalhar com um monte de informação salpicada, cada uma em um papel diferente? Para evitar essa confusão, nada melhor do que registrar os dados categori- zados em tabelas, facilitando o trabalho de análise dos dados e a comparação entre eles. Entenda que, dentre todas estas informações que dissemos até agora, você não irá colocar todas em seu relatório, você irá escolher os procedimentos, as técnicas e os tipos de estatística que estão melhor associados ao seu objetivo para responder ao seu problema de pesquisa e assim chegar aos resultados e conclusões. Observe caro (a) aluno que com todos os métodos escolhidos, já estamos com metade do relatório reali- zado e tudo pronto para elaborar os resultados e discussão, ou seja, para interpretar as informações que colhemos. Lembrando que estas informações devem constar na coleta de dados, mas e o que colocamos na análise de dados? A forma que vamos fazer o tratamento estatístico, ou seja, qual é o software que você irá fazer suas tabelas, suas plantas baixas, suas matrizes, enfim, é o que você usou para analisar os dados, e são os mais variados, desde o Word (para a pesquisa bibliográfica), ou Excel (para levantamento, estudo de caso e etc) ou a Matriz de SWOT, uma avaliação 360, a norma ISSO 9001, assim, verifique qual é o método de análise do seu estágio e coloque no último tópico da metodologia. INSTRUMENTOS DE PESQUISA Entrevista A entrevista não é apenas um bate-papo: é uma conversa que tem o objetivo de obter dados para a pes- quisa e servem para levantar informações que não encontramos em fontes bibliográficas, mas podemos obter conversando com as pessoas. Ao preparar a entrevista, o pesquisador deve: • Ter bastante clareza de qual é seu objetivo; • Conhecer o entrevistado de antemão, sempre que possível; • Marcar com antecedência o local e o horário da entrevista; • Realizar a entrevista em um local discreto, o que facilita a coleta de dados espontâneos e confidenciais; • Escolher um entrevistado que tenha familiaridade com o assunto pesquisado ou represente bem o perfil da população estudada; • Listar as perguntas, destacando as mais importantes. 8 DIcA Na hora da entrevista, é fundamental conquistar a confiança do entrevistado. O pesqui- sador não deve interrompê-lo e precisa ouvi-lo mais do que falar. Afinal, o que interessa nesse caso, não é a opinião do pesquisador, mas a do entrevistado. Por outro lado, às vezes é preciso influenciar o rumo da conversa, fazendo com que o entrevistado volte para o tema principal. A ordem das perguntas é outro ponto que merece atenção. Normalmente, convém começar com as mais fáceis e, pouco a pouco, ir abordando as mais difíceis ou constrangedoras. As entrevistas podem ser de três tipos (DIEHL e TATIM, 2006): Estruturada − o entrevistador monta um roteiro com perguntas prontas. Ele não é livre para modificar perguntas ou mexer na ordem delas. Não estruturada − o entrevistador cria as perguntas na hora. Isso pode ajudá-lo a explorar a questão mais a fundo. Painel – o entrevistado responde, de tempos em tempos, às mesmas perguntas. Questionário O questionário é o instrumento ideal quando queremos medir dados com maior precisão. Aqui, o papel do pesquisador é formular as perguntas que serão, depois respondidas no papel pelo participante. Nor- malmente, o questionário pode ser enviado ao participante pelo correio, pela Internet ou respondido presencialmente. O questionário também facilita a tabulação e à análise dos dados como um todo. Outra vantagem é a objetividade na coleta: ao contrário da entrevista, o questionário não exige uma participação ativa do pesquisador, o que ajuda a reduzir sua influência sobre os resultados. Como devemos elaborar um questionário? O primeiro passo é dividir o tema da pesquisa em uma lista com dez a 12 tópicos. Isso só pode ser feito quando conhecemos bem o tema do estudo. É essencial que os tópicos listados estejam de acordo com os objetivos gerais e específicos de que já falamos. Afinal, não faz sentido incluir perguntas sobre tópicos que não estejam diretamente ligados ao objetivo da pesquisa em questão. A partir daí, podemos criar duas ou três perguntas para cada tópico. Questionários muito longos deixam o participante cansado, e ele pode acabar respondendo às perguntas de qualquer maneira, só para terminar logo. Isso, sem dúvida, colocaria em jogo a validade dos dados co- lhidos. Por outro lado, questionários curtos demais não obtêm todas as informações de que você precisa. Ou seja, nem oito nem oitenta – o segredo está no meio-termo. 9 O questionário ideal deve conter de 20 a 30 perguntas e levar aproximadamente 30 minutos para ser res- pondido. É claro que não existe receita de bolo. Dependendo do objetivo de sua pesquisa, é natural que esses números variem um pouco. O layout do questionário é outro ponto fundamental. É importante deixar espaço suficiente para as respos- tas e distribuir bem as perguntas pela página, facilitando ao máximo a leitura. Depois de pronto, o ques- tionário não deve ser imediatamente aplicado. Antes de chamar os participantes que você quer pesquisar de verdade, faça um estudo piloto para verificar se algum errinho passou despercebido. Uma das falhas mais comuns tem a ver com a linguagem: fique atento para que as perguntas não deixem margem para dúvidas ou erros de interpretação. Às vezes, o que é óbvio para nós pode ser de difícil interpretação para outra pessoa, por isso é tão importante realizar um estudo piloto. Agora vamos falar sobre as perguntas do questionário. Em geral, elas podem ser abertas ou fechadas. As abertas deixam o participante livre para escrever o que quiser. São ideais para quem busca conhecerum tema mais detalhadamente. O grande desafio é a análise dos dados. Afinal, é preciso ler a resposta de cada participante para, depois, criar classificações e fazer a tabulação. Geralmente, são divididas em quatro subtipos principais: dicotômicas, de múltipla escolha, ordinais e intervalares. Nas dicotômicas, o pesquisado só tem duas opções: sim ou não; masculino ou feminino, por exemplo. Já a múltipla escolha oferece mais de duas opções. Nas perguntas ordinais, o participante coloca as opções em ordem de acordo com um critério dado. formulário O formulário pode ser utilizado com diversas finalidades. Ele é um catálogo ou uma lista que o entrevis- tador preenche com as informações fornecidas em primeira mão pelo pesquisado. É, sem dúvida, um dos instrumentos favoritos das pesquisas sociais. Durante o preenchimento do formulário, o entrevistador pode registrar observações a respeito de outros comentários ou atitudes do pesquisado. Assim como a entrevista, o formulário pode ser utilizado quando queremos trabalhar com participantes que não sabem ler ou escrever. É um instrumento de pesquisa bastante flexível, que pode ser adaptado na hora pelo próprio pesquisador quando necessário. Pesquisa na Internet Pesquisas acadêmicas estão utilizando cada vez mais as informações encontradas na Web. Sem dúvida, a Internet vem facilitando – e muito – a troca de informações entre pessoas em diferentes cantos do planeta. No entanto, não é todo mundo que sabe usar bem seus recursos para encontrar o que procura, é necessário saber para fazer uma busca eficiente, já vimos na unidade 2 as formas e os sites que podem ajudar na busca da literatura confiável, então não deixe de reler e exercitar essa ferramenta fundamental para a elaboração do seu relatório. 10 REGRAS GERAIS DE fORMATAÇÃO DOS TRABAlHOS AcADÊMIcOS Prezado (a) aluno (a), fique atento, pois vou explicar como se constituem as regras gerais para apresenta- ção de trabalhos acadêmicos. Folha: A4. Editor de texto: Word for Windows, versão 7.0. Margens: Esquerda e superior de 3 cm; Direita e inferior de 2 cm. Fonte: Arial ou Times New Roman. Tamanho: 12. Parágrafo: espaçamento entre linhas 1,5; Alinhamento: justificado. Paginação: • A partir da folha de rosto, todas as folhas do trabalho devem ser contadas em sequência, mas não devem ser numeradas. • A numeração só é colocada a partir da primeira folha da parte textual - a INTRODUÇÃO, em algarismos arábicos (1, 2, 3...) • No canto superior direito da folha, a 2,0 cm da borda superior, ficando o último algarismo a 2,0 cm da borda direita da folha. Caso haja anexo e apêndice, as suas folhas devem ser numeradas continuamente e a sua paginação deve dar seguimento à do texto principal. Formatações para trabalhos científicos - FIGURAS 1) Elementos de síntese que explicam ou complementam o texto visualmente. 2) Qualquer que seja seu tipo, sua identificação aparece na parte inferior da mesma, precedida da palavra FIGURA, seguida da numeração de ordem em que aparecem em algarismos arábicos e do respectivo título e/ou legenda e da fonte, se necessário. 3) As legendas das ilustrações devem ser breves e claras, dispensando consultas ao texto. Devem ser inseridas o mais próximo possível do trecho a que se referem. ExEMPlO 11 formatações para trabalhos científicos- EQUAÇõES E fÓRMUlAS • Aparecem destacados (em negrito, itálico e outros), • Na sequência normal do texto, é permitido um espaço entrelinhas maior que acomode seus elementos (expoentes, índices e outros). • Quando fora do parágrafo, são centralizados e, se necessário, deve-se numerá-los. • Quando separados (divididos) em mais de uma linha por falta de espaço, devem ser interrom- pidos antes do sinal de igualdade ou depois dos sinais de adição, subtração, multiplicação ou divisão. Formatações para trabalhos científicos – TABELAS Segundo as normas da ABNT, as tabelas apresentam informações de acordo com estatísticas, observando as seguintes orientações: a) são numeradas uma a uma conforme a ordem em que se apresentam; b) coloca-se o título na parte superior, antecedido pela palavra Tabela e pelo número de ordem em algarismos arábicos; c) as fontes usadas na construção da tabela e notas eventuais são citadas no rodapé, após a linha de fechamento; d) se a tabela for de outro documento, deve-se pedir a devida autorização do autor, sem que se faça referência ao fato no trabalho; e) as tabelas devem estar o mais próximo possível do trecho do texto a que se referem; f) se a tabela não couber em uma mesma folha, deve-se colocar sua continuação na folha seguin- te, sem que seja delimitado por traço horizontal na parte inferior, sendo o título e o cabeçalho repetidos nesta folha; g) nas tabelas, as linhas (fios) horizontais e verticais são utilizadas para separar os títulos das colunas no cabeçalho e fechá-los na parte inferior, evitando-se fios verticais para separar as colunas e as linhas no caso das horizontais. 12 formatações para trabalhos científicos – QUADRO O que diferencia o quadro da tabela são as linhas verticais, que no quadro são fechadas. É mais utilizado quando se tem mais texto e menos números. Quando for inserir um quadro elaborado por você ou extraído de outra fonte bibliográfica é importante colocar a legenda embaixo do quadro, sendo o nome “Quadro 1-” em negrito seguindo pela legenda e colocado embaixo a fonte, com o nome também em negrito, inserido o autor e o ano da publicação, se foi você quem o fez coloque Autoria própria e o ano que está fazendo o relatório. Espaço entre linhas é simples e o tamanho da letra da legenda e fonte é 11. ExEMPlO formatações para trabalhos científicos – GRÁfIcO Quando for inserir um gráfico elaborado por você ou extraído de outra fonte bibliográfica é importante colocar a legenda embaixo do gráfico, sendo o nome “Gráfico 1-” em negrito seguindo pela legenda e colocado embaixo a fonte, com o nome também em negrito, inserido o autor e o ano da publicação, se foi você quem o fez coloque Autoria própria e o ano que está fazendo o relatório. Espaço entre linhas é simples e o tamanho da letra da legenda e fonte é 11. 13 PAlAVRAS fINAIS DO PROfESSOR Caro (a) aluno(a), Agora que você aprendeu como detalhar a metodologia e as regras gerias de formatação do seu relatório, poderemos seguir para os detalhes finais do Relatório de estágio, compreendendo como elaborar as citações e as referências que veremos na 4 e última unidade. Até lá! Estágio Supervisionado I Engenharia da Produção UNIDADE 4 2 ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - ENGENHARIA DA PRODUÇÃO UNIDADE 4 PARA INÍCIO DE CONVERSA Olá, estudante! Como vai? Seja bem-vindo (a) à nossa última unidade! Está sendo uma experiência grati- ficante colaborar para construção do seu aprendizado através do nosso guia de estudo. Estamos chegando ao final de todos os elementos do relatório do Estágio. ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA Prezado estudante, gostaria de lembra mais uma vez a importância da leitura do seu livro-texto, ele sem- pre irá nortear seus estudos. Disponibilizamos vários recursos com o objetivo de facilitar seu aprendizado, as nossas videoaulas, biblioteca virtual. Lembre-se você tem a sua disposição seu tutor, ele está sempre apto para quaisquer tipos de esclarecimentos em relação a nossa disciplina. Nesta última unidade vou explicar as Citações e Referências, conto com sua atenção. Vamos lá! CITAÇÕES PALAVRAS DO PROFESSOR Prezado (a) aluno (a), quando você está escrevendo o seu relatório, especialmente o referencial teórico e as discussões, é necessário que você coloque conceitos, definições, características, comparações dos seus dados com os dos demais autores, assim se recorre a autores que pesquisam na área ou em áreas correlatas e que possuam um trabalho reconhecidamente consistente e de excelência. São àqueles trabalhos que vocês pesquisaram lá na unidade I após a escolha do título, mas para inserir as informaçõesdestes autores as normas da ABNT estabeleceram algumas regras. 3 IMPORTANTE Este elemento é fundamental para você fugir do plágio, ou seja, do copiar e colar a fala de um autor e não citar que foi ele que disse isso ou aquilo. É fundamental nesta etapa a ética e a honestidade intelectual, atribuindo autoria a quem, realmente contribuiu para o desenvolvimento do estudo em questão. Vale lembrar: O plágio é passível de restrições legais e penais de acordo com a Lei nº 9.610, de 19/02/1998, nesta lei estão previstas as sanções legais pertinentes e que, junto com o Código Penal, no seu Artigo 184, aponta as sanções penais, já que todos os autores e obras que são efetivamente citados no seu trabalho deverão ser ditos ao longo do texto e colocada a referência total lá nos elementos pós-textuais. Assim, utilizamos as citações, definidas como “menção de uma informação extraída de outra fonte” (AS- SOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002a, p. 1), ou seja, a citação é a transcrição, literal ou não, seguida da referência adequada, As citações podem estar localizadas no texto ou em notas de rodapé, podendo ser: diretas: quando cons- tituem cópia fiel do autor consultado, subdivididas em: (a) curtas – com até três linhas; (b) longas – com mais de três linhas; e Indiretas – quando o texto é baseado na ideia do autor consultado. CITAÇÃO DIRETA Segundo UTFPR (2008) a citação direta é a transcrição ou cópia de um parágrafo, de uma frase, de parte dela ou de uma expressão, usando exatamente as mesmas palavras adotadas pelo autor do trabalho consultado. Nesse caso, repete-se palavra por palavra e estas devem aparecer entre aspas duplas (“...”), ou com destaque gráfico, seguidas da indicação da fonte consultada. Esta citação se destaca por necessitar do autor, ano da publicação e a página da citação no texto. Exemplo 1: Lopes e Batista (2000, p. 32) confirmam os argumentos anteriores ao declararem que a “mudança de rumo das atividades realizadas é preocupante” Exemplo 2: Muitos estudantes e professores pensam que estão fazendo pesquisa quando na verdade estão apenas “fazendo um relatório com algumas notas de rodapé.” (MCGREGOR, 1999, p. 1). 4 Citação Curta As citações curtas diretas, aquelas com até três linhas, aparecem diretamente no texto, destacadas entre aspas (“...”), precedidas ou sucedidas da indicação de autoria. Citação Longa Devem ser destacadas com um recuo de 4 cm da margem esquerda com um tipo de letra menor do que a utilizada no texto (recomendação tamanho 10 da fonte), sem as aspas e com espaçamento simples. (NBR 10520, 2002, p. 2). “O comportamento dos cientistas muda a medida que ele avança em seu projeto de pesquisa e que certos padrões de comportamento estão asso- ciados e são afetados pelos diversos estágios da pesquisa. De modo di- reto ou indireto o comportamento ‘é afetado pela tarefa’ desempenhada nos estágios de pesquisa, pela informação procurada [...] e, pela habilida- de do pesquisador em perceber a relevância da informação para o tópico ou questão da pesquisa” (SILVA et al., 1998, p. 34). CITAÇÃO INDIRETA É a transcrição das ideias de um autor usando as próprias palavras. Ao contrário da citação direta, a ci- tação indireta deve ser encorajada, pois é a maneira que o pesquisador tem de ler, compreender e gerar conhecimento a partir do conhecimento de outros autores. Exemplo 1: De acordo com Mattar (1996), a pesquisa bibliográfica é apropriada para os primeiros estágios da inves- tigação quando a familiaridade, o conhecimento e a compreensão do fenômeno por parte do pesquisador são geralmente pouco ou inexistentes. Exemplo 2: Os estudos exploratórios têm como principal característica a informalidade, a flexibilidade e a criativida- de, e neles procura-se obter um primeiro contato com a situação a ser pesquisada (SAMARA; BARROS, 2002). CITAÇÃO DE CITAÇÃO É a citação de um texto que tivemos acesso a partir de outro documento. No texto: Leedy (1988 apud RICHARDSON, 1991, p. 417) compartilha deste ponto de vista ao afirmar “os estudantes estão enganados quando acreditam que eles estão fazendo pesquisa, quando de fato eles estão apenas transferindo informação factual [...]”. Margem 5 Segundo UTFPR (2008) esse tipo de citação deve ser evitado, já que a obra original não foi consultada e há risco de má interpretação e incorreções. Indicar, quando utilizada a citação de citação, o nome do autor e o ano da obra original, seguidos do nome do autor efetivamente consultado, do ano da obra e da página consultada. VISITE A PÁGINA Aprendido a regra geral das citações? Mais ainda está com algu- ma dúvida? Então, veja a norma 10520/2002 da ABNT que detalha o uso das citações. Disponível no link. VEJA O VÍDEO! Quer ver mais? Veja o vídeo do idealizador do canal TCC sem dra- ma e veja mais. Disponível no link. Caro (a) estudante, agora vamos aprender como colocar o seu acervo bibliográfico, este que você utilizou para retirar as citações e colocar nas referências. Fique atento! REFERÊNCIAS Segundo a NBR 6023 (2002) as referências, constituem-se de elementos descritivos que permitem a identificação e a localização do documento original e subdividem-se em elementos essenciais, aqueles indispensáveis à identificação do documento, e elementos complementares que, acrescidos aos essen- ciais, permitem, “melhor caracterizar os documentos”. REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO Para sua melhor compreensão segue as regras: • Como orientação geral, indicam-se nas referências todos os autores efetivamente citados no texto. • Têm alinhamento à margem esquerda do texto; • Entre a referência de cada documento deve ter dois espaços simples e o espaço, entre as linhas de uma mesma referência, é simples. • O título do documento deve ser destacado em negrito. • Obedecem a uma ordenação sistemática concordante com o processo de citação utilizado pela NBR 10520 (2002) em numérico (ordem de citação no texto) e alfabético (sistema autor-data). O mais comum é citar em ordem alfabética, neste sistema, as referências são agrupadas ao final do trabalho, em ordem alfabética. http://www.usjt.br/arq.urb/arquivos/nbr10520-original.pdf https://www.youtube.com/watch?v=0QYYk3yAYMw 6 LIVRO – UM AUTOR FAULCSTICH, E. L. Como ler, entender e redigir um texto. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 1996. LIVRO – DOIS OU MAIS AUTORES BARUFFI, H.; CIMADON, A. A metodologia científica e a ciência do Direito. 2. ed. Dourados: Evan- graf, 1997. FOLHETO BRASIL. A educação que produz saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2005. 16 p. GESTÃO DE RESÍ- DUOS SÓLIDOS. São Paulo: Banas, 2007. 10 p. IBICT. Manual de normas de editoração do IBICT. 2. ed. Brasília, DF, 1993. 41 p. DICIONÁRIO HOUAISS, Antônio. (Ed.) Novo dicionário Folha Webster’s: inglês/português, português/inglês. Co-editor Ismael Cardim. São Paulo: Folha da Manhã, 1996. Edição exclusiva para o assinante da Folha de São Paulo. MANUAL BUCHMAN, Alan. Manual de suporte nutricional. São Paulo: Manole, 1997. 188 p. SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Coordenadoria de Planejamento Ambiental. Estudo de impacto ambiental - EIA, Relatório de impacto ambiental - RIMA: manual de orientação. São Paulo, 1989. 48 p. (Série Ma- nuais). WEG S. A. Manual de instalação e manutenção de transformadores. Blumenau: Weg, [19--]. 19 p. CATÁLOGO ERMETO EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS. Bombas. São Paulo: Ermeto, 1986. 22 p. MUSEU DA IMIGRA- ÇÃO (São Paulo, SP) Museu da imigração - S. Paulo: catálogo. São Paulo, 1997. 16 p. INSTITUTO MOREI- RA SALLES. São Paulo de Vincenso Pastore: fotografias: de 26 de abril a 3 de agosto de 1997, Casa de Cultura de Poços de Caldas, Poços de Caldas, MG. [S.I.],1997. 1 folder. Apoio Ministério da Cultura: Lei Federal de Incentivo à Cultura. CD-ROM ÂMBITO DIREITO AMBIENTAL. Água, meio ambiente & vida. [S.l.]: [s.n.], [19--]. 1 disco laser. SEBRAE. Gestão ambiental e o meio ambiente do Distrito Federal. Brasília, DF: UnB- Universidade
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