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Érika Cerri dos Santos UFES 2022/1 OS RECURSOS ORDINÁRIOS Os recursos ordinários estão previstos pela Constituição Federal e pelos arts. 1.027 e seguintes do CPC. Trata-se de um recurso semelhante à apelação; contudo, é julgado pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, que funcionam como órgãos de segundo grau de jurisdição. Ou seja: em regra, o STF e o STJ são competentes para julgar recursos extraordinários, que tem como fim a preocupação com a aplicação correta da lei e da Constituição; contudo, a previu-se hipóteses em que estes órgãos também servem como segundo grau de jurisdição, por meio do julgamento de recursos ordinários. Assim, o recurso ordinário assume a forma de agravo de instrumento ou de apelação naquelas ações que correm no 1º grau de jurisdição, com o 2º grau atribuído constitucionalmente ao STJ. São recursos de fundamentação livre, logo, não estão vinculados a vícios específicos. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE Além dos requisitos comuns aos recursos em geral, é necessário atenção às regras de cabimento. Ressalta-se que aplicam-se a esse tipo de recurso os mesmos requisitos aplicáveis ao recurso de apelação. CABIMENTO Art. 1.027, CPC: Serão julgados em recurso ordinário: I – pelo STF, os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injução decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão. II – pelo STJ: a) Os mandados de segurança decididos em única instancia pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; b) Os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País. §1º Nos processos referidos no inciso II, alínea “b”, contra as decisões interlocutórias caberá agravo de instrumento dirigido ao STJ, nas hipóteses do art. 1.015. §2º Aplica-se ao recurso ordinário o disposto nos arts. 1.013, §3º, e 1.029, §5º.
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