Mecânica dos Solos I - Resumo pt I - Origem e formação dos solos

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MECÂNICA 
DOS SOLOS
ENGENHARIA CIVIL | Eng. Civil Mick S. R. Aquino
RESUMO pt. I – ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SOLOS
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AVISO 
Este documento possui como objetivo listar e resumir conteúdos da disciplina de Mecânica 
Dos Solos I, para fácil entendimento e rápida leitura anterior a testes/provas de acadêmicos do curso
de Engenharia Civil ou estudantes de concurso para esta área.
Este documento reúne anotações de pesquisas em diversos materiais, podendo se embasar
desde em artigos científicos, livros, publicações de blogs até sites especializados, devidamente
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correção e creditação aos respectivos autores.
01 | ROCHAS
Rocha se define como um material sólido formado geralmente por um ou vários minerais ao
mesmo tempo, cada tipo possuindo propriedades mecânicas características.
02 | SOLOS
Solo é o nome dado ao material do qual se forma pela desagregação das rochas. Ocasionado
pelo intemperismo. Existem três tipos de solos:
• Solos Residuais;
• Solos Transportados;
• Solos Orgânicos.
03 | DIAGRAMA DE TRÊS FASES
Os solos são formados por esses três elementos:
ROCHAS SOLOS ÁGUA
AR
SÓLIDOS
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04 | TIPOS DE ROCHAS
1. ÍGNEAS OU MAGMÁTICAS
Formadas pela solidificação do magma que se funde, expelidas pelo manto terrestre.
• ROCHAS ÍGNEAS PLUTÔNICAS / INTRUSIVAS: O magma sofre esfriamento em
processo lento. Os cristais tem tempo de se desenvolver (atingindo tamanhos
possíveis de se observar a olho nu).
• ROCHAS ÍGNEAS VULCÂNICAS / EXTRUSIVAS: O magma sofre esfriamento
em processo rápido. Os cristais não se desenvolvem corretamente (invisíveis a olho
nu).
1.1 Série de Bowen
Consiste em um processo em que, através de um experimento de Bowen no qual ele
produzia magma artificial, ele observou que quando o magma resfriou, os minerais não se
cristalizavam ao mesmo tempo.
Os minerais que se cristalizavam inicialmente eram os de maior ponto de fusão, e em
seguida os de menor ponto de fusão sucessivamente (em ordem decrescente).
Essa série é conhecida como modelo de cristalização fracionada e resulta na alteração da
composição química magmática.
1.2 As séries Contínuas e Descontínuas
Série de reação ferromagnesiana descontínua: os minerais gerados são diferentes em suas
composições químicas e estrutura cristalina.
Série de reação de feldspato plagioclásio contínua: os minerais formados têm diferentes
composições químicas com estrutura cristalina similar.
2. SEDIMENTARES 
Formadas por fragmentos de rochas, resultadas do intemperismo e da erosão, transportados,
depositados e litificados. 
• Cobrem 75% da superfície terrestre;
• 90% dos leitos marinhos;
• 5% do volume da Terra;
• Fontes de material fóssil;
• Rochas sedimentares que se formam a partir da acumulação de fragmentos minerais 
ou de rochas intemperizadas são chamadas de rochas clásticas ou detríticas. (Ex. 
Arenito.)
Exemplos de rochas sedimentares:
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• Arenito;
• Calcário;
• Árcoseo;
• Argilito;
• Conglomerado.
3. METAMÓRFICAS
As rochas metamórficas se originam a partir da transformação de todos os tipos de rochas.
(Metamorfismo)
• Processo que altera a composição e textura das rochas quando são levadas para um 
ambiente com condições diferentes (temperatura e pressão) das de onde se 
originaram;
• Nesses ambientes, as condições podem deixar os minerais e seus grãos instáveis e 
reagir formando outros minerais, cisalhando-se e fornecendo à rocha, uma textura 
foliada.
05 | INTEMPERISMO
A crosta terrestre possui rochas que estão em equilíbrio (solo jovem), mas ao ficar próximas
ou entrarem em contato com a atmosfera, essas rochas sofrem desagregação pela ação do
intemperismo.
Conhecido também por meteorização, o intemperismo está relacionado à alteração físico-
química de minerais e das rochas.
• Influenciado por agentes externos (clima, temperatura, ações do vento e da água…);
• Três tipos diferentes: Físico, Químico e Biológico.
1. INTEMPERISMO FÍSICO
Se determina pelos processos que fragmentam e/ou provocam fissuras em rochas.
• Separam os minerais, que antes eram ordenados de maneira coesa;
• Transforma superfície homogênea em rocha descontínua.
• Os agentes que causam o intemperismo físico são: água corrente, variações de 
umidade e temperatura, congelamento, ação das ondas, do vento, etc.;
• Composição química semelhante à da rocha mãe.
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2. INTEMPERISMO QUÍMICO
Caracteriza-se pelas mudanças químicas resultantes pelas diferenças de pressão e
temperatura das rochas.
• Intensidade desse intemperismo tem a ver com a temperatura, pluviosidade e 
vegetação;
• Poder de desagregação maior que o intemperismo físico (Oxidação, Hidrólise, 
Decomposição por Ácido Carbônico, Decomposição Químico-Biológica);
• Ocorre preferencialmente em regiões intertropicais;
• Solos com predominância desse intemperismo tem a tendência de serem mais finos, 
profundos do que solos com as ações predominantes do intemperismo físico;
• Composição química diferente à da rocha mãe.
3. INTEMPERISMO BIOLÓGICO
Variação do intemperismo químico, possuindo como agentes, seres vivos como bactérias,
plantas e animais.
É apenas um tipo de intemperismo químico que se resulta em um diferente processo.
07 | TIPOS DE SOLOS
1. SOLOS RESIDUAIS
Solos residuais, como o nome sugere, é o tipo de solo que permanecem no seu lugar de
origem, onde a rocha mãe se decompôs.
• Dá para observar a gradual transição de decomposição desse solo até a rocha de 
origem. 
• Velocidade de decomposição é maior que a velocidade de remoção do material por 
agentes externos.
• A velocidade de decomposição é dependente de diversos fatores, entre eles a 
vegetação, regime pluvial e variação de temperatura.
SOLO RESIDUAL MADUROSOLO RESIDUAL MADURO
SOLO RESIDUAL JOVEM (SAPROLITO)SOLO RESIDUAL JOVEM (SAPROLITO)
ROCHA ALTERADAROCHA ALTERADA
ROCHA SÃROCHA SÃ
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Em regiões tropicais, os solos residuais formados são chamados de Lateritas, se originam 
através de uma alternância de secagem e saturação da rocha sã. Com isso, ocorre o aumento da 
concentração de óxidos de ferro e alumina. 
São caracterizados como solos vermelhos, são moles se úmidos e atingem dureza quando 
secam. Solos lateríticos possuem propriedades de alta resistência, pouca expansibilidade mesmo 
tendo propriedades plásticas e baixa deformabilidade.
2. SOLOS TRANSPORTADOS
Solos que se originam em um local, entretanto são transportados para outro local por função 
de algum agente externo (vento, água, gravidade, geleira).
2.1 Solos Eólicos
Solos transportados por ação dos ventos.
Características:
• Grãos arredondados (Constante atrito entre partículas);
• Depositam-se em zona de calmaria;
• Transporte seletivo(areia fina ou silte);
• Grãos com espessura semelhante entre si(curva granulométrica uniforme).
2.2 Solos Aluviares
Solos transportados pela água. Textura de acordo com a velocidade de arrasto e distância a 
qual foram transportados.
Características: 
• Textura condizente com a velocidade de arrasto pela água;
• Camadas granulométricas distintas (Grãos de diferentes tamanhos)
• Transporte de maior capacidade;
• Grãos mais espessos que dos solos eólicos.
2.3 Solos Coluvionares
Solos transportados pela força da gravidade. Se formam em pés de elevações rochosas, 
possuindo textura grossa.
Características:
• Textura heterogênea e não coesivas 
• O solo é homogêneo se a rocha matriz for também.
• Pode ser exemplificado por taludes e deslizamentos de terras.
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3. SOLOS ORGÂNICOS
Originados nos locais em que se formaram, são compostos por acumulação dos restos de 
organismos. Possuem uma quantidade considerável de matéria resultante de decomposição de 
origem vegetal e animal:
• Vegetal: raízes de plantas;
• Animal: Conchas,carapaças e carcaças;
• Argila ou areia fina (fácil identificação por coloração escura);
• Muito compressíveis;
• Encontrados no Brasil em depósitos litorâneos (dezenas de metros em espessura), 
várzeas dos rios e córregos (camadas de 3 m a 10 m);
• Teor em peso de matéria orgânica entre 4 e 20%;
• Elevado índice de vazios, baixa capacidade de suporte e compressibilidade.
	AVISO
	01 | ROCHAS
	02 | SOLOS
	03 | DIAGRAMA DE TRÊS FASES
	04 | TIPOS DE ROCHAS
	05 | INTEMPERISMO
	07 | TIPOS DE SOLOS