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01/03/2021 CAPÍTULO 01 - TEORIA PURA DO DIREITO ● pureza é um princípio metodológico, que diz respeito ao conhecimento do direito, isto é, a teoria ● teoria pura do direito ≠ teoria do direito puro - direito puro inexiste para Kelsen ● na realidade, o direito está em estreita conexão com outras áreas e a T.P.D. não pretende ignorar nem negar isso ● não existe direito natural para Kelsen ● constituição de uma CIÊNCIA DO DIREITO autônoma: delimitação quanto às demais ciências, método específico ● pressupostos: 1) direito como um fenômeno social: refutação do jusnaturalismo → posição positivista e normativista 2) direito como um fenômeno normativo: direito como um conjunto de normas - normas jurídicas são produzidas em sociedade pela vontade humana - cisão entre “ser” e “dever ser” 3) ciência do direito tem por objeto exclusivo as normas jurídicas - analisa, portanto, o “dever ser” - daí a sua “pureza” 4) dever ser jurídico: objetividade e coatividade 5) direito como uma ordem coativa de conduta - sanção é essencial - “normas não autônomas” 03/03/2021 CAPÍTULO 03 - TEORIA PURA DO DIREITO ● ciência vs objeto da ciência - física vs natureza - sociologia vs sociedade - ciência do direito vs direito - física, sociologia e ciência do direito são as ciências que estudam; natureza, sociedade e direito são os objetos estudados ● a ciência do direito estuda a norma e não a conduta ● as relações humanas e sociais não são consideradas pela ciência jurídica, apenas de modo indireto ● a ciência do direito descreve o direito, ou seja, descreve normas jurídicas - direito = norma jurídica/ prescrição jurídica - norma jurídica tem a estrutura básica elementar “Se A, deve ser B” → A e B são duas condutas previstas no conteúdo da norma. Ex.: Se uma pessoa matar (A) outra, deve ser punida com X anos de prisão (B) - a norma jurídica tem caráter imperativo/ prescritivo: é uma ordem para que seja aplicada a sanção B caso seja praticada a conduta A ● segundo Kelsen, a descrição das normas jurídicas pela ciência do Direito precisa utilizar a mesma linguagem básica: “deve ser” - Segundo o Direito Penal vigente no Brasil, uma pessoa que mata a outra deve ser punida com X anos de prisão (correto) - Segundo o Direito Penal vigente no Brasil, uma pessoa que mata a outra será punida com X anos de prisão (incorreto) ● o “dever ser” da norma não pode ser transformado em “ser” - como ciência, não se pode afirmar que algo VAI acontecer, e sim que DEVE acontecer ● a ciência do direito é um conjunto de proposições jurídicas, as quais descrevem as normas jurídicas ● a norma jurídica não quer explicar nada, é apenas um mandamento; já a proposição jurídica busca explicar a norma jurídica - “O direito prescreve, permite, confere poder ou competência - não ‘ensina’ nada.” norma jurídica sentido prescritivo válida ou inválida dirigida à vontade proposição jurídica sentido descritivo verdadeira ou falsa dirigida ao entendimento ● ciência causal vs ciência normativa | causalidade vs imputação - a ciência do direito tem uma natureza diferente das ciências que estudam processos naturais - a ciência do direito NÃO é causal, é normativa ● ciências causais: - são aquelas que explicam o seu objeto apontando quais são as suas causas (por que X coisa acontece) - descrição a partir do princípio da causalidade: “Se A, é/será B” - objeto: “ser” - ciência natural e a maior parte das sociais - CAUSALIDADE: causa-efeito; necessidade ou alta probabilidade; ausência da vontade (o efeito não é escolhido para cada causa); pode ter ou tende a ter uma cadeia infinita (um efeito pode ser a causa para outro efeito e assim segue) ● ciências normativas - ciências que estudam normas: ciência do direito e a ciência da ética - descrição a partir do princípio da imputação: “Se A, deve ser B” - objeto: deve ser - não estuda fatos no plano do “ser” - não é uma consequência para uma certa causa, mas é uma consequência que deve ser aplicada para determinada causa - IMPUTABILIDADE: hipótese-consequência; dever; pressupõe vontade (alguém escolhe a consequência de determinada conduta); cadeia finita - “A” e “B” da imputabilidade não podem ser chamados de “causa e consequência” - “B” é sempre uma consequência devida para “A”, mas não é necessária e nem é garantido que aconteça ● ciência do direito é uma ciência social normativa que descreve normas jurídicas (dever ser) a partir do princípio da imputação ● divide-se em dois grandes setores: - teoria jurídica estática: trata da teoria da norma, quais elementos que compõem uma norma jurídica - teoria jurídica dinâmica: busca entender as normas a partir da sua relação com outras normas - NÃO CONFUNDIR COM: SISTEMA NORMATIVO ESTÁTICO E SISTEMA NORMATIVO DINÂMICO
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