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26/02/2022 17:42 Situações Clínicas Comuns em Idosos https://dms.ufpel.edu.br/ma-idoso#comp/caso-progresso/533428b141e46f1567000000 1/13 Você já respondeu 3 das 5 questões deste caso. Sua média de acertos até agora é de 65,33%. Caso Anamnese Voltar para o índice de Casos Interativos Incapacidade ou imobilidade? Senhora de 83 anos com redução da mobilidade após fratura de fêmur. Publicado em 27 de Março de 2014 Autores: Patrícia Mirapalheta Pereira, Fernanda dos Santos, Celmira Lange Editores: Anaclaudia Fassa e Luiz Augusto Facchini Editores Associados: Everton José Fantinel, Samanta Bastos Maagh, Deisi Cardoso Soares, Adriana Roese, Rogério da Silva Linhares, Thiago Marchi Martins, Marília Leão Goettems RECOMEÇAR CONTINUAR O.S. 83 anos Aposentada Queixa principal Idosa com redução da mobilidade que iniciou após fratura de fêmur devido a queda. Histórico do problema atual M eu P ro gr es so 26/02/2022 17:42 Situações Clínicas Comuns em Idosos https://dms.ufpel.edu.br/ma-idoso#comp/caso-progresso/533428b141e46f1567000000 2/13 Histórico Equipe da Estratégia de Saúde da Família (ESF) realiza Visita Domiciliar (VD) a O.S. que se queixa de redução da mobilidade. Encontram-na acamada, em uso de fraldas, em péssimas condições de higiene corporal, depressiva, e com o membro inferior direito (MID) elevado. A idosa relata dor em membro inferior direito que se iniciou há três dias. Realizou cirurgia para colocação de prótese devido fratura de fêmur à direita, após colisão com o cão de seu sobrinho há seis meses. Em decorrência disso, apresenta dificuldade para sair da cama, medo de cair, constipação intestinal e emagrecimento. Sobrinho de O.S. relata que a idosa mantém-se sonolenta na maior parte do dia. A partir dos problemas levantados a equipe conversa com o cuidador sobre os cuidados que devem ser prestados à idosa. Revisão de sistemas Presença de eritema, calor, dor, edema e empastamento de panturrilha em MID. Acamada por períodos prolongados, em uso de fraldas, mobilidade reduzida e emagrecida. Eliminação vesical presente em fraldas e presença de constipação intestinal. Relata perda de pequena quantidade de urina ao tossir ou espirrar. Faz uso de fraldas durante o turno da noite. Não evacua há quatro dias, urina concentrada em fralda. História social Senhora O.S. reside sozinha em uma casa de alvenaria, muito humilde, localizada nos fundos do pátio de seu sobrinho. O domicílio é pequeno, com péssimas condições de higiene, pouca iluminação natural, tornando o ambiente úmido. O.S. permanece a maior parte do tempo em seu quarto, sai da cama com ajuda de uma bengala, para se dirigir até o banheiro e cozinha. A casa apresenta apenas três cômodos, quarto, cozinha e banheiro. A idosa é supervisionada pelo seu sobrinho que permanece pouco tempo em casa, devido a sua profissão, o que dificulta o cuidado com a idosa. O.S. tem três filhos que residem em outro estado e pouco a visitam. As refeições da idosa são preparadas pela vizinha diariamente a pedido do seu sobrinho. Antecedentes pessoais O.S. tem Diabetes Mellitus (DM) desde os 56 anos. Parou de fumar há 18 anos. Medicações em uso Insulina NPH, 20 UI pela manhã e 15 UI à noite. M eu P ro gr es so 26/02/2022 17:42 Situações Clínicas Comuns em Idosos https://dms.ufpel.edu.br/ma-idoso#comp/caso-progresso/533428b141e46f1567000000 3/13 Exame Físico Saiba Mais Antecedentes familiares Sem antecedentes familiares de risco. Lúcida, orientada e comunicativa PA: 120/80 mmHg Peso: 52 kg Estatura: 1,62 m IMC= 19.8 kg/m2 Glicemia capilar: 246 mg/dL Temperatura: 37,6ºC FR: 25 mrpm FC: 74 bpm Ausculta cardíaca: bulhas normofonéticas, 2 tempos, sem sopros. Ausculta pulmonar: murmúrios vesiculares diminuídos bilateralmente. Abdômen: presença de ruídos hidroaéreos diminuídos, distendido e doloroso à palpação. Membro inferior direito com presença de edema 3+/4+, hiperemia e calor em terço distal, força reduzida. Membro inferior esquerdo inalterado. Modalidades de Atenção Domiciliar “Modalidade AD1 Atenção Básica: Destina-se a pacientes que possuam problemas de saúde controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde; e/ou pacientes que necessitem de cuidados de menor intensidade, incluídos os de recuperação nutricional, de menor frequência de visitas, com menor necessidade de recursos de saúde e dentro da capacidade de atendimento de todos os tipos de equipes que compõem a atenção básica. Modalidade AD2/ AD3- Melhor em Casa (SAD): Destina-se, na modalidade AD2, a usuários que possuam problemas de saúde e dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde e que necessitem de maior frequência de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento contínuo, podendo ser oriundos de M eu P ro gr es so 26/02/2022 17:42 Situações Clínicas Comuns em Idosos https://dms.ufpel.edu.br/ma-idoso#comp/caso-progresso/533428b141e46f1567000000 4/13 diferentes serviços da rede de atenção, com necessidade de frequência e intensidade de cuidados maior que a capacidade da rede básica. A modalidade AD3 destina-se aos usuários semelhantes aos da AD2, mas que façam uso de equipamentos específicos. São pacientes de maior complexidade que dificilmente terão alta dos cuidados domiciliares. Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD) Modalidade AD2: aos usuários que possuam problemas de saúde e dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma UBS e que necessitem de maior frequência de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento contínuos, podendo ser provenientes de diferentes serviços da rede de atenção. A prestação de assistência à saúde na modalidade AD2 é de responsabilidade da equipe multiprofissional de atenção domiciliar (EMAD) e da equipe multiprofissional de apoio (EMAP). Modalidade AD3: destinada aos usuários que possuam problemas de saúde e dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde, com necessidade de maior frequência de cuidado, recursos de saúde, acompanhamento contínuo e uso de equipamentos, podendo ser oriundos de diferentes serviços da Rede de Atenção à Saúde. A prestação de assistência à saúde na modalidade AD2 é de responsabilidade da equipe multiprofissional de atenção domiciliar (EMAD) e da equipe multiprofissional de apoio (EMAP), ambas designadas para essa finalidade. A EMAD é a principal responsável pelo cuidado do paciente domiciliado. A diferença entre as EMADs e as equipes de atenção básica está no tipo de atendimento prestado (especializado para pacientes domiciliados) e na composição da equipe profissional, que deverá conter, minimamente: I. 1 ou 2 profissionais médicos, com somatório de carga horária semanal (CHS) de, no mínimo, 40 (quarenta) horas; II. 1 ou 2 profissionais enfermeiros, com somatório de CHS de, no mínimo, 40 (quarenta) horas; III. 3 ou 4 (pois pode ser 3 profissionais de 40h ou 4 profissionais de 30h); IV. Profissional fisioterapeuta e/ou assistente social, com somatório de CHS de, no mínimo, 30 (trinta) horas. No caso dos fisioterapeutas e assistentes sociais, poderão ser adotados outros arranjos. Veja na Portaria GM/MS 1.533, de 16 de julho de 212. Porém, atenção: nenhum profissional componente da EMAD poderá ter carga horária semanal inferior a 20 (vinte) horas. M eu P ro gr es so 26/02/2022 17:42 Situações Clínicas Comuns em Idosos https://dms.ufpel.edu.br/ma-idoso#comp/caso-progresso/533428b141e46f1567000000 5/13 Escolha múltiplaQuestão 1 Quais os problemas levantados durante a Visita Domiciliar a Sra. O.S.? Equipe Multiprofissional de Apoio (EMAP) Modalidade AD2: aos usuários que possuam problemas de saúde e dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma UBS e que necessitem de maior frequência de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento contínuos, podendo ser oriundos de diferentes serviços da rede de atenção. A prestação de assistência à saúde na modalidade AD2 é de responsabilidadeda equipe multiprofissional de atenção domiciliar (EMAD) e da equipe multiprofissional de apoio (EMAP), ambas designadas para esta finalidade. Modalidade AD3: àqueles que possuam problemas de saúde e dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde, com necessidade de maior frequência de cuidado, recursos de saúde, acompanhamento contínuo e uso de equipamentos, podendo ser oriundos de diferentes serviços da Rede de Atenção à Saúde. A prestação de assistência à saúde na modalidade AD2 é de responsabilidade da equipe multiprofissional de atenção domiciliar (EMAD) e da equipe multiprofissional de apoio (EMAP), ambas designadas para essa finalidade. A EMAP deverá oferecer apoio à EMAD, bem como às equipes de atenção básica (inclusive equipes de Saúde da Família e Núcleos de Apoio à Saúde da Família). Sua composição mínima deverá conter 3 (três) profissionais de nível superior, escolhidos entre oito diferentes ocupações: I. Assistente social; II. Fisioterapeuta; III. Fonoaudiólogo; IV. Nutricionista; V. Odontólogo; VI. Psicólogo; VII. Farmacêutico; e VIII. Terapeuta ocupacional” (BRASIL, 2013) Incapacidade funcional M eu P ro gr es so 26/02/2022 17:42 Situações Clínicas Comuns em Idosos https://dms.ufpel.edu.br/ma-idoso#comp/caso-progresso/533428b141e46f1567000000 6/13 80 / 100 acerto A idosa apresenta glicemia capilar de 246 mg/dl o que está acima do preconizado que é 100 mg/dl. A incontinência urinária é uma condição comumente encontrada nos idosos, especialmente entre as mulheres. Existem vários tipos de incontinência urinária que demandam diferentes abordagens terapêuticas. A constipação intestinal se associa com hábitos de vida, principalmente a inatividade física e alimentação não saudável. No caso de O.S., a imobilidade pode promover ou agravar a constipação. A mudança de atitude e limitações encontradas pela paciente após a fratura de fêmur evidenciam a síndrome da imobilidade, que por sua vez, está correlacionada e é uma consequência da incapacidade funcional. O fato de possuir somente o sobrinho como cuidador, mostra a rede de apoio limitada. Saiba mais Glicemia capilar baixa Síndrome da Imobilidade Incontinência urinária Constipação intestinal Incontinência Urinária (IU) A incontinência urinária (IU) é definida como a eliminação involuntária de urina em qualquer quantidade e frequência suficientes para provocar prejuízos sociais ou à saúde. Sua prevalência aumenta com o envelhecimento e é maior em mulheres. É considerada um “gigante da geriatria”, pois pode trazer inúmeras consequências sociais, como depressão, redução da autoestima, afastamento de atividades sociais e mesmo do relacionamento íntimo, e repercussões clínicas como quedas, fraturas, infecções cutâneas e úlceras por pressão. (CHAIMOWICZ, 2013, p. 73). A IU pode ser dividida em: M eu P ro gr es so 26/02/2022 17:42 Situações Clínicas Comuns em Idosos https://dms.ufpel.edu.br/ma-idoso#comp/caso-progresso/533428b141e46f1567000000 7/13 - Incontinência urinária transitória: tem causa específica e potencialmente reversível como constipação intestinal, fecaloma, confusão mental, dificuldade de locomoção, infecções do trato urinário, entre outras. - Incontinência urinária estabelecida: pode ser classificada em incontinência urinária funcional, de urgência, de esforço e de transbordamento. A incontinência urinária funcional pode surgir subitamente após uma fratura, AVC ou qualquer doença debilitante aguda, como uma gripe forte, e a partir daí pode se tornar incontinência urinária estabelecida quando a situação que a desencadeou se tornar crônica como a osteoartrose grave, a Doença de Parkinson e a hemiplegia após um AVC. Muitas vezes, além da dificuldade de locomoção, o tempo disponível para chegar ao banheiro esta diminuído pela presença de urgência urinária. O tratamento da incontinência urinária é dividido em quatro etapas: - 1º etapa: diagnosticar a incontinência urinária fazendo perguntas aos pacientes idosos, como: O senhor (ou a senhora) costuma perder um pouco de urina na roupa? É um pouquinho, quando tosse, espirra, levanta-se ou da uma corridinha? Acontece às vezes uma vontade tão forte que quase não dá para chegar ao banheiro? Caracterize se há prejuízo social ou à saúde e estará feito mais um diagnóstico de incontinência urinária. - 2º etapa: definir o tipo de incontinência urinária: questione se há sensação de urgência precedendo a perda. - 3º etapa: identificar e tratar causas predisponentes se há causas de incontinência urinária transitória incluindo uso de medicamentos. - 4º etapa: tratamento não-farmacológico: restrição de ingesta líquida e elevar membros inferiores para iniciar a reabsorção do edema, e assim reduzir a nictúria. Também pode-se realizar os exercícios de Kegel. O ginecologista Arnold H. Kegel, nascido em 1894, desenvolveu uma técnica tão simples e eficiente que até hoje é a principal estratégia para tratar IU de esforço. Ela fortalece o músculo pubococcígeo (MPC) que circunda o ânus, uretra e vagina e pode interromper voluntariamente a micção. (CHAIMOWICZ, 2013, p. 79-80). Exercícios de Kegel Primeiramente, deve-se localizar o músculo pubococcígeo (MPC) tentando interromper a micção. Além de interromper a micção, ele é o músculo utilizado para evitar a eliminação de gases. Se ocorrer dúvidas, deve-se introduzir um dedo na vagina e tentar contrair o músculo; se perceber a contração ao redor do dedo encontrou o músculo certo. Em seguida, na posição deitada, fazer contrações do MPC enquanto apalpa o abdome, nádegas e coxas. Se estiver contraindo somente o MPC (o que é necessário para os exercícios) não perceberá contração desses outros grupos musculares. Uma vez por mês deverá repetir a manobra para M eu P ro gr es so 26/02/2022 17:42 Situações Clínicas Comuns em Idosos https://dms.ufpel.edu.br/ma-idoso#comp/caso-progresso/533428b141e46f1567000000 8/13 Escolha múltiplaQuestão 2 Quais os fatores predisponentes da Síndrome de Imobilidade apresentados pela idosa? 33 / 100 acerto As causas do comprometimento da mobilidade são multifatoriais, predominando as neurológicas e musculoesqueléticas. Os principais fatores predisponentes e de risco para a síndrome de imobilidade envolvem a polipatogenia, aspectos econômicos, ambientais, psicológicos e sociais. Entre esses fatores, no caso de O.S. destacam-se a fratura óssea que a levou ao repouso prolongado no leito, o isolamento social, e a depressão. O certificar-se de que continua exercitando a musculatura correta. Mas, atenção: o procedimento de interromper o jato urinário deverá ser usado somente para esta finalidade; se repetido muitas vezes favorece o surgimento de cistite. Mantendo-se na posição deitada fazer 10 contrações lentas do MPC, durando três segundos cada. Em seguida, fazer 10 contrações rápidas; nestas não manter a contração e relaxar completamente após cada contração. Fazer quatro séries (10 rápidas e 10 lentas) por dia, variando a posição (de pé, sentada e deitada). E aos poucos, ir aumentando a duração das contrações lentas e o número de contrações lentas e rápidas em cada série. (CHAIMOWICZ, 2013, p. 80-81). Emagrecimento Glicemia capilar elevada Fratura óssea Isolamento social Restrição física Depressão M eu P ro gr es so 26/02/2022 17:42 Situações Clínicas Comuns em Idosos https://dms.ufpel.edu.br/ma-idoso#comp/caso-progresso/533428b141e46f1567000000 9/13 emagrecimento apresentado pela idosa não é fator de risco para a Síndrome de Imobilidade e sim uma consequência desta. A glicemia capilar elevada não é fator predisponente da Síndrome da Imobilidade. Saiba mais Imobilidade é definida como a incapacidade de um indivíduo de se deslocar sem o auxílio de outras pessoas, com a finalidade de atender as necessidades da vida diária e inclui um conjunto de sinais e sintomas decorrentes da imobilidade, restrição a uma poltrona ou ao leito, por tempo prolongado, associada a múltiplas causas e com implicaçõesfísicas e psicológicas que pode levar ao óbito. É caracterizada por sinais e sintomas resultantes da limitação de movimentos e da capacidade funcional que provocam empecilho a mudança postural e a translocação corporal. Alguns idosos apresentam tendência a permanecer deitados por muito tempo quando suas dificuldades de locomoção estão aumentadas. A imobilidade pode ser temporária e crônica. É definida como temporária no caso de fraturas, cirurgias, internações, doenças agudas e infecções. E pode ser crônica, nos casos de demências, depressão grave, astenia, doenças cardiorrespiratórias, dor crônica, neoplasias, fraturas e suas complicações, distúrbios de marcha, fobia de queda e sequela de AVC. Os principais fatores predisponentes e de risco para a Síndrome de Imobilidade envolvem a polipatogenia, aspectos econômicos, ambientais, psicológicos e sociais. Entre esses fatores, destacam-se o repouso prolongado no leito, doenças neurológicas que se acompanham de contraturas, limitação da marcha e do equilíbrio; depressão e demência; cardiopatias e pneumopatias crônicas, que restringem as atividades. Doenças reumáticas podem provocar um quadro doloroso e deformidades, levando o idoso a permanecer no leito e desencadeando a síndrome. Há ainda os idosos com estado nutricional precário, uso excessivo de medicamentos ou problemas decorrentes de iatrogenia evidenciados por fraqueza muscular, tonteira e insegurança na locomoção. Na síndrome de imobilidade é comum a constatação de várias complicações, como a dependência para realizar as atividades da vida diária, levando à institucionalização, à desintegração familiar e social. As complicações não ocorrem isoladamente; é preciso abordar o idoso em sua integralidade e especificidade. (CHAIMOWICZ, 2013). M eu P ro gr es so 26/02/2022 17:42 Situações Clínicas Comuns em Idosos https://dms.ufpel.edu.br/ma-idoso#comp/caso-progresso/533428b141e46f1567000000 10/13 Escolha múltiplaQuestão 3 Quais são consideradas ações de prevenção da síndrome de imobilidade? Complicações físicas da síndrome de imobilidade - Sistema tegumentar: dermatites, principalmente dermatite amoniacal, dermatofitoses; atrofia da pele, escoriações e equimoses; úlcera por pressão (mais comuns nas proximidades das proeminências ósseas: maléolos, escápulas, calcanhares, ombros, côndilos dos joelhos, cotovelos, trocanter, orelhas, sacro e tuberosidade dos ísquios). - Sistema músculo esquelético: perda de massa; perda de força muscular; - Sistema articular: redução da amplitude dos movimentos; rigidez articular; tendência à contratura em flexão. - Sistema cardiovascular: trombose venosa profunda (edema unilateral, eritema, dor, empastamento da panturrilha, aumento da temperatura local): hipotensão postural. - Sistema urinário: retenção urinária e 'bexigoma'; infecções do trato urinário; incontinência urinária. - Sistema digestivo: anorexia; constipação intestinal e formação de fecaloma; incontinência fecal. - Sistema neuropsíquico: diminuição da tolerância à dor; alterações do sono, ansiedade, agitação, irritabilidade; delirium; depressão. - Sistema respiratório: diminuição da capacidade respiratória, aumento das secreções e diminuição do reflexo de tosse; pneumonia de aspiração e broncopneumonia. (CHAIMOWICZ, 2013, p. 148) Estimular a independência Identificar fatores de risco Evitar a restrição no leito Estimular a mobilidade Controle e uso correto de medicações M eu P ro gr es so 26/02/2022 17:42 Situações Clínicas Comuns em Idosos https://dms.ufpel.edu.br/ma-idoso#comp/caso-progresso/533428b141e46f1567000000 11/13 83 / 100 acerto É fundamental que os fatores de risco para Síndrome da Imobilidade sejam identificados assim que possível. Assim, o estímulo à mobilidade e evitar que a paciente fique restrita ao leito contribui para prevenir que se desenvolvam complicações. A atividade física deve ser estimulada na velhice, e não evitada, em virtude de seus inúmeros benefícios. A polifarmácia é frequentemente observada em idosos, sendo uma consequência da sobrecarga de doenças nesta faixa etária. Além do grande número de medicações utilizadas, problemas visuais, auditivos e cognitivos colaboram para erros na administração das medicações que promovem a imobilidade e perda da capacidade funcional. Este fator poderia ser reduzido com a orientação adequada e revisão de todas as medicações em uso quando o idoso for atendido por um profissional de saúde, assim como avaliar a capacidade funcional do paciente, suas limitações físicas e cognitivas e, nos casos apropriados, identificar um familiar ou outra pessoa que possa supervisionar diariamente as medicações do paciente. Saiba mais Evitar atividade física Importância da Atividade Física na velhice O envelhecimento da população é um dos maiores triunfos da humanidade e também um dos nossos grandes desafios. Ao entrarmos no século XXI, o envelhecimento global causará um aumento das demandas sociais e econômicas em todo o mundo. No entanto, as pessoas da 3ª idade são, geralmente, ignoradas como recurso quando, na verdade, constituem recurso importante para a estrutura das nossas sociedades. (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2005, p.8). A Organização Mundial da Saúde define Envelhecimento Ativo como um processo de produzir condições apropriadas para o melhor desenvolvimento de oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas. A participação em M eu P ro gr es so 26/02/2022 17:42 Situações Clínicas Comuns em Idosos https://dms.ufpel.edu.br/ma-idoso#comp/caso-progresso/533428b141e46f1567000000 12/13 Escolha múltiplaQuestão 4 Quais as orientações referentes ao cuidado da Sra. O.S. poderão ser realizadas à idosa e seu cuidador? atividades físicas regulares e moderadas pode retardar declínios funcionais, além de diminuir o aparecimento de doenças crônicas em idosos saudáveis ou doentes crônicos. Por exemplo, uma atividade física regular e moderada reduz o risco de morte por problemas cardíacos pode reduzir substancialmente a gravidade de deficiências associadas à cardiopatia e outras doenças crônicas. Uma vida ativa melhora a saúde mental e frequentemente promove contatos sociais. (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2005). A inatividade física é um dos fatores de risco mais importantes para as doenças crônicas, associadas à dieta inadequada e uso do fumo. É bastante prevalente a inatividade física entre os idosos. O estilo de vida moderno propicia o gasto da maior parte do tempo livre em atividades sedentárias, como por exemplo, assistir televisão. É preciso lembrar que saúde não é apenas uma questão de assistência médica e de acesso a medicamentos. A promoção de 'estilos de vida saudáveis' é encarada pelo sistema de saúde como uma ação estratégica. (BRASIL, 2007, p. 21). A atividade física regular pode ajudar pessoas idosas a ficarem independentes o máximo possível, por período de tempo mais longo. Também pode reduzir o risco de quedas. Portanto, há importantes benefícios econômicos quando os idosos são fisicamente ativos. Portanto, faz-se fundamental propiciar áreas seguras para caminhadas e apoiar atividades comunitárias culturalmente apropriadas que incentivem a atividade física e que sejam organizadas e lideradas pelos próprios idosos. (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2005, p.23). Rever o uso da insulina NPH Evitar o uso prolongado do leito Estimular a higiene corporal Iniciar tratamento para depressão e trombose venosa profunda Buscar a independência nas atividades da vida diária M eu P ro gr es so 26/02/2022 17:42 Situações Clínicas Comuns em Idosos https://dms.ufpel.edu.br/ma-idoso#comp/caso-progresso/533428b141e46f1567000000 13/13 Proibir a idosa de sair de casa SELECIONE Coordenação: Anaclaudia Gastal Fassa e Luiz Augusto Facchini M eu P ro gr es so Highlight 5 - Quais os fatores de risco apresentados pela idosa para Trombose Venosa Profunda? Ex-tabagista - essaDiabetes Mellitus Uso prolongado de ACO Idade - essa Cirurgia traumatológica prévia - essa Fratura óssea - essa