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Seminários científicos
‘O dicionário Larousse da Língua Portuguesa, em sua edição de 2001, define a palavra “seminário” como congresso científico ou cultural, com exposição seguida de debates, ou uma aula de nível universitário, com exposição e discussão de temas específicos.’
Logo, quem participa de um seminário espera que aquele que o expõe esteja qualificado e preparado não somente para expor suas ideias, mas para desfazer dúvidas posteriores e debater seus argumentos com outras pessoas.
É preciso ter em mente que a busca por reflexões mais profundas sobre uma determinada questão ou um problema é o alvo de um seminário científico. Deste modo, ele é um método importante de estudo, sobretudo quando voltado ao mundo universitário.
A PRÁTICA DO SEMINÁRIO EM SALA DE AULA
‘Em outros momentos da vida escolar, antes da graduação, é habitual organizar seminários. Com o objetivo de que todos os alunos tomem contato com determinadas ideias, a atividade é proposta e os temas são escolhidos ou divididos em grupos que se encarregam deles.’
Feita a divisão de tarefas, na hora de iniciar o trabalho relativo aos temas, os estudantes sentem-se despreparados, realizando exposições orais desorganizadas ou sem aprofundamento. Enquanto isso, os demais estudantes não se sentem preparados para o momento de expor os temas que não lhes cabem. Em síntese, por essas e outras causas, nem sempre o seminário atende aos objetivos propostos.
 Já na graduação, pelas definições de Antônio Joaquim Severino, no livro Metodologia do trabalho científico, publicado em 2002, o seminário leva seus participantes a um contato estreito com um texto básico, criando condições de análise rigorosa, levando-os à compreensão da mensagem central do texto e de seu conteúdo temático, gerando condições de interpretar o conteúdo, adotando uma postura crítica em relação à sua mensagem; de discussão do problema enfocado, mesmo que ele seja apontado de forma implícita.
É esperado, portanto, que não apenas quem fez o seminário esteja a par do tema abordado, mas que os demais participantes estejam preparados para a recepção do tema, seu entendimento e discussão. Assim, o seminário vai além do conhecimento sobre determinado problema ou do resultado da pesquisa.
Como Maria Margarida de Andrade aponta, no livro Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação: noções práticas, de 2002, a etimologia da palavra "seminário" traz o termo latino seminarium, que remete à ideia de “semente”. Isso quer dizer que o seminário traz em si o germinar de sementes na forma de ideias e pesquisas. Para que isso se efetive, algumas condições são exigidas. Dentre elas, a autora elenca:
Capacidade de pesquisa;
Capacidade de organização, reflexão e análise sistemática de fatos;
Hábito de raciocínio lógico, com interpretação crítica de trabalhos mais avançados;
Exatidão e honestidade intelectual nos trabalhos.
A pesquisa é a essência do seminário, uma vez que ele leva à discussão e ao debate. Para isso, é necessário que as competências que permitem a organização das ideias, a análise, a interpretação e a crítica sejam desenvolvidas, contribuindo para a formação dos participantes.
EXPLICANDO: Competência corresponde à habilidade, saber, aptidão e idoneidade. Entende-se que é competente aquele que é suficiente e hábil, que se desenvolveu e é capaz de, no caso, organizar as ideias, analisá-las, interpretá-las e discuti-las.
Para a ocorrência de um seminário, os participantes devem ter contato com o texto a ser abordado com antecedência, a fim de que se proceda uma leitura analítica que possibilite ponderações durante sua apresentação.
Por outro lado, o participante deve empregar a escuta dinâmica durante o seminário, lembrando que, com base em Hendrie Weisinger, autor de Inteligência emocional no trabalho, de 1997: 
A maioria de nós nasce sabendo ouvir, mas saber escutar é uma técnica que temos que aprender. A escuta dinâmica é uma prática da inteligência emocional que traz um alto grau de autoconsciência para o processo de compreender e reconhecer a outra pessoa e responder a ela. A função da autoconsciência é observar o modo como permitimos que nossos filtros pessoais bloqueiem e às vezes transformem as informações que deveríamos estar recebendo, como também evitar que sejamos contagiados pelo subentendido emocional das afirmações de outrem (p. 135).
Desta maneira, para que o sucesso de um seminário seja alcançado, levando à formação de todos os participantes do evento, há que se valer da escuta dinâmica, mas sem qualquer tipo de filtro pessoal, tais como predileção, seleção de fatos ou distração, visto que são elementos que interferem na análise, interpretação e crítica.
A PREPARAÇÃO PARA O SEMINÁRIO DE CARÁTER CIENTÍFICO
Durante a graduação, alguns professores podem solicitar ao estudante que organize um seminário científico, visto que não apenas quem já exerce a profissão faz esse tipo de atividade. Mas, para elaborar um seminário, não basta realizar a leitura de determinado texto e apresentá-lo posteriormente. De início, com a leitura, o texto é analisado e um fichamento é produzido.
EXPLICANDO: Maria Lúcia Aranha e Maria Helena Martins, nas páginas 328 e 329 do livro Temas de Filosofia, de 2005, descrevem o fichamento como uma técnica de estudo que se resume a anotações das partes mais relevantes de um texto que, num levantamento mais completo sobre certo tema, é separado em tópicos. Visto que um assunto apresenta uma sequência de subdivisões, é possível ainda fazer uma ficha separada para cada ideia, indicando o tópico e o subtópico ao qual faz referência.
Esse tipo de trabalho exige organização e planejamento do percurso e da exposição do seminário, contando com o auxílio de um professor ou coordenador que indique uma bibliografia básica, orientando o estudante após a definição do tema no que diz respeito à seleção de fontes como livros, revistas, artigos, depoimentos, documentos (leis, registros de cartórios ou cartas), teses, instituições, pesquisas e relatórios, sites específicos etc.
No entanto, cabe ao estudante pesquisar, se aprofundar sobre o tema e buscar informações novas em todas as fontes disponíveis, de modo a tomar posse do assunto e se tornar uma espécie de autoridade sobre ele, fazendo com que as etapas de preparação e comunicação do seminário sejam desempenhadas com qualidade.
É importante ressaltar que uma das principais fontes de informação na atualidade é a internet, que, através de sites de busca, permite o levantamento de infinitas possibilidades de fontes sobre temas e assuntos variados. Porém, em geral, sites de confiança pertencem a museus, universidades, jornais, revistas, fundações de pesquisa, institutos culturais, etc. Logo, é preciso buscar fontes fidedignas e que não lancem por terra nossas pesquisas.
Nesse momento, para fins de orientação, a presença do professor ou coordenador é necessária. Ao final da exposição, ele intermedeia os debates e promove uma apreciação orientadora e crítica do trabalho exposto. Entretanto, se a situação é a do profissional cujo seminário está sob sua total responsabilidade, um roteiro básico para seminários é sugerido no livro Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação – noções práticas, publicado em 2002 por Andrade:
Escolha do tema;
Delimitação do assunto;
Pesquisa ampla, principalmente bibliográfica;
Anotações, em fichas, do material coletado;
Análise e seleção do material;
Plano geral do trabalho, bem pormenorizado;
Organização do assunto em tópicos;
Elaboração de um roteiro a ser distribuído entre os participantes;
Redação de fichas-guia para orientar a exposição;
Preparação do material de ilustração, como cartazes, slides e projeções;
Revisão crítica do conteúdo, com verificação do material de ilustração, do roteiro, e das fichas que guiarão a exposição;
Fixação de critérios e ensaio para definir o vocabulário a ser empregado, uso de ilustrações, tempo para a exposição e espaço para debates.
Além disso, o tema deve ser interessante para quem executar o trabalho de pesquisa, ressaltandoo item alusivo à delimitação do assunto. Escolhido o tema, as possibilidades de pesquisa podem ser tantas que o encarregado pelo seminário se perde diante dos inúmeros caminhos a se tomar. A presença do orientador é vital nestes momentos, auxiliando em relação à focalização do tema, levando o olhar de quem pesquisa a se concentrar em um determinado ponto. Quando não há quem cumpra tal papel, cabe ao pesquisador ficar atento para não se perder frente às opções, o que pode incidir em um trabalho superficial e que não contribua para a formação dos participantes.
Quanto às ilustrações, Andrade (2002) sugere atenção aos detalhes, devendo-se optar pela elaboração de cartazes, slides e material de projeção com poucos dizeres, considerando fontes e tamanhos que facilitem a leitura, com desenhos bem feitos, simples e claros, acompanhados de legendas (se indispensáveis).
Antes do seminário, outros artigos merecem atenção, como a verificação dos meios físicos ou virtuais que servirão de base para a materialização do texto. De nada adiantará preparar em detalhes todos os itens se, por exemplo, não houver computador e projetor, se uma tomada não estiver funcionando ou se a luminosidade for excessiva e não permitir que os participantes acompanhem a exposição. 
O DESENVOLVIMENTO E A CONCLUSÃO DO SEMINÁRIO
Observados todos os itens, é chegada a hora da exposição. A fim de evitar improvisações, surge a obrigação de um novo planejamento de ações, como Severino (2002) indica, na página 70 de seu livro:
1
Introdução, feita por um professor ou coordenador;
Apresentação, ponderando as obrigações e os procedimentos a serem adotados pelos participantes durante o seminário, no caso de seminários feitos em grupo, e cronograma das atividades previstas;
Introdução breve sobre o tema do seminário;
Eventual revisão da leitura do texto de base do seminário;
Execução, de forma coordenada, das atividades previstas;
Apresentação, realizada pelo coordenador, introdutória ao momento de discussão geral da reflexão feita pelo(s) responsável(eis) pelo seminário;
Síntese final, no caso da sala de aula, sob cuidado do professor que, nesse momento, orienta, realiza sua crítica e avaliação.
O grau de complexidade varia, dependendo dos diferentes tipos de seminários e dos objetivos a serem alcançados. Além do mais, ele também deve ser interessante para os participantes, imaginando que as pessoas se prepararam para o evento.
(videos)
Pôster científico
De acordo com a NBR 6022, editada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em 2006, o pôster científico é um instrumento de comunicação cuja exibição acontece em diversos suportes, sintetizando e divulgando o conteúdo de uma pesquisa. Em encontros de caráter científico ou conferências, o uso do pôster científico é corrente, dado que sua finalidade é proporcionar, atingindo um grande número de pessoas, dados fundamentais a respeito da pesquisa. 
Com o pôster científico, ou pôster acadêmico, é possível mostrar os frutos da pesquisa científica de forma rápida, diferenciada e com uma exposição de maior tempo, se comparada exposição oral. Para sua elaboração, se conta com o auxílio de um designer gráfico, mas o próprio autor é capaz de executar tal tarefa, isto sem contar o entendimento sobre o conteúdo a ser transmitido para o público e como a pesquisa resultou em seu trabalho.
O pôster está presente em eventos com vários trabalhos científicos e, , em alguns deles, o autor do trabalho fica ao lado do pôster, convidando o público, o que o que permite uma troca de ideias individualizada com os interessados sem a presença do pesquisador, o que conta como vantagem na divulgação e visualização do conteúdo da pesquisa. O pôster traz tanto linguagem verbal quanto imagens e gráficos, permanecendo em exposição em locais abertos, conforme determinam os organizadores do evento.
Colocados em paredes ou divisórias, nas quais são afixados com cordões em pequenas tiras de madeiras, os pôsteres são confeccionados em papel, plástico ou outros materiais. Por isso, a NBR 15437/2006 recomenda que suas dimensões sejam de 0,60 m a 0,90 m de largura, de 0,90 m a 1,20 m de altura e que o pôster seja legível a uma distância de, ao menos, um metro. Todavia, o suporte escolhido pode ser o meio eletrônico.
O pôster precisa ter certo impacto visual. Por isso, é necessário se preocupar com a escolha de um leiaute, isto é, uma forma de diagramação dos dados e das imagens que seja agradável para o leitor. O conteúdo deve ser organizado de forma simples e lógica, concebendo a sequência de elementos do canto superior esquerdo para o canto inferior direito. A Associação Brasileira de Linguística – ABRALIN (2019) faz as seguintes recomendações:
1. Escolha um leiaute simples, colorido, atraente e criativo, mas sem exageros, posto que mais de três cores distraem o leitor;
2. No que tange às fontes escolhidas, facilite a legibilidade, escolhendo fontes grandes (Arial ou Times New Roman, de 18 a 26, com títulos em caixa-alta e negrito, de 40 a 50), prevalecendo o mesmo para as figuras, devendo-se optar pelo contraste (fonte clara sobre fundo escuro, ou vice-versa);
3. Ao usar imagens ou gráficos, opte por uma configuração simples e bem organizada;
4. Não exagere na quantidade de texto, ele é apenas o ponto de partida para o desenvolvimento das discussões durante a divulgação de sua pesquisa;
5. Não elimine espaços em branco, a presença deles é significativa para que não haja a impressão de excesso de informações;
6. Faça a distribuição do texto em colunas, deixando espaço no entre elas;
7. Não escreva parágrafos muito longos, mantendo regularidade no número de linhas para cada um e buscando compreensão, concisão e correção gramatical.

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