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Anotações da Aula de Penal2

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Prévia do material em texto

PROCESSO PENAL – INFRAÇÃO E PROCEDIMENTOS CRIMINAIS
N1 – 05/05/22
N2 – 02/06/22
Prova - o tempo de aula.
Gabriel.tyles@fmu.br
http://www.eurofilho.adv.br/
Doutrinas: Renato Brasileiro/ Madeira (mais resumido) / Prof Gustavo Badaró / Auri Lopes.
17/02/22
1 – PROCESSO E PROCEDIMENTOS 
- Procedimento comum (revisão); 
- Incidentes processuais e questões prejudiciais (revisão); 
- Procedimentos especiais (panorama geral). 
1. Compreender os incidentes processuais; 
2. Identificar e analisar as questões prejudiciais; 
3. Refletir sobre as exceções 
Revisão de processo comum
O processo se desenvolve da sequência dos atos concatenados, desenvolvidos dentro procedimento.
A importância do procedimento para o processo? – Garantia para o acusado (se o sujeito esta sendo processado por um crime, e ele sabe qual as regras a serem seguidas, fica mais fácil de se defender, o estado não pode ficar mudando as regras).
EX: Posso fazer interrogatório do acusado como primeiro ato da audiência? Não! Pq é último ato do processo. Conf. Art 400 CPP (DEIXA CLARO QUAL A ORDEM PARA OUVIR O ACUSADO, vc houve o acusado em último lugar).
ART 212 CPP + PARAGRAFO ÚNICO - Eu posso deixar o juiz perguntar diretamente para testemunha, antes do advogado? NÃO! Pois o juiz só poderá incrementar a ignição.
Caso o juiz for contra, mas o advogado, pode se manifestar, pode solicitar ao magistrado que conste em ata que não esta de acordo, pois gera nulidade, por esta indo contra ao processo.
Processo é diferente do procedimento
Espécies de procedimento
Art. 394 e os seguintes do cpp
COMUM = furto, roubo, estelionato, moeda falsa, receptação etc. 
ESPECIAL = tráfico de drogas, homicídio, crimes falimentares etc. 
Procedimentos comum (ordinário, sumário ou sumaríssimo)
O procedimento especial (do júri, do rito da lei de droga, entre outros..)
PROCEDIMENTO 
Sempre olhar a pena para saber qual será o procedimento.
ORDINÁRIO - Crime com pena máxima Maior ou igual a 4 anos, 
e para os quais não haja previsão de rito especial. Exs.: crimes de furto, roubo, extorsão, estelionato, estupro, tortura, falsificação de documento público, corrupção etc.; 
 = procedimento ordinário art 394 inc. 
Sumario Crime com pena máxima de 2 anos e menor que 4 anos e 
para os quais não haja previsão de procedimento especial. 
Exs.: crimes de homicídio culposo, tentativa de furto ou de apropriação indébita, embriaguez ao volante, quadrilha simples etc.; = procedimento ordinário art 394 inc. II
SUMARISSIMO – menor ou = 2 anos.
Menor potencial ofensivo lei 9099 art 61 e contraversões penais. 
tramitam perante os Juizados Especiais Criminais, nos termos do art. 98, I, da Constituição Federal. São infrações de menor potencial as contravenções penais (todas) e os crimes cuja pena máxima não exceda 2 anos. 
PROCEDIMENTO ESPECIAL
Juri, crime contra honra, responsabilidade com funcionário público.
As qualificadoras levo em consideração para saber qual o procedimento correto? Sim!
mas as agravantes e atenuantes, como não integram o tipo penal, eu não levo em consideração para estabelecer o procedimento.
EXEMPLO PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO (decorar)
1º MP (ELE VÊ QUE REALMENTE TEVE UM CRIME) Oferece uma denúncia (= a denúncia é = PI como começa a ação penal), que vai para o juiz, sendo ele podendo receber ou rejeitar denuncia. Art 396 CPP
Se o juiz recebeu a denúncia, ele manda citar o acusado, o acusado procura seu advogado, para fazer a resposta a acusação. 
Após a resposta a acusação o juiz pode absolver sumariamente o acusado, art 397 CPP ou ratifica =confirmar o recebimento da denúncia, com isso temos a audiência de instrução, debates e julgamento, ele disse que recebe e marca a audiência de instrução, debates e julgamento.
Se a denúncia for rejeitada, o MP pode recorrer ao tribunal. E´ o recurso do sentido estrito art 581 cpp.
**audiência de custodia, é quando o acusado tem uma audiência em até 24h após a sua prisão (vendo se é legal ou não a prisão), valida se não pode responder em liberdade, argumentos da defesa, etc.
A absolvição sumária será decretada, nos termos do art. 397 do Código de Processo Penal, quando o juiz verificar: 
1. Existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato (art. 397, I, do CPP). 
Para a decretação da absolvição sumária é necessária a existência de prova que permita ao juiz a plena certeza de que o réu agiu em legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever legal ou exercício regular de direito. 
Nesse momento processual, havendo dúvida, o juiz deve determinar o prosseguimento do feito para que a instrução seja realizada, de modo que, com a coleta das provas em sua presença, possa ter melhores condições de apreciar o caso. Se persistir a dúvida, na sentença final deverá ser aplicado o princípio in dubio pro reo e o acusado absolvido. 
1. Manifesta causa de excludente da culpabilidade do agente, exceto inimputabilidade (art. 397, II, do CPP) 
Esse dispositivo também exige prova cabal nesse momento processual de que o sujeito agiu em razão de coação moral irresistível, obediência hierárquica de ordem não manifestamente ilegal, embriaguez fortuita e completa, erro de proibição etc. 
O dispositivo exclui a possibilidade de absolvição sumária em caso de inimputabilidade referindo-se aos doentes mentais (os menores de idade sequer podem ser parte do processo penal), porque, em tais casos, há a necessidade de aplicação de medida de segurança. 
1. Que o fato narrado evidentemente não constitui crime (art. 397, III, do CPP) 
Pode ocorrer, por exemplo, de o promotor, considerando o fato de o indiciado estar preso, oferecer imediatamente a denúncia por crime de porte ilegal de arma de fogo, sem a existência nos autos do laudo de constatação de eficácia da arma. 
Durante a fase da resposta escrita, o laudo é encaminhado e é negativo. O juiz deve absolver sumariamente o réu. Do mesmo modo haverá absolvição sumária, se o acusado apresentar documento que não havia sido juntado na fase do inquérito, demonstrando sua boa-fé em ação que apura crime de estelionato.8 
Note-se que se a narrativa do fato contida na denúncia ou queixa não constitui crime, o juiz deve, desde logo, rejeitá-las. A regra da absolvição sumária foi prevista no Código de Processo Penal para situações em que a atipicidade decorre de provas juntadas após o recebimento da inicial acusatória. 
1. Que ocorreu causa extintiva da punibilidade do agente (art. 397, IV, do CPP) 
Houve equívoco do legislador quando estabeleceu que o reconhecimento de causa extintiva da punibilidade constitui hipótese de absolvição, pois, neste caso, não há análise de mérito, e sim de causa impeditiva; e tanto é assim que o art. 61 do Código de Processo Penal permite que o juiz, em qualquer fase do processo, reconheça a extinção da punibilidade, agindo, inclusive, de ofício. Ex.: morte do agente. 
Importante ressaltar a necessidade da mais alta atenção para não confundir a rejeição da denúncia com a absolvição sumária, vez que na primeira não existe análise de mérito, sendo certo que a própria denúncia é problemática. Em suma, a denúncia será rejeitada por causas e formalidades legais, enquanto a absolvição sumária ocorrerá por causas fáticas.
RECEBIMENTO DA DENUNCIA.
Inquérito policial
Investigação policial 
O ministério público ler e oferece a denúncia
Art 117
Recebimento da denuncia
O juiz pode receber ou rejeitar.
O ato de receber a denúncia, interrompe a prescrição.
Rese – recurso em sentido estrito.
Rejeição da denúncia/queixa 395 CPP – cabe recurso em sentido estrito – RESE, 581, I CPP
inepta (mal escrita)
Assim, o juiz rejeitará a denúncia ou a queixa quando existir algum tipo de vício nelas, conforme disposto no art. 395, CPP: 
1. Inepta: inaptidão, inadequada, contraditória, absurda 
2. Pressuposto ou Condição: questão técnica processual, significa dizer que em algum lugar do ordenamento existe uma exigência para que uma ação deva ser proposta e essa exigência deve ser cumprida, sob pena de rejeição da denúncia. 
3. Justa Causa: termonão muito bem definido pela doutrina, mas pode ser compreendida como falta de indícios da materialidade do crime ou de sua autoria, por exemplo. 
Dispõe o art. 396, caput, do Código de Processo Penal que o juiz, ao receber a denúncia ou queixa e não rejeitá-la, ordenará a citação (citação é o ato processual que tem a finalidade de dar conhecimento ao réu da existência da ação penal, do teor da acusação, bem como cientificá-lo do prazo para a apresentação da resposta escrita.) do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 dias.
Rejeição da denúncia for no JECRIM (juizado especial) – cabe apelação ART 82 LEI 9099/95. 
Se o juiz receber a denúncia, cita o acusado, NÃO cabe recurso em citação quando recebido a denúncia. (em um caso de exceção pode ser um Habeas corpus) 
Quando o juiz recebe a denúncia é feito a:
CITAÇÃO (351/369 CPP)
É um ato processual que completa a relação processual, que chama o acusado para responder o processo, dá a oportunidade dele se defender.
Quando NÃO houver a citação? E se houver um defeito na citação?
Súmula 523 STF – a falta de citação é causa de nulidade absoluta, e o defeito de citação é causa de nulidade relativa, devendo a parte demonstrar o prejuízo. Ex: se falta a letra no nome do acusado. 
Se NÃO houve citação e o acusado comparece ao local.
Art 570 CPP – sana a eventualidade da falta de citação (nulidade) - O VICIO É SANADO SE NÃO HOUVER PREJUIZO.
Citação real (PESSOAL)
É feito pelo oficial de justiça (através de mandado) - ele retira o mandado no cartório
Art 358
Art 360
Art 354/355 citação carta precatória
Art 368 - Acusado que mora fora do pais, Carta rogatório
Art 367 CPP - Quando o acusado é citado e não e não comparecer e não constitui advogado e não comparece, assim dará revelia.
 Citação ficta 
- Citação por hora certa (art 362CPP / 252 CPC)
-por edital)
Citação por hora certa é feita quando o oficial de justiça, percebe que o acusado esta se escondendo para que não seja citado. Ele vai 2x até o local, e pode designa a um familiar, vizinho para que informe dia/hora ao local, para citar. Mas e não encontrar, o mesmo deve verificar o motivo de sua ausência, ai é entregue ao parente, ou vizinho e notifica a citação.
Se o acusado não comparece ou comparece com o advogado? acontece que o processo continua (conf art 367 cpp).
Citação por edital 
Foi procurado para ser citado, mas não foi localizado, não significa que ele esta se esquivando do oficial, neste caso se cita fictícia, através de edital. (art 361/365/366)
Se o acusado não comparece ou comparece com o advogado? O processo fica suspenso, e o curso do prazo tmb se suspende (art 366 CPP)
Súmula 415 do STJ o período de suspensão (de acordo com o sumula, é regulado pelo máximo da pena cominado, ou seja 8 anos, de acordo com os arts abaixo, neste caso para o exemplo dado em aula. Se ficar suspenso pelo período de 8 anos e ainda o reu não for encontrado, a prescrição começa a correr de novo. 8 suspenso+8sem achar o réu, assim sim prescreve) do prazo prescricional pelo máximo da pena determinada.
Ex: crime de furto a pena é de 1 a 4 anos, art 155 cp – prescreve em prescrição abstrata (art 109 cp) – se atentar aos 2 arts.
**caesk órgão onde se pede o cadastro, dados de clientes, podendo a loja negar devido a LGBT, mas o MP pode pedir.
Lei do crime organizado:
RESPOSTA À ACUSAÇÃO.
a) arguir preliminares. Exs.: que o juiz é incompetente; que já existe outro processo em andamento para apurar o mesmo fato (litispendência) etc. Em caso de incompetência relativa (territorial), o silêncio da defesa nesta fase implica prorrogação do foro. De acordo com o ar. 396-A, § 1º, do CPP, se na resposta escrita a defesa opuser alguma exceção (suspeição, ilegitimidade de parte, incompetência do juízo, litispendência ou coisa julgada), será esta processada em apartado, e o procedimento seguirá as regras previstas em torno desses temas nos arts. 95 a 112 do Código de Processo Penal; 
b) alegar tudo o que interesse à sua defesa. Exs.: que o fato narrado na denúncia não constitui crime; que não há indícios do crime imputado; que já ocorreu prescrição ou qualquer outra causa extintiva da punibilidade etc.; 
c) apresentar documentos; 
d) apresentar justificações. Refere -se às excludentes de ilicitude; 
e) requerer a produção de provas; 
f) arrolar testemunhas, em um número máximo de 8, sob pena de preclusão. Ao arrolar suas testemunhas, a defesa poderá esclarecer que elas comparecerão à audiência independentemente de intimação, tornando, assim, desnecessária a expedição de mandado. 
Considerando que no atual sistema mostra-se possível a absolvição sumária logo após a resposta escrita, percebe-se a importância de o acusado, desde logo, argumentar e, se possível, comprovar a existência de qualquer circunstância que possa levar o juiz a absolvê-lo de imediato, evitando, com isso, a instrução criminal.
Art. 396-A – peça obrigatória ao processo, com prazo de 10 dias, e é neste período que se providencia as testemunhas.
Sumula 710 do STF
Procedimento ordinário 8 testemunhas por fato (crime), pode ocorrer de ter mais de um crime na denúncia.
Ver art 937 cpp.
Audiência de instrução debates e julgamento.
Ela é una!
24/02/22
Continuação...
Arts. 400 até 405 do CPP
Conforme já ensinado, se o juiz não tiver absolvido sumariamente o acusado, deverá marcar a audiência de instrução e julgamento para data não superior a 60 dias (art. 400 do CPP)
De acordo com o art. 401, na instrução poderão ser inquiridas até oito testemunhas arroladas pela acusação e oito pela defesa (enquanto no procedimento ordinário são 10 
oito testemunhas, no sumário esse número é de apenas cinco testemunhas), não se incluindo, porém, nessa conta, aquelas que não prestam compromisso e as referidas (art. 401, § 1º, do CPP). Não é muito lembrar que as testemunhas de acusação devem ter sido arroladas na denúncia ou queixa e as de defesa na resposta escrita.
Este tipo de audiência tem uma ordem de debates, ouvir o acusado, devendo ser respeitado pelo processo legal.
posso ouvir as testemunhas de defesa primeiro antes da acusação? NÃO! Pq a defesa sempre fala por ultimo (conf art 400).
Encerrado o interrogatório, quer dizer que acabou a audiência de instrução, debate e julgamento. Ai abre a fase do 402 (diligencias que a defesa pode requerer).
Conversão dos debates orais em memoriais escritos.
Art. 403 parag 3 do CPP (NESTE CASO QUANDO A CAUSA FOR COMPLEXA e/ou vários acusados, QUANDO TEM MUITO VOLUME) – sendo o prazo de 5 dias.
também em diligência deferida art. 402.
Prazo das alegações finais:
Por escrito 5 dias.
Em razão da complexidade dos fatos ou do número excessivo de acusados, pode o juiz, de ofício ou a pedido das partes, conceder prazo de 5 dias sucessivamente[6] para que 11 
cada uma apresente memoriais por escrito com suas alegações finais. (O prazo não é comum, primeiramente são 5 dias para a acusação e depois mais 5 dias para a defesa.)
Principio da identidade física do juiz art 399 par 2 CPP – é o mesmo juiz que deve proferir a sentença.
O MP pode pedir absolvição do réu em alegações finais? SIM (MP denuncia e depois pede absolvição) – Neste caso o juiz pode condenar.
Sentença: as hipóteses de absolvição estão no art 386 CPP.
Inciso 7 é o mais usado pelo juiz (onde esta o indubio pró réu).
Condenação: Sistema trifásico art 68.
Art 387 par 2 – ex o juiz condenou o réu por 8 anos, e o acusado ficou preso por 2 anos, 8-2=6, assim o regime semi aberto (desde que não seja reincidente) 
Procedimento sumário 
– sei pela pena (crimes com pena máxima , menor que 4 anos)
DIFERENÇA ENTRE SUMÁRIO E ORDINÁRIO 
ORDINÁRIO 
 8 TESTEMUNHAS
AUDIENCIA DE INSTRUÇÃO DEBATES E JULGAMENTO – 60 DIAS
EXPRESSA PREVISÃO DE CONVERTER ALEGAÇÕES FINAIS ORAIS 
SUMÁRIO (531/538)
5 TESTEMUNHAS 
30 DIAS AUDIENCIA DE INSTRUÇÃO DEBATES E JULGAMENTO
NÃO HÁ EXPRESSA PREVISÃO DE DILIGÊNCIAS FINAIS 
NÃO HÁ EXPRESSA PREVISÃO DE CONVERTER ALEGAÇÕES FINAIS ORAIS EM MEMORIAIS ESCRITOS.
Sempre que possível, o registro dos depoimentosdo investigado, indiciado, ofendido e testemunhas será feito pelos meios ou recursos de gravação magnética, estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive audiovisual, destinado a obter maior fidelidade das informações (art. 405, § 1º, do CPP). No caso de registro por meio audiovisual, será encaminhada às partes cópia do registro original, sem necessidade de transcrição.
4 – JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL 
- Procedimento sumaríssimo; 
- Cabimento; 
- Execução; 
Suspensão condicional. 
1. Compreender e analisar a competência dos Juizados Especiais Criminais; 
2. Conhecer do procedimento sumaríssimo e suas peculiaridades. 
PROCEDIMENTO SUMARRISIMO (JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL)
Menor potencial ofensivo.
ART 61 LEI 9099/95
AFASTAMENTO DE 9099/95 – ART 66 P ÚNICO / para causas complexas art 77 PAR2
TERMO DE CIRCUNSTANCIADO ART 69 lei 9099/95 -> AUDIENCIA PRELIMINAR -> AUDIENCIA DE INSTRUÇÃO DEBATES E JULGAMENTOS -> turma recursal -> STF.
Termo circunstanciado é mais simples.
Audiência preliminar, e o juiz chama o autor do fato e a vitima, para ver se é possível fazer um recomposição civil - Art 72 e 74 para único
Lei 9099 art 76 transação penal – quando não tem acordo, é oferecido juma proposta do MP para o acusado, porém tem algumas condições (pois o acusado precisa cumprir alguns requisitos).
Lei 9099 art 81 audiência preliminar – foi aberto a audiencia no juizado especial criminal, e a defesa é oral, se o juiz não rejeita a defesa ele recebe a denúncia, o primeiro ato se for cabível, tem a possibilidade de suspensão condicional do processo (art 89)
Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor para responder à acusação, após o que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou queixa; havendo recebimento, serão ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa, interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos debates orais e à prolação da sentença.
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal).
JECRIM 
Sistema recursal do jecrim
ART 82 APELAÇÃO EM 10 DIAS
Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, que poderá ser julgada por turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado.
ART 83 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 5 DIAS (no cpp são 2 dias)
Art. 83.  Cabem embargos de declaração quando, em sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição ou omissão.                          (Redação dada pela Lei nº 13.105, de 2015)    (Vigência)
REXT 102 III CF
TURMA RECURSAL NÃO É TRIBUNAL.
  Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
SE FOR JECRIM NÃO É RESE É APELAÇÃO
- Proposta de suspensão condicional do processo.(art 89)
Resposta: A – 395 CPP
Lesão seguida de morte, então não pode ser jecrim.
Resposta: B
RESPOSTA: D
03/03/22
Questões prejudiciais (art 92 e seguinte do CPP)
INTRODUÇÃO: tem uma lide penal, e o processo se desenvolve para resolver uma questão. Ex: tem um crime de roubo, vem o processo para absolver ou condenando, assim resolver o caso do cidadão.
Durante o processo pode surgir questões secundárias ou acessórias, dentro do processo penal, onde precisam ser resolvidas, antes da prolação da sentença.
Vinculada ao direito material.
Ex no caso de esbulho possessório, mas existe um processo cível discutindo de quem é a posse na esfera cível, o magistrado criminal deve aguardar a decisão do juiz da esfera cível. 
As questões prejudiciais podem ser homogenias ou heterogenias (ramos do direito)
Homogenia: mesmo ramo do direito
Ex: crime de calunia a exceção da verdade provando que os fatos são verdadeiros. Questão prejudicial e prejudicada, se trata da mesma coisa.
A+b – A diz que B desviava dinheiro e provar.
Heterogenias: Ramos diferentes do direito
Ex: no caso de furto (art 155 cp), na esfera cível, eu discuto a propriedade do bem.
Art 246 – abandono intelectual.
Ação civil onde se discute se o sujeito é filho ou não, com o abandono material.
OBRIGATORIA FACULTATIVA.
Obrigatória impõe o processo, fica aguardando no futuro a questão ser proferida pelo juiz civil. (art 92 cp) : em uns casos é
Existência do crime – EX: bigamia (235 cp) 
Bigamia
        Art. 235 - Contrair alguém, sendo casado, novo casamento:
        Pena - reclusão, de dois a seis anos.
        § 1º - Aquele que, não sendo casado, contrai casamento com pessoa casada, conhecendo essa circunstância, é punido com reclusão ou detenção, de um a três anos.
        § 2º - Anulado por qualquer motivo o primeiro casamento, ou o outro por motivo que não a bigamia, considera-se inexistente o crime.
Cont.. Ex: Se a defesa alega nulidade do casamento anterior, e for provado, eu tenho neste casamento a inexistência do crime. (questão prejudicial obrigatória)
Estado Civil das pessoas – ex: filiação e matrimônio, quando não estão ligadas, pode esta falando de uma questão facultativa.
Seria e fundada – ex: ao estado da pessoa que dependa da existência do crime. Neste caso traição, pois não existe fundamento, mesmo havendo a existência seria.
SUSPENSÃO DA PRESCRIÇÃO – o prazo pode ser suspenso, pois o processo civil pode levar anos, e se a decisão do juiz criminal depender do civil pode demorar, por isso é suspenso.
RECURSO CABIVEL – o recurso cabível que seja contra a decisão que determina a suspensão do processo em virtude da admissão prejudicial (que determina com contra a decisão)?
Recurso em sentido estrito.
RESE 581 XVI – que ordena a suspensão do processo em virtude de questão prejudicial.
Se houver o indeferimento da suspenção, qual o recurso?
Não cabe recurso.
DECISÃO DEFINITIVA NO JUIZ CÍVEL:
Quando o juiz civil toma uma decisão o juiz criminal não pode se afastar desta questão.
As questões prejudiciais podem ser alegadas a qualquer momento do processo.
Facultativas (art 93 CPP): 
Art. 93.  Se o reconhecimento da existência da infração penal depender de decisão sobre questão diversa da prevista no artigo anterior, da competência do juízo cível, e se neste houver sido proposta ação para resolvê-la, o juiz criminal poderá, desde que essa questão seja de difícil solução e não verse sobre direito cuja prova a lei civil limite, suspender o curso do processo, após a inquirição das testemunhas e realização das outras provas de natureza urgente.
A questão facultativa, permite ao juízo criminal, em uma questão mais aberta suspender o feito, e aguardar a solução na esfera civil.
Falando a respeito a uma questão diversa do estado civil de pessoas, mas que também afete a existência do crime.
· PRÉVIA EXISTÊNCIA DE DEMANDA CIVIL
· QUESTÃO DE DIFICIL SOLUÇÃO
· NÃO HAJA LIMITAÇÃO DE PROVA NA ESFERA CIVIL.
FACULDADE PARA UMA SUSPENSÃO:
Na questão facultativa, o juiz só suspense se ele realmente verificar se é um forte justificativa
QUESTÕES DIVERSA: ao julgamento da causa principal. (que não se relacione com o estado civil das pessoas.)
(EX DE DECISÃO FACULTATIVA)
Para que eu tenha um crime tributário, eu preciso que na esfera administrativa tributária, eu preciso que aquele tributo esteja consolidado, já tenha o trânsito em julgado da esfera administrativa, com uma certidão de debito de divida ativa. Só desta forma poderei ter um inquérito policial.
Se o cidadão ajuíza na esfera civil, uma ação para anular o tributo, só que eu já tenho uma ação penal ou um inquérito penal, mas esta decisão final tem sucesso, eu posso levar do juiz civil para o criminal a anulação. 
DEMANDA CIVIL: precisa ser ajuizadoantes da criminal, para falarmos de questões facultativas.
QUESTÃO DE DIFICIL SOLUÇÃO: 
Que tenha o o mínimo de laço probatório, para o juiz reconhecer isso, ex a marcação de uma área no caso de esbulho.
LIMITAÇÃO DA PROVA: tem questões que não pode provar , ex casamento não se prova por testemunha, mas sim por certidão.
RECURSO CABIVEL: rese 581 CPP
O juiz não pode se afastar, mesmo sendo um caso facultativo.
Art 94 para ambos os casos.(por oficio e/ou requerimento das partes.)
questões
Resposta: C – art 581 que ordena a decisão do processo.
Resposta: A – fala do estado civil das pessoas, prazo.
RESPOSTA: D
MATERIA NOVA
2. CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA E PROCEDIMENTO DO TRIBUNAL DO JÚRI 
- Crimes dolosos contra a vida (revisão); 
- Origem histórica; 
- Júri e Constituição Federal; 
- Organização e composição. 
1. Conhecer as espécies crimes que ensejam o Tribuna do Júri; 
2. Compreender a origem histórica e os fundamentos do Tribunal do Júri; 
3. Relacionar os ditames da Constituição Federal ao Tribunal do Júri; 
4. Conhecer a organização e a composição do Tribunal do Júri. 
JURI – 1 juízo de formação da culta. Tem uma audiência, o juiz decide se o réu vai submeter a decisão da culpa ou não / onde vai para a 2 fase.
Primeira fase – juizo de formação da culpa (judicium accusationis) – admissibilidade ou não da acusação e remessa ao T. do júri.
Segunda fase – juizo da causa, ocorre no plenário.
Segunda – juizo da causa (judicium causae) : ocorre a preparação do julgamento e o próprio plenário do Juri.
COMPETENCIA:
Crimes dolosos contra a vida
Art 5º inciso XXXVIII,d, CF – consumados ou tentados e até mesmo conexos. – ex homicídio, aborto, infanticídio.
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
EX: HOMICIDIO, INFANTICIDIO, AUXILIO, PU INSTIGAÇÃO OU ABORTO. – CRIMES CONTRA VIDA.
EX: crime conexo – ESTA RELACIONADO COM O CRIME DOLOSO CONTRA A VIDA. Ambos são julgados.
Sumula 147STJ.
PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS DO JURI
Plenitude de defesa: algo até maior, que a ampla defesa. É feito pelo exercício do advogado, sem violação sem nenhum aspecto, o poder judiciário respeitando o tribunal do júri.
Ex HC 108527/PA STF – 
Sumula vinculante 11 do STF – ver com atenção.
SIGILO DAS VOTAÇÕES
ART 5 INCISO 38 DA CF
10/03/22
Continuação – JURI
1º fase – juiz de formação da culpa
2º juízo da causa 
- soberania dos veredictos: garantia das decisões dos jurados, que não pode ser revista pelo juiz ou tribunal. Nenhuma decisão pode ser substituída pela dos jurados. 
Obs
Revisão criminal, só é cabível como já transitou em julgado.
O tribunal pode: 
1º pode absolver em caso de erro
2º não pode, que deve submeter a novo julgamento (MAIS COMUM).
Sigilo das votações: significa que os votos dos jurados devem permanecer sob sigilo, preservado. O conteúdo não é possível saber se o cidadão que compõe o grupo de sentença se votou pela absolvição ou condenação.
Os jurados se reúnem em sala secreta, longe dos olhos de todos, na segunda fase do procedimento do júri, e o juiz conta na ata final o total de votos. Sem revelar quantos votos, apenas o juiz diz que é por maioria ou não.
487 CPP 
  Art. 487.  Para assegurar o sigilo do voto, o oficial de justiça recolherá em urnas separadas as cédulas correspondentes aos votos e as não utilizadas. 
INCOMUNICABILIDADE DOS JURADOS – a partir do momento que os jurados são sorteados, não podem mais falar entre si, sobre a causa.
EX um dos jurados em sessão de julgamentos um dos jurados diz: é evidente que houve crime, logo houve nulação, por violação do sigilo de votação. Trocando todo o corpo de jurados.
Soberania dos veredictos – é garantia das decisões do jurados não podem ser revistas pelo juiz ou pelo tribunal. Não pode substituir a decisão dos jurados. Se o tribunal analisar e ver alguma nulidade, submete a novo julgamento.
Obs: revisão criminal – é um posicionamento que se divide 
Ex em revisão criminal, por conta de uma decisão do júri, a revisão só é cabível quando já transitou em julgado. 
O tribunal pode absolver, no caso de revisão criminal, pq é dever judiciário em caso de erro.
Tem revisão que tmb não pode, que deve submeter o réu ao novo julgamento.
Pesquisar revisão criminal e júri.
PROCEDIMENTO DA PRIMEIRA FASE DO JURI – SUMARIO DA CULPA 
ART 406/421 CPP
Denuncia -> rejeição ou recebimento -> citação do acusado -> resposta -> réplica do promotor -> absolvição sumária (depende do juriz) – > ratificação do recebimento da denúncia -> designa a audiência de instrução -> pronuncia; impronuncia, desclassificação, absolvição sumária. (1º fase do procedimento do júri)
No procedimento ordinário, são 8 testemunhas e, no sumário, são 5. Aqui temos o total de 8 testemunhas novamente, mas devemos tomar muito cuidado vez que estamos analisando apenas a primeira fase do procedimento do júri, sendo certo que, na segunda fase, serão somente 5 testemunhas para cada lado. 
ATENÇÃO: Não tem possibilidade de condenação, pq na primeira fase só se tem pronuncia; impronuncia, desclassificação, absolvição sumária.
Prazo de 10 dias a conta a resposta da acusação. – art 406 do CPP
Manifestação do MP após a Resposta a acusação ao rito do júri. – (409 CPP) – a replica só é cabível pela defesa. Ou no principio do contraditório.
Depois da resposta a acusação o juiz pode absolver o acusado sumariamente, pq existe expressa disposição legal.
No júri não tenho expressa disposição legal, mas posso absolver sumariamente o acusado, logo após a resposta da acusação? Com isso, temos 2 posicionamentos:
DÚVIDA: 
2 POSICIONAMENTO:
- SIM 397 acredita que se aplica na primeira fase do júri, por conta do art 394 $4 CPP na visão gustavo Badaró
- NÃO 394 $3 CPP – no visão do pablo rangel.
ART 410, 411 CPP (tem o acusado, advogado... uma audiência simples)
Por fim, em 10 dias, o juiz deverá deliberar sobre as iniciativas probatórias requeridas pelas partes, determinando, se pertinentes e necessárias as providências, a inquirição das testemunhas e a realização de outras provas (art. 410 do CPP).
Dessa forma, temos a seguinte ordem: 
1. Ofendido (se possível, dependendo do crime pode estar morto, por exemplo) 
2. Testemunhas (acusação primeiro, depois defesa) 
3. Peritos, acareações, reconhecimento; 
4. Acusado 
5. Debates 
Conforme inscrito no §1º do art. 411, CPP, os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento e de deferimento pelo juiz. Em 10 dias, o juiz deverá deliberar sobre as iniciativas probatórias requeridas pelas partes, determinando, se pertinentes e necessárias as providências, a inquirição das testemunhas e a realização de outras provas. 
Em atenção à necessidade de imprimir celeridade ao procedimento, a lei estabeleceu o poder-dever de o juiz indeferir as provas consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias (art. 411, § 2º, do CPP).
A lei fixou o prazo máximo de 90 dias para conclusão do procedimento (art. 412 do CPP), mas a consequência prática do descumprimento desse prazo será, apenas, eventual libertação do acusado que esteja preso pelo processo, pois, se, embora decorrido o período em questão, não tiver sido possível concluir a instrução, a solução será aguardar a realização da prova imprescindível. Lembrando que esse prazo de 90 dias se refere à primeira das duas fases do procedimento do júri. 
1. Denúncia ou queixa; 
2. Defesa em 10 dias; 
3. Juiz ouve o MP sobre as preliminares e documentos em 5 dias. 
4. Juiz determina a inquirição de testemunhas e realização das diligências em até 10 dias; 
5. Audiência de instrução (produção de provas); 
6. Decisão do juiz (Pronúncia, Impronúncia, Absolvição Sumária) 
Todo esse procedimento deve ser concluído em até 90 dias! 
Alcançada essa etapa, o juiz pode encerrar a fase de formação da culpa com uma das quatro espécies de decisão listadas a seguir, quais sejam: pronúncia, impronúncia, absolviçãosumária e desclassificação.
Não temos debate no rito do júri.
Se no final de audiência da primeira fase do júri o advogado do acusado não apresentar MEMORIAIS FINAIS?
Pode ser uma estratégia da defesa e não nulidade. Pesquisar (STJ RHC 49.165/GO, 6 T.MIN SEBASTIÃO REIS JUNIOR, 2018)
No fim da primeira fase o juiz decide entre as 4 fases:
Pronuncia, impronuncia, desclassificação e absolvição sumária.
- Pronuncia art 413 CPP
O juiz pronunciar o acusado, diz que o acusado deve ser submetido ao julgamento.
Tendo que haver a materialidade, indícios de autoria, o juiz pronúncia, caso contrário o juiz não pronuncia.
Submeter ao plenário do juri.
Salvo se os vestígios tiverem desaparecido. Mas pode ser submetido pelo art 167 cpp (  Art. 167.  Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.)
Mesmo se não achar o corpo, se houver testemunham, pode-se suprir a falta do laudo pericial, podendo-se condenar.
Preciso se ter indícios de participe ou coparticipe da atuação.
 Art. 413.  O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação.           (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 1o  A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e especificar as circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento de pena.           (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 2o  Se o crime for afiançável, o juiz arbitrará o valor da fiança para a concessão ou manutenção da liberdade provisória.           (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 3o  O juiz decidirá, motivadamente, no caso de manutenção, revogação ou substituição da prisão ou medida restritiva de liberdade anteriormente decretada e, tratando-se de acusado solto, sobre a necessidade da decretação da prisão ou imposição de quaisquer das medidas previstas no Título IX do Livro I deste Código.           (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Conteúdo, vinculação e efeitos da pronuncia.
Intimação da Pronúncia:
1) o acusado será intimado, em regra, pessoalmente (art. 420, I, do CPP), mas, se estiver solto e não for localizado, será intimado por edital (art. 420, parágrafo único, do CPP), 
2) o defensor dativo será intimado pessoalmente (art. 420, I, do CPP); 
3) o defensor constituído, o querelante e o assistente serão intimados pela imprensa; 
4) o órgão do Ministério Público será sempre intimado pessoalmente. 
Contra a decisão de pronúncia é interponível recurso em sentido estrito (art. 581, IV, do CPP). Uma vez findo os recursos, o art. 421 do CPP diz: “Preclusa a decisão de pronúncia, os autos serão encaminhados ao juiz presidente do Tribunal do Júri”. Portanto, no procedimento bifásico do Tribunal do Júri, só se procede ao julgamento em plenário após preclusa a decisão de pronúncia, ou seja, quando ela se torna imutável, não cabendo mais recursos. 
A preclusão da decisão de pronúncia, contudo, não impede a alteração da classificação dada ao delito, desde que se verifique a superveniência de circunstância que modifique a tipificação, como, p. ex., quando, em ação penal por tentativa de homicídio, a vítima falece após a pronúncia em razão dos ferimentos anteriormente causados pelo réu. Nesse caso, o juiz deve remeter os autos ao Ministério Público para a readequação da acusação e, em seguida, proferir nova decisão de pronúncia (art. 421, §§ 1º e 2º, do CPP).
Quando o juiz vai acusar ele analisa materialidade e indícios 
Qualificadores e causas de decisão de pena
Se o réu tiver solto, o juiz analisa se mantem solto ou preso.
O juiz esta se excedendo dos requisitos da pronuncia, aquilo que lhe é permitido.
“eloquência acusatória” – gera nulidade 
564 CPP.
A pronúncia vincula a acusação?
421 $5 CPP
RECURSO RESE (581 IV)
EFEITO interrompe a prescrição
Ex o juiz colocou homicídio simples e o promotor qualificado, vice e versa, é possível alterar?
Se o sujeito é pronunciado para responder em plenário em determinado momento (qualificadora e causa de aumento), a acusação em plenário o MP, tem que manter, o que esta na pronuncia.
A acusação não pode sustentar nenhuma qualificadora que não esteja na pronuncia.
O réu é pronunciado, e depois falece.o que acontece? Art 421 $5cpp. 
Recurso em sentido estrito.RESE (581, IV)
EFEITO: INTERROMPE A PRESCRIÇÃO.
IMPRONUNCIA (414 CPP)
SE HOUVER NOVAS PROVAS, O MP PODE ENTRAR COM NOVA AÇÃO.
Paragrafo único não transita em julgado; se houver provas há novo caso.
Recurso: Cabe apelação.
P. ÚNICO NÃO TRANSITA EM JULGADO SE HOUVERN NOVAS PROVAS
Despronúncia: o juiz decide em retratação em caso de sentido estrito, volta atrás, para uma impronuncia. (não tem artigo)
Se o juiz não se convencer da existência do crime ou se, apesar de convencido, não considerar demonstrada a probabilidade de o acusado ser autor ou partícipe, deve proferir decisão de impronúncia. Trata-se de decisão de caráter terminativo, por meio da qual o juiz declara não existir justa causa para submeter o acusado a julgamento popular. 
Como não se trata de decisão sobre o mérito da pretensão punitiva, a impronúncia não faz coisa julgada material, mas apenas formal. Assim, uma vez prolatada a decisão de impronúncia, poderá ser formulada nova denúncia ou queixa se houver prova nova (art. 414, parágrafo único, do CPP), desde que não se tenha operado causa extintiva da punibilidade (prescrição, morte do réu etc.). 
DESCLASSIFICAÇÃO (419 CPP)
O juiz entende que não tem um crime doloso contra a vida e ele remete os autos para o juiz competente da causa.
Ex: O menino estava no quarto e por situação familiar, o padrastro atirava na porta do menino, na fechadura da porta, com isso o menino fugiu pela janela. Estava no tribunal do juri de crime doloso contra vida, e entendeu-se que deveria ser direcionado ao tribunal de armas, por crime doloso contra a vida.
A desclassificação ocorre quando o juiz entende, a partir do convencimento formado em face das provas colhidas nos autos, que se trata de um outro crime, desta feita, a escapar à competência do tribunal do júri. 
A desclassificação tanto pode se dar para crime menos grave (de tentativa de homicídio para lesão corporal de natureza grave, p. ex.) como para delito mais grave (de homicídio para latrocínio). 
Nesse passo, importante mencionar que da decisão de impronúncia ou absolvição sumária caberá recurso de apelação do Ministério Público (art. 416 do CPP). Destarte, em via oposta, caso o juiz profira sentença de pronúncia, o réu poderá interpor recurso em sentido estrito. 
Se, na fase da pronúncia, o juiz constatar a existência de indícios de autoria ou participação de pessoa não incluída na denúncia, remeterá os autos ao Ministério Público para que, em 15 dias, proceda ao aditamento ou, se não for possível a unidade de processamento e de julgamento, para que adote as providências para dedução da pretensão punitiva em ação autônoma (art. 417 do CPP). 
Na medida em que o acusado deve ter em conta, para o exercício da defesa, o fato que lhe foi imputado, e não a tipificação indicada na denúncia, o juiz poderá dar-lhe definição jurídica diversa da constante da acusação, ainda que o réu fique sujeito a pena mais grave (art. 418 do CPP).
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA (415 CPP)
É a sentença definitiva por meio da qual a pretensão punitiva é julgada improcedente. Trata-se, portanto, ao contrário do que ocorre com a impronúncia, de decisão de mérito, que terá lugar quando o juiz entender: 
1. provada a inexistência do fato; 
2. provado não ser o acusado autor ou partícipe do fato; 
3. que o fato não constitui infração penal; 
4. demonstrada causa de exclusão do crime ou de isenção de pena, com exceção da inimputabilidade, salvo se esta for a única tese defensiva
É uma sentença de mérito, e produz coisa julgada material. Ou seja diferente da impronuncia, na absolvição sumariahá coisa julgada material.
Produz coisa julgada material.
Recurso: Apelação
DICA PARA LEMBRAR O RECURSO NA PROVA DA OAB
VOGAL COM VOGAL 
CONSOANTE COM CONSOANTE
2 FASE DO PROCEDIMENTO DO JURI
ART 421/422
PROCEDIMENTO DA PRIMEIRA FASE – SUMÁRIO DA CULPA
Art 406/421 cpp
- denuncia – rejeição ou recebimento – citação – resposta – réplica – absolvição do recebimento da denuncia – designa audiência de instrução – pronuncia; impronuncia – desclassificação – absolvição sumaria.
Resposta à acusação - 
 
17/03
3 – TRIBUNAL DO JÚRI 
- O procedimento especial do Júri: características e peculiaridades; 
- Simulação de um julgamento no tribunal do júri. 
1. Compreender o procedimento do júri na prática; 
2. Identificar e analisar as questões que envolvem o julgamento de um homicídio doloso; 
3. Refletir sobre o funcionamento do Tribunal do Júri; 
PROCEDIMENTO DO JURI – 2º FASE
Pronuncia – é o juiz entender que o reu precisa ser julgado.
De impronuncia (pode-se chamar de sentença, não faz coisa julgada material), cabe apelação.
Acareação – colocar um em frente ao outro (as partes)
PROCEDIMENTO DO JÚRI –
 2 FASE
Na primeira fase: Da impronuncia/absolvição sumaria – cabe apelação
pronuncia e desclassificação – cabe o rese.
Na segunda fase:
Art. 421.  Preclusa a decisão de pronúncia, os autos serão encaminhados ao juiz presidente do Tribunal do Júri.  
   
Quando o sujeito é pronunciado, tem o prazo para se manifestar.
Art. 422.  Ao receber os autos, o presidente do Tribunal do Júri determinará a intimação do órgão do Ministério Público ou do querelante, no caso de queixa, e do defensor, para, no prazo de 5 (cinco) dias, apresentarem rol de testemunhas que irão depor em plenário, até o máximo de 5 (cinco), oportunidade em que poderão juntar documentos e requerer diligência.          (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 423.  Deliberando sobre os requerimentos de provas a serem produzidas ou exibidas no plenário do júri, e adotadas as providências devidas, o juiz presidente:           (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
I – ordenará as diligências necessárias para sanar qualquer nulidade ou esclarecer fato que interesse ao julgamento da causa;           (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
II – fará relatório sucinto do processo, determinando sua inclusão em pauta da reunião do Tribunal do Júri.           (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Com a preclusão da decisão de pronúncia, encerra-se a primeira fase do procedimento do júri, o que determina o encaminhamento dos autos ao juiz-presidente do tribunal do júri (art. 421, caput, do CPP), dando assim início à segunda etapa procedimental do processo. 
De acordo com as regras atuais, o juiz-presidente, ao receber os autos, determinará a intimação do Ministério Público ou do querelante e, ainda, do defensor, para que, no prazo de 5 dias, apresentem rol com até 5 testemunhas que pretendam ouvir em plenário, requeiram diligências e juntem documentos (art. 422 do CPP). 
Manifestando-se as partes ou escoando-se o prazo, o juiz, depois de deliberar sobre o requerimento de provas a serem produzidas ou exibidas e após adotar as providências pertinentes para sua produção ou juntada, determinará a realização de eventuais diligências necessárias ao saneamento de eventuais nulidades e, em seguida, fará relatório sucinto do processo (art. 423 do CPP). O relatório deve encerrar exposição comedida do procedimento, para que não haja influência sobre os jurados.
Efetivadas tais medidas, o juiz declarará o processo preparado, determinando sua inclusão na pauta de julgamento da próxima reunião periódica do Tribunal do Júri. Com essa decisão, supera-se a fase preparatória do juízo da causa. 
Na hipótese de a lei local de organização judiciária (regimento interno do Tribunal, 
por exemplo) não atribuir ao presidente do Tribunal do Júri o preparo para julgamento, o juiz competente deverá remeter os autos do processo preparado até 5 dias antes da data de sorteio dos jurados (art. 424, CPP).
Preparação para o julgamento:
· Preclusão da pronúncia (fato do juiz entender que o réu deve ser julgado pelo júri) 
· Manifestação das partes em 5 dias
· Autos conclusos com o juiz presidente para diligências necessárias
· Relatório suscinto
· Designação da data de julgamento 
Arts 421,422,423.
Alistamento dos Jurados (Arts. 425 e 426) 
Nos termos do disposto no art. 425, caput, do Código de Processo Penal, todo ano o juiz-presidente organizará a lista geral dos jurados, que contemplará de 800 a 1.500 jurados nas comarcas de mais de um milhão de habitantes, de 300 a 700 nas comarcas de mais de cem mil habitantes e de 80 a 400 nas comarcas de menor população (menos de 100 mil habitantes.).
Onde houver necessidade, poderá haver alistamento de número maior de jurados e até mesmo a formação de lista de suplentes, cujos nomes deverão figurar em cédulas depositadas em urna especial (art. 425, § 1º). 
Para realizar o alistamento, o juiz-presidente, sem prejuízo da escolha por conhecimento pessoal, requisitará indicação de pessoas que reúnam condições para exercer a função de jurado às autoridades locais, às associações de classe e de bairro, às entidades associativas, às instituições de ensino, às universidades, aos sindicatos, às repartições públicas e a outros núcleos comunitários (art. 425, § 2º). 
A lista geral dos jurados, com indicação das respectivas profissões e destinada ao funcionamento do órgão no ano seguinte, publicar-se-á em duas oportunidades, por via da imprensa e de editais afixados à porta da sede do Tribunal do Júri: a primeira lista, que poderá ser alterada de ofício ou por força de reclamação de qualquer do povo até a publicação da lista definitiva, no dia 10 de outubro; a segunda (lista definitiva), no dia 10 de novembro (art. 426, CPP). 
Composta a lista definitiva, os nomes e endereços dos jurados serão inscritos em cartões, que serão depositados, na presença do Ministério Público, de representante da seção local da OAB e de defensor indicado pela Defensoria Pública, na urna geral, cuja chave ficará em poder do juiz-presidente (art. 426, §3º, do CPP). Da urna geral é que serão sorteados os jurados que servirão em cada reunião periódica. 
A lei estabeleceu mecanismo para evitar que uma pessoa permaneça, ininterruptamente, servindo no júri ao longo dos anos, dispondo que será excluído da lista geral o jurado que tiver integrado o conselho de sentença nos doze meses que antecederem a publicação (art. 426, §4º), ou seja, o jurado que tiver efetivamente participado de algum julgamento.
DESAFORAMENTO (art427)
Causa de modificação de competência territorial do júri (por algum fato, o conselho de sentença não pode julgar o fato)
Quem julga?
O TJ ou TRF (se for júri federal)
Sem a previa manifestação da defesa o juiz pode mudar o território (mudar desaforamento) ?
NÃO! Sumula 712 STF – nulidade de decisão.
Desaforar é tirar o processo do foro em que está para mandá-lo a outro foro. Assim, desaforamento, ou seja, o deslocamento do processo de um foro para outro, é admitido em quatro hipóteses (art. 427, CPP): 
1) Por interesse da ordem pública: ocorre, por exemplo, nos casos em que a realização do julgamento importar risco para a paz social local ou para a incolumidade dos jurados; 
2) Dúvida sobre a imparcialidade do júri: hipótese em que, por motivos de favoritismo ou perseguição, há elementos que indiquem que os jurados não apreciarão a causa com isenção; 
3) Em razão de dúvida sobre a segurança pessoal do réu: quando houver prova de risco para incolumidade física do acusado; 
4) Não realização do julgamento em seis meses a contar da preclusão da pronúncia, em virtude de comprovado excesso de serviço: trata-se de medida destinada a fazer valer a garantia constitucional de duração razoável do processo (art. 5º, LXXVIII, da CF). Para esse fim, não serão computados os períodos relativos a adiamentos provocados pela defesa ou diligências e incidentes de seu interesse. 
Por se tratar de medida excepcional, o desaforamento só terá lugar quando houver provasegura da existência de um dos motivos que o justificam. Somente após a decisão de pronúncia, ou seja, quando o processo estiver pronto para julgamento, é que se pode cogitar do desaforamento. 
Compete à segunda instância apreciar o pedido, que terá preferência de julgamento na Câmara ou Turma (art. 427, § 1º, do CPP). É facultado ao relator a quem o pedido for distribuído no tribunal determinar a suspensão do julgamento pelo júri até sua decisão, caso repute relevantes os motivos alegados (art. 427, § 2º, do CPP). 
Não se admite o pedido de desaforamento (art. 427, § 4º, do CPP): (I) na pendência de recurso contra a pronúncia; e (II) quando já realizado o julgamento, salvo se o fato que embasa o pedido tiver ocorrido durante ou após a realização de julgamento posteriormente anulado. Essa previsão justifica-se por ser preciso evitar que se aprecie a necessidade de desaforamento quando ainda é incerta a realização do julgamento sobre cujo deslocamento versa o pedido.
Por fim, o desaforamento também poderá ser determinado, em razão do comprovado excesso de serviço, ouvidos o juiz presidente e a parte contrária, se o julgamento não puder ser realizado no prazo de 6 (seis) meses, contado do trânsito em julgado da decisão de pronúncia (art. 428, CPP). 
A lei prevê a possibilidade de, a requerimento do acusado, a superior instância determinar a imediata realização do julgamento, desde que não haja excesso de serviço e que se verifique a inexistência de processos aguardando julgamento em quantidade que ultrapasse a possibilidade de apreciação pelo tribunal do júri (art. 428, § 2º, do CPP).
SÓ PODE SER SOLICITADO NA 2º FASE DO JURI
UMAS DAS CAUSAS É A PARCIALIDADE DO CONSELHO DE SENTENÇA, PODENDO SER COMPROMETIDO, COM INCLUENCIA POLICITA, SOCIAL E ECONOMICA.
PESQUISAR: STJ-HC 321650/PE
EM VIA DE REGRA O PEDIDO DE DESAFLORAMENTO NÃO SUSPENDO A ACUSAÇÃO DO PLENÁRIO, MAS A PARTE PODE PEDIR O EFEITO SUSPENSIVO, SE O RELATOR DO TRIBUNAL PODE CONCEDER.
EFEITO SUSPENSIVO ART 427 PAR. 2 CPP)
HIPOTESES DE CABIMENTO DE DESAFLORAMENTO
- se o interesse da Ordem pública ou reclamar
(só a jurisprudência pode dizer o que é ordem publica, o que a segurança dos próprios jurados, convulsão social...)
- se houver duvida sobre a imparcialidade do júri.
- se houver dúvida sobre a segurança pessoal do acusado. 
- risco pessoal do acusado (ex risco de lixamento, se a cidade for pequena)
Quem pode pedir o desaforamento? TODOS! (art 427 cpp) 
Ver o 428, pois ele traz mais uma causa de desaforamento.
Seria “excesso de serviço e julgamento não puder ser realizado dentro do prazo de 6 meses).
SESSÃO PLENÁRIA DE JULGAMENTO
-Instalação da sessão
-Sorteio do conselho de sentença
-Juramento do conselho de sentença
-Instrução em plenário
-Interrogatório do acusado
-Debates
-Julgamento do jurados na sala especial 
-Instalação da sessão plenária:
Preciso de pessoas presentes sob tema de adiamento da minha sessão plenária. 
Jurados: São instalados 25, mas preciso de no mínimo 15 jurados. (art 447 cpp) – ver 463/464.
25 jurados convocados
15 ter no minimo
7 farão parte do conselho de sentença
“Empréstimo de jurado” – não esta no código, mas existe julgado.
Caso o jurado não compareça?
Sendo emprestado ou não tem obrigatoriedade. Só se há dispensa nos caso dos artigos
Art 442;443.
Ministério publico (art 455cpp)
Se o mp não aparece é causa de adiamento do julgamento.
Assistência de acusação (art 430 cpp;457)
Se o assistente faltar, não impede a realização do julgamento.
Ausência do advogado de defesa
Caso ele não apareça e não justifique o fato, o juiz comunique ao presidente da OAB agendando nova sessão.
(art 456) NÃO DA PRA TER SESSÃO PLENÁRIA.
Ausência do acusado
-acusado solto, foi intimado e não compareceu (art 457) se justificado, por ser adiado.
-Segue o jogo.
-Acusado preso não levado para a sessão, pode ser adiado 
Testemunha 
-Se foi intimada e não justificou sua ausência, não apareceu pode ser multada. E a sessão reagendada.
- quando não encontrada a parte pode pedir substituição
art 458 CPP/461 CPP
todos em verde precisam estar para ter uma sessão plenária.
Sorteio do conselho de sentença – Juramento do conselho de sentença.
Art 448/449 cpp – hipóteses de impedimento /incompatibilidade de jurados.
Não podendo servir no mesmo conselho
Os jurados excluídos, pode ser computados no nº mínimo de 15? SIM!! 
Sorteio dos 7
-O Juiz presidente que faz o sorteio.
-Podendo ter recusas imotivadas ou peremptórias:
A defesa ou MP pode recusar, sem dizer o motivo segundo art 468 cpp, com limite de 3.
- recusas motivadas: não possuem limites! Precisa ter um motivo. (Art 106 cpp)
-São 3 pra defesa e 3 pra acusação.
Formou o conselho de sentença?
O JUIZ PRESIDENTE SE LEVANTA (ART 472 CPP)
 
INTRUÇÃO E INTERROGATORIO EM PLENARIO. (ARTS 473/475 cpp)
-O juiz é o primeiro a perguntas.
-Os jurados podem fazer perguntas? SIM através do juiz presidente. Art 473 par 2º do cpp.
Interrogatório do acusado.
-Art 473 par 3 – preservando a imparcialidade dos jurados 
Debates e encerramentos art 476/481 CPP 
- Sustenta suas falas na frente dos jurados.
Acusação, fala da defesa, replica da acusação, treplica . Replica da acusação só existe se o promotor desejar. Cuidado!! com replica camuflada, caso o promotor diga que não queira fazer replica pq ele alegue que a autoria e materialidade estão comprovadas (neste caso já se fez a replica aí pode ser feito a treplica). 
DIVISÃO DE TEMPO
- art 477 tempo
Se tenho mais de um acusado ou defensor, se divide o tempo das falas, se não tiver um acordo, o juiz determina.
Art 80 cpp – quando excede a quantidade de acusados, se separa os processos.
24/03
CONTEUDO DOS DEBATES, VEDAÇÕES E ENCERRAMENTO.
- Liberdade nas falas: os advogados e promotores tem mais liberdade pq o juiz é leigo
- limitação das falas (478/479 cpp) – o advogado ou MP não pode fazer referência: 
A – a decisão posterior de pronuncia, as decisões posteriores que julgaram admissível a acusação ou a determinação de uso de algemas como argumento de autoridade para beneficiar ou prejudicar o réu.
B – ao silencio do acusado ou a ausência de interrogatório 
C- leitura de docto ou exibição de objeto que não tiver sido juntado com antecedência de 3 dias uteis, dando-se ciência a outra parte.
TRAGES – distinta – STJ.RMS 60575/MG, 2019 (pesquisar no site do NPJ)
Indicação de FLS dos autos para evitar abusos (480 CPP)
Art. 480.  A acusação, a defesa e os jurados poderão, a qualquer momento e por intermédio do juiz presidente, pedir ao orador que indique a folha dos autos onde se encontra a peça por ele lida ou citada, facultando-se, ainda, aos jurados solicitar-lhe, pelo mesmo meio, o esclarecimento de fato por ele alegado. 
Pode-se indagar em qual folha esta x situação no processo, para evitar abuso, assim não comprometendo o julgamento.
CONCLUSÃO DOS DEBATES.
LEITURA DE QUESITOS AINDA EM PLENÁRIO
Quando não tem diligência ou já foi deferia, o juiz lê os quesitos e indaga as partes para ver se existe requerimento. Depois da leitura, as partes vão para sala secreta para as votações dos quesitos. 
Os quesitos é uma pergunta simples e direta para o jurado responda SIM ou NÃO.
Na sala especial vai: juiz presidente, o jurado, acusação, defesa e auxiliar.
Acusação e defesa não senta na mesa com o juiz e jurado para que não interfira no resultado.
Art. 482.  O Conselho de Sentença será questionado sobre matéria de fato e se o acusado deve ser absolvido.           (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Parágrafo único.  Os quesitos serão redigidos em proposições afirmativas, simples e distintas, de modo que cada um deles possa ser respondido com suficiente clareza e necessária precisão. Na sua elaboração, o presidente levará em conta os termos da pronúncia ou das decisões posteriores que julgaram admissível a acusação, do interrogatório e das alegações das partes. 
SUMULA 156 STF – 
Art. 483.  Os quesitos serão formulados na seguinte ordem, indagando sobre:           
I – a materialidade do fato;II – a autoria ou participação;           
III – se o acusado deve ser absolvido;          
IV – se existe causa de diminuição de pena alegada pela defesa;           
V – se existe circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena reconhecidas na pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram admissível a acusação.       
§ 1o  A resposta negativa, de mais de 3 (três) jurados, a qualquer dos quesitos referidos nos incisos I e II (I E 2 SERIA MATERALIDADE E AUTORIA) do caput deste artigo encerra a votação e implica a absolvição do acusado.  
§ 2o  Respondidos afirmativamente por mais de 3 (três) jurados os quesitos relativos aos incisos I e II do caput deste artigo será formulado quesito com a seguinte redação
OS JURADOS PODEM ABSOLVER POR QUALEUR MOTIVO, SEM SE JUSTIFICAR!!
DESCLASSIFICAÇÃO (o jurado responde um questionário imposto pelo “juiz”, a um quesito , e entende q não houve crime doloso contra a vida, mas sim culposo.) – quando entende-se que o crime não é aquele.
Em caso de crime doloso contra visa – na 2º fase do júri 
SE EXISTE DESCLASSIFICAÇÃO, O QUE OCORRE?
Depende se estamos na 1º ou na 2º fase do júri.
Quando acontece na 2º (o próprio juiz competente julga) o juiz para a votação. Esta no art 492. O próprio juiz presidente julga o crime, em caso de desclassificação crime doloso contra vida.
Júri julga contra vida, no caso de desclassificação quem julga é o juz presidente.
Na 1º fase (encaminha ao juiz competente) quando tem audiência e o juiz, desclassifica, absolve sumariamente ou ....
se desclassifica, encaminha ao juiz competente. 
Art 492 $4 do CPP
e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se presentes os requisitos da prisão preventiva, ou, no caso de condenação a uma pena igual ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão, determinará a execução provisória das penas, com expedição do mandado de prisão, se for o caso, sem prejuízo do conhecimento de recursos que vierem a ser interpostos;
No caso de condenação em uma pena igual do âmbito do juri tornou a prisão de forma automática.
ARGUMENTOS DA CONSTITUCIONALIDADE OU INCONST DO ART. 492 E
31/03
8 – CRIMES CONTRA A HONRA E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
- Crimes contra a honra (revisão) e procedimento correlato; 
- Violência doméstica. 
1. Compreender os crimes contra a honra; 
2. Identificar e analisar a violência doméstica; 
3. Refletir sobre os procedimentos correlatos. 
Resolução de questões
1 – Letra C
2 – Letra
 
3 - Letra B 
4 – Vitoria e Bernardete entram em luta .... Letra A
Em caso desclassificação na primeira fase do júri, deveria enviar para o juiz competente,
5 – Andre foi denunciado pela prática.... LETRA D
Como o julgamento é feito pelo tribunal e não o magistrado, e pode suspender o júri caso necessário.
6- Fabricio com dolo de matar...LETRA C
7 – Quanto ao julgamento...LETRA D (INCORRETA) - pq é DISSOLUÇÃO
LEI MARIA DA PENHA
Para que surge a lei Maria da Penha? 
226 parag 8 C.F
Tratados internacionais, é neste contexto que surge a LEI MDP.
Qual o contexto do surgimento da lei?
Por uma violência sofrida por Maria da penha em 1883, ela foi atingida por uma espingarda pelo próprio marido enquanto dormia, a que deixou paraplégica. Uma segunda violência ocorre em uma descarga elétrica enquanto ela tomava banho. 
OAB e Comissão interamericana de direitos humanos.
A lei assegura direitos para as mulheres? SIM! Art 2 e 3º da lei 11.340/06.
Art. 2º Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.
Art. 3º Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
Como a lei deve ser interpretada?
Art 4º
Art. 4º Na interpretação desta Lei, serão considerados os fins sociais a que ela se destina e, especialmente, as condições peculiares das mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
Conceito de violência domestica e familiar ?
Art 5º
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:             (Vide Lei complementar nº 150, de 2015)
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.
Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos humanos.
Ambiente família: local onde se tem laços familiares. Independente das pessoas morarem no mesmo teto, não dependendo de coabitação.
pesquisar 
STJ: HC 172634 – Rel. Ministra Laurita Vaz.
STJ: HC 175.816 Rel Marco Aurelio Bellizze.
COABITAÇÃO? SUMULA 600 STJ - NA LEI MARINHA DA PENHA NÃO SE AGIJE COABITAÇÃO!
INCIDENCIA DA LEI MARIA DA PENHA
PRECISO TER SUJEITO PASSIVO: MULHER
Pratica de violência física,
Violência dolosa, pratica no âmbito da unidade domestica, da família ou em qualquer relação intima e afeto.
As infrações podem ser dolosas, mas podem ser culposas? NÃO! PQ É UMA VIOLENCIA DE GENERO, PRECISANDO TER A VONTADE DE ATINGER O GENERO. 
Somente conduta dolosa!
PRINCIPIO DE INSEGNIFICÂNCIA , POSSO APLICAR? NÃO!! Pq não é insignificante. Pq a ideia é proteger.
Sumula 589 STJ.
SE NO MEIO DO PROCESSO A VITIMA SE CONCILIAR COM O MARIDO, NÃO É POSSIVEL DESISTIR DO PROCESSO.
QUAIS AS FORMAS DE VIOLENCIA DOMESTICA OU FAMILIAR CONTRA A MULHER? ART 7º
HABITUALIDADE? NÃO!
ROL TAXATIVO OU EXEMPLIFICATIVO?
 
VIOLENCIA FISICA ART 129CP
VIOLENCIA PSICOLOGICA? ATINDE O EMOCIONAL DA MULHER. ART. 147BCP
VIOLENCIA SEXUAL ART 213,217 A DP CP
226 II DO CP; 61, II. F
Lei 14.188/21 introduzida o art 147 B ao CP.
12-C da LEI MARINHA DA PENHA
PATRIMONIAL?IMUNIDADE DOS ART 181 E 183 CP.
VIOLENCIA MORAL 
QUEM É O SUJEITO ATIVO NO DELITO DE VIOLENCIA DOMESTICA OU FAMILIAR CONTRA A MULHER? 4
07/04/22
https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/05042022-Lei-Maria-da-Penha-e-aplicavel-a-violencia-contra-mulher-trans--decide-Sexta-Turma.aspx
SUJEITO ATIVO: não precisa ser homem ou mulher, só preciso ter uma situação de vulnerabilidade. (art 5º lei 11.340)
PRECEDENTE 1:
CONFLITO DE COMPETÊNCIA. PENAL. JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL E JUIZ DE DIREITO. CRIME COM VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA MULHER. CRIME CONTRA HONRA PRATICADO POR IRMÃ DA VÍTIMA. INAPLICABILIDADE DA LEI Nº 11.340/06. COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL. 1. Delito contra honra, envolvendo irmãs, não configura hipótese de incidência da Lei nº 11.340/06, que tem como objeto a mulher numa perspectiva de gênero e em condições de hipossuficiência ou inferioridade física e econômica. 2. Sujeito passivo da violência doméstica, objeto da referida lei, é a mulher. Sujeito ativo pode ser tanto o homem quanto a mulher, desde que fique caracterizado o vínculo de relação doméstica, familiar ou de afetividade. 2. No caso, havendo apenas desavenças e ofensas entre irmãs, não há qualquer motivação de gênero ou situação de vulnerabilidade que caracterize situação de relação íntima que possa causar violência doméstica ou familiarcontra a mulher. Não se aplica a Lei nº 11.340/06. 3. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo de Direito do Juizado Especial Criminal de Governador Valadares/MG, o suscitado. (Conflito de Competência nº 88.027-MG, rel. Min. Og Fernandes, 3ª Seção, j. 05/12/2008).
PRECEDENTE 2:
CONFLITO DE COMPETÊNCIA. PENAL. JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL E JUIZ DE DIREITO. CRIME COM VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA MULHER. AGRESSÕES MÚTUAS ENTRE NAMORADOS SEM CARACTERIZAÇÃO DE SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE DA MULHER. INAPLICABILIDADE DA LEI Nº 11.340/06. COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL.
1. Delito de lesões corporais envolvendo agressões mútuas entre namorados não configura hipótese de incidência da Lei nº 11.340/06, que tem como objeto a mulher numa perspectiva de gênero e em condições de hipossuficiência ou vulnerabilidade. 2. Sujeito passivo da violência doméstica objeto da referida lei é a mulher. Sujeito ativo pode ser tanto o homem quanto a mulher, desde que fique caracterizado o vínculo de relação doméstica, familiar ou de afetividade, além da convivência, com ou sem coabitação. 2. No caso, não fica evidenciado que as agressões sofridas tenham como motivação a opressão à mulher, que é o fundamento de aplicação da Lei Maria da Penha. Sendo o motivo que deu origem às agressões mútuas o ciúmes da namorada, não há qualquer motivação de gênero ou situação de vulnerabilidade que caracterize hipótese de incidência da Lei nº 11.340/06. 3. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo de Direito do Juizado Especial Criminal de Conselheiro Lafaiete/MG”. (CC 96.533/MG, Rel. Ministro OG FERNANDES, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 05/12/2008, DJe 05/02/2009)
PRECEDENTE 3:
DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL. APLICAÇÃO DA LEI MARIA DA PENHA NA RELAÇÃO ENTRE MÃE E FILHA.
É possível a incidência da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) nas relações entre mãe e filha. Isso porque, de acordo com o art. 5º, III, da Lei 11.340/2006, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação. Da análise do dispositivo citado, infere-se que o objeto de tutela da Lei é a mulher em situação de vulnerabilidade, não só em relação ao cônjuge ou companheiro, mas também qualquer outro familiar ou pessoa que conviva com a vítima, independentemente do gênero do agressor. Nessa mesma linha, entende a jurisprudência do STJ que o sujeito ativo do crime pode ser tanto o homem como a mulher, desde que esteja presente o estado de vulnerabilidade caracterizado por uma relação de poder e submissão.
Precedentes citados: HC 175.816-RS, Quinta Turma, DJe 28/6/2013; e HC 250.435-RJ, Quinta Turma, DJe 27/9/2013. HC 277.561-AL, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 6/11/2014.
SUJEITO PASSIVO: Mulher (até mesmo a mulher transgênero, por uma decisão do STJ).
Enunciado nº 46 Fórum Nacional de Juízas e Juízes de Violências Doméstica e Familiar Contra a Mulher (fala que os trans podem se valer da lei maria da penha)
Atendimento pela Autoridade Policial
Art. 12: 
Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal:
I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se apresentada;
II - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias;
III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência;
IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros exames periciais necessários;
V - ouvir o agressor e as testemunhas;
VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes criminais, indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais contra ele;
VI-A - verificar se o agressor possui registro de porte ou posse de arma de fogo e, na hipótese de existência, juntar aos autos essa informação, bem como notificar a ocorrência à instituição responsável pela concessão do registro ou da emissão do porte, nos termos da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);            (Incluído pela Lei nº 13.880, de 2019)
VII - remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao juiz e ao Ministério Público.
§ 1º O pedido da ofendida será tomado a termo pela autoridade policial e deverá conter:
I - qualificação da ofendida e do agressor;
II - nome e idade dos dependentes;
III - descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela ofendida.
IV - informação sobre a condição de a ofendida ser pessoa com deficiência e se da violência sofrida resultou deficiência ou agravamento de deficiência preexistente.         (Incluído pela Lei nº 13.836, de 2019)
§ 2º A autoridade policial deverá anexar ao documento referido no § 1º o boletim de ocorrência e cópia de todos os documentos disponíveis em posse da ofendida.
§ 3º Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde.
Lesão corporal leve, precisa de representação da vítima? SIM!!
Na lei maria da penha, não precisa de representação de lesão corporal leve. (ENTENDIMENTO DO STF)
Se for um crime de ameaça, precisa de representação? SIM (art 147 CP)
ART 41 DA LEI 11.340/06.
Lei 9099:
Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.
Na lei Maria da Penha: Não precisa de representação, a lesão corporal leve. 
Entendimento do STF. 
Obs. crime de ameaça (art. 147 CP). Precisa de representação? Sim. 
Art. 41 da Lei 11340/06. 
Vias de fato (contravenção penal) também não aplico a Lei 9099, ou seja, os institutos despenalizadores. 
Art. 28-A – §2º, inciso IV – CPP – ANPP não se aplica 
Pagamento de pena pecuniária, cesta básica ou multa? Art. 17, 11340/06.
ART 41 da lei 11.340/06
Contravenção penal, de vias de fato, no âmbito de violência doméstica contra a mulher, uma contraversão penal, eu posso aplicar a lei 9.099, ou seja, os institutos despenalizadores? NÃO!!!
Art 28ª - $2º inciso IV CPP
ANPP não se aplica 
Pode existir pagamento de pena pecuniária, cesta básica ou multa? Art 17, lei 11.340/06.
Quais são as medidas protetivas de urgência?
As medidas protetivas, podem ser aplicadas isoladamente ou em conjunto.
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:
I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente, nos termos da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003 ;
II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;
III - proibição de determinadas condutas, entre as quais:
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor;
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação;
c) freqüentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida;
IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar;
V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios.
VI – comparecimento do agressor a programas de recuperação e reeducação; e         (Incluído pela Lei nº 13.984, de 2020)
VII – acompanhamento psicossocial do agressor, por meio de atendimento individual e/ou em grupo de apoio.(Incluído pela Lei nº 13.984, de 2020)
§ 1º As medidas referidas neste artigo não impedem a aplicação de outras previstas na legislação em vigor, sempre que a segurança da ofendida ou as circunstâncias o exigirem, devendo a providência ser comunicada ao Ministério Público.
§ 2º Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando-se o agressor nas condições mencionadas no caput e incisos do art. 6º da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, o juiz comunicará ao respectivo órgão, corporação ou instituição as medidas protetivas de urgência concedidas e determinará a restrição do porte de armas, ficando o superior imediato do agressor responsável pelo cumprimento da determinação judicial, sob pena de incorrer nos crimes de prevaricação ou de desobediência, conforme o caso.
§ 3º Para garantir a efetividade das medidas protetivas de urgência, poderá o juiz requisitar, a qualquer momento, auxílio da força policial.
§ 4º Aplica-se às hipóteses previstas neste artigo, no que couber, o disposto no caput e nos §§ 5º e 6º do art. 461 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil).
A MEDIDA PROTETIVA É UMA MEDIDA CAUTELAR.
Pode ser decreta de oficio as protetivas da lei maria da penhas? NÃO, pq tem caráter de medidas cautelares e o juiz não pode, sob pena de acusação. Se envolvendo no trabalho do MP.
Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida.
DUVIDA?
O JUIZ PODE DECRETAR PRISÃO PREVENTIDA DO AGRESSOR DE OFICIO? Segundo o art 20 pode!! 
Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação da autoridade policial.
Este artigo é a replica do art 311 do CPp, QUE FOI MODIFICADO PELO PACOTE ANTICRIME. 
Novo 311 do CPP:
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.       (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
Prisão preventiva de ofício, não pode. 
É CONSTITUCIONAL:
Art. 12-C.  Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física ou psicológica da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor será imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida:    (Redação dada pela Lei nº 14.188, de 2021)
I - pela autoridade judicial;         (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019)
II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca; ou         (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019)
III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado disponível no momento da denúncia.         (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019)
§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público concomitantemente.         (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019)
§ 2º Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à efetividade da medida protetiva de urgência, não será concedida liberdade provisória ao preso.         (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019)
Questões
Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVII - Primeira Fase.
Cátia procura você, na condição de advogado(a), para que esclareça as consequências jurídicas que poderão advir do comportamento de seu filho, Marlon, pessoa primária e de bons antecedentes, que agrediu a ex-namorada ao encontrá-la em um restaurante com um colega de trabalho, causando-lhe lesão corporal de natureza leve.
Na oportunidade, você, como advogado(a), deverá esclarecer que:
A) O início da ação penal depende de representação da vítima, que terá o prazo de seis meses da descoberta da autoria para adotar as medidas cabíveis.
B) No caso de condenação, em razão de ser Marlon primário e de bons antecedentes, poderá a pena privativa de liberdade ser substituída por restritiva de direitos.
C) Em razão de o agressor e a vítima não estarem mais namorando quando ocorreu o fato, não será aplicada a Lei nº 11.340/06, mas, ainda assim, não será possível a transação penal ou a suspensão condicional do processo.
D) No caso de condenação, por ser Marlon primário e de bons antecedentes, mostra-se possível a aplicação do sursis da pena.
GABARITO: D
Ano: adaptado: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXV - Primeira Fase.
Bruna compareceu à Delegacia e narrou que foi vítima de um crime de ameaça, delito este de ação penal pública condicionada à representação, que teria sido praticado por seu marido Rui, em situação de violência doméstica e familiar contra a mulher. Disse, ainda, ter interesse que seu marido fosse responsabilizado criminalmente por seu comportamento.
O procedimento foi encaminhado ao Ministério Público, que ofereceu denúncia em face de Rui pela prática do crime de ameaça (Art. 147 do Código Penal, nos termos da Lei nº 11.340/06). Bruna, porém, não possui mais interesse na responsabilização penal de seu marido, com quem continua convivendo. Assim, Bruna procura o advogado da família e informa que não deseja que a ação penal tenha prosseguimento.
Considerando as informações narradas, o advogado deverá esclarecer que
A) A retratação de Bruna não é possível nos termos da Lei 11340/06. 
B) A retratação de Bruna, perante a autoridade policial será válida, desde que realizada na companhia do agressor. 
C) Não cabe retratação do direito de representação. 
D) É possível, pois, nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata A Lei 11340/06, será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.
GABARITO: D
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.
Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XX - Primeira Fase.
A Lei Maria da Penha objetiva proteger a mulher da violência doméstica e familiar que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico, e dano moral ou patrimonial, desde que o crime seja cometido no âmbito da unidade doméstica, da família ou em qualquer relação íntima de afeto. Diante deste quadro, após agredir sua antiga companheira, porque ela não quis retomar o relacionamento encerrado, causando-lhe lesões leves, Jorge o (a) procura para saber se sua conduta fará incidir as regras da Lei nº 11.340/06.
Considerando o que foi acima destacado, você, como advogado (a) irá esclarecê-lo de que.
A) O crime em tese praticado ostenta a natureza de infração de menor potencial ofensivo.
B) A violência doméstica de que trata a Lei Maria da Penha abrange qualquer relação íntima de afeto, sendo indispensável a coabitação.
C) A agressão do companheiro contra a companheira, mesmo cessado o relacionamento, mas que ocorra em decorrência dele, caracteriza a violência doméstica e autoriza a incidência da Lei nº 11.340/06. 
D) Ao contrário da transação penal, em tese se mostra possível a suspensão condicional do processo na hipótese de delito sujeito ao rito da Lei Maria da Penha.
GABARITO: C
Ano: 2019 Banca: FADESP Órgão: Prefeitura de Marabá - PA Prova: FADESP - 2019 - Prefeitura de Marabá - PA - Professor Licenciado em História.
A Lei Maria da Penha (Lei 11.340 de 7 de agosto de 2006) estabelece em suas disposições preliminares, Artigo 10º, que “Esta Lei

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