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0 URI – UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES CAMPUS DE FREDERICO WESTPHALEN PRÓ-REITORIA DE ENSINO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL TECNOLOGIA DA ILUMINAÇÃO COM UTILIZAÇÃO DE LED ALESSANDRA TIBURSKI CAMILA MARCOLAN JULIANA MACALIN MAIARA GIACOMINI Frederico Westphalen, outubro, 2014 1 TECNOLOGIA DA ILUMINAÇÃO COM UTILIZAÇÃO DE LED Trabalho de pesquisa realizado na disciplina de Instalações I, apresentada ao Curso de Engenharia Civil do Departamento de Engenharias e Ciência da Computação da URI – Campus de Frederico Westphalen. Professor: Luiz Antônio Cantarelli Frederico Westphalen, outubro, 2014 2 IDENTIFICAÇÃO Instituição de Ensino/Unidade URI – Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões Campus de Frederico Westphalen Direção do Campus Diretora Geral: Silvia Regina Canan Diretora Acadêmica: Elisabete Cerutti Diretor Administrativo: Clóvis Quadros Hempel Departamento/Curso Departamento de Engenharias e Ciências da Computação – Chefe: Mauro Cesar Marchetti Curso de Engenharia Civil – Coordenador: William Widmar Cadore Disciplina Instalações I 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................04 2 TECNOLOGIA DA ILUMINAÇÃO COM UTILIZAÇÃO DE LED............................05 2.1 Conceito e Utilização.........................................................................................................05 2.2 Aplicações..........................................................................................................................07 2.3 Funcionamento..................................................................................................................08 3 CONCLUSÃO......................................................................................................................09 REFERÊNCIAS......................................................................................................................10 4 1 INTRODUÇÃO Os sistemas de iluminação estão cada dia mais presentes em nossa vida, devido ao grande aumento da população e o crescimento das cidades, tornando-se mais evidente a preocupação com a sustentabilidade, as causas sociais e ambientais. A evolução e a busca de novas tecnologias são constantes, e uma das novas tecnologias que está no mercado é a iluminação em LED (diodos emissores de luz), que vem crescendo gradativamente a cada ano. A iluminação em LED possui alto desempenho e capacidade de atender às atuais necessidades ambientais, energéticas, luminotécnicas e econômicas, porém possui um custo elevado em relação às lâmpadas incandescentes. Aos poucos essa tecnologia está se tornando mais acessível, com melhor eficiência e iluminando mais com menor consumo de energia. Algumas das características da iluminação em LED é que ela não possui emissão de dióxido de carbono, que é um dos gases que provoca o efeito estufa, e vida útil longa, ou seja, é uma alternativa ambientalmente correta nos sistemas de iluminação. Além da baixa potência com boa eficiência luminosa, apresenta muitas vantagens em relação a outras tecnologias, o que a tornam o futuro da iluminação. 5 2 TECNOLOGIA DA ILUMINAÇÃO COM UTILIZAÇÃO DE LED A iluminação de ambientes é o que assegura a percepção visual. Deste modo, desde os tempos mais antigos o homem vem buscando formas de vencer as limitações impostas pela escuridão, promovendo iluminação no período noturno e em lugares nos quais a luminosidade natural não alcança. A primeira barreira vencida pelo homem foi o domínio e conservação do fogo com o uso de combustíveis para que se pudesse ter luz e calor quando e aonde fosse pertinente. Com o passar do tempo foram surgindo novas soluções como tochas, candeeiros, velas, lampiões e por fim as lâmpadas elétricas. As lâmpadas elétricas popularizaram e revolucionaram a iluminação, tornando esta mais segura. Logo após sua utilização já eram as escolhidas por aqueles que necessitavam de iluminação artificial. Seguindo a cronologia, as primeiras lâmpadas desenvolvidas foram as incandescentes, em seguida surgiram as de descarga (em baixa e alta pressão). Ao longo do tempo estes recursos foram empregados em iluminações internas e externas. Através da busca por formas de iluminação mais econômicas e sustentáveis surgiu o LED, que apesar de estar em evidência nos dias atuais, sua invenção ocorreu em 1963 por Nick Holonyac, somente na cor vermelha e com baixa intensidade luminosa. No início os LED’s foram utilizados apenas para indicar o estado de funcionamento de equipamentos eletroeletrônicos (ligado, stand-by, em processamento, etc), após foram usados como elemento de sinalizadores (lâmpadas de emergência, semáforos, etc). Já o seu emprego para iluminação de ambientes é mais recente. 2.1 Conceito e Utilização O LED é um componente eletrônico do tipo semicondutor, ou seja, um diodo emissor de luz (L.E.D = light emitter diode), mesma tecnologia utilizada nos chips de computadores, controles remoto, etc, que tem por finalidade transformar energia elétrica em luz. A utilização de materiais semicondutores para gerar luz apresenta-se como uma alternativa bastante interessante. Nestes materiais, a luz é emitida através da recombinação de 6 elétrons e lacunas em excesso que são produzidos por injeção de corrente. Este fenômeno é conhecido como eletroluminescência e é a base de funcionamento de todos os LED’s. As vantagens da iluminação em LED em relação às lâmpadas incandescentes e fluorescentes são diversas, como por exemplo, a perda excessiva que ocorre nas lâmpadas constituídas por filamentos ou gases devido à geração de calor, fato que não ocorre nas lâmpadas de LED. Além disso, outro grande benefício decorre da utilização dos dispositivos em estado sólido que reduz assim o consumo de energia. Atrelado a este fato encontra-se a questão ambiental, pois grande parte da energia do mundo é proveniente da queima de combustíveis fósseis como o carvão e o petróleo. Assim a redução do consumo de energia gera a redução de emissão de poluentes para a atmosfera. A iluminação em LED possui um tempo de vida útil de até 50 000 h, bom funcionamento a baixas temperaturas (até – 40 ºC), e elevada prova de choque, contrariando outros tipos de lâmpadas. Um dos pontos fracos da tecnologia é o seu custo de implantação que ainda é muito alto se comparado com o das outras soluções. Em pesquisa realizada em uma loja de iluminação no centro de Frederico Westphalen, obtivemos os valores para comparação do custo, tendo como base lâmpadas de 100W: uma lâmpada incandescente custa R$ 1,68, enquanto a fluorescente custa R$ 10,68 e possui garantia de 1 ano; já a lâmpada LED gira em torno de R$67,00 e não possui garantia, porém dura de 5 a 10 anos. Ou seja, a implantação de LED se torna até seis vezesmais cara inicialmente, apesar de se compensar com o tempo. Outro ponto que deve ser destacado é a existência de um sentimento de desconfiança com respeito à durabilidade e confiabilidade de sistemas de iluminação à base de LED’s, principalmente em aplicações externas com grandes variações de temperaturas de verão/inverno, já que os semicondutores são sensíveis ao calor e podem ficar danificados. Uma das formas de saber se é rentável a aquisição de determinado equipamento, é pelo tempo de vida útil desse equipamento. A vida útil de uma lâmpada indica o tempo de funcionamento no qual o fluxo luminoso tenha diminuído para um valor crítico, tal que a fonte de luz não é mais rentável e seja recomendável a sua substituição, tendo em conta o custo da lâmpada, o preço da energia consumida e o custo de manutenção. A vida útil de um LED consiste no número de horas em operação até emitir 70% do seu fluxo inicial. (SILVA apud SILVA, 2013, p.4). Uma característica muito importante no bom funcionamento da lâmpada e no seu tempo de vida útil é a alimentação do LED aquando da sua instalação, pois este funciona a baixa tensão e opera em corrente contínua, portanto não pode ser ligada diretamente à rede 7 elétrica. Alguns fornecedores de iluminação apresentam recomendações nos seus catálogos referentes à instalação de equipamentos auxiliares, o que denota uma preocupação pelo bom funcionamento, garantindo o tempo de vida útil anunciado. (SILVA, 2013). A luz emitida pode ser visível, infravermelho ou quase ultravioleta, e depende da composição química do material semicondutor utilizado. Os LED’s convencionais estão feitos com base numa grande variedade de materiais semicondutores inorgânicos produzindo cores variadas. Para cores mais frias (2000 K), o comprimento de onda é elevado e para as cores mais quentes (6000 K – 10 000 K) o comprimento de onda é menor. O comprimento de onda é inversamente proporcional, ou seja, quanto mais fria a temperatura de cor emitida, menos energia é necessária, e quanto mais quente a temperatura de cor emitida, mais energia é utilizada. 2.2 Aplicações O uso dos LED’s no formato de lâmpadas pré-existentes já é muito interessante, pois embora tenha um custo inicial elevado, o LED tem vida útil muito mais longa do que as incandescentes e fluorescentes, além de ter um consumo de energia muito baixo, o que compensa o custo inicial. A utilização das “lâmpadas” compostas por LED’s é especialmente boa no uso externo, porque sua reprodução de cor ainda não é excelente. Embora já seja satisfatória, tende a melhorar ainda mais. Mas o fato de ter vida útil muito longa e consumo baixo torna seu uso excelente para um jardim, por exemplo, em que a reprodução de cor não é tão importante quanto em uma escrivaninha. Uma utilização comum em ambientes internos é para a iluminação de vitrines, já que esse tipo de lâmpada não “amarela” as roupas. Outro exemplo de utilização caseira de LED que vale muito a pena é o uso dessas lâmpadas em “balizadores”. Seja para uma escada, um corredor ou mesmo indicar o caminho externo, os LED’s permitem que a luminária seja realmente mínima, podendo ser embutida em um contra piso convencional. E a luz não precisa ser forte, basta apenas ser um pontinho que indica o degrau ou o caminho de forma elegante e discreta. As fitas LED’s já são um exemplo inicial de como a tecnologia poderá gerar novos e interessantíssimos produtos. A fita LED é uma fonte de luz vendida por metro linear e é muito útil para iluminar detalhes, sancas, rodapés e diversas outras formas de utilização de forma prática e com resultados excepcionais. 8 O “chuveirinho” - aquele conjunto de LED’s que formam uma lâmpada mimetizada e que não agrada muito - também está com os dias contados. A novidade das fontes de luz de LED’s é o uso de um difusor de tamanho variável e que torna os LED’s invisíveis. O que se vê no uso desse difusor é algo como uma “folha” que se acende e, em breve, essa nova forma de se utilizar LED’s, de aspecto formal incrível, é o que veremos no mercado. 2.3 Funcionamento Na lâmpada LED, o componente responsável pela geração de luz é um diodo semicondutor. Quando uma corrente elétrica atravessa esse diodo, o processo de recombinação dos portadores de carga faz com que aconteça um estímulo à emissão, concentrada principalmente na faixa do infravermelho. O LED é composto por dois terminais, um chamado anodo e o outro catodo. O elétron se locomove do anodo para o catodo, produzindo a luz, e isso faz com que o chip emita fótons ou feixes de luz. Alguns LED’s podem possuir mais de um semicondutor que produzem cores diferentes. A energia gerada em um LED é dissipada como luz e calor. A luz emitida a partir do chip semicondutor é irradiada em todas as direções, porém não irradiam calor como uma lâmpada convencional. O calor gerado é retido no interior do LED e deve ser eliminado através do dissipador de calor evitando falhas no mesmo. 9 3 CONCLUSÃO A lâmpada LED tem se tornado a principal fonte de estudo quando se trata de iluminação, apesar de ainda apresentar um elevado custo de investimento inicial, este se paga a longo tempo devido à grande economia de energia apresentada. Além de melhor eficiência energética, esse tipo de lâmpada apresenta uma diminuição significativa de emissão de gases poluentes que causam o efeito estufa. Outra viabilidade é o numeroso emprego que esse tipo de iluminação apresenta, incluindo sinalizadores de emergência, iluminação interna e externa, iluminação de vitrines, iluminação pública, etc. A tecnologia de iluminação com diodos emissores de luz já pode ser considerada uma grande aposta para o futuro, com o melhoramento de suas características e de seu funcionamento o LED terá outras aplicabilidades, e até mesmo poderá ter seu custo reduzido, tornando seu uso mais viável. 10 REFERÊNCIAS Como funcionam os LEDs. Disponível em: < http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/ como-funciona/733-como-funcionam-os-leds-art096>. Acesso em: 19 set. 2014. EECKE, David H. Como funcionam as lâmpadas de LED? Disponível em: <http://www.ehow.com.br/funcionam-lampadas-led-como_76051/>. Acesso em: 19 set.2014. FORTE, Fernando; FERRAZ, Rodrigo Marcondes. O que são LEDs e como podem ser usados? Disponível em:<http://casaeimoveis.uol.com.br/tire-suas-duvidas/arquitetura/o-que- sao-leds-e-como-podem-ser-usados.jhtm>. Acesso em: 19 set.2014. Led – O que é e como funciona. Disponível em: <http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ dicasemail/led/dica36.htm>. Acesso em: 19 set. 2014. SILVA, Nuno Filipe Vasconcelos. Iluminação LED – Avaliação Econômica e Ambiental. 2013, 80 f. Dissertação de Mestrado em Engenharia do Ambiente – Faculdade de Engenharia Universidade do Porto.