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Luminotécnica Aplicada

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LUMINOTÉCNICA APLICADA (UNIDADE i)
EVOLUÇÃO DA LÂMPADA NA VIDA DA HUMANIDADE
história da lâmpada Elétrica
Muitos cientistas e pesquisadores e estudiosos pelo mundo já trabalhavam em projetos, sobre iluminação, mas não conseguiram o feito do cientista norte-americano Thomas Edison (1847-1931), inventor da lâmpada elétrica.
A dificuldade que Thomas teve para criar o seu invento foi manter o filamento incandescente durante a transmissão da corrente elétrica. Sabe-se que ele realizou mais de 1000 tentativas para conseguir este feito. Sua habilidade e paciência foram preponderantes para o seu sucesso. Em fevereiro de 1879 ele conseguiu utilizar um filamento fino de carvão a alto vácuo, depois de ter tentado muitos outros materiais, que incluíam liga metálica e até mesmo taquara de bambu.
Ele utilizou 6.000 materiais diferentes, 1200 testes e a quantia aproximada de U$$40.000 para conseguir este feito, que iria mudar o rumo da humanidade. Dentre todos os materiais utilizados, foi a platina que apresentou a saída para o problema. Utilizando uma linha de costura de algodão carbonizada para o filamento, e após um período onde ainda continuava incandescida, Thomas Edison e sua equipe chegaram ao melhor resultado para o filamento através do uso de vários outros produtos.
A lâmpada elétrica consiste em uma ampola de vidro bastante fino preenchido com gás inerte, normalmente argônio, e um fino filamento constituído de tungstênio, que ao ser percorrido por uma corrente elétrica, se aquece até a incandescência, emitindo luz branca de tom levemente amarelado. A depender do tipo de fundição do vidro encontrará outras cores.
Conforme nos dita a história da humanidade, o homem já havia desenvolvido meios de iluminação quando fez sua primeira fogueira na caverna, ou mesmo quando as pirâmides. Desde a Antiguidade, a lâmpada é utilizada para propagar a luz, evidentemente que naquele tempo o “combustível” para gerar a luz eram restos de animais, plantas e as “lâmpadas primitivas” eram em rochas esculpidas, conchas e escudos.
No século XVIII, novas descobertas resultaram na produção de dois tipos de lâmpadas: a de gás natural, proveniente de decomposição fóssil e de plantas; e a de carvão, extraído de rochas sedimentares, oriundas das transformações do solo. No século XIX, a produção industrial tornou-se dependente da lâmpada, pois todas as estações de trabalho passaram a utilizá-la como instrumento importante para aumentar a jornada de trabalho nas fábricas e comércio.
Em 1880, Edison entregou o primeiro protótipo eficiente em forma de lâmpada. No ano seguinte, a primeira remessa de 1000 lâmpadas partiu de sua oficina, através de um navio, ganhando repercussão internacional. A projeção de vendas foi tão grande que dois anos depois já eram 70.000 lâmpadas com vida útil de 1000 horas. A GE – General Eletric, fundada desde 1892, segue firme, com o domínio da produção de lâmpadas, explorando o mercado internacional, hoje a GE está em todos os países do mundo.
Desde 2012, na Europa e Estados Unidos, o consumo das lâmpadas incandescentes e alógenas tem se extinguido. No Brasil, desde julho de 2014, não se pode fabricar ou importar lâmpadas incandescentes de 150 e 100 watts. Essa proibição passou a valer também para a lâmpada mais tradicional no uso doméstico, a de 60 watts.
A regulamentação consta na Portaria Interministerial n° 1007/2010, do Ministério de Minas e Energia. Prevalecem as lâmpadas de filamentos, fluorescentes e as LEDs.
Dentre as vantagens do uso de lâmpadas LED estão:
· Maior eficiência, com emissão de mais luz;
· Durabilidade de até 50.000 horas;
· Maior resistência, pela tecnologia utilizada;
· Não emitem calor;
· Não emitem raios ultravioletas e infravermelhos;
· Maior facilidade no descarte;
· Baixa voltagem, possibilitando o seu uso debaixo d’água.
Dentre as vantagens do uso das lâmpadas fluorescentes, podemos citar:
· Custo reduzido;
· Alta durabilidade;
· Não emitem calor. 
O sistema de iluminação fluorescente é um pouco elevado, mas, em contrapartida, a manutenção é bem acessível, pois a durabilidade acaba compensando, além disso, é necessário que um eletricista faça a parte de instalação elétrica.
LÂMPADAS ELÉTRICAS E O DISPERDÍCIO DE ENERGIA
Não podemos falar de lâmpadas, sem mencionar como podemos aproveitar melhor a energia elétrica, por se tratar de um dos maiores desafios da humanidade, desenvolver lâmpadas e outros equipamentos com maior eficiência e custo ambiental cada vez menor. A eficiência energética, é importante para decidir qual lâmpada comprar. Hoje, no mercado, há vários tipos de lâmpadas e modelos com preços variáveis, para todos os gostos.
A lâmpada incandescente comum tem eficiência energética muito baixa: cerca de 8%. Esses 8% são transformados em luz e o restante aquece o meio ambiente. Neste caso, esta lâmpada não deve ser usada próxima de materiais inflamáveis, pois pode haver o risco de incêndio. Já a lâmpada fluorescente compacta, tem eficiência de 32%, produzindo a mesma iluminação, com temperatura bem menor, sendo conhecida como lâmpada fria. Baseado nestas informações, é recomendável que se pense sobre isso quando for comprar lâmpadas a fim de dimensionar seu projeto de luminotécnica.
APLICAÇÃO DAS NORMAS REGULAMENTADORAS
Vamos agora estudar um pouco sobre a aplicação das normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) nos projetos luminotécnicos. As principais normas que dizem respeito a iluminação são a NBR ISO/CIE 8995-1, a NBR5413 e a NR17.
APLICAÇÃO DA NORMA REGULAMENTADORA NR 17
A Norma Regulamentadora NR 17 trata da Ergonomia. 
Prevista pela Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia, ela visa a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. Além de analisar os mobiliários a norma também verifica demais agentes tais como, iluminamento, temperatura, ventilação e outros, objetivando propiciar às pessoas o conforto ergonômico maior possível. 
O número de acidentes e doenças ocupacionais no Brasil e no mundo por falta de iluminação nos ambientes de trabalho cresce a cada dia; por isso a importância de manter os ambientes de trabalho cada vez mais iluminados.
Quanto às condições ambientais de trabalho a norma cita em seu artigo 17.5.3: “Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade. ” Quanto à iluminação natural, evidentemente a norma está se referindo a luz do sol, que a princípio, se puder ser utilizada, resolverá os problemas de conforto ambiental nas mais diversas atividades de trabalho. Como na maioria dos casos esta solução fica difícil de ser implementada, nos valemos da utilização de iluminação artificial. Esta iluminação adequada, está regulamentada pela norma brasileira da ABNT a NBR 5413/92. Na norma regulamentado NR 17 a fundamental busca do conforto físico e visual será muito importante para o desenvolvimento seguro das atividades.
ILUMINAÇÃO DE INTERIORES
A Norma 5413 estabelece os valores de iluminâncias médias mínimas em serviço para iluminação artificial em interiores, onde se realizem atividades de comércio, indústria, ensino, esporte e outras, criando parâmetros para o desenvolvimento do projeto.
A Norma 5382/1985, cancelada em 2013, tinha como objetivo fixar o modo pelo qual se faz a verificação da iluminância de interiores de áreas retangulares, através da iluminância média sobre um plano. Recentemente foi substituída pela norma ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013; e por um conjunto de normas, dentre elas a normas CIE103/5, 17, 129, 17, 129, 13.3, 16, 19.2, 40, 58, 60, 62, 96, 97.ISO3864-1/2011, ISO 3864-2 ,3 e 4.
Esta nova norma, a NBR ISO/CIE 8995-1:2013, veio auxiliar e atualizar diversos pontos técnicos que não existiam no antiga 5382, favorecendo aos amantes da iluminação um leque maior de aplicabilidade em seus projetos.
COMO SELECIONAR O O TIPO DE LUZ DESEJADA
Além das regras estabelecidas pelas normas técnicas,é importante ressaltar que o mais desejável é sempre buscar auxílio de um profissional especializado (designer de interiores, arquiteto e urbanista ou um decorador), no entanto algumas dicas são essenciais ao comprar sua lâmpada e luminária.
Lembre-se da luminária. Às vezes as lâmpadas não se encaixam corretamente nas luminárias; então é sempre bom comprar a luminária e a lâmpada juntas. Com relação às marcas o mercado dispõe de vários modelos e diversos fabricantes no geral todas as marcas produzidas no brasil, são registradas no Inmetro e são de boa qualidade.
GRANDEZAS E LUMINOTÉNICAS
A luz é uma radiação eletromagnética que acarreta uma sensação de claridade ou seja uma sensação visual. A sensibilidade visual para a luz varia de acordo com o comprimento de onda da radiação e com a luminosidade. A curva de sensibilidade do olho humano demonstra que radiações de menor comprimento de onda geram maior intensidade de sensação luminosa quando a pouca luz; enquanto as radiações de maior comprimento de onda se comportam ao contrário.
FLUXO LUMINOSO
O fluxo luminoso é a radiação total da fonte luminosa, entre os limites de comprimento de onda (380 a 80 nm). Quando uma fonte de luz é acionada a uma propagação de fluxos luminosos em várias direções, você poderá direcionar estes fluxos de luz para uma única direção, utilizando barreiras físicas.
INTENSIDADE LUMINOSA
É o fluxo luminoso irradiado na direção de um determinado ponto. Esta direção é representada por vetores, cujo comprimento indica a intensidade luminosa.
· Símbolo: I
· Unidade: Candela (cd)
ILUMINÂNCIA
É a relação da razão entre o fluxo luminoso incidente por unidade de área. Como o fluxo luminoso não é distribuído uniformemente, a iluminância não será a mesma em todos os pontos da área. Para tanto, considera-se a iluminância média (Em).
CURVA DE DISTRIBUIÇÃO LUMINOSA
É a representação da intensidade luminosa em todos os ângulos em que é direcionada num plano. Visando a uniformização destas curvas, geralmente são referidas ao valor de 1000 lm. Para efeito de cálculos é necessário multiplicar-se o valor encontrado na CDL pelo fluxo luminoso da lâmpada e dividir por 1000 lm.
COEFICIENTE DE REFLEXÃO DE MATERIAIS
O coeficiente de reflexão é a relação entre o Fluxo luminoso refletido e o incidente em uma superfície.
CARACTERÍSTICAS DAS LÂMPADAS
Estudaremos agora algumas características essenciais das lâmpadas. A eficiência é a relação entre o fluxo luminoso em lumens fornecido pela lâmpada e o seu consumo em Watts, representado na equação Lumens/Watts (lm/W).
Em relação à temperatura de cor, é difícil avaliar a sensação de tonalidades de cor de diversas lâmpadas. Para estipular um parâmetro foi definido o critério de temperatura de cor (Kelvin) para classificar a luz. O conceito baseia-se em comparar com um corpo metálico em aquecimento (Radiador de Plank), que passa desde a cor avermelhada e, colocando-se mais fogo, mais calor, a barra começara a ficar num vermelho mais claro, até que depois de passar por cores como laranja, amarelo, com o fogo e calor aumentando, ela chegará a ponto de fusão e então terá uma cor branca azulada.
Entende-se então que quanto mais calor em graus Celsius a barra receber, mais branca ficará, em graus Kelvin, teremos então a temperatura de cor. Assim, podemos deduzir que quanto mais alta for a temperatura de cor mais branca será a luz.
As variações de cor dos objetos iluminados sob fontes de luz diferentes podem ser identificadas através do conceito de reprodução de cores. Sua escala é de 0 a 100%, também comparada com o metal sólido em aquecimento até irradiar luz. Este parâmetro é dado pelo IRC ou – Índice de reprodução de cores. O IRC serve para medir o quanto de luz artificial consegue imitar a luz natural. O IRC de 100% seria como um dia claro de sol no verão por volta do meio dia. Desta forma, quanto mais próximo de 100% for o IRC de uma fonte de luz artificial, mais próxima da luz natural estará, ou seja, reproduzirá mais fielmente as cores e, quanto menor for este índice pior será a reprodução de cores.
LUMINÁRIAS E LÂMPADAS
A luminária é um amplificador da lâmpada; logo, deve-se avaliar o desempenho da eficiência do conjunto lâmpada mais luminária. Como a lâmpada é instalada dentro da luminária, o fluxo luminoso total aproveitável é menor que o irradiado pela lâmpada, devido a reflexão, absorção e transmissão da luz pelos materiais componentes da luminárias. Por isto a importância de comprar a luminária adequada à lâmpada que será utilizada.
Para avaliar melhor a eficiência da luminária os fabricantes fornecem a Curva de Distribuição Luminosa – CDL. Esta CDL é apresentada através de uma curva polar, onde representamos a distribuição da luz direta em diversos ângulos, nos planos transversal e longitudinal. Seus valores são expressos em candelas por 1000 lumens do fluxo luminoso da lâmpada.
SISTEMA DE REFLEXÃO DAS LUMINÁRIAS
O sistema ótico da luminária é a parte crucial do controle da luz. Um dos princípios básicos é o da reflexão, segundo o qual uma superfície lisa e brilhante refletirá a luz no ângulo em que atingiu esta superfície. Isto é o ângulo de incidência é igual ao ânulo de reflexão. Para termos um melhor desempenho do conjunto, os fabricantes de luminárias apresentam como solução o material refletor e sua geometria. Dos materiais refletores largamente utilizados, hoje se sobressai o alumínio anodizado e polido.
INSTALAÇÃO ELÉTRICA PARA LUMINÁRIAS
Todos os cuidados devem ser tomados em relação à instalação de uma luminária com lâmpada. É necessário o assessoramento de profissional de eletricidade para sua ligação na rede energizada; manter o circuito elétrico desligado, durante a montagem e instalação completa de todos os componentes lâmpada e luminária.
PROJETO LUMINOTÉCNICO
O desenvolvimento do projeto luminotécnico consiste basicamente em escolha da lâmpada e da luminária mais adequada; cálculo da quantidade de luminárias; disposição das luminárias no recinto; e cálculo da viabilidade econômica, aproveitamento de iluminação natural.
São diversos os fatores que irão propiciar um bom projeto de luminotecnica a qualidade da iluminação, dentre os quais estão:
Fatores para um bom projeto de luminotécnica:
· Nível de iluminação adequada;
· Limitação no ofuscamento;
· Harmonia com a pintura existente;
· Objeto a ser iluminado;
· Proporção harmoniosa entre luminâncias;
· Efeitos de luz e sombra;
· Reprodução de cores;
· Tonalidades de cor e luz.
Em relação à medição do nível de iluminação, o luxímetro é um medidor de lux utilizado para medir a intensidade de iluminação de vários pontos em um ambiente.
Dentre os pontos que devem ser considerados num projeto luminotécnico, podemos destacar:
· Método das eficiências ou lumens;
· Método das cavidades zonais;
· Método ponto a ponto;
· Medição de qualidade;
· Equipamento de ponta;
· Instalação flexível.
ILUMINAÇÃO E TECNOLOGIA
No mercado atual, há vários softwares para utilização de projetos luminotécnicos, dentre os quais podemos destacar: o design light, relux, dialux ou o AG132.  Entretanto, é necessário ter conhecimentos básicos do auto cad. para utilizar alguns deles. Os softwares auxiliam nos cálculos de distância na posição melhor da incidência de lux, e até o aproveitamento da iluminação natural.
Dentre os softwares apresentados, o diaLux, criado em 1994, é um software gratuito de cálculo de iluminação de radiosidade baseado no Windows XP. As empresas fabricantes de luz e acessórias alimentam estes softwares com o que há de mais moderno no mercado, favorecendo os designs e arquitetos uma ferramenta gratuita e atualizada.
Em relação à tecnologia de iluminação, a introdução do LED no mercado trouxe uma série de benefícios, como, por exemplo, sua alta durabilidade, baixa manutenção o fato de ser uma tecnologia limpa. Além disso, hoje é possível controlar a iluminação com sensores de presença, programações de horários ou controles por vozes.
Um termo muito falado nos dias de hoje e totalmente voltado à iluminação do futuro é o Human CentricLithting. Esse termo refere-se à iluminação centralizada nas necessidades físicas e fisiológicas do homem, possibilitando que um único produto proporcione sensações diferentes. Muito falada também nos dias atuais, a Internet das coisas ou simplesmente IoT se refere a uma revolução tecnológica que tem como objetivo conectar os itens usados no dia a dia à rede mundial de computadores. Quando trazemos esse conceito à iluminação LED, pode-se citar a tecnologia de Telegestão, na qual as luminárias são capazes de se comunicar e transmitir dados de maneira remota e rápida.
Outro ponto a ser considerado é a Iluminação Conectada. Com ela, o produto estará conectado com a internet, aplicativos e redes sociais, facilitando o gerenciamento com outros sistemas como calendários ou com a iluminação natural. Já com o conceito Tunable White, a iluminação vai mudar ao longo do dia, de acordo com fluxo luminoso ou intensidade, selecionando a cor em função do horário. Dessa forma, não muda apenas a sensação de iluminação do ambiente, pois as cores são mais realçadas, principalmente em ambientes que necessitam de melhor iluminação. Hoje um dos setores que precisam dessa tecnologia, por exemplo, é a Indústria Têxtil, pois ela tema necessidade de reproduzir a cor fielmente.
ILUMINAÇÃO AMBIENTAL (UNIDADE ii)
ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL: LÂMPADAS E LUMINÁRIAS
Atualmente, as pessoas passam a maior parte do tempo em ambientes internos iluminados parcialmente por janelas e, predominantemente, iluminados artificialmente por lâmpadas e luminárias. A maior parte dos ambientes internos, seja comercial ou residencial, são iluminados artificialmente. Até há alguns anos, as pessoas imaginavam como iluminação, o simples fato de comprar uma lâmpada ou uma luminária no mercado, sendo poucas variedades disponíveis para consumo. Não eram levados em consideração diferentes aspectos importantes que hoje em dia já se pode considerar, devido à enorme variedade de tipos e modelos de lâmpadas e luminárias, cada uma desempenhando seu papel, seja com apelo meramente estético ou funcional. Assim é possível projetar ambientes com propostas de iluminação voltados a uma melhor funcionalidade e valorização do espaço e claro, com economia de energia e sustentabilidade.
A lâmpada incandescente de filamento foi inventada pelo norte-americano Thomas Edson em 1879, que transformou a lâmpada incandescente em algo comercializável, usando uma haste de carvão (carbono). Quando falamos sobre lâmpadas, não é possível não falar das luminárias, sendo que o mercado dispõe de vários modelos. Existem peças contemporâneas, retilíneas, leves. Encontramos também abajures clássicos e românticos, com cúpulas em pergaminho, poli- carbonato, murano, enfim, uma variedade enorme de opções de cores, texturas e volumes. Essa diversidade é essencial para composição dos mais variados ambientes.
Antes de escolher sua luminária preferida, é preciso saber como e onde usá-la. Em termos de luminária, por exemplo, na cozinha, o ideal é utilizar modelos com iluminação fluorescente e de toque amarelado; ao passo que na sala, ambiente convidativo ao descanso, o clima pede soluções aconchegantes, propiciadas pelo uso de abajures, com controle de intensidade. Nesse caso, as luminárias de tecido estampado proporcionarão alegria à casa.
Uma iluminação inadequada pode causar problemas de saúde como:
· Desconforto e fadiga visual;
· Dor de cabeça;
· Ofuscamento;
· Redução da eficiência visual.
O projeto luminotécnico deve possuir um caráter criativo e prever que cada espaço interno de um imóvel tenha uma correta especificação de luminárias e lâmpadas. Existem atualmente uma gama imensa de opções, mas podemos classificar os itens de iluminação artificial em dois grupos: iluminação geral e iluminação dirigida. Veja a seguir as suas definições: 
ILUMINAÇÃO GERAL: Tem como objetivo utilizar a iluminação direta e de refletores. 
ILUMINAÇÃO DIRIGIDA: Privilegia efeitos especiais e destaque para pontos específicos do ambiente.
Atualmente, é possível automatizar a iluminação para que, em uma mesma luminária, as lâmpadas mudem a temperatura de cor e proporcionem uma luz mais semelhante à natural, que lembre o amanhecer, o entardecer ou mesmo o anoitecer. Nessas luminárias, o próprio usuário escolhe qual tipo de iluminação vai querer em determinado momento. Por exemplo, lâmpadas LED podem ser encontradas em pelo menos três cores: amarelada, natural e azulada. A mais amarelada e convencional é chamada “branca quente”, pois apresenta uma temperatura de cor quente - entre 3.000 K e 3.500 K, na escala Kelvin. Aquela com a cor mais brilhante, que lembra até a neve de tão branca, podendo ainda ter uma pequena coloração azulada, é chamada de “branca fria”, pois sua temperatura de cor se situa na parte fria da escala de cores, entre 5.000 K e 6.000 K na escala Kelvin. Existe ainda uma terceira opção: a cor branca natural. Esta não apresenta tonalidades amarelada ou azulada, é chamada de “branca natural” ou neutra e situa-se na região intermediária da escala de cor Kelvin, entre 4.000 K e 5.000 K. Cada uma das cores possui suas vantagens. Portanto, é importante observar as indicações para cada caso, e claro, ponderar com o seu gosto pessoal e as necessidades de cada um. A temperatura de cor fria propicia uma iluminação densa e brilhante. Ela é excelente para área de trabalho, manipulação de pequenos objetos, artesanato, montagens, culinária etc. Dessa forma, é muito bem empregada em áreas de serviço, cozinha, salas de aula, garagens e banheiros. A temperatura de cor quente propicia uma iluminação calma e aconchegante, ideal para dormitórios, corredores, salas de estar, vitrines, salas de espera, varandas, terraços e abajures. A temperatura de cor natural, como o próprio nome diz, propicia uma iluminação naturalmente branca, podendo ser uma segunda opção para todos os ambientes mencionados anteriormente.
A maior qualidade da cor natural é que ela mantém a coloração dos objetos que estão sendo iluminados, e, por isso, é muito indicada para salas de jantar, vitrines, área de estudos e leitura, artesanato, pintura, desenho, salas de aula, academias, salão de beleza, clínicas e para destacar quadros e objetos de arte. Portanto, garantir uma iluminação adequada é uma das principais responsabilidades não só dos projetistas, mas também de administradores e autoridades locais. Para um bom projeto de iluminação é indispensável a análise das fontes de luz naturais e artificiais simultaneamente. A luz natural deve ser predominante durante o dia enquanto as fontes de luz artificiais, à noite. A iluminação destas duas fases distintas deve ser pensada para que a iluminação esteja sempre de acordo com as necessidades do espaço a ser iluminado. Hoje, a iluminação está muito mais valorizada no mercado de design de interiores e arquitetura, possibilitando inúmeras possibilidades de efeitos, assim como rebaixo de gesso, tipos de luminária ou mesmo uma peça de destaque com design e principalmente o uso correto de lâmpadas e potências. (PINHEIRO, 2014).
A iluminação é um elemento do projeto que, além de dinâmico, ocupa o espaço sem obstruí-lo, e, por meio da correta utilização, é possível influenciar e modificar a sensação que temos de um determinado ambiente, influenciar psicologicamente o usuário e dar significado e identidade à arquitetura. (BARBOSA, 2010; CHOU, 2007). William Lam foi o primeiro “lighting designer” a definir os requisitos de uma iluminação orientado à percepção visual, estes requisitos baseiam-se, principalmente, nas necessidades biológicas do usuário. No que diz respeito à percepção psicológica da iluminação, ela pode contribuir para de que maneira o espaço será utilizado, contribuindo e influenciando nos seguintes quesitos (BARBOSA, 2010):
· Realização de atividades;
· Impressão subjetiva do espaço;
· Estímulos e comportamento dos usuários.
A iluminação também pode modificar a percepção dastexturas dos materiais e sua forma, pois quando há iluminação indireta o formato é bem identificado, entretanto a volumetria não é enfatizada e as cores são menos intensas. Por outro lado, quando os materiais recebem iluminação direta, a percepção do formato sofre alterações, enquanto a volumetria é bem marcada e as cores são mais intensas (LIMA, 2010). Outra potencialidade importante da iluminação é a sua capacidade de destacar e hierarquizar, sejam objetos ou espaços em um determinado ambiente. Isto se dá, pelo nível de contraste que é utilizado, em relação à iluminação média do ambiente,
Nesse contexto se dá a importância de tratar de forma adequada e consciente os projetos luminotécnicos, pois, a iluminação exerce profunda influência no desempenho de atividades, sendo que somente com a luz é que se torna possível receber informações visuais, a qual, segundo Lima (2010), é responsável por 85% da percepção humana. Há também a função da iluminação relacionada ao caráter emocional, que pode ser igualmente chamada de fator estético, e é nesta função que o projeto luminotécnico comercial mais se empenha. Assim, a criação de efeitos visuais e de cenários gerados a partir da iluminação pode colaborar decisivamente para o sucesso de uma loja. Além dos fatores funcional e estético do projeto luminotécnico, há outro elemento importante para a iluminação comercial, o econômico.
FIQUE DE OLHO!
Luz é uma fonte de radiação emite ondas eletromagnéticas que possuem diferentes comprimentos e o olho humano é sensível a somente alguns. Luz é, portanto, a radiação eletromagnética capaz de produzir uma sensação visual. A sensibilidade visual para a luz varia não só de acordo com o comprimento de onda da radiação, mas também com a luminosidade. A curva de sensibilidade do olho humano demonstra que radiações de menor comprimento de onda (violeta e azul) geram maior intensidade de sensação luminosa quando há pouca luz (ex. crepúsculo, noite, etc.), enquanto as radiações de maior comprimento de onda (laranja e vermelho) se comportam ao contrário.
TIPOS DE LUMINÁRIAS
Para desenvolver um projeto luminotécnico de qualidade, é importante ter conhecimento de tudo que envolve a iluminação: tipo de luminária, lâmpadas, potências, efeitos desejados, lumens e a parte elétrica. As luminárias são aparelhos destinados a distribuir, filtrar e controlar a luz gerada por uma ou mais lâmpadas, que contenham todos os equipamentos e acessórios necessários para fixar, proteger e alimentar essas lâmpadas. Existem luminárias para diversas finalidades e destinadas às lâmpadas incandescentes, fluorescentes, vapor de mercúrio etc. As luminárias possuem um papel importante para distribuir o nível de iluminação de um determinado ambiente.
As luminárias podem fornecer iluminação dos seguintes tipos:
· ILUMINAÇÃO INDIRETA: Quando a luz que chega ao ambiente após ser refletida em uma superfície.
· ILUMINAÇÃO DIRETA: Quando há intenção de iluminar um ponto específico.
· ILUMINAÇÃO DIFUSA: Quando a luz é difundida no ambientede forma igual, não havendo destaque da lâmpada.
Para se fazer uma especificação de qualidade, é importante saber todos os tipos de luminárias comerciais existentes, lembrando que sempre devemos nos atualizar sobre esse tema, pois é uma das áreas que mais muda hoje em dia! Sempre existe um lançamento novo no mercado. Para estar atualizado, é importante sempre visitar lojas especializadas e feiras e exposições do ramo de iluminação. Hoje, não há uma regra rígida quanto à escolha do tipo de luminária, desde que não prejudique no efeito luminotécnico. Verificar na obra, ou no projeto, se o teto será em laje ou gesso, facilitará a escolha da luminária certa, por exemplo. É importante, também, considerar se é ambiente interno ou externo, e consultar com o fornecedor do produto, se o mesmo é adequado ou não para o local desejado. A seguir, são apresentados alguns tipos de luminárias mais utilizadas (BRAGANÇA, 2014):
· Plafon - Tipo de luminária instalada no forro e serve como peça central do ambiente. Em sua forma, o plafon é parecido com um prato raso, redondo ou quadrado, de vidro jateado, ou de plástico, preso por garras na base da luminária no teto. Existem dois tipos de efeitos de iluminação causados pelo plafon. Dependendo do material, ele produz um efeito de luz indireta ou difusa. Na iluminação indireta, o plafon de vidro irradia luz em direção ao teto (Rebatedor), que a reflete para o ambiente. Este tipo de iluminação cria menos sombra e é mais agradável aos olhos, por isso é mais indicada para quartos e salas de TV. Já no plafon com luz difusa, o vidro, ou o plástico, não impede que a luz alcance o ambiente, proporcionando uma iluminação mais direta, ideal para banheiros, salas de visita e salas de jantar, por exemplo.
· Pendente - Tipo de luminária funcional e, ao mesmo tempo decorativa, pois existem diversos modelos com muito design, materiais e cores diferentes. Esta luminária fica “pendurada” por fios elétricos ou às vezes acompanhada de cabo de aço em função do peso da peça. Essas peças são usadas geralmente em bancadas, mesas de refeições, laterais de camas, mezaninos etc.
· Spot - Luminária com iluminação direta e direcionável, com aspecto mais funcional. Por ser direcionável, esse tipo de luminária não fornece iluminação geral, portanto deve ser utilizada juntamente com um plafon, no caso de ambientes maiores como sala, cozinha ou escritório, por exemplo. Esse tipo de luminária é indicada para iluminar um ponto específico, seja um móvel, um quadro, escultura ou um ponto na parede. Para os spots, é muito importante levar em consideração o uso correto das lâmpadas, para cada situação e modelo.
· Luminárias de mesa - Peça muito funcional e de design bem variado, com iluminação focada em um determinado ponto. Sua principal função é ser uma luminária de leitura apoiada nas mesas de trabalho, laterais de cama ou em uma mesa lateral de sofá. Geralmente é uma luminária focal, quando concentra sua iluminação em um ponto específico, que pode ter o braço articulado ou fixo. Mas também, pode ser de iluminação indireta e difusa para dar um efeito de luz ambiente.
· Luminárias de piso - As luminárias de piso são mais altas que as luminárias de mesa, pois se apoiam no chão, tendo sua haste maior. Podem ser fabricadas de diversos materiais: madeira, aço, cromado, etc. Possuem o mesmo objetivo da luminária de mesa. Podem ser com finalidade de leitura e decorativa ao mesmo tempo. Existem muitos modelos desse tipo de luminária, em estilos ousados e servindo como uma peça decorativa na sala ou em outro ambiente. Mas, seu maior uso é em sala de estar ao lado de uma poltrona ou sofá, ou em poltronas dentro de quartos e escritórios. Sua principal função é iluminar focado para baixo, quando é para leitura, ou em alguns casos, ilumina em direção ao teto para propiciar um ambiente relaxante com uma luz indireta.
· Arandelas - As arandelas são luminárias instaladas em paredes e, dependendo do modelo e do material que é produzido causam efeitos diferentes e artísticos, transformando a luz em obra de arte. Se for elaborada com cúpula, por exemplo, deixa o ambiente mais aconchegante. Por outro lado, se for de vidro ou policarbonato, oferecerá uma iluminação mais difusa. Podem ser utilizadas em áreas internas e externas. E áreas internas, são muito utilizadas em paredes de corredores.
· Up-Light - Luminárias utilizadas em jardins ou em vasos com plantas. Seu facho de luz é de baixo para cima, mas para um bom efeito temos de saber que tipo de planta será usada para depois poder especificar o tipo de lâmpada mais adequada. Essa luminária é muito indicada também para fachadas de residências, prédios comerciais e pilares, valorizando assim sua verticalidade. Esse tipo de luminária é responsável pelo efeito Existem alguns modelos de luminárias “up-light”, para interiores também e podem ser utilizados em dormitórios e salas.
· Balizador - As lumináriasbalizadoras, são bem específicas e mais utilizadas em entradas, corredores, escadas, caminhos, jardins, etc. Elas iluminam lateralmente, projetando a luz para dentro do local a ser iluminado. Os balizadores são destinados à orientação das pessoas, mostram o caminho a ser percorrido, sinalizam o trajeto e por isso auxiliam na segurança das pessoas para não tropeçarem. Esse tipo de luminária faz o efeito de balizar, não de iluminar o local como um todo, tendo a necessidade, na maioria dos casos, de complementar a iluminação com outro tipo de luminária.
TIPOS DE LÂMPADAS
Antes de discutirmos os tipos de lâmpadas, de acordo com Bragança (2014), é necessário compreendermos alguns conceitos relacionados ao tema:
· FLUXO LUMINOSO: É a quantidade total de luz emitida a cada segundo por uma fonte luminosa. A unidade de medida do fluxo luminoso é o lúmen (lm), representado pelo símbolo Ø. Por exemplo: uma lâmpada incandescente de 100 Watts emite cerca de 1.600 lumens de fluxo luminoso por segundo ao ambiente. A medição de fluxo luminoso de fontes de luz artificial é realizada dentro de uma esfera branca totalmente difusa, chamada de esfera de Ulbricht. Este equipamento mede a quantidade total de lumens emitida pela fonte de luz testada, por comparação com uma lâmpada calibrada.
· INTENSIDADE LUMINOSA: Definida como a concentração de luz em uma direção específica, radiada por segundo. Representada pelo símbolo I e a unidade de medida é a candela (cd).
· ILUMINÂNCIA: Quantidade de luz, ou fluxo luminoso, que incide sobre um ponto da superfície e a área dessa superfície. É designado pelo símbolo E. A unidade é o lux (lx). Um lux é igual a um lúmen por metro quadrado (lm/m2). A iluminância é medida com o auxílio de fotômetros denominados luxímetros. A iluminância é independente da direção de onde o fluxo luminoso atinge a superfície.
· EFICIÊNCIA LUMINOSA: Indica a eficiência com que a energia elétrica consumida é convertida em luz. É medida em lumens por watt [lm/W]. A eficiência luminosa de lâmpadas incandescentes convencionais é da ordem de 10 lm/W. As lâmpadas halógenas de tungstênio têm 26 lm/W, enquanto as de descarga possuem 91 lm/W.
· VIDA ÚTIL: É o tempo recomendado para uso de uma lâmpada mantendo sua eficiência luminosa. Após o término desse período, recomenda-se sua substituição, mesmo que ela ainda esteja funcionando.
· íNDICE DE REPRODUÇÃO DE COR: Muito importantes na decoração de um ambiente, a harmonia e combinação das cores podem ser prejudicadas se você não escolher as lâmpadas adequadas. A reprodução de cores de uma lâmpada é medida por uma escala chamada IRC (Índice de Reprodução de Cores). Quanto mais próximo este índice for ao IRC 100 (dado à luz solar), mais fielmente as cores serão vistas na decoração. Isto ocorre porque, na verdade, o que enxergamos é o reflexo da luz que ilumina os objetos, já que no escuro não vemos as cores. A capacidade de as lâmpadas reproduzirem bem as cores (IRC) não depende de sua temperatura de cor. 
LÂMPADAS INCANDESCENTES
A lâmpada é um dispositivo elétrico que transforma energia elétrica em energia luminosa e/ou energia térmica. A primeira lâmpada incandescente foi construída pelo inventor Thomas Edison, em 1879. O mercado oferece uma infinidade de modelos, mas podemos resumir os tipos de lâmpadas basicamente nos seguintes grupos: incandescentes, fluorescentes, mistas, halógenas, de descarga de alta pressão e LED. A luz é composta pelas sete cores do arco-íris e os pigmentos contidos nos objetos têm a capacidade de absorver determinadas cores e refletir outras. Portanto, a qualidade de reprodução das cores vai influir diretamente nas cores da decoração, alterando ou mantendo as cores escolhidas. Assim como as cores, a tonalidade das lâmpadas também pode ser dividida em quente ou fria. Esta Temperatura de Cor é medida em graus Kelvin (K) e quanto maior for o número, mais fria é a cor da lâmpada.
Em relação aos tipos de lâmpadas, as lâmpadas Incandescentes são as lâmpadas mais antigas e mais usadas para iluminação geral (em pendentes, plafons, lustres), iluminação decorativa ou de efeito (abajures, arandelas, luminárias de piso). Apresentam luz amarela e permite a reprodução de cores. As principais partes de uma lâmpada de incandescência são o filamento, o bulbo, o gás de enchimento e a base. As lâmpadas incandescentes possuem pouca eficiência energética, por isso foram substituídas por outros tipos de lâmpadas com maior eficiência (emite mais luz e consome menos energia). Apenas 5% da energia elétrica consumida por uma incandescente é transformada em luz, o restante vira calor! Os modelos de lâmpadas espelhadas são usadas em spots, para que o facho de luz seja focado e não desperdiçado. Também são utilizadas para iluminar fogões e geladeiras. Desde 2016, as lâmpadas incandescentes com potência de 41 a 60W, por não atenderem os níveis mínimos de eficiência energética, tiveram as vendas proibidas.
Dente os modelos de lâmpadas incandescentes mais comuns, podemos citar:
· Bulbo transprente;
· Bulbo leitoso, não ofuscante;
· Lâmpada vela;
· Lâmpada bolinha de eletrodomésticos (fogão, geladeira)
· Lâmpada anti-inseto;
· Lâmpada espelhada.
FIQUE DE OLHO!
O dimmer é um dispositivo utilizado para variar a intensidade de uma corrente elétrica média em uma carga. São gradadores que, por meio da diminuição ou aumento da tensão valor eficaz e, portanto, um aumento da potência média de uma lâmpada, controlam a intensidade da luz produzida pela mesma. Um dimmer tem como objetivo fazer com que aumente ou diminua a intensidade luminosa por intermédio de um potenciômetro, que auxilia nessa operação.
LÂMPADAS FLUORESCENTES
As lâmpadas fluorescentes são lâmpadas de vapor de mercúrio de baixa pressão. O gás utilizado para encher o tubo inclui um gás inerte, que arranca com facilidade e controla a descarga, e uma pequena quantidade de mercúrio, cujo vapor produz radiação violeta quando mexido. Podem ser conseguidas diferentes aparências de cor (branco quente, branco neutro, branco luz do dia e colorida) com a utilização de materiais fluorescentes apropriados. A luz é predominantemente difusa tornando-se a mais adequada para uma iluminação uniforme de maiores áreas. Atualmente são as mais conhecidas e indicadas para o uso residencial e comercial, pois apresentam alta eficiência e baixo consumo de energia. As lâmpadas fluorescentes conseguem ser 79% mais econômicas e produzem 70% menos calor que as incandescentes.
As lâmpadas fluorescentes compactas possuem rendimento luminoso cinco vezes superior ao das lâmpadas incandescentes e vida média cerca de dez vezes superior. O custo destas lâmpadas é superior aos das lâmpadas de incandescência, mas a economia alcançada (considerando o seu ren- dimento e a duração de vida) amortiza rapidamente o custo inicial mais elevado. Atualmente, ela perde apenas para a lâmpada de LED (Light Emitting Diode, que significa diodo emissor de luz).
As lâmpadas fluorescentes substituem as lâmpadas incandescentes e podem ser utilizadas na iluminação geral de residências e comércios (em pendentes, plafons, lustres), como iluminação decorativa ou de efeito (abajures, arandelas, luminárias de piso). A maioria das pessoas conhece as lâmpadas fluorescentes de cor branca ou azulada, mas também podemos encontrar modelos com temperaturas de cor baixa, que apresentam cor amarelada, semelhante à luz da lâmpada incandescente comum.
Existem os seguintes modelos principais de lâmpadas fluorescentes:
TUBULARES E CIRCULARES: As mais comuns e mais antigas das fluorescentes, é necessário o uso de reato- res eletrônicos externos. Utilizadas comumente em empresas, ambientes de escritórios, comerciais e salas de aula. Possuem vida útil (cerca de 7.500 h) e custos maiores que as incandescentes. Todavia, sua eficiência luminosa é cinco vezes maior que a das incandescentes. Têm uma cor fria, com reproduçãode cores que deixa a desejar (85%).
COMPACTAS: São indicadas para iluminação geral de ambientes residenciais e comerciais. Existem muitos modelos no mercado, de diversos tamanhos e a maioria dos modelos podem ser dimerizáveis (controle da intensidade da luz pelo próprio usuário). Quando possuem um reator integrado, são chamadas de lâmpadas fluorescentes eletrônicas. No caso de não possuírem um reator, um equipamento adicional deve ser comprado.
LÂMPADAS HALÓGENAS
As lâmpadas halógenas também são consideradas lâmpadas fluorescentes, mas, por possuírem halogêneo (bromo ou iodo) em sua composição, apresentam uma redução de 20 a 40% no consumo de energia. Permitem uma excelente reprodução das cores. São indicadas para ambientes residenciais e comerciais e podem ser utilizadas em pendentes, lustres e em spots embutidos. Alguns modelos estão disponíveis em cores diferentes.
Apesar de consumirem mais energia do que as lâmpadas fluorescentes e as de LED, são muito utilizadas nos projetos luminotécnicos pois permitem a criação de efeitos de destaque e valorização de objetos, texturas e materiais. Por ser uma lâmpada incandescente, a lâmpada halógena produz calor. 
As lâmpadas halógenas possuem as seguintes características:
· Alta eficiência quanto utilizadas em redes de baixa tensão;
· Vida média entre 2000 e 4000 horas (mais do que as incandescentes comuns);
· Índice de Reprodução de Cores (IRC) de 100%: por isso são recomendadas para áreas de destaques de obras de arte, objetos e bancadas de trabalho;
· Produção de luz com cor entre 2700 e 3200 K;
· Podem ser dimerizadas.
Dentre modelos de lâmpadas halógenas, podemos citar:
· Lâmpadas halógenas dicroica, mini dicroica e cápsula (rede de baixa tensão 12V): Essas lâmpadas são ideais para destacar objetos ou determinadas áreas, como uma parede, hall de entrada, pias, etc. Não é aconselhável iluminar áreas grandes com várias dicroicas embutidas, pois possuem a vida útil pequena e pode exigir manutenção.
· Lâmpadas Halógenas HaloPAR (para rede de tensão 110/220 V): As lâmpadas do tipo HaloPAR proporcionam iluminação difusa, forte e agradável. É possível acrescentar um filtro que impede a entrada de poeiras e sujeitas e assim, aumenta sua vida útil e reduz o ofuscamento. Os modelos mais utilizados são: PAR 20/ PAR30/ PAR 38. Além disso existem também outros modelos mais utilizados para iluminação cênica: PAR 46/ PAR 56/ PAR 64. Seu uso é indicado para uma iluminação dirigida e de destaque. Também são muito indicadas para banheiros (maquiagem), para valorizar quadros e produtos em lojas.
· Lâmpadas halógenas lapiseira ou palito (110 / 200V): Esse tipo de lâmpada possui variados tipos de usos, sendo muito versátil. São encontradas em diferentes potências (de 100 a 1000W), possui luz morna, brilhante e uniforme. Possui vida útil em torno de 2000 horas, Índice de Reprodução de Cor de 100%, temperatura de cor em torno de 3000 K.  Recomendada para uso em grandes áreas internas como lojas, shoppings, teatros, etc., e também algumas áreas externas como fachadas, outdoors e quadras esportivas.
· Lâmpada Halógena Halopin (110 / 220V): Representa o menor tipo de lâmpada halógena, encontrada nas potências 25 e 60W, somente na cor branca. Usada mais para efeitos decorativos, em luminárias, pendentes, arandelas, em balizadores de escadas e corredores. Esse tipo de lâmpada gera muito calor e pode gerar queimadura nas mãos.
· Lâmpadas Halógenas AR: Esse tipo de lâmpada halógena possui um bulbo coberto por uma estrutura metálica e não causa ofuscamento. Os modelos de AR iluminam áreas pequenas e grandes, criando uma iluminação gera, conforme o ângulo de cada lâmpada. Seu uso é mais decorativo e existem três modelos principais: AR 48, AR 70 e AR 111 e apresentam ângulos de 4º a 24º.
LÂMPADAS LED (LIGHT EMITTING DIODE)
Lâmpadas LED (Light Emitting Diode, em inglês, ou diodo emissor de luz) são consideradas as lâmpadas mais modernas - produtos de última tecnologia. As lâmpadas de LED ,para serem utilizadas em luminárias e nos soquetes de luz da sua casa, demoraram a chegar, principalmente em virtude de seu preço elevado: seus circuitos eletrônicos e recursos para reduzir a emissão de calor fizeram com que elas ficassem muito caras - muito mais caras do que outros tipos de lâmpadas. Convertem energia elétrica diretamente em energia luminosa, por meio de pequenos chips. A irradiação térmica das lâmpadas LED é muito baixo, por isso são consideradas frias. É possível segurar uma lâmpada LED acessa nas mãos.
É considerado um produto ecológico, com consumo de energia muito baixo e com vida longa. Como utiliza baixa tensão de rede (10 V ou 24 V), logo necessita de transformadores para converterem a energia. Em decorrência da alta eficiência e do baixo consumo, está substituindo as lâmpadas fluorescentes no uso residencial.
Hoje, com o uso de outros materiais, consegue-se fabricar LEDs que emitem luz azul, violeta e até ultravioleta. Existem também os LEDs brancos, mas esses são geralmente LEDs emissores de cor azul, revestidos com uma camada de fósforo do mesmo tipo usado nas lâmpadas fluorescentes, que absorve a luz azul e emite a luz branca. Com o barateamento do preço, seu alto rendimento e sua grande durabilidade, esses LEDs tornam-se ótimos substitutos para as lâmpadas comuns e devem substituí-las a médio ou longo prazo.
As lâmpadas LEDs podem ser utilizadas em quaisquer ambientes residenciais e comerciais, substituindo lâmpadas incandescentes e fluorescentes. Também existem as fitas de LED e são utilizadas especialmente para iluminação decorativa e sinalização. Podem ser encontradas com diferentes cores e potências e existem diversos modelos.
Dentre as suas características, podemos citar:
· Encontradas nas potências de 5 a 18 W;
· Vida útil em média de 25 mil horas ou 25 anos (podendo chegar até 100 mil horas);
· Uso: iluminação de destaque (residencial, comercial e público), sinalizadores de trânsito, fachadas de prédios, balizadores, iluminação de casas noturnas, etc.;
· Considerada ecologicamente correta, de fácil descarte e reciclagem, e não prejudica o meio ambiente por não conter chumbo ou mercúrio.
ILUMINAÇÃO AMBIENTAL (unidade III)
eficiência energética
Faz parte do cotidiano dizer que algo ou alguém é eficiente. No caso de um funcionário de uma empresa, é comum dizer que tal pessoa é eficiente quando ela produz muito trabalho em pouco tempo, gerando mais lucro do que o valor que custa à empresa. Neste caso, poderia ser medida a produção do funcionário por tempo de trabalho ou o valor lucrado a partir do valor gasto com o funcionário. Também ouvimos falar de carros, motos eficientes. Estes são aqueles que percorrem distâncias grandes com um baixo gasto de combustível, ou seja, têm um rendimento maior, medido em distância por quantidade de combustível gasta.
No caso da iluminação, o raciocínio não é muito diferente. As fontes luminosas podem ser avaliadas pelo gasto energético necessário para gerar uma quantidade de luz. A eficiência energética, entretanto, não é medida apenas a partir dos critérios da iluminação, mas da eficiência energética como um todo. É o caso de um edifício com fachada envidraçada em uma cidade do Nordeste brasileiro. Como o Nordeste possui temperaturas mais elevadas durante todo o ano, caso o vidro não seja tenha sofrido um tratamento especial para diminuir a permeabilidade de raios ultravioleta, o calor proveniente da iluminação solar entrará na edificação, fazendo com que seja necessário condicionamento de ar e, consequentemente, diminuindo a eficiência energética do edifício.
Algo a ser considerado, além da iluminação em si, e que deve ser pensado por profissionais especializados na área, é a segurança das instalações elétricas. Quanto à iluminação, as normais de segurança têm seus parâmetros estabelecidos pela NBR 5410 (CARVALHO JÚNIOR, 2017).
A eficiência energética da luz, também referida como eficiência luminosa ou rendimento energético, é a quantidade de luz dada para o consumo de energia. Neste caso, asduas variáveis que serão trabalhadas são o fluxo luminoso e a potência. O fluxo luminoso é a quantidade de luz emitida por uma fonte luminosa em todas as direções, que é medida em lúmens (lm). A potência da fonte luminosa, por sua vez, refere-se à quantidade de energia que é gasta, sendo medida em Watts (W). Assim sendo, a eficiência energética de uma fonte luminosa é medida em lúmens por Watts (lm/W).
POTÊNCIA E FLUXO LUMINOSO
Houve um tempo em que a potência tinha uma relação com a quantidade de luz produzida por uma fonte luminosa (nas lâmpadas incandescentes, por exemplo. Hoje não existe uma correlação entre a quantidade de luz produzida e a quantidade de energia gasta pela maior parte das lâmpadas, principalmente quando levamos em consideração as fontes luminosas de LED. Estas têm sua eficiência energética relacionada, na maioria das vezes, ao investimento em pesquisa e a tecnologia envolvida na criação daquela fonte luminosa. Por isto, é comum serem encontrados LEDs com eficiências energéticas completamente diferentes, isto é, LEDs que podem ter a mesma tensão mas têm fluxos luminosos muito diferentes. Com isso, podem ser feitos tantos projetos luminotécnicos para espaços novos, que estão sendo criados, como espaços preexistentes que estão sendo alvo de um projeto de retrofit.
É essencial que o profissional que for realizar um projeto luminotécnico não tenha a ilusão de especificar a iluminação a partir somente da potência, mas que saiba que é necessário que sejam especificadas outras variáveis, como o fluxo luminoso. A partir de um conjunto de informações completo é que se tona possível fazer a escolha adequada de peças.
EVOLUÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS FONTES LUMINOSAS
As lâmpadas elétricas surgiam no início do século XIX a partir da lâmpada de arco voltaico, uma lâmpada incandescente, desenvolvida por Humphry Davy, que não tinha muita durabilidade e tinham como intenção o uso em áreas públicas. Foi mais tarde no século XIX, quase 80 anos depois, que a lâmpada elétrica produzida por Davy foi aprimorada por Thomas Edison e tornou-se apropriada para o consumo em larga escala, comercial.
Já no século XX, surgiram as lâmpadas de vapor de mercúrio, as lâmpadas fluorescentes, as lâmpadas halógenas, as de descarga de alta pressão e os LEDs. As lâmpadas apresentaram constante melhoria de sua eficiência energética, num desenvolvimento que mostrou a evolução que tinha ocorrido desde as primeiras lâmpadas elétricas. É o caso das lâmpadas de descarga de alta pressão, que se apresentaram como uma mudança significativa para a iluminação pública, consumindo pouco energia e entregando muita luz.	
Uma característica que faz com que as lâmpadas incandescentes e halógenas tenham uma grande parte da sua energia consumida desperdiçada quando a única intenção é a produção de luz é intrínseca ao modo como tais lâmpadas produzem luz. Elas produzem luz a partir da incandescência, ou seja, a partir do processo de emissão de radiação eletromagnética do filamento interno à lâmpada. Em outras palavras, o filamento é esquentado a uma temperatura que emite luz. Desta forma, para que haja a emissão da luz, há também a produção do calor. Este processo é o que ocorre nas populares lâmpadas de filamento de carbono, que são um tipo de lâmpada incandescente.
O LED, uma tecnologia que foi inicialmente desenvolvida em meados do século XX, começou pelo desenvolvimento de elementos de iluminação sinalizadora, que não tinham a intenção de iluminar outras superfícies. Foi apenas na década de 1990 que o LED chegou ao nível de desenvolvimento que permitiu que iluminasse outras superfícies, com os chips SMD, sendo utilizado a partir de então como fonte luminosa. Apesar da sua boa eficiência energética, o LED demorou a superar as lâmpadas de descarga de alta pressão na sua eficiência. Hoje, entretanto, o LED não apenas já conseguiu, em alguns modelos, superar a eficiência de lâmpadas de descarga de vapor de alta pressão, mas já superou outras de suas limitações, sendo uma iluminação que pode ser amplamente utilizada.
FIQUE DE OLHO!
Uma alta eficiência energética da iluminação pode ser conseguida a partir do estabelecimento de estratégias personalizadas para o projeto. É o caso do Eataly São Paulo, estabelecimento que é fruto do trabalho próximo do profissional de iluminação e da fábrica, que possibilitou atingir níveis de eficiência energética altos.
Um fator importante a ser considerado em relação à eficiência energética é o fato de que alguns tipos de lâmpadas também consomem energia com seus aparelhos auxiliares, como é o caso dos reatores, que podem ter um fator de potência alto, dependendo do modelo. Também é importante ser considerado, dependendo do modelo da fonte luminosa escolhido, que pode haver uma perda de luz no caso de iluminações gerais em relação àquilo que realmente precisa ser iluminado. Isto ocorre, por exemplo, no caso de um escritório que tem diversas estações de trabalho, mas só possui iluminação geral, como podemos ver na figura abaixo. No caso de um funcionário ficar mais tempo que os outros, este terá que manter a iluminação geral acesa por todo este período. Caso houvesse iluminação individual para cada estação de trabalho, a desk light, o consumo energético poderia ser minimizado.
A imagem ilustra um escritório com duas estações de trabalho, ambas iluminadas por uma iluminação geral. Caso houvesse uma luminária em cada uma das estações, o consumo energético poderia ser minimizado.
CERTIFICAÇÕES AMBIENTAIS
A eficiência energética das fontes luminosas pode ser medida a partir da sua potência e do seu fluxo luminoso, mas é importante ter parâmetros para avaliar se a eficiência atingida é realmente satisfatória. Para isso, um dos possíveis caminhos a se seguir é buscar certificações que confirmem a boa eficiência energética, tanto da fonte luminosa isolada ou outros aparelhos eletrônicos quanto de uma edificação como um todo.
Existem diversas certificações, sendo algumas emitidas por órgãos brasileiros, enquanto outras têm sua origem estrangeira, como é o caso da certificação LEED, que algumas edificações brasileiras possuem. As certificações avaliam o consumo energético de modo global, mas tratando-se de eficiência luminosa, estas certificações podem nos bons parâmetros.
CERTIFICAÇÕES BRASILEIRAS
No Brasil existem alguns selos e etiquetas que certificam a eficiência energética de eletrodomésticos e fontes luminosas. Veja a seguir alguns deles:
ETIQUETA NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA (ENCE): Parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), do Inmetro, atesta o atendimento aos requisitos de eficiência energética estabelecidos. Esta etiqueta faz a classificação de produtos, como lâmpadas, de maneira semelhante à figura 1, em categorias de eficiência energética.
SELO PROCEL DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: Criado ainda na década de 1980. Ele etiqueta produtos que atingem o nível máximo de eficiência energética, de acordo com as categorias estabelecidas pela ENCE.
PROCEL EDIFICA: Programa mais recente, da década de 2000, que visa a promoção do uso racional da energia elétrica nas edificações. Ele tem grande parte da sua estrutura voltada para a luminotécnica, considerando envoltória, iluminação, condicionamento de ar, entre outros aspectos. A avaliação do selo Procel Edifica ocorre a partir da análise da energia gasta por quantidade de luz por área.
SELO CONPET DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: Concedido anualmente pela Petrobrás para os modelos que atingiram os graus máximos de eficiência energética na ENCE. O selo não é concedido a peças de iluminação, mas mostra a variedade de selos, etiquetas e certificações que têm surgido.
Além das certificações mencionadas, existem outras que tratam da eficiência energética. E somando-se às preexistentes, devido à tendência de preocupação cada vez maior com o meio ambiente, é coerente imaginar o surgimento de outras certificações no futuro.
FIQUE DE OLHO!
O Governo Federal tornou obrigatório para os prédios federais novos e para os que passarem por retrofit que sejam energeticamenteeficientes (BARATTO, 2014), o que inclui a iluminação das edificações.
CERTIFICAÇÕES INTERNACIONAIS
Além das certificações nacionais, existem também certificações internacionais que, por vezes, são utilizadas também no Brasil. É o caso da certificação LEED, que é uma certificação estadunidense que é utilizada por algumas edificações brasileiras. Ela atesta a eficiência energética da edificação como um todo, mas tem alguns parâmetros que são voltados à iluminação, como é o caso do uso de sensores de movimento e do uso de desk lights, iluminação individual para as estações de trabalho. Ele possui consultores que auxiliam o corpo técnico de elaboração do projeto a fazê-lo de acordo com os moldes exigidos para ser acreditado e possui diferentes níveis em relação à eficiência energética que é atestada.
CÁLCULOS LUMINOTÉCNICOS
Os cálculos luminotécnicos servem para assegurar o profissional responsável pelo projeto que a iluminação está adequada àquilo que é projetado. Eles garantem o nível de iluminação sobre superfícies e a intensidade de uma iluminação focal, de acordo com o método utilizado. Assim, não apenas servem como garantia que a iluminação utilizada é suficiente, mas também para garantir que o efeito atingiu o resultado almejado. Os cálculos podem ser feitos à mão, de maneira mais trabalhosa, ou ainda feitos a partir de softwares que estão disponíveis para a realização dos cálculos. Existem dois métodos de fazer o cálculo: o método dos lúmens e o método ponto a ponto.
MÉTODO DOS LÚMENS
Alguns dados são essenciais quando é feito o cálculo luminotécnico a partir do método dos lúmens, que também é conhecido como método das eficiências, método de cavidades zonais e método do fluxo luminoso. É o caso da cor dos acabamentos das superfícies, que, no caso de serem escuros, terão a tendência à absorção da luz, fazendo necessária uma maior quantidade de luz; o pé direito, que, no caso de ser um pé direito alto, trará uma maior perda da luz até chegar à superfície de trabalho, o que tornará necessária maior quantidade de luz; o uso do espaço, visto que diferentes tipos de uso têm diferentes demandas de iluminação; e as recomendações da norma NBR ISO/CIE 8995-1:2013, que, por exemplo, recomenda os níveis de iluminância adequados para cada tipo de ambiente, além dos níveis de ofuscamento e os índices de reprodução de cor (IRC).
A iluminação geral difusa, objeto do cálculo luminotécnico pelo método dos lúmens, pode ser exemplificada por uma iluminação feita a partir de fita de LED com acrílico difusor ou com lâmpadas fluorescentes, que podem também ter um elemento acrílico difusor na luminária. Tais elementos fazem com que a iluminação espalhe-se ainda mais, seja ainda mais difundida pelo ambiente.
Para a realização do cálculo luminotécnico a partir do método dos lúmens é necessário ter algumas definições antes do início do cálculo, de forma a ser seguida uma metodologia que garanta um bom funcionamento:
· Dados iniciais do projeto, como definição das dimensões do ambiente, dos materiais aplicados às superfícies do ambiente, do seu layout e das características da rede elétrica;
· Objetivos que devem ser atingidos com a iluminação e os efeitos que se quer atingir;
· Escolha das fontes luminosas, sejam lâmpadas ou luminárias (elementos que por vezes aparecem em conjunto, mas no caso de luminárias integradas, não é feito o uso de lâmpadas), de acordo com o que for definido em projeto;
· Análise dos fatores que influenciam a qualidade da iluminação, desde o estabelecimento dos níveis de iluminância, dos efeitos de contraste almejados, do índice de reprodução de cor e a temperatura de cor da luz.
A fórmula para, a partir dos dados obtidos, fazer o cálculo luminotécnico pelo método dos lúmens e obter o número de fontes luminosas necessário é:
n = número de fontes luminosas
Em = iluminância média
A = área do ambiente (comprimento × largura)
φ = fluxo luminoso de cada fonte luminosa
Fu = fator de utilização
BF = fator de fluxo luminoso do reator, quando utilizadas lâmpadas de desgarga
Fd = fator de depreciação
Para ser descoberto o fator de utilização é necessário saber a altura útil da fonte luminosa, ou seja, a altura entre o plano de trabalho e a luminária, a área do ambiente e as refletâncias das superfícies do ambiente. Com isto, é utilizada a seguinte fórmula:
K = índice do recinto
C = comprimento
L = largura
h = distância útil
Com o índice do recinto e as refletâncias das superfícies do ambiente, é possível, fazendo consulta na tabela fornecida pelo fabricante, determinar o valor do fator de utilização.
Após a obtenção do número adequado de fontes luminosas, é recomendado que, caso seja necessário fazer uma adaptação para fazer a compatibilização com a distribuição desejada, sejam sempre acrescentadas fontes luminosas, não eliminadas. Desta forma o nível de iluminância desejado não terá prejuízos.
A partir da quantidade de fonte luminosas alcançada e a partir das adaptações necessárias é possível refazer o cálculo, desta vez deixando a iluminância média como a variável a ser obtida, de forma que possa ser obtida a iluminância média que realmente será alcançada.
Para que haja um posicionamento adequado das fontes luminosas no ambiente é recomendado que a distância entre duas luminárias seja sempre o dobro da distância entre uma luminária e a parede, de forma que haja um desenho regular, que deve também levar em consideração o layout do ambiente.
Exemplo 1
Considerando-se uma iluminação geral a partir do método dos lúmens busca-se a quantidade de fontes luminosas necessária para fornecer uma iluminação adequada para um escritório onde é feito o uso de computadores. Em consulta à NBR 5413, que é a que o Ministério do Trabalho referência para sua norma regulamentadora que tem valor de lei, a iluminância média é de 500 lux.
O ambiente, que tem 10 metros de comprimento por 8 metros de largura, tem um pé direito de 3 metros e o plano de trabalho está a uma altura de 80 centímetros. O fator de depreciação do ambiente é 0,85, o fator de fluxo luminoso do reator encontrado para a lâmpada escolhida é 0,95 e o fluxo luminoso 3350 lúmens.
Com tais informações pode ser calculado o índice do recinto:
O fator de utilização encontrado na tabela do fabricante foi 0,63, a partir índice do recinto obtido 2 e das refletâncias 70, 50 e 10 (teto, parede e piso, respectivamente).
Com isso, é possível fazer o cálculo:
Para que haja um número possível de fontes luminosas sem que haja perdas na iluminância obtida, deve ser usado um número mais alto, de forma que sejam 24 luminárias ao todo.
Exemplo 2
Para fazermos o cálculo luminotécnico pelo método do fluxo luminoso temos as seguintes informações:
Em = 1000 lx
A = 50 m
φ = 1000 lm
Fu = 0,63
Fd = 0,85
Sabendo que não é uma lâmpada de descarga, logo o fator do fluxo luminoso do reator pode ser desconsiderado, podemos fazer o cálculo:
Com isto, temos a necessidade de, pelo menos 94 fontes luminosas do modelo do qual foram retiradas as informações. Caso tal fonte luminosa seja uma luminária que utilize lâmpadas, é possível também calcular o número de lâmpadas pela simples multiplicação do número de luminárias pelo número de lâmpadas que são necessárias em cada luminária. Ou seja, se cada luminária das que foram calculadas tiver necessidade de duas lâmpadas, 94 × 2 = 188 lâmpadas no total.
MÉTODO PONTO A PONTO
O segundo método de cálculo luminotécnico, o método ponto a ponto, é responsável por calcular a luz focal, de destaque.
A iluminação focal, para ser efetiva e de fato dar destaque àquilo que está sendo iluminado, deve emitir uma luz que alcance um resultado luminotécnico que tenha de três a cinco vez mais luz que a média do plano de trabalho do ambiente. Caso contrário, na hipótese de a iluminação não atingir tal efeito, não será gerado o destaque pretendido. O método que é responsável pela iluminação focal, fazendo uso da trigonometria para calcular a iluminância no ponto, visto que a luz de destaque gera um cone de iluminação, que se partido ao meio forma um triângulo,que pode ainda ser dividido ao meio em dois triângulos retângulos iguais.
A fórmula que faz o cálculo a partir do método ponto a ponto é simples, sendo a iluminância média de um ponto, ou seja, a quantidade de luz naquele ponto, igual à máxima intensidade luminosa, ou seja, a força com a qual a luz vai em uma direção, informação encontrada nos catálogos dos fabricantes, seja com o número dado, seja na fotometria da peça, dividida pelo quadrado da distância entre o ponto onde está a luz e o ponto onde se quer saber a iluminância, a altura útil.
A fórmula fica:
E = iluminância média do ponto
I = máxima intensidade luminosa
h = distância útil
Exemplo 1
No caso de fazermos a iluminação de uma sala de jantar e termos uma mesa de jantar, tendo um pé direito de 3 metros e a mesa a 85 centímetros, queremos saber a iluminância alcançada no centro da mesa.
Temos dado que a máxima intensidade luminosa é 1900 candelas.
Desta forma, é possível aplicar a fórmula:
Com isso, temos que no ponto central da mesa de jantar a iluminância média é de 411 lux.
CONFORTO LUMINOSO, TÉRMICO E ACÚSTICO
É essencial quando é realizado um projeto arquitetônico que haja um nível de conforto ambiental dentro da edificação que faça com que o uso seja feito da maneira mais harmônica possível. Isto é, que o conforto ocorra de maneira a ter diversos aspectos respeitados, como a luminosidade adequada, temperatura agradável e qualidade acústica para a atividade ali realizada. Considerando o conforto ambiental de modo geral é possível fazer escolhas mais acertadas para a iluminação. Tais escolhas devem pesar não apenas o custo das peças de iluminação, mas sempre considerar o custo-benefício oferecido ao serem levadas em considerações diversas variáveis.
CONFORTO LUMINOSO
A quantidade de luz que existe em um ambiente onde será feita uma tarefa é essencial para o bom funcionamento do espaço. Atividades que precisam de maior precisão, como trabalhos manuais, têm a necessidade de uma iluminação mais intensa, enquanto outros, como trabalho com um computador, que tem um monitor que emite luz, já precisam de menos luz. Ainda existe a influência, por exemplo, de tal quantidade de luz em um ambiente residencial. No caso de um quarto, a quantidade de luz é essencial para que haja um sentimento de aconchego para os seus usuários. Neste caso, é essencial que a luz não seja demasiada, para não causar desconforto nos usuários, que podem não ficar à vontade, mas também é importante que não seja uma iluminação insuficiente, de maneira que ao procurar algo na gaveta o usuário tenha dificuldade de enxergar.
De maneira técnica, a ausência da luz suficiente para a boa realização de uma atividade faz com que os cones (células fotossensíveis da retina, junto com os bastonetes) não consigam enxergar, sendo utilizados os bastonetes, que, apesar de conseguirem identificar formas, não enxergam cores com precisão. Com isto, pode-se compreender por que quando uma luz é desligada em um ambiente fechado ninguém é capaz de enxergar, mas quando uma pessoa dorme neste mesmo ambiente, ao acordar, consegue enxergar o suficiente para distinguir as formas e andar pelo quarto. A ausência de iluminação suficiente em um espaço, além das questões relacionadas à falta de conforto luminoso, ainda pode gerar problemas mais profundos, como é o caso da violência e do vandalismo.
A quantidade de luz ideal para diferentes tipos de ambientes é algo que é regulado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que tem vigente a Norma Brasileira (NBR) ISO/CIE 8995-1:2013. Esta norma substituiu a NBR 5413, que foi criada em 1992. As NBRs não têm poder de lei, mas no que diz respeito à iluminação de ambientes comerciais, há a Norma Regulamentadora (NR) 17 do Ministério do Trabalho, que tem poder de lei.
Muitas outras questões estão envolvidas na determinação do conforto luminoso além da quantidade de luz. A temperatura de cor da luz, por exemplo, é algo fundamental para que haja o efeito almejado sobre um espaço projetado. Isto é derivado do fato que os seres humanos são animais diurnos e têm o funcionamento dos seus cérebros que são regulados de acordo com a luz que é emitida pelo sol. Neste caso, quando é meio-dia, momento em que o ser humano deve estar no auge da sua concentração, a luz emitida pelo sol em dias de céu limpo chega até aquela porção da Terra com uma coloração branco-azulada. Quando o sol está se pondo, a coloração da luz emitida pelo sol fica branco-amarelada. Desta forma, a cor da luz emitida pelas fontes luminosas tem um componente que afeta a saúde humana, através da inibição, com a luz branco-azulada, ou do incentivo à produção, com a luz branco-amarelada, do hormônio melatonina, responsável pelo sono.
A determinação da cor de uma fonte luminosa ocorre sendo feita a partir do paralelo da cor de luz emitida por um corpo negro quando esquentado a temperaturas elevadas, até que este comece a emitir luz. Desta forma, quando esquentado a temperaturas mais baixas, como 3000K, um corpo negro emite uma luz de coloração branco-amarelada, o que vai mudando de acordo com o aumento da temperatura do corpo negro. Quando este atinge a temperatura de 4000K é quando é atingida a cor branco-neutra. Acima de 4000K, como é o caso de 8000K, é quando é atingida a coloração branco-azulada.
Quanto ao efeito da cor nos ambientes, entretanto, a temperatura de cor tem um raciocínio inverso à sensação das cores. Isto é, quando um ambiente tem uma luz de cor branco-azulado, é dito que a luz é fria, enquanto uma luz de cor branco-amarelado é dita quente. Isto faz referência à sensação obtida pela luz no ambiente, não pela temperatura do corpo negro para emitir luz daquela cor.
No caso de um ambiente residencial, na maioria dos casos, a menos que seja, por exemplo, um home office, oficina ou em uma bancada para cortes da cozinha (KARLEN et al., 2012), é interessante que a iluminação tenha uma cor branco-amarelado, visto que isso favorece o relaxamento, sentimento que normalmente é o buscado dentro de casa. Em um ambiente de trabalho, por sua vez, é favorecida a concentração, pelo menos nas estações de trabalho, sendo normalmente utilizadas as luzes branco-azuladas. Há ambientes como a copa de um escritório ou um home office que se encontram no intermédio entre ambientes em que se busca o relaxamento e a concentração. Desta forma, uma alternativa que pode ser utilizada, caso não seja interessante o uso de uma luz de cor muito diferente da utilizada nos outros ambientes, é o uso da iluminação branco-neutra.
Esta questão pode, até mesmo, influenciar na performance de um estabelecimento comercial. Um restaurante à la carte, por exemplo, normalmente tem uma iluminação quente, ou seja, branco-amarelada, com uma temperatura de cor mais baixa, pois esta iluminação terá a tendência a deixar os clientes mais confortáveis, fazendo com que estes demorem mais no restaurante. Este tipo de restaurante normalmente tem uma margem de lucro mais alta em seus produtos, de forma que é interessante para o estabelecimento que o cliente peça não apenas entrada e prato principal, mas também sobremesa, vinho, café. No caso de redes de fast-food, por sua vez, a margem de lucro tende a ser menor, não sendo tão interessante para o estabelecimento que os clientes demorem, mas que apenas consumam o que compraram e em seguida vão embora. Ou seja, a estratégia da iluminação tem que estar alinhada com os objetivos do estabelecimento comercial, pois pode ter impactos significativos sobre o seu sucesso ou fracasso.
Uma questão que é essencial para verificar se há um bom conforto luminoso também a verificar a possibilidade de ofuscamento. Quando, por exemplo, uma iluminação de destaque encontra o olho de uma pessoa, esta tende a sentir desconforto, pois a intensidade da iluminação é muito forte e gera ofuscamento. Isto pode ser evitado pela minuciosa análise dos locais onde é utilizada a iluminação de destaque. Esta deve ser utilizada direcionada a superfícies ou elementos que não seja muito reflexivo, pois desta formatambém podem gerar ofuscamento. Ou seja, por exemplo, um elemento que é iluminado por uma iluminação de destaque não deve possuir espelho em sua superfície. Também não devemos iluminar com iluminação de destaque elementos onde pessoas estarão, como é o caso de camas, sofás, poltronas e cadeiras. Isto é, deve sempre ser analisado se o posicionamento da iluminação está adequado para os que estiverem fazendo uso do espaço. Há elementos de luminárias que são responsáveis por diminuir a chance de haver ofuscamento, como é o caso das aletas e dos difusores. Estes dois tipos de elementos de luminárias fazem com que as pessoas não olhem diretamente para a lâmpada, diminuindo o risco de ofuscamento.
É possível que o ofuscamento também seja causado pelo excesso de iluminação, mesmo que difusa. É algo que pode ser comparado à iluminação solar direta, em um dia de tempo aberto, que pode, por exemplo, gerar desconforto para ler um livro. Também é possível de ser causado ofuscamento devido à proximidade excessiva da fonte luminosa. Uma alternativa de projeto que pode ser utilizada para evitar o ofuscamento é relativa aos materiais das superfícies escolhidos como revestimento no projeto. Caso haja uma grande quantidade de superfícies muito reflexivas, é possível que as chances de haver ofuscamento sejam maiores. É necessário, entretanto, que isso seja considerado desde o início, pois ter no ambiente superfícies mais ou menos reflexivas influencia diretamente no resultado final da iluminação. O ofuscamento não era tratado pela NBR 5413, mas pela NBR ISO/CIE 8995-1:2013, o ofuscamento já é abordado.
Ainda é importante, para que haja conforto luminoso em uma edificação, que seja considerado a natureza da atividade que ali será realizada, de forma que a iluminação seja adequada não apenas quanto à quantidade de luz que é fornecida, mas que a luz cumpra o seu devido papel. Isto é, no caso de um salão de beleza, por exemplo, onde pessoas vão para serem maquiadas, ou até mesmo em uma loja de produtos de beleza ou numa penteadeira em casa, a luz tem uma variável que faz toda a diferença. É o índice de reprodução de cor (IRC), que é medido até 100 e refere-se ao quão fiéis são as cores vistas sob aquela luz se comparada à luz do sol, que tem IRC 100. As lâmpadas incandescentes e halógenas, visto que produzem luz a partir do calor, da mesma forma que o sol, também têm IRC 100. Os LEDs, que produzem luz a partir de um chip que emite luz azul e, com um pó fosfórico, é transformada em luz de outras cores, tiveram por muito tempo IRC mais baixos, mas já chegaram a níveis muito mais altos e próximos a 100, sendo hoje um tipo de iluminação viável para usos que requerem altos IRC.
É importante que, a partir do projeto, seja atingido um bom nível de conforto luminoso no interior de uma edificação, mas o espaço externo à edificação também deve ser levado em consideração. Isto se dá pelo fato de que se uma fachada de uma edificação tem uma superfície reflexiva, como espelhos, esta pode causar ofuscamento em pessoas que estiverem no exterior da edificação e que tenham a luz do sol ou de fontes luminosas artificiais refletidas na fachada e direcionadas aos seus olhos. Esta é uma questão que, muitas vezes, não é considerada, mas que deveria ser visto, e que diz respeito ao bem-estar coletivo.
CONFORTO TÉRMICO
O conforto térmico já foi uma questão que era profundamente afetada pela iluminação. Desde lâmpadas que, em países quentes, aumentavam a necessidade de climatização, até as mesmas lâmpadas, que, quando usadas em países frios, tinham o efeito de trazer o calor tão bem-vindo para as pessoas. Isso foi mudando de acordo com a evolução das fontes luminosas, mas ainda é uma questão que deve ser levada em consideração hoje.
As lâmpadas incandescentes e as lâmpadas halógenas produzem luz a partir do calor, de forma que a maior parte da energia gasta por esse tipo de lâmpadas não era revertida em luz, mas no calor obtido. Na realidade brasileira isto fazia com que o ambiente se tornasse mais quente e, consequentemente, tendia a um menor conforto térmico.
O LED é um tipo de fonte luminosa que não produz calor no sentido que está iluminando, diferente do caso das lâmpadas incandescentes, como as de filamento de carbono, ou halógenas, como a AR e a PAR. É importante, entretanto, considerar que há alguma geração de calor por parte do LED no sentido oposto àquele que é emitida a luz, que precisa ser dissipado para não diminuir a vida útil da fonte luminosa de LED.
As estratégias de conforto térmico são diversas, podendo uma janela com isolamento térmico, no caso de países frios, permitir a entrada do calor, mas não permitir a saída deste, sendo uma vantagem (IEA, 2000), o que não seria verdadeiro para a realidade brasileira. No nosso caso, existe a opção de elementos exteriores que produzam sobra, fazendo com que o calor não chegue a entrar na edificação, o que é uma estratégia mais eficiente que o uso de cortinas internas à edificação, que ainda deixam o calor adentrar a edificação, mesmo que não diretamente sobre a superfície.
Ainda é possível também, em países quentes, que as edificações usem da estratégia do pé direito alto, que faz com que o ar mais quente, menos denso, não esteja no nível das pessoas. Em alguns casos também podem ser utilizadas estratégias de ventilação, como a ventilação cruzada.
De maneira geral, o conforto térmico é influenciado por uma combinação de fatores complexa, que vai desde a localização e a orientação solar das faces da edificação até os materiais de revestimento. Desta forma, é de suma importância que seja contabilizado como um fator prioritário, visto o impacto que terá sobre a vida dos usuários.
CONFORTO ACÚSTICO
O conforto acústico também pode ser afetado pela iluminação, visto que existem elementos que são necessários para o funcionamento de algumas lâmpadas, como é o caso dos reatores, que têm modelos que produzem som, como os reatores eletromagnéticos. Este não é um som de proporção tão elevada, mas em ambientes silenciosos, como é o caso de quartos ou escritórios, pode fazer uma diferença.
Estratégias de isolamento acústico também devem ser consideradas na hora de planejar a iluminação, pois alguns elementos como placas acústicas instaladas sobre as superfícies podem refletir menos luz e, desta forma, impactar na iluminação do local.
PROJETO DE ILUMINAÇÃO (UNIDADE IV)
PROJETO LUMINOTÉCNICO E SUAS REPRESENTAÇÕES
Atualmente as pessoas passam a maior parte do tempo em ambientes internos iluminados parcialmente por janelas e, predominantemente, iluminados artificialmente por lâmpadas e luminárias. A maior parte dos ambientes internos, seja comercial ou residencial, são iluminados artificialmente. Até há alguns anos, as pessoas imaginavam como iluminação o simples fato de comprar uma lâmpada ou uma luminária no mercado, sendo poucas variedades disponíveis para consumo. Não eram levados em consideração diferentes aspectos importantes que hoje em dia já se pode considerar, devido à enorme variedade de tipos e modelos de lâmpadas e luminárias, cada uma desempenhando seu papel, seja com apelo estético ou funcional. Assim, é possível projetar ambientes com propostas de iluminação voltados a uma melhor funcionalidade e valorização do espaço e com economia de energia e sustentabilidade.
O projeto luminotécnico deve possuir um caráter criativo e prever que cada espaço interno de um imóvel tenha uma correta especificação de luminárias e lâmpadas. Existem atualmente uma gama imensa de opções, mas podemos classificar os itens de iluminação artificial em dois grupos: iluminação geral e iluminação dirigida. 
Veja a seguir os seus conceitos:
ILUMINAÇÃO GERAL: Tem por objetivo utilizar a iluminação direta e de refletores. 
ILUMINAÇÃO DIRIGIDA: Privilegia efeitos especiais e destaque para pontos específicos do ambiente. 
Para um bom projeto de iluminação, o mais importante é estar sempre atualizado, pois esse é uma das indústrias que mais evolui, criando novos produtos. Além disso, buscar parcerias

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