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Saneamento Básico Prof. Lívia Santos Abril, 2022 Conselheiro Lafaiete/MG Saneamento Básico 2 Controle e distribuição dos recursos básicos tendo em conta o bem-estar físico, mental ou social da população. Abastecimento, tratamento, distribuição e manejo: • Água • Esgoto sanitário • Drenagem de águas pluviais • Limpeza pública Saneamento Básico 3 Condutos Livres e Forçados • Condutos livres: funcionam sempre por gravidade. Sua construção exige um nivelamento cuidadoso do terreno, pois devem ter declividades pequenas e constantes. • Condutos forçados: podem funcionar por gravidade, aproveitando a declividade do terreno, ou por recalque (bombeamento), vencendo desníveis entre o ponto de captação e o ponto de utilização. Saneamento Básico 4 Conduto livre x Conduto Forçado Canal artificial Adutora de Perdra do Cavalo - BA Saneamento Básico 5 Regime Laminar e Turbulento O escoamento laminar é caracterizado pelo movimento em lâminas ou camadas, não havendo mistura macroscópica de camadas de fluido adjacentes. O escoamento turbulento é caracterizado pelo movimento tridimensional aleatório das partículas do fluido sobreposto ao movimento da corrente. Saneamento Básico 6 Regime Laminar e Turbulento Saneamento Básico 7 Para caracterizar se um escoamento é laminar ou turbulento existe um parâmetro adimensional denominado número de Reynolds (Re ) Como saber se um regime de escoamento é Regime Laminar ou Turbulento? Onde: Re= Numero de Reynolds (admensional); V= Velocidade média do conduto (m/s); D= Diametro da canalização (m); ν= viscosidade cinemática (m²/s). Sendo: NR < 2.000 → denomina-se Regime laminar NR > 4.000 → Regime turbulento OBS: Entre 2000 a 4000 não é possível identificar. É uma região instável Saneamento Básico 8 Exercício – Regime de Escoamento 1) Considere um óleo, cuja viscosidade cinemática é igual a 2x10−6 m²/s escoando através de um tubo de aço levemente enferrujado. A vazão é 1 litro por minuto e o diâmetro do tubo é 6mm. Qual é o regime de escoamento? Saneamento Básico 9 1º passo: Área da seção de escoamento A = 𝜋.𝐷² 4 2º passo: Velocidade média V = 𝑄 𝐴 3º passo: Numero de Reynolds Re = 𝑉.𝐷 ν 4º passo: Analisar o regime de escoamento Exercício – Regime de Escoamento 1) Considere um óleo, cuja viscosidade cinemática é igual a 2x10−6 m²/s escoando através de um tubo de aço levemente enferrujado. A vazão é 1 litro por minuto e o diâmetro do tubo é 6mm. Qual é o regime de escoamento? 1 min = 60 s 1m³ = 1000 L Saneamento Básico 10 1º passo: Área da seção de escoamento A = 𝜋.𝐷² 4 = 𝜋.0,006² 4 = 0,0000283 m² 2º passo: Velocidade média V = 𝑄 𝐴 = 0,001/60 0,0000283 = 0,59 m/s 3º passo: Numero de Reynolds Re = 𝑉.𝐷 ν = 0,59.0,006 0,000002 = 1770 4º passo: Analisar o regime de escoamento: Laminar Exercício – Regime de Escoamento 1) Considere um óleo, cuja viscosidade cinemática é igual a 2x10−6 m²/s escoando através de um tubo de aço levemente enferrujado. A vazão é 1 litro por minuto e o diâmetro do tubo é 6mm. Qual é o regime de escoamento? Saneamento Básico 11 Exercício – Regime de Escoamento 2) Determinar o tipo de escoamento para um oleoduto que possui diâmetro do tubo de 150mm, uma viscosidade Cinemática de 734x10−6m²/s e percola a uma velocidade de 2,5m/s. Saneamento Básico 12 Exercício – Regime de Escoamento 2) Determinar o tipo de escoamento para um oleoduto que possui diâmetro do tubo de 150mm, uma viscosidade Cinemática de 734𝑥10−6m²/s e percola a uma velocidade de 2,5m/s. Re = 𝑉.𝐷 ν = 2,5.0,15 734𝑥10−6 = 510,899 Laminar Saneamento Básico 13 Exercício – Regime de Escoamento 3) Qual o tipo de escoamento para uma bomba hidráulica que percola a uma velocidade de 60m/min e possui diâmetro do tubo de 100mm. Considerar ν = 10−6m²/s. Saneamento Básico 14 Re = 𝑉.𝐷 ν = 1.0,1 10−6 = 100000 Turbulento Exercício – Regime de Escoamento 3) Qual o tipo de escoamento para uma bomba hidráulica que percola a uma velocidade de 60m/min e possui diâmetro do tubo de 100mm. Considerar ν = 10−6m²/s. Saneamento Básico 15 Lei de Darcy Saneamento Básico 16 Percolação de água através de um solo sob a ação da gravidade – Gradiente hidráulico (i = 𝜟𝒉 𝑳 ) Lei de Darcy Q = k. 𝜟𝒉 𝑳 . 𝑨 Onde: Q: vazão (cm³/s ou m³/dia); k: coeficiente de permeabilidade do solo (cm/s ou m/dia); Δh: diferença de altura do nível de água entre os dois “reservatórios”; L: comprimento da amostra de solo; A: área transversal a amostra de solo; Saneamento Básico 17 Exercícios: Lei de Darcy 4)- A figura seguinte representa um permeâmetro de carga constante utilizado para determinação do coeficiente de permeabilidade dos solos. A) Determine o valor do coeficiente de permeabilidade determinado para as condições mostradas na figura, sabendo-se que a vazão percolada pelo solo vale Q= 0,3 cm³/s, e que a área da amostra é igual a 706 cm². B) De acordo com tabela qual o material mais provável deste solo ser composto? Saneamento Básico 18 Exercícios: Lei de Darcy 4)- A figura seguinte representa um permeâmetro de carga constante utilizado para determinação do coeficiente de permeabilidade dos solos. A) Determine o valor do coeficiente de permeabilidade determinado para as condições mostradas na figura, sabendo-se que a vazão percolada pelo solo vale Q= 0,3 cm³/s, e que a área da amostra é igual a 706 cm². B) De acordo com tabela qual o material mais provável deste solo ser composto? Saneamento Básico 19 Exercícios: Lei de Darcy 4- A figura seguinte representa um permeâmetro de carga constante utilizado para determinação do coeficiente de permeabilidade dos solos. A) Determine o valor do coeficiente de permeabilidade determinado para as condições mostradas na figura, sabendo-se que a vazão percolada pelo solo vale Q= 0,3 cm³/s, e que a área da amostra é igual a 706 cm². B) De acordo com tabela qual o material mais provável deste solo ser composto? Saneamento Básico 20 Exercícios: Lei de Darcy 4- A figura seguinte representa um permeâmetro de carga constante utilizado para determinação do coeficiente de permeabilidade dos solos. A) Determine o valor do coeficiente de permeabilidade determinado para as condições mostradas na figura, sabendo-se que a vazão percolada pelo solo vale Q= 0,3 cm³/s, e que a área da amostra é igual a 706 cm². B) De acordo com tabela qual o material mais provável deste solo ser composto? 1º Passo: Usar a lei de Darcy – Formula 2º Passo: Analisar a tabela de materiais Saneamento Básico 21 Exercícios: Lei de Darcy 4- A figura seguinte representa um permeâmetro de carga constante utilizado para determinação do coeficiente de permeabilidade dos solos. A) Determine o valor do coeficiente de permeabilidade determinado para as condições mostradas na figura, sabendo-se que a vazão percolada pelo solo vale Q= 0,3 cm³/s, e que a área da amostra é igual a 706 cm². B) De acordo com tabela qual o material mais provável deste solo ser composto? Q = k. 𝜟𝒉 𝑳 . 𝑨 → k= 𝑸 . 𝑳 𝜟𝒉 . 𝑨 → k= 𝟎,𝟑 . 𝟓𝟎 𝟒𝟎 . 𝟕𝟎𝟔 → k= 5,31*𝟏𝟎−𝟒 cm/s Material predominante areia argilosa, silte e argila. Saneamento Básico 22 Perdas de Cargas Refere-se à perda de energia que um fluido sofre em razão de vários fatores O atrito deste com uma camada estacionária aderida à parede interna do tubo Ou/e razão da turbulência devido às mudanças de direção do traçado. Saneamento Básico 23 Perdas de Cargas ao longo da canalização – Contínua (hf) São as ocasionadas pelo movimento da água na própria tubulação. Admite–se que esta seja uniforme, independente da posição da canalização. Fórmula Universal/Darcy-Weisbach e Fórmula de Hazen-Willians Perdas de Cargas localizadas, locais ou acidentais (ha) São as perdas ocasionadas pelas peças especiais e demais singularidades de uma instalação. Ex: curvas, registros, válvulas, cotovelos,etc. Estas perdas são importantes nas canalizações curtas com peças especiais. Nas canalizações longas, o seu valor é freqüentemente desprezível. Método dos comprimentos virtuais ou equivalentes e Método dos diâmetros equivalentes Perdas de Cargas Total (ht) ht = hf + ha Saneamento Básico 24 Perdas de Cargas Fórmula racional ou universal /Darcy-Weisbach A fórmula racional ou universal pode ser utilizada para qualquer tipo de fluido e é válida para qualquer regime de escoamento, sendo laminar ou turbulento e é também utilizada para toda a gama de diâmetros. Fórmula de Hazen–Williams (mais usada no Brasil) - turbulento É recomendada para d maior a 50 mm até 3000 milímetros (mm) e para V<3m/s, para evitar que a tubulação tenha desgaste excessivo e ruído na tubulação. Saneamento Básico 25 Fórmula racional ou universal : Darcy-Weisbach Onde: hf = Perda de carga na tubulação (m); f= fator de atrito; L= comprimento retilíneo da tubulação (m); D = diâmetro da tubulação (m); V= velocidade de escoamento (m/s); g= aceleração da gravidade (m/s²); 26 f= fator de atrito Método gráfico x Método de algébrico Método Gráfico: Diagrama de Moody Pode ser utilizado em todos os regimes Método algébrico a) Movimento laminar (Re ≤ 2000) → f = 𝟔𝟒 𝑹𝒆 b) Movimento crítico (2000 ≤ Re ≤ 4000) - Valor de f é indeterminado c) Movimento turbulento (Re > 4000) → Várias equações Equação de Colebrook-White Equação de Swamee-Jain 27 Onde: ε = rugosidade absoluta (m) Fator de atrito – Diagrama de de moody 28 Onde: Rugosidade relativa= ε /D Re= Numero de Reynolds Exemplo: Para ε/D = 0,004 E Re= 300000= 3*105 Qual o valor do fator de atrito? Fator de atrito – Diagrama de de moody 29 Onde: Rugosidade relativa= ε /D Re= Numero de Reynolds Exemplo: Para ε/D = 0,004 E Re= 300.000 = 3*105 Qual o valor do fator de atrito? f= 0,028 Fator de atrito – Diagrama de de moody Saneamento Básico 30 Exercícios: Fórmula racional ou universal: Darcy-Weisbach 5) Considere um conduto com 100m de comprimento, diâmetro= 100mm e rugosidade de 2mm que transporta água a uma vazão de 15 l/s. Determine a perda de carga. Utilize o Diagrama de Moody para cálculo do fator de atrito. Viscosidade= 1,003x10^(-3) Ns/m². Massa específica = 1000 kg/m³ 31 Exercícios: Fórmula racional ou universal - Darcy-Weisbach 5) Considere um conduto com 100m de comprimento, diâmetro= 100mm e rugosidade de 2mm que transporta água a uma vazão de 15 l/s. Determine a perda de carga. Diagrama de Moody para f. Viscosidade= 1,003x10^(-3) Ns/m². Massa específica = 1000 kg/m³ 1º passo: Área da seção de escoamento A = 𝜋.𝐷² 4 = 2º passo: Velocidade média V = 𝑄 𝐴 = 3º passo: viscosidade cinemática (m²/s). Sendo: ν = μ ρ = 4º passo: Numero de Reynolds Re = 𝑉.𝐷 𝜈 = 5º passo: Analisar o regime de escoamento: 6º passo: Encontrar fator de atrito no diagrama de Moddy: Re ~ e ε/D = → f ~ 7º passo: calculo da perda de carga hf= f 𝐿 .𝑉² 𝐷 .2𝑔 = 32 Exercícios: Fórmula racional ou universal - Darcy-Weisbach 5) Considere um conduto com 100m de comprimento, diâmetro= 100mm e rugosidade de 2mm que transporta água a uma vazão de 15 l/s. Determine a perda de carga. Diagrama de Moody para f. Viscosidade= 1,003x10^(-3) Ns/m². Massa específica = 1000 kg/m³ 1º passo: Área da seção de escoamento A = 𝜋.𝐷² 4 = 𝜋.0,1² 4 = 7,854*10−3 m² 2º passo: Velocidade média V = 𝑄 𝐴 = 0,015𝑚3/𝑠 7,854∗10−3𝑚² = 1,909 m/s 3º passo: viscosidade cinemática (m²/s). Sendo: ν = μ ρ = 1,003𝑥10−3 1000 = 1,003*10−6 m²/s 4º passo: Numero de Reynolds Re = 𝑉.𝐷 𝜈 = 1,909.0,1 1,003∗10−6 = 190329 5º passo: Analisar o regime de escoamento: turbulento 6º passo: Encontrar fator de atrito no diagrama de Moddy: Re ~190329 e ε/D = 0,002/0,1= 0,02 → f ~ 0,05 7º passo: calculo da perda de carga hf= f 𝐿 .𝑉² 𝐷 .2𝑔 = 0,05x 100𝑚 .(1,909)2𝑚/𝑠 0,1𝑚 𝑥 2𝑥 9,81𝑚/𝑠² ~9,287m 33 TREINO PARA CASA 8) Uma tubulação com diâmetro 25 mm, a água escoa com uma vazão de 1 L/s, à temperatura de 20°C, rugosidade de 0,1 mm e comprimento de 200 m. Calcule a perda de carga que ocorre na canalização pelos métodos do Diagrama de Moody e da Fórmula de Swamee-Jain. Dados: ε = 0,1 mm; ν= 1,01 x 10-6m²/s Saneamento Básico 34 Continuidade: Exercícios aplicando Fórmula de Hazen-Williams
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