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P. 81 Organizações militares internacionais As Organizações militares internacionais são entidades criadas por meio de acordo entre países na tentativa de contribuir para a segurança mútua ou defesa comum em alguma região do planeta. As Organizações internacionais: Otan Criada em 1949, durante a Guerra Fria, a Otan era uma aliança militar formada apenas por países ocidentais e capitalistas, tendo os Estados Unidos como principal líder. Essa organização tinha como principal objetivo inibir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fornecendo apoio militar para as nações integrantes da Otan. Em contrapartida, os países socialistas, em 1955, criaram o Pacto de Varsóvia, cujo objetivo era o mesmo da Otan, no entanto, era composto por países socialistas. Em 2002, a Rússia, que antes liderava o bloco socialista, passou a participar das reuniões dessa organização militar através da Otan-Rússia, onde o país tem poder de decisão nas ações direcionadas ao combate ao terrorismo e à proliferação de armas nucleares. Atualmente, a OTAN é formada pelos seguintes países: Países Ocidentais: Estados Unidos da América (EUA), Canadá, Bélgica, Dinamarca, França, Holanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal, Reino Unido, Grécia Alemanha e Espanha. Países do Leste Europeu: Polônia, República Tcheca, Hungria, Bulgária, Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, Croácia, Albânia e Turquia, além da Macedônia, que é um país aspirante. P. 82 Organização para Cooperação de Xangai O organismo é integrado pelos líderes do Cazaquistão, China, Quirgustão, Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão. O obejtivo da SCO é fomentar parceria entre os Estados-membros nas áreas política, militar, econômica e cultural. A Estrutura Antiterrorista Regional é um instrumento importante de segurança na região eurasiática. P. 83 Outros tratados ou acordos militar es Anzus - é a sigla pela qual ficou conhecido o tratado celebrado por Austrália, Nova Zelândia e EUA, formando uma aliança militar defensiva no Pacífico Sul. Criada em 1951, com sede em Camberra, Austrália. Com a finalidade de uma aliança militar tripartite, comprometida a revidar qualquer agressão direta aos seus membros. Acordo de defesa entre Estado Unidos e Israel - Atualmente, o Estado de Israel é um dos mais poderosos, econômico e militarmente, do mundo e tem ajuda direta dos EUA. É também um Estado que possui uma das mais eficientes e temidas polícias secretas de todo o globo desde o fim da Segunda Guerra Mundial: a Mossad. A despeito de sua curta existência enquanto Estado – Israel só foi oficializado e reconhecido como país em 1948 –, foi protagonista de intensos episódios conflituosos ocorridos na região do Oriente Médio na segunda metade do século XX, sobretudo em virtude do conflito histórico com os países muçulmanos que circundam seu território. Acordos de defesa dos Estados Unidos com a Coreia do Sul - A Guerra da Coreia foi um conflito que aconteceu entre 1950 e 1953 entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul e iniciou-se quando as tropas norte-coreanas ultrapassaram a fronteira que separa as Coreias, dando início à invasão da Coreia do Sul. Essa guerra foi uma das primeiras manifestações da bipolarização que caracterizou o mundo no período da Guerra Fria. Ao longo de seus anos de duração, a Guerra da Coreia foi responsável pela morte de mais de 2,5 milhões de pessoas e contou com a participação de tropas norte e sul-coreanas, tropas chinesas, americanas e uma modesta participação de soldados soviéticos. O final da guerra trouxe poucas mudanças de fronteira e manteve a divisão e a rivalidade das Coreias acesa por bastante tempo. Cabe o destaque que, apesar da forte rivalidade, houve recentemente gestos de aproximação realizados pelos dois governos. A OCDE e outros grupos - a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) representa uma estruturação formada por países e parceiros estratégicos dedicados ao desenvolvimento econômico capitalista. Os membros pretendem discutir políticas públicas e econômicas que os orientem. Esses países apoiam os princípios da democracia representativa e as regras da economia de mercado. Atualmente, a organização conta com 36 membros, que buscam uns aos outros, a fim de identificar, discutir e analisar problemas, promovendo políticas capazes de solucioná-los. São eles: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, Coreia do Sul, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Islândia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, México, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia, Suíça e Turquia. A organização também conta com parceiros estratégicos, segundo o site da OCDE. São eles: África do Sul, Brasil , China, Índia e Indonésia. A necessidade de discutir temas de economia num ambiente mais informal nasceu nos anos 70 quando os presidentes dos cinco países mais ricos começaram a se encontrar. Após a crise do petróleo de 1973, o presidente francês Valéry Giscard d'Estaing (1926- ) sugeriu que os presidentes das sete nações mais ricas do mundo se reunissem uma vez ao ano para discutir temas econômicos. A primeira reunião foi realizada em 1975, na França, com os seis países mais industrializados do mundo. Grupos de países se reúnem para definir determinados objetivos comuns. G7 – ou Grupo dos Sete é um fórum integrado por sete nações que, juntas, representam metade da economia mundial. O grupo reúne-se periodicamente desde 1975 para discutir questões relacionadas à economia. O Grupo dos Sete é compreendido por países capitalistas Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. A primeira reunião foi realizada em 1975, na França, com os seis países mais industrializados do mundo. Todos têm regimes democráticos e economias de mercado bem estruturados, grande poder de investir no exterior, conceder empréstimos ou custear gastos militares ou econômicos – ajudando países sem recursos, contribuindo com a ONU e outras. G8 - ou Grupo dos Oitos é um fórum que reúne oito países Estados Unidos, Canadá, França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Japão e Rússia e tem como objetivo debater assuntos relevantes relacionados à estabilidade econômica global. Apesar de não ter uma economia tão desenvolvida como os demais membros, a entrada da Rússia se deve ao grande poderio bélico existente em território russo e por ser a grande herdeira do poder que a União Soviética tinha nos anos anteriores. Sua adição foi uma forma de apaziguar as tensões geopolíticas que marcaram os anos da Guerra Fria, no período pós-guerra. O G-8, apesar de sua grande importância no cenário internacional, não se constitui como uma organização com estatuto, critérios de admissão e poder legítimo para colocar suas decisões em prática. Os líderes de cada país participante podem definir algumas metas e políticas, todavia não podem efetivá-las sem o consenso do Banco Mundial e do FMI. Atualmente, o G-8 tem muitos desafios a discutir no que vem acontecendo no mundo e que constituem como intermináveis pautas em suas reuniões. Entre as principais, podemos citar as mudanças climáticas, com o aumento do efeito estufa que pode ocasionar no aquecimento global e a proliferação de armas nucleares capazes de destruir toda a vida humana do planeta. Outros assuntos como as doenças infecciosas e transmisseis , a insegurança alimentar no mundo, os conflitos gerados por disputa de petróleo e a expansão do terrorismo são vistos como outros problemas aptos a colocar em risco a paz mundial no planeta. G 20 – Grupo dos 20 é formado por ministros de finanças e chefes dos bancos centrais de 19 nações: os que formam o G8 e ainda 11 emergentes. Os países membros do G20 são: Brasil , Argentina, México, China, Índia, Austrália, Indonésia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul e Turquia. O grupo foi criado em 1999 com o intuito de promover o fortalecimentoda economia mundial. Sua criação ocorreu ao final de uma década marcada por crises financeiras e instabilidade econômica, principalmente na Ásia, México e Rússia. É importante citar a existência de outro G20, denominado G20 - países emergentes, que é composto apenas por países em desenvolvimento, cujo objetivo principal é a elaboração e discussão de projetos para defender os interesses agrícolas das nações integrantes. BRICS é um termo utilizado para designar o grupo de países de economias emergentes formado por Brasil , Rússia, Índia, China e África do Sul. BRICS é um acrônimo ou seja, a junção das iniciais de palavras que formam outro termo. Seu criador é o economista britânico Jim O'Neill, do grupo financeiro Goldman Sachs, em 2001. O economista tentava encontrar uma forma de traduzir o crescimento econômico que seria protagonizado naquela década por Brasil, Rússia, Índia e China. Por conseguinte, empregou a expressão BRIC. Naquele momento, o crescimento brasileiro ainda suscitava dúvidas, bem como a Rússia, que estava estagnada. Já a China, apresentava taxas de crescimento elevadíssimas entre os demais e se destacava no cenário econômico mundial. Os países formadores do BRICS são marcados por países emergentes, suscetíveis a crises econômicas e com falhas garantias sociais para as populações. Outras organizações internacionais As organizações internacionais da atualidade tiveram o seu surgimento, em sua maioria, na segunda metade do século XX. No entanto, foi com a globalização e o fim da Guerra Fria que elas se consolidaram como importantes atores no cenário internacional, passando por um relativo período de fortalecimento. A Organização Mundial do Comércio (OMC) – iniciou suas atividades em 1º de janeiro de 1995 e desde então tem atuado como a principal instância para administrar o sistema multilateral de comércio. A organização tem por objetivo estabelecer um marco institucional comum para regular as relações comerciais entre os diversos Membros que a compõem, estabelecer um mecanismo de solução pacífica das controvérsias comerciais, tendo como base os acordos comerciais atualmente em vigor, e criar um ambiente que permita a negociação de novos acordos comerciais entre os Membros. Atualmente, a OMC conta com 187 (2016) Membros, sendo o Brasil um dos Membros fundadores. A sede da OMC está localizada em Genebra (Suíça) e as três línguas oficiais da organização são o inglês, o francês e o espanhol. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo – OPEP , com sede em Viena, na Áustria, é uma associação de países fundada por Irã, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita e Venezuela em 1960. Até a criação da OPEP, os principais países exportadores de petróleo do mundo – e que no período detinham a maior parte das reservas petrolíferas até então conhecidas – pouco se beneficiavam com a exploração do ouro negro. A maior parte dos astronômicos lucros ficavam nas mãos das empresas que faziam a exploração, refino, transporte e revenda do petróleo. As sete irmãs – como eram conhecidas a maiores empresas petrolíferas – possuíam o monopólio sobre todas as etapas da produção e comercialização do petróleo no mundo. Essas grandes corporações controlavam o mercado mundial petrolífero. Determinavam o valor do combustível fóssil pago aos países produtores, bem como o valor de revenda ao consumidor final. O objetivo oficial da organização, no entanto, é estabelecer uma política comum ao petróleo, protegendo os rendimentos dos países produtores. No entanto é visto como analistas políticos e econômicos com uma espécie de “cartel estatal”, uma vez que suas reuniões e acordos, desde a criação, estão centradas em estratégias para o controle do valor do petróleo a nível mundial. Liga Árabe - nome corrente para a Liga de Estados Árabes - em árabe: uma organização de estados árabes fundada em 1945 no Cairo, capital do Egito, por sete países. O objetivo de reforçar e coordenar os laços econômicos, sociais, políticos e culturais entre os seus membros, assim como mediar disputas entre estes. Atualmente a Liga Árabe compreende vinte e dois Estados. O objetivo principal da Liga é aproximar as relações entre os estados membros, coordenar a colaboração entre eles para proteger sua independência e soberania, e considerar, de uma forma geral, os negócios e os interesses dos países árabes. União Africana (UA) – a UA foi cria para substituir a Organização da Unidade Africana (OUA). A OUA foi uma manifestação da visão pan-africana de uma África unida, livre e no controle de seu próprio destino, e teve esses princípios fundamentais formalizados em sua Constituição em 1963. Durante sua existência, a OUA desempenhou papel fundamental na erradicação do colonialismo e na luta contra o apartheid. Entretanto, a organização passou a ser bastante criticada pela elevada burocracia e ineficácia, principalmente pela sua política de não interferência nos assuntos internos de seus Estados- membros, levando à impotência em casos de conflitos e à passividade em situações de violações de direitos humanos, como os ocorridos em Uganda na década de 1970. Tarefa Exercícios pp. 83, 86, 89, 93.
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