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SURGIMENTO DA SEGURANÇA PÚBLICA

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SURGIMENTO 
DA SEGURANÇA 
PÚBLICA
GESTÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA
Este material é protegido por Direitos Autorais, sendo proibida a reprodução, a 
distribuição, e a comercialização, sob pena de responsabilidade civil e penal.
Este material é protegido por Direitos Autorais, sendo proibida a reprodução, 
a distribuição, e a comercialização, sob pena de responsabilização civil e penal.
02
SURGIMENTO DA SEGURANÇA PÚBLICA
texto comum comum bold itálico
Formação do Estado 
O surgimento do Estado como conceituamos hoje é um fenômeno re-
cente da organização do poder político. O direito e o poder (tende-se a dizer 
o “estado”, mas o poder político não adotou sempre a forma estatal). 
Afirma-se, então, que o Estado exerce funções típicas e evidencia a dicoto-
mia entre o público e o privado.
Assim, analisando as principais teorias que procuram explicar a forma-
ção inicial do Estado, levando em consideração as posições fundamentais 
apresentadas, é possível separar dois grandes grupos de teorias:
1) Teorias que afirmam a formação natural ou espontânea do Estado, 
não havendo entre elas uma coincidência quanto à causa, mas tendo todas 
em comum a afirmação de que o Estado se formou naturalmente, não por 
um mero ato puramente voluntário.
2) Teorias que sustentam a formação contratual dos Estados, apre-
sentando em comum, apesar de também desencontrarem entre si quanto às 
causas, a crença em que foi a vontade de alguns homens, ou então de todos 
os homens, que levou à criação do Estado. Em suma, os adeptos da forma-
ção contratual da sociedade é que defendem a tese da criação contratua-
lista do Estado.
Mas, entre as teorias que sustentam a origem do Estado por motivos 
econômicos, a de maior repercussão prática foi e continua sendo a de Marx 
e Engels. Essa opinião de ambos vem muito claramente exposta por Engels 
numa de suas principais obras, “A Origem da Família, da Propriedade Privada 
e do Estado”. 
Além de negar que o Estado tenha nascido com a sociedade, ele afirma 
que ele “é antes um produto da sociedade, quando ela chega a determi-
nado grau de desenvolvimento”.
Este material é protegido por Direitos Autorais, sendo proibida a reprodução, 
a distribuição, e a comercialização, sob pena de responsabilização civil e penal.
03
A crença nessa origem tem reflexo imediato em dois pontos fundamentais da teo-
ria marxista do Estado: a qualificação deste como um instrumento da burguesia 
para exploração do proletariado e a afirmação de que, não tendo existido nos 
primeiros tempos da sociedade humana, o Estado poderá ser extinto no futuro, 
uma vez que foi uma criação puramente artificial para satisfação dos interesses 
de uma minoria.
Estado é universalmente reconhecido como pessoa jurídica, que ex-
pressa sua vontade através de determinadas pessoas ou determinados órgãos. 
Nesse dado é que se apoiam todas as teorias que sustentam a limitação ju-
rídica do poder do Estado, bem como o reconhecimento do Estado como 
sujeito de direitos e de obrigações jurídicas. O poder do Estado é, portanto, 
poder jurídico, sem perder seu caráter político.
Formação do Estado Moderno
A estruturação do Estado moderno tem como pressuposto a constituição 
de instituições: polícias. Assim como a própria organização, atuação e formas 
de representação dessas instituições foram modeladas por esse Estado 
nascente, estas influenciaram de alguma forma as feições deste Estado.
A preocupação com ascensão do capitalismo ao poder político e a con-
solidação da ordem burguesa foi necessária justamente porque a construção 
do Estado moderno foi teoricamente fundamentada na questão da pro-
cura de segurança por parte dos indivíduos.
A segurança estava no centro das teorias contratualistas, surgidas nos 
séculos XVII e XVIII, em que a autoridade política decorre de um pacto ori-
ginário pelo qual os homens renunciam a uma parte de seus direitos na-
turais em troca de uma segurança e de uma liberdade garantidas pela lei.
Os teóricos do contrato social afirmam que os homens são livres e 
iguais e que, consequentemente, nenhum poder é legítimo senão aquele que 
repousa sobre o seu consentimento, dado por meio de um contrato. Por este 
contrato, os homens renunciam ao direito natural de agir segundo suas 
vontades e aceitam submeter a uma autoridade maior abstrata: o Estado. 
Atenção
Este material é protegido por Direitos Autorais, sendo proibida a reprodução, 
a distribuição, e a comercialização, sob pena de responsabilização civil e penal.
04
Em troca, o Estado deve garantir-lhes a paz civil, a segurança e a liberda-
de autorizada por lei.
Se antes do surgimento do Estado moderno, a segurança do indivíduo 
era um problema que competia a cada um resolver sozinho, com o advento do 
ente Estado, a organização e a manutenção de grupos armados particulares 
se deslocam dos setores privados para um novo âmbito: o setor público. É 
transferida, assim, para o Estado, a função "pública" de garantir determinada 
ordem através de aparatos de segurança pública. 
Nessa nova ordem criada, se contrapõem duas esferas: o público e o 
privado, o Estado e a Sociedade Civil. Na esteira dessa nova estrutura política, 
surgem novos conceitos, como os da ordem pública e segurança pública.
Necessidade de segurança
Antes da criação do Estado moderno, havia uma pluralidade de ins-
tâncias e de poderes autônomos, no qual gerava uma séria de conflitos, 
revoltas, violência e insegurança generalizadas. Na esteira do surgimento de 
um novo tipo de sociedade, com formação dos burgos e suas corporações, 
e sobretudo de uma nova forma de produzir e distribuir riquezas, as cidades 
se desenvolvem.
A transformação dos modos de produção e acumulação de riquezas faz 
com que no interior da própria comunidade surjam os confrontos que põem 
em risco a coesão e sobrevivência da cidade.
Esse quadro de insegurança e, ao mesmo tempo de renovação da sociedade, gera 
necessidade de uma estrutura de poder mais compatível com os desejos econô-
micos da classe ascendente.
O direito natural, anterior ao surgimento da sociedade, é a liberdade 
que cada um possui de usar a sua força para sobreviver. Esse jus natu-
rale é total, se estendendo sobre todas as coisas, inclusive sobre o corpo do 
outro. Nesse contexto, não há segurança, daí a impossibilidade de desenvol-
ver, indústrias, agricultura, novas técnicas, ou seja, no modo de insegurança 
instaurado não há desenvolvimento.
Se liga!
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05
No entanto, a natureza, ou seja, o instinto de sobrevivência, guiado pela 
razão, ensina que é preciso, para a preservação da vida, procurar a paz. 
Os homens são pela lei da natureza e pela razão, levados a fazer entre eles 
contratos pelos quais cada um dos contratantes se despoja de uma parte de 
seus direitos, em troca da paz.
Dessa forma, a soberania absoluta do Estado repousa sobre uma 
decisão coletiva, um pacto ou contrato, no qual cada indivíduo se compro-
mete livremente em troca de sua preservação. O Estado deve ser necessa-
riamente absoluto para que, monopolizando a força, torne-se garantidor da 
vida, da paz e da segurança das pessoas.
Ao garantir a paz e a segurança, o Estado não faz mais que assegurar 
e tornar estáveis as ordens política e jurídica necessárias para o desen-
volvimento desse novo modelo de vida econômico e social. Com a construção 
de um Estado nesses moldes, os instrumentos de autoridade e administra-
ção, que estavam na esfera privada, já que nas mãos de diversos indivíduos, 
se transformaram em meios de domínio público.
1. O Estado é:
A) Uma organização que tem o reconhecimento da população para estabe-
lecer regras a serem obedecidas por todos. Entretanto, outras organizações 
sociais apresentam legitimidade para suas ações acima do Estado.
B) Caracterizado como o monopólio do exercício legítimo da força emuma 
sociedade.
C) Uma organização que exerce o poder sobre os indivíduos que ocupam um 
determinado território, sem legitimidade.
D) Uma unidade federativa de um país, sem autonomia administrativa, subor-
dinada à Presidência da República.
Gabarito: Letra B.
Na prática

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