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TEOLOGIA SISTEMÁTICA III-Aula 2-O Espírito Santo no Evangelho

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Teologia Sistemática III
Aula 2: O Espírito Santo no Evangelho
Apresentação
Esta aula apresenta o desenvolvimento da doutrina e da experiência do Espírito
Santo no âmbito das tradições evangélicas: Mateus, Marcos, Lucas e João.
Como já pudemos ver na aula passada, o Espírito de Deus age e se mostra aliado de
modo inseparável da Ação e do Mistério de Deus, e não foi revelado de modo
“pessoal”. Nos Evangelhos, o Cristo revela a verdadeira Identidade do Espírito Santo
como Dom e Pessoa, já que o Jesus é, Ele mesmo, uma realidade do Espírito de
Deus na História da Salvação.
Você sabia que a cada etapa da vida/história de Jesus Cristo pode-se perceber o
Dom do Espírito Santo? Ao estudarmos os Evangelhos, veremos de que maneira isso
se veri�ca.
Objetivos
Reconhecer a doutrina do Espírito Santo nos Evangelhos;
Veri�car de que maneira a vida de Jesus, narrada nos Sinóticos (Mt, Lc e Mc), é o
fundamento da pneumatologia bíblica (cristã);
Compreender como o termo “Messias”, que caracteriza a missão central de
Jesus, é um conceito pneumatológico central no Novo Testamento.
 (Fonte: Jacob_09 / Shutterstock)
O Espírito Santo no Evangelho
Na aula anterior, vimos como o Espírito Santo é apresentado no Antigo Testamento, isto
é, como realidade do Mistério Pessoal do Pai, essencialmente “Espírito do Pai”. Parece
que não havia nas páginas do Antigo Testamento uma nítida consciência de que o
Espírito Santo tivesse uma “personalidade” própria, diversa da do Pai. Parecia ser
simplesmente Aquele que atuava a partir de Deus de Israel.
Ao mesmo tempo, vimos como, nos diversos estágios da vida e da história de Israel,
esse “Espírito de Deus” atuava diante das situações difíceis. Os Juízes, por exemplo,
eram sujeitos que, por sinais extraordinários, como a força (Sansão), a coragem (Judite),
a astúcia militar (Gedeão) ou a sabedoria (Samuel). Ou a �gura dos reis, por essência,
ungidos por Deus (dom do Espírito), também foram muito privilegiados, como Davi, que
venceu o gigante Golias e se tornou um exímio rei-guerreiro; ou Salomão, protótipo da
sabedoria.
Por �m, tínhamos os protagonistas do Espírito (de Deus) no Antigo Testamento, os
profetas, homens que traziam nos lábios a própria Palavra de Deus. Neles, Deus, pelo
seu Espírito, imprimia credibilidade às palavras de revelação, comunicava-se
efetivamente com Israel e realizava prodígios – e, sobretudo, provocava conversão e
mudança de vida de Seu povo.
Atenção
No entanto, em todas essas etapas, não se pode a�rmar que o Espírito Santo ou o
Espírito de Deus fosse uma manifestação autônoma, uma “Pessoa”, como a�rmará a
Igreja em sua antiga Pro�ssão de Fé.
A�nal, quem é o Espírito Santo?
O que os Evangelhos têm a dizer sobre Ele, diversamente do que já sabemos pelos
livros do Antigo Testamento?
Que relações se podem estabelecer entre Jesus e o Espírito Santo?
Jesus revelou o Espírito Santo como o professamos hoje?
 (Fonte: Kris L / Shutterstock)
O Espírito Santo e o
Messias
O Espírito Santo nos lábios e nas ações
dos profetas tem a missão de anunciar
como um evento futuro da parte de Deus
o envio a Israel de um escolhido, um
Ungido, um “Cristo”. A própria profecia é
um evento do Espírito Santo, pois coloca
o desconhecido, o Futuro, diante dos
olhos dos crentes, que acolhem a
profecia.
O termo ‘messias’ deriva do grego
messias que, por sua vez, deriva do
aramaico mashiha e do hebraico
mashiach (‘ungido’). O termo grego
aparece no Evangelho de João (1:42;
4:25) de forma a indicar que, no período
da escrita do Novo Testamento, já se
inseria no contexto de um discurso com o
qual pelo menos uma parcela da
população judaica já se encontrava
familiarizada.
O messianismo foi uma corrente do
tardio judaísmo, que trazia à tona a
esperança de que, em meio a tantos
desastres e catástrofes, Deus continuava
a consolar, a conduzir e a salvar Seu
povo.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
O Messias era a esperança da Ação Divina e futura que reconduziria Israel ao seu
verdadeiro esplendor. Uma das vertentes que se ocupara disso anuncia o Messias como
sendo um descendente de Davi; outra corrente, ancorada na tradição apocalíptica,
acreditava que o Messias era uma �gura misteriosa. Quando surgisse, Deus o daria a
conhecer através do Espírito Santo a sua descendência.
Leia mais:
 Descendência do Messias
 Clique no botão acima.
Descendência do Messias
Descendência a partir de Davi:
E, quanto a ti, se andares diante de mim, como andou Davi teu pai, e
�zeres conforme a tudo o que te ordenei, e guardares os meus
estatutos e os meus juízos, também con�rmarei o trono do teu reino,
conforme a aliança que �z com Davi, teu pai, dizendo: Não te faltará
sucessor que domine em Israel. (2 Crônicas 7, 17-18).
A tradição salmódica, Sl. 132, 11-12 a�rma o mesmo:
O Senhor jurou a Davi com verdade, e não se desviará dela: Do fruto
das tuas entranhas porei sobre o teu trono. 12. Se os teus �lhos
guardarem o meu pacto, e os meus testemunhos, que eu lhes hei de
ensinar, também os seus �lhos se assentarão perpetuamente no teu
trono.
Outra corrente, ancorada na tradição apocalíptica, acreditava que o Messias era
uma �gura misteriosa. Quando surgisse, Deus o daria a conhecer através do
Espírito Santo a sua descendência, ao resto de Israel, que �elmente esperava em
Deus.
É preciso remontar, antes de mais nada, à profecia de Isaías, algumas
vezeschamada “o quinto Evangelho”, ou “o Evangelho do Antigo Testamento”.
Isaías, fazendo alusão à vinda dum personagem misterioso, que a revelação
neotestamentária identi�cará em Jesus, liga a sua pessoa e a sua missão a uma
ação particular do Espírito de Deus — Espírito do Senhor. São estas as palavras
do profeta:
Despontará um rebento do tronco de Jessé, e um renovo brotará da
sua raiz. Sobre ele pousará o espírito do Senhor, espírito de
sabedoria e de entendimento, espírito de conselho e de fortaleza,
espírito de conhecimento e de temor de Deus, o no temor do Senhor
está a sua inspiração (Is 53, 5-6. 8).
Esse texto é importante para toda a compreensão do Espírito Santo
(pneumatologia = teologia do espírito) do Antigo Testamento, porque constitui
como que uma ponte entre o antigo conceito bíblico do “espírito”, entendido
primeiramente como “sopro carismático”, e o “Espírito”, como pessoa e como
dom, dom para a pessoa.
Os textos proféticos que acabam de ser apresentados devem ser
lidos por nós à luz do Evangelho; o Novo Testamento, por sua vez,
adquire um esclarecimento particular da admirável luz contida
nestes textos veterotestamentários. O Profeta apresenta o Messias
como aquele que vem com o Espírito Santo, como aquele que
possui em si a plenitude deste Espírito; e, ao mesmo tempo, é
portador d’Ele para os outros, para Israel, para todas as nações, para
toda a humanidade. A plenitude do Espírito de Deus é acompanhada
por múltiplos dons, os bens da salvação, destinados de modo
particular aos pobres e aos que sofrem ― a todos aqueles que
abrem os seus corações a esses dons: isso acontece, algumas
vezes mediante as experiências dolorosas da própria existência;
mas, primeiro que tudo, por aquela disponibilidade interior que vem
da fé. (JOÃO PAULO II, 1986).
Portanto, o novo Testamento, que tem Cristo no centro, é aquele espaço e
tempo no qual se revela a Pessoa do Espírito Santo.
As etapas históricas do Messias-Jesus e o
Espírito Santo
Como se percebe no desenvolvimento da narrativa evangélica – Mt, Mc, Lc e Jo –, pode-
se deferir que são três as partes que funcionam como disposição do quadro histórico-
narrativo de Jesus.
Todos os Evangelista têm sua tradição teológico-literária do Espírito. Porém, não é
possível entender os Evangelhos sem a perspectiva pneumatológica, sem a qual os
fatos seriam somente “cronologia” religiosa, e interessariam somente às histórias da
religião e ao passado.
"Em relação aos outros dois sinópticos, o evangelista Lucas apresenta-nos uma
pneumatologia muito mais desenvolvida.No Evangelho ele tem em vista mostrar
que Jesus é o único a possuir o Espírito Santo em plenitude. Certamente, o
Espírito intervém também em Isabel, Zacarias, João Baptista e sobretudo em
Maria, mas só Jesus, ao longo de toda a Sua existência terrena, detém
plenamente o Espírito de Deus. Ele é concebido por obra do Espírito Santo (cf. Lc
1, 35). A respeito d’Ele João Baptista dirá: ‘Eu batizo-vos em água, mas vai chegar
Quem é mais poderoso do que eu […]: Batizar-vos-á no Espírito Santo e no fogo’
(Lc 3,16)."
(AQUINO, 1998)
A infância ou início da missão
Em Mt (1,1-2,23) e Lc (1,5-2,52) se encontram os relatos da infância de Jesus. Nesse
universo, desde o início encontramos a centralidade da Revelação do Espírito Santo nas
diversas etapas e mesmo nos personagens que povoam as cenas da infância de Jesus:
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Clique nos botões para ver as informações.
Lc 1, 34-35: Maria perguntou ao anjo: “Como se fará isso, pois não conheço
homem?” Respondeu-lhe o anjo: “O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do
Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso, o ente santo que nascer de ti
será chamado Filho de Deus.”
Mt 1, 19: “José, �lho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela
concebeu é obra do Espírito Santo.”
O �lho de Maria é obra do Espírito Santo. A concepção do Messias tem sua lógica
na promessa profética do Messias, Ungido. Outra expressão presente no
paralelismo poético da mensagem de Gabriel, “força do Altíssimo”, indicada na obra
lucana.
Maria, a Mãe 
Lc 1, 39-41: “Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma
cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, apenas Isabel
ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel �cou cheia
do Espírito Santo.”
O encontro com Maria, Isabel, no sexto mês da gravidez (estéril), é um tema típico
dos relatos de messianismo ou ao menos de escolhidos de Deus para missões
especiais (Isaque, Sansão, Samuel...). Esse encontro é tipicamente “pneumático”:
“Isabel �cou cheia do Espírito Santo”, indicando que as duas grávidas estavam
envolvidas nos processos messiânicos dos últimos tempos.
Até o esposo, inicialmente incrédulo (mudo), profetizará, na forma de um cântico
carismático, o “Benedictus”.
Lc 1, 67-68: Zacarias, seu pai, �cou cheio do Espírito Santo e profetizou, nestes
termos: “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e resgatou o seu
povo.”
Isabel, a estéril 
Lc 1, 25-27: Ora, havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Esse homem,
justo e piedoso, esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele.
Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não morreria sem primeiro ver o Cristo do
Senhor. Impelido pelo Espírito Santo, foi ao templo, tendo os pais apresentado o
menino Jesus, para cumprirem a respeito dele os preceitos da Lei.
Deles se diz que eram conduzidos pelo Espírito Santo – “Impelido pelo Espírito
Santo, foi ao templo” – sob o qual agem e profetizam, como ocorrerá no Templo.
“Espírito Santo estava nele.”
Simeão, profeta do Templo de Jerusalém 
Uma experiência profética neotestamentária, mas ainda ancorada nas tradições
messiânicas davídico-salomônicas que perpassavam os círculos de Jerusalém. Em
torno do nascimento de Jesus, todos os eventos e os personagens envolvidos.
Os evangelhos, em sua segunda parte, também retratam a vida pública de Jesus,
envolvido com a pessoa e o mistério do Espírito Santo, de um lado, em continuidade
com as tradições pneumatológicas do “Espírito do Senhor”, como vimos na aula anterior
– na dimensão nova, da revelação do Espírito como Pessoa, diversa do Pai e do Filho.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
A ação pública de Jesus inicia-se com o batismo,
no Jordão, e segue até a sua paixão e morte.
A vida pública de Jesus e o Espírito Santo
Segundo o livro dos Atos, a promessa cumpre-se no dia do Pentecostes: “Todos �caram
cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes
inspirava que se exprimissem” (At 2,4).
Realiza-se assim a profecia de Joel: “Nos últimos dias, diz o Senhor, derramarei o Meu
Espírito sobre toda criatura. Os vossos �lhos e as vossas �lhas hão-de-profetizar” (Jl 2,
17).
Lucas vê nos apóstolos os representantes do povo de Deus dos tempos �nais, e ressalta
com razão que esse Espírito de profecia envolve o inteiro povo de Deus: “Uma das
características marcantes na obra de Lucas é a presença do Espírito Santo. Tanto o
Evangelho quanto os Atos estão repletos de notícias sobre sua ação”. Vejamos onde e
em que circunstâncias o Espírito Santo age no Evangelho de Lucas.
Os primeiros capítulos apresentam de modo marcante a ação do Espírito Santo
1,15 Sua presença com João Batista é prometida a Zacarias.
1,35 O anjo Gabriel anuncia a Maria o nascimento de Jesus que somente será
possível através do Espírito Santo.
1,41 Isabel cheia do Espírito Santo saúda Maria.
1,67 Zacarias profetiza através do Espírito Santo.
2,25-
27
Simeão vai ao Templo movido pelo Espírito Santo.
3,16 João anuncia o Batismo no Espírito Santo através de Jesus.
3,22 O Espírito Santo em forma corpórea desce sobre Jesus no Batismo.
4,1 Jesus cheio do Espírito Santo é levado para o deserto.
4,14 Jesus é levado para a Galileia pelo Espírito Santo.
4,18 Na Sinagoga, Jesus anuncia a sua missão pela força do Espírito Santo.
23,46 Jesus entrega seu Espírito a Deus antes de morrer.
24,49 Promessa de Jesus sobre a presença do Espírito Santo junto aos discípulos.
No coração de todos os relatos evangélicos, encontramos uma forte atenção à teologia
do Espírito Santo. Trata-se de uma compreensão de Jesus, uma visão teológica
(identidade messiânica) e da plena revelação do mistério trinitário, como já vimos na
primeira aula:
No Evangelho de Lucas, portanto, a presença do Espírito Santo se dá como preparação
da chegada de Jesus. Muitos anunciam, profetizam, louvam sempre inspirados por sua
força e presença. Da mesma forma, no livro dos Atos é o Espírito Santo novamente
quem vai animar os discípulos e comunidade a levar adiante a Boa Nova de Jesus. O
Espírito anima a missão. Com Jesus a missão acontece. A Boa Nova se torna realidade:
‘O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para evangelizar os pobres;
enviou-me para anunciar aos aprisionados a libertação, aos cegos a recuperação da
vista, para pôr em liberdade os oprimidos, e para anunciar um ano de graça do Senhor’
(Lc 4,18-19). Esta dimensão missionária, voltada para os pobres, cativos, marginalizados
não pode nem deve ser esquecida. De nada adianta louvar ou orar ao Espírito Santo se
não nos colocamos nesta sua real dimensão. Deixar o Espírito agir, neste sentido, é
colocar-se à disposição, a serviço do Reino de Deus.
Atividade
1. “A Messianidade de Jesus de Nazaré, em todas as suas etapas, é a exibição e a
revelação da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade: O Espírito Santo.” Explique de que
modo Jesus, o Messias, é o Revelador do Espírito Santo:
a) Jesus foi gerado no Espírito e toda a sua existência se realiza no Espírito (Lc 1).
b) Jesus não revela o Espírito em sua etapa histórica, só em Pentecostes.
c) A Messianidade de Jesus é política e humana, por isso termina na Cruz.
d) Jesus é o Cristo porque Deus o ressuscitou, não o Dom do Espírito.
e) O Espírito é um dom pós-pascal, não pertence ao messianismo histórico.
2. Em relação à pneumatologia de Lucas, o que se pode a�rmar sobre a Missão de
Jesus?
a) Pode-se afirmar que no início do Evangelho a presença do Espírito Santo não é intensa.
b) Lucas não fala da presença do Espírito Santo só em Cristo, mas em outros personagens.
c) Lucas fala do Espírito como promessa aos discípulos.
d) Jesus não exercita o Espírito na sua missão, mas o Poder do Pai.
e) O messianismo de Jesus em Lucas é de natureza histórica.
3. O messianismo foi uma corrente do tardio judaísmo, que trazia à tona a esperança
que,em meio a tantos desastres e catástrofes, Deus continuava a consolar, conduzir e
salvar seu Povo.
Assinale a alternativa correta que justi�ca ou reti�ca a a�rmação acima.
a) O messianismo começa no Gênesis, e segue por toda a Bíblia.
b) Não se entende o messianismo judaico senão por ser político e imediato.
c) O messianismo fez parte da pregação profética a partir do exílio da Babilônia.
d) Somente João Batista preparou o Messias em toda a Bíblia.
e) Deus não consolou o Povo, pelo contrário – o castigava.Referências
AQUINO, F. O Espírito Santo no Antigo Testamento. L’Osservatore Romano, n. 20, v. 272,
16 maio 1998. Disponível em: https://cleofas.com.br/o-espirito-santo-no-antigo-
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testamento. Acesso: 10 fev. 2019.
JOÃO PAULO II (PAPA). Dominum et Vivi�cantem: sobre o Espírito Santo na vida da
Igreja e do mundo. São Paulo: Paulinas, 1986. Disponível em:
https://fasfhic.eu/storage/default/documents/090-dominum-et-vivi�cantem.pdf.
Acesso em: 16 fev. 2019.
SCHLAEPFER, Carlos Frederico. O Espírito Santo no Evangelho de Lucas. Aleteia, 8 ju.
2014. Disponível em: https://pt.aleteia.org/2014/06/08/o-espirito-santo-no-
evangelho-de-lucas.
Welker, M. O ESPÍRITO SANTO. Estudos Teológicos, ano 48, n. 1, p. 5-17, 2008.
Disponível em:
//periodicos.est.edu.br/index.php/estudos_teologicos/article/view/396/0.
Próxima aula
A Teologia do Espírito Santo no Evangelho de São João;
A Teologia do Espírito Santo no Epistolário Paulino;
A Teologia do Espírito Santo no Livro do Apocalipse.Explore mais
Leia os textos:
ADRIANO FILHO, J. Expectativas messiânicas sacerdotais no judaísmo e as
origens da cristologia. Oracula, v. 1, n. 1, p. 1-50, 2005. Disponível em:
//estudosteologicos.6te.net/doc/Expectativas_Messianicas.pdf.
HACKMANN, G. L. B. (org.). O espírito santo e a teologia. Porto Alegre: EdPUCRs,
1998.
IWASHITA, P. K. O espírito santo na vida e na missão de Maria. Revista de Cultura
Teológica, v. 19, n. 75, jul./set. 2011. Disponível em:
https://revistas.pucsp.br/culturateo/article/view/15329/11451.
RIDOUT, G. W. O poder do espírito santo. São Paulo: Imprensa Metodista, 1993.
Di í l // t di t il i b l b /d /O d d
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javascript:void(0);
javascript:void(0);
javascript:void(0);
javascript:void(0);
Disponível em: //www.metodistavilaisabel.org.br/docs/O-poder-do-
Esp%C3%ADrito-Santo.pdf.
WACHHOLZ, W. O progresso do espírito: o céu como alvo e o inferno como
consequência. O paradigma trinitário em Agostinho, Fiori, Comte e Hegel no diálogo
com o pensamento de Lutero. Estudos Teológicos, v. 47, n. 2, p. 5-26, 2007.
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