Buscar

PROCESSO PENAL - RESUMO - CONCURSOS - CURSO DE DIREITO - ART 3 CPP - PRINCIPIO DA TERRITORIALIDADE

Prévia do material em texto

Érika Cerri dos Santos 
UFES - 2022.1 
 
ESTUDO SISTEMÁTICO DO CPP 
ART. 1º - O PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE 
 
 
Art. 1º, CPP: O processo penal reger-se-á em todo o 
território brasileiro, por este Código, ressalvados: 
 
 
 
I – os tratados, as convenções e regras de direito 
internacional; 
 
 
 
 
II – as prerrogativas constitucionais do Presidente da 
República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos 
com os do Presidente da República, e dos ministros do 
Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade; 
A leitura desse artigo indica que, como regra, a lei processual penal será 
aplicada a todas as infrações penais perpetradas em território nacional. 
Art. 6º, CP: Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou 
omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-
se o resultado. 
A subscrição pelo Brasil de tratado ou convenção, ou sua participação em organização 
internacional disciplinada por regras processuais próprias, afasta a jurisdição 
criminal brasileira, fazendo com que determinados crimes sejam apreciados por tribunais 
estrangeiros. 
É o que ocorre com diplomatas e cônsules, que possuem imunidade em território nacional, 
quando estiverem em seu país de origem. 
JURISDIÇÃO POLÍTICA 
O Presidente da República e os ministros do STF possuem prerrogativas no que tange aos 
crimes de responsabilidade. Dessa forma, ao se julgar determinados crimes de 
responsabilidade não de invoca o Poder Judiciário, mas, sim, o Poder Legislativo (arts. 52, 
incisos I e II, CF). 
Érika Cerri dos Santos 
UFES - 2022.1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
III – os processos da competência da Justiça Militar; 
 
 
 
 
IV – os processos da competência do tribunal especial; 
 
 
 
V – os processos por crimes de imprensa. 
JUSTIÇA ESPECIAL 
A Justiça Militar é uma jurisdição especial, que cuida de matéria específica, razão pela 
qual possui regras próprias. Nesse caso, conforme dispõe o art. 124 da CF, a Justiça 
Militar tem por atribuição julgar os crimes militares. 
TRIBUNAL ESPECIAL 
Esse tribunal não mais existe em nosso ordenamento jurídico. Dizia respeito ao tribunal 
especializado nos crimes contra a segurança nacional, chamado de Tribunal de 
Segurança Nacional. 
Hoje, são considerados tribunais de exceção, vedados pela CF. 
CRIMES DE IMPRENSA 
Não mais se aplica. Isso porque esse inciso havia sido inserido por força da 
Lei 5.250/67. Entretanto, por meio da ADPF 130-7/DF, o STF declarou que 
essa lei não foi recepcionada pela CF, afastando-a do ordenamento jurídico 
pátrio. 
Assim, passou-se a aplicas as figuras tipificadas no CP e as normas do CPP 
para a apuração dos crimes contra a honra, quer sejam ou não cometidos por 
meio da imprensa. 
RESUMO – art. 1º, CPP 
Em regra, aplicam-se aos crimes praticados no Brasil as normas procedimentais 
previstas pelo CPP. Contudo excetuam-se à territorialidade as situações em que, nem 
mesmo de forma subsidiária, pode ser aplicada a lei processual penal comum na 
apuração das infrações penais, como nas hipóteses nas quais devam incidir 
normas incorporadas ao direito estrangeiro ou regras nacionais especiais 
incidentes sobre determinadas situações.

Continue navegando