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Avicultura: Produção de Carne e Ovos

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Autora: Letícia Ferreira Santos Produção Animal II 
1 
 
Avicultura 
 A avicultura é uma atividade industrial, 
mesmo usando sistemas alternativos de criação. 
Em molde empresarial, tem por objetivo o retorno 
financeiro e, em molde de subsistência, tem por 
objetivo gerar alimento e, talvez, venda. 
A avicultura (criação de aves) se divide em: 
 Produção de carne 
 Produção de ovos 
 Ornamentação 
A galinha (Gallus gallus) deu origem a 
todas as espécies atuais e ainda é encontrada na 
Ásia (não é um animal domesticado). 
Bases da Produção 
 A avicultura tem base na evolução, no 
aprimoramento e na integração de várias áreas do 
conhecimento (genética 25%, sanidade 25%, manejo 
25%, nutrição 25%). 
Sistemas de Criação 
Frango de Corte 
 Sistema intensivo, industrial ou tradicional 
 Sistema alternativo ou caipira 
Galinhas poedeiras 
 Sistema de gaiolas, intensivo, industrial ou 
tradicional 
 Sistema livre de gaiolas/alternativo 
 
 
 
Avicultura no Brasil 
 A avicultura industrial no Brasil é voltada 
para a produção de carne (frango de corte, perus, patos 
e marrecos) e produção de ovos (ovos brancos ou 
vermelhos e ovos de codorna). 
 A avicultura alternativa no Brasil é voltada 
para a produção de carne (frango de crescimento lento, 
ou seja, do tipo caipira), produção de ovos (em galpão ou 
com acesso a piquetes e, também, do tipo caipira) e outros 
(patos, gansos, marrecos, ornamentais, etc.). 
Cadeia Produtiva 
 A produção de ovos e carnes comerciais 
estão montadas em uma cadeia produtica, na qual 
várias etapas estão interligadas (busca de 
uniformidade e continuidade). Cada segmento da 
cadeia se especializa em sua função, garantindo 
qualidade. 
** Não há reprodução em granja comercial. 
 A avicultura industrial é um setor industrial 
altamente especializado (considerada uma indústria de 
transformação). 
 
Segmentos da cadeia produtiva 
O produto final de um segmento é matéria-prima para outro 
 
Autora: Letícia Ferreira Santos Produção Animal II 
2 
 
Situação Atual da Avicultura 
Frango de corte 
O brasil se destaca na produção de frango 
de corte, sendo o 3º maior produtor (em 1º está os 
EUA e em 2º está a China, entretanto, a produção da China é 
para consumo interno, enquanto a produção do Brasil é 
dividida entre cosumo interno e exportação). O 
Brasil é o maior exportador de carne de frango no 
mundo (cerca de 4 milhões de toneladas de frango de corte 
são exportados por ano para todo o mundo). 
 Entre os produtos exportados, a maior 
parte é exportada na forma de cortes de frango 
(67%), frangos inteiros (25%) (é a forma que menos 
agrega valor ao país, pois não há processamento da carne), 
salgados (3%), embutidos (2,5%) e 
industrializados (2%) (os dois últimos são os que mais 
agregam valor). 
Em frango de corte, todos que nascem são criados para o batedouro 
(independe do sexo). 
 Entre os estados do Brasil, o estado que 
concentra maior produção de frango é o Paraná, 
principalmente, e outros estados da região Sul e, 
alguns, do Sudeste, que apresentam maior 
crescimento atualmente (também há expansão de 
produção de frangos para o Nordeste). A exportação de 
frangos ocorre, principalmente, por regiões do Sul, 
enquanto, no restante do país, a produção de 
frango supre o consumo interno. 
 O consumo per capita (Kg/hab), no Brasil, 
está estabilizado, variando um pouco de acordo 
com o preço e qualidade de outras espécies. 
Galinhas poedeiras 
 A produção de ovos, nos últimos anos, tem 
aumentando, aumentando, assim, a produção de 
ovos no Brasil, que é voltada apenas para o 
consumo interno. 
 A produção de ovos, no Brasil, se 
concentra na região Sudeste (em São Paulo, 
principalmente, seguido por Espirito Santo e Minas Gerais). 
A produção de ovos ocorre na região Sudeste e 
exporta para o restante no país (atualmente, há uma 
expansão da produção de ovos para a região Nordeste). 
 Há pouca exportação de ovos (cerca de 
6mil toneladas), os quais são exportados in natura 
(65%) ou industrializados (35%). 
 O consumo per capita (unidades/hab) de 
ovos, em 2020, foi de 251 ovos (este número vem 
aumentando cada vez mais). 
Outros produtos 
 Além do frango de corte e ovos, a 
avicultura do Brasil também exporta: 
 Pintinhos de um dia (76,7 milhões de cab.) 
 Ovos férteis (62,8 milhões de unidades) 
 Carne de peru (37 mil toneladas – produção de 
172 mil toneladas) 
 Carne de pato de outras aves (3,1 mil 
toneladas) 
 
 
 
 
Autora: Letícia Ferreira Santos Produção Animal II 
3 
 
Desafios na Avicultura Brasileira 
Desafios nas exportações 
 Pressões internacionais dos pa[ises 
concorrentes, que mantêm fortes 
programas de subsídios às exportações. 
 Criação de barreiras para as importações 
Ex.: o programa de cotas e aplicação de tarifas extra-cota, 
como ocorre com as exportações para a União Européia e 
Rússia, que impedem um crescimento mais vigoroso. 
Desafios sanitários 
 Necessidade de produzir atendendo os 
princípios de segurança alimentar, visando 
assegurar a melhor proteção do 
consumidor. 
 Toda cadeia produtiva deve ser 
monitorada e participar de procedimentos 
de controle. 
 Adoção de procedimentos de boas práticas 
de produção. 
Todas as doenças de notificação obrigatória da suspeita ou 
confirmação da ocorrência ao serviço veterinário oficial se 
encontram listadas na Instrução Normativa N° 50, de 24 de 
setembro de 2013 (MAPA, 2013). 
Desafios ambientais 
 Proteção ambiental e gerenciamento de 
dejetos nas criações se tornam, a cada dia, 
uma necessidade e um dever dentro do 
setor produtivo. 
 O objetivo é evitar a poluição do solo e 
água, de forma a garantir uma produção 
menos impactante ao ambiente. 
Desafios de mercado 
 Contínua mudança no perfil do 
consumidor, com surgimento de nichos. 
 Segmentação de tipos de produtos. 
Sistemas de Produção 
 O modo de organização das empresas 
pode ser: 
 Produção independente (o produtor compra, 
cria e revende o produto) 
 Micro, pequena e média empresa 
avícola (funciona apenas na criação de animais 
alternativos) 
 Sistema cooperativo 
 Sistema integração de produção (é o 
sistema de produção predominante para frangos de 
cortes) 
As empresas de frango de corte tornaram-se tão grandes que 
não conseguem administrar toda a produção, não conseguindo 
abastecer a demanda da empresa. Então, são integradas 
granjas menores, nas quais há fornecimento de todo o material, 
sendo as granjas menores responsáveis apenas pela criação 
(as grandes empresas subsidiam a matéria-prima e 
remuneram o trabalho das pequenas granjas). 
Atualmente, as produtoras migram para os locais de produção, 
integrando os pequenos e médios produtores destas regiões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autora: Letícia Ferreira Santos Produção Animal II 
4 
 
 A genética da avicultura pode ser dividida 
em 3 segmentos principais: 
 Raças 
São catalogados com padrão de perfeição mais de 200 
galinhas. Entretanto, nenhuma raça é capaz de competir com a 
produção de um animal híbrido. 
 Cruzamentos 
Foi uma técnica comum antes da formação de híbridos. 
 Formação de híbridos 
Raças de galinhas 
 As raças de galinhas se classificam em 
orgiem e finalidade 
Por origem 
 Mediterrâneas (Leghorn) 
A raça Leghorn é utilizada, até hoje, para a produção 
de ovos. 
 Inglesas (Cornish) 
Evoluiu, naturalmente, para um animal muito 
vigoroso para a produção de carne 
 Americanas (Rhode Island Red) 
É uma raça sintética (foi cruzada, mas se manteve 
em um padrão, criando uma raça). É uma raça 
especializada em ovos de casca vermelha. 
 Asiáticas (Brahma) 
São galinhas grandes (raça gigante), mas não é 
especializada em carne ou ovos. Foi muito utilizada 
no cruzamento para a criação de híbridos. 
Por finalidade 
 Raças de corte 
 Raças para produção de ovos 
 Ornamentais 
 
 
 
 
Classificação da Galinha 
Doméstica 
Origemou Classe Mediterrânea – Leghorn Branca 
 Galinha de pele branca e ovos brancos, 
voltada para a produção de ovos. 
Origem ou Classe Inglesa – Cornish 
 Galinha de pele amarela (remete um aspecto 
saudável) e ovos marrons, voltada para a produção 
de carne. 
Origem ou Classe Americana – Plymouth Rock 
 Galinha de pele amarela e ovos marrons, 
voltada para a produção de carne (machos) e ovos 
(fêmeas), mas, principalmente, em programas de 
melhoramento. 
Origem ou Classe Americana – New Hampshire 
 Galinha de pele amarela e ovos marrons, 
com suplo propósito (voltada para a produção de ovos e 
para programas de mehoramento). 
Origem ou Classe Asiática 
 São raças de pele amarela, brincos e ovos 
vermelhos, tamanho grande e pernas recobertas 
por penas. Estas galinhas são usadas, 
principalmente, em programas de melhoramento. 
Ex.: Brahma, Cochin e Langshan 
Autora: Letícia Ferreira Santos Produção Animal II 
5 
 
Cruzamento entre Raças 
 Normalmente é utilizada para obtenção de 
produtos de melhor produtividade (ovos ou carne), 
destinados a criações alternativa. 
Através do cruzamento, tem-se o vigor 
híbrido, indicando que a prole possui melhores 
características do que os pais. 
Ex.: Frangos mestiços, Poedeira negra 
- Plymoutth branca x New Hampshire 
O cruzamento destas raças cria galinhas poedeiras melhores que os pais. 
As fêmeas do cruzamento são denominadas galinhas negras. 
 
 
 
Produção Comercial de Aves 
 Durante o século XIX e início do século XX, 
houve a utilização de raças especializadas 
desenvolvidas em vários locais 
 No século XX, a partir dos anos 50, ocorreu 
o cruzamento entre e intra raças para produzir 
linhagens comerciais. 
 Linhagem de carne: cruzamento entre 
Cornish e Plymouth Rock 
 Linhagem de ovos brancos: Leghorn 
branco 
 Linhagens de ovos vermelhos: New 
Hampshire e Rhode Island Red 
Seleçaõ Genética
Desenvolvimento Genético 
de Frangos de corte 
 Para frango de cortes, a seleção está 
relacionada à produção de carne: 
 Ganho de peso 
 Conversão alimentar (alimento consumido/peso 
vivo) (trata-se do quanto é necessário comer para 
ser convertido em 1Kg de peso vivo) 
 Rendimento de peito 
Frangos de corte também foram 
selecionados para coloração de penas (penas 
brancas; as penas padronizadas permitem a competição de 
empresas, em relação à utilização de diferentes raças; além 
disso, as penas brancas facilitam o abate, pois não há 
deposição de cor na pele) e problemas esqueléticos 
(devido ao crescimento acelerado do frango de corte, é 
comum problemas metabólicos, principalmente, relacionado 
à calcificação dos ossos, que pode não suportar o ganho 
rápido de peso e rendimento de peito). 
A seleção para frango de corte surgiu de 
linhagens a partir do cruzamento de Cornish 
(macho) e Plymouth White (fêmeas) 
Formação do híbrido 
 Do ponto de vista zootécnico, o frango de 
corte é um híbrido duplo ou triplo, ou seja, na sua 
formação são envolvidas 4 ou mais linhagens. No 
caso dos híbridos duplos, estão envolvidas 2 
linhagens para a produção de matrizes fêmeas e 
2 para a produção de matrizes machos. 
Linha macho orientada para características produtivas 
Linha fêmea orietada para características reprodutivas 
 
O melhoramento genético gerou o 
aparecimento inicial de problemas locomotores e 
respiratório (ascite). Após determinado momento, 
Autora: Letícia Ferreira Santos Produção Animal II 
6 
 
houve, também, o aparecimento de problemas 
relacionados à qualidade da carne (animais com 
características como peito amadeirado e peito espaguete). 
Da mesma forma, animais extremamente 
selecionados, podem morrer subitamente (devido à 
seleção genética extrema). 
Estes problemas, relacionados ao 
melhoramento genético, geram certa mortalidade 
dos frangos de corte (esta mortalidade não deve 
ultrapassar 4%), que podem ser evitadas 
parcialmente através de manejo. 
 
A transferência do progresso genético do topo da pirâmide até a base leva, 
em média, 4 anos, ou seja, o melhoramento realizado em 2016 nas elites 
estarão disponíveis no frango comercial somente em 2020. 
O Brasil depende da importação de aves 
(avós), provenientes de centros de melhoramente 
genético. Estes centros, localizados nos EUA e na 
Europa são detentores de estoques de linhagens 
puras, a partir das quais se programa o processo 
de hibridação. No Brasil, existe algumas tentativas 
de obtenção de linhagens de frangos de corte e de 
poedeiras (UFV e EMBRAPA) com resultados 
promissores, mas ainda abaixo do desempenho 
das marcas comerciais existentes. 
Características de carcaça 
 1993 2001 
Idade abate 48 dias 42 dias 
Peso vivo 2046g 2315g 
Rend. Carcaça 68,56% 68,53% 
Rend. Peito 22,78% 31,38% 
Rend. Carne Peito 16,47% 23,01% 
Rend. Pernas 24,83% 30,89% 
Gordura abd ND 3,00% 
 
 As consequências do intenso 
melhoramento do frango de corte está relacionada 
ao aumento da taxa de crescimento muscular, 
mas, também, ao aumento de desordens 
metabólicas (ascite, problemas locomotores e de 
qualidade de carne). Além disso, o melhoramento 
genético levou ao decréscimo da resposta às 
vacinações, à resistência a doenças e à fertilidade. 
 
Todas as marcas de frango de corte no Brasil 
apresentam mesmo rendimento, ao final dos 42 
dias. A diferença entre as marcas ocorre na curva 
de crescimento (crescimento dos frangos de corte 
durante os 42 dias, chegando ao mesmo resultado 
ao final). 
Desenvolvimento genético 
de galinhas poedeiras 
 Para galinhas poedeiras, a seleção está 
relacionada à produção de ovos: 
 Taxa de produção de ovos 
 Conversão alimentar 
As galinhas poedeiras também são 
selecionadas para peso de ovos, qualidade de 
casca e problemas esqueléticos. 
 
 
Autora: Letícia Ferreira Santos Produção Animal II 
7 
 
 Além disso, ocorreu seleção genética nos 
cruzamentos para algumas características como: 
 Precocidade de postura (quando o plantel 
atinge 5% de postura, se diz que o plantel está em 
postura. Atualmente, galinhas poedeiras começam a 
postura a partir de 18 semanas, atingindo uma a 
precocidade máxima fisiogicamente) 
 Persistência de produção em idade 
avançada (a persistência elevada pode levar ao 
desenvolvimento de problemas relacionados à 
deposição de cálcio, como osteoporose) 
Existem momentos fisiológicos distintos, que demandam 
manejo distintos também. Estes momentos fisiológicos são 
denominados início (quando começa a postura), pico (postura 
máxima do plantel, que ocorre por volta de 26 semanas) e pós-
pico (quando se inicia o decréscimo da postura, que ocorre por 
volta de 60-65 semanas). 
 Temperamento (a melhoramento genético 
selecionou galinhas extremamente calmas, 
tornando-as inviáveis para a criação em gaiolas. 
Atualmente, busca-se a seleção de temperamento 
contrário, para facilitar a criação neste sistema de 
produção) 
 Cor da casca (ovos vermelhos) (buscou-se a 
padronização da cor dos ovos. Atualmente, parte do 
mercado procura a característica contrária, ou seja, 
cor de ovos diversa) 
 Ausência de manchas de sangue ou carne 
 Conversão alimentar (Kg ração/Kg ovos) 
 Resistência a algumas doenças 
A seleção para a produção de ovos ocorreu 
a partir da seleção de linhas de Leghorn branco e, 
também, a partir de linhagens de New Hamshire e 
outras vermelhas. 
Atualmente, há maior pressão de seleção 
para aumentar a proporção de sólidos, a fim de 
melhorar o rendimento no melhoramente. 
 
 Assim, pode-se melhorar: 
 Capacidade de produção após 50 
semanas de idade (qualidade de casca, 
tamanho de ovos, etc.) 
 Mobilização de cálcio em idade avançada 
(diminuir osteoporose) 
 Período de formação do ovo para menos 
de 24h (utopia até o momento) 
Como consequência do intenso 
melhoramento das poedeiras, tem-se maior 
produção de ovos e maior número de casos de 
osteoporose. 
As linhagens/marcas mais utilizadas pelos 
produtos brasileiros são: Ovos brancos: Hy-Line W36; Lohmann 
LSL; Hisex White; Dekalb White 
 Ovos vermelhos: Hy-Line Brown; Lohmann 
Brown; Isa-Brown; Dekalb-Brown 
Todas, dentro de suas características genéticas, vem apresentando 
excelentes desempenhos nas granjas. 
 
 
 
Autora: Letícia Ferreira Santos Produção Animal II 
8 
 
Características da Produção de 
Carne de Frango 
Conforme mercado de destino 
Frango de corte par mercados árace e japonês 
(frango tipo Griler) 
 Produto: carcaça inteira, coxas + 
sobracoxas 
 Idade de abate: 30 dias 
 Peso vivo médio: 1,6-2Kg 
 Peso carcaça: 1,1-1,4Kg (quanto mais 
precoce, melhor) 
 CA: 1,3-1,5 Kg/Kg 
Frango de corte para mercado interno (frango 
tradicional) (até 1% de mortalidade) 
 Produto: carcaça inteira, peito com e sem 
ossos, coxas, sobrecoxas 
 Idade de abate: 40-42 dias 
 Peso vivo médio: 2,9-3,2Kg 
 Peso carcaça: 1,8-2,3Kg 
 CA: 1,6-1,8 Kg/Kg 
 
Galego para mercado nacional 
 Produtos: carcaça inteira 
 Idade de abate: 19-25 dias 
 Peso vivo médio: 1,0-1,2Kg 
 Peso carcaça: 0,7-0,9Kg 
 CA: 1,3-1,4 Kg/Kg 
Frango de corte para assar (produtos 
predominantes em final de ano) (há maior deposição de 
gordura e há 7-8% de mortalidade, pois apresentam mais 
problemas metabólicos) 
 Produto: carcaça inteira, processados 
 Idade de abate: 56-70 dias 
 Peso vivo médio: 3,5-4,5Kg 
 Peso carcaça: 2,5-3,0Kg 
 CA: 2,0-2,4 Kg/Kg 
Características da Produção de Ovos 
Ovos de casca branca 
 Idade da fêmea à maturidade sexual: 17-
18 semanas 
 Peso corporal adulto: 1,3-1,5Kg 
 Produção anual: 300 ovos 
 CA: 1,2-2,2 Kg/Kg 
 Produtos: ovos de mesa, ovos líquidos 
(gema e clara), ovos em pó 
 Consumo médio de ração: 95 g/ave/dia 
 Descarte: 80 semanas (sem muda forçada) 
Já podendo ser criadas até 100 semanas de idade 
A galinha branca é mais eficiente e demanda menor custo de 
produção 
Ovos de casca marrom 
 Idade da fêmea à maturidade sexual: 18 
semanas 
 Peso corporal adulto: 1,4-1,7 Kg 
 Produção anual: > 300 ovos 
 CA: 1,9-2,2 Kg/Kg 
 Produtos: ovos de mesa 
 Consumo médio de ração: 110 g/ave/dia 
 Descarte: 80 semanas (sem muda forçada) 
Já podendo ser criadas até 100 semanas de idade 
 
Autora: Letícia Ferreira Santos Produção Animal II 
9 
 
Criação e Manejo - Fase Inicial 
O período de incubação é de 21 dias (o 
horário é marcado em horas, totalizando 504 horas). Nos 
primeiros 18 dias, a temperatura deve estar em 
37,5ºC e, dos 19 aos 21 dias, deve estar em 
36,7ºC. A umidade relativa deve estar em 60% (1-
18 dias) e 75% (19-21 dias). Devem ser realizadas 
viragens constantes (impede a aderência do embrião à 
membranada casca do ovo). 
No nascimento dos pintinhos, é esperado uma 
proporção de 50% machos e 50% fêmeas, como 
ocorre nos mamífetos. 
Entretanto, é a fêmea 
que determina o sexo. 
 Em qualquer tipo de criação, a fase mais 
delicada e que exige maior atenção dos 
produtores é a fase inicial da criação. Nesta fase, 
as aves nascem sem controle da temperatura 
corporal, sendo vulneráveis ao ambiente (pintinho 
rasga a membrana do oco através do dente do ovo) 
- Deve ser feita a desinfecção com formol (a reação com queratina queima 
e fica amarelo). 
- Devem nascer amarelos e devem secar na incubatória, com cerca de 
32ºC (criação com idade única). 
- Por fim, faz-se a limpeza/desinfecção, que tem como objetivo a não 
contaminação do novo lote (vazio sanitário) 
 Em frangos de corte, o sistema industrial 
adotado é o “tudo dentro tudo fora”, o que implica 
na criação das aves em uma mesma instalação 
(galpão) do início ao final da criação e todos em 
idade única. Porém, o intervalo entre a saída de 
um lote de frangos e a entrada de um novo lote de 
pintos é contada em dias. Portanto, problemas 
sanitários podem ser transmitidos. 
- Deve-se realizar a desinfecção úmida, com secagem (galpão fechado) ao 
longo dos dias e com posterior secagem seca. 
- Pode-se utilizar a cama, mas deve ser feita a desinfecção, secagem e 
aeramento (coloca cal, queima e faz a compostagem) 
- O material da cama deve absorver umidade (higroscópico) 
- Deve tomar cuidado para o pintinho não comer a cama e para que o 
material da cama não contamine a água (risco de infecção) 
Cuidados adotados entre os 
lotes de frango 
 O intervalo entre a saída de um lote e o 
novo alojamento é, em média, 12 dias (vazio 
sanitário) (o intervalo de 7 dias apresenta risco 
sanitário) 
 Nesse período, deve-se proceder todos os 
cuidados de limpeza e desinfecção do 
galpão. 
 Retirar os restos de ração, remover 
equipamentos (lavar, desinfetar e expor ao sol) 
 Retirar cama, raspar piso, varrer, limpar 
telas, paredes, silos e teto. 
 Lavar com água sob pressão, usar sabão 
e/ou detergentes em todo galpão e 
equipamentos. 
 Desinfetar instalação com ambiente ainda 
úmido 
 Revisar todos os equipamentos 
 Fechar galpão (vazio sanitário) no mínimo 7 
dias 
 Colocar cama nova (cepilho de madeira, feno 
picado, capim seco picado, casca de café, areia de 
construção, casca de arroz, etc.) 
5cm de espessura no verão e 8cm no inverno 
Cuidados com o material 
da cama 
 A cama é o local onde os frangos terão 
contato físico ao longo da sua criação 
(deitar, excretar, etc.) 
 O ideal é ser higroscópico e não emplastar 
(formar placas) 
 O material da cama deve estar nivelado 
para favorecer a regulagem de 
equipamentos. 
Autora: Letícia Ferreira Santos Produção Animal II 
10 
 
 Não permitir que entre material de cama 
nos comedouros e bebedouros (se 
necessário, forre com jornal ao redor dos 
comedouros ou todo o círculo de proteção só no 
primeiro dia). 
 Cuidado com casca de arroz (os cristais se 
fixam no esôfago e não saem) 
 Material mofado deve ser tratado com 
produtos químicos. 
Cuidados antes da recepção 
dos pintos 
 1-2 dias antes da chegada do novo lote, é 
necessário que se faça uma última 
desinfecção do galpão e dos 
equipamentos. 
 Montar todos os equipamentos 
necessários para a fase inicial 
 Galpões tradicionais: círculo de 
proteção, campânulas, 
comedouros e bebedouros infantis 
 Galpões modernos: casulo em 
uma parte do galpão, aquecimento 
do ambiente, equipamentos únicos 
ou com pequenas adasptações. 
 2-3 horas antes do alojamento, o 
aquecimento deve esta funcionando 
(32ºC) e os bebedouros e comedouros 
devem estar abastecidos. 
 Verificar sistema de abastecimento de 
água e garantir a cloração (2-3 ppm) 
 
 
Cuidados durante o 
alojamento do novo lote 
No momento da chegada dos pintos na granja 
 Distribuir as caixas ao redor do círculo de 
proteção ou dentro do casulo. 
 Fazer amostragem de 10% das caixas 
(pesar a caixa e contar os pintos) 
 Pesar individualmente um mínimo de 100 
pintos, para verificar uniformidade 
 Soltar os pintos de forma cuidadosa, 
porém não demorar (virar as caixas uma a uma) 
 Remover as caixas vazias e providenciar 
incineração (quando são caixas de papelão. Se 
as caixas forem de plástico, devem retornar ao 
caminhão, para serem lavadas e esterilizadas) 
 Ração e água já devem estar a disposição 
imediata dos pintos e deve-se incentivar o 
consumo o quanto antes. 
 Na água de bebida, pode-se fazer uso de 
um suplemento vitamínico solúvel 
(principalmente se houve demora no transporte). 
 Nesse momento, caso necessário, pode 
ser realizada a sexagem (caso não tenha sido 
sexado no incubatório) 
Em todas as marcas comerciais de frangos de corte existentes no 
mercado, para frangos de corte e quase todas de poedeiras, foi implantado 
o gene do emepenamento precoce (em fêmeas é precoce o empenamento, 
enquanto no macho é normal, com poucas penas e uniforme). 
 
Qualidade do pinto de um dia 
 A qualidade do pinto de um dia depende de 
vários fatores: 
 Idade, nutrição e estado sanitário da matriz 
 Tamanho dos ovos e manejo dos ovos 
(higienização, classificação) 
Quanto maior o ovo e maior o pintinho, maiora dificuldade de 
cicatrização do umbigo, tornando-os mais suscetíveis às 
doenças 
 Manejo durante a incubação (504h ou mais) e 
manejo no incubatório após o nascimento. 
 Tempo decorrido do nascimento ao 
alojamento na grnaja (quanto menor melhor). 
Porém, considerando todos os cuidados necessários no incubatório e 
distância da granja, podem ocorrer alojamentos com mais de 48h após a 
eclosão. Nestes casos, tomam-se algumas medidas, como aumentar o 
diluente da vacina, para hidratar mais; pode-se colocar um gel nas caixas, 
para hidratação. O ideal seria 4h. 
Autora: Letícia Ferreira Santos Produção Animal II 
11 
 
 
Características que indicam 
boa qualidade dos pintos: 
 Esperteza (responder bem aos estímulos) 
 Uniformidade (com peso médio compatível à linhagem) 
 Abdome forme 
 Umbigo bem cicatrizado 
 Sem defeitos físicos 
 Canelas forte, brilhantes e bem hidratadas 
 Penugem seca e fofa 
 Olhos vivos e brilhantes 
Acompanhamento inicial – Alojamento 
 Quando acomodados no galpão, verificar o 
papo dos pintos 4h após a chegada (neste momento, 
devem estar cheios de ração, ou seja, redondos e cheios). O 
objetivo é que neste momento seja necessário 
colocar mais ração nas bandejas ou comedouros. 
Deve-se verificar o comportamento das aves (se 
estão com frio, calor ou fugindo de correntes de ar frio). 
 
Controle do Ambiente 
 A temperatura é o fator ambiental de maior 
influência sobre os pintos (no primeiro dia deve ser de 
32ºC). A fonte de calor pode ser obtida por 
diferentes tipos de aquecedores (resistência elétrica, 
queimadores a gás, aquecedores a lenha ou a óleo diesel). 
O aquecimento depende da época do ano e da região. O aquecimento deve 
ser mais crítico até os 14 dias de vida (após este tempo, as aves 
conseguem regular a temperatura corporal). Após 14 dias, normalmente, 
deve-se refrigerar as aves, pois o excesso de calor pode interferir no 
crescimento. 
 Todos os diferentes aquecedores aquecem 
o ar de forma efetiva, mas geram grande 
quantidade de CO2 e este gás deve ser removido 
do ambiente (troca de ar frequente). 
 O CO2 reduz a atividade, resultando em 
maior desidratação 
 Há possibilidade maior de problemas 
respiratórios e de ascite 
A ventilação nas granjas deve ser mínima (não deve 
haver corrente de ar sobre os pintos) e a troca de ar deve 
ser frequente 
 Inicia-se a ventilação 2-4h após a chegada 
das aves em casulos. 
 Pintos em círculo de proteção não 
necessitam, desde que existam lanternims. 
 Em regiões de grande amplitude térmica, 
deve-se equipar os aviários com sistema 
de ventilação mínima (tipo túnel) 
 
- No primeiro dia, a taxa de ventilação é mínima = 0,1 m/seg 
- Acionar o sistema de ventilação a cada 10min durante 1-2 min. 
Recomendação de Temperatura ambiente 
UR >50% e <70% 
Idade (d) Tº no círculo Tº no interior do galpão 
1-7 31-33 28 
7-14 29-31 28 
15-21 - 24-26 
22-42 - 22-24 
Controle Sanitário 
 Entre a 1ª e 3ª semanas, os problemas 
mais comuns estão relacionados à qualidado dos 
pintos, problemas de aquecimento e de ventilação. 
A partir da 3ª semana até o abate, é a fase 
de vida que se observa maiores complicações 
respiratórias, imunodepressivas e síndromes 
digestivas (coccidiose, enterites, etc.) e, muitas vezes, 
com reflexo final no rendimento de abate 
(condenação parcial ou total). Estas complicações 
estão relacionadas ao manejo e alimentação dos 
animais. 
Criação Normal: 
- Silenciosos 
- Bem distribuídos 
- Alimentação normal 
- Saudáveis 
- Sem diarréia (nas primeiras semanas) 
- Sem emplastamento de cloaca 
- Crescimento normal 
- Empenamento normal 
- Baixa mortalidade 
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12 
 
Manejo entre 8-21 dias 
 Retirar círculo de proteção no 8º dia (se 
utilizado), substituir gradativamente 
equipamentos iniciais pelos definitivos. 
 Evitar umidade excessiva e fermentação 
na cama, com desprendimento de amônia, 
revirando a cama 1-2 vezes por semana 
 Manejar a cortina, para propiciar 
gradativamente a ventilação interna 
 Conforme o clima, pode ser necessário o 
uso de ventiladores no final deste período 
(em horas mais quentes do dia) 
 Observar o programa de vacinação para 
Newcastle e Gumboro (12-14d) 
 Elevar, gradativamente, a altura de 
bebedouros e comedouros 
 Manter um nível adequado de ração nos 
comedouros (1/2 prato) 
 Lavar bebedouros todos os dias (se dor 
modelo pendular) 
 Os bebedouros pendulares devem ficar 
cerca de 3-5cm acima do dorso das aves 
 Comedouros devem ser regulados na 
altura do dorso das aves 
 Manejo das cortinas, conforme necesidade 
de ventilação (é normla abrir durante o dia e 
fechar a noite de 8-14 dias) 
 Iluminação contínua com 1h de escuro 
durante a noite. 
 
Manejo de 21 dias até a retirada 
 Mesmos cuidados iniciais 
 Monitorar, desde o início da criação: 
consumo de ração e ganho de peso, 
mortalidade, descartes, temperatura 
ambiente, ventilação, gases 
 Retirar refugos e mortes diárias 
 Monitorar coccidiose 
 Manejar cama (evitar pontos de umidade e 
emplastamento) 
 
 
 
Um programa básico de controle sanitário deve possuir: 
 Monitoria de qualidade de pintinhos de um dia de vida (onfalite, aspergilose, refugos, peso médio ao alojamento) 
 Vacinação em 100% dos pintinhos contra doença de Marek 
 Análise da necessidade de implementar programa de vacinação mais abrangente (Newclastle, bronquite 
infecciosa, gumboro) 
 Acompanhamento e tabulação de resultados de abatedouro (aerosaculites, condenação parcial e condenação total) 
 Análise de qualidade de matérias primas (milho, farelo de soja e farinha de origem animal, que podem apresentar 
micotoxinas, samonellas, etc.). 
Síndrome da morte súbita 
- Há ocorrência maior após 21 dias de vida 
- Acomete os melhores frangos (há grande 
melhoramento genético, mas parâmetros fisiológicos não 
acompanham, gerando grande estresse e desafios em 
qualquer alteração mínima no ambiente) 
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13 
 
Manejo durante retirada 
O momento da retirada dos frangos do 
galpão, para serem enviados ao abatedouro, exige 
cuidados que garantam o bem-estar das aves e a 
posterior qualidade das carcaças obtidas. Este 
manejo visa minimizar algumas situações (edemas, 
fraturas, situações de calor extremo, jejum prolongado, 
mortes por sufocamento, etc.). 
O manejo adequado, neste momento, 
propicia a redução nas condenações, que poderão 
ocorrer na linha de abate (o manejo durante a retirada é 
realizado pelo próprio abatedouro, retirando a 
responsabilidade do granjeiro para qualquer problema 
durante o processo. A única responsabilidade do granjeiro é 
dar acesso aos animais, retirando os comedouros e 
bebedouros, para facilitar a entrada de pessoas e remoção 
das aves). 
 Captura das aves: a captura deve ser feita 
pelo dorso, com as duas mãos prendendo 
as asas, para evitar fraturas das mesmas, 
ou pelos dois pés/canelas. As aves devem 
ser acondicionadas em caixas apropriadas 
para o transporte, dentro do aviário e numa 
carga de 25 Kg/m2 de aves por caixa. O 
carregamento deve ser feito, 
preferencialmente, nas horas mais frescas 
do dia ou no período noturno. 
 
 
Desempenho dos Frangos de Corte
Na produção de frangos, os objetivos são: 
 Criar frangos de crescimento rápido 
 Obter alta eficiência na transformação de 
ração em ganho de peso 
 Plantéis com baixo índice de mortalidade, 
refugagem e ausência de doenças 
 Obter máximo rendimento no abatedouro 
Dessa forma, é preciso avaliar o 
desempenho zootécnico nas diferentes etapas da 
produção. 
Peso vivo dos frangos 
 O peso vivo pode ser obtido em qualquer 
idade dos frangos, tomando uma amostra 
representativa do plantel. O normal é realizar 
pesagens aos 7 e 21 dias (amostragem). 
 Deve-se pesar o total das aves no final da 
criação e na entrega para abadetouro,obtendoo 
peso médio. 
Peso médio/ave = peso total dos frangos entregues / nº aves entregues 
 
Consumo de ração 
 É preciso fazer esta determinação, para 
indicar com precisão o gasto de ração por ave, 
permitindo calcular, com segurança, a conversão 
alimentar dos frangos. 
 Na prática, se calcula o consumo no final 
do período de criação, somando os gastos com as 
diferentes rações oferecidas às aves, ao longo do 
período de criação. 
Normalmente, um frango, ao final dos 42 dias come, em 
média, 4,5-5 Kg. 
Consumo = Kg de ração consumida / nº de frangos 
Conversão alimentar 
 Indica a eficácia de transformação de 
ração em ganho de peso. 
CA = média de consumo (Kg) por ave / média do peso vivo (kg) por ave 
Eficiência alimentar 
 É o inverso da conversão alimentar (quanto 
mais baixo o valor da conversão alimentar, melhor será a 
eficiência) EA = 1 / CA 
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14 
 
Mortalidade e 
Viabilidade 
 Mortalidade é a somatória de todas as aves 
que foram morrendo e das refugadas, ao longo do 
período de criação. 
% mortalidade = (nº aves mortas e descartes / nº aves alojadas) x 100 
 Viabilidade é o inverso da mortalidade (o 
ideal é 96% ou mais) 
Viabilidade = 100 - % mortalidade 
Fator de produção 
 Índice originado na Europa, chamado Fator 
Europeu de Produção (Índice de produção ou fator de 
produção). Permite avaliar, em um só número, o 
desempenho de um lote de frangos de corte, 
levando em consideração a velocidade de 
crescimento, a viabilidade e a eficiência alimentar 
(reúne os índices de maior interesse em um só número). 
Veloc. de crescimento (GMD) = PM das aves / (nº de aves x dias de idade) 
 
FP = GMD x viabilidade x EA x 100 
 OU 
FP = (PM x viabilidade / idade abate x CA) x 100 
**É necessário 2 lotes diferentes para comparar o fator de 
produção. No fator de produção, quanto maior o número 
melhor (se entre 2 lotes, o fator de produção foi melhor no 
segundo, significa que houve melhora do manejo e criação). 
Fatores que mais influenciam os 
resultados de produção 
 Diferenças entre linhagens (genética) 
 Dados de incubação: idade das 
reprodutoras, tamanho dos ovos e peso 
dos pintinhos recém-nascidos 
 Climatologia da granja 
 Manejo da granja 
 Sanidade da granja e da região onde está 
inserida 
 Nutrição e alimentação das aves 
 
 
Destino das Aves Mortas 
 Durante o período de criação, os frangos 
que morrem devem ter uma destinação correta. 
Desta forma, evita-se mal odores, contaminação 
do solo e água, transmissão de doenças e não 
atrai moscas, urubus, cães e outros animais. 
 
 
As formas de destinar aves mortas são: 
 Enterrrar (valas ou fossas) 
Não deve ser usado 
 Incinerar 
É um processo oneroso (muito complicado) 
 Compostagem 
É o processo recomendado. A compostagem é uma 
fermentação aeróbica, não gerando mal odores. 
Compostagem de aves mortas 
Vantagens 
 Quando bem manejada, reduz odor e elimina 
moscas e animais oportunistas 
 Elimina as carcaças do ambiente, evitano a 
disseminação de doenças e microrganismos 
patogênicos. 
 Produção de produto final de aplicação agrícola 
 Eliminação de agentes patogênicos 
 Custo inicial baixo 
 
 
 
 
 
Desvantagens 
 Necessidade de mão-de-obra treinada e 
orientada (na realidade, é necessário mão-de-
obra com a técnica mínima, apenas) 
 Aumento do volume final (o volume final 
aumenta devido às fontes de carbono, que, 
posteriormente, serão utilizadas como adubo) 
A compostagem é o modo adequado de 
destinação de aves mortas (processo aeróbico). Este 
processo destrói microrganismos patogênicos e 
Autora: Letícia Ferreira Santos Produção Animal II 
15 
 
permite utilização com adubo orgânico. Além 
disso, tem custo reduzido e é de fácil manejo. 
 A compostagem é realizada conjuntamente 
com material de cama, palha e aves mortas. 
 Proporção 2:1:1 e umidade entre 45-55% 
 Em peso (1 parte aves mortas : 2 partes de 
cama : 0,1 parte de palhas : 0,25 parte de água) 
- Após encher a composteira (coloca-se camadas de frango e maravalha 
até encher), deve-se colocar um vergalhão para verificar se está 
aquecendo ou não (enquanto estiver quente, significa que ainda há 
fermentação). Quando este vergalhão torna-se frio, significa que a 
fermentação já acabou (em torno de 20 dias), então há a troca de 
composteira, na qual permanecerá durante um tempo, para garantir que 
não há mais fermentação (10 dias) e, após este tempo, a compostagem já 
estará pronta para uso. 
- O ideal e que haja 3 composteiras, 1 que estará cheia, 1 para descanso e 
1 que encherá durante a criação das aves. 
Os cuidados que devem ser adotados na 
compostagem são: 
 Não movimentar a pilha 
 Única modificação feita é a inclusão de 
novas carcaças 
 O manejo da compostagem requer pouco 
tempo por dia, mas é necessário critério 
 A temperatura durante a fermentação está 
em até 65ºC 
 Período normal de 30 dias para finalizar a 
compostagem 
 Evitar moscas 
 Monitorar umidade (não pode haver 
escorrimento) 
 Evitar mal cheiro 
 Se o material não aquecer ou ficar 
malcheiroso, geralmente é devido à alta 
umidade (fica molhado). Neste caso, 
desenvolve fermentação anaeróbica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tamanho da composteira 
 O tamanho da composteira depende da 
quantidade de carcaças que poderão ser 
compostadas. Os cálculos segundo Carter, T. A et 
al (2007) são: 
 
 
 É necessário lembrar que, para o 
funcionamento de uma composteira, deve-se ter 
um local para armazenar: 
 Maravalha ou outro material (fonte de C) 
 Cama de aviário (fonte de microrganismos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autora: Letícia Ferreira Santos Produção Animal II 
16 
 
Criação e Manejo 
Na produção de ovos, diferente do que 
ocorre na produção de frangos de corte, o sistema 
de produção predominante é o de produtores 
independentes (empresas isoladas) e, em menor 
escala, no sistema de cooperativismo, não 
havendo o sistem de integração. 
 O sistema de criação de poedeiras 
compreende todas as atividades necessárias para 
manter o sistema de produção em seu 
funcionamento normal, sendo, normalmente, 
dividido em fases de criação (períodos de vida). 
Sistemas de criação de 
poedeiras 
 Atualmente, a avicultura de postura passa 
por demandas por sistemas de criação 
alternativos ao sistema de criação de gaiolas e 
recebem diferentes denominações: 
 Sistema de criação em gaiolas: sistema 
principal de produção de ovos no mundo 
 Sistema livre de gaiolas em galpão: 
atende a um nicho de consumidores, pois 
as galinhas são criadas sobre piso do 
galpão, recebem maior conforto e atende 
melhor ao bem-estar animal. 
 Livre de gaiolas, mas com acesso à área 
externa (Sistema Caipira): as galinhas 
ficam em galpão sobre piso e tem acesso 
a piquetes gramados. 
Este Sistema é utilizado apenas para galinhas de ovos 
vermelhos (o acesso externo pode sujar o ovo branco) 
 
 
 
 
Sistema de criação em gaiolas 
 As gaiolas podem ser de diferentes 
configurações (piramidais manuais ou verticais 
automáticos) e tamanhos, automáticas ou manuais 
em seu manejo. Este sistema ainda representa 
mais de 95% de toda a produção. Este sistema 
pode ser usado para a criação de galinhas de ovos 
brancos ou vermelhos. 
As vantagens se relacionam ao lado empresarial e 
social: 
 Produção por área 
 Custo de produção mais baixo 
 Menor preço dos ovos ao consumidor 
As desvantagens se relacional ao animal e 
percepção social: 
 Não há bem-estar das aves 
Sistema Livre de Gaiolas 
 As galinhas podem ser brancas ou 
vermelhas, nesse sistema. Deve haver um 
sistema de ninhos e de água, demandando mais 
mão-de-obra e cuidados. Este Sistema pode ser 
livre de giaolas em plano único (7 aves/m2) ou livre 
de gaiolas em múltiplos planos (11 aves/m2). 
Sistema Caipira 
 Neste Sistema, apenas galinhas de 
linhagem vermelha podem ser criadas(3m2/ave). 
Não há legislação, no Brasil, para a produção e manejo de galinhas em 
sistemas livre de gaiolas (Brasil ainda está se preparando). Há apenas 
iniciatias, no sentido de orientar os criadores. 
 
 
 
 
Autora: Letícia Ferreira Santos Produção Animal II 
17 
 
 As atividades devem ser direcionadas 
seguindo prioridades e podem ser divididas em 
fases de criação. As fases de criação se 
diferenciam, principalmente, pelo momento 
fisiológico que as aves passam ao longo de sua 
vida: 
1. Fase de cria 
2. Fase de recria 
3. Fase de pré-postura 
4. Fase de postura ou de produção de ovos 
Cada fase tem particularidades e 
necessidades específicas de manejo e, 
normalmente, são realizadas em instalações 
sepadaradas (ou seja, galpão de cria, galpão de recria e 
galpão de postura). Nestas fases, práticas de manejo 
devem ser aplicadas de forma sistematizada (não 
adianta uma boa genética e nutrição adequadas se houver 
erros de manejo). 
- Todos os galpões são construídos no sentido leste/oeste (no verão, 
dependendo do local, pode haver sol dentro do galpão, gerando 
desidratação, apatia e insolação ao animal) 
Fase de cria e recria 
 Cria (1-42 dias de idade) = 6 semanas 
 Recria (43-112 dias de idade) = 10 semanas 
A cria pode ser feita no piso (granjas mais 
antigas), em bactérias metálicas (granjas tradicionais) e 
em gaiolas modernas onde não existe mais a 
separação de cria e recria (granjas mais tecnificadas). 
 A recria é realizada em galpão próprio 
(gaiolas de recria) nas granjas tradicionais e/ou em 
gaiolas de cria e recria (instalações modernas). 
 O manejo na cria se inicia antes da 
chegada dos pintos na granja, com o preparo da 
instalação. Deve-se verificar: 
 Necessidade de reparos, pintura 
 Limpeza e desinfecção dos equipamentos 
e da instalação 
 Vazio sanitário (mínimo de 15 dias) 
 Sistema de abastecimento de água 
(reservatórios) e sua limpeza 
 Cortinas 
 Aquecedores (podem ser a gás ou lenha), 
abastecimento de gás 
Manejo na chegada 
 Se criadas no piso, forrar o círculo de 
proteção com jornal e instalar os 
equipamentos. 
 Ligar aquecimento 2 horas antes do 
horário previsto da chegada das aes, 
regulando para 32ºC 
 Espalhar um pouco de ração inicial no 
jornal. 
 Abastecer comedouros e bebedouros 
 No momento de colocar as pintainhas no 
círculo ou na bateria, verificar o estado 
aparente das mesmas. 
 Pesar uma amostra de aves (mínimo 100, 
individualmente), verificar aspecto geral e 
cicatrização do umbigo. Posteriormente, 
calcular uniformidade. 
 Manter luzes acesas dirante os primeiros 2 
dias (para favorecer a cicatrização da debicagem, 
quando ocorre no incubatório. Além disso, é 
imortante colocar vitaminas na água, a fim de ajudar 
a recuperação, também). 
 Observar se, 5 horas após instaladas, já 
ingeriram ração. 
 Abrir ficha do lote, iniciando o controle 
zootécnico do novo plantel 
- Os an imais devem f icar espalhados, demonstrando que não 
estão com fr io ou desconfortáveis. 
Manejo na 1ª semana 
 Deve-se ter um controle rígido da 
temperatura ambiente (manejo de campânulas e 
cortinas) 
Temperatura recomendada (UR ideal 40-60%) 
Idade (dias) Temp (ºC) 
1 32 
2-7 30 
8-14 29 
15-21 27 
22-28 24 
Após 28 15-24 
 
 
Autora: Letícia Ferreira Santos Produção Animal II 
18 
 
Na primeira semana, é importante: 
 Suplementação vitamínica na água 
durante 3 primeiros dias, trocando a 
solução a cada dia. 
 Limpeza diária dos bebedouros (infantil) 
 Manter luzes acesas durante os 2 
primeiros dias e natural depois desse 
período 
 Observar granulometria da ração (o ideal é 
que não seja muito fina, 0,6-0,8 mm). Uso de óleo 
é recomendado (1,5%) para evitar finos e 
agregar partículas, melhorando a ingestão. 
Debicagem 
 A debicagem é o corte de parte do bico das 
frangas de reposição. É, normalmente, realizada 
em duas etapas (idades). A debicagem tem como 
finalidades: evitar bicagem (canibalismo, prolapso, 
lesões, etc.) e auxiliar no consumo homogêneo da 
ração (melhora a uniformidade do plantel). 
 Na debicagem convencional, a primeira 
debicagem é realizada entre 7-10 dias de idade e 
a segunda debicagem entre 7-10 semanas de 
idade (os produtores estão abandonando a segunda 
debicagem, pelo comportamento que as aves apresetam e ao 
bem-estar animal). 
 Alguns criadores estão optando por uma 
única debicagem (7-10 dias), com correção 
posterior, caso seja necessário. Não é 
recomendado a debicagem após 10ª semana 
(devido à precocidade sexual que as poedeiras apresentam 
atualmente). Debicadas antes da 10ª semana terão 
tempo de recuperar o peso (durante o período de 
recuperação). 
Deve-se aumentar a quantidade de ração no comedouro, para estimular o 
consumo, prevenindo estresse adicional do contato do bico (recém-
cortado) com o fundo do comedouro. 
 Pode-se adicionar vitaminas K3 e C, antes 
e depois da debicagem e, também, o uso 
de ração com maiores níveis de energia e 
proteína, por alguns dias após a 
debicagem. 
 A operação de debicagem deverá ser 
realizada por pessoal treinado, ritmo não 
superior a 800 aves/hora/pessoa. 
 
 
 
Debicagem por infra-vermelho 
 É um método mais moderno de realizar a 
debicagem em aves (ainda está em fase de implantação, 
mas já é aceito na Europa). É realizada no incubatório, 
ou seja, no 1º dia de vida, e não é necessário 
repetir o processo. Esta debicagem é feita por uma 
máquina, que passa um feixe de luz infra-
vermelho (retira esta responsabilidade do produtor) e é 
um manejo mais higiênico e seguro. 
 
 
Autora: Letícia Ferreira Santos Produção Animal II 
19 
 
Controle de 
Desenvolvimento Corporal 
 O acompanhamento do desenvolvimento 
corporal é fator de grande importância no manejo 
inicial das poedeiras. Os pesos corporais devem 
ser verificados periodicamente, durante o período 
de crescimento (pelo menos 100 aves devem ser pesadas 
individualmente a cada pesagem, de forma aleatória). 
 A pesagem deve ser iniciada na 5ª semana 
de idade e repetida a cada 2 semanas, durante o 
período de crescimento até atingirem produção 
máxima (deve-se comparar com os pesos indicados pelo 
manual da linhagem). 
As pesagens mais importantes são: 
Peso Correlação 
5ª sem Desempenho produtivo do lote, no 
período de postura 
10ª sem Maturidade sexual 
16ª sem Viabiliade e peso/uniformidade dos ovo 
Estas pesagens servem de base para o manejo do plantel nas semanas 
seguintes e problemas que serão enfrentados (quanto mais próximo da 
média melhor). 
 Além do peso médio do lote, a pesagem 
individual permite calcular a uniformidade do 
plantel. A uniformidade deve ser superior a 85% 
no final da recria. 
 O acompanhamento rotineiro do peso 
médio das frangas e a uniformidade do plantel, 
possibilita a tomada de decisões em caso de 
problemas de crescimento. 
Atualmente, as linhagens modernas estão com dificuldade de consumo de 
ração, principalmente em épocas de estresse calórico. 
 
 
Fase de recria 
 A fase de recria ocorre de 42 aos 120 dias 
de idade, em galpão de recria convencional ou em 
gaiolas de recria. 
 Em situações de reduzido consuo de 
ração, o avicultor poredá fazer uso de programas 
de iluminação noturna, sem comprometer ou 
acelerar a maturidade sexual (quando aplicado até a 
10ª semana de idade). 
 Esquema de iluminação do tipo 3L:1E 
permite aumentar consumo nas horas mais 
frescas e recuperar o peso das frangas. 
Programa de Iluminação 
na Cria e Recria 
 A luz influencia na maturidade sexual das 
aves e na taxa de produção de ovos. No Brasil, a 
quantidade de luz diária é suficiente para o 
desenvolvimento fisiológico da ave durante a fase 
de recria. Na maior parte do país ocorre diferenças 
no comprimento do dia, em função da época do 
ano (no inverno os dias são mais curtos e no verão 
os dias são mais longos). 
 Este fato leva a diferenças no 
desenvolvimento das frangascriadas nas 
diferentes épocas do ano. Assim, aves criadas no 
início do ano estão sob luz decrescente e, desta 
forma, são mais tardias do que as criadas a partir 
de agosto. 
As diferenças são pequenas e não influenciam a produção das aves. Assim, 
não é recomendado fornecer luz artificial comlementar na recria de 
frangas no Brasil, a não ser que ocorra algum problema de 
desenvolvimento do plantel. 
 
 
Autora: Letícia Ferreira Santos Produção Animal II 
20 
 
 
Transferência para 
Galpão de Postura 
 A transferência das frangas do galpão de 
recria para o galpão de postura deve ser feita após 
completar 15 semanas de idade ou atingido o peso 
estipulado pelo manual da linhagem. Deve-se 
transportar as aves com o máximo cuidado. 
 No galpão de postura, dependendo da 
uniformidade do lote, as frangas poderão ser 
agrupadas conforme o desenvolvimento da crista. 
Fase de Pré-postura 
 O período considerado da pré-postura é 
curto (17ª semana até os 5% de postura do plantel, que 
corresponde a 2-3 semanas). 
 A fase de pré-postura é importante para 
avaliar como o plantel se comporta no início de 
produção. Nesta fase, a meta de peso corporal já 
deverá estar atingida. A parte mais importante da 
fase de pré-postura é o desenvolvimento do osso 
medular. 
A ração na fase de pré-postura deve ter, pelo menos, 2,5% de cálcio, 
permitindo que as frangas formem a reserva de cálcio (cálcio lábil) 
 É uma fase de adaptaçao da nova 
realidade da poedeira, que passa a receber uma 
ração com alto nível de cálcio, diferente do que 
ocorria na fase de cria e recria. 
 Deve ser iniciado estímulo de luz apenas 
após a fase de pré-postura (>5% de produção), com 
aumentos semanais de luz artificial, até atingir 15-
16 horas. O programa de iluminação para postua 
só começa quando as frangas já estiverem 
recebendo ração de postura. 
Deve-se evitar o manejo em galinhas, pois são muito sensíveis. Então, a 
fim de evitar a postura interna ou a quebra de ovos antes da postura, as 
galinhas só devem ser manejadas quando há necessidade e em horários 
específicos, pelo mínimo tempo possível. 
Programa de Vacinação 
 Para um bom desenvolvimento das futuras 
poedeiras é necessário um rígido esquema de 
vacinações. No entanto, os programas devem ser 
sugeridos para a região onde a criação é 
realizada, não sendo apropriado uma 
recomendação única para qualquer tipo de 
criação. 
Fase de Produção de ovos
 Na fase de produção não se deve realizar 
práticas de manejo na poedeira após iniciada a 
produção de ovos até passar o pico de postura 
(vacinações, pesagem, etc.). 
 Deve-se ter cuidado para que as aves 
sejam alimentadas diariamente, sem exageros, 
para não haver desperdício de ração. Além disso, 
deve-se controlar o consumo de ração 
periodicamente, verificando a necessidade de 
alterações na fórmula, conforme nível de 
consumo. 
 Também é necessário verificar 
constantemente o funcionamento do sistema de 
iluminação e dos bebedouros. 
Se o manejo for manual, deve-se fazer 
cronograma de execução ao longo do dia. 
A colheita dos ovos deve ser feita antes do 
arraçoamento, colher ovos sujos, trincados e 
deformados separado dos ovos limpos e íntegros. 
Durante período da manhã, colher ovos de hora 
em hora e mais 2x no período da tarde. 
 Controlar focos de umidade no esterco 
(debaixo das gaiolas), evitando proliferação de 
moscar 
 Manter o galpão e seu entorno limpos 
 Retirar e anotar as aves mortas nas 
gaiolas, cuidando de dar destino adequado 
a carcaça (fossa) 
 Combater moscas e roedores 
Autora: Letícia Ferreira Santos Produção Animal II 
21 
 
 Veificar declividade da gaiola 
 Gaiola tradicional (0,3x0,4m) = 6-8% declive 
 Gaiola moderna (0,5x0,45m) = 9-10% declive 
Descartes 
 Após pico de postura, deve ser feito um 
descarte das aves improdutivas, de forma rotineira 
(mensalmente). Esta prática é denominada culling. 
Características das aves para descarte 
Característica Em postura 
Fora de 
postura 
Crista 
Grande, vermelha 
e brilhante 
Pequena e 
pálida 
Bico 
Branco 
(despigmentado) 
Amarelo 
Ossos 
pélvicos 
Abertos Fechados 
Pernas 
(canela) 
Brancas 
(despigmentadas) 
Amareladas 
Cloaca 
Grande, rosada e 
úmida 
Pequena, 
pálida e seca 
 Deve-se acompanhar e registrar 
diariamente a produção de ovos (% postura / 
ave / dia e % de postura / ave alojada) e comparar 
com padrão da linhagem. 
 As poedeiras tem potencial genético de 
serem exploradas economicamente por 
período de até 80 semanas (único ciclo). 
Essa meta só poderá ser atingida com uma boa 
rotina de manejo de poedeiras. 
 
 
 
Biosseguridade na 
produção de ovos 
 A biosseguridade é o melhor método para 
evitar enfermidades. Um bom programa de 
biosseguridade identifica e controla as maneiras 
mais prováveis de entrada de uma enfermidade na 
granja. 
 A entrada de pessoas e de equipamentos 
dentro de uma granja deve ser controlada. 
 As visitas nas granjas devem se limitar 
àquelas que sejam essenciais para sua 
operação. 
 Todos os visitantes devem utilizar o livro de 
registros para documentar suas visitas. 
 Não se deve permitir a entrada de pessoas 
que tenham estado em outra instalação 
avícola dentro de um prazo de 48 horas. 
 Deve-se fornecer botas limpas, roupas e 
toucas a todos que trabalham ou visitam a 
granja. 
 Deve-se colocar lavadores de botas que 
contenham desinfetante na entrada de 
todos os galpões de aves. 
 Se for possível, evite o uso de 
equipamentos que venham de fora da 
granja para a vacinação, transferências e 
debicagem das aves. 
 O funcionário deve ter acesso apenas ao 
galpão que trabalha. 
 O número de loter visitados em um dia 
deve ser limitado (sempre fazer as conferências 
de forma progressiva, ou seja, dos lotes mais jovens 
para os lotes mais velhos e dos lotes mais sadios 
para os lotes mais enfermos). Depois de visitar 
um lote enfermo, não se deve visitar outros 
lotes. 
 Todos os galpões devem estar 
desenhados para prevenir a exposição do 
lote às aves silvestres (telhados). 
 Combate sistemático aos roedores. 
 Os arredores do galpão deve estar livre de 
entulhos e mato alto (servem de abrigo aos 
roedores e ajuda na proliferação de moscas). 
 Recomenda-se monitorar os galpões de 
aves contra a presença de espécies 
patogênicas de Salmonella (particularmente 
Salmonella enteritidis). 
Isto pode ser feito através de provas rotineiras do 
meio ambiente, utilizando swabs de arrasto.

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