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Memorex PF (1)

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Memorex PF (Agente) - Rodada 01 
 
 
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2 
Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos 
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua 
aprovação. 
Você está tendo acesso agora à Rodada 01. As outras 05 rodadas serão disponibilizadas 
na sua área de membros conforme o cronograma abaixo: 
 
Material Data 
Rodada 01 Disponível Imediatamente 
Rodada 02 12/02 
Rodada 03 16/02 
Rodada 04 23/02 
Rodada 05 02/03 
Rodada 06 09/03 
 
Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS 
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra. 
 
Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois, 
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no 
resultado final. 
 
Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO. 
 
Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada 
uma das dicas. 
 
Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas 
para: atendimento@pensarconcursos.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ÍNDICE 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4 
CONTABILIDADE GERAL ............................................................................................... 13 
ESTATÍSTICA ....................................................................................................................... 17 
LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................. 20 
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................... 30 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL ............................................................ 39 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL ...................................................................................... 47 
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ....................................................... 56 
RACIOCÍNIO LÓGICO ..................................................................................................... 62 
INFORMÁTICA .................................................................................................................... 64 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
DICA 01 
PARA FACILITAR... 
⇨ Coerência: Relação de ideias, lógica textual, ausência de contradição. 
 
⇨ Sentido do texto/Semântica: Significado das palavras. 
 
⇨ Morfologia: Estrutura, Forma e classificação das palavras. Classificadas como 
substantivos, artigos, adjetivos, verbos, pronomes, advérbios, preposição, numeral, 
conjunção, interjeição. 
 
⇨ Sintaxe: Função das palavras, o que a palavra faz dentro de cada frase, oração, período. 
Sujeito, Predicado, adjunto adverbial, complemento do verbo, complemento nominal. 
DICA 02 
DICIONÁRIO DAS PALAVRAS-CHAVE NO ENUNCIADO (COMANDO) DAS QUESTÕES 
DE LÍNGUA PORTUGUESA 
ASSOCIAR (relacionar)  Estabelecer uma correspondência 
(ligação entre os elementos). UNIR IDEIAS QUE APRESENTEM 
TRAÇOS COMUNS. 
CARACTERIZAR  Distinguir aspectos, assinalar traços, pôr em 
evidência os elementos de destaque. 
COMENTAR (discutir)  Expressar opiniões, posicionar-se com 
argumentação, desenvolver um assunto com desenvoltura. 
CONTRAPOR (confrontar)  Expressar as diferenças, mostrar 
traços diferenciados , pontos adversos. 
DETERMINAR  Afirmar com clareza, distinguir com exatidão os 
elementos. 
ESTABELECER PARALELO  Organizar elementos (ideias) com 
base em diferenças ou semelhanças, conforme a natureza do 
assunto abordado. 
EXEMPLIFICAR  Citar, mencionar com exemplos, interpretar 
com palavras de quem escreve, basear-se no texto. 
EXPLICAR  Expor com clareza as intenções, motivos, razões 
(porquês), objetivos e até causas acerca de um assunto. 
 
DICA 03 
ERROS COMUNS NAS ASSERTIVAS – COMO ELIMINÁ-LAS? 
- Extrapolam o texto, ACRÉSCIMO de informações alheias ao texto. 
-Limitam o texto, CARÊNCIA de informações essenciais. 
- NÃO ABORDAM o texto! 
- CONTRADIZEM o texto. 
- Emitem JUÍZO DE VALOR DIVERSO do autor → parcialidade! 
 
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5 
DICA 04 
*São CONSIDERADAS AFIRMAÇÕES FALSAS quando: 
1. Generaliza; 
2. Extrapola; 
3. Tom desprezível junto ao raciocínio do autor do texto em tela. 
*São CONSIDERADAS AFIRMAÇÕES VERDADEIRAS quando: 
1. Especifica o pensamento, usando pronomes demonstrativos; 
2. Literalidade, usando sinônimos; 
3. Geralmente a afirmação condiz com a conclusão do texto, ou seja, o último parágrafo. 
DICA 05 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO: 
 
* Comece sempre pelo COMANDO DA QUESTÃO. 
* NUNCA LEIA O TEXTO SEM ANTES VER O QUE A QUESTÃO PEDE. 
* Na leitura atente-se no que foi pedido e tente extrair o máximo da parte do texto que 
foi pedido na questão. 
DICA 06 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO: 
 
* Volte ao texto sempre que necessário, NUNCA DEDUZA SEM TER A INFORMAÇÃO NO 
TEXTO, evite opiniões pessoais, se atente apenas nas informações que o texto passa. 
Porém sempre com uma leitura dirigida. 
* Tente ver nas RESPOSTAS DE OUTRAS QUESTÕES que dizem a mesma coisa (com 
palavras diferentes). Veja SE BATE COM O QUE VOCÊ ACHA COMO CORRETO. 
DICA 07 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
IDENTIFICAR CONFORME A LEITURA: uma relação de esclarecimento, se existe uma 
IDEIA DE RESUMO, EXPLICAÇÃO, EXEMPLIFICAÇÃO, DESCRIÇÃO, ENUMERAÇÃO, 
OPOSIÇÃO OU CONCLUSÃO. 
Se a questão pedir o TEMA OU IDEIA CENTRAL (principal): deve-se EXAMINAR COM 
ATENÇÃO A INTRODUÇÃO E/OU CONCLUSÃO, pois nesses que contará a informação. 
DICA 08 
DIFERENCIAÇÃO ENTRE: 
COMPREENSÃO: Significado de Algo. Modo concreto. Está no texto de modo explícito. 
INTERPRETAÇÃO: Algo subentendido de modo lógico. De forma implícita. 
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6 
DICA 09 
HOMONÍMIA 
→ consiste em palavras que possuem o mesmo som e/ou mesma grafia. 
→ divide-se em: 
- Homófonas: palavras que possuem a mesma pronúncia. 
- Homógrafas: palavras que possuem a mesma grafia. 
*Homógrafas heterofônicas: mesma grafia e pronúncia diferente: 
Ex.: DESTE (PRONOME) X DESTE (VERBO) 
*Homófonas heterográficas: Na língua oral, necessitam estar contextualizadas: 
Ex.: HÁ (VERBO) x a (preposição/artigo) 
*Homônimos perfeitos: palavras IDÊNTICAS na grafia e no som, PORÉM COM 
SIGNIFICADOS DIFERENTES. 
Ex.: MANGA! 
Eu amo manga (fruta) 
A manga da blusa está molhada (parte da roupa) 
Ex.2: caminho → substantivo / caminho → verbo 
Ex.3: cedo → verbo / cedo → advérbio 
QUESTÃO CESPE PARA ILUSTRAR! 
... Gramaticalmente, são consideradas homógrafas palavras que têm a mesma grafia, mas 
sentidos diferentes. São exemplos disso as palavras “sessão” (ℓ.2) e cessão. 
E AÍ? ESTÁ... ERRADO! SÃO HOMÓFONAS = PALAVRAS COM A MESMA PRONÚNCIA! 
Muita atenção em sua prova! 
DICA 10 
PARONÍMIA 
→ consiste em palavras PARECIDAS no som e na grafia, entretanto com SIGNIFICADOS 
DIFERENTES! 
Ex.: Eminente (importante) ≠ Iminente (próximo) 
Questão: “O temporal estava eminente, não demoraria mais...” ERRADO! O correto 
seria IMINENTE! 
DICA 11 
Homônimos e Parônimos 
 
*Alguns exemplos: 
 
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7 
Expectador (aquele que tem 
esperança, que espera, que tem 
expectativa) 
Espectador (aquele que assiste) 
Tachar (censurar, notar defeito em) Taxar (estabelecer o preço ou o 
imposto) 
Concerto (sessão musical) Conserto (reparo) 
Incipiente (principiante) Insipiente (ignorante) 
Cerrar (fechar) Serrar (cortar) 
Cheque (ordem de pagamento) Xeque (incidente no jogo de xadrez, 
contratempo) 
Espiar (espreitar) Expiar (sofrer pena ou castigo) 
 
DICA 12 
SOBRE O USO DOS DOIS PONTOS: 
Os dois-pontos marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída. 
* Introduzir uma citação; 
* Introduzir um aposto explicativo, enumerativo, distributivo ou uma oração 
subordinada substantiva apositiva; 
* Introduzir uma explicação ou enumeração após as expressões por exemplo, isto é, ou 
seja, a saber, como etc. 
* Marcar uma pausa entre orações coordenadas; 
* Marcar a invocação em correspondências. 
DICA 13 
A VÍRGULA é utilizada para: 
 
* marcar inversões 
 
* separar termos coordenados (em enumeração) 
 
* Marcar elipse do verbo. Ex.: Eu prefiro arroz; ele, feijão. 
 
 
ATENÇÃO! QUESTÃO DE PROVA: QUEM MARCA A ELIPSE DO VERBO É A VÍRGULA E 
NÃO O PONTO E VÍRGULA, OK? NÃO CAIAM NESSA PEGADINHA! 
 
* Isolar vocativo 
 
* Isolar aposto (termo de natureza explicativa) e pode ser isolado também por 
travessões, parênteses ou por dois pontos. 
* Isolar expressões de natureza explicativa (ou seja, isto é, ou melhor, vale dizer, quer 
dizer etc.) Ex.: O Brasil é um país rico, ou seja, dispõe de muitos recursos naturais. 
 
 
 
 
 
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8 
DICA 14 
O "E" DEPOIS DE VÍRGULA pode ocorrer pelos seguintes casos: 
* Determinando sujeitos diferentes. 
Ex.: os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres. 
* Ter função diferente de adição. 
Ex.: Estudou muito, e ainda assim não passou no concurso. 
* Usar para dar ênfase na repetição. 
Ex.: e chora, e ri, e grita. 
DICA 15 
SINAIS DE PONTUAÇÃO 
→ RETICÊNCIAS ... 
São usadas para indicar: supressão de um trecho, interrupção na fala, ou dar ideia de 
continuidade ao segmento. 
→ PARÊNTESES ( ) 
São usados quando se quer explicar melhor algo que foi dito ou para fazer simples 
indicações. Isolar informações acessórias as quais não se encaixam na sequência lógica 
do enunciado.  ISOLAR REFLEXÃO, COMENTÁRIO, EXPLICAÇÃO PARALELA. 
Ex.: Em dezembro (nos EUA talvez seja o mês mais frio do ano), acendem-se lareiras nas 
casas dos americanos. 
→ TRAVESSÃO 
* Indica a fala de um personagem no discurso direto. 
Ex.: Mariana disse: 
– Amigo, preciso pedir-lhe algo. 
* Isola um comentário no texto (sentença interferente). 
Ex.: Aquela pessoa – eu já havia falado isso – acabou de mostrar que tem péssimo caráter. 
* Isola um aposto na sentença. 
Minha prima – a dona da loja – ligou para você. 
* Reforçar a parte final de um enunciado: 
Ex.: Para passar no concurso você deve estudar muito – muito mesmo! 
 
 
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DICA 16 
CASOS PROIBIDOS DO USO DA VÍRGULA 
1- Não se usa vírgula entre sujeito e predicado. Termo pode vir intercalado entre 
vírgulas, entre o sujeito e predicado. 
 
 
Ex.: Quem ama não trai. 
 sujeito predicado 
 
Ex.: As pessoas, que vivem em função do trabalho, não são felizes. → altera o 
sentido. 
 
CUIDADO!!! *com vírgula → todas as pessoas → generaliza 
*sem vírgula → restritiva é uma parte 
 
2- Não se usa vírgula entre o verbo e seu complemento. 
 
Ex.: Informaram aos funcionários o ocorrido naquela ocasião. 
 VTDI OI OD Adj. adv. 
 
3- Não se separa por vírgula o nome de seu complemento, nem o nome de seu 
adjunto. 
 
Ex.: Um belo dia de calor escaldante (adj. Adn.) é frequente em países de clima 
tropical. 
 
Ex.2: A crítica do diretor aos funcionários foi vista como produtiva. 
 Substantivo adj. Adn. CN 
 Abstrato 
DICA 17 
PONTO E VÍRGULA 
Notavelmente, o ponto e vírgula sugere uma pausa mais longa – encontra-se entre 
a vírgula (pequena pausa) e o ponto final (pausa final). 
É usado, dentre suas principais funções: 
* Para separar itens em uma enumeração. Muito comum nas legislações estudadas, não 
é?! Também receitas, livros didáticos, manuais de instrução, dentre outros. 
Ex.: “Art. 1º da CR/88. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel 
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de 
Direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político.” 
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10 
* Na OMISSÃO DE VERBOS. EXPLICANDO... Nesse caso específico a omissão do verbo 
é marcada por uma vírgula, havendo pausa, anterior ao sujeito, esta será exatamente 
marcada pelo ponto e vírgula. VISUALIZANDO... Ex.: Eu prefiro museu; ele (sujeito 
anterior à pausa), (vírgula que substitui o verbo) teatro.  Eu prefiro museu; ele, 
teatro. 
* Em casos de USO EXCESSIVO DA VÍRGULA EM PERÍODO LONGO. Nesta situação o 
ponto e vírgula será utilizado para separar as orações no período e a vírgula as outras 
pausas que aparecerem no meio das orações. 
 
DICA 18 
ADJUNTOS ADVERBIAS DESLOCADOS: 
*CURTA EXTENSÃO → Vírgula facultativa. (Até 2 palavras) Ex.: Minutos depois, 
chega o funcionário do banco com outra chave digital. 
*LONGA EXTENSÃO → Vírgula obrigatória. (3 ou mais palavras) Ex.: Na reunião 
de ontem, os deputados federais aprovaram a lei. 
DICA 19 
DITONGO (esclarecimento necessário ao tópico de acentuação gráfica. Ideia: otimizar o 
tempo do candidato) 
 
 
 
 
 
 
 
DITONGO 
 
→ Conceito: Encontro de uma vogal 
e uma semivogal (ou vice-versa) 
numa mesma sílaba. Encontro de 
duas vogais “juntas” na mesma 
sílaba. 
 
→ Ditongo crescente: hipótese na 
qual a semivogal (“i” e “u”) vem 
antes da vogal. 
 
Ex.: His-tó-ria, sé-rie, qua-se. 
 
→ Ditongo decrescente: Quando a 
vogal vem antes da semivogal. 
Ex.: cai-xa, pai, per-deu. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11 
DICA 20 
* São ACENTUADOS: 
→ monossílabos tônicos terminados em: a, e, o (seguidos ou não de “s”) + 
terminados nos ditongos abertos: éi (s), éu (s), ói (s) 
Ex.: já, pés, nós, céu, méis, dói. 
→ oxítonas (palavras que apresentam a sílaba tônica na ÚLTIMA sílaba) terminados em: 
a, e, o (seguidos ou não de “s”) + terminados nos ditongos abertos: éi (s), éu (s), 
ói (s) + terminadas em: em e ens. 
 
ATENÇÃO! Alguns verbos, ao se combinarem com pronomes oblíquos, criam formas 
oxítonas ou monossilábicas que, portanto, devem ser acentuadas, pois acabam por assumir 
terminações contidas nas aludidas regras acima. 
 
 
Habitar + a = habitá-la 
Jogar + o = jogá-lo 
Escrever + la = escrevê-la 
QUESTÃO CESPE PARA ILUSTRAR! 
(Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: BNB Prova: CESPE - 2018 - BNB - Analista 
Bancário) 
... “Os vocábulos “trás”, “é” e “nós” recebem acento gráfico em obediência à mesma regra 
de acentuação.” 
... CERTO OU ERRADO? CERTOOOO! O QUE FOI DITO ACIMA? Os monossílabos tônicos 
terminados em: a, e, o (seguidos ou não de “s”) SÃO ACENTUADOS! 
DICA 21 
* São ACENTUADAS: 
→ paroxítonas (palavras cuja sílaba tônica é a PENÚLTIMA) terminadas em: L, I, R, N, 
UM, US, X, Ã (s), ÃO (s), PS, ON (s), ditongo (Crescente, decrescente) 
Ex.: amável, pólen, cadáver, tríceps, órfão, ímã, vírus, táxi, próton, bônus, 
fórum, Itália (ditongo), etc. 
 
* TODAS as paroxítonas são acentuadas, EXCETO as terminadasem – a, -e, -o, 
(s), éu, éi, ói, em, ens: 
Logo, não são acentuadas: polens, item, voo, creem, ideia, assembleia, etc. 
 
ATENÇÃO! NÃO SÃO MAIS ACENTUADAS PAROXÍTONAS QUE CONTENHAM 
DITONGO ABERTO! Ex.: ideia, estreia, assembleia, heroico, paranoico. (NOVO ACORDO 
ORTOGRÁFICO) 
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12 
ATENÇÃO2! NÃO SE EMPREGA MAIS O ACENTO NAS PAROXÍTONAS 
TERMINANADAS EM “OO”. Ex.: voo, abençoo, enjoo. 
DICA 22 
TODAS as PROPAROXÍTONAS (Palavras cuja sílaba tônica é a ANTEPENÚLTIMA) são 
ACENTUADAS! 
Ex.: médico, ínterim, ímprobo, física, matemática, lúdico, ártico, etc. 
DICA 23 
* No caso de HIATO (encontro de vogais em sílabas diferentes, portanto pronunciados 
separadamente), acentuam-se o “I” e “U”, quando representam a sua segunda vogal 
tônica, DESDE DE QUE ESTEJAM SOZINHOS OU ACOMPANHADOS DE “S”, além de 
DESACOMPANHADOS DE “R”, “M”, “NH” e “Z”. 
Ex.: sa-í-da, ba-la-ús-tre, sa-ú-de, etc. 
→ JU – IZ (seguido de Z, não se acentua!) x JU – Í - ZES 
DICA 24 
ACENTOS DIFERENCIAIS 
*pôr (verbo) 
*pôde (passado) 
*têm (plural) 
*vêm (plural) 
*fôrma (facultativo) 
 
DICA 25 
PALAVRAS QUE NÃO SÃO MAIS ASSINALADAS COM O ACENTO GRÁFICO: 
PARA (VERBO) PARA (PREPOSIÇÃO) 
 PELA (VERBO E SUSTANTIVO) PELA (a união da preposição com o 
artigo) 
PELO (VERBO) PELO (SUBSTANTIVO) 
POLO (EXTREMIDADE) POLO (FILHOTE DE GAVIÃO ou a 
união antiga e popular de “por” e 
“lo”) 
PERA (SUBSTANTIVO) PERA (PREPOSIÇÃO ARCAICA que 
significa “para”) 
ENFIM, PARA FACILITAR: SÓ LEMBRAR QUE NÃO SÃO MAIS ACENTUADAS 
CONFORME O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO! 
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13 
CONTABILIDADE GERAL 
 
DICA 26 
Teoria da Contabilidade 
A Contabilidade é uma ciência social aplicada concebida para captar, registrar, acumular, 
resumir e interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e 
econômicas de qualquer entidade. 
A Contabilidade prática diz respeito a escrituração e registros das operações de uma 
entidade em livros mantidos para essa finalidade. 
Já a Contabilidade teórica estabelece princípios e regras de conduta a serem seguidos 
pelos profissionais para aprimorar e uniformizar os procedimentos contábeis. 
DICA 27 
Contabilidade: Objeto, Objetivo, Finalidade e Campo de Aplicação 
A Contabilidade é uma ciência social e possui alguns aspectos fundamentais que não 
podem ser confundidos: 
→ Objeto: Patrimônio das entidades. 
→ Objetivo: Controlar o patrimônio. 
→ Finalidade: Fornecer informações contábeis aos usuários. 
→ Campo de Aplicação: Aziendas (entidades econômico-administrativas), com ou sem 
fins lucrativos. 
OBS: A CESPE algumas vezes considera objetivo e finalidade como sinônimos. 
DICA 28 
Ciclo Contábil 
O ciclo contábil são os procedimentos usados para identificar, classificar, mensurar e 
registrar as informações contábeis de uma empresa. O ciclo contábil possui cinco fases: 
captação, reconhecimento, processo de acumulação, sumarização e evidenciação. 
→ Captação: Colher dados que afetam o patrimônio da entidade (análise de documentos). 
→ Reconhecimento: Questionar os atos e fatos contábeis e decidir se devem ser 
reconhecidos ou não. 
→ Processo de acumulação: Organizar e estruturar os dados reconhecidos. 
→ Sumarização: Transformar os dados em informações úteis. 
→ Evidenciação: Divulgar as informações contábeis aos usuários. 
DICA 29 
Atos e Fatos Administrativos 
Atos administrativos: São atos de gestão, que não provocam alterações no patrimônio 
da entidade. Ex: planejamento operacional, elaboração de parecer, etc. 
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14 
Fatos Administrativos (ou Contábeis): São fatos que provocam alterações em elementos 
do patrimônio ou do resultado. Ex: compra de veículo, pagamento de impostos. Os fatos 
administrativos podem ser: permutativos, modificativos ou mistos. 
 
DICA 30 
Fatos Permutativos para o CESPE 
A banca CESPE trata fatos administrativos que aumentam ou diminuem o PL, mas não 
envolvem contas de Resultado como fatos permutativos. É um entendimento diferente 
de outras bancas, portanto, muita atenção. 
Veja alguns exemplos: 
Integralização de Capital 
D- Caixa (Ativo Circulante) 
C- Capital Social a Integralizar (PL) 
Distribuição de Lucros 
D- Lucros Acumulados (PL) 
C- Dividendos a Pagar (Passivo Circulante) 
DICA 31 
LIVRO CAIXA 
O livro caixa é responsável por escriturar operações que envolvem pagamento e 
recebimento de dinheiro. Neste, é informado o histórico completo das operações e deve 
ser escriturado quase simultaneamente com as operações, diferente da conta “Caixa” no 
Razão, que não apresenta maiores informações sobre o histórico da transação como o livro 
caixa. 
DICA 32 
REGIME DE COMPETÊNCIA E REGIME DE CAIXA 
De acordo com o regime de competência de exercícios, as receitas e as despesas são 
consideradas em função do seu fato gerador e não em função do recebimento da receita ou 
pagamento da despesa, em dinheiro. 
As receitas de um exercício são aquelas ganhas nesse período, não importando se tenham 
sido recebidas efetivamente ou não. Da mesma forma, as despesas de um exercício são 
aquelas incorridas nesse período, não importando se tenham sido pagas ou não. 
Já no regime de caixa são consideradas as receitas e despesas do exercício que foram 
efetivamente recebidas e pagas dentro deste período. 
DICA 33 
Fórmulas de Lançamento 
A fórmula de lançamento é definida pelo número de contas debitadas ou creditadas. 
 
Lançamento de 1ª Fórmula 
1 conta debitada e 1 conta creditada. 
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15 
Exemplo: Pagamento de duplicata na data de vencimento. 
D- Bancos (Ativo Circulante) 
C- Duplicatas a pagar (Passivo Circulante) 
 
Lançamento de 2ª Fórmula 
1 conta debitada e 2 ou mais contas creditadas. 
Exemplo: Compra de veículo de R$50.000,00 sendo 50% à vista, e 50% em 60 dias. 
D- Veículos (Ativo Imobilizado): 50.000,00 
C- Bancos (Ativo Circulante): 25.000,00 
C- Contas a pagar (Passivo Circulante): 25.000,00 
 
Lançamento de 3ª Fórmula 
2 ou mais contas debitadas e 1 conta creditada. 
Exemplo: Pagamento de fornecedores em atraso (com juros). 
D- Fornecedores (Passivo Circulante) 
D- Juros passivos (Resultado) 
C- Bancos (Ativo Circulante) 
 
Lançamento de 4ª Fórmula 
2 ou mais contas debitadas e 2 ou mais contas creditadas. 
Exemplo: Compra de máquinas e móveis com pagamento em dinheiro e cheque. 
D- Máquinas (Ativo Imobilizado) 
D- Móveis (Ativo Imobilizado) 
C- Caixa (Ativo Circulante) 
C- Bancos (Ativo Circulante) 
DICA 34 
Formalidades Exigidas na Escrituração do LIVRO DIÁRIO 
A escrituração do Livro Diário exige que se cumpram formalidades extrínsecas (relativas 
à forma) e intrínsecas (relativas ao conteúdo): 
Formalidades Extrínsecas: 
→ Ser encadernado com páginas numeradas; 
→ ser registrado na Junta Comercial do Estado ou Cartório de Registro de Títulos e 
Documentos; 
→ ser rubricado em todas as páginas por funcionário da Junta ou Cartório; 
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16 
→ possuir Termo de Abertura e Encerramento, assinados por Contabilista responsável. 
Formalidades Intrínsecas: 
→ Registros em ordem cronológica; 
→ não podem possuir borrões, rasuras ou emendas; 
→ não são permitidos espaços em branco, ocupação de margens ou entrelinhas; 
→ devem seguir método uniforme de escrituração do início ao fim. 
DICA 35 
Afirmações gerais sobre regime de competência, regime de caixa e livros 
contábeis 
No regime de competência, as receitas são reconhecidasquando são ganhas, mesmo 
que não recebidas. Em outras palavras, as receitas são reconhecidas no momento em que 
são geradas (ganhas) e as despesas são reconhecidas no momento em que são incorridas, 
independentemente de ocorrer ou não a movimentação de recursos financeiros. 
De acordo com o regime de caixa as receitas e as despesas são consideradas em função 
dos recebimentos ou dos pagamentos. 
No lançamento em livro diário deve-se descrever o valor do débito e do crédito e não 
o saldo da conta. 
No livro razão, o confronto dos créditos e dos débitos denomina-se saldo. É um livro de 
registro da conta, ou seja, é a representação gráfica da conta (cada conta é uma página do 
livro). 
 
 
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17 
ESTATÍSTICA 
 
DICA 36 
Amostragem Probabilística x Não Probabilística 
→ Na amostragem probabilística, não há interferência do responsável na seleção da 
amostra (imparcialidade). Há como calcular a probabilidade de cada elemento da população 
pertencer a amostra. 
→ Na amostragem não probabilística, há parcialidade do responsável, também é 
chamada de amostra determinística. 
→ O ideal é que, pelas características do tipo de amostra, você consiga determinar se ela é 
probabilística ou não. De qualquer forma os exemplos são: 
✓ Probabilística: amostragem aleatória simples, por estratos, por conglomerados e 
sistemática. 
✓ Não Probabilística: amostragem por conveniência, julgamento e cotas. 
→ Há situações em que o ideal é uma amostragem Probabilística, e outras em que se encaixa 
melhor uma amostra Não Probabilística. 
DICA 37 
Teoria da Estimação 
→ A estimação é uma técnica utilizada para determinar estimativas de parâmetros 
populacionais. Neste método, utiliza-se dados amostrais para prever valores de 
parâmetros populacionais que ainda não são conhecidos. 
✓ ESTIMAÇÃO PONTUAL 
• Nesta estimação o parâmetro populacional é obtido através de um único número. Este 
número tende a ser bem próximo do verdadeiro valor do parâmetro. 
• Existem dois tipos de estimação de um parâmetro populacional: estimação por ponto e 
a estimação por intervalo. 
• Como é uma estimativa baseada em um único ponto, não é possível julgar a magnitude 
do erro que podemos estar cometendo. 
✓ ESTIMAÇÃO POR INTERVALO 
• Essa estimativa busca determinar um intervalo que possua o valor do parâmetro 
populacional, obtendo através desta uma margem de segurança razoável, onde é 
possível julgar se estamos ou não cometendo um erro de amostragem. 
✓ INTERVALO DE CONFIANÇA 
• Na estimativa por intervalo de confiança é possível determinar dois limites para a 
amostragem populacional, ou seja, temos aqui uma margem de erro conhecida. 
• Quando a margem de erro é baixa, temos que o nível de confiança daquela pesquisa ou 
amostra é alto. Caso a margem de erro seja alta, a confiança tende a ser menor. 
• Geralmente esses intervalos de confiança são expressos assim: (1 – a), onde a é o grau 
de desconfiança. 
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18 
• Encontramos em nosso dia a dia, desta forma α = grau de desconfiança, nível de 
incerteza ou nível de significância. 1-α = coeficiente de confiança ou nível de 
confiabilidade; 
DICA 38 
Teste de Hipóteses 
→ O teste de Hipótese é utilizado no dia a dia para a tomada de decisões. Quando estamos 
diante de um teste de hipóteses, devemos examinar as duas possibilidades possíveis 
que fará com que se aceite ou rejeite uma alegação sobre determinada população de acordo 
com as evidências obtidas por uma amostra de dados. 
→ Dentro do teste de hipóteses temos as hipóteses estatísticas, o qual podemos definir 
como uma suposição de um parâmetro populacional, ou seja, iremos pegar uma amostra e 
buscar os parâmetros daquela amostra. Iremos calcular através da amostra se esta hipótese 
deve ser aceita ou rejeitada. 
→ Para testarmos um parâmetro populacional, teremos uma hipótese que seja falsa e outra 
que seja verdadeira. Essas duas hipóteses são chamadas de hipótese nula e hipótese 
alternativa. 
DICA 39 
RAMOS DA ESTATÍSTICA 
A Estatística se divide em dois ramos principais: 
a) Estatística Descritiva (ou Dedutiva): tem por objetivo descrever um conjunto de 
dados, resumindo as suas informações principais. 
Fazem parte deste ramo tanto as técnicas para coletar os dados (técnicas de 
amostragem) quanto as técnicas para o cálculo dos principais parâmetros 
(características) daquele grupo de dados coletados. 
Também fazem parte deste ramo da Estatística as técnicas para a apresentação de dados 
em tabelas e gráficos, bem como o cálculo de medidas utilizadas para resumir estes dados 
(média, moda, mediana, desvio padrão, etc.). 
b) Estatística Inferencial (ou Indutiva): tem por objetivo inferir/induzir, a partir das 
informações de um conjunto de dados (amostra), informações sobre um conjunto mais 
amplo (população). 
A teoria da Probabilidade faz parte deste ramo, pois nela o nosso objetivo é, a partir do 
conhecimento de um fenômeno (ex.: lançamento de um dado), inferir possíveis resultados 
para a ocorrência de um determinado evento. Também fazem parte da estatística inferencial 
os testes de hipóteses, que visam obter conclusões sobre uma população a partir da análise 
de um subconjunto desta (amostra). 
DICA 40 
CONCEITOS INTRODUTÓRIOS DE ESTATÍSTICA 
- População: é o conjunto de todas as entidades sob estudo. 
- Censo: quando efetuamos o censo de uma população, analisamos todos os indivíduos que 
compõem aquela população. 
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19 
- Amostra: em muitos casos é inviável, custoso ou desnecessário, observar um por um dos 
membros de uma determinada população. 
- Variável: é um atributo ou característica (ex: sexo, altura, salário etc.) dos elementos de 
uma população que pretendemos avaliar. 
- Observação: trata-se do valor que a variável assume para um determinado membro da 
população. 
 
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20 
LEGISLAÇÃO ESPECIAL 
 
DICA 41 
LEI Nº. 11.343/06 (DROGAS) – inclusões trazidas pelo pacote anticrime 
Art. 28. Quem ADQUIRIR, GUARDAR, TIVER EM DEPÓSITO, TRANSPORTAR OU 
TROUXER CONSIGO, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: 
I - ADVERTÊNCIA sobre os efeitos das drogas; 
II – PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE; (prazo máximo aplicação 
da pena: 5 meses, ou 10 meses (reincidência). 
III - MEDIDA EDUCATIVA de comparecimento a programa ou curso educativo. 
(prazo máximo aplicação da pena: 5 meses, ou 10 meses (reincidência). 
***PRESCRIÇÃO: 2 ANOS (imposição e execução das penas), aplicando-se as 
causas de interrupção previstas no CP. 
***AGENTE QUE SE RECUSA INJUSTIFICADAMENTE A CUMPRIR AS 
MEDIDAS DO ART. 28: o juiz PODE submetê-lo, sucessivamente, a admoestação 
verbal e multa. 
§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, 
SEMEIA, CULTIVA OU COLHE PLANTAS destinadas à preparação de pequena 
quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica. 
§ 2º Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz 
atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições 
em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à 
conduta e aos antecedentes do agente. 
DICA 42 
ATENÇÃO! O STF possui o entendimento que o art. 28 da Lei de Drogas DESPENALIZOU 
a posse de drogas para uso pessoal. Contudo, as condutas previstas no dispositivo não 
deixaram de ser criminosas. (Recurso Extraordinário 430.105-9-RJ) 
DICA43 
TRÁFICO DE DROGAS PRIVILEGIADO 
→ É privilegiado o tráfico quando o agente é primário, tem bons antecedentes, não se 
dedica às atividades criminosas e não integra organização criminosa. Nessa hipótese, 
descrita no art. 33, § 4º, da Lei de Drogas, a pena do réu será reduzida de 1/6 a 2/3. 
OBS.1: “Atividades criminosas” mencionadas no artigo acima indicado não precisam estar 
relacionadas com o tráfico de drogas. 
OBS.2: O STF, em sede de controle difuso, declarou inconstitucional a vedação da 
conversão da pena do tráfico privilegiado em penas restritivas de direitos (Habeas 
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21 
Corpus nº 97.256/RS). E, com isso, o Senado editou a Resolução nº 5/2012: “Art. 1º É 
suspensa a execução da expressão "vedada a conversão em penas restritivas de direitos" do 
§ 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, declarada inconstitucional por 
decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal nos autos do Habeas Corpus nº 97.256/RS”. 
DICA 44 
- TRÁFICO INTERESTADUAL 
Súmula 587, STJ: Para a incidência da majorante prevista no artigo 40, V, da Lei 
11.343/06, é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras entre estados da 
federação, SENDO SUFICIENTE A DEMONSTRAÇÃO INEQUÍVOCA DA INTENÇÃO DE 
REALIZAR O TRÁFICO INTERESTADUAL. 
- TRÁFICO TRANSNACIONAL 
Súmula 607, STJ: A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, I, da Lei 
11.343/06) se configura com a prova da destinação internacional das drogas, ainda que 
não consumada a transposição de fronteiras. 
DICA 45 
INTERNAÇÃO (LEI DE DROGAS) – NOVIDADE TRAZIDA PELO PACOTE ANTICRIME 
 
VOLUNTÁRIA 
 
- aquela que se dá com o consentimento do 
dependente de drogas; 
- deverá ser precedida de declaração escrita 
da pessoa solicitante de que optou por este 
regime de tratamento; 
- seu término dar-se-á por determinação do 
médico responsável ou por solicitação 
escrita da pessoa que deseja interromper o 
tratamento. 
 
 
INVOLUNTÁRIA 
 
- aquela que se dá, sem o consentimento do 
dependente, a pedido de familiar ou do 
responsável legal OU, NA ABSOLUTA FALTA 
DESTE, de servidor público da área de 
saúde, da assistência social ou dos órgãos 
públicos integrantes do Sisnad, com 
exceção de servidores da área de 
segurança pública, que constate a existência 
de motivos que justifiquem a medida; 
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22 
- deve ser realizada após a formalização 
da decisão por médico responsável; 
II - será indicada depois da avaliação 
sobre o tipo de droga utilizada, o padrão de uso 
e na hipótese comprovada da 
impossibilidade de utilização de outras 
alternativas terapêuticas previstas na rede 
de atenção à saúde; 
III - perdurará apenas pelo tempo 
necessário à desintoxicação, no prazo 
máximo de 90 (noventa) dias, tendo seu 
término determinado pelo médico responsável; 
IV - a família ou o representante legal 
poderá, a qualquer tempo, requerer ao 
médico a interrupção do tratamento. 
 
 
DICA 46 
DA INVESTIGAÇÃO NO CRIME DE DROGAS – PRISÃO EM FLAGRANTE 
• Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, 
imediatamente, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto 
lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e 
quatro) horas. 
 
• Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da 
materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e 
quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa 
idônea. 
 
• O perito que subscrever o laudo não ficará impedido de participar da elaboração 
do laudo definitivo. 
 
• Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, 
certificará a regularidade formal do laudo de constatação e determinará a destruição 
das drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária à realização do laudo 
definitivo. 
 
• A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente 
no prazo de 15 (quinze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade 
sanitária. 
DICA 47 
CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL (drogas) 
INDICIADO PRESO Prazo de 30 (trinta) dias 
INDICIADO SOLTO Prazo de 90 (trinta) dias 
 
 
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23 
DICA 48 
É ISENTO DE PENA o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, 
proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou 
da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, INTEIRAMENTE 
INCAPAZ DE ENTENDER O CARÁTER ILÍCITO DO FATO OU DE DETERMINAR-SE DE 
ACORDO COM ESSE ENTENDIMENTO. (art. 45) 
DICA 49 
LEIS PENAIS NO TEMPO – LEI DE DROGAS 
Em relação a sucessão de leis penais no tempo (art. 5º,XL, CF), foi consolidado pelo STJ na 
súmula 501 o entendimento de que não se admite a combinação da antiga Lei nº 
6.368/76 com o privilégio contido no §4º do art. 33 da Lei nº 11.343/2006, que 
prevê sobre o crime de tráfico. 
Art. 33 (...) § 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão 
ser reduzidas de um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário, de bons 
antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. 
Súmula 501 STJ: É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o 
resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que 
o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis. 
Neste caso, o magistrado deve analisar casualmente para definir qual das leis é mais 
vantajosa ao acusado. 
DICA 50 
AGENTE POLICIAL DISFARÇADO – PACOTE ANTICRIME 
Segundo o art. 33, §1º, IV: 
Art. 33 (...) § 1º Nas mesmas penas incorre quem: 
IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à 
preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal 
ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos 
probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
A conduta do policial disfarçado deve ser analisada com cuidado e precedida de elementos 
prévios de investigação. Em muitos casos o agente policial induz o agente a praticar o crime, 
logo não haverá crime pelo fato de um flagrante ter sido provocado, aplicando-se aí a 
súmula 145 do STF: 
“Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua 
consumação”. 
Portanto, para a descaracterização do crime do agente policial disfarçado devem estar 
presentes os seguintes requisitos: 
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24 
➢ O policial tem que ser o agente provocador; e 
➢ Elementos prévios de informação. 
DICA 51 
INDUZIR, INSTIGAR OU AUXILIAR ALGUÉM AO USO INDEVIDO DE DROGA 
 O art. 33, §2º da Lei de Drogas traz o tipo penal de induzir, instigar ou auxiliar alguém 
ao uso indevido de droga. 
Induzir significa criar uma ideia que até então era inexistente, instigar significa fomentar 
uma ideia já existente, já auxiliar significa promover a ajuda, criar os meios. 
***O STF ao analisar a ADPF 187/DF entendeu que a manifestação da marcha da 
maconha não configura o tipo penal mencionado, mas constitui o direito de livre exercício 
de direito de reunião e exposição do pensamento. Nada obstante, para que estes 
movimentos sejam realizados deve haver: 
➢ Reunião pacífica e sem armas, previamente notificada a autoridade, sem 
incitação à violência; 
➢ Não pode haver incitação, incentivo ou estímulo ao consumo de entorpecentes; 
➢ Não pode haver consumo de entorpecente, apenas manifestaçãodo 
pensamento; e 
➢ Não podem participar crianças e adolescente. 
DICA 52 
CONDUÇÃO DE EMBARCAÇÃO OU AERONAVE APÓS O CONSUMO DE DROGAS 
Segundo o art. 39 da Lei de Drogas é crime “conduzir embarcação ou aeronave após o 
consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da apreensão do veículo, 
cassação da habilitação respectiva ou proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena 
privativa de liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400 (quatrocentos) 
dias-multa”. 
Neste sentido, configura-se crime quando o agente expõe um terceiro ao perigo. A 
autocolocação em risco, após o consumo de drogas, não é passível de punição. 
As penas previstas são de privação de liberdade, apreensão do veículo, cassação da 
habilitação ou proibição de obtê-la e multa. 
DICA 53 
ART. 44 - LEI DE DROGAS 
O art. 44 da Lei de drogas prevê que “os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 
a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade 
provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos. 
Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento 
condicional após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao 
reincidente específico”. 
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25 
MUITA ATENÇÃO! O STF declarou inconstitucional o trecho do artigo “vedada a conversão 
de suas penas em restritivas de direitos”. Em atenção ao princípio da individuação da pena 
entendeu-se que pode haver SIM conversão da pena em restritivas de direito, bem 
como o regime inicial fechado NÃO é obrigatório. 
DICA 54 
LEI Nº 13.445/2017 – LEI DE MIGRAÇÃO 
VAMOS COMEÇAR COM ALGUNS CONCEITOS ESCLARECEDORES! 
➢ Migrante: Deslocamento dentro de um espaço geográfico; 
➢ Imigrante: Estrangeiro ou Apátrida que está no Brasil por tempo definitivo 
➢ Emigrante: Brasileiro que vai para o exterior 
➢ Apátrida: Não tem nacionalidade reconhecida por ninguém 
➢ Residente fronteiriço: Mora no exterior, mas em região de fronteira 
➢ Visitante: Passeando 
DICA 55 
DOS PRINCÍPIOS E GARANTIAS 
Art. 3º, da Lei nº. 13.445/17. A política migratória brasileira rege-se pelos seguintes 
princípios e diretrizes: 
I - universalidade, indivisibilidade e interdependência dos direitos humanos; 
II - repúdio e prevenção à xenofobia, ao racismo e a quaisquer formas de 
discriminação; 
III - não criminalização da migração; 
IV - não discriminação em razão dos critérios ou dos procedimentos pelos quais a 
pessoa foi admitida em território nacional; 
V - promoção de entrada regular e de regularização documental; 
VI - acolhida humanitária; 
VII - desenvolvimento econômico, turístico, social, cultural, esportivo, científico e 
tecnológico do Brasil; 
VIII - garantia do direito à reunião familiar; 
IX - igualdade de tratamento e de oportunidade ao migrante e a seus familiares; 
X - inclusão social, laboral e produtiva do migrante por meio de políticas públicas; 
XI - acesso igualitário e livre do migrante a serviços, programas e benefícios sociais, bens 
públicos, educação, assistência jurídica integral pública, trabalho, moradia, serviço bancário 
e seguridade social; 
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26 
XII - promoção e difusão de direitos, liberdades, garantias e obrigações do 
migrante; 
XIII - diálogo social na formulação, na execução e na avaliação de políticas migratórias e 
promoção da participação cidadã do migrante; 
 
XIV - fortalecimento da integração econômica, política, social e cultural dos povos da 
América Latina, mediante constituição de espaços de cidadania e de livre circulação de 
pessoas; 
XV - cooperação internacional com Estados de origem, de trânsito e de destino de 
movimentos migratórios, a fim de garantir efetiva proteção aos direitos humanos do 
migrante; 
XVI - integração e desenvolvimento das regiões de fronteira e articulação de políticas 
públicas regionais capazes de garantir efetividade aos direitos do residente fronteiriço; 
XVII - proteção integral e atenção ao superior interesse da criança e do adolescente 
migrante; 
XVIII - observância ao disposto em tratado; 
XIX - proteção ao brasileiro no exterior; 
XX - migração e desenvolvimento humano no local de origem, como direitos inalienáveis de 
todas as pessoas; 
XXI - promoção do reconhecimento acadêmico e do exercício profissional no Brasil, nos 
termos da lei; e 
XXII - repúdio a práticas de expulsão ou de deportação coletivas. 
DICA 56 
Art. 4º, da Lei nº. 13.445/17. Ao migrante é garantida no território nacional, em 
condição de igualdade com os nacionais, a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, bem como são assegurados: 
I - direitos e liberdades civis, sociais, culturais e econômicos; 
II - direito à liberdade de circulação em território nacional; 
III - direito à reunião familiar do migrante com seu cônjuge ou companheiro e seus filhos, 
familiares e dependentes; 
IV - medidas de proteção a vítimas e testemunhas de crimes e de violações de direitos; 
V - direito de transferir recursos decorrentes de sua renda e economias pessoais a outro 
país, observada a legislação aplicável; 
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27 
VI - direito de reunião para fins pacíficos; 
VII - direito de associação, inclusive sindical, para fins lícitos; 
VIII - acesso a serviços públicos de saúde e de assistência social e à previdência social, nos 
termos da lei, sem discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória; 
IX - amplo acesso à justiça e à assistência jurídica integral gratuita aos que comprovarem 
insuficiência de recursos; 
X - direito à educação pública, vedada a discriminação em razão da nacionalidade e da 
condição migratória; 
XI - garantia de cumprimento de obrigações legais e contratuais trabalhistas e de aplicação 
das normas de proteção ao trabalhador, sem discriminação em razão da nacionalidade e da 
condição migratória; 
XII - isenção das taxas de que trata esta Lei, mediante declaração de hipossuficiência 
econômica, na forma de regulamento; 
XIII - direito de acesso à informação e garantia de confidencialidade quanto aos dados 
pessoais do migrante, nos termos da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 ; 
XIV - direito a abertura de conta bancária; 
XV - direito de sair, de permanecer e de reingressar em território nacional, mesmo enquanto 
pendente pedido de autorização de residência, de prorrogação de estada ou de 
transformação de visto em autorização de residência; e 
XVI - direito do imigrante de ser informado sobre as garantias que lhe são asseguradas para 
fins de regularização migratória. 
§ 1º Os direitos e as garantias previstos nesta Lei serão exercidos em observância ao 
disposto na Constituição Federal, independentemente da situação migratória, observado o 
disposto no § 4º deste artigo, e não excluem outros decorrentes de tratado de que o Brasil 
seja parte. 
DICA 57 
DA ENTRADA E DA SAÍDA NO TERRITÓRIO NACIONAL 
Art. 39, da Lei nº. 13.445/17. O viajante deverá permanecer em área de fiscalização até 
que seu documento de viagem tenha sido verificado, salvo os casos previstos em lei. 
Art. 40, da Lei nº. 13.445/17. Poderá ser autorizada a ADMISSÃO EXCEPCIONAL NO 
PAÍS de pessoa que se encontre em uma das seguintes condições, desde que esteja de 
posse de documento de viagem válido: 
I - não possua visto; 
II - seja titular de visto emitido com erro ou omissão; 
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III - tenha perdido a condição de residente por ter permanecidoausente do País na 
forma especificada em regulamento e detenha as condições objetivas para a concessão de 
nova autorização de residência; 
IV - (VETADO); ou 
V - seja criança ou adolescente desacompanhado de responsável legal e sem 
autorização expressa para viajar desacompanhado, independentemente do 
documento de viagem que portar, hipótese em que haverá imediato encaminhamento ao 
Conselho Tutelar ou, em caso de necessidade, a instituição indicada pela autoridade 
competente. 
Parágrafo único. Regulamento poderá dispor sobre outras hipóteses excepcionais de 
admissão, observados os princípios e as diretrizes desta Lei. 
Art. 41. A entrada condicional, em território nacional, de pessoa que não preencha os 
requisitos de admissão poderá ser autorizada mediante a assinatura, pelo 
transportador ou por seu agente, de termo de compromisso de custear as 
despesas com a permanência e com as providências para a repatriação do viajante. 
DICA 58 
DESEMBARQUE PERMITIDO POR MOTIVO DE FORÇA MAIOR 
Art. 42, da Lei nº. 13.445/17. O tripulante ou o passageiro que, por motivo de força 
maior, for obrigado a interromper a viagem em território nacional poderá ter seu 
desembarque permitido mediante termo de responsabilidade pelas despesas 
decorrentes do transbordo. 
ATENÇÃO! Mesmo não preenchendo os requisitos de admissão, o passageiro ou tripulante 
poderá ter entrada autorizada. É o caso por exemplo, de uma pessoa que está sobrevoando 
o território nacional e sofre um ataque cardíaco. 
DICA 59 
MEDIDAS SANITÁRIAS 
Art. 43, da Lei nº. 13.445/17. A autoridade responsável pela fiscalização contribuirá para a 
aplicação de medidas sanitárias em consonância com o Regulamento Sanitário 
Internacional e com outras disposições pertinentes. 
 
FIQUEM ATENTOS a este dispositivo, tendo haja vista a pandemia do coronavírus. 
DICA 60 
IMPEDIMENTOS DE INGRESSO 
Art. 45, da Lei nº. 13.445/17. PODERÁ ser impedida de ingressar no País, após entrevista 
individual e mediante ato fundamentado, a pessoa: 
I - anteriormente expulsa do País, enquanto os efeitos da expulsão vigorarem; 
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II - condenada ou respondendo a processo por ato de terrorismo ou por crime de 
genocídio, crime contra a humanidade, crime de guerra ou crime de agressão, nos 
termos definidos pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, de 1998, 
promulgado pelo Decreto nº 4.388, de 25 de setembro de 2002; 
III - condenada ou respondendo a processo em outro país por crime doloso passível 
de extradição segundo a lei brasileira; 
IV - que tenha o nome incluído em lista de restrições por ordem judicial ou por 
compromisso assumido pelo Brasil perante organismo internacional; 
V - que apresente documento de viagem que: 
a) não seja válido para o Brasil; 
b) esteja com o prazo de validade vencido; ou 
c) esteja com rasura ou indício de falsificação; 
VI - que não apresente documento de viagem ou documento de identidade, quando 
admitido; 
VII - cuja razão da viagem não seja condizente com o visto ou com o motivo 
alegado para a isenção de visto; 
VIII - que tenha, comprovadamente, fraudado documentação ou prestado informação 
falsa por ocasião da solicitação de visto; ou 
IX - que tenha praticado ato contrário aos princípios e objetivos dispostos na 
Constituição Federal. 
MUITA ATENÇÃO AO PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO ESTUDADO!!! 
Parágrafo único. Ninguém será impedido de ingressar no País por motivo de raça, 
religião, nacionalidade, pertinência a grupo social ou opinião política. 
 
 
 
 
 
 
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30 
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
DICA 61 
Teoria da culpa civil – teoria da responsabilidade subjetiva 
Após a superação da distinção entre os atos de império e de gestão para fins de 
responsabilização do Estado, emergiu a teoria da culpa civil, ou da responsabilidade 
subjetiva. 
Por essa teoria, a responsabilidade do Estado dependia da comprovação de dolo ou, 
pelo menos, a culpa na conduta do agente estatal. Assim, a responsabilização do 
Estado, isto é, o dever de indenizar danos causados a terceiros, dependia da comprovação 
de dolo ou culpa (negligência, imprudência ou imperícia), cabendo ao particular 
prejudicado o ônus de comprovar a existências desses elementos subjetivos. 
DICA 62 
Teoria da culpa administrativa 
A teoria da culpa administrativa, também conhecida como culpa do serviço ou culpa 
anônima (faute du servisse) é a primeira teoria publicista, representando a transição 
entre a doutrina subjetiva da culpa civil e a responsabilidade objetiva adotada atualmente 
na maioria dos países ocidentais. 
Por essa teoria, a culpa é do serviço e não do agente, por isso que a responsabilidade do 
Estado independe da culpa subjetiva do agente. A culpa administrativa se aplica em 
três situações: 
a) o serviço não existiu ou não funcionou, quando deveria funcionar; 
b) o serviço funcionou mal; ou 
c) o serviço atrasou. 
Em qualquer uma dessas situações, ocorrerá a culpa do serviço (culpa administrativa, 
culpa anônima), implicando a responsabilização do Estado independentemente de 
qualquer culpa do agente. 
DICA 63 
Teoria do risco administrativo 
Pela teoria do risco, basta a relação entre o comportamento estatal e o dano sofrido 
pelo administrado para que surja a responsabilidade civil do Estado, desde que o 
particular não tenha concorrido para o dano. Ela representa o fundamento da 
responsabilidade objetiva ou sem culpa do Estado. 
Essa teoria surge de dois aspectos: 
a) a atividade estatal gera um potencial risco para os administrados; 
b) é necessário repartir tanto os benefícios da atuação estatal quanto os encargos 
suportados por alguns, pelos danos decorrentes dessa atuação (solidariedade social). 
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Dessa forma, se um particular for prejudicado pela atuação estatal, os danos decorrentes 
deverão ser compartilhados por toda a sociedade, justificando o direito à indenização 
custeada pelo Estado. 
Nesse caso, não é preciso cogitar se o serviço funcionou, se funcionou mal, se demorou ou 
se não existiu, uma vez que se presume culpa da Administração. Além disso, não se 
questiona se houve culpa ou dolo do agente, se o comportamento foi lícito ou ilícito, se o 
serviço funcionou bem ou mal. Basta que seja evidenciado o nexo de causalidade entre o 
comportamento estatal e o dano sofrido pelo terceiro para se configurar a responsabilidade 
civil do Estado. 
Pode-se dizer ainda que se exige a presença de três requisitos para gerar a 
responsabilidade do Estado: 
a) dano; 
b) conduta administrativa – fato do serviço; e 
c) nexo causal. 
 
DICA 64 
Critérios definidores da competência 
A norma define a competência dos agentes públicos segundo alguns critérios de distribuição 
e organização, quais sejam: 
→ Matéria: a competência é definida segundo a especificidade da função a ser exercida. 
Exemplo: na esfera federal, cada Ministério possui competência para tratar de determinada 
matéria (saúde, educação, cultura, economia etc.). 
→ Hierarquia: as competências são escalonadas de acordo com seu nível de complexidade 
e responsabilidade. Assim, por esse critério, as competências mais complexas e de maior 
responsabilidade são atribuídas aos agentes de plano hierárquico mais elevado. 
→ Lugar: a competência é distribuída entre órgãos localizados em pontos territoriais 
distintos. Inspira-se na necessidade de descentralização ou desconcentração territorial das 
atividades administrativas. 
Exemplo: determinadas competências da Receita Federal são desempenhadas por 
Superintendências espalhadas nos Estados-membros. 
→ Tempo: a competência é conferida por determinadoperíodo. 
Exemplo: a competência do servidor público tem início a partir da investidura legal e 
término com o fim do exercício da função pública. 
→ Fracionamento: a competência é distribuída por diversos órgãos ou agentes, cuja 
manifestação é imprescindível para a completa formação do ato. Trata-se dos chamados 
atos complexos. 
Exemplo: a redução de alíquotas de IPI para alguns refrigerantes depende da aprovação 
do Ministério da Agricultura e do Ministério da Fazenda. 
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32 
DICA 65 
A doutrina ensina que o elemento competência apresenta as seguintes características: 
→ É de exercício obrigatório: trata-se de um poder-dever do agente público, não sendo 
exercido por sua livre conveniência, mas sim para a satisfação do interesse público. 
→ É irrenunciável: em respeito ao princípio da indisponibilidade do interesse público, 
o administrador atua em nome e interesse da coletividade, não podendo renunciar àquilo 
que não lhe pertence. Todavia, a irrenunciabilidade não impede que a Administração Pública 
transfira a execução de uma tarefa, isto é, delegue o exercício da competência para fazer 
algo. A delegação, de toda sorte, implica transferir apenas o exercício, eis que a titularidade 
da competência continua a pertencer a seu ‘proprietário’ (autoridade delegante). 
→ É intransferível ou inderrogável: não se admite transação de competência, ou seja, a 
competência não pode ser transmitida por mero acordo entre as partes. Uma vez fixada 
em norma expressa, a competência deve ser rigidamente observada por todos. Mesmo 
quando se permite a delegação, é preciso um ato formal que registre a prática. Essa 
característica também decorre do princípio da indisponibilidade do interesse público. 
→ É imodificável por mera vontade do agente: só quem pode modificar competência 
primária é a lei ou a Constituição. 
→ É imprescritível: mesmo quando não utilizada, não importa por quanto tempo, o agente 
continuará sendo competente, ou seja, ele não perderá sua competência simplesmente pelo 
fato de não utilizá-la. 
→ É improrrogável: o fato de um órgão ou agente incompetente praticar um ato não faz 
com que ele passe a ser considerado competente. Em outras palavras, o mero decurso do 
tempo não muda a incompetência em competência. Para a alteração da competência, 
registre-se, é necessária a edição de norma que especifique quem agora passa a dispor da 
competência. 
→ Pode ser delegada ou avocada, desde que não haja impedimento legal. 
 
DICA 66 
Vícios de objeto 
Como visto, o objeto é o efeito jurídico imediato produzido pelo ato. Ocorrerá vício 
do objeto quando este for: 
→ Proibido pela lei; por exemplo, um Município que desaproprie bem imóvel da União. 
→ Com conteúdo diverso do previsto na lei para aquela situação; por exemplo, a 
autoridade aplica a pena de suspensão, quando cabível a advertência; a autoridade 
suspende servidor por 120 dias, quando a lei prevê que a suspensão será por, no máximo, 
90 dias. 
→ Impossível, porque os efeitos pretendidos são irrealizáveis, de fato ou de direito; por 
exemplo, a nomeação para um cargo inexistente; a instalação de antena de concessionária 
em terreno pantanoso; a desapropriação de terras produtivas pela União para fins de 
Reforma Agrária. 
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33 
→ Imoral; por exemplo, a emissão de parecer sob encomenda, contrário ao entendimento 
de quem o elabora. 
→ Incerto em relação aos destinatários, às coisas, ao tempo, ao lugar; por exemplo, 
desapropriação de bem não definido com precisão. 
O vício de objeto é insanável, ou seja, invariavelmente acarreta a nulidade do ato. 
DICA 67 
Para atingir seus objetivos, o poder de polícia é exercido por meio de três técnicas 
diferentes, chamadas também de técnicas de ordenação: 
 
1. Técnica de informação 
2. Técnica de condicionamento 
3. Técnica sancionatória 
 
Pela técnica de informação, o Poder Público atua exigindo que o cidadão e as empresas 
prestem informação sobre si próprios. 
 
Na técnica de condicionamento, o Estado coloca uma série de exigências para que a 
pessoa possa exercer sua atividade. 
 
Já na técnica sancionatória, o Poder Público atua punindo, aplicando sanções àqueles que 
tenham descumprido alguma exigência, seja ela de prestar informação (técnica de 
informação) ou de atender alguma condição (técnica de condicionamento). 
 
DICA 68 
O exercício do poder de polícia pode se dar de três formas distintas: 
 
→ Preventiva: disposições genéricas que regulamentam comportamentos (ex.: portarias 
ou regulamentos que regulam horários de estabelecimentos em determinada localidade); 
 
→ Repressiva: prática de atos que visam desfazer a situação de desobediência à lei (ex.: 
apreensão de revistas pornográficas em exposição em local impróprio); e 
 
→ Fiscalizadora: previne eventuais lesões a normas ou direitos (ex.: vistoria de veículos). 
 
DICA 69 
→ Jurisprudência do STF 
Segundo o STF, os Municípios têm competência para exigir dos bancos a instalação de 
detectores de metal e vidros a prova de balas. Os mesmos entes são competentes para 
regular o horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais (Ag Reg 793.441). 
 
→ Jurisprudência do STJ 
Segundo o STJ, a competência para fixação do horário bancário de atendimento ao 
público é de competência da União (Súmula 19). 
 
 
 
 
 
 
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DICA 70 
Ciclo de Polícia 
 
Segundo a doutrina, a função de polícia é exercida em quatro fases: ordem de polícia, 
consentimento de polícia, fiscalização de polícia e sanção de polícia. 
 
1. Ordem de Polícia: É o estabelecimento de normas que obrigam as pessoas a fazer ou 
deixar de fazer algo em função do interesse público. 
 
2. Consentimento de polícia: É o ato administrativo que permite ao Poder Público usar 
da propriedade privada ou ao particular exercer alguma atividade. Obviamente, nem sempre 
o particular precisa de consentimento para realizar uma atividade, o que faz com que essa 
fase nem sempre ocorra. 
 
3. Fiscalização de polícia: É o ato de verificar se as ordens de polícia estão sendo 
obedecidas e se as atividades para as quais o particular recebeu consentimento estão 
regulares. 
 
4. Sanção de polícia: É a efetiva punição, em caso de descumprimento das ordens de 
polícia. Obviamente, tal fase só ocorrerá se o particular descumprir a ordem de polícia. 
 
DICA 71 
ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA 
 
→DISCRICIONARIEDADE 
→AUTOEXECUTORIEDADE 
→COERCIBILIDADE 
 
OBS.1: O Poder de polícia NÃO é sempre discricionário; algumas vezes a atuação de 
polícia é vinculada, na hipótese em que a lei já houver estabelecido a única solução possível 
para o caso concreto. 
 
OBS.2: O atributo da AUTOEXECUTORIEDADE pode se dividir em dois: 
 
1) EXIGIBILIDADE: prerrogativa de a administração pública utilizar MEIOS INDIRETOS 
de coação. Ex.: Aplicação de multa. 
2) EXECUTORIEDADE: possibilidade de a administração realizar diretamente a execução 
forçada da medida que ela impôs ao administrado – ou seja, MEIOS DIRETOS de coação. 
Ex.: Dissolução de reunião, apreensão de mercadorias, interdição de uma fábrica. 
 
DICA 72 
PRESCRIÇÃO no PODER DE POLÍCIA 
 
PRESCREVE em CINCO ANOS a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e 
indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, 
contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou 
continuada, do dia em que tiver cessado. 
 
*Incide a prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de TRÊS 
ANOS, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou 
mediante requerimento da parte interessada, sem prejuízoda apuração da 
responsabilidade funcional decorrente da paralisação, se for o caso. 
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*Quando o fato objeto de a ação punitiva da Administração também constituir crime, a 
prescrição reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal. 
 
DICA 73 
Atributos do Ato Administrativo 
A presunção de legitimidade e veracidade acompanha todos os atos estatais, quer 
imponham obrigações, quer reconheçam ou confiram direitos aos administrados, e decorre 
da própria ideia de “Poder” que permite ao Estado assumir posição de supremacia perante 
os particulares. 
Um dos efeitos da presunção de legitimidade e veracidade é o de permitir que o ato 
administrativo opere efeitos imediatamente, vinculando os administrados por ele 
atingidos desde a sua edição. Isso permite que a Administração exerça suas atribuições com 
agilidade, afinal, é o interesse público que está em jogo. 
Essa agilidade não existiria caso a Administração dependesse de manifestação prévia do 
Poder Judiciário toda vez que editasse seus atos. 
DICA 74 
Atributos do Ato Administrativo 
Imperatividade é o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros, 
independentemente da sua concordância, criando obrigações ou impondo 
restrições. 
A imperatividade decorre do chamado “poder extroverso”, que é prerrogativa dada ao 
Poder Público de impor, de modo unilateral, obrigações a terceiros, inclusive a sujeitos 
que estão fora do âmbito interno administrativo, criando obrigações que extravasam 
a esfera jurídica do Estado. O atributo da imperatividade decorre diretamente do princípio 
da supremacia do interesse público sobre o particular. 
Conforme ensina Maria Sylvia Di Pietro, a imperatividade não existe em todos os atos 
administrativos, mas apenas naqueles que impõem obrigações ou restrições. 
DICA 75 
Atributos do Ato Administrativo 
A doutrina desdobra a autoexecutoriedade em dois outros atributos: a exigibilidade e a 
executoriedade. 
A exigibilidade seria caracterizada pela obrigação que o administrado tem de cumprir o 
comando imperativo do ato. Graças à exigibilidade, a Administração pode usar meios 
indiretos de coação para que suas decisões sejam cumpridas, como, por exemplo, a 
aplicação de multas ou de outras penalidades administrativas impostas em caso de 
descumprimento do ato. Veja que, nesse caso, a coação é indireta: o sujeito cumpre a 
imposição do Poder Público porque tem receio de ser multado. 
Já a executoriedade seria a possibilidade de a Administração, ela própria, praticar o ato, 
ou de compelir, direta e materialmente, o administrado a praticá-lo (coação material). Na 
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executoriedade, a Administração emprega meios diretos de coerção, compelindo 
materialmente o administrado a fazer alguma coisa, utilizando-se inclusive da força. 
DICA 76 
O poder Regulamentar é o poder que detém o chefe do executivo para editar atos 
administrativos normativos. Tais atos precisam ter caráter geral e abstrato. 
Caso esses regulamentos sejam publicados por outras autoridades, que não os chefes do 
executivo, estaríamos diante do poder normativo. 
 
O poder normativo acaba sendo um conceito mais amplo, que engloba a emissão de todos 
os atos normativos, menos os originados do chefe do executivo. Quando o ato é de 
origem do chefe do executivo estamos diante do poder regulamentar. 
 
DICA 77 
Regulamentos Executivos 
 
Também chamados de decretos regulamentares, correspondem aos regulamentos de 
caráter geral e abstrato que possibilitem o fiel cumprimento da lei, de acordo com o art. 
84, IV da CF/88, abaixo reproduzido: 
 
“Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República(...) IV - sancionar, promulgar 
e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel 
execução;(...)” 
 
DICA 78 
Regulamentos Autorizados 
 
Também chamados de regulamentos delegados, são atos normativos expedidos pelos 
órgãos e entidades da Administração cuja competência foi delegada pelo Poder Legislativo. 
 
A delegação de competência ocorre por meio do fenômeno de deslegalização, no qual o 
Legislador delega, por meio de leis, a atribuição de normatizar certas matérias aos órgãos 
e entidades da Administração Pública. 
 
DICA 79 
A motivação do ato administrativo pode não ser obrigatória, entretanto, se a administração 
pública o motivar, este ficará vinculado aos motivos expostos. 
DICA 80 
Finalidade 
→ Resultado pretendido pela Administração com a prática do ato administrativo. 
→ Finalidade genérica (satisfação do interesse público) e específica (própria de cada ato 
= objeto) 
→ Decorre do princípio da impessoalidade. 
→ Vicio de finalidade: desvio de finalidade (insanável, ato deve ser anulado). 
 
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DICA 81 
 
ELEMENTOS (Com Fi For M Ob) ATRIBUTOS (PATI) do ato 
administrativo 
ELEMENTOS: partes do ato ATRIBUTOS: características do ato 
COMpetência: poder atribuído Presunção de legitimidade: 
conformidade do ato com a ordem jurídica 
e veracidade dos fatos (sempre existe). 
FInalidade: interesse público 
(resultado mediato) 
Autoexecutoriedade: permite que a 
Administração atue independente de 
autorização judicial 
FORma: como o ato vem ao mundo Tipicidade: vem sempre definido em lei. 
Motivo: pressupostos de fato e de 
direito 
Imperatividade: faz com que o 
destinatário deva obediência ao ato, 
independente de concordância. 
OBjeto: conteúdo (resultado imediato) 
 
 
DICA 82 
Diferença entre objeto natural e objeto acidental 
O objeto do ato administrativo pode ser natural ou acidental. 
Objeto natural é o efeito jurídico que o ato produz, sem necessidade de expressa menção; 
ele decorre da própria natureza do ato, tal como definido na lei. 
Objeto acidental é o efeito jurídico que o ato produz em decorrência de cláusulas 
acessórias que ampliam ou restringem o alcance do objeto natural; compreende o encargo 
ou modo, o termo e a condição, também chamados, como visto anteriormente, de 
elementos acidentais do ato administrativo. 
DICA 83 
Responsabilidade civil por ato legislativo 
Em regra, o Estado não responde civilmente pela atividade legislativa, uma vez que 
esta se insere no legítimo poder de império. Assim, se a atividade legislativa ocorrer dentro 
dos parâmetros normais, ainda que traga obrigações ou restrinja direitos, não há que se 
falar em dever de indenizar. 
No entanto, existem três hipóteses que o Estado poderá ser responsabilizado civilmente 
pelo exercício da atividade legislativa, são elas: 
a) edição de lei inconstitucional; 
b) edição de leis de efeitos concretos; 
c) omissão legislativa. 
 
DICA 84 
Segundo o entendimento do STF, a responsabilidade civil do Estado pela morte de detento 
sob sua custódia é objetiva, com base na teoria do risco administrativo, em caso de 
inobservância do seu dever constitucional específico de proteção, tanto para as condutas 
estatais comissivas quanto para as omissivas. 
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38 
DICA 85 
Agente de fato é um gênero que designa formas de investidura na função pública com 
alguma irregularidade ou excepcionalidade. Ela se subdivide em: 
→ agente putativo: aquele que teve uma irregularidade na investidura no cargo, emprego 
ou função, mas a sua situação tem aparência de legalidade. Ocorre quando, por exemplo, 
um servidor não prestou concurso para um cargo em que isso era necessário, ou não 
preenche os requisitos, mas mesmo assim está exercendo o cargo, ou quando exerce as 
funções mesmo estando suspenso ou tendo vencido o prazo de sua contratação ou já passou 
a idadelimite da aposentadoria compulsória; 
→ agente necessário: é aquele que é investido em situação de extrema emergência, como 
um médico que é “convocado” pelo comandante dos Bombeiros ao passar na frente de um 
prédio que acabou de desabar. 
 
 
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NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
DICA 86 
Súmula Vinculante nº 11 do STF: Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência 
e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por 
parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de 
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão 
ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. 
 
Mnemônico: 
 
Perigo à integridade física própria ou alheia; 
Resistência; 
Fundado receio de fuga. 
 
DICA 87 
HABEAS CORPUS 
Caráter preventivo ou 
repressivo 
Sim 
Finalidade Proteger a liberdade de locomoção 
Legitimados ativos Qualquer pessoa física ou jurídica, nacional ou 
estrangeira. Só pode ser impetrado a favor de pessoa 
natural, jamais de pessoa jurídica. 
Legitimados passivos Autoridade pública e pessoa privada 
Natureza Penal 
Isenção de custas Sim 
Medida liminar Possível, com pressupostos “fumus boni juris” e 
“periculum in mora” 
Observações Penas de multa, de suspensão de direitos políticos, bem 
como disciplinares não resultam em cerceamento da 
liberdade de locomoção. Por isso, não cabe “habeas 
corpus” para impugná-las 
 
DICA 88 
MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL 
Caráter preventivo ou 
repressivo 
Sim 
Finalidade Proteger direito líquido e certo, não amparado por “habeas 
corpus” ou “habeas data” 
Legitimados ativos Todas as pessoas físicas ou jurídicas, as universalidades 
reconhecidas por lei como detentoras de capacidade 
processual, alguns órgãos públicos e o Ministério Público 
Legitimados passivos Poder público e particulares no exercício da função pública 
Natureza Civil 
Isento de custas Não 
Medida liminar Possível, com pressupostos “fumus boni juris” e “periculum 
in mora”, mas há exceções 
 
 
 
 
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DICA 89 
O mandado de injunção visa solucionar um caso concreto. São, portanto, três 
pressupostos para o seu cabimento: 
 
a) Falta de norma que regulamente uma norma constitucional programática propriamente 
dita ou que defina princípios institutivos ou organizativos de natureza impositiva; 
 
b) Nexo de causalidade entre a omissão do legislador e a impossibilidade de exercício de 
um direito ou liberdade constitucional ou prerrogativa inerente à nacionalidade, à soberania 
e à cidadania; 
 
c) O decurso de prazo razoável para elaboração da norma regulamentadora 
(retardamento abusivo na regulamentação legislativa). 
 
E quando é que descabe mandado de injunção? Segundo a jurisprudência do STF, nas 
seguintes situações: 
 
a) Não cabe mandado de injunção se já houver norma regulamentadora do direito 
constitucional, mesmo que esta seja defeituosa. Ora, se já existe norma regulamentadora, 
não faz sentido falar-se em mandado de injunção, que tem como pressuposto a ausência 
de regulamentação de norma constitucional. 
 
b) Não cabe mandado de injunção se faltar norma regulamentadora de direito 
infraconstitucional. O mandado de injunção somente repara falta de regulamentação de 
direito previsto na Constituição Federal. A ausência de regulamentação de uma lei não dá 
ensejo à utilização do mandado de injunção. 
 
c) Não cabe mandado de injunção diante da falta de regulamentação de medida 
provisória ainda não convertida em lei pelo Congresso Nacional. O mandado de injunção 
tem como um de seus pressupostos a ausência de regulamentação de direito constitucional. 
 
d) Não cabe mandado de injunção se não houver obrigatoriedade de regulamentação 
do direito constitucional, mas mera faculdade. 
 
Grave assim: 
Não cabe mandado de injunção: 
 
a) Se já houver norma regulamentadora 
b) Se faltar norma regulamentadora de direito infraconstitucional 
c) Se faltar regulamentação de medida provisória ainda não convertida em lei pelo 
Congresso Nacionalidade 
d) Se não houver obrigatoriedade de regulamentação 
 
DICA 90 
Exceções, nas quais a jurisdição é condicionada, ou seja, somente é possível acionar o 
Poder Judiciário depois de prévio requerimento administrativo: 
 
a) habeas data: um requisito para que seja ajuizado o habeas data é a negativa ou omissão 
da Administração Pública em relação a pedido administrativo de acesso a informações 
pessoais ou de retificação de dados. 
 
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41 
b) controvérsias desportivas: o art. 217, § 1º, da CF/88, determina que "o Poder 
Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após 
esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei. 
 
c) reclamação contra o descumprimento de Súmula Vinculante pela Administração 
Pública: o art. 7º, § 1º, da Lei nº 11.417/2006, dispõe que "contra omissão ou ato da 
administração pública, o uso da reclamação só será admitido após esgotamento das vias 
administrativas". 
 
A reclamação é ação utilizada para levar ao STF caso de descumprimento de enunciado de 
Súmula Vinculante (art. 103-A, §3º). Segundo o STF, a reclamação está situada no âmbito 
do direito de petição (e não no direito de ação); portanto, entende-se que sua natureza 
jurídica não é a de um recurso, de uma ação e nem de um incidente processual. 
 
d) requerimento judicial de benefício previdenciário: antes de recorrer ao Poder 
Judiciário para que lhe conceda um benefício previdenciário, faz-se necessário o prévio 
requerimento administrativo ao INSS. Sem o prévio requerimento administrativo, não 
haverá interesse de agir do segurado. 
 
DICA 91 
Os direitos políticos podem ser POSITIVOS ou NEGATIVOS. 
 
POSITIVOS se subdividem em ativos ou passivos. Eles habilitam a participação do 
cidadão no processo eleitoral, votando ou sendo votado. 
 
Por direitos políticos ativos (ou capacidade eleitoral ativa) se entende a possibilidade de o 
cidadão de participar diretamente do processo eleitoral, por meio do voto, seja em eleições, 
seja em plebiscitos ou em referendos (direito de votar). 
 
Já os direitos políticos passivos (capacidade eleitoral passiva) guardariam ligação com a 
elegibilidade da pessoa, o direito de ser votado. 
 
Por outro lado, os direitos políticos NEGATIVOS contemplam as hipóteses de 
inelegibilidade (absoluta e relativa), e os casos de perda ou suspensão de direitos 
políticos. De antemão, já adianto a você que não é permitida cassação de direitos 
políticos. 
 
DICA 92 
Súmula Vinculante 18 
 
A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a 
inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal. 
 
Art. 14. § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes 
consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de 
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja 
substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato 
eletivo e candidato à reeleição. 
 
 
 
 
 
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42 
DICA 93 
 
DIFERENÇA DE TRATAMENTO ENTRE CHEFES DO PODER EXECUTIVO E 
PARLAMENTARES 
 Presidente da República, 
Governador e prefeito (além dos 
respectivos vices) 
Deputado, Senador e 
vereador 
Possibilidade de 
reeleição 
Somente uma vez para o 
período subsequente. 
Não há limitações. Podem

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