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Memorex PF (Agente) - Rodada 01 1 Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 2 Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua aprovação. Você está tendo acesso agora à Rodada 01. As outras 05 rodadas serão disponibilizadas na sua área de membros conforme o cronograma abaixo: Material Data Rodada 01 Disponível Imediatamente Rodada 02 12/02 Rodada 03 16/02 Rodada 04 23/02 Rodada 05 02/03 Rodada 06 09/03 Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS RODADAS já disponíveis, independente da data de compra. Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois, muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no resultado final. Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO. Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada uma das dicas. Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas para: atendimento@pensarconcursos.com Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 3 ÍNDICE LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4 CONTABILIDADE GERAL ............................................................................................... 13 ESTATÍSTICA ....................................................................................................................... 17 LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................. 20 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................... 30 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL ............................................................ 39 NOÇÕES DE DIREITO PENAL ...................................................................................... 47 NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ....................................................... 56 RACIOCÍNIO LÓGICO ..................................................................................................... 62 INFORMÁTICA .................................................................................................................... 64 Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 4 LÍNGUA PORTUGUESA DICA 01 PARA FACILITAR... ⇨ Coerência: Relação de ideias, lógica textual, ausência de contradição. ⇨ Sentido do texto/Semântica: Significado das palavras. ⇨ Morfologia: Estrutura, Forma e classificação das palavras. Classificadas como substantivos, artigos, adjetivos, verbos, pronomes, advérbios, preposição, numeral, conjunção, interjeição. ⇨ Sintaxe: Função das palavras, o que a palavra faz dentro de cada frase, oração, período. Sujeito, Predicado, adjunto adverbial, complemento do verbo, complemento nominal. DICA 02 DICIONÁRIO DAS PALAVRAS-CHAVE NO ENUNCIADO (COMANDO) DAS QUESTÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA ASSOCIAR (relacionar) Estabelecer uma correspondência (ligação entre os elementos). UNIR IDEIAS QUE APRESENTEM TRAÇOS COMUNS. CARACTERIZAR Distinguir aspectos, assinalar traços, pôr em evidência os elementos de destaque. COMENTAR (discutir) Expressar opiniões, posicionar-se com argumentação, desenvolver um assunto com desenvoltura. CONTRAPOR (confrontar) Expressar as diferenças, mostrar traços diferenciados , pontos adversos. DETERMINAR Afirmar com clareza, distinguir com exatidão os elementos. ESTABELECER PARALELO Organizar elementos (ideias) com base em diferenças ou semelhanças, conforme a natureza do assunto abordado. EXEMPLIFICAR Citar, mencionar com exemplos, interpretar com palavras de quem escreve, basear-se no texto. EXPLICAR Expor com clareza as intenções, motivos, razões (porquês), objetivos e até causas acerca de um assunto. DICA 03 ERROS COMUNS NAS ASSERTIVAS – COMO ELIMINÁ-LAS? - Extrapolam o texto, ACRÉSCIMO de informações alheias ao texto. -Limitam o texto, CARÊNCIA de informações essenciais. - NÃO ABORDAM o texto! - CONTRADIZEM o texto. - Emitem JUÍZO DE VALOR DIVERSO do autor → parcialidade! Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 5 DICA 04 *São CONSIDERADAS AFIRMAÇÕES FALSAS quando: 1. Generaliza; 2. Extrapola; 3. Tom desprezível junto ao raciocínio do autor do texto em tela. *São CONSIDERADAS AFIRMAÇÕES VERDADEIRAS quando: 1. Especifica o pensamento, usando pronomes demonstrativos; 2. Literalidade, usando sinônimos; 3. Geralmente a afirmação condiz com a conclusão do texto, ou seja, o último parágrafo. DICA 05 INTERPRETAÇÃO DE TEXTO: * Comece sempre pelo COMANDO DA QUESTÃO. * NUNCA LEIA O TEXTO SEM ANTES VER O QUE A QUESTÃO PEDE. * Na leitura atente-se no que foi pedido e tente extrair o máximo da parte do texto que foi pedido na questão. DICA 06 INTERPRETAÇÃO DE TEXTO: * Volte ao texto sempre que necessário, NUNCA DEDUZA SEM TER A INFORMAÇÃO NO TEXTO, evite opiniões pessoais, se atente apenas nas informações que o texto passa. Porém sempre com uma leitura dirigida. * Tente ver nas RESPOSTAS DE OUTRAS QUESTÕES que dizem a mesma coisa (com palavras diferentes). Veja SE BATE COM O QUE VOCÊ ACHA COMO CORRETO. DICA 07 INTERPRETAÇÃO DE TEXTO IDENTIFICAR CONFORME A LEITURA: uma relação de esclarecimento, se existe uma IDEIA DE RESUMO, EXPLICAÇÃO, EXEMPLIFICAÇÃO, DESCRIÇÃO, ENUMERAÇÃO, OPOSIÇÃO OU CONCLUSÃO. Se a questão pedir o TEMA OU IDEIA CENTRAL (principal): deve-se EXAMINAR COM ATENÇÃO A INTRODUÇÃO E/OU CONCLUSÃO, pois nesses que contará a informação. DICA 08 DIFERENCIAÇÃO ENTRE: COMPREENSÃO: Significado de Algo. Modo concreto. Está no texto de modo explícito. INTERPRETAÇÃO: Algo subentendido de modo lógico. De forma implícita. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 6 DICA 09 HOMONÍMIA → consiste em palavras que possuem o mesmo som e/ou mesma grafia. → divide-se em: - Homófonas: palavras que possuem a mesma pronúncia. - Homógrafas: palavras que possuem a mesma grafia. *Homógrafas heterofônicas: mesma grafia e pronúncia diferente: Ex.: DESTE (PRONOME) X DESTE (VERBO) *Homófonas heterográficas: Na língua oral, necessitam estar contextualizadas: Ex.: HÁ (VERBO) x a (preposição/artigo) *Homônimos perfeitos: palavras IDÊNTICAS na grafia e no som, PORÉM COM SIGNIFICADOS DIFERENTES. Ex.: MANGA! Eu amo manga (fruta) A manga da blusa está molhada (parte da roupa) Ex.2: caminho → substantivo / caminho → verbo Ex.3: cedo → verbo / cedo → advérbio QUESTÃO CESPE PARA ILUSTRAR! ... Gramaticalmente, são consideradas homógrafas palavras que têm a mesma grafia, mas sentidos diferentes. São exemplos disso as palavras “sessão” (ℓ.2) e cessão. E AÍ? ESTÁ... ERRADO! SÃO HOMÓFONAS = PALAVRAS COM A MESMA PRONÚNCIA! Muita atenção em sua prova! DICA 10 PARONÍMIA → consiste em palavras PARECIDAS no som e na grafia, entretanto com SIGNIFICADOS DIFERENTES! Ex.: Eminente (importante) ≠ Iminente (próximo) Questão: “O temporal estava eminente, não demoraria mais...” ERRADO! O correto seria IMINENTE! DICA 11 Homônimos e Parônimos *Alguns exemplos: Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08Memorex PF (Agente) - Rodada 01 7 Expectador (aquele que tem esperança, que espera, que tem expectativa) Espectador (aquele que assiste) Tachar (censurar, notar defeito em) Taxar (estabelecer o preço ou o imposto) Concerto (sessão musical) Conserto (reparo) Incipiente (principiante) Insipiente (ignorante) Cerrar (fechar) Serrar (cortar) Cheque (ordem de pagamento) Xeque (incidente no jogo de xadrez, contratempo) Espiar (espreitar) Expiar (sofrer pena ou castigo) DICA 12 SOBRE O USO DOS DOIS PONTOS: Os dois-pontos marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída. * Introduzir uma citação; * Introduzir um aposto explicativo, enumerativo, distributivo ou uma oração subordinada substantiva apositiva; * Introduzir uma explicação ou enumeração após as expressões por exemplo, isto é, ou seja, a saber, como etc. * Marcar uma pausa entre orações coordenadas; * Marcar a invocação em correspondências. DICA 13 A VÍRGULA é utilizada para: * marcar inversões * separar termos coordenados (em enumeração) * Marcar elipse do verbo. Ex.: Eu prefiro arroz; ele, feijão. ATENÇÃO! QUESTÃO DE PROVA: QUEM MARCA A ELIPSE DO VERBO É A VÍRGULA E NÃO O PONTO E VÍRGULA, OK? NÃO CAIAM NESSA PEGADINHA! * Isolar vocativo * Isolar aposto (termo de natureza explicativa) e pode ser isolado também por travessões, parênteses ou por dois pontos. * Isolar expressões de natureza explicativa (ou seja, isto é, ou melhor, vale dizer, quer dizer etc.) Ex.: O Brasil é um país rico, ou seja, dispõe de muitos recursos naturais. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 8 DICA 14 O "E" DEPOIS DE VÍRGULA pode ocorrer pelos seguintes casos: * Determinando sujeitos diferentes. Ex.: os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres. * Ter função diferente de adição. Ex.: Estudou muito, e ainda assim não passou no concurso. * Usar para dar ênfase na repetição. Ex.: e chora, e ri, e grita. DICA 15 SINAIS DE PONTUAÇÃO → RETICÊNCIAS ... São usadas para indicar: supressão de um trecho, interrupção na fala, ou dar ideia de continuidade ao segmento. → PARÊNTESES ( ) São usados quando se quer explicar melhor algo que foi dito ou para fazer simples indicações. Isolar informações acessórias as quais não se encaixam na sequência lógica do enunciado. ISOLAR REFLEXÃO, COMENTÁRIO, EXPLICAÇÃO PARALELA. Ex.: Em dezembro (nos EUA talvez seja o mês mais frio do ano), acendem-se lareiras nas casas dos americanos. → TRAVESSÃO * Indica a fala de um personagem no discurso direto. Ex.: Mariana disse: – Amigo, preciso pedir-lhe algo. * Isola um comentário no texto (sentença interferente). Ex.: Aquela pessoa – eu já havia falado isso – acabou de mostrar que tem péssimo caráter. * Isola um aposto na sentença. Minha prima – a dona da loja – ligou para você. * Reforçar a parte final de um enunciado: Ex.: Para passar no concurso você deve estudar muito – muito mesmo! Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 9 DICA 16 CASOS PROIBIDOS DO USO DA VÍRGULA 1- Não se usa vírgula entre sujeito e predicado. Termo pode vir intercalado entre vírgulas, entre o sujeito e predicado. Ex.: Quem ama não trai. sujeito predicado Ex.: As pessoas, que vivem em função do trabalho, não são felizes. → altera o sentido. CUIDADO!!! *com vírgula → todas as pessoas → generaliza *sem vírgula → restritiva é uma parte 2- Não se usa vírgula entre o verbo e seu complemento. Ex.: Informaram aos funcionários o ocorrido naquela ocasião. VTDI OI OD Adj. adv. 3- Não se separa por vírgula o nome de seu complemento, nem o nome de seu adjunto. Ex.: Um belo dia de calor escaldante (adj. Adn.) é frequente em países de clima tropical. Ex.2: A crítica do diretor aos funcionários foi vista como produtiva. Substantivo adj. Adn. CN Abstrato DICA 17 PONTO E VÍRGULA Notavelmente, o ponto e vírgula sugere uma pausa mais longa – encontra-se entre a vírgula (pequena pausa) e o ponto final (pausa final). É usado, dentre suas principais funções: * Para separar itens em uma enumeração. Muito comum nas legislações estudadas, não é?! Também receitas, livros didáticos, manuais de instrução, dentre outros. Ex.: “Art. 1º da CR/88. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político.” Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 10 * Na OMISSÃO DE VERBOS. EXPLICANDO... Nesse caso específico a omissão do verbo é marcada por uma vírgula, havendo pausa, anterior ao sujeito, esta será exatamente marcada pelo ponto e vírgula. VISUALIZANDO... Ex.: Eu prefiro museu; ele (sujeito anterior à pausa), (vírgula que substitui o verbo) teatro. Eu prefiro museu; ele, teatro. * Em casos de USO EXCESSIVO DA VÍRGULA EM PERÍODO LONGO. Nesta situação o ponto e vírgula será utilizado para separar as orações no período e a vírgula as outras pausas que aparecerem no meio das orações. DICA 18 ADJUNTOS ADVERBIAS DESLOCADOS: *CURTA EXTENSÃO → Vírgula facultativa. (Até 2 palavras) Ex.: Minutos depois, chega o funcionário do banco com outra chave digital. *LONGA EXTENSÃO → Vírgula obrigatória. (3 ou mais palavras) Ex.: Na reunião de ontem, os deputados federais aprovaram a lei. DICA 19 DITONGO (esclarecimento necessário ao tópico de acentuação gráfica. Ideia: otimizar o tempo do candidato) DITONGO → Conceito: Encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Encontro de duas vogais “juntas” na mesma sílaba. → Ditongo crescente: hipótese na qual a semivogal (“i” e “u”) vem antes da vogal. Ex.: His-tó-ria, sé-rie, qua-se. → Ditongo decrescente: Quando a vogal vem antes da semivogal. Ex.: cai-xa, pai, per-deu. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 11 DICA 20 * São ACENTUADOS: → monossílabos tônicos terminados em: a, e, o (seguidos ou não de “s”) + terminados nos ditongos abertos: éi (s), éu (s), ói (s) Ex.: já, pés, nós, céu, méis, dói. → oxítonas (palavras que apresentam a sílaba tônica na ÚLTIMA sílaba) terminados em: a, e, o (seguidos ou não de “s”) + terminados nos ditongos abertos: éi (s), éu (s), ói (s) + terminadas em: em e ens. ATENÇÃO! Alguns verbos, ao se combinarem com pronomes oblíquos, criam formas oxítonas ou monossilábicas que, portanto, devem ser acentuadas, pois acabam por assumir terminações contidas nas aludidas regras acima. Habitar + a = habitá-la Jogar + o = jogá-lo Escrever + la = escrevê-la QUESTÃO CESPE PARA ILUSTRAR! (Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: BNB Prova: CESPE - 2018 - BNB - Analista Bancário) ... “Os vocábulos “trás”, “é” e “nós” recebem acento gráfico em obediência à mesma regra de acentuação.” ... CERTO OU ERRADO? CERTOOOO! O QUE FOI DITO ACIMA? Os monossílabos tônicos terminados em: a, e, o (seguidos ou não de “s”) SÃO ACENTUADOS! DICA 21 * São ACENTUADAS: → paroxítonas (palavras cuja sílaba tônica é a PENÚLTIMA) terminadas em: L, I, R, N, UM, US, X, Ã (s), ÃO (s), PS, ON (s), ditongo (Crescente, decrescente) Ex.: amável, pólen, cadáver, tríceps, órfão, ímã, vírus, táxi, próton, bônus, fórum, Itália (ditongo), etc. * TODAS as paroxítonas são acentuadas, EXCETO as terminadasem – a, -e, -o, (s), éu, éi, ói, em, ens: Logo, não são acentuadas: polens, item, voo, creem, ideia, assembleia, etc. ATENÇÃO! NÃO SÃO MAIS ACENTUADAS PAROXÍTONAS QUE CONTENHAM DITONGO ABERTO! Ex.: ideia, estreia, assembleia, heroico, paranoico. (NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO) Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 12 ATENÇÃO2! NÃO SE EMPREGA MAIS O ACENTO NAS PAROXÍTONAS TERMINANADAS EM “OO”. Ex.: voo, abençoo, enjoo. DICA 22 TODAS as PROPAROXÍTONAS (Palavras cuja sílaba tônica é a ANTEPENÚLTIMA) são ACENTUADAS! Ex.: médico, ínterim, ímprobo, física, matemática, lúdico, ártico, etc. DICA 23 * No caso de HIATO (encontro de vogais em sílabas diferentes, portanto pronunciados separadamente), acentuam-se o “I” e “U”, quando representam a sua segunda vogal tônica, DESDE DE QUE ESTEJAM SOZINHOS OU ACOMPANHADOS DE “S”, além de DESACOMPANHADOS DE “R”, “M”, “NH” e “Z”. Ex.: sa-í-da, ba-la-ús-tre, sa-ú-de, etc. → JU – IZ (seguido de Z, não se acentua!) x JU – Í - ZES DICA 24 ACENTOS DIFERENCIAIS *pôr (verbo) *pôde (passado) *têm (plural) *vêm (plural) *fôrma (facultativo) DICA 25 PALAVRAS QUE NÃO SÃO MAIS ASSINALADAS COM O ACENTO GRÁFICO: PARA (VERBO) PARA (PREPOSIÇÃO) PELA (VERBO E SUSTANTIVO) PELA (a união da preposição com o artigo) PELO (VERBO) PELO (SUBSTANTIVO) POLO (EXTREMIDADE) POLO (FILHOTE DE GAVIÃO ou a união antiga e popular de “por” e “lo”) PERA (SUBSTANTIVO) PERA (PREPOSIÇÃO ARCAICA que significa “para”) ENFIM, PARA FACILITAR: SÓ LEMBRAR QUE NÃO SÃO MAIS ACENTUADAS CONFORME O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO! Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 13 CONTABILIDADE GERAL DICA 26 Teoria da Contabilidade A Contabilidade é uma ciência social aplicada concebida para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer entidade. A Contabilidade prática diz respeito a escrituração e registros das operações de uma entidade em livros mantidos para essa finalidade. Já a Contabilidade teórica estabelece princípios e regras de conduta a serem seguidos pelos profissionais para aprimorar e uniformizar os procedimentos contábeis. DICA 27 Contabilidade: Objeto, Objetivo, Finalidade e Campo de Aplicação A Contabilidade é uma ciência social e possui alguns aspectos fundamentais que não podem ser confundidos: → Objeto: Patrimônio das entidades. → Objetivo: Controlar o patrimônio. → Finalidade: Fornecer informações contábeis aos usuários. → Campo de Aplicação: Aziendas (entidades econômico-administrativas), com ou sem fins lucrativos. OBS: A CESPE algumas vezes considera objetivo e finalidade como sinônimos. DICA 28 Ciclo Contábil O ciclo contábil são os procedimentos usados para identificar, classificar, mensurar e registrar as informações contábeis de uma empresa. O ciclo contábil possui cinco fases: captação, reconhecimento, processo de acumulação, sumarização e evidenciação. → Captação: Colher dados que afetam o patrimônio da entidade (análise de documentos). → Reconhecimento: Questionar os atos e fatos contábeis e decidir se devem ser reconhecidos ou não. → Processo de acumulação: Organizar e estruturar os dados reconhecidos. → Sumarização: Transformar os dados em informações úteis. → Evidenciação: Divulgar as informações contábeis aos usuários. DICA 29 Atos e Fatos Administrativos Atos administrativos: São atos de gestão, que não provocam alterações no patrimônio da entidade. Ex: planejamento operacional, elaboração de parecer, etc. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 14 Fatos Administrativos (ou Contábeis): São fatos que provocam alterações em elementos do patrimônio ou do resultado. Ex: compra de veículo, pagamento de impostos. Os fatos administrativos podem ser: permutativos, modificativos ou mistos. DICA 30 Fatos Permutativos para o CESPE A banca CESPE trata fatos administrativos que aumentam ou diminuem o PL, mas não envolvem contas de Resultado como fatos permutativos. É um entendimento diferente de outras bancas, portanto, muita atenção. Veja alguns exemplos: Integralização de Capital D- Caixa (Ativo Circulante) C- Capital Social a Integralizar (PL) Distribuição de Lucros D- Lucros Acumulados (PL) C- Dividendos a Pagar (Passivo Circulante) DICA 31 LIVRO CAIXA O livro caixa é responsável por escriturar operações que envolvem pagamento e recebimento de dinheiro. Neste, é informado o histórico completo das operações e deve ser escriturado quase simultaneamente com as operações, diferente da conta “Caixa” no Razão, que não apresenta maiores informações sobre o histórico da transação como o livro caixa. DICA 32 REGIME DE COMPETÊNCIA E REGIME DE CAIXA De acordo com o regime de competência de exercícios, as receitas e as despesas são consideradas em função do seu fato gerador e não em função do recebimento da receita ou pagamento da despesa, em dinheiro. As receitas de um exercício são aquelas ganhas nesse período, não importando se tenham sido recebidas efetivamente ou não. Da mesma forma, as despesas de um exercício são aquelas incorridas nesse período, não importando se tenham sido pagas ou não. Já no regime de caixa são consideradas as receitas e despesas do exercício que foram efetivamente recebidas e pagas dentro deste período. DICA 33 Fórmulas de Lançamento A fórmula de lançamento é definida pelo número de contas debitadas ou creditadas. Lançamento de 1ª Fórmula 1 conta debitada e 1 conta creditada. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 15 Exemplo: Pagamento de duplicata na data de vencimento. D- Bancos (Ativo Circulante) C- Duplicatas a pagar (Passivo Circulante) Lançamento de 2ª Fórmula 1 conta debitada e 2 ou mais contas creditadas. Exemplo: Compra de veículo de R$50.000,00 sendo 50% à vista, e 50% em 60 dias. D- Veículos (Ativo Imobilizado): 50.000,00 C- Bancos (Ativo Circulante): 25.000,00 C- Contas a pagar (Passivo Circulante): 25.000,00 Lançamento de 3ª Fórmula 2 ou mais contas debitadas e 1 conta creditada. Exemplo: Pagamento de fornecedores em atraso (com juros). D- Fornecedores (Passivo Circulante) D- Juros passivos (Resultado) C- Bancos (Ativo Circulante) Lançamento de 4ª Fórmula 2 ou mais contas debitadas e 2 ou mais contas creditadas. Exemplo: Compra de máquinas e móveis com pagamento em dinheiro e cheque. D- Máquinas (Ativo Imobilizado) D- Móveis (Ativo Imobilizado) C- Caixa (Ativo Circulante) C- Bancos (Ativo Circulante) DICA 34 Formalidades Exigidas na Escrituração do LIVRO DIÁRIO A escrituração do Livro Diário exige que se cumpram formalidades extrínsecas (relativas à forma) e intrínsecas (relativas ao conteúdo): Formalidades Extrínsecas: → Ser encadernado com páginas numeradas; → ser registrado na Junta Comercial do Estado ou Cartório de Registro de Títulos e Documentos; → ser rubricado em todas as páginas por funcionário da Junta ou Cartório; Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 16 → possuir Termo de Abertura e Encerramento, assinados por Contabilista responsável. Formalidades Intrínsecas: → Registros em ordem cronológica; → não podem possuir borrões, rasuras ou emendas; → não são permitidos espaços em branco, ocupação de margens ou entrelinhas; → devem seguir método uniforme de escrituração do início ao fim. DICA 35 Afirmações gerais sobre regime de competência, regime de caixa e livros contábeis No regime de competência, as receitas são reconhecidasquando são ganhas, mesmo que não recebidas. Em outras palavras, as receitas são reconhecidas no momento em que são geradas (ganhas) e as despesas são reconhecidas no momento em que são incorridas, independentemente de ocorrer ou não a movimentação de recursos financeiros. De acordo com o regime de caixa as receitas e as despesas são consideradas em função dos recebimentos ou dos pagamentos. No lançamento em livro diário deve-se descrever o valor do débito e do crédito e não o saldo da conta. No livro razão, o confronto dos créditos e dos débitos denomina-se saldo. É um livro de registro da conta, ou seja, é a representação gráfica da conta (cada conta é uma página do livro). Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 17 ESTATÍSTICA DICA 36 Amostragem Probabilística x Não Probabilística → Na amostragem probabilística, não há interferência do responsável na seleção da amostra (imparcialidade). Há como calcular a probabilidade de cada elemento da população pertencer a amostra. → Na amostragem não probabilística, há parcialidade do responsável, também é chamada de amostra determinística. → O ideal é que, pelas características do tipo de amostra, você consiga determinar se ela é probabilística ou não. De qualquer forma os exemplos são: ✓ Probabilística: amostragem aleatória simples, por estratos, por conglomerados e sistemática. ✓ Não Probabilística: amostragem por conveniência, julgamento e cotas. → Há situações em que o ideal é uma amostragem Probabilística, e outras em que se encaixa melhor uma amostra Não Probabilística. DICA 37 Teoria da Estimação → A estimação é uma técnica utilizada para determinar estimativas de parâmetros populacionais. Neste método, utiliza-se dados amostrais para prever valores de parâmetros populacionais que ainda não são conhecidos. ✓ ESTIMAÇÃO PONTUAL • Nesta estimação o parâmetro populacional é obtido através de um único número. Este número tende a ser bem próximo do verdadeiro valor do parâmetro. • Existem dois tipos de estimação de um parâmetro populacional: estimação por ponto e a estimação por intervalo. • Como é uma estimativa baseada em um único ponto, não é possível julgar a magnitude do erro que podemos estar cometendo. ✓ ESTIMAÇÃO POR INTERVALO • Essa estimativa busca determinar um intervalo que possua o valor do parâmetro populacional, obtendo através desta uma margem de segurança razoável, onde é possível julgar se estamos ou não cometendo um erro de amostragem. ✓ INTERVALO DE CONFIANÇA • Na estimativa por intervalo de confiança é possível determinar dois limites para a amostragem populacional, ou seja, temos aqui uma margem de erro conhecida. • Quando a margem de erro é baixa, temos que o nível de confiança daquela pesquisa ou amostra é alto. Caso a margem de erro seja alta, a confiança tende a ser menor. • Geralmente esses intervalos de confiança são expressos assim: (1 – a), onde a é o grau de desconfiança. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 18 • Encontramos em nosso dia a dia, desta forma α = grau de desconfiança, nível de incerteza ou nível de significância. 1-α = coeficiente de confiança ou nível de confiabilidade; DICA 38 Teste de Hipóteses → O teste de Hipótese é utilizado no dia a dia para a tomada de decisões. Quando estamos diante de um teste de hipóteses, devemos examinar as duas possibilidades possíveis que fará com que se aceite ou rejeite uma alegação sobre determinada população de acordo com as evidências obtidas por uma amostra de dados. → Dentro do teste de hipóteses temos as hipóteses estatísticas, o qual podemos definir como uma suposição de um parâmetro populacional, ou seja, iremos pegar uma amostra e buscar os parâmetros daquela amostra. Iremos calcular através da amostra se esta hipótese deve ser aceita ou rejeitada. → Para testarmos um parâmetro populacional, teremos uma hipótese que seja falsa e outra que seja verdadeira. Essas duas hipóteses são chamadas de hipótese nula e hipótese alternativa. DICA 39 RAMOS DA ESTATÍSTICA A Estatística se divide em dois ramos principais: a) Estatística Descritiva (ou Dedutiva): tem por objetivo descrever um conjunto de dados, resumindo as suas informações principais. Fazem parte deste ramo tanto as técnicas para coletar os dados (técnicas de amostragem) quanto as técnicas para o cálculo dos principais parâmetros (características) daquele grupo de dados coletados. Também fazem parte deste ramo da Estatística as técnicas para a apresentação de dados em tabelas e gráficos, bem como o cálculo de medidas utilizadas para resumir estes dados (média, moda, mediana, desvio padrão, etc.). b) Estatística Inferencial (ou Indutiva): tem por objetivo inferir/induzir, a partir das informações de um conjunto de dados (amostra), informações sobre um conjunto mais amplo (população). A teoria da Probabilidade faz parte deste ramo, pois nela o nosso objetivo é, a partir do conhecimento de um fenômeno (ex.: lançamento de um dado), inferir possíveis resultados para a ocorrência de um determinado evento. Também fazem parte da estatística inferencial os testes de hipóteses, que visam obter conclusões sobre uma população a partir da análise de um subconjunto desta (amostra). DICA 40 CONCEITOS INTRODUTÓRIOS DE ESTATÍSTICA - População: é o conjunto de todas as entidades sob estudo. - Censo: quando efetuamos o censo de uma população, analisamos todos os indivíduos que compõem aquela população. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 19 - Amostra: em muitos casos é inviável, custoso ou desnecessário, observar um por um dos membros de uma determinada população. - Variável: é um atributo ou característica (ex: sexo, altura, salário etc.) dos elementos de uma população que pretendemos avaliar. - Observação: trata-se do valor que a variável assume para um determinado membro da população. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 20 LEGISLAÇÃO ESPECIAL DICA 41 LEI Nº. 11.343/06 (DROGAS) – inclusões trazidas pelo pacote anticrime Art. 28. Quem ADQUIRIR, GUARDAR, TIVER EM DEPÓSITO, TRANSPORTAR OU TROUXER CONSIGO, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: I - ADVERTÊNCIA sobre os efeitos das drogas; II – PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE; (prazo máximo aplicação da pena: 5 meses, ou 10 meses (reincidência). III - MEDIDA EDUCATIVA de comparecimento a programa ou curso educativo. (prazo máximo aplicação da pena: 5 meses, ou 10 meses (reincidência). ***PRESCRIÇÃO: 2 ANOS (imposição e execução das penas), aplicando-se as causas de interrupção previstas no CP. ***AGENTE QUE SE RECUSA INJUSTIFICADAMENTE A CUMPRIR AS MEDIDAS DO ART. 28: o juiz PODE submetê-lo, sucessivamente, a admoestação verbal e multa. § 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, SEMEIA, CULTIVA OU COLHE PLANTAS destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica. § 2º Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente. DICA 42 ATENÇÃO! O STF possui o entendimento que o art. 28 da Lei de Drogas DESPENALIZOU a posse de drogas para uso pessoal. Contudo, as condutas previstas no dispositivo não deixaram de ser criminosas. (Recurso Extraordinário 430.105-9-RJ) DICA43 TRÁFICO DE DROGAS PRIVILEGIADO → É privilegiado o tráfico quando o agente é primário, tem bons antecedentes, não se dedica às atividades criminosas e não integra organização criminosa. Nessa hipótese, descrita no art. 33, § 4º, da Lei de Drogas, a pena do réu será reduzida de 1/6 a 2/3. OBS.1: “Atividades criminosas” mencionadas no artigo acima indicado não precisam estar relacionadas com o tráfico de drogas. OBS.2: O STF, em sede de controle difuso, declarou inconstitucional a vedação da conversão da pena do tráfico privilegiado em penas restritivas de direitos (Habeas Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 21 Corpus nº 97.256/RS). E, com isso, o Senado editou a Resolução nº 5/2012: “Art. 1º É suspensa a execução da expressão "vedada a conversão em penas restritivas de direitos" do § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal nos autos do Habeas Corpus nº 97.256/RS”. DICA 44 - TRÁFICO INTERESTADUAL Súmula 587, STJ: Para a incidência da majorante prevista no artigo 40, V, da Lei 11.343/06, é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras entre estados da federação, SENDO SUFICIENTE A DEMONSTRAÇÃO INEQUÍVOCA DA INTENÇÃO DE REALIZAR O TRÁFICO INTERESTADUAL. - TRÁFICO TRANSNACIONAL Súmula 607, STJ: A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, I, da Lei 11.343/06) se configura com a prova da destinação internacional das drogas, ainda que não consumada a transposição de fronteiras. DICA 45 INTERNAÇÃO (LEI DE DROGAS) – NOVIDADE TRAZIDA PELO PACOTE ANTICRIME VOLUNTÁRIA - aquela que se dá com o consentimento do dependente de drogas; - deverá ser precedida de declaração escrita da pessoa solicitante de que optou por este regime de tratamento; - seu término dar-se-á por determinação do médico responsável ou por solicitação escrita da pessoa que deseja interromper o tratamento. INVOLUNTÁRIA - aquela que se dá, sem o consentimento do dependente, a pedido de familiar ou do responsável legal OU, NA ABSOLUTA FALTA DESTE, de servidor público da área de saúde, da assistência social ou dos órgãos públicos integrantes do Sisnad, com exceção de servidores da área de segurança pública, que constate a existência de motivos que justifiquem a medida; Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 22 - deve ser realizada após a formalização da decisão por médico responsável; II - será indicada depois da avaliação sobre o tipo de droga utilizada, o padrão de uso e na hipótese comprovada da impossibilidade de utilização de outras alternativas terapêuticas previstas na rede de atenção à saúde; III - perdurará apenas pelo tempo necessário à desintoxicação, no prazo máximo de 90 (noventa) dias, tendo seu término determinado pelo médico responsável; IV - a família ou o representante legal poderá, a qualquer tempo, requerer ao médico a interrupção do tratamento. DICA 46 DA INVESTIGAÇÃO NO CRIME DE DROGAS – PRISÃO EM FLAGRANTE • Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas. • Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea. • O perito que subscrever o laudo não ficará impedido de participar da elaboração do laudo definitivo. • Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, certificará a regularidade formal do laudo de constatação e determinará a destruição das drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo. • A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no prazo de 15 (quinze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária. DICA 47 CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL (drogas) INDICIADO PRESO Prazo de 30 (trinta) dias INDICIADO SOLTO Prazo de 90 (trinta) dias Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 23 DICA 48 É ISENTO DE PENA o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, INTEIRAMENTE INCAPAZ DE ENTENDER O CARÁTER ILÍCITO DO FATO OU DE DETERMINAR-SE DE ACORDO COM ESSE ENTENDIMENTO. (art. 45) DICA 49 LEIS PENAIS NO TEMPO – LEI DE DROGAS Em relação a sucessão de leis penais no tempo (art. 5º,XL, CF), foi consolidado pelo STJ na súmula 501 o entendimento de que não se admite a combinação da antiga Lei nº 6.368/76 com o privilégio contido no §4º do art. 33 da Lei nº 11.343/2006, que prevê sobre o crime de tráfico. Art. 33 (...) § 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. Súmula 501 STJ: É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis. Neste caso, o magistrado deve analisar casualmente para definir qual das leis é mais vantajosa ao acusado. DICA 50 AGENTE POLICIAL DISFARÇADO – PACOTE ANTICRIME Segundo o art. 33, §1º, IV: Art. 33 (...) § 1º Nas mesmas penas incorre quem: IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) A conduta do policial disfarçado deve ser analisada com cuidado e precedida de elementos prévios de investigação. Em muitos casos o agente policial induz o agente a praticar o crime, logo não haverá crime pelo fato de um flagrante ter sido provocado, aplicando-se aí a súmula 145 do STF: “Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação”. Portanto, para a descaracterização do crime do agente policial disfarçado devem estar presentes os seguintes requisitos: Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 24 ➢ O policial tem que ser o agente provocador; e ➢ Elementos prévios de informação. DICA 51 INDUZIR, INSTIGAR OU AUXILIAR ALGUÉM AO USO INDEVIDO DE DROGA O art. 33, §2º da Lei de Drogas traz o tipo penal de induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga. Induzir significa criar uma ideia que até então era inexistente, instigar significa fomentar uma ideia já existente, já auxiliar significa promover a ajuda, criar os meios. ***O STF ao analisar a ADPF 187/DF entendeu que a manifestação da marcha da maconha não configura o tipo penal mencionado, mas constitui o direito de livre exercício de direito de reunião e exposição do pensamento. Nada obstante, para que estes movimentos sejam realizados deve haver: ➢ Reunião pacífica e sem armas, previamente notificada a autoridade, sem incitação à violência; ➢ Não pode haver incitação, incentivo ou estímulo ao consumo de entorpecentes; ➢ Não pode haver consumo de entorpecente, apenas manifestaçãodo pensamento; e ➢ Não podem participar crianças e adolescente. DICA 52 CONDUÇÃO DE EMBARCAÇÃO OU AERONAVE APÓS O CONSUMO DE DROGAS Segundo o art. 39 da Lei de Drogas é crime “conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da apreensão do veículo, cassação da habilitação respectiva ou proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena privativa de liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400 (quatrocentos) dias-multa”. Neste sentido, configura-se crime quando o agente expõe um terceiro ao perigo. A autocolocação em risco, após o consumo de drogas, não é passível de punição. As penas previstas são de privação de liberdade, apreensão do veículo, cassação da habilitação ou proibição de obtê-la e multa. DICA 53 ART. 44 - LEI DE DROGAS O art. 44 da Lei de drogas prevê que “os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos. Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico”. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 25 MUITA ATENÇÃO! O STF declarou inconstitucional o trecho do artigo “vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos”. Em atenção ao princípio da individuação da pena entendeu-se que pode haver SIM conversão da pena em restritivas de direito, bem como o regime inicial fechado NÃO é obrigatório. DICA 54 LEI Nº 13.445/2017 – LEI DE MIGRAÇÃO VAMOS COMEÇAR COM ALGUNS CONCEITOS ESCLARECEDORES! ➢ Migrante: Deslocamento dentro de um espaço geográfico; ➢ Imigrante: Estrangeiro ou Apátrida que está no Brasil por tempo definitivo ➢ Emigrante: Brasileiro que vai para o exterior ➢ Apátrida: Não tem nacionalidade reconhecida por ninguém ➢ Residente fronteiriço: Mora no exterior, mas em região de fronteira ➢ Visitante: Passeando DICA 55 DOS PRINCÍPIOS E GARANTIAS Art. 3º, da Lei nº. 13.445/17. A política migratória brasileira rege-se pelos seguintes princípios e diretrizes: I - universalidade, indivisibilidade e interdependência dos direitos humanos; II - repúdio e prevenção à xenofobia, ao racismo e a quaisquer formas de discriminação; III - não criminalização da migração; IV - não discriminação em razão dos critérios ou dos procedimentos pelos quais a pessoa foi admitida em território nacional; V - promoção de entrada regular e de regularização documental; VI - acolhida humanitária; VII - desenvolvimento econômico, turístico, social, cultural, esportivo, científico e tecnológico do Brasil; VIII - garantia do direito à reunião familiar; IX - igualdade de tratamento e de oportunidade ao migrante e a seus familiares; X - inclusão social, laboral e produtiva do migrante por meio de políticas públicas; XI - acesso igualitário e livre do migrante a serviços, programas e benefícios sociais, bens públicos, educação, assistência jurídica integral pública, trabalho, moradia, serviço bancário e seguridade social; Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 26 XII - promoção e difusão de direitos, liberdades, garantias e obrigações do migrante; XIII - diálogo social na formulação, na execução e na avaliação de políticas migratórias e promoção da participação cidadã do migrante; XIV - fortalecimento da integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, mediante constituição de espaços de cidadania e de livre circulação de pessoas; XV - cooperação internacional com Estados de origem, de trânsito e de destino de movimentos migratórios, a fim de garantir efetiva proteção aos direitos humanos do migrante; XVI - integração e desenvolvimento das regiões de fronteira e articulação de políticas públicas regionais capazes de garantir efetividade aos direitos do residente fronteiriço; XVII - proteção integral e atenção ao superior interesse da criança e do adolescente migrante; XVIII - observância ao disposto em tratado; XIX - proteção ao brasileiro no exterior; XX - migração e desenvolvimento humano no local de origem, como direitos inalienáveis de todas as pessoas; XXI - promoção do reconhecimento acadêmico e do exercício profissional no Brasil, nos termos da lei; e XXII - repúdio a práticas de expulsão ou de deportação coletivas. DICA 56 Art. 4º, da Lei nº. 13.445/17. Ao migrante é garantida no território nacional, em condição de igualdade com os nacionais, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, bem como são assegurados: I - direitos e liberdades civis, sociais, culturais e econômicos; II - direito à liberdade de circulação em território nacional; III - direito à reunião familiar do migrante com seu cônjuge ou companheiro e seus filhos, familiares e dependentes; IV - medidas de proteção a vítimas e testemunhas de crimes e de violações de direitos; V - direito de transferir recursos decorrentes de sua renda e economias pessoais a outro país, observada a legislação aplicável; Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 27 VI - direito de reunião para fins pacíficos; VII - direito de associação, inclusive sindical, para fins lícitos; VIII - acesso a serviços públicos de saúde e de assistência social e à previdência social, nos termos da lei, sem discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória; IX - amplo acesso à justiça e à assistência jurídica integral gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; X - direito à educação pública, vedada a discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória; XI - garantia de cumprimento de obrigações legais e contratuais trabalhistas e de aplicação das normas de proteção ao trabalhador, sem discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória; XII - isenção das taxas de que trata esta Lei, mediante declaração de hipossuficiência econômica, na forma de regulamento; XIII - direito de acesso à informação e garantia de confidencialidade quanto aos dados pessoais do migrante, nos termos da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 ; XIV - direito a abertura de conta bancária; XV - direito de sair, de permanecer e de reingressar em território nacional, mesmo enquanto pendente pedido de autorização de residência, de prorrogação de estada ou de transformação de visto em autorização de residência; e XVI - direito do imigrante de ser informado sobre as garantias que lhe são asseguradas para fins de regularização migratória. § 1º Os direitos e as garantias previstos nesta Lei serão exercidos em observância ao disposto na Constituição Federal, independentemente da situação migratória, observado o disposto no § 4º deste artigo, e não excluem outros decorrentes de tratado de que o Brasil seja parte. DICA 57 DA ENTRADA E DA SAÍDA NO TERRITÓRIO NACIONAL Art. 39, da Lei nº. 13.445/17. O viajante deverá permanecer em área de fiscalização até que seu documento de viagem tenha sido verificado, salvo os casos previstos em lei. Art. 40, da Lei nº. 13.445/17. Poderá ser autorizada a ADMISSÃO EXCEPCIONAL NO PAÍS de pessoa que se encontre em uma das seguintes condições, desde que esteja de posse de documento de viagem válido: I - não possua visto; II - seja titular de visto emitido com erro ou omissão; Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 28 III - tenha perdido a condição de residente por ter permanecidoausente do País na forma especificada em regulamento e detenha as condições objetivas para a concessão de nova autorização de residência; IV - (VETADO); ou V - seja criança ou adolescente desacompanhado de responsável legal e sem autorização expressa para viajar desacompanhado, independentemente do documento de viagem que portar, hipótese em que haverá imediato encaminhamento ao Conselho Tutelar ou, em caso de necessidade, a instituição indicada pela autoridade competente. Parágrafo único. Regulamento poderá dispor sobre outras hipóteses excepcionais de admissão, observados os princípios e as diretrizes desta Lei. Art. 41. A entrada condicional, em território nacional, de pessoa que não preencha os requisitos de admissão poderá ser autorizada mediante a assinatura, pelo transportador ou por seu agente, de termo de compromisso de custear as despesas com a permanência e com as providências para a repatriação do viajante. DICA 58 DESEMBARQUE PERMITIDO POR MOTIVO DE FORÇA MAIOR Art. 42, da Lei nº. 13.445/17. O tripulante ou o passageiro que, por motivo de força maior, for obrigado a interromper a viagem em território nacional poderá ter seu desembarque permitido mediante termo de responsabilidade pelas despesas decorrentes do transbordo. ATENÇÃO! Mesmo não preenchendo os requisitos de admissão, o passageiro ou tripulante poderá ter entrada autorizada. É o caso por exemplo, de uma pessoa que está sobrevoando o território nacional e sofre um ataque cardíaco. DICA 59 MEDIDAS SANITÁRIAS Art. 43, da Lei nº. 13.445/17. A autoridade responsável pela fiscalização contribuirá para a aplicação de medidas sanitárias em consonância com o Regulamento Sanitário Internacional e com outras disposições pertinentes. FIQUEM ATENTOS a este dispositivo, tendo haja vista a pandemia do coronavírus. DICA 60 IMPEDIMENTOS DE INGRESSO Art. 45, da Lei nº. 13.445/17. PODERÁ ser impedida de ingressar no País, após entrevista individual e mediante ato fundamentado, a pessoa: I - anteriormente expulsa do País, enquanto os efeitos da expulsão vigorarem; Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 29 II - condenada ou respondendo a processo por ato de terrorismo ou por crime de genocídio, crime contra a humanidade, crime de guerra ou crime de agressão, nos termos definidos pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, de 1998, promulgado pelo Decreto nº 4.388, de 25 de setembro de 2002; III - condenada ou respondendo a processo em outro país por crime doloso passível de extradição segundo a lei brasileira; IV - que tenha o nome incluído em lista de restrições por ordem judicial ou por compromisso assumido pelo Brasil perante organismo internacional; V - que apresente documento de viagem que: a) não seja válido para o Brasil; b) esteja com o prazo de validade vencido; ou c) esteja com rasura ou indício de falsificação; VI - que não apresente documento de viagem ou documento de identidade, quando admitido; VII - cuja razão da viagem não seja condizente com o visto ou com o motivo alegado para a isenção de visto; VIII - que tenha, comprovadamente, fraudado documentação ou prestado informação falsa por ocasião da solicitação de visto; ou IX - que tenha praticado ato contrário aos princípios e objetivos dispostos na Constituição Federal. MUITA ATENÇÃO AO PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO ESTUDADO!!! Parágrafo único. Ninguém será impedido de ingressar no País por motivo de raça, religião, nacionalidade, pertinência a grupo social ou opinião política. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 30 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO DICA 61 Teoria da culpa civil – teoria da responsabilidade subjetiva Após a superação da distinção entre os atos de império e de gestão para fins de responsabilização do Estado, emergiu a teoria da culpa civil, ou da responsabilidade subjetiva. Por essa teoria, a responsabilidade do Estado dependia da comprovação de dolo ou, pelo menos, a culpa na conduta do agente estatal. Assim, a responsabilização do Estado, isto é, o dever de indenizar danos causados a terceiros, dependia da comprovação de dolo ou culpa (negligência, imprudência ou imperícia), cabendo ao particular prejudicado o ônus de comprovar a existências desses elementos subjetivos. DICA 62 Teoria da culpa administrativa A teoria da culpa administrativa, também conhecida como culpa do serviço ou culpa anônima (faute du servisse) é a primeira teoria publicista, representando a transição entre a doutrina subjetiva da culpa civil e a responsabilidade objetiva adotada atualmente na maioria dos países ocidentais. Por essa teoria, a culpa é do serviço e não do agente, por isso que a responsabilidade do Estado independe da culpa subjetiva do agente. A culpa administrativa se aplica em três situações: a) o serviço não existiu ou não funcionou, quando deveria funcionar; b) o serviço funcionou mal; ou c) o serviço atrasou. Em qualquer uma dessas situações, ocorrerá a culpa do serviço (culpa administrativa, culpa anônima), implicando a responsabilização do Estado independentemente de qualquer culpa do agente. DICA 63 Teoria do risco administrativo Pela teoria do risco, basta a relação entre o comportamento estatal e o dano sofrido pelo administrado para que surja a responsabilidade civil do Estado, desde que o particular não tenha concorrido para o dano. Ela representa o fundamento da responsabilidade objetiva ou sem culpa do Estado. Essa teoria surge de dois aspectos: a) a atividade estatal gera um potencial risco para os administrados; b) é necessário repartir tanto os benefícios da atuação estatal quanto os encargos suportados por alguns, pelos danos decorrentes dessa atuação (solidariedade social). Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 31 Dessa forma, se um particular for prejudicado pela atuação estatal, os danos decorrentes deverão ser compartilhados por toda a sociedade, justificando o direito à indenização custeada pelo Estado. Nesse caso, não é preciso cogitar se o serviço funcionou, se funcionou mal, se demorou ou se não existiu, uma vez que se presume culpa da Administração. Além disso, não se questiona se houve culpa ou dolo do agente, se o comportamento foi lícito ou ilícito, se o serviço funcionou bem ou mal. Basta que seja evidenciado o nexo de causalidade entre o comportamento estatal e o dano sofrido pelo terceiro para se configurar a responsabilidade civil do Estado. Pode-se dizer ainda que se exige a presença de três requisitos para gerar a responsabilidade do Estado: a) dano; b) conduta administrativa – fato do serviço; e c) nexo causal. DICA 64 Critérios definidores da competência A norma define a competência dos agentes públicos segundo alguns critérios de distribuição e organização, quais sejam: → Matéria: a competência é definida segundo a especificidade da função a ser exercida. Exemplo: na esfera federal, cada Ministério possui competência para tratar de determinada matéria (saúde, educação, cultura, economia etc.). → Hierarquia: as competências são escalonadas de acordo com seu nível de complexidade e responsabilidade. Assim, por esse critério, as competências mais complexas e de maior responsabilidade são atribuídas aos agentes de plano hierárquico mais elevado. → Lugar: a competência é distribuída entre órgãos localizados em pontos territoriais distintos. Inspira-se na necessidade de descentralização ou desconcentração territorial das atividades administrativas. Exemplo: determinadas competências da Receita Federal são desempenhadas por Superintendências espalhadas nos Estados-membros. → Tempo: a competência é conferida por determinadoperíodo. Exemplo: a competência do servidor público tem início a partir da investidura legal e término com o fim do exercício da função pública. → Fracionamento: a competência é distribuída por diversos órgãos ou agentes, cuja manifestação é imprescindível para a completa formação do ato. Trata-se dos chamados atos complexos. Exemplo: a redução de alíquotas de IPI para alguns refrigerantes depende da aprovação do Ministério da Agricultura e do Ministério da Fazenda. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 32 DICA 65 A doutrina ensina que o elemento competência apresenta as seguintes características: → É de exercício obrigatório: trata-se de um poder-dever do agente público, não sendo exercido por sua livre conveniência, mas sim para a satisfação do interesse público. → É irrenunciável: em respeito ao princípio da indisponibilidade do interesse público, o administrador atua em nome e interesse da coletividade, não podendo renunciar àquilo que não lhe pertence. Todavia, a irrenunciabilidade não impede que a Administração Pública transfira a execução de uma tarefa, isto é, delegue o exercício da competência para fazer algo. A delegação, de toda sorte, implica transferir apenas o exercício, eis que a titularidade da competência continua a pertencer a seu ‘proprietário’ (autoridade delegante). → É intransferível ou inderrogável: não se admite transação de competência, ou seja, a competência não pode ser transmitida por mero acordo entre as partes. Uma vez fixada em norma expressa, a competência deve ser rigidamente observada por todos. Mesmo quando se permite a delegação, é preciso um ato formal que registre a prática. Essa característica também decorre do princípio da indisponibilidade do interesse público. → É imodificável por mera vontade do agente: só quem pode modificar competência primária é a lei ou a Constituição. → É imprescritível: mesmo quando não utilizada, não importa por quanto tempo, o agente continuará sendo competente, ou seja, ele não perderá sua competência simplesmente pelo fato de não utilizá-la. → É improrrogável: o fato de um órgão ou agente incompetente praticar um ato não faz com que ele passe a ser considerado competente. Em outras palavras, o mero decurso do tempo não muda a incompetência em competência. Para a alteração da competência, registre-se, é necessária a edição de norma que especifique quem agora passa a dispor da competência. → Pode ser delegada ou avocada, desde que não haja impedimento legal. DICA 66 Vícios de objeto Como visto, o objeto é o efeito jurídico imediato produzido pelo ato. Ocorrerá vício do objeto quando este for: → Proibido pela lei; por exemplo, um Município que desaproprie bem imóvel da União. → Com conteúdo diverso do previsto na lei para aquela situação; por exemplo, a autoridade aplica a pena de suspensão, quando cabível a advertência; a autoridade suspende servidor por 120 dias, quando a lei prevê que a suspensão será por, no máximo, 90 dias. → Impossível, porque os efeitos pretendidos são irrealizáveis, de fato ou de direito; por exemplo, a nomeação para um cargo inexistente; a instalação de antena de concessionária em terreno pantanoso; a desapropriação de terras produtivas pela União para fins de Reforma Agrária. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 33 → Imoral; por exemplo, a emissão de parecer sob encomenda, contrário ao entendimento de quem o elabora. → Incerto em relação aos destinatários, às coisas, ao tempo, ao lugar; por exemplo, desapropriação de bem não definido com precisão. O vício de objeto é insanável, ou seja, invariavelmente acarreta a nulidade do ato. DICA 67 Para atingir seus objetivos, o poder de polícia é exercido por meio de três técnicas diferentes, chamadas também de técnicas de ordenação: 1. Técnica de informação 2. Técnica de condicionamento 3. Técnica sancionatória Pela técnica de informação, o Poder Público atua exigindo que o cidadão e as empresas prestem informação sobre si próprios. Na técnica de condicionamento, o Estado coloca uma série de exigências para que a pessoa possa exercer sua atividade. Já na técnica sancionatória, o Poder Público atua punindo, aplicando sanções àqueles que tenham descumprido alguma exigência, seja ela de prestar informação (técnica de informação) ou de atender alguma condição (técnica de condicionamento). DICA 68 O exercício do poder de polícia pode se dar de três formas distintas: → Preventiva: disposições genéricas que regulamentam comportamentos (ex.: portarias ou regulamentos que regulam horários de estabelecimentos em determinada localidade); → Repressiva: prática de atos que visam desfazer a situação de desobediência à lei (ex.: apreensão de revistas pornográficas em exposição em local impróprio); e → Fiscalizadora: previne eventuais lesões a normas ou direitos (ex.: vistoria de veículos). DICA 69 → Jurisprudência do STF Segundo o STF, os Municípios têm competência para exigir dos bancos a instalação de detectores de metal e vidros a prova de balas. Os mesmos entes são competentes para regular o horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais (Ag Reg 793.441). → Jurisprudência do STJ Segundo o STJ, a competência para fixação do horário bancário de atendimento ao público é de competência da União (Súmula 19). Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 34 DICA 70 Ciclo de Polícia Segundo a doutrina, a função de polícia é exercida em quatro fases: ordem de polícia, consentimento de polícia, fiscalização de polícia e sanção de polícia. 1. Ordem de Polícia: É o estabelecimento de normas que obrigam as pessoas a fazer ou deixar de fazer algo em função do interesse público. 2. Consentimento de polícia: É o ato administrativo que permite ao Poder Público usar da propriedade privada ou ao particular exercer alguma atividade. Obviamente, nem sempre o particular precisa de consentimento para realizar uma atividade, o que faz com que essa fase nem sempre ocorra. 3. Fiscalização de polícia: É o ato de verificar se as ordens de polícia estão sendo obedecidas e se as atividades para as quais o particular recebeu consentimento estão regulares. 4. Sanção de polícia: É a efetiva punição, em caso de descumprimento das ordens de polícia. Obviamente, tal fase só ocorrerá se o particular descumprir a ordem de polícia. DICA 71 ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA →DISCRICIONARIEDADE →AUTOEXECUTORIEDADE →COERCIBILIDADE OBS.1: O Poder de polícia NÃO é sempre discricionário; algumas vezes a atuação de polícia é vinculada, na hipótese em que a lei já houver estabelecido a única solução possível para o caso concreto. OBS.2: O atributo da AUTOEXECUTORIEDADE pode se dividir em dois: 1) EXIGIBILIDADE: prerrogativa de a administração pública utilizar MEIOS INDIRETOS de coação. Ex.: Aplicação de multa. 2) EXECUTORIEDADE: possibilidade de a administração realizar diretamente a execução forçada da medida que ela impôs ao administrado – ou seja, MEIOS DIRETOS de coação. Ex.: Dissolução de reunião, apreensão de mercadorias, interdição de uma fábrica. DICA 72 PRESCRIÇÃO no PODER DE POLÍCIA PRESCREVE em CINCO ANOS a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado. *Incide a prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de TRÊS ANOS, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou mediante requerimento da parte interessada, sem prejuízoda apuração da responsabilidade funcional decorrente da paralisação, se for o caso. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 35 *Quando o fato objeto de a ação punitiva da Administração também constituir crime, a prescrição reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal. DICA 73 Atributos do Ato Administrativo A presunção de legitimidade e veracidade acompanha todos os atos estatais, quer imponham obrigações, quer reconheçam ou confiram direitos aos administrados, e decorre da própria ideia de “Poder” que permite ao Estado assumir posição de supremacia perante os particulares. Um dos efeitos da presunção de legitimidade e veracidade é o de permitir que o ato administrativo opere efeitos imediatamente, vinculando os administrados por ele atingidos desde a sua edição. Isso permite que a Administração exerça suas atribuições com agilidade, afinal, é o interesse público que está em jogo. Essa agilidade não existiria caso a Administração dependesse de manifestação prévia do Poder Judiciário toda vez que editasse seus atos. DICA 74 Atributos do Ato Administrativo Imperatividade é o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente da sua concordância, criando obrigações ou impondo restrições. A imperatividade decorre do chamado “poder extroverso”, que é prerrogativa dada ao Poder Público de impor, de modo unilateral, obrigações a terceiros, inclusive a sujeitos que estão fora do âmbito interno administrativo, criando obrigações que extravasam a esfera jurídica do Estado. O atributo da imperatividade decorre diretamente do princípio da supremacia do interesse público sobre o particular. Conforme ensina Maria Sylvia Di Pietro, a imperatividade não existe em todos os atos administrativos, mas apenas naqueles que impõem obrigações ou restrições. DICA 75 Atributos do Ato Administrativo A doutrina desdobra a autoexecutoriedade em dois outros atributos: a exigibilidade e a executoriedade. A exigibilidade seria caracterizada pela obrigação que o administrado tem de cumprir o comando imperativo do ato. Graças à exigibilidade, a Administração pode usar meios indiretos de coação para que suas decisões sejam cumpridas, como, por exemplo, a aplicação de multas ou de outras penalidades administrativas impostas em caso de descumprimento do ato. Veja que, nesse caso, a coação é indireta: o sujeito cumpre a imposição do Poder Público porque tem receio de ser multado. Já a executoriedade seria a possibilidade de a Administração, ela própria, praticar o ato, ou de compelir, direta e materialmente, o administrado a praticá-lo (coação material). Na Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 36 executoriedade, a Administração emprega meios diretos de coerção, compelindo materialmente o administrado a fazer alguma coisa, utilizando-se inclusive da força. DICA 76 O poder Regulamentar é o poder que detém o chefe do executivo para editar atos administrativos normativos. Tais atos precisam ter caráter geral e abstrato. Caso esses regulamentos sejam publicados por outras autoridades, que não os chefes do executivo, estaríamos diante do poder normativo. O poder normativo acaba sendo um conceito mais amplo, que engloba a emissão de todos os atos normativos, menos os originados do chefe do executivo. Quando o ato é de origem do chefe do executivo estamos diante do poder regulamentar. DICA 77 Regulamentos Executivos Também chamados de decretos regulamentares, correspondem aos regulamentos de caráter geral e abstrato que possibilitem o fiel cumprimento da lei, de acordo com o art. 84, IV da CF/88, abaixo reproduzido: “Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República(...) IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;(...)” DICA 78 Regulamentos Autorizados Também chamados de regulamentos delegados, são atos normativos expedidos pelos órgãos e entidades da Administração cuja competência foi delegada pelo Poder Legislativo. A delegação de competência ocorre por meio do fenômeno de deslegalização, no qual o Legislador delega, por meio de leis, a atribuição de normatizar certas matérias aos órgãos e entidades da Administração Pública. DICA 79 A motivação do ato administrativo pode não ser obrigatória, entretanto, se a administração pública o motivar, este ficará vinculado aos motivos expostos. DICA 80 Finalidade → Resultado pretendido pela Administração com a prática do ato administrativo. → Finalidade genérica (satisfação do interesse público) e específica (própria de cada ato = objeto) → Decorre do princípio da impessoalidade. → Vicio de finalidade: desvio de finalidade (insanável, ato deve ser anulado). Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 37 DICA 81 ELEMENTOS (Com Fi For M Ob) ATRIBUTOS (PATI) do ato administrativo ELEMENTOS: partes do ato ATRIBUTOS: características do ato COMpetência: poder atribuído Presunção de legitimidade: conformidade do ato com a ordem jurídica e veracidade dos fatos (sempre existe). FInalidade: interesse público (resultado mediato) Autoexecutoriedade: permite que a Administração atue independente de autorização judicial FORma: como o ato vem ao mundo Tipicidade: vem sempre definido em lei. Motivo: pressupostos de fato e de direito Imperatividade: faz com que o destinatário deva obediência ao ato, independente de concordância. OBjeto: conteúdo (resultado imediato) DICA 82 Diferença entre objeto natural e objeto acidental O objeto do ato administrativo pode ser natural ou acidental. Objeto natural é o efeito jurídico que o ato produz, sem necessidade de expressa menção; ele decorre da própria natureza do ato, tal como definido na lei. Objeto acidental é o efeito jurídico que o ato produz em decorrência de cláusulas acessórias que ampliam ou restringem o alcance do objeto natural; compreende o encargo ou modo, o termo e a condição, também chamados, como visto anteriormente, de elementos acidentais do ato administrativo. DICA 83 Responsabilidade civil por ato legislativo Em regra, o Estado não responde civilmente pela atividade legislativa, uma vez que esta se insere no legítimo poder de império. Assim, se a atividade legislativa ocorrer dentro dos parâmetros normais, ainda que traga obrigações ou restrinja direitos, não há que se falar em dever de indenizar. No entanto, existem três hipóteses que o Estado poderá ser responsabilizado civilmente pelo exercício da atividade legislativa, são elas: a) edição de lei inconstitucional; b) edição de leis de efeitos concretos; c) omissão legislativa. DICA 84 Segundo o entendimento do STF, a responsabilidade civil do Estado pela morte de detento sob sua custódia é objetiva, com base na teoria do risco administrativo, em caso de inobservância do seu dever constitucional específico de proteção, tanto para as condutas estatais comissivas quanto para as omissivas. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 38 DICA 85 Agente de fato é um gênero que designa formas de investidura na função pública com alguma irregularidade ou excepcionalidade. Ela se subdivide em: → agente putativo: aquele que teve uma irregularidade na investidura no cargo, emprego ou função, mas a sua situação tem aparência de legalidade. Ocorre quando, por exemplo, um servidor não prestou concurso para um cargo em que isso era necessário, ou não preenche os requisitos, mas mesmo assim está exercendo o cargo, ou quando exerce as funções mesmo estando suspenso ou tendo vencido o prazo de sua contratação ou já passou a idadelimite da aposentadoria compulsória; → agente necessário: é aquele que é investido em situação de extrema emergência, como um médico que é “convocado” pelo comandante dos Bombeiros ao passar na frente de um prédio que acabou de desabar. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 39 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL DICA 86 Súmula Vinculante nº 11 do STF: Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. Mnemônico: Perigo à integridade física própria ou alheia; Resistência; Fundado receio de fuga. DICA 87 HABEAS CORPUS Caráter preventivo ou repressivo Sim Finalidade Proteger a liberdade de locomoção Legitimados ativos Qualquer pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeira. Só pode ser impetrado a favor de pessoa natural, jamais de pessoa jurídica. Legitimados passivos Autoridade pública e pessoa privada Natureza Penal Isenção de custas Sim Medida liminar Possível, com pressupostos “fumus boni juris” e “periculum in mora” Observações Penas de multa, de suspensão de direitos políticos, bem como disciplinares não resultam em cerceamento da liberdade de locomoção. Por isso, não cabe “habeas corpus” para impugná-las DICA 88 MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL Caráter preventivo ou repressivo Sim Finalidade Proteger direito líquido e certo, não amparado por “habeas corpus” ou “habeas data” Legitimados ativos Todas as pessoas físicas ou jurídicas, as universalidades reconhecidas por lei como detentoras de capacidade processual, alguns órgãos públicos e o Ministério Público Legitimados passivos Poder público e particulares no exercício da função pública Natureza Civil Isento de custas Não Medida liminar Possível, com pressupostos “fumus boni juris” e “periculum in mora”, mas há exceções Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 40 DICA 89 O mandado de injunção visa solucionar um caso concreto. São, portanto, três pressupostos para o seu cabimento: a) Falta de norma que regulamente uma norma constitucional programática propriamente dita ou que defina princípios institutivos ou organizativos de natureza impositiva; b) Nexo de causalidade entre a omissão do legislador e a impossibilidade de exercício de um direito ou liberdade constitucional ou prerrogativa inerente à nacionalidade, à soberania e à cidadania; c) O decurso de prazo razoável para elaboração da norma regulamentadora (retardamento abusivo na regulamentação legislativa). E quando é que descabe mandado de injunção? Segundo a jurisprudência do STF, nas seguintes situações: a) Não cabe mandado de injunção se já houver norma regulamentadora do direito constitucional, mesmo que esta seja defeituosa. Ora, se já existe norma regulamentadora, não faz sentido falar-se em mandado de injunção, que tem como pressuposto a ausência de regulamentação de norma constitucional. b) Não cabe mandado de injunção se faltar norma regulamentadora de direito infraconstitucional. O mandado de injunção somente repara falta de regulamentação de direito previsto na Constituição Federal. A ausência de regulamentação de uma lei não dá ensejo à utilização do mandado de injunção. c) Não cabe mandado de injunção diante da falta de regulamentação de medida provisória ainda não convertida em lei pelo Congresso Nacional. O mandado de injunção tem como um de seus pressupostos a ausência de regulamentação de direito constitucional. d) Não cabe mandado de injunção se não houver obrigatoriedade de regulamentação do direito constitucional, mas mera faculdade. Grave assim: Não cabe mandado de injunção: a) Se já houver norma regulamentadora b) Se faltar norma regulamentadora de direito infraconstitucional c) Se faltar regulamentação de medida provisória ainda não convertida em lei pelo Congresso Nacionalidade d) Se não houver obrigatoriedade de regulamentação DICA 90 Exceções, nas quais a jurisdição é condicionada, ou seja, somente é possível acionar o Poder Judiciário depois de prévio requerimento administrativo: a) habeas data: um requisito para que seja ajuizado o habeas data é a negativa ou omissão da Administração Pública em relação a pedido administrativo de acesso a informações pessoais ou de retificação de dados. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 41 b) controvérsias desportivas: o art. 217, § 1º, da CF/88, determina que "o Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei. c) reclamação contra o descumprimento de Súmula Vinculante pela Administração Pública: o art. 7º, § 1º, da Lei nº 11.417/2006, dispõe que "contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido após esgotamento das vias administrativas". A reclamação é ação utilizada para levar ao STF caso de descumprimento de enunciado de Súmula Vinculante (art. 103-A, §3º). Segundo o STF, a reclamação está situada no âmbito do direito de petição (e não no direito de ação); portanto, entende-se que sua natureza jurídica não é a de um recurso, de uma ação e nem de um incidente processual. d) requerimento judicial de benefício previdenciário: antes de recorrer ao Poder Judiciário para que lhe conceda um benefício previdenciário, faz-se necessário o prévio requerimento administrativo ao INSS. Sem o prévio requerimento administrativo, não haverá interesse de agir do segurado. DICA 91 Os direitos políticos podem ser POSITIVOS ou NEGATIVOS. POSITIVOS se subdividem em ativos ou passivos. Eles habilitam a participação do cidadão no processo eleitoral, votando ou sendo votado. Por direitos políticos ativos (ou capacidade eleitoral ativa) se entende a possibilidade de o cidadão de participar diretamente do processo eleitoral, por meio do voto, seja em eleições, seja em plebiscitos ou em referendos (direito de votar). Já os direitos políticos passivos (capacidade eleitoral passiva) guardariam ligação com a elegibilidade da pessoa, o direito de ser votado. Por outro lado, os direitos políticos NEGATIVOS contemplam as hipóteses de inelegibilidade (absoluta e relativa), e os casos de perda ou suspensão de direitos políticos. De antemão, já adianto a você que não é permitida cassação de direitos políticos. DICA 92 Súmula Vinculante 18 A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal. Art. 14. § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 01 42 DICA 93 DIFERENÇA DE TRATAMENTO ENTRE CHEFES DO PODER EXECUTIVO E PARLAMENTARES Presidente da República, Governador e prefeito (além dos respectivos vices) Deputado, Senador e vereador Possibilidade de reeleição Somente uma vez para o período subsequente. Não há limitações. Podem
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