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Memorex PF (Agente) - Rodada 02 1 Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 2 Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua aprovação. Você está tendo acesso agora à Rodada 02. As outras 04 rodadas serão disponibilizadas na sua área de membros conforme o cronograma abaixo: Material Data Rodada 01 Disponível Imediatamente Rodada 02 Disponível Imediatamente Rodada 03 16/02 Rodada 04 23/02 Rodada 05 02/03 Rodada 06 09/03 Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS RODADAS já disponíveis, independente da data de compra. Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois, muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no resultado final. Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO. Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada uma das dicas. Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas para: atendimento@pensarconcursos.com Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 3 ÍNDICE LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4 CONTABILIDADE GERAL ............................................................................................... 14 ESTATÍSTICA ....................................................................................................................... 18 LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................. 20 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................... 28 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL ............................................................ 37 NOÇÕES DE DIREITO PENAL ...................................................................................... 46 NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ....................................................... 54 RACIOCÍNIO LÓGICO ..................................................................................................... 61 INFORMÁTICA .................................................................................................................... 63 Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 4 LÍNGUA PORTUGUESA DICA 01 *Derivados de TER/VIR → recebem acento agudo no singular e circunflexo no plural: Ele detém Ele obtém Ele intervém Eles detêm Eles obtêm Eles intervêm *crer, dar, ler, ver e derivados perderam o acento gráfico no plural: Ele crê Ele vê Eles creem Eles veem DICA 02 ALGUNS CASOS - USO DO HÍFEN 1. Prefixo + vogal idêntica → COM HÍFEN. Ex.: anti-inflamatório, micro-ondas. 2. Prefixo + vogal distinta → JUNTO. Ex.: autoestima, antiaéreo. 3. CO/RE + vogal idêntica ou distinta → JUNTO. Ex.: coexistência, coordenar, reavaliar, reescrever. 4. SUPER HIPER H/R → COM HÍFEN. Ex.: Inter-racial, Super-Homem. INTER 5. CONTRA H/A → COM HÍFEN. Ex.: Contra-ataque. 6. SUB/SOB + H/B/R → COM HÍFEN. Ex.: sob-roda, sub-reino. 7. RECÉM AQUÉM SEMPRE COM HÍFEN! Ex.: recém-casado, além-mar. ALÉM BEM 8. PREFIXO + RADICAL INICIADO POR R → DUPLICA-SE O R! Ex.: corréu, contrarrazões. 9. PREFIXO + RADICAL INICIADO POR S → DUPLICA-SE O S! Ex.: ultrassom, minissaia. 10. CIRCUM/PAN + VOGAL, M ou N → COM HÍFEN! Ex.: pan-americano, circum-navegação. 11. Dias da semana e espécies de animais e plantas MANTIVERAM O HÍFEN. Ex.: bem- me-quer, bem-te-vi, segunda-feira. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 5 DICA 03 ATENÇÃO! Se a palavra seguinte começar COM R OU S, terá que DOBRAR A LETRA e NÃO COLOCAR HÍFEN! Ex.: autorretrato, autossuficiente, antissocial... DICA 04 SUBSTANTIVO NOMEIAM lugares, objetos, pessoas, animais, ações, estados ou qualidades tomadas como seres (ex.: bondade, feiura). ADJETIVOS MODIFICA o substantivo. Exprime modo de ser, aparência ou qualidade. ARTIGOS DETERMINA OU GENERALIZA o substantivo. Indicando-lhe o gênero e o número. NUMERAIS ENUMERAM, ordenam as coisas. PRONOMES ACOMPANHAM ou SUBSTITUEM os nomes. VERBOS Expressam AÇÃO, ESTADOS OU FENÔMENOS. ADVÉRVIOS MODIFICAM verbos, adjetivos ou outros advérbios. PALAVRAS DENOTATIVAS ALTERAM o sentido de uma outra palavra ou da oração. PREPOSIÇÕES LIGAM dois termos da oração, subordinando-os. É palavra INVARIÁVEL. CONJUNÇÕES UNEM termos de uma oração ou orações. É palavra INVARIÁVEL. Podem ser coordenativas ou subordinativas. INTERJEIÇÕES EXPRIMEM emoção, sensação, estado de espírito. É palavra INVARIÁVEL. Ex.: Viva! Uau! Nossa! (“frases resumidas”) Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 6 DICA 05 ADVERBIALIZAÇÃO DO ADJETIVO - Nada mais é do que tornar um adjetivo em advérbio sem o sufixo “mente”. Ex.: Ela fala rápido. (rápido é adjetivo, mas na frase é advérbio, pois exprime o modo como ela fala) QUESTÃO CESPE PARA ILUSTRAR! Em prova... (CESPE/AGU/TÉCNICO). Os norte-americanos, com todos os problemas de suas finanças, mantêm a dianteira nos investimentos em desenvolvimento tecnológico: no governo Obama, decidiram recuperar a autonomia energética, investindo pesadamente no desenvolvimento de novas modalidades de energia. P: O vocábulo pesado pode ser empregado no lugar de “pesadamente”, sem que isso acarrete prejuízo ao sentido e à correção gramatical. R: CORRETO, justifica-se pela adverbialização do adjetivo. DICA 06 COLOCAÇÃO PRONOMINAL Próclise Pronome oblíquo átono ANTES DO VERBO. Ex.: Sempre o admirei. Mesóclise Pronome oblíquo átono no MEIO DO VERBO. Ex.: Mostrar-lhe-ei todos os animais. Ex.2: Contar-lhe-ia tudo. É USADA NO FUTURO DO PRESENTE E NO FUTURO DO PRETÉRITO! DICA: “EI” e “IA”. APENAS NESSES DOIS TEMPOS VERBAIS. Ênclise Pronome oblíquo átono DEPOIS DO VERBO. Ex.: Diga-me tudo. DICA 07 USO OBRIGATÓRIO DA PRÓCLISE Sentido Negativo: Ele não se importa com a mãe. Advérbios: Ele sempre nos prejudicou. Pronomes Demonstrativos neutros: Aquilo me comoveu muito. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 7 PALAVRAS ATRATIVAS Pronomes Indefinidos. Ex.: Tudo se acaba nesse mundo. Pronomes Relativos. Ex.: Guarda a rosa que te dei. Conjunções Subordinadas. Ex.: Quando se aborreceu saiu. Conjunção coordenada aditiva “mas também”. Ex.: Não só falou alto mas também me xingou muito. Conjunções coordenadas alternativas. Ex.: Ora se irrita, ora se espanta. QUEREM UMA QUESTÃO FRESQUINHAS DA BANCA CESPE?! (Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Ministério da Economia Provas: CESPE / CEBRASPE - 2020 - Ministério da Economia - Tecnologia da Informação - Segurança da Informação e Proteção de Dados) ... (...) “espaço” é o que se pode percorrer em certo tempo, e que “tempo” é o que se precisa para percorrê-lo. QUESTÃO: A próclise observada em“se pode percorrer” e “se precisa”, no segundo período do segundo parágrafo do texto, é opcional, de modo que o emprego da ênclise nesses dois casos também seria correto: pode-se percorrer e precisa-se, respectivamente. E ENTÃO? ERRADOOOO! E qual a justificativa? Ambos os casos tratam de uso OBRIGATÓRIO DA PRÓCLISE, pois o pronome relativo “que” (negritado) é PALAVRA ATRATIVA. DICA 08 USO OBRIGATÓRIO DA PRÓCLISE FRASES Interrogativas: Quem me chamou? Exclamativas: Como te chamam! Optativas (exprimem desejo): Raios o partam! Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 8 DICA 09 USO OBRIGATÓRIO DA PRÓCLISE VERBOS Gerúndio precedido de preposição “em”: Em se tratando dela, não hesite. Infinitivo flexionado precedido de preposição. Ex.: As ordens eram para nos levaram até você. OBS.: O infinitivo impessoal é livre, pode ser colocado antes ou depois do verbo. DICA 10 O futuro do pretérito e o futuro do presente NÃO ACEITAM ÊNCLISE. Ex.: Eu contarei-lhe tudo. ERRADO! Pode ser: Eu lhe contarei tudo. (próclise) Ou: Eu contar-lhe-ei tudo. (ênclise) ATENÇÃO! SE EXISTIR PALAVRA ATRATIVA, A PRÓCLISE SERÁ OBRIGATÓRIA. Ex.: Eu não lhe contarei tudo. DICA 11 PARTICÍPIO não aceita ênclise! E, atenção, não podemos começar oração com pronomes oblíquos, portanto será caso de ÊNCLISE, próclise estaria errado! Veja-se: Ex.: Levado-a ao pai. (Particípio não aceita ênclise) Ex.2: Provou ser bom /, nos mostrando o caminho. (Caso de ênclise, mostrando-nos, já que não podemos começar oração com pronomes oblíquos) (1ª oração) (2ª oração) DICA 12 ADVÉRBIO COM VÍRGULA: A ÊNCLISE TORNA-SE OBRIGATÓRIA! Ex.: Aqui se trabalha muito. (CORRETO) Palavra Atrativa (advérbio) Já com o uso da vírgula: Ex.: Aqui, trabalha-se muito. (CORRETO) DICA 13 COLOCAÇÃO PRONOMIAL EM LOCUÇÕS VERBAIS * Verbo auxiliar + verbo principal no INFINITIVO ou no GERÚNDIO Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 9 O pronome é colocado depois do auxiliar OU depois do principal que está no infinitivo ou no gerúndio. Ex.: Quero-lhe dizer uma coisa. Ex.2: Quero dizer-lhe uma coisa. Na existência de PALAVRAS ATRATIVAS, o pronome é colocado perto da palavra atrativa OU depois do principal no infinitivo ou gerúndio. Ex.: Não lhe vinha dizendo tudo. Ex.2: Não vinha dizendo-lhe tudo. RESUMO: - É possível próclise em relação ao auxiliar. Ex.: se conseguiu livrar (observar se não é início de período!) - É possível ênclise em relação ao auxiliar. Ex.: conseguiu-se livrar. - É possível próclise em relação ao principal. Ex.: Conseguiu se livrar. - É possível ênclise em relação ao principal. Ex.: Conseguiu livrar-se. DICA 14 VERBOS DE LIGAÇÃO: ligam o sujeito a um predicativo do sujeito. Para o verbo ser de ligação, é necessário estar na lista e ter predicativo do sujeito OBS1: (se não tiver sujeito, não tem verbo de ligação, não pode ser sujeito inexistente. O sujeito deve ser existente→ determinado ou indeterminado → Ex.: Era-se feliz no passado) OBS2: o verbo de ligação tem que ter sujeito e predicativo do sujeito. OBS3: o verbo de ligação pode vir seguido de adjuntos adverbiais e não admite OBJETO DIRETO (OD), nem OBJETO INDIRETO (OI). Ex.: Ela está feliz. SUJEITO: ela. PREDICATIVO (característica): feliz (variável) → predicativo do sujeito VERBO “ESTÁ” Verbo de ligação (liga sujeito ao predicativo), para identificá-lo se deve analisar: *lista de verbos de ligação: ser, estar, permanecer, Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 10 ficar, continuar, tornar-se, parecer, viver (no sentido de estar), andar (no sentido de estar), virar (no sentindo de tornar-se) + *são verbos de ligação quando acompanhados de predicativo do sujeito. DICA 15 VERBOS INTRANSITIVOS: não apresentam objeto direto (OD) e nem objeto indireto (OI). Podem vir seguidos de adjuntos adverbiais e/ou predicativos. Nem sempre apresentam sentido completo. Ex.1: Os rapazes estavam na sala de espera. sujeito VI adjunto adverbial de lugar Ex2.: Ocorreu um acidente no local. VI sujeito adjunto adverbial de lugar. Dica rápida sobre sujeito: 1) Tentou colocar sujeito desinencial (ele, nós) e viu que não é o caso. 2) Verificou se é algum caso de sujeito inexistente e viu que não se trata CONCLUSÃO: o sujeito está expresso na frase “um acidente ocorreu”. DICA 16 VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS (VTD): Exigem complemento verbal sem necessidade de preposição, admitem as perguntas ALGO ou ALGUÉM. Admitem adjuntos adverbiais e/ou predicativos. Ex.: Considerou a decisão justa naquele momento VTD OI pred. Obj. ad. adj. SUJEITO: Ele (sujeito elíptico, desinencial, oculto). ADJUNTO ADVERBIAL DE TEMPO: naquele momento. PREDICATIVO DO OBJETO: justa. PERGUNTA: Quem considera, CONSIDERA ALGO! No caso acima, considera “a decisão”. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 11 Ex2.: Mudança implica progresso VTD SUJEITO: Mudança. ADJ. ADV: não tem no exemplo. PREDICATIVO: não tem no exemplo. PERGUNTA: Implica algo. (***MUITA ATENÇÃO!!! implicar no sentido de acarretar não tem preposição) DICA 17 VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS VTI: Exigem complemento verbal que se liga ao verbo por meio de preposição; OBS.: ocasionalmente, a preposição ficará subentendida. Admitem adjuntos adverbiais e/ou predicativos Admitem as perguntas: algo ou alguém? Precedidas de preposição (***principais preposições: a, de, em, para, com, por, sobre) Ex1.: Pensava no futuro VTI OI SUJEITO: eu (sujeito elíptico, desinencial, oculto). ADJ. ADVERBIAL: não tem no exemplo. PREDICATIVO: não tem no exemplo. PERGUNTA: Quem pensa, pensa em alguma coisa → VTI Ex2. Não me interessa essa explicação ad.adv OI VTI sujeito SUJEITO: essa explicação ADJUNTO ADVERBIAL DE NEGAÇÃO: Não. PREDICATIVO: não tem no exemplo. PERGUNTA: isso interessa você, ou isso interessa A você? R: A VOCÊ → VTI → a preposição está subentendida. ATENÇÃO! DICA 18 VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO Em suma, possuem conteúdo e EXIGE DOIS COMPLETOS: Um com PREPOSIÇÃO OBRIGATÓRIA; Outro SEM PREPOSIÇÃO. Ex.: Luiza ofereceu um presente à Júlia. - “um presente” → Objeto direto (OD) - “À Júlia” → Objetivo indireto (OI) DICA 19 OBJETO INDIRETO PLEONÁSTICO TOME NOTA! Ex.: Ao avarento, nada lhe satisfaz. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 12 OI OI PLEONÁSTICO EXPLICANDO.... O verbo “satisfazer” é transitivo indireto. No exemplo, como se nota há dois objetos diretos. - “Ao avarento” → Objeto indireto. - “lhe” → Objeto indireto pleonástico. DICA 20 OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO TOME NOTA! Em certos casos, o objeto direto (OD) costuma vir regido de preposição. Isso acontece: DICA 21 ATENÇÃO! Quando o objeto direto (OD) preposicionado for constituído pelos pronomes oblíquos tônicos (mim, ti, ele, ela, vós, eles, elas) é obrigatório o uso da preposição! Ex.: Eu ofendi Mauro. (ofender → transitivo direto) / Eu ofendi a ele. DICA 22 TOME NOTA! Os pronomes oblíquos: o, a, os, as, são sempre objetos diretos. Já os pronomes oblíquos: lhe e lhes são sempre objetos indiretos.Por sua vez, os demais pronomes oblíquos (me, te, se, nos, vos) são ora objeto direto, ora objeto indireto, dependendo sempre da predicação verbal. DICA 23 PREPOSIÇÃO * Consiste em uma palavra que liga dois termos da oração, subordinando-os. * A preposição estabelece várias relações entre tais termos. Veja-se: Ex.1: Chegou de ônibus. (meio) Ex.2: Chegou de Belém. (origem) COM VERBOS QUE EXPRIMEM CONFIANÇA: Ex.: Amo a Deus. POR NECESSIDADE DE CLAREZA: Ex.: O sapo matou à rã. Explicando... se tirarmos a preposição, o sentido fica ambíguo: não se sabe se foi o sapo que matou a rã ou foi a rã que matou o sapo. PARA DAR REALCE AO OD: Ex.: O soldado sacou da espada. QUANDO VEM ANTECIPADO (É OBRIGATÓRIO): Ex.: A Abel matou Caim. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 13 Ex.3: Chegou com Júlia. (companhia) Ex.4: Chegou sem Júlia. (ausência) Ex.5: Chegou por Júlia. (causa) DICA 24 LOCUÇÃO PREPOSITIVA * Conjunto de duas ou mais palavras que possuem valor de preposição. Exs.: acerca de, abaixo de, a fim de que, ao lado de, através de, em vez de, de acordo com, para com, junto a, acima de, dentro de, em redor de, graças a, por causa de, a respeito de, embaixo de. DICA 25 O termo que antecede a preposição é chamado regente. O termo que sucede a preposição é chamado regido. Ex.: Chegou de carro. regente preposição regido DICA BÔNUS CLASSIFICAÇÃO DAS PREPOSIÇÕES ESSENCIAIS: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás. ACIDENTAIS: (podem funcionar como preposições, embora não sejam). Ex.: conforme, consoante, durante, exceto, salvo, mediante etc. A encomenda apenas será entregue mediante pagamento. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 14 CONTABILIDADE GERAL DICA 26 Classificação das Contas São contas instáveis aquelas que podem apresentar saldo tanto devedor quanto credor. Ex: → Resultado do Exercício (PL) → Ajustes de Avaliação Patrimonial (PL) → Ajustes Acumulados de Conversão (PL) DICA 27 Conceito e funções de contas Conta é o nome técnico que identifica cada componente do patrimônio (bens, direitos e obrigações ou patrimônio líquido) e cada elemento de resultado (despesas e receitas). A função da conta é representar a variação patrimonial que um fato promove no patrimônio de uma empresa. Todo fato mensurável em dinheiro é representado por uma conta. Todos os acontecimentos que ocorrem diariamente na empresa (como compras, vendas, pagamentos ou recebimentos) são registrados pela contabilidade em contas próprias. Toda movimentação de dinheiro, por exemplo, é registrada em uma conta denominada Caixa. Os objetos comercializados pela entidade são registrados em uma conta denomina Mercadorias/Estoques, e assim por diante. DICA 28 Teoria Personalista de classificação de contas: Para a escola personalista, o entendimento para a forma de classificação e interpretação das contas é que podem ser representadas por pessoas com as quais são mantidas relações jurídicas, ou seja, que se relacionam com a entidade em termos de débito e crédito. Todos os débitos efetuados nas contas dessas pessoas representam suas responsabilidades, enquanto todos os créditos representam seus direitos em relação ao titular do Patrimônio. Por essa teoria, as contas são classificadas segundo a natureza da relação jurídica que essas pessoas mantêm com o titular do Patrimônio. Na Teoria personalista, temos três tipos de contas (pessoas): a) Proprietários: consiste nos responsáveis pelas contas do patrimônio líquido e suas variações, como receitas e despesas. São, portanto, contas dos proprietários: Capital social, Receita de vendas, Custo da mercadoria vendida (CMV), ICMS sobre vendas, Devoluções de vendas, Receitas financeiras, Reserva legal, etc. b) Agentes consignatários: consiste nas pessoas (contas) a quem a entidade confia a guarda os bens (Ativo), ou seja, que representam os bens. São, portanto, contas dos agentes consignatários: Caixa, Banco, Veículos, Móveis, Terrenos, etc. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 15 c) Agentes correspondentes: consiste nas pessoas que representam as contas de direitos (Ativo) ou obrigações (Passivo). São terceiros, que se situam na posição de devedor ou credor da entidade. São, portanto, contas dos agentes correspondentes as contas em que a entidade mantém esse tipo de relação jurídica, como por exemplo, Clientes e Fornecedores. Os clientes devem à empresa o valor correspondente a suas compras a prazo e os fornecedores são credores da empresa em relação às vendas a prazo que a esta foram feitas. Daí resulta que Clientes é conta devedora e Fornecedores é conta credora. DICA 29 Teoria Materialista de classificação de contas: A escola materialista defende que as contas representam entradas e saídas de valores, tratando-se de uma relação material em que a conta só deve existir enquanto houver também o elemento material por ela representado. Neste sentido, as contas dividem-se em: a) Integrais (ou Elementares): são as representativas dos bens, dos direitos e das obrigações da entidade, ou seja, Ativo e Passivo Exigível. b) Diferenciais (ou Derivadas): são as representativas do Patrimônio Líquido, das receitas e das despesas da entidade. DICA 30 Teoria Patrimonialista de classificação de contas: Segundo a teoria patrimonialista o objeto de estudo da ciência contábil é o Patrimônio de uma entidade. A contabilidade tem como finalidade controlar este patrimônio e apurar o resultado das empresas. Estas contas se classificam da seguinte forma: a) Contas Patrimoniais: são as contas representativas dos bens e dos direitos (Ativo), das obrigações (Passivo) e do Patrimônio Líquido (PL) da entidade. b) Contas de Resultado: são as contas que representam as receitas e as despesas da entidade. DICA 31 Livro Razão O livro razão tem por finalidade informar a movimentação de cada conta escriturada no livro Diário, seguindo a mesma ordem cronológica que o Livro Diário. No Razão será demonstrado em cada folha o movimento de uma determinada conta, sempre trazendo o seu saldo inicial, a movimentação do período e o saldo final, sendo devedor ou credor. Para este livro, não existe nenhuma formalidade básica, seja para a sua escrituração ou para o seu registro. Para a legislação comercial, ele não é um livro obrigatório para as empresas, sendo um livro facultativo. Já para os contribuintes do imposto de renda na modalidade Lucro Real ele é obrigatório. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 16 DICA 32 Livro Diário Todos os registros de fatos ocorridos em uma entidade, no decorrer de um exercício, devem ser escriturados no Livro Diário. Sendo um dos livros obrigatórios para efeitos de registros e posteriores fiscalizações pelos órgãos competentes, o Livro Diário deve seguir algumas formalidades para ser escriturado conforme a seguir. No Livro Diário devem ser lançadas, em ordem cronológica, com individualização, clareza e referência ao documento comprovante, todas as operações ocorridas, e quaisquer outros fatos que provoquem variações patrimoniais. Por ser de registro obrigatório em órgão público, o livro Diário deve apresentar termo de abertura e termo de encerramento, onde, dentre outras informações, devem constar as assinaturas do contabilista e do titular ou de representante legal da entidade. A escrituração deve conter, no mínimo: → Data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato contábil ocorreu. → Contadevedora. → Conta credora. → Histórico que represente a essência econômica da transação. → Valor do registro contábil. → Informação que permita identificar, de forma unívoca, todos os registros que integram um mesmo lançamento contábil. DICA 33 Escrituração – Conceitos A lei 6.404/76 é criteriosa ao definir o conceito de escrituração. De acordo com o art. 177: Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência. § 1º As demonstrações financeiras do exercício em que houver modificação de métodos ou critérios contábeis, de efeitos relevantes, deverão indicá-la em nota e ressaltar esses efeitos. § 2º A companhia observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem qualquer modificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta Lei, as disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto, que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a elaboração de outras demonstrações financeiras. Neste sentido, a escrituração não é flexível e não possui métodos e critérios variáveis, mas sim uniforme. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 17 DICA 34 Folha de Pagamento Salário Bruto inclui: → salário básico (despesa da empresa); → horas extra (despesa da empresa); → gratificações (despesa da empresa); → salário família (despesa do governo); → salário maternidade (despesa do governo); Além do salário bruto a empresa deve recolher FGTS e Contribuição Previdenciária Patronal. São despesas do empregado, que a empresa retém do salário: Imposto de Renda Retido na Fonte e Contribuição Previdenciária do Empregado. DICA 35 Ativos intangíveis Os chamados "ativos intangíveis" são aqueles que não têm existência física. Como exemplos de intangíveis: os direitos de exploração de serviços públicos mediante concessão ou permissão do Poder Público, marcas e patentes, direitos autorais adquiridos, softwares e o fundo de comércio adquirido. Trata-se de um desmembramento do ativo imobilizado, que, a partir da vigência da Lei 11.638/2007, passa a contar apenas com bens corpóreos de uso permanente. Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 04, um Ativo Intangível pode ser assim considerado quando: → For separável, ou seja, capaz de ser separado ou dividido da empresa, podendo ser negociado, vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado; → Resultar de direitos contratuais ou de outros direitos legais; → For provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo sejam gerados em favor da entidade; → Puder ter seu custo mensurado com segurança. Os ativos intangíveis não são depreciados, mas sim amortizados. A amortização é a redução do valor aplicado na aquisição de ativos intangíveis, de duração limitada ou de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado. Segundo o Pronunciamento CPC 04 a amortização inicia-se no momento em que o ativo estiver disponível para uso e encerra-se na data em que o ativo é classificado como mantido para venda ou na data em que ele é baixado (o que ocorrer primeiro). Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11638_2007.htm http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11638_2007.htm Memorex PF (Agente) - Rodada 02 18 ESTATÍSTICA DICA 36 Moda → A moda é definida como sendo aquele valor ou valores que ocorrem com maior frequência em um rol. → Baseado neste contexto, um conjunto de valores pode apresentar mais de uma moda. Nesse caso, dizemos ser plurimodal (ou polimodal), caso contrário, será unimodal (apenas uma moda), ou ainda, amodal (quando todos os valores das variáveis em estudo apresentarem uma mesma frequência). → Moda para Dados Não-Agrupados: ✓ Para a identificação da moda em um conjunto ordenado de valores não agrupados em classe, basta verificar, no conjunto, aquele valor que aparece com maior frequência. → Moda para Dados Agrupados Sem Intervalos de Classe: ✓ Quando os dados estiverem dispostos em uma tabela com frequências, não agrupados em classes, a localização da moda é imediata, bastando para isso, verificar na tabela, qual o valor associado à maior frequência. DICA 37 Variáveis Aleatórias - Variável aleatória (v.a.) é uma variável que é associada a uma distribuição de probabilidade. Ela pode assumir valores de uma maneira completamente aleatória, ou seja, não temos como prever o seu resultado. Por outro lado, podemos associar valores de probabilidade a cada um dos possíveis resultados. - Uma variável aleatória discreta pode assumir apenas certos valores, usualmente números racionais, e resultam basicamente de contagens. - Uma variável aleatória contínua é aquela que resulta de uma medida e pode assumir qualquer valor dentro de um dado intervalo. DICA 38 A distribuição normal (também conhecida como Distribuição de Gauss ou Distribuição Gaussiana). → A distribuição normal pode ser usada como aproximação para muitos tipos de distribuições em grandes amostras. → A distribuição N(0,1) de média 0 e variância 1 é muito importante e recebe um nome especial: distribuição normal padrão ou distribuição normal reduzida. DICA 39 Tipos de Amostragem ✓ Aleatória Simples: elementos são "escolhidos" ao acaso, a probabilidade de um ser escolhido é a mesma dos outros. Ex.: sorteio dos números da mega-sena. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 19 ✓ Por Estratificação: analisa-se a população dividindo-a em subconjuntos (estratos) com elementos homogêneos, de cada estrato são retiradas amostras aleatórias simples. ✓ Por Conglomerados: parece, mas não é igual a por estratificação. Aqui também dividimos a população em subconjuntos, mas os elementos dos subconjuntos não mais se parecem entre si, a homogeneidade se dá entre um subconjunto e outro. Ex. Se a população é formada pelos vários funcionários de 5 fábricas de celulares. A amostragem "pegaria" os funcionários de uma dessas fábricas. DICA 40 Tipos de Amostragem ✓ Sistemática: os elementos são colocados em alguma espécie de "ordem" e selecionam- se elementos a cada "x". ✓ Por Conveniência: não há critério na seleção dos elementos, selecionam-se os mais "fáceis". ✓ Por Julgamento: o elemento é escolhido por alguma razão. ✓ Por cotas: a proporcionalidade entre os "tipos" de elementos na amostra é mantida em relação às da população. a diferença para amostragem estratificada é que os elementos não são selecionados por uma amostragem aleatória simples. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 20 LEGISLAÇÃO ESPECIAL DICA 41 LEI Nº 13.445/2017 – LEI DE MIGRAÇÃO MEDIDAS DE RETIRADA COMPULSÓRIA Art. 47, da Lei nº. 13.445/17. A repatriação, a deportação e a expulsão serão feitas para o país de nacionalidade ou de procedência do migrante ou do visitante, ou para outro que o aceite, em observância aos tratados dos quais o Brasil seja parte. Art. 48, da Lei nº. 13.445/17. Nos casos de deportação ou expulsão, o chefe da unidade da Polícia Federal poderá representar perante o juízo federal, respeitados, nos procedimentos judiciais, os direitos à ampla defesa e ao devido processo legal. DICA 42 REPATRIAÇÃO Art. 49, da Lei nº. 13.445/17. A repatriação consiste emmedida administrativa de devolução de pessoa em situação de impedimento ao país de procedência ou de nacionalidade. § 1º Será feita imediata comunicação do ato fundamentado de repatriação à empresa transportadora e à autoridade consular do país de procedência ou de nacionalidade do migrante ou do visitante, ou a quem o representa. § 2º A Defensoria Pública da União será notificada, preferencialmente por via eletrônica, no caso do § 4º deste artigo ou quando a repatriação imediata não seja possível. § 3º Condições específicas de repatriação podem ser definidas por regulamento ou tratado, observados os princípios e as garantias previstos nesta Lei. MUITA ATENÇÃO AO § 4º!!! § 4º Não será aplicada medida de repatriação à pessoa em situação de refúgio ou de apatridia, de fato ou de direito, ao menor de 18 (dezoito) anos desacompanhado ou separado de sua família, exceto nos casos em que se demonstrar favorável para a garantia de seus direitos ou para a reintegração a sua família de origem, ou a quem necessite de acolhimento humanitário, nem, em qualquer caso, medida de devolução para país ou região que possa apresentar risco à vida, à integridade pessoal ou à liberdade da pessoa. DICA 43 DEPORTAÇÃO Art. 50, da Lei nº. 13.445/17. A deportação é medida decorrente de procedimento administrativo que consiste na retirada compulsória de pessoa que se encontre em situação migratória irregular em território nacional. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 21 § 1º A deportação será precedida de notificação pessoal ao deportando, da qual constem, expressamente, as irregularidades verificadas e prazo para a regularização não inferior a 60 (sessenta) dias, podendo ser prorrogado, por igual período, por despacho fundamentado e mediante compromisso de a pessoa manter atualizadas suas informações domiciliares. § 2º A notificação prevista no § 1º não impede a livre circulação em território nacional, devendo o deportando informar seu domicílio e suas atividades. § 3º Vencido o prazo do § 1º sem que se regularize a situação migratória, a deportação poderá ser executada. § 4º A deportação NÃO EXCLUI eventuais direitos adquiridos em relações contratuais ou decorrentes da lei brasileira. § 5º A saída voluntária de pessoa notificada para deixar o País equivale ao cumprimento da notificação de deportação para todos os fins. § 6º O prazo previsto no § 1º poderá ser reduzido nos casos que se enquadrem no inciso IX do art. 45. DICA 44 Art. 51, da Lei nº. 13.445/17. Os procedimentos conducentes à deportação devem respeitar o contraditório e a ampla defesa e a garantia de recurso com efeito suspensivo. § 1º A Defensoria Pública da União deverá ser notificada, preferencialmente por meio eletrônico, para prestação de assistência ao deportando em todos os procedimentos administrativos de deportação. § 2º A ausência de manifestação da Defensoria Pública da União, desde que prévia e devidamente notificada, não impedirá a efetivação da medida de deportação. DICA 45 Art. 52, da Lei nº. 13.445/17. Em se tratando de apátrida, o procedimento de deportação DEPENDERÁ DE PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DA AUTORIDADE COMPETENTE. DICA 46 Art. 53, da Lei nº. 13.445/17. Não se procederá à deportação se a medida configurar extradição não admitida pela legislação brasileira. DICA 47 EXPULSÃO Art. 54, da Lei nº. 13.445/17. A expulsão consiste em medida administrativa de retirada compulsória de migrante ou visitante do território nacional, conjugada com o impedimento de reingresso por prazo determinado. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 22 § 1º Poderá dar causa à expulsão a condenação com sentença transitada em julgado relativa à prática de: I - crime de genocídio, crime contra a humanidade, crime de guerra ou crime de agressão, nos termos definidos pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, de 1998, promulgado pelo Decreto nº 4.388, de 25 de setembro de 2002 ; ou II - crime comum doloso passível de pena privativa de liberdade, consideradas a gravidade e as possibilidades de ressocialização em território nacional. § 2º Caberá à autoridade competente resolver sobre a expulsão, a duração do impedimento de reingresso e a suspensão ou a revogação dos efeitos da expulsão, observado o disposto nesta Lei. § 3º O processamento da expulsão em caso de crime comum não prejudicará a progressão de regime, o cumprimento da pena, a suspensão condicional do processo, a comutação da pena ou a concessão de pena alternativa, de indulto coletivo ou individual, de anistia ou de quaisquer benefícios concedidos em igualdade de condições ao nacional brasileiro. § 4º O prazo de vigência da medida de impedimento vinculada aos efeitos da expulsão será proporcional ao prazo total da pena aplicada e NUNCA SERÁ SUPERIOR ao dobro de seu tempo. DICA 48 Art. 55, da Lei nº. 13.445/17. Não se procederá à expulsão quando: I - a medida configurar extradição inadmitida pela legislação brasileira; II - o expulsando: a) tiver filho brasileiro que esteja sob sua guarda ou dependência econômica ou socioafetiva ou tiver pessoa brasileira sob sua tutela; b) tiver cônjuge ou companheiro residente no Brasil, sem discriminação alguma, reconhecido judicial ou legalmente; c) tiver ingressado no Brasil até os 12 (doze) anos de idade, residindo desde então no País; d) for pessoa com mais de 70 (setenta) anos que resida no País há mais de 10 (dez) anos, considerados a gravidade e o fundamento da expulsão. DICA 49 Art. 58, da Lei nº. 13.445/17. No processo de expulsão serão garantidos o contraditório e a ampla defesa. § 1º A Defensoria Pública da União será notificada da instauração de processo de expulsão, se não houver defensor constituído. § 2º Caberá pedido de reconsideração da decisão sobre a expulsão no prazo de 10 (dez) dias, a contar da notificação pessoal do expulsando. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 23 DICA 50 Art. 60, da Lei nº. 13.445/17. A existência de processo de expulsão não impede a saída voluntária do expulsando do País. MUITA ATENÇÃO! DICA 51 LEI Nº. 9.605/98 (CRIMES AMBIENTAIS) NÃO ESQUECER! >> A responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais É POSSÍVEL; INDEPENDENTEMENTE da responsabilização da pessoa física que agia em seu nome. >> As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto na Lei de Crimes Ambientais = nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. ATENÇÃO! A responsabilidade das pessoas jurídicas NÃO EXCLUI a das pessoas físicas, autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato. ATENLÇÂO2! Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente. DICA 52 As penas aplicáveis - isolada, cumulativa ou alternativamente - às PESSOAS JURÍDICAS são: MULTA X X RESTRITIVAS DE DIREITOS I - suspensão parcial ou total de atividades; II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade; III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações. > A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às disposições legais ou regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente. > A interdição será aplicada quando o estabelecimento, obra ou atividade estiver funcionando sem a devida autorização, ou em desacordo com a concedida, ou com Licensedto Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 24 violação de disposição legal ou regulamentar. A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter subsídios, subvenções ou doações não poderá exceder o prazo de dez anos. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE I - custeio de programas e de projetos ambientais; II - execução de obras de recuperação de áreas degradadas; III - manutenção de espaços públicos; IV - contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas. X DICA 53 A PESSOA JURÍDICA constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar ou ocultar a prática de CRIME AMBIENTAL terá decretada sua LIQUIDAÇÃO FORÇADA = seu patrimônio será considerado instrumento do crime e como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional. DICA 54 Nos CRIMES AMBIENTAIS, a SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA PODE SER APLICADA nos casos de condenação a pena privativa de liberdade não superior A TRÊS ANOS. DICA 55 NOS CRIMES AMBIENTAIS: *Para IMPOSIÇÃO E GRADAÇÃO DA PENALIDADE, a autoridade competente observará: I - a GRAVIDADE DO FATO, tendo em vista os motivos da infração e suas consequências para a saúde pública e para o meio ambiente; II - os ANTECEDENTES DO INFRATOR quanto ao cumprimento da legislação de interesse ambiental; Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 25 III - a SITUAÇÃO ECONÔMICA DO INFRATOR, no caso de multa. OBS.: Nos crimes ambientais a ação penal é PÚBLICA INCONDICIONADA. DICA 56 São CIRCUNSTÂNCIAS QUE AGRAVAM A PENA NOS CRIMES AMBIENTAIS, quando não constituem ou qualificam o crime: I - REINCIDÊNCIA nos crimes de natureza ambiental; II - ter o agente cometido a infração: a) para obter vantagem pecuniária; b) coagindo outrem para a execução material da infração; c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio ambiente; d) concorrendo para danos à propriedade alheia; e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder Público, a regime especial de uso; f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos; g) em período de defeso à fauna; h) em DOMINGOS OU FERIADOS; i) à NOITE; j) em épocas de seca ou inundações; l) no interior do espaço territorial especialmente protegido; m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais; n) mediante fraude ou abuso de confiança; o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental; p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por verbas públicas ou beneficiada por incentivos fiscais; q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das autoridades competentes; Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 26 r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções. DICA 57 Na lei de CRIMES AMBIENTAIS, as penas restritivas de direito são: I - prestação de serviços à comunidade; II - interdição temporária de direitos; III - suspensão parcial ou total de atividades; IV - prestação pecuniária; V - recolhimento domiciliar. OBS.: LEMBRAR QUE NO CASO DE PESSOA JURÍDICA AS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS ESTÃO ESPECIFICADAS DISTINTAMENTE! NÃO CONFUNDIR E CAIR NESSA PEGADINHA! OBS.2: NOS CRIMES AMBIENTAIS, a PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA consiste no pagamento em dinheiro à vítima ou à entidade pública ou privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz, NÃO INFERIOR A UM SALÁRIO MÍNIMO NEM SUPERIOR A TREZENTOS E SESSENTA (360) SALÁRIOS MÍNIMOS. O valor pago será deduzido do montante de eventual reparação civil a que for condenado o infrator. DICA 58 *NÃO É CRIME O ABATE DE ANIMAL, quando realizado: 1. em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família; (Algumas bancas já cobraram inclusive animais em extinção, haja vista que a legislação não faz essa ressalva) 2. para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, desde que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente; 3. por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente. DICA 59 LEI Nº. 9.605/98 (CRIMES AMBIENTAIS) Nos CRIMES CONTRA A FLORA, a pena é aumentada de um sexto a um terço se: I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão do solo ou a modificação do regime climático; II - o crime é cometido: a) no período de queda das sementes; Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 27 b) no período de formação de vegetações; c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a ameaça ocorra somente no local da infração; d) em época de seca ou inundação; e) durante a noite, em domingo ou feriado. DICA 60 LEI Nº. 9.605/98 (CRIMES AMBIENTAIS) CRIME DE POLUIÇÃO – Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, OU que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: Pena - reclusão, de um a quatro anos, E multa. *Se o crime é culposo (ATENÇÃO! ADMITE MODALIDADE CULPOSA): Pena - detenção, de seis meses a um ano, E multa. *Se o crime: I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana; II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população; III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade; IV - dificultar ou impedir o uso público das praias; V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos: Pena - reclusão, de um a cinco anos. ATENÇÃO! Incorre nas mesmas penas previstas acima (Pena - reclusão, de um a cinco anos) quem deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental GRAVE ou IRREVERSÍVEL. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 28 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO DICA 61 A criação e extinção de órgãos da Administração Indireta se dá através de LEI EM SENTIDO FORMAL. *Poder Executivo → iniciativa de lei cabe ao chefe desse poder (art. 61, §1º, inciso II, alínea “e”); *Poder Judiciário → iniciativa de lei cabe ao STF, aos Tribunais Superiores e aos TJs, conforme o caso, nos termos da CF, art. 96, inciso II, alíneas “c” e “d”; *Poder Legislativo → ATENÇÃO! Segundo José dos Santos Carvalho Filho, pela interpretação do art. 51, IV e XIII, da CF/88, a criação e a extinção de seus órgãos, bem como as normas sobre sua organização e funcionamento não dependem de lei, não depende de lei, mas tão somente de atos administrativos praticados pelas respectivas Casas. ATENÇÃO! É recomendável que o candidato se atente pela regra geral: NECESSIDADE DE LEI EM SENTIDO FORMAL para criação e extinção. Todavia, se o examinador abordar de modo expresso o caso específico do Poder Legislativo, recomenda-se o entendimento do aludido autor. DICA 62 As fundações públicas são criadas pelo Estado por meio de patrimônio público, já as privadas são criadas por uma pessoa privada, a partir de patrimônio privado. DICA 63 Não se considera a publicidade como elemento de formação do ato administrativo (elemento de validade do ato administrativo). É, na verdade, um requisito de eficácia, ou seja, o permite a produzir seusefeitos esperados. DICA 64 SEM X EP EP SEM Foro processual Justiça Federal (regra) Justiça Estadual (regra) Forma societária Qualquer forma Sempre S.A Capital 100% público OBS: é possível a participação de PJ de direito privado, que seja integrante da administração indireta. Público + privado, com a maioria do capital votando público. *Lei das Estatais (Lei n. 13.303/2016) → Empresa pública: entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios (admite a Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 29 participação de outras PJ de direito público interno bem como de entidades da Adm. indireta). → Sociedade de economia mista: entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta. DICA 65 As autarquias e as fundações públicas de direito público (também denominadas fundações autárquicas ou autarquia fundacional) adquirem a personalidade jurídica com a vigência da LEI DE CRIAÇÃO. Logo, não há que se falar em registro do ato constitutivo. DICA 66 ATENÇÃO! Os atos praticados pelos administradores de uma sociedade de economia mista, nesta qualidade, podem ter natureza de ato administrativo, a exemplo de decisões indeferindo requerimento de informações, formulado por particular, sobre os serviços públicos prestados pela empresa. DICA 67 REGULAMENTO AUTORIZADO: são atos normativos que complementam, em especial, matérias de natureza técnica (discricionariedade técnica); equiparam-se às normas penais em branco do D. Penal. Carecem de prévia autorização legal para que sejam editados. Ex.: regulamentos técnicos expedidos pela Anatel. DICA 68 Classificações dos atos administrativos ● Quanto ao grau de liberdade em sua prática: atos vinculados e atos discricionários; ● Quanto aos destinatários do ato: atos gerais e individuais; ● Quanto à situação de terceiros: atos internos e externos; ● Quanto à formação de vontade: atos simples, complexos e compostos; ● Quanto às prerrogativas com que atua a Administração: atos de império, de gestão e de expediente; ● Quanto aos efeitos: atos constitutivos, extintivos, modificativos e declaratórios; ● Quanto aos requisitos de validade: atos válidos, nulos, anuláveis e inexistentes; ● Quanto à exequibilidade: atos perfeitos, eficazes, pendentes e consumados. DICA 69 A discricionariedade também existe quando a lei usa, na descrição do motivo que enseja a prática do ato administrativo, conceitos jurídicos indeterminados, isto é, expressões de significado vago, impreciso, tais como “insubordinação grave”, “conduta escandalosa”, “boa-fé”, “moralidade pública” e outras do gênero. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 30 Ressalte-se que os conceitos jurídicos indeterminados geralmente possuem zonas de certeza positivas e negativas, nas quais é possível afirmar, de forma inequívoca, se determinado fato se enquadra ou não no conceito; assim, nas zonas de certeza não há discricionariedade. Com efeito, a liberdade do administrador está restrita às chamadas “zonas cinzentas”, nas quais o conceito jurídico indeterminado permite mais de uma interpretação legítima. DICA 70 Os atos gerais são dotados de “generalidade e abstração” ou, em outras palavras, de “normatividade”. Por isso, também são chamados de atos abstratos, impróprios ou normativos. Exemplos de atos gerais: regulamentos, instruções normativas, portarias, circulares, resoluções, dentre outros. O conteúdo dos atos gerais é sempre discricionário, limitado, porém, pelo conteúdo da lei. Ora, se a lei admite regulamentação, por óbvio a Administração tem certa margem de liberdade para definir as melhores formas de dar cumprimento aos comandos legais; o ato normativo não pode, contudo, ir além do que a lei prevê. Uma vez que seu conteúdo é discricionário, os atos gerais podem ser revogados a qualquer tempo, respeitados os direitos adquiridos durante a sua vigência. DICA 71 Os atos individuais são os que produzem efeitos jurídicos no caso concreto. Regulam situações concretas e destinam-se a pessoas específicas. Por isso também são chamados de atos concretos ou próprios. Exemplos de atos individuais: nomeação, exoneração, tombamento, decretos de desapropriação, autorização, licença etc. Detalhe importante é que o ato individual pode ter um único destinatário (ato singular) ou diversos destinatários (ato plúrimo). O que caracteriza o ato individual é o fato de seus destinatários serem certos e determinados. DICA 72 Atos internos e externos Nos atos internos, os efeitos do ato atingem apenas os agentes e órgãos da entidade que o editou. Exemplos de atos internos: portaria de remoção de um servidor; ordens de serviço em geral; portaria de criação de um grupo de trabalho; designação de servidor para participar de um curso etc. Nos atos externos, os efeitos do ato alcançam os administrados em geral, os contratantes e, em certos casos, os próprios servidores. Ressalte-se que os atos externos podem ser destinados tanto aos particulares quanto à própria Administração; o que os distingue é o fato de produzirem efeitos fora da repartição que os originou. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 31 Exemplos de atos externos: atos normativos, nomeação de aprovados em um concurso público, multas aplicadas a empresas contratadas pela Administração, editais de licitação etc. DICA 73 Atos simples, complexos e compostos ● Atos simples são os que decorrem da manifestação de um único órgão, unipessoal ou colegiado. ● Atos complexos são os que decorrem de duas ou mais manifestações de vontade autônomas, provenientes de órgãos diversos (há um ato único). ● Ato composto é o que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, em que a vontade de um é instrumental em relação à do outro (existem dois atos). DICA 74 Ato válido, nulo, anulável e inexistente O ato válido é aquele que respeitou, em sua formação, todos os requisitos legais relativos aos elementos competência, finalidade, forma, motivo e objeto. Por outras palavras, é o ato que não tem qualquer vício, qualquer ilegalidade. O ato nulo é aquele com vício insanável em um dos seus elementos constitutivos. Por exemplo, o ato com motivo inexistente, o ato com objeto não previsto em lei e o ato praticado com desvio de finalidade. Ressalte-se que os atos nulos são atos ilegais ou ilegítimos e, por isso, não podem ser convalidados; ao contrário, devem ser anulados. Lembrando que o administrado não pode se negar a dar cumprimento ao ato nulo até que a nulidade seja reconhecida e declarada pela Administração ou pelo Judiciário (atributo da presunção de legitimidade dos atos administrativos). O ato anulável é o que apresenta defeito sanável, ou seja, passível de convalidação pela própria Administração. São sanáveis os vícios de competência quanto à pessoa (e não quanto à matéria), exceto se se tratar de competência exclusiva, e o vício de forma, a menos que se trate de forma exigida pela lei como condição essencial à validade do ato. O ato inexistente é aquele que apenas possui aparência de ato administrativo, mas, na verdade, possui algum defeito capital que o impede de produzir efeitos no mundo jurídico. DICA 75 Ato perfeito, eficaz, pendente e consumado - Ato perfeito é aquele que já concluiu todas as etapas dasua formação. - Ato eficaz é o ato perfeito que já está apto a produzir efeitos, não dependendo de nenhum evento posterior, como termo, condição, aprovação, autorização etc. - Ato pendente é o ato perfeito que ainda depende de algum evento posterior para produzir efeitos. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 32 - Ato consumado ou exaurido é o que já produziu todos os efeitos que estava apto a produzir. DICA 76 O ato administrativo pode ser: → Perfeito, válido e eficaz: quando cumpriu seu ciclo de formação (perfeito), encontra- se em conformidade com a ordem jurídica (válido) e disponível para a produção dos efeitos que lhe são típicos (eficaz); → Perfeito, inválido e eficaz: quando, cumprido o ciclo de formação, o ato, ainda que contrário à ordem jurídica (inválido, portanto), encontra-se produzindo os efeitos que lhe são inerentes. → Perfeito, válido e ineficaz: quando, cumprido o ciclo de formação, encontra-se em consonância com a ordem jurídica, contudo, ainda não se encontra disponível para a produção dos efeitos que lhe são próprios, por depender de um termo inicial ou de uma condição suspensiva, ou autorização, aprovação ou homologação. → Perfeito, inválido e ineficaz: quando, cumprido o ciclo de formação, o ato encontra-se em desconformidade com a ordem jurídica, ao tempo que não pode produzir seus efeitos por se encontrar na dependência de algum evento futuro necessário a produção de seus efeitos. DICA 77 Espécies de atos administrativos Atos normativos são os atos com efeitos gerais e abstratos, e, bem por isso, atingem todos aqueles que se situam em idêntica situação jurídica (não têm destinatários determinados). Os atos normativos não podem ser objeto de impugnação direta por meio de recursos administrativos ou ação judicial ordinária. Em outras palavras, o administrado não pode entrar com um recurso administrativo ou com uma ação ordinária na Justiça para requerer a anulação de um ato normativo; o que ele pode fazer é pedir a anulação dos efeitos provocados pelo ato sobre a sua situação particular, mas não a invalidação do ato em si. DICA 78 Principais atos normativos Decretos: são atos resultantes da manifestação de vontade dos chefes do Executivo (Presidente da República, Governadores e Prefeitos). Os decretos podem ser gerais ou individuais. Regulamentos: são atos normativos que especificam, detalham, explicam os mandamentos da lei. Destinam-se à atuação externa (normatividade em relação aos particulares). São postos em vigência, em regra, por Decretos do Poder Executivo. Instruções normativas: são atos normativos expedidos pelos Ministros de Estado para a execução das leis, decretos ou regulamentos. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 33 Regimentos: são atos administrativos normativos de atuação interna, dado que se destinam a reger o funcionamento de órgãos colegiados e de corporações legislativas. Derivam também do poder hierárquico da Administração, já que visam à organização interna de seus órgãos. Resoluções: são atos, normativos ou individuais, emanados de autoridades de elevado escalão administrativo como, por exemplo, Ministros e Secretários de Estado ou Município, ou de algumas pessoas administrativas ligadas ao Governo. Deliberações: são atos oriundos, em regra, de órgãos colegiados, como conselhos, comissões, tribunais administrativos etc. Normalmente, representam a vontade majoritária de seus componentes. Quando normativas, são atos gerais (normativos); quando decisórias, são atos individuais. DICA 79 Principais espécies de atos negociais Licença: ato administrativo vinculado e definitivo, cuja função é conferir direitos ao particular que preencheu todos os requisitos legais. Trata-se de um direito subjetivo; portanto, não pode ser negado pela Administração. Autorização: ato administrativo discricionário e precário pelo qual a Administração Pública possibilita ao particular o exercício de alguma atividade material de predominante interesse dele e que, sem esse consentimento, seria legalmente proibida (autorização como ato de polícia), ou a prestação de serviço público não exclusivo do Estado (autorização de serviço público), ou, ainda, a utilização de um bem público (autorização de uso). Permissão: ato administrativo discricionário e precário pelo qual a Administração faculta ao particular o uso de bem público. Ressalte-se que a permissão, enquanto ato administrativo, refere-se apenas ao uso de bem público; caso se refira à delegação de serviços públicos, a permissão deve ser formalizada mediante um “contrato de adesão”, precedido de licitação (ou seja, não constitui um ato administrativo). DICA 80 Os atos punitivos são aqueles que impõem sanções administrativas aos que descumprirem normas legais ou administrativas. Podem ser de ordem interna ou externa. Os atos punitivos internos têm como destinatários os servidores públicos. São exemplos as penalidades disciplinares, como a advertência, suspensão, demissão. Já os atos punitivos externos têm como destinatários os particulares que pratiquem infrações administrativas em geral. São exemplos as sanções aplicadas aos particulares contratados pela Administração Pública, previstas na Lei de Licitações e Contratos, bem como as penalidades aplicadas no âmbito da atividade de polícia administrativa (interdição de atividades, destruição de alimentos, substâncias ou objetos imprestáveis, nocivos ao consumo ou, ainda, proibidos em lei etc.). Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 34 DICA 81 Um ato administrativo extingue-se por: → Cumprimento de seus efeitos (extinção natural), por exemplo, o gozo de férias pelo servidor, a execução da ordem de demolição de uma casa, a chegada do termo final do ato etc. → Desaparecimento do sujeito (extinção subjetiva) ou do objeto (extinção objetiva), por exemplo, a concessão de licença para tratar de interesse particular a servidor que, posteriormente, vem a falecer (extinção subjetiva); a permissão para uso de bem público que vem a ser destruído por catástrofe natural (extinção objetiva). → Retirada, que abrange: ● Revogação, em que a retirada se dá por razões de conveniência e oportunidade; ● Anulação ou invalidação, por razões de legalidade; ● Cassação, em que a retirada ocorre pelo descumprimento de condição fundamental para que o ato pudesse ser mantido, por exemplo, ultrapassar o número máximo de infrações de trânsito permitido em um ano, fazendo com que o infrator tenha sua habilitação cassada. ● Caducidade, em que a retirada se dá porque uma norma jurídica posterior tornou inviável a permanência da situação antes permitida pelo ato. O exemplo dado é a caducidade de permissão para explorar parque de diversões em local que, em face da nova lei de zoneamento, tornou-se incompatível com aquele tipo de uso. ● Contraposição, que se dá pela edição posterior de ato cujos efeitos se contrapõem ao anteriormente emitido. É o caso da exoneração de servidor, que tem efeitos contrapostos à nomeação. ● Renúncia, pela qual se extinguem os efeitos do ato porque o próprio beneficiário abriu mão de uma vantagem de que desfrutava. É o caso, por exemplo, do servidor inativo que abre mão da aposentadoria para reassumir cargo na Administração. DICA 82 Não são passíveis de revogação os atos: → exauridos ou consumados: afinal, o efeito da revogação é não retroativo, para o futuro; como o ato já não tem mais efeitos a produzir, a sua revogação não faz sentido; → vinculados: haja vista que a revogação tem por fundamento razões de conveniência e de oportunidade, inexistentes nos atos vinculados; → que geraram direitos adquiridos: é uma garantia constitucional(CF, art. 5º, XXXVI); se nem a lei pode prejudicar um direito adquirido, muito menos o poderia um juízo de conveniência e oportunidade; Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 35 → integrantes de um procedimento administrativo: porque a prática do ato sucessivo acarreta a preclusão do ato anterior, ou seja, ocorre a preclusão administrativa em relação à etapa anterior, tornando incabível uma nova apreciação do ato anterior quanto ao seu mérito; → meros atos administrativos: como são os atestados, os pareceres e as certidões, porque os efeitos deles decorrentes são estabelecidos pela lei; → complexos: uma vez que tais atos são formados pela conjugação de vontades autônomas de órgãos diversos, e, com isso, a vontade de um dos órgãos não pode desfazer o ato; e → quando se exauriu a competência relativamente ao objeto do ato (ex: o ato foi objeto de recurso administrativo cuja apreciação compete a instância superior; nesse caso, a autoridade que praticou o ato recorrido não mais poderá revogá-lo, pois sua competência no processo já se exauriu). DICA 83 ATO ADMINISTRATIVO REVOGAÇÃO ANULAÇÃO CONVALIDAÇÃO Natureza do controle De mérito (sem vício) Legalidade e legitimidade (vícios insanáveis) Legalidade e legitimidade (vícios sanáveis) Eficácia Ex nunc (não retroage) Ex tunc (retroage) Ex tunc (retroage) Competência Administração Administração e Judiciário Administração Incidência Atos discricionários (não existe revogação de ato vinculado) Atos vinculados e discricionários Atos vinculados e discricionários Natureza do desfazimento A revogação é um ato discricionário. A anulação de ato com vício insanável é um ato vinculado. A anulação de ato com vício sanável passível de convalidação é um ato discricionário. A convalidação é um ato discricionário (pode-se optar pela anulação do ato). Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 36 DICA 84 A convalidação produz efeitos retroativos (ex tunc), de tal modo que os efeitos produzidos pelo ato enquanto ainda apresentava o vício passam a ser considerados válidos, não passíveis de desconstituição. Essa possibilidade de aproveitamento dos atos com vícios sanáveis é que representa a grande vantagem da convalidação em relação à anulação, pois gera economia de procedimentos e segurança jurídica. Ressalte-se que a convalidação não é controle de mérito, e sim de legalidade, incidente sobre os vícios sanáveis nos elementos competência e forma. Assim, tanto atos vinculados como discricionários podem ser convalidados. DICA 85 Súmula Vinculante nº 3 do STF Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 37 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL DICA 86 Diferenças entre o Mandado Injunção e a Ação Direta de Inconstitucionalidade Mandado de Injunção Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão Objeto Exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania ainda não integrados (mais restrito) Norma constitucional ainda não plenamente efetiva em razão de omissão total ou parcial de qualquer dos Poderes ou órgãos administrativos (mais amplo) Via de controle Controle difuso de Constitucionalidade Controle concentrado de constitucionalidade Legitimação ativa Mandado de injunção individual: - Pessoa física ou jurídica titular dos direitos e liberdades Mandado de injunção coletivo: - Partido político com representação no Congresso Nacional; - Organização sindical e entidade de classe; - Associação que esteja constituída há pelo menos 1 ano. - o Presidente da República; - a Mesa do Senado Federal; - a Mesa da Câmara dos Deputados; - a Mesa de Assembleia Legislativa; - o Governador de Estado; - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; - o Procurador-Geral da República; - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; - partido político com representação no Congresso Nacional; - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Competência STF, STJ e TJs STF e TJs Efeitos da decisão Mandamental e Constitutiva Mandamental DICA 87 O HC 93.050/RJ do STF: ''Para os fins da proteção jurídica a que se refere o art. 5º, XI, da Constituição da República, o conceito normativo de "casa" revela-se abrangente e, por estender-se a qualquer compartimento privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade (CP, art. 150, § 4º, III), compreende, observada essa específica limitação espacial (área interna não acessível ao público), os escritórios profissionais, inclusive os de contabilidade''. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 38 DICA 88 O princípio da razoabilidade destaca-se como importante instrumento de controle da atividade legislativa, bem como na aplicação no exercício da discricionariedade administrativa, servindo como garantia da legitimidade da ação administrativa, evitando-se a prática de atos arbitrários e com desvio de finalidade. Quanto aos aspectos do princípio da razoabilidade, podem ser apontadas a adequação, a necessidade e a proporcionalidade em sentido estrito. A adequação refere-se à aferição da eficácia do meio escolhido em alcançar o fim público objetivado, enquanto a necessidade traduz-se na escolha do melhor meio, menos oneroso e prejudicial aos administrados, e, por fim, a proporcionalidade, que quer significar equilíbrio entre os meios e os fins públicos a serem alcançados. Se, por um lado, a atividade discricionária se submete ao binômio da conveniência e da oportunidade, há situações discrepantes que autorizam a anulação dos atos por arbitrariedade, enfim, por falta de razoabilidade. Por exemplo: a exigência de pesagem de botijões de gás no momento da compra não é adequada à finalidade de garantir que o consumidor pague exatamente pela quantidade de gás existente no botijão, bem como a concessão de adicional de férias para aposentados. Como esclarece Gilmar Mendes, não basta verificar se as restrições estabelecidas foram baixadas com observância dos requisitos formais previstos na Constituição. Cumpre indagar, também, se as condições impostas pelo legislador não se revelariam incompatíveis com o princípio da proporcionalidade (adequação, necessidade, razoabilidade). DICA 89 A liberdade de locomoção no território nacional em tempo de paz e a liberdade de reunião encontram-se expressamente consagradas pelo art.5º, XV e XVI, da Constituição Federal como um direito fundamental do indivíduo: ''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormenteconvocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente''. Ambas as prerrogativas constitucionais são passíveis de limitações pois o Constituinte Originário previu, expressamente, que a durante a vigência do estado de sítio o direito de locomoção sofrerá restrições e direito de reunião será suspenso. Neste sentido, o art.139, I, II e IV, da Constituição Federal. ''Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas: I - obrigação de permanência em localidade determinada; II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns; IV - suspensão da liberdade de reunião''. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 39 DICA 90 O direito à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem encontra- se estampado pelo art.5º, X, da Constituição Federal: ''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação''. A doutrina autorizada entende que a proteção deste dispositivo constitucional ''refere-se a pessoas físicas quanto a pessoas jurídicas, abrangendo, inclusive, à necessária proteção à própria imagem frente aos meios de comunicação em massa (televisão, rádio, jornais, revistas etc.) (DE MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. Atlas.p.62). Assim sendo, as pessoas jurídicas, por exemplo, poderão ter sua honra objetiva abalada em razão de protesto indevido de título cambial, podendo neste caso, requerer indenização pelo dano extra-patrimonial causado à sua imagem. Vai neste sentido, a súmula 227 do STJ: Súmula 227: A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. DICA 91 "Não obstante, em determinadas circunstâncias, caso o cumprimento do mandado judicial, iniciado no período diurno, ultrapasse o limite constitucional como na hipótese de uma ação de grande complexidade concluída logo após anoitecer não será razoável considerar as provas obtidas como sendo ilícitas. A admissibilidade do prolongamento da ação após o ocaso (desaparecimento do sol no horizonte) deve ser analisada de acordo com as circunstâncias do caso concreto." (NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. 3ed. São Paulo: Método, 2009. p. 411). DICA 92 É INVIOLÁVEL o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas (a REGRA é o sigilo). ↳ EXCEÇÃO ↦ Sigilo das COMUNICAÇÕES TELEFÔNICAS: A QUEBRA será PERMITIDA (por ORDEM JUDICIAL) nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de INVESTIGAÇÃO CRIMINAL ou INSTRUÇÃO PROCESSUAL PENAL. DICA 93 O Estado de Direito é o Estado submetido ao império da Lei, votada em um parlamento, com representantes eleitos ou não. É o Estado submetido à vontade da norma e não do governante. Por isso, se diz que o princípio da legalidade para o Poder Público é mais restrito do que o princípio da legalidade em geral, para o cidadão (art. 5º, II, CF): Art. 5º..... II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 40 Diz-se que a Administração, além de não poder atuar contra a lei ou além da lei, somente pode agir segundo a lei (a atividade administrativa não pode ser contra legem nem praeter legem, mas apenas secundum legem). Os atos eventualmente praticados em desobediência a tais parâmetros são atos inválidos e podem ter sua invalidade decretada pela própria Administração que o haja editado ou pelo Poder Judiciário. Já o Estado Democrático de Direito é aquele no qual os verdadeiros detentores do Poder Político são os cidadãos, os eleitores que elegem os representantes que irão estabelecer o Direito ao qual o Estado e seus Poderes deverão se submeter. Representa a necessidade de se providenciar mecanismos de apuração e de efetivação da vontade do povo nas decisões políticas fundamentais do Estado, conciliando uma democracia representativa, pluralista e livre, com uma democracia participativa efetiva. DICA 94 Os direitos fundamentais são normas de conteúdo declaratório, ou seja, os direitos fundamentais são os bens protegidos constitucionalmente. Enquanto as garantias são meios que têm como objetivo assegurar (proteger/tutelar) o exercício desses direitos. Como exemplos de direitos fundamentais podemos citar o direito à vida, à propriedade, à informação, entre outros. Em relação as garantias fundamentais, citamos como exemplo o mandado de segurança, o habeas data e o habeas corpus, que são instrumentos utilizados para garantir o exercício dos direitos fundamentais. DICA 95 Diferença entre o princípio da legalidade e o princípio da reserva legal. O princípio da legalidade se apresenta quando a Carta Magna utiliza a palavra “lei” em um sentido mais amplo, abrangendo não somente a lei em sentido estrito, mas todo e qualquer ato normativo estatal (incluindo atos infralegais) que obedeça às formalidades que lhe são próprias e contenha uma regra jurídica. Já o princípio da reserva legal é evidenciado quando a Constituição exige expressamente que determinada matéria seja regulada por lei formal ou atos com força de lei (como decretos autônomos, por exemplo). O vocábulo "lei" é, aqui, usado em sentido mais restrito. A reserva legal pode ser classificada como absoluta ou relativa. Na reserva legal absoluta, a norma constitucional exige, para sua integral regulamentação, a edição de lei formal, entendida como ato normativo emanado do Congresso Nacional e elaborado de acordo com o processo legislativo previsto pela Constituição. Na reserva legal relativa, por sua vez, apesar de a Constituição exigir lei formal, esta permite que a lei fixe apenas parâmetros de atuação para o órgão administrativo, que poderá complementá-la por ato infralegal, respeitados os limites estabelecidos pela legislação. A doutrina também afirma que a reserva legal pode ser classificada como simples ou qualificada. Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08 Memorex PF (Agente) - Rodada 02 41 A reserva legal simples é aquela que exige lei formal para dispor sobre determinada matéria, mas não especifica qual o conteúdo ou a finalidade do ato. Haverá, portanto, maior liberdade para o legislador. A reserva legal qualificada, por sua vez, além de exigir lei formal para dispor sobre determinada matéria, já define, previamente, o conteúdo da lei e a finalidade do ato. DICA 96 O Brasil é um Estado laico ou secular, isto é, que não possui religião oficial. Perceba que Estado laico não é o mesmo que Estado ateu, ou que proíbe o exercício de qualquer culto, como o eram os regimes totalitários comunistas. Estado laico é o Estado que não tem religião oficial, mas que assegura a liberdade de crença e de convicção religiosa. Estado confessional é o que reconhece determinada denominação religiosa como religião oficial do Estado. Estado teocrático é aquele cujas normas políticas, civis e mesmo jurídicas são submetidas a regras religiosas, como ocorre em alguns Estados islâmicos. O Brasil teve um Estado confessional, por exemplo, até a vigência da Constituição Imperial de 1824, que em seu art. 5º, estabelecia: Art. 5: A Religião Catholica Apostolica Romana continuará a ser a religião do Império. Todas as outras
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