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memorex agente pf - 02

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Memorex PF (Agente) - Rodada 02 
 
 
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2 
Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos 
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua 
aprovação. 
Você está tendo acesso agora à Rodada 02. As outras 04 rodadas serão disponibilizadas 
na sua área de membros conforme o cronograma abaixo: 
 
Material Data 
Rodada 01 Disponível Imediatamente 
Rodada 02 Disponível Imediatamente 
Rodada 03 16/02 
Rodada 04 23/02 
Rodada 05 02/03 
Rodada 06 09/03 
 
Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS 
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra. 
 
Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois, 
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no 
resultado final. 
 
Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO. 
 
Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada 
uma das dicas. 
 
Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas 
para: atendimento@pensarconcursos.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 
ÍNDICE 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4 
CONTABILIDADE GERAL ............................................................................................... 14 
ESTATÍSTICA ....................................................................................................................... 18 
LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................. 20 
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................... 28 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL ............................................................ 37 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL ...................................................................................... 46 
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ....................................................... 54 
RACIOCÍNIO LÓGICO ..................................................................................................... 61 
INFORMÁTICA .................................................................................................................... 63 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
DICA 01 
*Derivados de TER/VIR → recebem acento agudo no singular e circunflexo no plural: 
 
Ele detém Ele obtém Ele intervém 
Eles detêm Eles obtêm Eles intervêm 
 
*crer, dar, ler, ver e derivados perderam o acento gráfico no plural: 
 
Ele crê Ele vê 
Eles creem Eles veem 
 
DICA 02 
ALGUNS CASOS - USO DO HÍFEN 
1. Prefixo + vogal idêntica → COM HÍFEN. Ex.: anti-inflamatório, micro-ondas. 
 
2. Prefixo + vogal distinta → JUNTO. Ex.: autoestima, antiaéreo. 
 
3. CO/RE + vogal idêntica ou distinta → JUNTO. Ex.: coexistência, coordenar, reavaliar, 
reescrever. 
 
4. SUPER 
HIPER H/R → COM HÍFEN. Ex.: Inter-racial, Super-Homem. 
INTER 
 
5. CONTRA H/A → COM HÍFEN. Ex.: Contra-ataque. 
 
6. SUB/SOB + H/B/R → COM HÍFEN. Ex.: sob-roda, sub-reino. 
 
7. RECÉM 
AQUÉM SEMPRE COM HÍFEN! Ex.: recém-casado, além-mar. 
ALÉM 
 BEM 
 
8. PREFIXO + RADICAL INICIADO POR R → DUPLICA-SE O R! Ex.: corréu, 
contrarrazões. 
 
9. PREFIXO + RADICAL INICIADO POR S → DUPLICA-SE O S! Ex.: ultrassom, minissaia. 
 
10. CIRCUM/PAN + VOGAL, M ou N → COM HÍFEN! Ex.: pan-americano, circum-navegação. 
 
11. Dias da semana e espécies de animais e plantas MANTIVERAM O HÍFEN. Ex.: bem-
me-quer, bem-te-vi, segunda-feira. 
 
 
 
 
 
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5 
DICA 03 
ATENÇÃO! Se a palavra seguinte começar COM R OU S, terá que DOBRAR A LETRA e 
NÃO COLOCAR HÍFEN! 
Ex.: autorretrato, autossuficiente, antissocial... 
DICA 04 
SUBSTANTIVO NOMEIAM lugares, objetos, pessoas, 
animais, ações, estados ou qualidades 
tomadas como seres (ex.: bondade, 
feiura). 
 
 
ADJETIVOS 
 
MODIFICA o substantivo. Exprime modo 
de ser, aparência ou qualidade. 
 
 
ARTIGOS 
 
DETERMINA OU GENERALIZA o 
substantivo. Indicando-lhe o gênero e o 
número. 
 
 
NUMERAIS 
 
ENUMERAM, ordenam as coisas. 
 
 
PRONOMES 
 
ACOMPANHAM ou SUBSTITUEM os 
nomes. 
 
 
VERBOS 
 
Expressam AÇÃO, ESTADOS OU 
FENÔMENOS. 
 
 
ADVÉRVIOS 
 
MODIFICAM verbos, adjetivos ou outros 
advérbios. 
 
 
PALAVRAS DENOTATIVAS 
 
ALTERAM o sentido de uma outra palavra 
ou da oração. 
 
 
PREPOSIÇÕES 
 
LIGAM dois termos da oração, 
subordinando-os. É palavra INVARIÁVEL. 
 
 
CONJUNÇÕES 
 
UNEM termos de uma oração ou orações. 
É palavra INVARIÁVEL. Podem ser 
coordenativas ou subordinativas. 
 
 
INTERJEIÇÕES 
 
EXPRIMEM emoção, sensação, estado de 
espírito. É palavra INVARIÁVEL. Ex.: 
Viva! Uau! Nossa! (“frases resumidas”) 
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6 
DICA 05 
ADVERBIALIZAÇÃO DO ADJETIVO 
- Nada mais é do que tornar um adjetivo em advérbio sem o sufixo “mente”. 
Ex.: Ela fala rápido. (rápido é adjetivo, mas na frase é advérbio, pois exprime o modo como 
ela fala) 
QUESTÃO CESPE PARA ILUSTRAR! 
Em prova... (CESPE/AGU/TÉCNICO). Os norte-americanos, com todos os problemas de 
suas finanças, mantêm a dianteira nos investimentos em desenvolvimento tecnológico: no 
governo Obama, decidiram recuperar a autonomia energética, investindo pesadamente no 
desenvolvimento de novas modalidades de energia. P: O vocábulo pesado pode ser 
empregado no lugar de “pesadamente”, sem que isso acarrete prejuízo ao sentido 
e à correção gramatical. R: CORRETO, justifica-se pela adverbialização do adjetivo. 
DICA 06 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
 
Próclise 
 
Pronome oblíquo átono ANTES DO 
VERBO. Ex.: Sempre o admirei. 
 
 
Mesóclise 
 
Pronome oblíquo átono no MEIO DO 
VERBO. Ex.: Mostrar-lhe-ei todos os 
animais. Ex.2: Contar-lhe-ia tudo. 
 
É USADA NO FUTURO DO 
PRESENTE E NO FUTURO DO 
PRETÉRITO! DICA: “EI” e “IA”. 
APENAS NESSES DOIS TEMPOS 
VERBAIS. 
 
 
Ênclise 
 
Pronome oblíquo átono DEPOIS DO 
VERBO. Ex.: Diga-me tudo. 
 
 
DICA 07 
USO OBRIGATÓRIO DA PRÓCLISE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sentido Negativo: Ele não se 
importa com a mãe. 
 
Advérbios: Ele sempre nos 
prejudicou. 
 
Pronomes Demonstrativos 
neutros: Aquilo me comoveu muito. 
 
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7 
PALAVRAS ATRATIVAS Pronomes Indefinidos. Ex.: Tudo 
se acaba nesse mundo. 
 
Pronomes Relativos. Ex.: Guarda a 
rosa que te dei. 
 
Conjunções Subordinadas. Ex.: 
Quando se aborreceu saiu. 
 
Conjunção coordenada aditiva 
“mas também”. Ex.: Não só falou 
alto mas também me xingou muito. 
 
Conjunções coordenadas 
alternativas. Ex.: Ora se irrita, ora 
se espanta. 
 
QUEREM UMA QUESTÃO FRESQUINHAS DA BANCA CESPE?! 
(Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Ministério da Economia Provas: CESPE / 
CEBRASPE - 2020 - Ministério da Economia - Tecnologia da Informação - Segurança da 
Informação e Proteção de Dados) 
 
... 
 
(...) “espaço” é o que se pode percorrer em certo tempo, e que “tempo” é o que se precisa 
para percorrê-lo. 
 
QUESTÃO: A próclise observada em“se pode percorrer” e “se precisa”, no segundo período 
do segundo parágrafo do texto, é opcional, de modo que o emprego da ênclise nesses dois 
casos também seria correto: pode-se percorrer e precisa-se, respectivamente. E ENTÃO? 
ERRADOOOO! E qual a justificativa? Ambos os casos tratam de uso OBRIGATÓRIO DA 
PRÓCLISE, pois o pronome relativo “que” (negritado) é PALAVRA ATRATIVA. 
 
DICA 08 
USO OBRIGATÓRIO DA PRÓCLISE 
FRASES Interrogativas: Quem me chamou? 
 
Exclamativas: Como te chamam! 
 
Optativas (exprimem desejo): 
 
Raios o partam! 
 
 
 
 
 
 
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8 
DICA 09 
USO OBRIGATÓRIO DA PRÓCLISE 
 
 
 
VERBOS 
Gerúndio precedido de preposição 
“em”: Em se tratando dela, não 
hesite. 
 
Infinitivo flexionado precedido de 
preposição. Ex.: As ordens eram 
para nos levaram até você. 
 
OBS.: O infinitivo impessoal é 
livre, pode ser colocado antes ou 
depois do verbo. 
 
 
DICA 10 
O futuro do pretérito e o futuro do presente NÃO ACEITAM ÊNCLISE. 
Ex.: Eu contarei-lhe tudo. ERRADO! 
Pode ser: Eu lhe contarei tudo. (próclise) 
Ou: 
Eu contar-lhe-ei tudo. (ênclise) 
ATENÇÃO! SE EXISTIR PALAVRA ATRATIVA, A PRÓCLISE SERÁ OBRIGATÓRIA. 
Ex.: Eu não lhe contarei tudo. 
DICA 11 
PARTICÍPIO não aceita ênclise! E, atenção, não podemos começar oração com 
pronomes oblíquos, portanto será caso de ÊNCLISE, próclise estaria errado! Veja-se: 
Ex.: Levado-a ao pai. (Particípio não aceita ênclise) 
Ex.2: Provou ser bom /, nos mostrando o caminho. (Caso de ênclise, mostrando-nos, já 
que não podemos começar oração com pronomes oblíquos) 
 (1ª oração) (2ª oração) 
DICA 12 
ADVÉRBIO COM VÍRGULA: A ÊNCLISE TORNA-SE OBRIGATÓRIA! 
Ex.: Aqui se trabalha muito. (CORRETO) 
Palavra Atrativa (advérbio) 
Já com o uso da vírgula: 
Ex.: Aqui, trabalha-se muito. (CORRETO) 
DICA 13 
COLOCAÇÃO PRONOMIAL EM LOCUÇÕS VERBAIS 
* Verbo auxiliar + verbo principal no INFINITIVO ou no GERÚNDIO 
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9 
O pronome é colocado depois do auxiliar OU depois do principal que está no infinitivo 
ou no gerúndio. 
Ex.: Quero-lhe dizer uma coisa. 
Ex.2: Quero dizer-lhe uma coisa. 
Na existência de PALAVRAS ATRATIVAS, o pronome é colocado perto da palavra 
atrativa OU depois do principal no infinitivo ou gerúndio. 
Ex.: Não lhe vinha dizendo tudo. 
Ex.2: Não vinha dizendo-lhe tudo. 
 
 
RESUMO: 
 
- É possível próclise em relação ao 
auxiliar. Ex.: se conseguiu livrar 
(observar se não é início de 
período!) 
 
- É possível ênclise em relação ao 
auxiliar. Ex.: conseguiu-se livrar. 
 
- É possível próclise em relação ao 
principal. Ex.: Conseguiu se livrar. 
 
- É possível ênclise em relação ao 
principal. Ex.: Conseguiu livrar-se. 
 
 
DICA 14 
VERBOS DE LIGAÇÃO: ligam o sujeito a um predicativo do sujeito. Para o verbo ser 
de ligação, é necessário estar na lista e ter predicativo do sujeito 
 
OBS1: (se não tiver sujeito, não tem verbo de ligação, não pode ser sujeito inexistente. O 
sujeito deve ser existente→ determinado ou indeterminado → Ex.: Era-se feliz no passado) 
OBS2: o verbo de ligação tem que ter sujeito e predicativo do sujeito. 
OBS3: o verbo de ligação pode vir seguido de adjuntos adverbiais e não admite 
OBJETO DIRETO (OD), nem OBJETO INDIRETO (OI). 
 
Ex.: Ela está feliz. 
SUJEITO: ela. 
PREDICATIVO (característica): feliz (variável) → predicativo do sujeito 
VERBO “ESTÁ” 
 
 Verbo de ligação (liga sujeito ao predicativo), para identificá-lo se deve analisar: 
 
*lista de verbos de ligação: 
 
ser, 
estar, 
permanecer, 
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10 
ficar, 
continuar, 
tornar-se, 
parecer, 
viver (no sentido de estar), 
andar (no sentido de estar), 
virar (no sentindo de tornar-se) 
 
+ 
 
*são verbos de ligação quando acompanhados de predicativo do sujeito. 
 
DICA 15 
VERBOS INTRANSITIVOS: 
 não apresentam objeto direto (OD) e nem objeto indireto (OI). 
 Podem vir seguidos de adjuntos adverbiais e/ou predicativos. 
 Nem sempre apresentam sentido completo. 
 
Ex.1: Os rapazes estavam na sala de espera. 
 sujeito VI adjunto adverbial de lugar 
 
Ex2.: Ocorreu um acidente no local. 
 VI sujeito adjunto adverbial de lugar. 
 
Dica rápida sobre sujeito: 1) Tentou colocar sujeito desinencial (ele, nós) e viu que 
não é o caso. 2) Verificou se é algum caso de sujeito inexistente e viu que não se trata  
CONCLUSÃO: o sujeito está expresso na frase “um acidente ocorreu”. 
DICA 16 
VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS (VTD): 
 
 Exigem complemento verbal sem necessidade de preposição, admitem as perguntas 
ALGO ou ALGUÉM. 
 
 Admitem adjuntos adverbiais e/ou predicativos. 
 
Ex.: Considerou a decisão justa naquele momento 
 VTD OI pred. Obj. ad. adj. 
 
SUJEITO: Ele (sujeito elíptico, desinencial, oculto). 
ADJUNTO ADVERBIAL DE TEMPO: naquele momento. 
PREDICATIVO DO OBJETO: justa. 
PERGUNTA: Quem considera, CONSIDERA ALGO! No caso acima, considera “a decisão”. 
 
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11 
Ex2.: Mudança implica progresso 
 VTD 
SUJEITO: Mudança. 
ADJ. ADV: não tem no exemplo. 
PREDICATIVO: não tem no exemplo. 
PERGUNTA: Implica algo. 
 
(***MUITA ATENÇÃO!!! implicar no sentido de acarretar não tem preposição) 
DICA 17 
VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS VTI: 
 
 Exigem complemento verbal que se liga ao verbo por meio de preposição; 
 OBS.: ocasionalmente, a preposição ficará subentendida. 
 Admitem adjuntos adverbiais e/ou predicativos 
 Admitem as perguntas: algo ou alguém? Precedidas de preposição (***principais 
preposições: a, de, em, para, com, por, sobre) 
 
Ex1.: Pensava no futuro 
 VTI OI 
 
SUJEITO: eu (sujeito elíptico, desinencial, oculto). 
ADJ. ADVERBIAL: não tem no exemplo. 
PREDICATIVO: não tem no exemplo. 
PERGUNTA: Quem pensa, pensa em alguma coisa → VTI 
 
Ex2. Não me interessa essa explicação 
 ad.adv OI VTI sujeito 
 
SUJEITO: essa explicação 
ADJUNTO ADVERBIAL DE NEGAÇÃO: Não. 
PREDICATIVO: não tem no exemplo. 
PERGUNTA: isso interessa você, ou isso interessa A você? R: A VOCÊ → VTI → a 
preposição está subentendida. ATENÇÃO! 
DICA 18 
VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO 
 Em suma, possuem conteúdo e EXIGE DOIS COMPLETOS: 
 Um com PREPOSIÇÃO OBRIGATÓRIA; 
 Outro SEM PREPOSIÇÃO. 
 
Ex.: Luiza ofereceu um presente à Júlia. 
 
- “um presente” → Objeto direto (OD) 
- “À Júlia” → Objetivo indireto (OI) 
DICA 19 
OBJETO INDIRETO PLEONÁSTICO 
TOME NOTA! Ex.: Ao avarento, nada lhe satisfaz. 
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12 
 OI OI PLEONÁSTICO 
EXPLICANDO.... O verbo “satisfazer” é transitivo indireto. No exemplo, como se nota há 
dois objetos diretos. 
- “Ao avarento” → Objeto indireto. 
- “lhe” → Objeto indireto pleonástico. 
DICA 20 
OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO 
TOME NOTA! Em certos casos, o objeto direto (OD) costuma vir regido de preposição. 
Isso acontece: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DICA 21 
 ATENÇÃO! Quando o objeto direto (OD) preposicionado for constituído pelos pronomes 
oblíquos tônicos (mim, ti, ele, ela, vós, eles, elas) é obrigatório o uso da preposição! 
Ex.: Eu ofendi Mauro. (ofender → transitivo direto) / Eu ofendi a ele. 
DICA 22 
TOME NOTA! Os pronomes oblíquos: o, a, os, as, são sempre objetos diretos. Já os 
pronomes oblíquos: lhe e lhes são sempre objetos indiretos.Por sua vez, os demais 
pronomes oblíquos (me, te, se, nos, vos) são ora objeto direto, ora objeto indireto, 
dependendo sempre da predicação verbal. 
DICA 23 
PREPOSIÇÃO 
* Consiste em uma palavra que liga dois termos da oração, subordinando-os. 
* A preposição estabelece várias relações entre tais termos. Veja-se: 
Ex.1: Chegou de ônibus. (meio) 
Ex.2: Chegou de Belém. (origem) 
 
COM VERBOS QUE EXPRIMEM CONFIANÇA: Ex.: Amo a Deus. 
 
 
POR NECESSIDADE DE CLAREZA: Ex.: O sapo matou à rã. 
Explicando... se tirarmos a preposição, o sentido fica ambíguo: não 
se sabe se foi o sapo que matou a rã ou foi a rã que matou o sapo. 
 
 
PARA DAR REALCE AO OD: Ex.: O soldado sacou da espada. 
 
 
QUANDO VEM ANTECIPADO (É OBRIGATÓRIO): Ex.: A Abel 
matou Caim. 
 
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13 
Ex.3: Chegou com Júlia. (companhia) 
Ex.4: Chegou sem Júlia. (ausência) 
Ex.5: Chegou por Júlia. (causa) 
DICA 24 
LOCUÇÃO PREPOSITIVA 
* Conjunto de duas ou mais palavras que possuem valor de preposição. Exs.: acerca 
de, abaixo de, a fim de que, ao lado de, através de, em vez de, de acordo com, para com, 
junto a, acima de, dentro de, em redor de, graças a, por causa de, a respeito de, embaixo 
de. 
DICA 25 
 O termo que antecede a preposição é chamado regente. 
 O termo que sucede a preposição é chamado regido. 
Ex.: Chegou de carro. 
 regente preposição regido 
DICA BÔNUS 
CLASSIFICAÇÃO DAS PREPOSIÇÕES 
 
ESSENCIAIS: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, 
perante, por, sem, sob, sobre, trás. 
ACIDENTAIS: (podem funcionar como preposições, embora não sejam). Ex.: 
conforme, consoante, durante, exceto, salvo, mediante etc.  A encomenda 
apenas será entregue mediante pagamento. 
 
 
 
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14 
CONTABILIDADE GERAL 
 
DICA 26 
Classificação das Contas 
São contas instáveis aquelas que podem apresentar saldo tanto devedor quanto 
credor. Ex: 
→ Resultado do Exercício (PL) 
→ Ajustes de Avaliação Patrimonial (PL) 
→ Ajustes Acumulados de Conversão (PL) 
 
DICA 27 
Conceito e funções de contas 
Conta é o nome técnico que identifica cada componente do patrimônio (bens, direitos 
e obrigações ou patrimônio líquido) e cada elemento de resultado (despesas e receitas). 
A função da conta é representar a variação patrimonial que um fato promove no 
patrimônio de uma empresa. Todo fato mensurável em dinheiro é representado por uma 
conta. Todos os acontecimentos que ocorrem diariamente na empresa (como compras, 
vendas, pagamentos ou recebimentos) são registrados pela contabilidade em contas 
próprias. 
Toda movimentação de dinheiro, por exemplo, é registrada em uma conta denominada 
Caixa. Os objetos comercializados pela entidade são registrados em uma conta denomina 
Mercadorias/Estoques, e assim por diante. 
DICA 28 
Teoria Personalista de classificação de contas: 
Para a escola personalista, o entendimento para a forma de classificação e interpretação 
das contas é que podem ser representadas por pessoas com as quais são mantidas 
relações jurídicas, ou seja, que se relacionam com a entidade em termos de débito 
e crédito. 
Todos os débitos efetuados nas contas dessas pessoas representam suas responsabilidades, 
enquanto todos os créditos representam seus direitos em relação ao titular do Patrimônio. 
Por essa teoria, as contas são classificadas segundo a natureza da relação jurídica que 
essas pessoas mantêm com o titular do Patrimônio. 
Na Teoria personalista, temos três tipos de contas (pessoas): 
a) Proprietários: consiste nos responsáveis pelas contas do patrimônio líquido e suas 
variações, como receitas e despesas. São, portanto, contas dos proprietários: Capital 
social, Receita de vendas, Custo da mercadoria vendida (CMV), ICMS sobre vendas, 
Devoluções de vendas, Receitas financeiras, Reserva legal, etc. 
b) Agentes consignatários: consiste nas pessoas (contas) a quem a entidade confia a 
guarda os bens (Ativo), ou seja, que representam os bens. São, portanto, contas dos 
agentes consignatários: Caixa, Banco, Veículos, Móveis, Terrenos, etc. 
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15 
c) Agentes correspondentes: consiste nas pessoas que representam as contas de 
direitos (Ativo) ou obrigações (Passivo). São terceiros, que se situam na posição de 
devedor ou credor da entidade. São, portanto, contas dos agentes correspondentes as 
contas em que a entidade mantém esse tipo de relação jurídica, como por exemplo, Clientes 
e Fornecedores. Os clientes devem à empresa o valor correspondente a suas compras a 
prazo e os fornecedores são credores da empresa em relação às vendas a prazo que a esta 
foram feitas. Daí resulta que Clientes é conta devedora e Fornecedores é conta credora. 
DICA 29 
Teoria Materialista de classificação de contas: 
A escola materialista defende que as contas representam entradas e saídas de valores, 
tratando-se de uma relação material em que a conta só deve existir enquanto houver 
também o elemento material por ela representado. 
Neste sentido, as contas dividem-se em: 
a) Integrais (ou Elementares): são as representativas dos bens, dos direitos e das 
obrigações da entidade, ou seja, Ativo e Passivo Exigível. 
b) Diferenciais (ou Derivadas): são as representativas do Patrimônio Líquido, das 
receitas e das despesas da entidade. 
DICA 30 
Teoria Patrimonialista de classificação de contas: 
Segundo a teoria patrimonialista o objeto de estudo da ciência contábil é o Patrimônio de 
uma entidade. A contabilidade tem como finalidade controlar este patrimônio e apurar o 
resultado das empresas. 
Estas contas se classificam da seguinte forma: 
a) Contas Patrimoniais: são as contas representativas dos bens e dos direitos (Ativo), 
das obrigações (Passivo) e do Patrimônio Líquido (PL) da entidade. 
b) Contas de Resultado: são as contas que representam as receitas e as despesas da 
entidade. 
DICA 31 
Livro Razão 
O livro razão tem por finalidade informar a movimentação de cada conta escriturada 
no livro Diário, seguindo a mesma ordem cronológica que o Livro Diário. 
No Razão será demonstrado em cada folha o movimento de uma determinada conta, 
sempre trazendo o seu saldo inicial, a movimentação do período e o saldo final, 
sendo devedor ou credor. 
Para este livro, não existe nenhuma formalidade básica, seja para a sua escrituração 
ou para o seu registro. 
Para a legislação comercial, ele não é um livro obrigatório para as empresas, sendo um 
livro facultativo. Já para os contribuintes do imposto de renda na modalidade Lucro Real 
ele é obrigatório. 
 
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16 
DICA 32 
Livro Diário 
Todos os registros de fatos ocorridos em uma entidade, no decorrer de um exercício, devem 
ser escriturados no Livro Diário. 
Sendo um dos livros obrigatórios para efeitos de registros e posteriores fiscalizações pelos 
órgãos competentes, o Livro Diário deve seguir algumas formalidades para ser escriturado 
conforme a seguir. 
No Livro Diário devem ser lançadas, em ordem cronológica, com individualização, 
clareza e referência ao documento comprovante, todas as operações ocorridas, e 
quaisquer outros fatos que provoquem variações patrimoniais. 
Por ser de registro obrigatório em órgão público, o livro Diário deve apresentar termo 
de abertura e termo de encerramento, onde, dentre outras informações, devem constar 
as assinaturas do contabilista e do titular ou de representante legal da entidade. 
A escrituração deve conter, no mínimo: 
→ Data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato contábil ocorreu. 
→ Contadevedora. 
→ Conta credora. 
→ Histórico que represente a essência econômica da transação. 
→ Valor do registro contábil. 
→ Informação que permita identificar, de forma unívoca, todos os registros que integram 
um mesmo lançamento contábil. 
DICA 33 
Escrituração – Conceitos 
A lei 6.404/76 é criteriosa ao definir o conceito de escrituração. De acordo com o art. 177: 
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com 
obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de 
contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis 
uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de 
competência. 
§ 1º As demonstrações financeiras do exercício em que houver modificação de métodos ou 
critérios contábeis, de efeitos relevantes, deverão indicá-la em nota e ressaltar esses 
efeitos. 
§ 2º A companhia observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem 
qualquer modificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas 
nesta Lei, as disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que 
constitui seu objeto, que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou 
critérios contábeis diferentes ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a 
elaboração de outras demonstrações financeiras. 
Neste sentido, a escrituração não é flexível e não possui métodos e critérios 
variáveis, mas sim uniforme. 
 
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17 
DICA 34 
Folha de Pagamento 
Salário Bruto inclui: 
→ salário básico (despesa da empresa); 
→ horas extra (despesa da empresa); 
→ gratificações (despesa da empresa); 
→ salário família (despesa do governo); 
→ salário maternidade (despesa do governo); 
Além do salário bruto a empresa deve recolher FGTS e Contribuição 
Previdenciária Patronal. 
São despesas do empregado, que a empresa retém do salário: Imposto de 
Renda Retido na Fonte e Contribuição Previdenciária do Empregado. 
 
DICA 35 
Ativos intangíveis 
Os chamados "ativos intangíveis" são aqueles que não têm existência física. Como 
exemplos de intangíveis: os direitos de exploração de serviços públicos mediante concessão 
ou permissão do Poder Público, marcas e patentes, direitos autorais adquiridos, softwares 
e o fundo de comércio adquirido. 
Trata-se de um desmembramento do ativo imobilizado, que, a partir da vigência da Lei 
11.638/2007, passa a contar apenas com bens corpóreos de uso permanente. 
Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 04, um Ativo Intangível pode ser assim considerado 
quando: 
→ For separável, ou seja, capaz de ser separado ou dividido da empresa, podendo ser 
negociado, vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado; 
→ Resultar de direitos contratuais ou de outros direitos legais; 
→ For provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo 
sejam gerados em favor da entidade; 
→ Puder ter seu custo mensurado com segurança. 
Os ativos intangíveis não são depreciados, mas sim amortizados. A amortização é a 
redução do valor aplicado na aquisição de ativos intangíveis, de duração limitada ou 
de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado. 
Segundo o Pronunciamento CPC 04 a amortização inicia-se no momento em que o ativo 
estiver disponível para uso e encerra-se na data em que o ativo é classificado como 
mantido para venda ou na data em que ele é baixado (o que ocorrer primeiro). 
 
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http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11638_2007.htm
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18 
ESTATÍSTICA 
 
DICA 36 
Moda 
→ A moda é definida como sendo aquele valor ou valores que ocorrem com maior 
frequência em um rol. 
→ Baseado neste contexto, um conjunto de valores pode apresentar mais de uma moda. 
Nesse caso, dizemos ser plurimodal (ou polimodal), caso contrário, será unimodal 
(apenas uma moda), ou ainda, amodal (quando todos os valores das variáveis em 
estudo apresentarem uma mesma frequência). 
→ Moda para Dados Não-Agrupados: 
✓ Para a identificação da moda em um conjunto ordenado de valores não agrupados em 
classe, basta verificar, no conjunto, aquele valor que aparece com maior frequência. 
→ Moda para Dados Agrupados Sem Intervalos de Classe: 
✓ Quando os dados estiverem dispostos em uma tabela com frequências, não agrupados 
em classes, a localização da moda é imediata, bastando para isso, verificar na tabela, qual 
o valor associado à maior frequência. 
DICA 37 
Variáveis Aleatórias 
- Variável aleatória (v.a.) é uma variável que é associada a uma distribuição de 
probabilidade. Ela pode assumir valores de uma maneira completamente aleatória, ou seja, 
não temos como prever o seu resultado. Por outro lado, podemos associar valores de 
probabilidade a cada um dos possíveis resultados. 
- Uma variável aleatória discreta pode assumir apenas certos valores, usualmente 
números racionais, e resultam basicamente de contagens. 
- Uma variável aleatória contínua é aquela que resulta de uma medida e pode assumir 
qualquer valor dentro de um dado intervalo. 
DICA 38 
A distribuição normal (também conhecida como Distribuição de Gauss ou Distribuição 
Gaussiana). 
→ A distribuição normal pode ser usada como aproximação para muitos tipos de 
distribuições em grandes amostras. 
→ A distribuição N(0,1) de média 0 e variância 1 é muito importante e recebe um nome 
especial: distribuição normal padrão ou distribuição normal reduzida. 
DICA 39 
Tipos de Amostragem 
✓ Aleatória Simples: elementos são "escolhidos" ao acaso, a probabilidade de um ser 
escolhido é a mesma dos outros. Ex.: sorteio dos números da mega-sena. 
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19 
✓ Por Estratificação: analisa-se a população dividindo-a em subconjuntos (estratos) com 
elementos homogêneos, de cada estrato são retiradas amostras aleatórias simples. 
✓ Por Conglomerados: parece, mas não é igual a por estratificação. Aqui também 
dividimos a população em subconjuntos, mas os elementos dos subconjuntos não mais se 
parecem entre si, a homogeneidade se dá entre um subconjunto e outro. Ex. Se a população 
é formada pelos vários funcionários de 5 fábricas de celulares. A amostragem "pegaria" os 
funcionários de uma dessas fábricas. 
DICA 40 
Tipos de Amostragem 
✓ Sistemática: os elementos são colocados em alguma espécie de "ordem" e selecionam-
se elementos a cada "x". 
✓ Por Conveniência: não há critério na seleção dos elementos, selecionam-se os mais 
"fáceis". 
✓ Por Julgamento: o elemento é escolhido por alguma razão. 
✓ Por cotas: a proporcionalidade entre os "tipos" de elementos na amostra é mantida em 
relação às da população. a diferença para amostragem estratificada é que os elementos não 
são selecionados por uma amostragem aleatória simples. 
 
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20 
LEGISLAÇÃO ESPECIAL 
 
DICA 41 
LEI Nº 13.445/2017 – LEI DE MIGRAÇÃO 
MEDIDAS DE RETIRADA COMPULSÓRIA 
Art. 47, da Lei nº. 13.445/17. A repatriação, a deportação e a expulsão serão feitas 
para o país de nacionalidade ou de procedência do migrante ou do visitante, ou 
para outro que o aceite, em observância aos tratados dos quais o Brasil seja parte. 
Art. 48, da Lei nº. 13.445/17. Nos casos de deportação ou expulsão, o chefe da unidade 
da Polícia Federal poderá representar perante o juízo federal, respeitados, nos 
procedimentos judiciais, os direitos à ampla defesa e ao devido processo legal. 
DICA 42 
REPATRIAÇÃO 
Art. 49, da Lei nº. 13.445/17. A repatriação consiste emmedida administrativa de 
devolução de pessoa em situação de impedimento ao país de procedência ou de 
nacionalidade. 
§ 1º Será feita imediata comunicação do ato fundamentado de repatriação à empresa 
transportadora e à autoridade consular do país de procedência ou de nacionalidade do 
migrante ou do visitante, ou a quem o representa. 
§ 2º A Defensoria Pública da União será notificada, preferencialmente por via 
eletrônica, no caso do § 4º deste artigo ou quando a repatriação imediata não seja 
possível. 
§ 3º Condições específicas de repatriação podem ser definidas por regulamento ou tratado, 
observados os princípios e as garantias previstos nesta Lei. 
MUITA ATENÇÃO AO § 4º!!! 
§ 4º Não será aplicada medida de repatriação à pessoa em situação de refúgio ou de 
apatridia, de fato ou de direito, ao menor de 18 (dezoito) anos desacompanhado ou 
separado de sua família, exceto nos casos em que se demonstrar favorável para a 
garantia de seus direitos ou para a reintegração a sua família de origem, ou a quem 
necessite de acolhimento humanitário, nem, em qualquer caso, medida de devolução 
para país ou região que possa apresentar risco à vida, à integridade pessoal ou à liberdade 
da pessoa. 
DICA 43 
DEPORTAÇÃO 
Art. 50, da Lei nº. 13.445/17. A deportação é medida decorrente de procedimento 
administrativo que consiste na retirada compulsória de pessoa que se encontre em 
situação migratória irregular em território nacional. 
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21 
§ 1º A deportação será precedida de notificação pessoal ao deportando, da qual 
constem, expressamente, as irregularidades verificadas e prazo para a regularização 
não inferior a 60 (sessenta) dias, podendo ser prorrogado, por igual período, por 
despacho fundamentado e mediante compromisso de a pessoa manter atualizadas suas 
informações domiciliares. 
§ 2º A notificação prevista no § 1º não impede a livre circulação em território nacional, 
devendo o deportando informar seu domicílio e suas atividades. 
§ 3º Vencido o prazo do § 1º sem que se regularize a situação migratória, a deportação 
poderá ser executada. 
§ 4º A deportação NÃO EXCLUI eventuais direitos adquiridos em relações contratuais ou 
decorrentes da lei brasileira. 
§ 5º A saída voluntária de pessoa notificada para deixar o País equivale ao cumprimento da 
notificação de deportação para todos os fins. 
§ 6º O prazo previsto no § 1º poderá ser reduzido nos casos que se enquadrem no inciso 
IX do art. 45. 
DICA 44 
Art. 51, da Lei nº. 13.445/17. Os procedimentos conducentes à deportação devem 
respeitar o contraditório e a ampla defesa e a garantia de recurso com efeito 
suspensivo. 
§ 1º A Defensoria Pública da União deverá ser notificada, preferencialmente por meio 
eletrônico, para prestação de assistência ao deportando em todos os procedimentos 
administrativos de deportação. 
§ 2º A ausência de manifestação da Defensoria Pública da União, desde que prévia e 
devidamente notificada, não impedirá a efetivação da medida de deportação. 
DICA 45 
Art. 52, da Lei nº. 13.445/17. Em se tratando de apátrida, o procedimento de 
deportação DEPENDERÁ DE PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DA AUTORIDADE 
COMPETENTE. 
DICA 46 
Art. 53, da Lei nº. 13.445/17. Não se procederá à deportação se a medida configurar 
extradição não admitida pela legislação brasileira. 
DICA 47 
EXPULSÃO 
Art. 54, da Lei nº. 13.445/17. A expulsão consiste em medida administrativa de retirada 
compulsória de migrante ou visitante do território nacional, conjugada com o 
impedimento de reingresso por prazo determinado. 
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22 
§ 1º Poderá dar causa à expulsão a condenação com sentença transitada em julgado 
relativa à prática de: 
I - crime de genocídio, crime contra a humanidade, crime de guerra ou crime de 
agressão, nos termos definidos pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, de 
1998, promulgado pelo Decreto nº 4.388, de 25 de setembro de 2002 ; ou 
II - crime comum doloso passível de pena privativa de liberdade, consideradas a 
gravidade e as possibilidades de ressocialização em território nacional. 
§ 2º Caberá à autoridade competente resolver sobre a expulsão, a duração do impedimento 
de reingresso e a suspensão ou a revogação dos efeitos da expulsão, observado o disposto 
nesta Lei. 
§ 3º O processamento da expulsão em caso de crime comum não prejudicará a progressão 
de regime, o cumprimento da pena, a suspensão condicional do processo, a comutação da 
pena ou a concessão de pena alternativa, de indulto coletivo ou individual, de anistia ou de 
quaisquer benefícios concedidos em igualdade de condições ao nacional brasileiro. 
§ 4º O prazo de vigência da medida de impedimento vinculada aos efeitos da 
expulsão será proporcional ao prazo total da pena aplicada e NUNCA SERÁ 
SUPERIOR ao dobro de seu tempo. 
DICA 48 
Art. 55, da Lei nº. 13.445/17. Não se procederá à expulsão quando: 
I - a medida configurar extradição inadmitida pela legislação brasileira; 
II - o expulsando: 
a) tiver filho brasileiro que esteja sob sua guarda ou dependência econômica ou 
socioafetiva ou tiver pessoa brasileira sob sua tutela; 
b) tiver cônjuge ou companheiro residente no Brasil, sem discriminação alguma, 
reconhecido judicial ou legalmente; 
c) tiver ingressado no Brasil até os 12 (doze) anos de idade, residindo desde então 
no País; 
d) for pessoa com mais de 70 (setenta) anos que resida no País há mais de 10 
(dez) anos, considerados a gravidade e o fundamento da expulsão. 
DICA 49 
Art. 58, da Lei nº. 13.445/17. No processo de expulsão serão garantidos o contraditório 
e a ampla defesa. 
§ 1º A Defensoria Pública da União será notificada da instauração de processo de 
expulsão, se não houver defensor constituído. 
§ 2º Caberá pedido de reconsideração da decisão sobre a expulsão no prazo de 10 
(dez) dias, a contar da notificação pessoal do expulsando. 
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23 
DICA 50 
Art. 60, da Lei nº. 13.445/17. A existência de processo de expulsão não impede a 
saída voluntária do expulsando do País. MUITA ATENÇÃO! 
DICA 51 
LEI Nº. 9.605/98 (CRIMES AMBIENTAIS) 
NÃO ESQUECER! 
>> A responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais É POSSÍVEL; 
INDEPENDENTEMENTE da responsabilização da pessoa física que agia em seu nome. 
>> As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e 
penalmente conforme o disposto na Lei de Crimes Ambientais = nos casos em que a 
infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou 
de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. 
ATENÇÃO! A responsabilidade das pessoas jurídicas NÃO EXCLUI a das pessoas físicas, 
autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato. 
ATENLÇÂO2! Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua 
personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade 
do meio ambiente. 
DICA 52 
As penas aplicáveis - isolada, cumulativa ou alternativamente - às PESSOAS 
JURÍDICAS são: 
MULTA X X 
 
 
 
 
 
RESTRITIVAS DE DIREITOS 
 
 
 
 
 
I - suspensão parcial 
ou total de atividades; 
 
II - interdição 
temporária de 
estabelecimento, obra ou 
atividade; 
 
III - proibição de 
contratar com o Poder 
Público, bem como dele 
obter subsídios, 
subvenções ou doações. 
 
 
> A suspensão de 
atividades será 
aplicada quando estas 
não estiverem 
obedecendo às 
disposições legais ou 
regulamentares, 
relativas à proteção do 
meio ambiente. 
> A interdição será 
aplicada quando o 
estabelecimento, obra 
ou atividade estiver 
funcionando sem a 
devida autorização, ou 
em desacordo com a 
concedida, ou com 
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violação de disposição 
legal ou regulamentar. 
A proibição de 
contratar com o Poder 
Público e dele obter 
subsídios, subvenções 
ou doações não 
poderá exceder o 
prazo de dez anos. 
 
 
 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À 
COMUNIDADE 
 
I - custeio de 
programas e de projetos 
ambientais; 
 
II - execução de 
obras de recuperação de 
áreas degradadas; 
 
III - manutenção de 
espaços públicos; 
 
IV - contribuições a 
entidades ambientais ou 
culturais públicas. 
 
 
 
 
 
 
 
X 
 
DICA 53 
A PESSOA JURÍDICA constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de 
permitir, facilitar ou ocultar a prática de CRIME AMBIENTAL terá decretada sua 
LIQUIDAÇÃO FORÇADA = seu patrimônio será considerado instrumento do crime e 
como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional. 
DICA 54 
Nos CRIMES AMBIENTAIS, a SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA PODE SER 
APLICADA nos casos de condenação a pena privativa de liberdade não superior A 
TRÊS ANOS. 
DICA 55 
NOS CRIMES AMBIENTAIS: 
*Para IMPOSIÇÃO E GRADAÇÃO DA PENALIDADE, a autoridade competente observará: 
 
I - a GRAVIDADE DO FATO, tendo em vista os motivos da infração e suas 
consequências para a saúde pública e para o meio ambiente; 
 
II - os ANTECEDENTES DO INFRATOR quanto ao cumprimento da legislação de 
interesse ambiental; 
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25 
 
III - a SITUAÇÃO ECONÔMICA DO INFRATOR, no caso de multa. 
 
 
OBS.: Nos crimes ambientais a ação penal é PÚBLICA INCONDICIONADA. 
DICA 56 
São CIRCUNSTÂNCIAS QUE AGRAVAM A PENA NOS CRIMES AMBIENTAIS, quando 
não constituem ou qualificam o crime: 
I - REINCIDÊNCIA nos crimes de natureza ambiental; 
II - ter o agente cometido a infração: 
a) para obter vantagem pecuniária; 
b) coagindo outrem para a execução material da infração; 
c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o 
meio ambiente; 
d) concorrendo para danos à propriedade alheia; 
e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato 
do Poder Público, a regime especial de uso; 
f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos; 
g) em período de defeso à fauna; 
h) em DOMINGOS OU FERIADOS; 
i) à NOITE; 
j) em épocas de seca ou inundações; 
l) no interior do espaço territorial especialmente protegido; 
m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais; 
n) mediante fraude ou abuso de confiança; 
o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização 
ambiental; 
p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por 
verbas públicas ou beneficiada por incentivos fiscais; 
q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das 
autoridades competentes; 
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26 
r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções. 
DICA 57 
Na lei de CRIMES AMBIENTAIS, as penas restritivas de direito são: 
I - prestação de serviços à comunidade; 
II - interdição temporária de direitos; 
III - suspensão parcial ou total de atividades; 
IV - prestação pecuniária; 
V - recolhimento domiciliar. 
OBS.: LEMBRAR QUE NO CASO DE PESSOA JURÍDICA AS PENAS RESTRITIVAS DE 
DIREITOS ESTÃO ESPECIFICADAS DISTINTAMENTE! NÃO CONFUNDIR E CAIR NESSA 
PEGADINHA! 
OBS.2: NOS CRIMES AMBIENTAIS, a PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA consiste no 
pagamento em dinheiro à vítima ou à entidade pública ou privada com fim social, de 
importância, fixada pelo juiz, NÃO INFERIOR A UM SALÁRIO MÍNIMO NEM 
SUPERIOR A TREZENTOS E SESSENTA (360) SALÁRIOS MÍNIMOS. O valor pago será 
deduzido do montante de eventual reparação civil a que for condenado o infrator. 
DICA 58 
*NÃO É CRIME O ABATE DE ANIMAL, quando realizado: 
1. em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua 
família; (Algumas bancas já cobraram inclusive animais em extinção, 
haja vista que a legislação não faz essa ressalva) 
 
2. para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou 
destruidora de animais, desde que legal e expressamente autorizado 
pela autoridade competente; 
 
 
3. por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão 
competente. 
 
DICA 59 
LEI Nº. 9.605/98 (CRIMES AMBIENTAIS) 
 Nos CRIMES CONTRA A FLORA, a pena é aumentada de um sexto a um terço se: 
I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão do solo ou 
a modificação do regime climático; 
II - o crime é cometido: 
a) no período de queda das sementes; 
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27 
b) no período de formação de vegetações; 
c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a 
ameaça ocorra somente no local da infração; 
d) em época de seca ou inundação; 
e) durante a noite, em domingo ou feriado. 
DICA 60 
LEI Nº. 9.605/98 (CRIMES AMBIENTAIS) 
CRIME DE POLUIÇÃO – Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais 
que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, OU que provoquem a 
mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, E multa. 
*Se o crime é culposo (ATENÇÃO! ADMITE MODALIDADE CULPOSA): 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, E multa. 
*Se o crime: 
I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana; 
II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que 
momentânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos 
à saúde da população; 
III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do 
abastecimento público de água de uma comunidade; 
IV - dificultar ou impedir o uso público das praias; 
V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou 
detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências 
estabelecidas em leis ou regulamentos: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
ATENÇÃO! Incorre nas mesmas penas previstas acima (Pena - reclusão, de um a cinco 
anos) quem deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, 
medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental GRAVE ou 
IRREVERSÍVEL. 
 
 
 
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28 
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
DICA 61 
A criação e extinção de órgãos da Administração Indireta se dá através de LEI EM SENTIDO 
FORMAL. 
 
*Poder Executivo → iniciativa de lei cabe ao chefe desse poder (art. 61, §1º, inciso II, alínea 
“e”); 
*Poder Judiciário → iniciativa de lei cabe ao STF, aos Tribunais Superiores e aos TJs, 
conforme o caso, nos termos da CF, art. 96, inciso II, alíneas “c” e “d”; 
*Poder Legislativo → ATENÇÃO! Segundo José dos Santos Carvalho Filho, pela 
interpretação do art. 51, IV e XIII, da CF/88, a criação e a extinção de seus órgãos, bem 
como as normas sobre sua organização e funcionamento não dependem de lei, não depende 
de lei, mas tão somente de atos administrativos praticados pelas respectivas Casas. 
 
ATENÇÃO! É recomendável que o candidato se atente pela regra geral: NECESSIDADE DE 
LEI EM SENTIDO FORMAL para criação e extinção. Todavia, se o examinador abordar de 
modo expresso o caso específico do Poder Legislativo, recomenda-se o entendimento do 
aludido autor. 
 
DICA 62 
As fundações públicas são criadas pelo Estado por meio de patrimônio público, já as 
privadas são criadas por uma pessoa privada, a partir de patrimônio privado. 
 
DICA 63 
Não se considera a publicidade como elemento de formação do ato administrativo 
(elemento de validade do ato administrativo). É, na verdade, um requisito de eficácia, ou 
seja, o permite a produzir seusefeitos esperados. 
 
DICA 64 
SEM X EP 
 
 EP SEM 
Foro processual Justiça Federal 
(regra) 
Justiça Estadual 
(regra) 
Forma societária Qualquer forma Sempre S.A 
Capital 100% público 
OBS: é possível a 
participação de PJ de 
direito privado, que 
seja integrante da 
administração 
indireta. 
 
Público + privado, 
com a maioria do 
capital votando 
público. 
 
*Lei das Estatais (Lei n. 13.303/2016) 
 
→ Empresa pública: entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com 
criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente 
detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios (admite a 
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29 
participação de outras PJ de direito público interno bem como de entidades da 
Adm. indireta). 
 
→ Sociedade de economia mista: entidade dotada de personalidade jurídica de direito 
privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações 
com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos 
Municípios ou a entidade da administração indireta. 
 
DICA 65 
As autarquias e as fundações públicas de direito público (também denominadas 
fundações autárquicas ou autarquia fundacional) adquirem a personalidade jurídica 
com a vigência da LEI DE CRIAÇÃO. Logo, não há que se falar em registro do ato 
constitutivo. 
DICA 66 
ATENÇÃO! Os atos praticados pelos administradores de uma sociedade de economia mista, 
nesta qualidade, podem ter natureza de ato administrativo, a exemplo de decisões 
indeferindo requerimento de informações, formulado por particular, sobre os serviços 
públicos prestados pela empresa. 
 
DICA 67 
REGULAMENTO AUTORIZADO: são atos normativos que complementam, em especial, 
matérias de natureza técnica (discricionariedade técnica); equiparam-se às normas 
penais em branco do D. Penal. Carecem de prévia autorização legal para que sejam 
editados. Ex.: regulamentos técnicos expedidos pela Anatel. 
 
DICA 68 
Classificações dos atos administrativos 
 
● Quanto ao grau de liberdade em sua prática: atos vinculados e atos discricionários; 
● Quanto aos destinatários do ato: atos gerais e individuais; 
● Quanto à situação de terceiros: atos internos e externos; 
● Quanto à formação de vontade: atos simples, complexos e compostos; 
● Quanto às prerrogativas com que atua a Administração: atos de império, de gestão 
e de expediente; 
● Quanto aos efeitos: atos constitutivos, extintivos, modificativos e declaratórios; 
● Quanto aos requisitos de validade: atos válidos, nulos, anuláveis e inexistentes; 
● Quanto à exequibilidade: atos perfeitos, eficazes, pendentes e consumados. 
 
DICA 69 
A discricionariedade também existe quando a lei usa, na descrição do motivo que enseja a 
prática do ato administrativo, conceitos jurídicos indeterminados, isto é, expressões de 
significado vago, impreciso, tais como “insubordinação grave”, “conduta escandalosa”, 
“boa-fé”, “moralidade pública” e outras do gênero. 
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30 
Ressalte-se que os conceitos jurídicos indeterminados geralmente possuem zonas de 
certeza positivas e negativas, nas quais é possível afirmar, de forma inequívoca, se 
determinado fato se enquadra ou não no conceito; assim, nas zonas de certeza não há 
discricionariedade. Com efeito, a liberdade do administrador está restrita às 
chamadas “zonas cinzentas”, nas quais o conceito jurídico indeterminado permite mais 
de uma interpretação legítima. 
DICA 70 
Os atos gerais são dotados de “generalidade e abstração” ou, em outras palavras, de 
“normatividade”. Por isso, também são chamados de atos abstratos, impróprios ou 
normativos. 
Exemplos de atos gerais: regulamentos, instruções normativas, portarias, circulares, 
resoluções, dentre outros. 
O conteúdo dos atos gerais é sempre discricionário, limitado, porém, pelo conteúdo 
da lei. Ora, se a lei admite regulamentação, por óbvio a Administração tem certa margem 
de liberdade para definir as melhores formas de dar cumprimento aos comandos legais; o 
ato normativo não pode, contudo, ir além do que a lei prevê. 
Uma vez que seu conteúdo é discricionário, os atos gerais podem ser revogados a 
qualquer tempo, respeitados os direitos adquiridos durante a sua vigência. 
DICA 71 
Os atos individuais são os que produzem efeitos jurídicos no caso concreto. Regulam 
situações concretas e destinam-se a pessoas específicas. Por isso também são chamados 
de atos concretos ou próprios. 
Exemplos de atos individuais: nomeação, exoneração, tombamento, decretos de 
desapropriação, autorização, licença etc. 
Detalhe importante é que o ato individual pode ter um único destinatário (ato singular) 
ou diversos destinatários (ato plúrimo). O que caracteriza o ato individual é o fato de 
seus destinatários serem certos e determinados. 
DICA 72 
Atos internos e externos 
Nos atos internos, os efeitos do ato atingem apenas os agentes e órgãos da entidade que 
o editou. 
Exemplos de atos internos: portaria de remoção de um servidor; ordens de serviço em 
geral; portaria de criação de um grupo de trabalho; designação de servidor para participar 
de um curso etc. 
Nos atos externos, os efeitos do ato alcançam os administrados em geral, os contratantes 
e, em certos casos, os próprios servidores. 
Ressalte-se que os atos externos podem ser destinados tanto aos particulares quanto à 
própria Administração; o que os distingue é o fato de produzirem efeitos fora da 
repartição que os originou. 
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31 
Exemplos de atos externos: atos normativos, nomeação de aprovados em um concurso 
público, multas aplicadas a empresas contratadas pela Administração, editais de licitação 
etc. 
DICA 73 
Atos simples, complexos e compostos 
● Atos simples são os que decorrem da manifestação de um único órgão, unipessoal ou 
colegiado. 
● Atos complexos são os que decorrem de duas ou mais manifestações de vontade 
autônomas, provenientes de órgãos diversos (há um ato único). 
● Ato composto é o que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, em que a vontade 
de um é instrumental em relação à do outro (existem dois atos). 
DICA 74 
Ato válido, nulo, anulável e inexistente 
O ato válido é aquele que respeitou, em sua formação, todos os requisitos legais relativos 
aos elementos competência, finalidade, forma, motivo e objeto. Por outras palavras, é o ato 
que não tem qualquer vício, qualquer ilegalidade. 
O ato nulo é aquele com vício insanável em um dos seus elementos constitutivos. Por 
exemplo, o ato com motivo inexistente, o ato com objeto não previsto em lei e o ato 
praticado com desvio de finalidade. 
Ressalte-se que os atos nulos são atos ilegais ou ilegítimos e, por isso, não podem ser 
convalidados; ao contrário, devem ser anulados. Lembrando que o administrado não pode 
se negar a dar cumprimento ao ato nulo até que a nulidade seja reconhecida e declarada 
pela Administração ou pelo Judiciário (atributo da presunção de legitimidade dos atos 
administrativos). 
O ato anulável é o que apresenta defeito sanável, ou seja, passível de convalidação pela 
própria Administração. São sanáveis os vícios de competência quanto à pessoa (e não 
quanto à matéria), exceto se se tratar de competência exclusiva, e o vício de forma, a 
menos que se trate de forma exigida pela lei como condição essencial à validade do ato. 
O ato inexistente é aquele que apenas possui aparência de ato administrativo, mas, na 
verdade, possui algum defeito capital que o impede de produzir efeitos no mundo jurídico. 
DICA 75 
Ato perfeito, eficaz, pendente e consumado 
- Ato perfeito é aquele que já concluiu todas as etapas dasua formação. 
- Ato eficaz é o ato perfeito que já está apto a produzir efeitos, não dependendo de nenhum 
evento posterior, como termo, condição, aprovação, autorização etc. 
- Ato pendente é o ato perfeito que ainda depende de algum evento posterior para produzir 
efeitos. 
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32 
- Ato consumado ou exaurido é o que já produziu todos os efeitos que estava apto a 
produzir. 
 
DICA 76 
O ato administrativo pode ser: 
→ Perfeito, válido e eficaz: quando cumpriu seu ciclo de formação (perfeito), encontra-
se em conformidade com a ordem jurídica (válido) e disponível para a produção dos efeitos 
que lhe são típicos (eficaz); 
→ Perfeito, inválido e eficaz: quando, cumprido o ciclo de formação, o ato, ainda que 
contrário à ordem jurídica (inválido, portanto), encontra-se produzindo os efeitos que lhe 
são inerentes. 
→ Perfeito, válido e ineficaz: quando, cumprido o ciclo de formação, encontra-se em 
consonância com a ordem jurídica, contudo, ainda não se encontra disponível para a 
produção dos efeitos que lhe são próprios, por depender de um termo inicial ou de uma 
condição suspensiva, ou autorização, aprovação ou homologação. 
→ Perfeito, inválido e ineficaz: quando, cumprido o ciclo de formação, o ato encontra-se 
em desconformidade com a ordem jurídica, ao tempo que não pode produzir seus efeitos 
por se encontrar na dependência de algum evento futuro necessário a produção de seus 
efeitos. 
DICA 77 
Espécies de atos administrativos 
Atos normativos são os atos com efeitos gerais e abstratos, e, bem por isso, atingem 
todos aqueles que se situam em idêntica situação jurídica (não têm destinatários 
determinados). 
Os atos normativos não podem ser objeto de impugnação direta por meio de recursos 
administrativos ou ação judicial ordinária. Em outras palavras, o administrado não pode 
entrar com um recurso administrativo ou com uma ação ordinária na Justiça para requerer 
a anulação de um ato normativo; o que ele pode fazer é pedir a anulação dos efeitos 
provocados pelo ato sobre a sua situação particular, mas não a invalidação do ato em si. 
DICA 78 
Principais atos normativos 
Decretos: são atos resultantes da manifestação de vontade dos chefes do Executivo 
(Presidente da República, Governadores e Prefeitos). Os decretos podem ser gerais ou 
individuais. 
Regulamentos: são atos normativos que especificam, detalham, explicam os 
mandamentos da lei. Destinam-se à atuação externa (normatividade em relação aos 
particulares). São postos em vigência, em regra, por Decretos do Poder Executivo. 
Instruções normativas: são atos normativos expedidos pelos Ministros de Estado para a 
execução das leis, decretos ou regulamentos. 
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33 
Regimentos: são atos administrativos normativos de atuação interna, dado que se 
destinam a reger o funcionamento de órgãos colegiados e de corporações legislativas. 
Derivam também do poder hierárquico da Administração, já que visam à organização 
interna de seus órgãos. 
Resoluções: são atos, normativos ou individuais, emanados de autoridades de elevado 
escalão administrativo como, por exemplo, Ministros e Secretários de Estado ou Município, 
ou de algumas pessoas administrativas ligadas ao Governo. 
Deliberações: são atos oriundos, em regra, de órgãos colegiados, como conselhos, 
comissões, tribunais administrativos etc. Normalmente, representam a vontade majoritária 
de seus componentes. Quando normativas, são atos gerais (normativos); quando 
decisórias, são atos individuais. 
DICA 79 
Principais espécies de atos negociais 
Licença: ato administrativo vinculado e definitivo, cuja função é conferir direitos ao 
particular que preencheu todos os requisitos legais. Trata-se de um direito subjetivo; 
portanto, não pode ser negado pela Administração. 
Autorização: ato administrativo discricionário e precário pelo qual a Administração Pública 
possibilita ao particular o exercício de alguma atividade material de predominante interesse 
dele e que, sem esse consentimento, seria legalmente proibida (autorização como ato de 
polícia), ou a prestação de serviço público não exclusivo do Estado (autorização de serviço 
público), ou, ainda, a utilização de um bem público (autorização de uso). 
Permissão: ato administrativo discricionário e precário pelo qual a Administração faculta 
ao particular o uso de bem público. Ressalte-se que a permissão, enquanto ato 
administrativo, refere-se apenas ao uso de bem público; caso se refira à delegação de 
serviços públicos, a permissão deve ser formalizada mediante um “contrato de adesão”, 
precedido de licitação (ou seja, não constitui um ato administrativo). 
DICA 80 
Os atos punitivos são aqueles que impõem sanções administrativas aos que descumprirem 
normas legais ou administrativas. Podem ser de ordem interna ou externa. 
Os atos punitivos internos têm como destinatários os servidores públicos. São exemplos 
as penalidades disciplinares, como a advertência, suspensão, demissão. 
Já os atos punitivos externos têm como destinatários os particulares que pratiquem 
infrações administrativas em geral. São exemplos as sanções aplicadas aos particulares 
contratados pela Administração Pública, previstas na Lei de Licitações e Contratos, bem 
como as penalidades aplicadas no âmbito da atividade de polícia administrativa (interdição 
de atividades, destruição de alimentos, substâncias ou objetos imprestáveis, nocivos ao 
consumo ou, ainda, proibidos em lei etc.). 
 
 
 
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34 
DICA 81 
Um ato administrativo extingue-se por: 
→ Cumprimento de seus efeitos (extinção natural), por exemplo, o gozo de férias pelo 
servidor, a execução da ordem de demolição de uma casa, a chegada do termo final do ato 
etc. 
→ Desaparecimento do sujeito (extinção subjetiva) ou do objeto (extinção 
objetiva), por exemplo, a concessão de licença para tratar de interesse particular a servidor 
que, posteriormente, vem a falecer (extinção subjetiva); a permissão para uso de bem 
público que vem a ser destruído por catástrofe natural (extinção objetiva). 
→ Retirada, que abrange: 
● Revogação, em que a retirada se dá por razões de conveniência e 
oportunidade; 
● Anulação ou invalidação, por razões de legalidade; 
● Cassação, em que a retirada ocorre pelo descumprimento de condição 
fundamental para que o ato pudesse ser mantido, por exemplo, ultrapassar o 
número máximo de infrações de trânsito permitido em um ano, fazendo com 
que o infrator tenha sua habilitação cassada. 
● Caducidade, em que a retirada se dá porque uma norma jurídica posterior 
tornou inviável a permanência da situação antes permitida pelo ato. O exemplo 
dado é a caducidade de permissão para explorar parque de diversões em local 
que, em face da nova lei de zoneamento, tornou-se incompatível com aquele 
tipo de uso. 
● Contraposição, que se dá pela edição posterior de ato cujos efeitos se 
contrapõem ao anteriormente emitido. É o caso da exoneração de servidor, que 
tem efeitos contrapostos à nomeação. 
● Renúncia, pela qual se extinguem os efeitos do ato porque o próprio 
beneficiário abriu mão de uma vantagem de que desfrutava. É o caso, por 
exemplo, do servidor inativo que abre mão da aposentadoria para reassumir 
cargo na Administração. 
DICA 82 
Não são passíveis de revogação os atos: 
→ exauridos ou consumados: afinal, o efeito da revogação é não retroativo, para o futuro; 
como o ato já não tem mais efeitos a produzir, a sua revogação não faz sentido; 
→ vinculados: haja vista que a revogação tem por fundamento razões de conveniência e 
de oportunidade, inexistentes nos atos vinculados; 
→ que geraram direitos adquiridos: é uma garantia constitucional(CF, art. 5º, XXXVI); 
se nem a lei pode prejudicar um direito adquirido, muito menos o poderia um juízo de 
conveniência e oportunidade; 
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35 
→ integrantes de um procedimento administrativo: porque a prática do ato sucessivo 
acarreta a preclusão do ato anterior, ou seja, ocorre a preclusão administrativa em relação 
à etapa anterior, tornando incabível uma nova apreciação do ato anterior quanto ao seu 
mérito; 
→ meros atos administrativos: como são os atestados, os pareceres e as certidões, 
porque os efeitos deles decorrentes são estabelecidos pela lei; 
→ complexos: uma vez que tais atos são formados pela conjugação de vontades 
autônomas de órgãos diversos, e, com isso, a vontade de um dos órgãos não pode desfazer 
o ato; e 
→ quando se exauriu a competência relativamente ao objeto do ato (ex: o ato foi 
objeto de recurso administrativo cuja apreciação compete a instância superior; nesse caso, 
a autoridade que praticou o ato recorrido não mais poderá revogá-lo, pois sua competência 
no processo já se exauriu). 
DICA 83 
ATO ADMINISTRATIVO 
 REVOGAÇÃO ANULAÇÃO CONVALIDAÇÃO 
 
Natureza do 
controle 
 
De mérito (sem 
vício) 
 
Legalidade e 
legitimidade 
(vícios insanáveis) 
 
 
Legalidade e 
legitimidade 
(vícios sanáveis) 
 
Eficácia 
 
Ex nunc (não 
retroage) 
 
 
Ex tunc (retroage) 
 
Ex tunc (retroage) 
Competência Administração Administração e 
Judiciário 
Administração 
 
 
Incidência 
 
Atos 
discricionários 
(não existe 
revogação de ato 
vinculado) 
 
 
Atos vinculados e 
discricionários 
 
Atos vinculados e 
discricionários 
 
Natureza do 
desfazimento 
 
A revogação é um 
ato discricionário. 
 
A anulação de ato 
com vício insanável é 
um ato vinculado. A 
anulação de ato com 
vício sanável passível 
de convalidação é 
um ato discricionário. 
 
 
A convalidação é um 
ato discricionário 
(pode-se optar pela 
anulação do ato). 
 
 
 
 
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36 
DICA 84 
A convalidação produz efeitos retroativos (ex tunc), de tal modo que os efeitos 
produzidos pelo ato enquanto ainda apresentava o vício passam a ser considerados válidos, 
não passíveis de desconstituição. Essa possibilidade de aproveitamento dos atos com vícios 
sanáveis é que representa a grande vantagem da convalidação em relação à anulação, pois 
gera economia de procedimentos e segurança jurídica. 
Ressalte-se que a convalidação não é controle de mérito, e sim de legalidade, incidente 
sobre os vícios sanáveis nos elementos competência e forma. Assim, tanto atos 
vinculados como discricionários podem ser convalidados. 
DICA 85 
Súmula Vinculante nº 3 do STF 
Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a 
ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo 
que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de 
concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. 
 
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37 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
DICA 86 
Diferenças entre o Mandado Injunção e a Ação Direta de Inconstitucionalidade 
 
 Mandado de Injunção Ação Direta de 
Inconstitucionalidade por 
Omissão 
Objeto Exercício dos direitos e 
liberdades constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à 
cidadania ainda não integrados 
(mais restrito) 
Norma constitucional ainda não 
plenamente efetiva em razão de 
omissão total ou parcial de 
qualquer dos Poderes ou órgãos 
administrativos (mais amplo) 
Via de controle Controle difuso de 
Constitucionalidade 
Controle concentrado de 
constitucionalidade 
Legitimação 
ativa 
Mandado de injunção 
individual: 
- Pessoa física ou jurídica titular 
dos direitos e liberdades 
Mandado de injunção 
coletivo: 
- Partido político com 
representação no Congresso 
Nacional; 
- Organização sindical e 
entidade de classe; 
- Associação que esteja 
constituída há pelo menos 1 
ano. 
- o Presidente da República; 
- a Mesa do Senado Federal; 
- a Mesa da Câmara dos 
Deputados; 
- a Mesa de Assembleia 
Legislativa; 
- o Governador de Estado; 
- a Mesa de Assembleia Legislativa 
ou da Câmara Legislativa do 
Distrito Federal; 
- o Governador de Estado ou do 
Distrito Federal; 
- o Procurador-Geral da República; 
- o Conselho Federal da Ordem 
dos Advogados do Brasil; 
- partido político com 
representação no Congresso 
Nacional; 
- confederação sindical ou 
entidade 
de classe de âmbito nacional. 
Competência STF, STJ e TJs STF e TJs 
Efeitos da 
decisão 
Mandamental e Constitutiva Mandamental 
 
DICA 87 
O HC 93.050/RJ do STF: 
 
''Para os fins da proteção jurídica a que se refere o art. 5º, XI, da Constituição da República, 
o conceito normativo de "casa" revela-se abrangente e, por estender-se a qualquer 
compartimento privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou 
atividade (CP, art. 150, § 4º, III), compreende, observada essa específica limitação espacial 
(área interna não acessível ao público), os escritórios profissionais, inclusive os de 
contabilidade''. 
 
 
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38 
DICA 88 
O princípio da razoabilidade destaca-se como importante instrumento de controle da 
atividade legislativa, bem como na aplicação no exercício da discricionariedade 
administrativa, servindo como garantia da legitimidade da ação administrativa, evitando-se 
a prática de atos arbitrários e com desvio de finalidade. 
 
Quanto aos aspectos do princípio da razoabilidade, podem ser apontadas a adequação, 
a necessidade e a proporcionalidade em sentido estrito. 
 
A adequação refere-se à aferição da eficácia do meio escolhido em alcançar o fim público 
objetivado, enquanto a necessidade traduz-se na escolha do melhor meio, menos oneroso 
e prejudicial aos administrados, e, por fim, a proporcionalidade, que quer significar 
equilíbrio entre os meios e os fins públicos a serem alcançados. 
 
Se, por um lado, a atividade discricionária se submete ao binômio da conveniência e da 
oportunidade, há situações discrepantes que autorizam a anulação dos atos por 
arbitrariedade, enfim, por falta de razoabilidade. Por exemplo: a exigência de pesagem 
de botijões de gás no momento da compra não é adequada à finalidade de garantir que o 
consumidor pague exatamente pela quantidade de gás existente no botijão, bem como a 
concessão de adicional de férias para aposentados. 
 
Como esclarece Gilmar Mendes, não basta verificar se as restrições estabelecidas foram 
baixadas com observância dos requisitos formais previstos na Constituição. Cumpre 
indagar, também, se as condições impostas pelo legislador não se revelariam incompatíveis 
com o princípio da proporcionalidade (adequação, necessidade, razoabilidade). 
 
DICA 89 
A liberdade de locomoção no território nacional em tempo de paz e a liberdade de 
reunião encontram-se expressamente consagradas pelo art.5º, XV e XVI, da Constituição 
Federal como um direito fundamental do indivíduo: 
''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
 
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer 
pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; 
 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao 
público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião 
anteriormenteconvocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à 
autoridade competente''. 
 
Ambas as prerrogativas constitucionais são passíveis de limitações pois o Constituinte 
Originário previu, expressamente, que a durante a vigência do estado de sítio o direito de 
locomoção sofrerá restrições e direito de reunião será suspenso. Neste sentido, o 
art.139, I, II e IV, da Constituição Federal. 
 
''Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só 
poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas: 
 
I - obrigação de permanência em localidade determinada; 
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns; 
IV - suspensão da liberdade de reunião''. 
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39 
DICA 90 
O direito à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem encontra-
se estampado pelo art.5º, X, da Constituição Federal: 
 
''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, 
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua 
violação''. 
 
A doutrina autorizada entende que a proteção deste dispositivo constitucional ''refere-se a 
pessoas físicas quanto a pessoas jurídicas, abrangendo, inclusive, à necessária 
proteção à própria imagem frente aos meios de comunicação em massa (televisão, rádio, 
jornais, revistas etc.) (DE MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. Atlas.p.62). 
 
Assim sendo, as pessoas jurídicas, por exemplo, poderão ter sua honra objetiva abalada em 
razão de protesto indevido de título cambial, podendo neste caso, requerer indenização pelo 
dano extra-patrimonial causado à sua imagem. 
 
Vai neste sentido, a súmula 227 do STJ: 
 
Súmula 227: A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. 
 
DICA 91 
"Não obstante, em determinadas circunstâncias, caso o cumprimento do mandado judicial, 
iniciado no período diurno, ultrapasse o limite constitucional como na hipótese de uma 
ação de grande complexidade concluída logo após anoitecer não será razoável considerar 
as provas obtidas como sendo ilícitas. A admissibilidade do prolongamento da ação após o 
ocaso (desaparecimento do sol no horizonte) deve ser analisada de acordo com as 
circunstâncias do caso concreto." 
 
(NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. 3ed. São Paulo: Método, 2009. p. 411). 
 
DICA 92 
É INVIOLÁVEL o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e 
das comunicações telefônicas (a REGRA é o sigilo). 
 ↳ EXCEÇÃO 
 ↦ Sigilo das COMUNICAÇÕES TELEFÔNICAS: A QUEBRA será PERMITIDA 
(por ORDEM JUDICIAL) nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de 
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL ou INSTRUÇÃO PROCESSUAL PENAL. 
 
DICA 93 
O Estado de Direito é o Estado submetido ao império da Lei, votada em um parlamento, 
com representantes eleitos ou não. É o Estado submetido à vontade da norma e não do 
governante. Por isso, se diz que o princípio da legalidade para o Poder Público é mais restrito 
do que o princípio da legalidade em geral, para o cidadão (art. 5º, II, CF): 
 
Art. 5º..... 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; 
 
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Diz-se que a Administração, além de não poder atuar contra a lei ou além da lei, somente 
pode agir segundo a lei (a atividade administrativa não pode ser contra legem nem praeter 
legem, mas apenas secundum legem). 
 
Os atos eventualmente praticados em desobediência a tais parâmetros são atos inválidos e 
podem ter sua invalidade decretada pela própria Administração que o haja editado ou pelo 
Poder Judiciário. 
 
Já o Estado Democrático de Direito é aquele no qual os verdadeiros detentores do Poder 
Político são os cidadãos, os eleitores que elegem os representantes que irão estabelecer o 
Direito ao qual o Estado e seus Poderes deverão se submeter. Representa a necessidade de 
se providenciar mecanismos de apuração e de efetivação da vontade do povo nas decisões 
políticas fundamentais do Estado, conciliando uma democracia representativa, pluralista 
e livre, com uma democracia participativa efetiva. 
 
DICA 94 
Os direitos fundamentais são normas de conteúdo declaratório, ou seja, os direitos 
fundamentais são os bens protegidos constitucionalmente. 
 
Enquanto as garantias são meios que têm como objetivo assegurar (proteger/tutelar) 
o exercício desses direitos. 
 
Como exemplos de direitos fundamentais podemos citar o direito à vida, à propriedade, à 
informação, entre outros. Em relação as garantias fundamentais, citamos como exemplo o 
mandado de segurança, o habeas data e o habeas corpus, que são instrumentos utilizados 
para garantir o exercício dos direitos fundamentais. 
 
DICA 95 
Diferença entre o princípio da legalidade e o princípio da reserva legal. 
 
O princípio da legalidade se apresenta quando a Carta Magna utiliza a palavra “lei” em 
um sentido mais amplo, abrangendo não somente a lei em sentido estrito, mas todo e 
qualquer ato normativo estatal (incluindo atos infralegais) que obedeça às formalidades que 
lhe são próprias e contenha uma regra jurídica. 
 
Já o princípio da reserva legal é evidenciado quando a Constituição exige expressamente 
que determinada matéria seja regulada por lei formal ou atos com força de lei (como 
decretos autônomos, por exemplo). O vocábulo "lei" é, aqui, usado em sentido mais restrito. 
 
A reserva legal pode ser classificada como absoluta ou relativa. 
 
Na reserva legal absoluta, a norma constitucional exige, para sua integral 
regulamentação, a edição de lei formal, entendida como ato normativo emanado do 
Congresso Nacional e elaborado de acordo com o processo legislativo previsto pela 
Constituição. 
 
Na reserva legal relativa, por sua vez, apesar de a Constituição exigir lei formal, esta 
permite que a lei fixe apenas parâmetros de atuação para o órgão administrativo, que 
poderá complementá-la por ato infralegal, respeitados os limites estabelecidos pela 
legislação. 
 
A doutrina também afirma que a reserva legal pode ser classificada como simples ou 
qualificada. 
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A reserva legal simples é aquela que exige lei formal para dispor sobre determinada 
matéria, mas não especifica qual o conteúdo ou a finalidade do ato. Haverá, portanto, 
maior liberdade para o legislador. 
 
A reserva legal qualificada, por sua vez, além de exigir lei formal para dispor sobre 
determinada matéria, já define, previamente, o conteúdo da lei e a finalidade do ato. 
 
DICA 96 
O Brasil é um Estado laico ou secular, isto é, que não possui religião oficial. Perceba 
que Estado laico não é o mesmo que Estado ateu, ou que proíbe o exercício de qualquer 
culto, como o eram os regimes totalitários comunistas. 
 
Estado laico é o Estado que não tem religião oficial, mas que assegura a liberdade de 
crença e de convicção religiosa. 
 
Estado confessional é o que reconhece determinada denominação religiosa como religião 
oficial do Estado. Estado teocrático é aquele cujas normas políticas, civis e mesmo 
jurídicas são submetidas a regras religiosas, como ocorre em alguns Estados islâmicos. 
 
O Brasil teve um Estado confessional, por exemplo, até a vigência da Constituição Imperial 
de 1824, que em seu art. 5º, estabelecia: 
 
Art. 5: A Religião Catholica Apostolica Romana continuará a ser a religião do Império. Todas 
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