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EMPREENDEDORISMO 1

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Prévia do material em texto

Empreendedorismo
Unidade 1
O perfil do empreendedor
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
AUTORIA
David Stephen
Olá. Meu nome é David Stephen. Sou Empresário há 27 anos. Fundei 
faculdades e escolas técnicas em várias cidades do nordeste brasileiro, 
com destaque para o Ibratec (1994) e Unibratec (2001). Empreendi vários 
projetos inovadores na área de educação a distância, tendo sido um dos 
pioneiros no ensino telepresencial interativo (2005). Atualmente, dirijo a 
Editora Telesapiens e presto consultoria a instituições de ensino superior 
na área de marketing e novas tecnologias educacionais. Estou muito 
feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte 
comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Fundamentos de empreendedorismo ............................................... 12
Introdução ............................................................................................................................................. 12
O que é ser empreendedor ..................................................................................................... 13
O que é empreendedorismo? ................................................................................................ 14
Empreendedor x Administrador ........................................................................ 16
Empreendedor x Empresário .............................................................................. 18
Intraempreendedorismo ............................................................................................................ 19
A lógica do empreendedorismo ...........................................................23
O processo do empreendedorismo ..................................................................................23
Oportunidade ..................................................................................................................24
Ideia ........................................................................................................................................27
Ação .......................................................................................................................................29
O perfil de um empreendedor ............................................................... 31
Introdução ............................................................................................................................................. 31
Comportamentos empreendedores .................................................................................32
Ambição ..............................................................................................................................32
Atitude ..................................................................................................................................33
Coragem .............................................................................................................................34
Resiliência ..........................................................................................................................35
Persuasão ......................................................................................................................... 36
Organização .................................................................................................................... 36
As ferramentas do empreendedor ......................................................38
Introdução ............................................................................................................................................ 38
Principais ferramentas ................................................................................................................ 38
Pesquisa de mercado .............................................................................................. 39
Planejamento estratégico ..................................................................................... 40
Liderança............................................................................................................................ 41
Marketing pessoal ....................................................................................................... 41
Gerenciamento de projetos ..................................................................................42
Outras ferramentas ........................................................................................................................44
9
UNIDADE
01
Empreendedorismo
10
INTRODUÇÃO
Empreender, durante muitos anos, foi encarado pela sociedade 
como uma mística. Algo como um dom, que já nasce com a pessoa. 
Antigamente, pensava-se que as pessoas já nasciam rotuladas como 
empreendedoras ou não empreendedoras. Tudo isso foi por água 
abaixo quando a comunidade científica começou a estudar os inúmeros 
casos de empreendedorismo. Atualmente, os anais das universidades 
estão abarrotados de artigos e dissertações provenientes de pesquisas 
bastante reveladoras a esse respeito. Decerto que são necessários 
alguns requisitos comportamentais para se ter sucesso em um projeto 
empreendedor, mas nada que não possa ser desenvolvido por qualquer 
um. Vontade, determinação e estudo são ingredientes determinantes para 
transformar qualquer pessoa em um empreendedor de sucesso. Ao longo 
desta unidade iremos estudar justamente o aspecto comportamental do 
empreendedor. Preparado para uma viagem rumo ao conhecimento? 
Então, aperte o cinto e boa viagem.
Empreendedorismo
11
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 01. Nosso objetivo é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o 
término desta etapa de estudos:
1. Entender o conceito e o real sentido do que é ser um empreendedor.
2. Compreender a lógica de um projeto de empreendedorismo.
3. Entender o perfil de um empreendedor.
4. Aplicar as ferramentas do empreendedor.
Empreendedorismo
12
Fundamentos de empreendedorismo
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo você será capaz de entender o 
conceito e o real sentido do que é ser um empreendedor. 
Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. 
E então? Motivado para desenvolver esta competência? 
Então vamos lá. Avante!
Introdução
O empreendedorismo não é uma arte, técnica ou ciência restrita a 
poucos, mas é inegável admitir a existência de pessoas que já nascem 
com esta predisposição. Estamos falando de um perfil comportamental 
não muito comum entre as pessoas de uma população. Essas pessoas 
já nascem com uma programação mental diferente das outras, mas nem 
sempre têm a oportunidade de despertar e desenvolveresse potencial 
em prol de um projeto empreendedor. Muitas vezes é necessário um 
evento insólito, como a perda de um emprego ou de um arrimo de família, 
para que o empreendedor em potencial comece a demonstrar suas 
habilidades e agir rumo à construção de um empreendimento.
Ao longo deste capítulo estudaremos alguns conceitos e 
debateremos alguns fundamentos sobre o que é ser empreendedor, 
intraempreendedor, empresário e administrador.
Figura 1 – Ilustração de um empreendimento
Fonte: Freepik 
Empreendedorismo
13
O que é ser empreendedor
Em que pese o fato de o empreendedorismo ter se desenvolvido 
bastante nas últimas décadas enquanto ciência, ainda há muitos conceitos 
difusos sobre o que verdadeiramente significa ser um empreendedor. 
Vamos analisar algumas definições?
DEFINIÇÃO:
Empreendedor: Para Schumpeter (1949 apud DORNELAS, 
2005, p. 39), empreendedor é como: “aquele que destrói 
a ordem econômica existente pela introdução de novos 
produtos e serviços, pela criação de novas formas de 
organização ou pela exploração de novos recursos e 
materiais”.
Figura 2 - Joseph Shumpeter (1863-1950). 
Fonte: Wikipedia
Essa definição de empreendedor é bastante abrangente e, porque 
não dizer, completa! Quando Shumpeter (1949) falava em destruir a 
ordem econômica existente, ele já previa o que aconteceria décadas 
mais tarde em um ritmo alucinante. A cada ano vemos novos produtos e 
serviços simplesmente acabarem com negócios e transforarem hábitos 
Empreendedorismo
14
seculares, como pegar um táxi, por exemplo. E quanto a esse hábito, 
a Uber simplesmente destruiu a ordem econômica do mercado de 
transportes urbanos de passageiros das grandes cidades ao introduzir um 
novo serviço e, ao mesmo tempo, uma nova forma de organização de um 
processo existente desde o início do século XX.
Mas, retomando o conceito de empreendedor, perceba que, em 
nenhum momento, foram utilizadas palavras como empresas e negócios, 
por exemplo. Para Shumpeter (1949), empreender não estava restrito 
a fundação de uma empresa, mas a qualquer movimento no sentido 
de inovar. E por falar em inovar, acabamos de mencionar uma palavra 
intimamente associada ao empreendedorismo. Quem inova empreende, 
mas, será que todos os que empreendem estão inovando?
DEFINIÇÃO:
Inovação: Ato ou efeito de inovar. Produzir ou tornar algo 
novo. Renovar. Restaurar. (DICIO, 2017).
Para muitos autores, o limiar entre esses dois termos é tênue, quase 
inexistente. Mas, a rigor, podemos afirmar que é possível empreender 
sem necessariamente inovar. Por exemplo, se levamos uma franquia de 
perfumes de um local para outro, não podemos dizer propriamente que 
inovamos, pois, o serviço já existia. 
Mas existiu um movimento criador de um novo serviço para um 
determinado local, tendo exigido uma atitude empreendedora de quem 
o fez. Bem, inovando ou empreendendo, o responsável por um projeto 
dessa natureza é um realizador, que produz novas ideias através da 
congruência entre criatividade e imaginação.
O que é empreendedorismo?
Bem. Vimos o que é ser empreendedor. Mas o que realmente 
significa empreendedorismo?
Empreendedorismo
15
DEFINIÇÃO:
Empreendedorismo: É a disposição para identificar 
problemas e oportunidades e investir recursos e 
competências na criação de um negócio, projeto ou 
movimento que seja capaz de alavancar mudanças e gerar 
um impacto positivo. (ENDEAVOR, 2015).
Pela definição acima percebemos que empreendedorismo é o ato 
ou disposição de empreender. Sendo assim, todos nós podemos nos 
apropriar dessa disposição, que vem se transformando cada vez mais em 
uma ciência ou área de conhecimento da administração.
Mas, por que é importante estudar empreendedorismo?
Figura 3 - Gráfico da taxa de mortalidade das empresas segundo 
pesquisa da Neoway (2017) em parceria com a GS&MD, 2017. 
Fonte: Bittencourt Consultoria (2017).
Empreendedorismo
16
Somente no Estado de São Paulo, a taxa de fechamento de empresas 
atingiu 9%, a mais alta desde 2009, que era de 2,9%. E isso aconteceu em 
quase todos os segmentos de atuação, como mostra o gráfico extraído da 
pesquisa da Neoway (2017), em parceria com a GS&MD.
Além disso, pesquisa realizada em 2018 pelo SEBRAE (Serviço 
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), aponta que mais de 80% das 
empresas brasileiras não chegam ao segundo ano de funcionamento.
O que isso quer dizer para você? Por que nossas empresas morrem 
tão jovens?
Sem dúvida, a explicação está na qualificação de nossos 
empreendedores. Via de regra, quem decide montar um negócio no Brasil 
é normalmente motivado por uma contingência qualquer, como pela 
perda de um emprego.
SAIBA MAIS:
Interessado em saber mais sobre a mortalidade e outras 
informações sobre os empreendedores brasileiros? 
Clique aqui e leia, na íntegra, Sobrevivência e mortalidade 
de empresas no site do SEBRAE. Publicado em 1916 e 
atualizado em 2019 apresenta uma série de pesquisas 
sobre a sobrevivência e a mortalidade das empresas.
Empreendedor x Administrador
O empreendedor deve ter a consciência de que existem substanciais 
diferenças entre empreender e administrar. Vivemos em um país que todo 
mundo acha que é bom empresário, marqueteiro e técnico de futebol. Se 
administrar uma empresa fosse fácil, não seria necessário haver cursos 
de administração com 4 anos de duração, não é mesmo? O fato de você 
ter sido capaz de empreender um negócio, não o qualifica a administrá-
lo. Claro que, muitas vezes, não há outra opção. Mas é importante que se 
entenda que estamos falando de dois perfis profissionais completamente 
diferentes. O trabalho do empreendedor inicia na concepção do negócio 
e finda na implantação. Depois disso, ele tem que assumir as posturas 
Empreendedorismo
https://bit.ly/2UGScsV
17
e comportamentos inerentes ao administrador, deixando um pouco de 
lado o entusiasmo excessivo e todas as características impulsionadoras 
que o levaram ao êxito no seu empreendimento inicial. Apesar de 
várias dessas características comportamentais serem comuns aos 
dois perfis, ao contrário do empreendedor, o administrador tem que 
ser mais frio, calculista, enfim: “pé no chão”. O empreendedor, por sua 
vez, se tivesse fincado seus dois pés no chão, provavelmente não teria 
conseguido empreender seu negócio. Então, qual é o melhor cenário 
para o sucesso de um negócio? Contratar um administrador para gerir 
nosso empreendimento recém-criado? Absorver os conhecimentos, 
competências e habilidades de um administrador? Enfim, o que é mais 
seguro e eficaz?
Mais uma vez afirmamos – não há receita de bolo – mas, se você 
está à frente de um negócio recém-nascido (startup), procure um sócio 
com perfil administrador, que possa contrabalancear sua impulsividade, 
criatividade e ousadia.
Não tem um sócio assim? Então procure formar um colaborador, 
em seu staff, capaz de lhe ajudar a gerir sua empresa, e que tenha um 
perfil eminentemente gestor.
Não tem recursos para contratar alguém assim? Então invista na sua 
qualificação profissional na área de gestão (desenvolvimento gerencial), o 
que, aliás, deve ser feito em qualquer situação.
VOCÊ SABIA?
Você pode buscar ferramentas para selecionar pessoas 
com este perfil. Recomendamos, para isso, um portal de 
identificação de perfil comportamental, como o e-Talent, 
por exemplo. Esses portais oferecem um questionário para 
ser aplicado ao candidato e devolvem um relatório extenso 
contendo o perfil profissiográfico da pessoa em avaliação. 
Clique aqui.
Outro questionamento importante para se fazer neste momento:
Um bom administrador tem que ser um empreendedor?
Empreendedorismo
http://www.etalent.com.br/
18
Decerto que todos nós devemos trazer, em nossa conduta 
comportamental, muito do perfil empreendedor. Isto nos ajuda a 
superar vários obstáculos e a empreender nossa própria carreira. Mas, a 
história tem demonstrado diversos casos de sucesso de gestores com 
comportamento bastantediferente do que estudaremos ao longo desta 
disciplina. Talvez isto responda a esta pergunta: um administrador não 
tem que ser um empreendedor, necessariamente. Ele deve, sim, ser um 
intraempreendedor, ou seja, um profissional com liderança e muitas das 
características positivas de um empreendedor.
O empreendedor precisa de um contrapeso na gestão de seu 
negócio. Logo, é de suma importância que um empreendimento já seja 
iniciado com alguém que possa administrar o negócio, juntamente com o 
fundador que o empreendeu.
Empreendedor x Empresário
Vamos a mais um questionamento intrigante?
Um empresário de sucesso tem que ser um bom administrador 
e um bom empreendedor?
Perceba que estamos falando de um terceiro perfil: o empresário. 
Por definição:
DEFINIÇÃO:
Empresário: É todo aquele que empresaria um negócio, ou 
seja, é legalmente e financeiramente responsável por uma 
empresa.
Imagine uma situação em que um empreendimento foi concebido 
e implantado por um empreendedor e, na sequência, administrado por 
um administrador. Após alguns anos alguém vislumbrou a possibilidade 
de ganhar dinheiro com este negócio e o adquiriu para revendê-lo após 
um determinado tempo. Estamos falando de um empresário, ou seja, 
alguém que, não necessariamente, precisa ser um empreendedor ou um 
administrador. Simplesmente um empresário.
Empreendedorismo
19
Acreditamos que isto responde claramente a esta pergunta, 
porém, é muito comum que um empreendedor seja, ao mesmo tempo, 
o administrador e o empresário de seu próprio negócio. Você deve estar 
se perguntando: para que toda essa elucubração conceitual? A que estas 
reflexões irão nos levar?
Mais uma vez chamamos a atenção de que o conhecimento claro 
desses conceitos pode ser decisivo na recuperação de um negócio que 
não vai muito bem das pernas por conta da inexperiência administrativa de 
seu empreendedor, ou ainda devido à falta de empreendedorismo de seu 
administrador. Há também aqueles negócios que, tendo um excelente 
empreendedor a sua frente, guarnecido por um exímio administrador, 
carece ainda da presença de um empresário que aposte e invista naquela 
ideia.
Intraempreendedorismo
Você pode ser um empreendedor de sucesso sem nunca ter 
tido um CNPJ ou vendido um produto ou serviço. Estamos falando do 
Intraempreendedor.
DEFINIÇÃO:
Intraempreendedorismo: É uma modalidade de 
empreendedorismo praticada por funcionários dentro da 
empresa em que trabalham. São profissionais que possuem 
uma capacidade diferenciada de analisar cenários, criar 
ideias, inovar e buscar novas oportunidades para essas 
empresas. (PERIARD, 2010).
Já se foi o tempo em que as empresas gostavam de contratar 
funcionários que não pensassem, mas apenas cumprissem ordens. Este 
tipo de profissional morreu com a Era da Revolução Industrial, quando 
pessoas faziam o trabalho que hoje é feito pelas máquinas. 
De fato, naqueles tempos, pensar demais poderia comprometer 
um trabalho mecânico, podendo causar, inclusive, sérios acidentes de 
trabalho ou queda da produção.
Empreendedorismo
20
Com a Era Digital, as empresas perceberam que poderiam 
substituir boa parte do trabalho manual e repetitivo pelos computadores 
e máquinas computadorizadas. Ao contrário do que se pensava, a 
Era da Informação não acarretou desemprego, mas sim uma releitura 
ocupacional, destruindo uma série de cargos e funções, criando novos 
postos de trabalho, com atribuições mais nobres e criativas. O medo do 
desemprego foi surpreendido pelo altíssimo valor agregado aos salários 
que não param de subir para quem usa mais a cabeça do que as mãos 
para trabalhar.
Um novo conceito se estabeleceu no mercado: a mão de obra 
cedeu lugar às mentes de obra. Centenas de novas profissões foram 
criadas, com cursos de formação antes inimagináveis, como Gastronomia, 
Cachaçologia, Enologia, Esteticista, Designer, entre tantas outras.
Mas, quem é este novo profissional da Era da Informação? Qual 
o seu perfil? Que comportamentos e habilidades são desejáveis pelas 
empresas?
O profissional almejado pelas empresas deve desenvolver o seu 
comportamento empreendedor, aplicando as mesmas ferramentas e 
perfil dos empreendedores, porém, para dentro da organização. Daí o 
nome Intraempreendedor: Intra (dentro) + Empreendedor.
A característica mais marcante deste novo profissional é, sem 
dúvida, a sua capacidade de criar e inovar. Empresas como a Microsoft e a 
Google, por exemplo, têm nos ensinado a lidar com este novo perfil. Nessas 
empresas não é incomum presenciar funcionários sem horário rígido de 
trabalho, podendo passar dias em casa, porém conectados ao fluxo de 
trabalho da empresa. Bermudas e camisetas estampadas substituem 
os velhos e formais fardamentos. Decisões são compartilhadas entre a 
alta gestão e o mais simplório técnico. Salários relativamente baixos, no 
entanto, com participações expressivas nos resultados da empresa. Essas 
são algumas das marcas eminentes desta nova ambiência laboral.
Mas será que isso dá resultado? Há como controlar a produtividade 
dessas pessoas dentro dos projetos? A resposta é simples: Gestão por 
Resultados.
Empreendedorismo
21
Os colaboradores da Google e da Microsoft não são medidos por 
indicadores lineares como frequência ou assiduidade, mas pelo resultado 
concreto que eles conseguem produzir para os desafios propostos pela 
organização. 
Empresas como essas contratam pessoas perfeitamente capazes 
de empreender outras empresas similares, mas que, pela proposta 
de trabalho e perspectivas de ganhos financeiros sempre crescentes, 
deixam esses desejos em forma latente, direcionando todo seu potencial 
empreendedor para dentro da própria organização onde trabalham.
Para as empresas modernas, essas pessoas são seus verdadeiros 
ativos. São tratados com mais cuidado e zelo do que os próprios sócios 
acionistas, porque elas sabem que se encontra adormecido dentro da 
mente de cada uma delas um concorrente em potencial. Essas gigantes 
têm a consciência de que elas começaram pequenas como seus próprios 
funcionários, e imprimem todo esforço em motivá-los a fazer parte de 
seus times. 
Este é o perfil do Intraempreendedor. E você? Está preparado para 
formar sua equipe de intraempreendedores para alavancar o seu negócio? 
Ou você prefere ser um intraempreendedor na empresa onde trabalha ou 
pretende trabalhar?
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar nos temas desta competência? 
Recomendamos o acesso às seguintes fontes de 
consulta e aprofundamento: Artigo: “Empreendedorismo 
em rede: o poder do give back”, Clique aqui. Artigo: 
“Intraempreendedorismo – Guia completo”, Clique aqui.
Empreendedorismo
http://bit.ly/37YUV5i
http://bit.ly/3hv6Pqx
22
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que O tema estudado apresentou os fundamentos básicos 
da teoria que embasa empreendedorismo, no que se refere 
ao que é ser um empreendedor, um intraempreendedor, 
um empresário e/ou um administrador. Importante 
ressaltar que, para empreender, não basta apenas ter uma 
predisposição, mas sim compreender toda a literatura já 
elaborada sobre o tema, para assim diminuir os riscos de 
erros a caminhar rumo ao sucesso.
Empreendedorismo
23
A lógica do empreendedorismo
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo você será capaz de compreender 
a lógica de um projeto de empreendedorismo. Isto será 
fundamental para o exercício de sua profissão. E então? 
Motivado para desenvolver esta competência? Então 
vamos lá. Avante!
Introdução
Empreender é um processo dividido em etapas. Tudo começa com 
uma oportunidade de negócio, que pode ser identificada ou criada. Uma 
vez mapeada e analisada, o empreendedor constrói uma ideia de negócio 
em cima dessa oportunidade. Mas atenção! Ideia não enche barriga! Ela 
temque ser transformada em Ação! Só assim podemos dizer que temos 
um projeto empreendedor nas mãos. Vamos entender melhor a lógica 
desse processo?
Figura 4 – Representação de um processo interno de uma indústria
Fonte: Freepik 
Empreendedorismo
24
O processo do empreendedorismo
O processo do empreendedorismo pode ser representado por um 
fluxograma que consiste em três fases distintas, podendo ser recorrentes, 
ou seja, uma vez avaliada uma ideia de forma negativa, por exemplo, 
pode-se retornar à etapa de reavaliação da oportunidade, e assim por 
diante.
 • Oportunidade; 
 • Ideia;
 • Ação.
Vejamos cada fase a seguir. 
Oportunidade
Para identificar uma oportunidade tudo o que você precisar ter 
é VISÃO. Mas o que é ter visão? Para as organizações, visão (ou visão 
corporativa) pode ser definida da seguinte maneira.
DEFINIÇÃO:
Visão corporativa: Para Vieira (2020), visão é como a 
Organização se vê no futuro. A visão é a Organização 
aspirando a algo (o que será alcançado?) e inspirando partes 
interessadas (por que esse algo merece ser alcançado?). A 
visão de uma Organização traduz um conjunto de intenções 
e aspirações para o futuro, mas não detalha o modo de 
alcançá-las.
Perceba que a visão de uma organização está relacionada a algo 
que ela almeja para seu futuro. Mas, será que é esta a visão que norteia 
um empreendedor?
A visão empreendedora pode ser classificada entre visão objetiva 
(restrita a uma área de atuação) ou ampla (como um radar ou rede de 
pesca – o que cair é peixe). Em outras palavras, para alguém que sabe 
o que quer, sua visão será concentrada em um tipo específico de 
Empreendedorismo
25
negócio. Ele andará nas ruas e praças farejando algo que possa servir 
de oportunidade para seu intento. Já para alguém que possua uma visão 
ampla, ele não estará limitado a um tipo de negócio, podendo literalmente 
fisgar qualquer oportunidade que apareça e que possa ser transformada 
em um negócio.
No mercado, podemos identificar empreendedores de sucesso 
em ambos os casos. Há empresários que conseguiram erguer fortunas 
montando ou adquirindo negócios nas mais variadas áreas de atuação. 
Essas pessoas têm a capacidade de enxergar oportunidades de riqueza 
em outros empresários que iniciaram pequenos negócios. Normalmente 
elas adquirem esses negócios e multiplicam seu valor de mercado. Como 
exemplo deste perfil, temos o Marcus Lemonis, empresário, consultor e 
idealizador do famoso programa de TV: “O Sócio” (The Profit, em inglês) do 
History Channel.
Figura 5 – Exemplo de um empreendedor de sucesso: Marcus Lemonis
Fonte: Wikimedia Commos 
Já outros empresários escolheram um segmento para exercitarem 
suas visões de negócio, e também conseguiram obter bastante sucesso, 
como Steve Jobs, que focou a área de Tecnologia da Informação para 
fazer história.
Empreendedorismo
26
Figura 6 - Steve Jobs, fundador da Apple Computers.
Fonte: Pixabay 
Steve Jobs fundou a Apple, na década de 1970. Passou toda a sua 
vida tendo visões de como a vida das pessoas poderia ser melhor com o 
uso da tecnologia. Muito à frente de seu tempo, Jobs enxergou inúmeras 
lacunas no mercado, como a necessidade de se utilizar dispositivos 
móveis integrados, unindo ligações telefônicas a músicas, filmes e outras 
funcionalidades. Foi assim que surgiu o iPhone em 2007, sua última 
grande invenção. O iPhone rendeu à Apple a liderança no mercado de 
telefonia celular durante muitos anos, além da hegemonia em um nicho 
de mercado extremamente fiel, que são os usuários do iOS.
Tanto este perfil quanto o primeiro devem exercer uma lei universal 
do empreendedorismo, conhecida como a lei da visão:
Empreendedorismo
27
Pense fora da caixa!
Para exercitar a sua Visão de Negócio, comece tentando enxergar 
o mercado de outro ângulo. Faça a você mesmo as seguintes perguntas:
a. O que é feito de um jeito há muito tempo, mas poderia ser de um 
jeito diferente? Melhor? Mais rápido? Mais barato?
b. O que não é feito para atender a uma necessidade, mas, se o fosse, 
poderia ajudar muita gente e gerar lucro para quem o fizesse?
c. O que é feito há muito tempo e, se simplesmente deixasse de sê-
lo, poderia funcionar do mesmo jeito?
d. O que poderia ser substituído por alguma tecnologia?
e. O que falta ou é escasso em um lugar que poderia ser trazido de 
outro?
O hábito de questionar e se questionar pode ajudá-lo a construir, 
em sua tela mental, um processo contínuo de construção de ideias e, 
assim, fazê-lo enxergar oportunidades que, muitas vezes, batem na sua 
porta. As oportunidades sempre nos são sinalizadas a partir de velhos 
problemas. Um bom exemplo disso é o sistema de sinalização de vagas 
em estacionamentos de shopping centers, recentemente implantado nas 
principais capitais do Brasil.
Ideia
Você já sentiu na pele o incômodo de ter que circular durante 
minutos, e às vezes horas, em estacionamentos lotados de shopping 
centers, aeroportos e demais complexos de grande aglomeração 
demográfica? Este problema foi transformado em uma oportunidade de 
negócio para a PARKHELP, uma empresa que teve a seguinte IDEIA: 
Sinalizar previamente todas as vagas disponíveis em um andar de 
estacionamento, evitando assim que o motorista tenha de entrar em um 
recinto sem qualquer chance de encontrar uma vaga para seu automóvel, 
reduzindo assim o fluxo intenso de veículos e o tempo de espera para 
estacionar o carro.
Empreendedorismo
28
Figura 7 – Estacionamento
Fonte: Pixabay
Temos aqui um exemplo de uma IDEIA surgida a partir de uma 
OPORTUNIDADE, ou seja, um problema (oportunidade) gerou uma 
necessidade (ideia). Para a obtenção de uma ideia, existe uma ferramenta 
fundamental para todo e qualquer empreendedor: 
Criatividade: é uma habilidade que, embora presente em algumas 
pessoas desde que nasceram, pode ser desenvolvida por qualquer um. 
A literatura está repleta de bons livros de autoajuda que podem auxiliar 
neste estudo. Existem muitos vídeos no Youtube, e outros mediacenters, 
que podem ajudar nesse processo de busca do desenvolvimento de sua 
criatividade. Para Gun, (2017), existem 7 dicas para ser mais criativo: 
 • Como ter ideias novas com criatividade;
 • Como o ócio criativo ajuda a ter novas ideias;
 • Como as charadas ajudam a ser mais criativo;
 • Como funciona um cérebro criativo;
 • Como usar a criatividade para resolver problemas;
 • Como utilizar o humor para ser mais criativo;
 • Como treinar a criatividade e a sua imaginação.
Empreendedorismo
29
SAIBA MAIS:
Para compreender melhor o assunto, leia na íntegra o 
artigo: “9 Dicas de como ser mais Criativo”, de Murilo Gun”, 
Clique aqui.
Ação
Se alguém não tivesse tomado a iniciativa de transformar a ideia de 
sinalização de estacionamentos em uma AÇÃO, não teríamos uma empresa 
chamada PARKHELP (www.parkhelp.com) oferecendo este serviço em 
diversos lugares do mundo e, certamente, obtendo bastante lucro com 
seu empreendimento bem-sucedido. Ao contrário da PARKHELP, muitas 
pessoas e empresas desperdiçam oportunidades identificadas ou deixam 
de materializar suas ideias. Esta é a sutil, porém determinante, diferença 
de uma mente empreendedora. O Empreendedor FAREJA oportunidades, 
formula IDEIAS e não descansa até transformá-las em AÇÃO. Esta 
capacidade de fazer ideias acontecerem é conhecida como: 
Proatividade: sem este perfil comportamental é impossível se 
tornar um empreendedor de sucesso. Ideias são ideias, nada mais que 
ideias. A todo tempo, algumas centenas de milhares de pessoas estão 
tendo a mesma ideia ao mesmo tempo. Então, porque centenas de 
milhares de novos projetos empreendedores não são implementados 
simultaneamente, o tempo todo? Poucas dessas ideias conseguem ser 
transformadas em ação.
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar no tema desta competência? 
Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta 
e aprofundamento: “O Sócio (The Profit) - Temporadas 
Completas Download”, Clique aqui.
Empreendedorismohttp://keeplearningschool.com/dicas/
http://bit.ly/38GpZai
30
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
queIdeias não têm pai, nem mãe. Em que pese o fato de 
haver meios de se patentear ideias inovadoras, se elas não 
conseguem ser implementadas, rapidamente o serão por 
alguém. Portanto, a alma do negócio atualmente não é 
mais o segredo, como se pensava até o final do século XX, 
mas tão somente a velocidade com que esses “segredos” 
são transformados em ação. Para se ter sucesso como 
empreendedor, é preciso identificar uma oportunidade, 
criar uma ideia e transformá-la em ação. Para isto você 
precisa pensar fora da caixa para ser mais criativo. Construiu 
uma ideia? Seja proativo e transforme-a rapidamente em 
uma ação.
Empreendedorismo
31
O perfil de um empreendedor
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo você será capaz de entender 
o perfil de um empreendedor. Isto será fundamental 
para o exercício de sua profissão. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
Introdução
O empreendedor é um ser inquieto. Não se enquadra em rotinas e 
sempre questiona se há um jeito melhor, mais simples ou mais eficiente 
de fazer a mesma coisa. Normalmente não são muito bons com rotinas 
e controladoria, ou seja, desempenham mal tudo aquilo que exige 
um comportamento detalhista e repetitivo. É criativo por natureza e 
necessariamente um líder, ou seja, exerce sobre as outras pessoas um 
poder de liderança natural, um magnetismo que contagia e acaba por 
gerar o mesmo desejo de criar e inovar. Ao contrário do que muita gente 
pensa, o empreendedor não vive de ideias. Ele tem a habilidade e a 
capacidade de pô-las em prática. Ele não é utópico e não tem apego às 
suas próprias ideias. Se algo não dá para ser implantado, ele o descarta 
e tenta de outro jeito. Mas de uma coisa pode ter certeza – ele nunca 
desiste. Vai fundo e em frente até atingir seus objetivos. E aí? Você está 
gostando deste perfil? Está achando que ser empreendedor é a melhor 
coisa do mundo? Cuidado. A felicidade nem sempre está do lado deles. 
Esse perfil focado, persistente e aguerrido dos empreendedores, muitas 
vezes os levam a sérios erros. Alguns equívocos são muito comuns entre 
os empreendedores e, pode ter certeza, todos eles têm muitas histórias 
de sucesso e de fracasso para contar. Ao longo desta competência vamos 
conhecer as características e erros mais marcantes na personalidade 
empreendedora.
Empreendedorismo
32
Comportamentos empreendedores
Reunimos aqui algumas características comuns ao perfil dos 
maiores empreendedores da história da humanidade. 
Figura 8 – Perfil empreendedor
Fonte: Freepik 
Sem citar nomes, vamos discorrendo sobre cada um dos indicadores 
comportamentais identificados nestes empreendedores:
Ambição
A ambição é a mola propulsora do empreendedor de sucesso. Quer 
seja o dinheiro, a fama ou o altruísmo, algo tem que movê-lo rumo a seus 
objetivos. Mas aqui vale a pena salientar o lado obscuro da ambição: A 
GANÂNCIA. Tentar ir em busca de seus objetivos, passando por cima 
de seus princípios éticos, causando dor e prejuízo ao seu próximo, 
pode transformar uma mola propulsora em um engodo que o levará, 
certamente, a um grande tombo, com perdas irreparáveis à sua imagem, 
reputação e, até mesmo, em seus resultados financeiros. 
Empreendedorismo
33
Vivemos em uma sociedade cada vez mais globalizada, onde as 
fronteiras são rompidas a cada ano e as pessoas ficam cada vez mais 
próximas umas das outras. Não dá mais para aplicar a velha lei do “Gerson”, 
onde o que importa é levar vantagem em tudo. Em contraposição a esta 
lei existe a Lei do Retorno, onde BATEU-LEVOU. E em pleno século 21, 
não é mais possível ganhar sozinho. Os ganhos em rede, impulsionados 
pelas parcerias, são cada vez mais lucrativos. Atualmente, é comum se 
ouvir falar que: UM NEGÓCIO SÓ É BOM QUANDO É BOM PARA TODOS 
OS ENVOLVIDOS. 
Em um mundo globalizado, a palavra “TODOS” ganha um novo 
sentido, transpondo os limites de uma sociedade e, até mesmo, dos 
funcionários da empresa, abarcando clientes, fornecedores e a sociedade 
civil organizada. Todos, sem exceção, devem ser encarados como atores 
de seu negócio.
Atitude
Assim como vimos no exemplo da PARKHELP, sem atitude 
não conseguimos transformar ideias em ação. Mas os grandes 
empreendedores da história não são conhecidos apenas por terem tido 
a atitude de iniciar seus negócios. Atitude é uma característica marcante 
e recorrente na história desses vencedores. A vida empresarial é um 
constante processo de tomadas de decisões. O sucesso no mundo dos 
negócios é o somatório das decisões acertadas subtraído do somatório 
das decisões equivocadas. Mas, lembre-se: uma decisão não tomada, ou 
simplesmente protelada por um longo tempo, pode pesar como ponto 
negativo nessa balança, de sorte que: entre acertar ou errar, o melhor a 
fazer é simplesmente tentar.
Mas, por outro lado, é importante registrarmos aqui a enorme 
diferença entre atitude e INCONSEQUÊNCIA. Muitos empreendedores, 
movidos pelo impulso, tendem a tomar decisões precipitadas, ignorando 
importantes ferramentas e recursos como a pesquisa, o aconselhamento 
(ouvir mais do que falar) e, o mais importante: utilizar TODO O TEMPO 
DISPONÏVEL antes de tomar aquela decisão.
Empreendedorismo
34
Para ilustrar essa diferença, vamos recorrer ao Basquetebol. Quem 
curte esse esporte conhece bem o drama de se estar a 30 segundos do 
final do jogo, com a posse de bola, e ter que fazer uma cesta salvadora 
para ganhar por, apenas, um ponto de diferença.
Qual o segredo tático que um técnico pode utilizar nesta situação 
de jogo? Simples: pedir tempo para orientar a equipe e traçar o plano de 
ataque e de defesa. E o time? Qual o comportamento esperado? Gastar 
todo o tempo de 30 segundos sem perder a posse de bola e, nos últimos 
5 segundos a que tem direito, tentar a cesta de dois pontos.
Mesmo aqueles que curtem esse esporte ignoram este importante 
recurso de que dispõem: o TEMPO. No mundo dos negócios, decisão é 
algo que se deve tomar com tempo suficiente para dissipar as pressões 
e dar chance às oportunidades de se nutrirem da pesquisa e do 
aconselhamento necessários. Sem utilizar bem o TEMPO, uma atitude 
pode se transformar em um ato INCONSEQUENTE e, consequentemente, 
acarretar duras perdas para o seu negócio.
Coragem
Mas, muitas vezes, ter atitude requer bem mais que tempo, 
aconselhamento e pesquisa. 
É necessário um requisito fundamental para o empreendedor: 
CORAGEM. Este é um atributo que passa, necessariamente, pela confiança 
que você tem nos seus conselheiros, sócios e, principalmente, em você 
mesmo.
Mais uma vez é importante não confundir CORAGEM com 
INCONSEQUÊNCIA. Algumas vezes, por orgulho ou vaidade, o 
empreendedor é levado a tomar decisões apenas para mostrar que tem 
coragem. 
Esqueça essa ideia. Esses sentimentos devem ser banidos do 
vocabulário de um empreendedor de sucesso. Baixar a guarda, em alguns 
momentos, faz parte do jogo no mundo dos negócios. Mais uma vez, o 
remédio para se precaver contra a inconsequência é o mesmo tratado no 
item anterior: TEMPO. 
Empreendedorismo
35
Este fundamental recurso também serve para avaliar melhor se 
uma atitude é fruto do coração (EGO) ou da razão. Portanto, não confunda 
Coragem com IMPULSIVIDADE.
Resiliência
Costuma-se dizer que empreender é um ato agridoce. No início 
tudo são flores. A expectativa de ganhar dinheiro. A empolgação da 
construção da marca, da escolha do ponto, enfim, a cada nova conquista, 
uma nova comemoração. Mesmo após a inauguração, o empresário vive 
um momento de lua de mel com o seu empreendimento, até advirem as 
primeiras barreiras: falta de recursos, pressão da concorrência, questõestrabalhistas, entre uma infinidade de problemas. 
Boa parte das empresas fecham nos primeiros dois anos de 
funcionamento por conta de, entre outros fatores, falta de RESILIÊNCIA 
de seus empreendedores. Mas a final de contas, o que é RESILIÊNCIA? 
Ser resiliente é ser perseverante, sem ser insistente. É persistir em seus 
ideais sem se revoltar com os tropeços. É se alimentar dos erros, levando 
em conta apenas os ensinamentos. É vibrar com os acertos, sem elevar 
a soberba.
Muita gente confunde RESILIÊNCIA com PERSISTÊNCIA. A 
persistência, por si só, insiste em bater na mesma tecla, mesmo sabendo 
que não é a tecla correta. E parafraseando um velho adágio popular: 
errar é humano – insistir no erro é burrice. O empreendedor de sucesso é 
resiliente porque não desiste de seus ideais. E quando percebe que está 
no caminho errado, não hesita em tomar outro rumo, contanto que o leve 
ao mesmo local.
A resiliência é, sem dúvida alguma, um dos comportamentos mais 
nobres, não apenas do empreendedor, mas do administrador, do gerente 
e de todo e qualquer profissional que deseja construir uma carreira de 
sucesso.
Empreendedorismo
36
VOCÊ SABIA?
O termo resiliência, amplamente utilizado e difundido na 
área de gestão e negócios, foi tomado por empréstimo 
da física. A resiliência é uma propriedade apresentada por 
alguns materiais sólidos que se caracterizam por resgatar 
a sua forma original após uma deformação forçada. Isso 
ocorre com o aço. Até o seu ponto de resiliência, um 
vergalhão de aço pode ser dobrado e ter a sua forma 
original perfeitamente retomada após cessar a tensão que 
o mantém dobrado. Ao passar desse ponto, ele se deforma 
e não mais consegue retomar sua forma original.
Persuasão
É um ledo engano achar que se pode desenvolver um novo 
empreendimento sozinho. Empreender é, antes de qualquer coisa, vender 
ideias; convencer pessoas a embarcar em nosso projeto. Ainda que você 
disponha de recursos próprios o suficiente para não precisar de sócios 
investidores, ou capital de terceiros, você precisa persuadir funcionários, 
fornecedores, parceiros e, principalmente, clientes a comprar o seu peixe.
Mas, como todo comportamento tem seu lado obscuro, é 
importante não confundir PERSUASÃO com ENGANAÇÃO. Persuadir é 
convencer alguém a comungar de suas ideias, sem omitir fatos ou vender 
falsas ilusões. Este é o grande desafio do empreendedor: construir seu 
negócio em bases sólidas é conquistar o maior número de seguidores 
para embarcar em seu projeto.
Organização
Engana-se quem diz que o empreendedor não precisa ser 
organizado. Que basta ter um sócio organizado ou contratar um 
administrador com este perfil para ter êxito em seus negócios. A 
organização é uma cultura que deve ser cultivada e desenvolvida de cima 
para baixo. Sem organização você até consegue elaborar um projeto e até 
mesmo implantá-lo com algum índice de sucesso, mas, dificilmente irá 
Empreendedorismo
37
muito longe sem aguçar essa habilidade, cada vez mais indispensável em 
um mercado extremamente competitivo.
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar no tema desta competência? 
Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e 
aprofundamento: Artigo: “A relação entre o jeitinho brasileiro 
e o perfil empreendedor: possíveis interfaces no contexto da 
atividade empreendedora no Brasil”, Clique aqui.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que o tema discorreu sobre algumas características 
comuns ao perfil dos maiores empreendedores da história 
da humanidade, sendo elas: ambição; atitude; coragem; 
resiliência; persuasão; organização. Ser empreendedor é ser 
criativo por natureza e necessariamente um líder, ou seja, 
exercer sobre as outras pessoas um poder de liderança 
natural, um magnetismo que contagia e acaba por gerar o 
mesmo desejo de criar e inovar.
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38
As ferramentas do empreendedor
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo você será capaz de utilizar as 
ferramentas do empreendedor. Isto será fundamental 
para o exercício de sua profissão. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
Introdução
Aprendemos anteriormente quais condutas e comportamentos são 
desejáveis para um empreendedor. Ao longo deste tópico, iremos estudar 
que ferramentas devem ser utilizadas dentro de um projeto exitoso de 
empreendedorismo. Tais ferramentas são extremamente necessárias e 
não devem ser prescindidas, considerando-se, contudo, a aplicabilidade 
de cada uma delas. São essas as principais ferramentas das quais você 
poderá lançar mão em diversos momentos de seu projeto empreendedor:
 • Pesquisa;
 • Planejamento Estratégico;
 • Liderança;
 • Marketing Pessoal;
 • Gerência de Projetos.
Vamos discorrer sobre cada uma dessas ferramentas, sem a 
pretensão de nos aprofundarmos demais, pois cada uma delas se constitui 
em um universo de informações.
Principais ferramentas
Nesta sessão, vamos discorrer sobre as cinco principais ferramentas 
do empreendedor. Não estamos falando de softwares ou instrumentos, 
mas sim de metodologias úteis para o desenvolvimento de projetos 
empreendedores.
Empreendedorismo
39
Pesquisa de mercado
Figura 9 – Pesquisa de mercado
Fonte: Freepik 
Existe um preconceito muito grande dos empreendedores 
brasileiros em relação à pesquisa. Já se ouviu várias piadas pondo em 
xeque a necessidade de se fazer pesquisa para iniciar um empreendimento 
ou se lançar um produto no mercado, como por exemplo: “Se Steve Jobs 
tivesse feito uma pesquisa antes de lançar o iPad, talvez ele jamais o 
tivesse lançado”. 
De fato, algumas pesquisas são demasiadamente intangíveis, como 
aquelas que visam auscultar o mercado quanto ao lançamento de um 
produto muito inovador. Mas é inegável a eficácia de uma boa pesquisa 
para nos livrar de alguns desastres, como levantar o perfil do público 
consumidor para um produto a ser comercializado em uma região, ou 
mesmo mapear a distribuição do mercado entre seus concorrentes. 
Mais adiante veremos como trabalhar com pesquisa de mercado 
dentro de um estudo de caso. Por hora, podemos seguramente adiantar 
o seguinte: um pequeno investimento em pesquisa pode nos livrar de 
uma pequena fortuna em prejuízo. A negligência quanto ao uso desta 
importante ferramenta é um dos motivos da alta taxa de mortalidade das 
empresas brasileiras, sobretudo as start-ups. 
Empreendedorismo
40
Planejamento estratégico
Como uma ideia se transforma em uma ação? Por qual processo 
ela passa? Quais as ferramentas necessárias para planejá-la e executá-la 
a contento? A resposta para todas essas dúvidas passa por uma ciência 
intitulada: Planejamento Estratégico.
Em linhas gerais, planejamento estratégico é um documento, 
elaborado principalmente pelo empreendedor do negócio, que delineia, 
no tempo e no espaço, como o projeto de implantação de seu negócio 
será conduzido. 
Alguns indicadores são determinantes para o planejamento 
estratégico do empreendimento, tais como: 
 • Objetivo; 
 • Missão; 
 • Visão; 
 • Valores; 
 • Público-Alvo; 
 • Mercado; e
 • Concorrentes.
Muita gente pensa que Planejamento Estratégico é algo que só 
se elabora para angariar investidores. Outro engano clássico. Iniciar um 
negócio sem um planejamento estratégico, por mais simples que seja, 
é como entrar em um avião sem um plano de voo definido. Imagine só 
decolar em uma aeronave sem saber a distância a ser percorrida e quanto 
combustível será necessário para a navegação? O destino deste voo é 
líquido e certo: “um Desastre Aéreo”. 
Mas, pasme: é exatamente assim que ocorre com a maioria dos 
pequenos negócios montados no Brasil. As empresas abrem as portas 
sem saber o que querem e onde desejam chegar. Batem as portas dos 
bancos atrás de recursosde curto prazo sem saber se irão poder cumprir 
com os acordos no longo prazo.
Empreendedorismo
41
Mais adiante teremos uma sequência de unidades dedicadas 
exclusivamente ao planejamento estratégico de um negócio, inclusive o 
econômico-financeiro.
Liderança
Se você pensa que liderança é um dom que já nasce com a pessoa, 
acertou. Mas, felizmente, esta ferramenta é algo que se pode desenvolver 
em qualquer perfil comportamental. Nunca se escreveu tanto sobre 
liderança quanto nos últimos 50 anos. De Peter Drucker para cá, o mundo 
dos negócios vem se voltando, cada vez mais, para o desenvolvimento 
gerencial de seus executivos. 
Termos como Coaching, Executive Head Hunter, entre outros, 
enchem as bibliotecas no afã de encontrar o jeito ideal para desenhar a 
mente do executivo perfeito. Mas, de uma coisa fique certo: a Liderança 
é uma das ferramentas mais necessárias e determinantes para o sucesso 
de um empreendimento, tanto para o empreendedor, quanto para seus 
liderados.
Marketing pessoal
O empreendedor tem que ter a consciência de que a imagem da 
sua empresa passa pela sua própria imagem. E a construção de sua 
marca empresarial é o resultado do esforço de construção da linha de 
comunicação institucional da empresa como um todo, perpassando os 
funcionários e dirigentes.
Para vender bem a imagem de seu negócio, você precisa trabalhar 
a sua imagem pessoal, lançando mão das ferramentas do Marketing 
Pessoal. Essa imagem pessoal será naturalmente transmitida a todos 
os seus liderados, fornecedores e, em alguns casos, até mesmo seus 
clientes. A história recente mostra muitas empresas se perderem em 
seu marketing institucional por conta da má conduta de seus gestores. O 
empreendedor de sucesso sabe que ele se tornará uma pessoa pública, e 
esta publicidade tende a aumentar na medida em que seus negócios vão 
ganhando visibilidade e obtendo sucesso. 
Empreendedorismo
42
Hoje, por exemplo, vemos grandes corporações cuja imagem se 
confunde com a de seus fundadores, como é o caso do Grupo Pão de 
Açúcar (Abílio Diniz), Votorantim (Antônio Hermínio de Morais), SBT (Sílvio 
Santos), Grupo Bompreço (João Carlos Paes Mendonça), entre muitos 
outros.
Gerenciamento de projetos
Outra ferramenta da administração importantíssima para o 
empreendedor é o gerenciamento de projetos. Existem, inclusive, algumas 
certificações nesta área, como a PMP (Project Management Professional), 
entre outras. 
Claro que, se sua intenção é tão somente elaborar e implantar o 
seu projeto de empreendedorismo, não se faz necessário tirar esta ou 
qualquer outra certificação, porém, não é uma má ideia conhecer todos 
os fundamentos do PMBOK (Project Management Body Of Knowledge), 
conhecido como a cartilha do gerenciamento de projetos, segundo o PMI 
(Project Management Institute).
Mas, o que vem a ser gerenciamento de projetos?
DEFINIÇÃO:
Gerenciamento de projetos: Gerenciamento de projetos é o 
conjunto de técnicas, conceitos e boas práticas que auxilia 
o profissional a gerenciar projetos. Gerenciar um projeto, por 
sua vez, consiste em planejar, executar, monitorar, controlar 
e encerrar um ciclo de atividades que tem começo, meio 
e fim. A este ciclo de atividades dá-se o nome de projeto.
Mas o que é necessário para gerenciar um projeto? 
Gerenciar um projeto nada mais é do que articular habilidades nas 
seguintes áreas de conhecimento:
 • Escopo: O que realmente você vai fazer? Estamos falando do 
objetivo do projeto e das entregas que serão realizadas.
Empreendedorismo
43
 • Tempo: Em quanto tempo você vai desenvolver cada etapa e 
atividade de seu projeto, e em que ordem de precedência? Como 
acompanhar, monitorar e controlar os tempos realizados em 
função dos prazos planejados? Como compactar o cronograma 
de um projeto em meio a sua execução?
 • Custo: Quanto vai lhe custar cada atividade de seu projeto? Como 
racionalizar os custos em meio a imprevistos como falta de verba 
ou estouro de orçamento?
 • Qualidade: Quais os indicadores que você irá definir para medir a 
qualidade de seu produto? Que plano você tem para acompanhar 
esta qualidade ao longo da execução de seu projeto?
 • Riscos: Quais os riscos que você terá que mitigar ou eliminar ao 
longo da implantação de seu projeto? Como você irá administrá-
los?
 • Comunicações: De que maneira você pretende assegurar a boa 
comunicação entre você e sua equipe de projeto? Que ferramentas 
e softwares você irá utilizar? De que maneira?
 • Recursos Humanos: Quem são as pessoas e qual a dedicação que 
elas terão ao projeto, de modo que você possa mensurar?
 • Aquisições: Que itens materiais você terá que adquirir e que 
serviços deverão ser contratados para viabilizar a implantação de 
seu projeto?
 • Partes interessadas: Quem são as pessoas direta e indiretamente 
envolvidas com o seu projeto? Essas pessoas devem se constituir 
em ponto de atenção permanente do gerente de projetos. O 
termo técnico mais utilizado para esta área de conhecimento vem 
do inglês: stakeholders.
 • Integração: Como as nove áreas anteriormente citadas irão se 
integrar?
Não temos a pretensão de lhe ensinar as técnicas de gerenciamento 
de projetos, mas sim a conscientização de sua importância para o êxito 
de seu empreendimento, além de várias dicas sobre como gerenciar 
Empreendedorismo
44
a implantação de seu empreendimento. Assim, recomendamos que 
você faça estude de forma aprofundada esta ciência, não esquecendo 
que o seu empreendimento passa necessariamente por um projeto de 
implantação.
Outras ferramentas
As ferramentas que vimos no item anterior referem-se 
especificamente à fase de projeto do empreendimento. Mas você não 
deve esquecer de que o empreendedor de hoje será o administrador de 
amanhã. Portanto, antes ou durante o seu projeto de empreendedorismo, 
recomendamos que você invista na sua educação empresarial, 
complementando sua formação empreendedora com áreas de 
conhecimento de Administração como um todo.
Neste sentido, elencamos ferramentas importantíssimas para você 
utilizar na fase de administração de sua empresa:
 • Gestão do Marketing;
 • Gestão de Recursos Humanos;
 • Gestão Financeira;
 • Gestão Contábil;
 • Gestão de Contratos;
 • Gestão da Tecnologia da Informação (TI);
 • Gestão de Processos.
Dependendo da especificidade de sua área de atuação, outras 
ferramentas poderão ser importantes, tais como:
 • Gestão Logística;
 • Gestão de Compras e Suprimentos; e
 • Gestão da Produção Industrial.
Empreendedorismo
45
Outras ferramentas ainda mais específicas podem ser necessárias 
à gestão de seu negócio. Fique atento a elas e não deixe de investir em 
seu conhecimento.
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar no tema desta competência? 
Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e 
aprofundamento: Artigo: “A importância do gerenciamento 
de projetos no desenvolvimento empresarial”, Clique aqui.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
sobre as ferramentas que devem ser utilizadas dentro de um 
projeto exitoso de empreendedorismo. São elas: pesquisa; 
planejamento estratégico; liderança; marketing pessoal; 
gerência de projetos. Tais ferramentas são extremamente 
necessárias e não devem ser prescindidas, considerando-
se, contudo, a aplicabilidade de cada uma delas.
Empreendedorismo
https://bit.ly/2Mc9z0w
46
REFERÊNCIAS
DICIO. Inovação. Disponível em: Dicionário Online de Português: 
https://www.dicio.com.br/inovacao/. Acesso em: 13 jan. 2021.
ENDEAVOR. Empreendedorismo em rede: o poder do “give back”. 
Disponível em: http://bit.ly/37YUV5i. Acesso em: 13 jan. 2021.
GUN, M. 7 dicas de como ser mais criativo. Keep Learning School. 
Disponível em: http://bit.ly/3hrjhYH. Acesso em: 13 jan. 2021.
MIYATAKE, Anderson Katsumi. et al.Empreendedorismo. Unicesumar: 
Maringá, Pr, 2016. Disponível em: https://bit.ly/3m0WSpm. Acesso em: 27 
jul. 2021.
O SÓCIO (The Profit) – Temporadas Completas Download. (13 jan. 
2021). The Carvalho. Disponível em: http://bit.ly/38GpZai. Acesso em: 13 
jan. 2021.
PEDROSO, J. P., MASSUKADO-NAKATANI, M. S., & MUSSI, F. B. (jul-ago. 
2009). A Relação entre o Jeitinho Brasileiro e o Perfil Empreendedor: Possíveis 
Interfaces no Contexto da Atividade Empreendedora no Brasil. RAM - Revista 
de Administração Mackenzie. Disponível em: http://bit.ly/3pyzUV1. Acesso 
em: 13 jan. 2021.
PERIARD, G. Intraempreendedorismo - Guia completo. Sobre 
Administração. Disponível em: http://bit.ly/3hv6Pqx. Acesso em: 13 jan. 
2021.
SCHUMPETER, Joseph (1949). In: DIAS, Renato. Falando sobre 
empreendedorismo. (13 jan. 2016). Disponível em: https://bit.ly/38Gbaod. 
Acesso em: 13 jan. 2021. 
Taxa de mortalidade de empresas no país. Notícias. Disponível 
em: https://bit.ly/2WSzbSm. Acesso em: 13 jan. 2021.
VIEIRA, P. O que é visão para uma empresa? Administradores.com. 
Disponível em: https://bit.ly/3pBhzql. Acesso em: 13 jan. 2021.
XAVIER, W. A importância do gerenciamento de projetos no 
desenvolvimento empresarial. Administradores.com. Disponível em: 
Acesso em: 30/12/2020
Empreendedorismo
	_Hlk60380224
	_Hlk60380278
	_Hlk60380706
	Fundamentos de empreendedorismo
	Introdução
	O que é ser empreendedor
	O que é empreendedorismo?
	Empreendedor x Administrador
	Empreendedor x Empresário
	Intraempreendedorismo
	A lógica do empreendedorismo
	O processo do empreendedorismo
	Oportunidade
	Ideia
	Ação
	O perfil de um empreendedor
	Introdução
	Comportamentos empreendedores
	Ambição
	Atitude
	Coragem
	Resiliência
	Persuasão
	Organização
	As ferramentas do empreendedor
	Introdução
	Principais ferramentas
	Pesquisa de mercado
	Planejamento estratégico
	Liderança
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	Gerenciamento de projetos
	Outras ferramentas

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