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Saúde e Segurança no Trabalho

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1
SAÚDE E SEGURANÇA 
NO TRABALHO 
MICHELE LISBOA SILVEIRA 
EDUCAÇÃO A 
DISTÂNCIAFACULDADE ÚNICA
1
SAÚDE E SEGURANÇA 
NO TRABALHO 
MICHELE LISBOA SILVEIRA 
1
Michele Lisboa Silveira
Doutora (2021) e Mestra (2017) em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de 
Minas Gerais (UFMG). Graduada em Engenharia de Produção pela Universidade Federal 
de Ouro Preto (UFOP-MG)(2014). Possui experiência em docência em nível superior e atua 
como professora conteudista na elaboração de livros, gravação de vídeo aulas e bancos de 
questões de provas para diversas instituições. Também possui experiência na implantação 
do gerenciamento de projetos e planejamento e controle da produção. Possui diversas 
publicações em congressos, jornais e periódicos com foco em processos de fabricação, 
materiais e gerenciamento de projetos.
2
SAÚDE E SEGURANÇA 
NO TRABALHO 
1° edição
Ipatinga, MG
Faculdade Única
2021
3
© 2021, Faculdade Única.
 
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autoriza-
ção escrita do Editor.
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL
 Diretor Geral:Valdir Henrique Valério
 Diretor Executivo:William José Ferreira
 Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira
 Revisão Gramatical e Ortográfica: Izabel Cristina da Costa
 
 Revisão/Diagramação/Estruturação: Bruna Luíza mendes Leite 
 Carla Jordânia G. de Souza
 Guilherme Prado 
 
 Design: Aline De Paiva Alves
 Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Taisser Gustavo Soares Duarte
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.
NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA 
Rua Salermo, 299
Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG
Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300
www.faculdadeunica.com.br
4
LEGENDA DE
Ícones
Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes nas 
quais você precisa ficar atento.
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do 
conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones 
ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado 
trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a 
seguir:
São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca 
virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro.
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade, 
associando-os a suas ações.
Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos 
conteúdos abordados no livro.
Apresentação dos significados de um determinado termo ou 
palavras mostradas no decorrer do livro.
 
 
 
FIQUE ATENTO
BUSQUE POR MAIS
VAMOS PENSAR?
FIXANDO O CONTEÚDO
GLOSSÁRIO
5
SUMÁRIO UNIDADE 1
UNIDADE 2
UNIDADE 3
1.1 Saúde Ocupacional .....................................................................................................................................................................8
1.2 Segurança no trabalho ...........................................................................................................................................................9
1.3 Acidentes de trabalho ............................................................................................................................................................11
 1.3.1 Doenças profissionais e Doenças do trabalho ..............................................................................................................13
1.4 Considerações sobre a unidade ......................................................................................................................................14
FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................16
2.1 Serviços especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho ...............20 
2.2 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA .....................................................................................21 
2.3 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA.................................................................................24
2.4 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO ..........................................................25
2.5 Considerações finais sobre a unidade .....................................................................................................................26
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................27
3.1 Classificação dos riscos ocupacionais .......................................................................................................................31
3.2 Análise de riscos .......................................................................................................................................................................33
 3.2.1 Análise de Riscos Qualitativas ..........................................................................................................................................33
 3.2.2 Análise de Riscos Quantitativas ......................................................................................................................................34
3.3 Programa de Gerenciamento de Riscos ..................................................................................................................35
3.4 Considerações finais sobre a unidade ......................................................................................................................36
FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................37
CONCEITOS DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 
PRINCIPAIS COMISSÕES E PROGRAMAS DE SAÚDE , SEGURANÇA 
E TRABALHO NO BRASIL 
GERENCIAMENTO DE RISCOS 
UNIDADE 4
4.1 Introdução ....................................................................................................................................................................................41
4.2 Análise ergonômica do posto de trabalho ...........................................................................................................42
4.3 Diagnóstico ergonômico ...................................................................................................................................................43
4.4 Laudo ergonômico ................................................................................................................................................................45
4.5 Considerações finais sobre a unidade .....................................................................................................................46
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................47
ERGONOMIA 
UNIDADE 5
5.1 Introdução .......................................................................................................................................................................................51
5.2 Leis , decretos, normas e portarias regulamentadoras....................................................................................51
5.3 Visão geral das normas regulamentadoras ...........................................................................................................525.4 Considerações finais sobre a unidade .......................................................................................................................55
FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................56
LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO 
UNIDADE 6
6.1 Introdução ...................................................................................................................................................................................60
6.2 Responsabilidade do empregador pela prevenção dos acidentes de trabalho ........................60
6.3 Responsabilidade do empregado pela prevenção dos acidentes de trabalho ...........................61
6.4 Documentos legais obrigatórios a todas as empresas e fiscalização do Ministério do 
Trabalho e do Emprego ............................................................................................................................................................62
6.5 Considerações finais sobre a unidade ....................................................................................................................63 
FIXANDO O CONTEÚDO ...........................................................................................................................................................65
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO..................................................................................................................68 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................................................69
RELAÇÕES INTERPESSOAIS 
6
UNIDADE 1
Na unidade 1 são definidos os principais conceitos sobre Saúde e Segurança do 
trabalho, tais como: Saúde Ocupacional, Segurança no Trabalho e os principais tipos 
de acidentes de trabalho, ou seja, as doenças ocupacionais e as doenças do trabalho. 
Dessa forma, são destacados os principais procedimentos, bem como a necessidade 
de profissionais qualificados para controlar os riscos e disponibilizar um ambiente 
que não prejudique à saúde dos trabalhadores. 
UNIDADE 2
Na unidade 2 apresentam-se as principais comissões e programas de Saúde e 
Segurança no trabalho. Setores importantes como SESMT e CIPA são formados por 
trabalhadores de diversas áreas, que devem atuar na concepção de um ambiente 
de trabalho seguro e saudável. Além disso, os membros do SESMT devem criar 
documentos importantes, como PPRA e PCMSO, que constam avaliações de riscos e 
propostas de exames de diferentes naturezas para os trabalhadores. 
UNIDADE 3
Nesta unidade são definidos os principais riscos ocupacionais, tais como os 
riscos de acidentes, ergonômicos, físicos, químicos e biológicos. Os riscos devem 
ser identificados por técnicas qualitativas e quantitativas, ou seja, deverão ser 
minuciosamente observados e medidos a fim de que possam ser minimizados ou 
eliminados. Também deverá existir um Programa de Gerenciamento de Riscos a fim 
de acompanhar o controle dos riscos em um ambiente de trabalho. 
UNIDADE 4
Na unidade 4 apresentam-se os conceitos e aplicações sobre a Ergonomia física, 
cognitiva e organizacional. São descritas as fases da Análise Ergonômica do Trabalho 
(AET), do Diagnóstico e do Laudo Ergonômico. Além disso, destaca-se o papel da 
Ergonomia como uma ciência aplicada, capaz de contribuir para o planejamento 
eficiente das tarefas, postos de trabalho, produtos e ambientes, além de permitir a 
usabilidade, ou seja, a interação adequada entre o homem e os produtos e tarefas do 
seu cotidiano
UNIDADE 5
Na unidade 5 são descritas as hierarquias e grau de detalhamento existente entre 
leis, decretos, normas e portarias regulamentadoras que normatizam os princípios de 
Saúde e Segurança do trabalho no Brasil. A unidade também dispõe uma visão geral 
sobre as 37 normas regulamentadoras, definindo os responsáveis e as etapas para 
elaboração das mesmas. 
UNIDADE 6
A unidade 6 apresenta as relações interpessoais entre os principais agentes 
mantenedores da Saúde e Segurança no Trabalho: os empregados, empregadores 
e os órgãos fiscalizadores, como o Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE). É 
dever de todos contribuírem para a manutenção de ambientes de trabalhos sadios, 
cumprindo a legislação e assumindo comportamentos que possam minimizar os 
riscos de doenças e acidentes ocupacionais. 
C
O
N
FI
R
A
 N
O
 L
IV
R
O
7
CONCEITOS DE SAÚDE E 
SEGURANÇA NO TRABALHO 
UNIDADE
01
8
1.1 SAÚDE OCUPACIONAL 
 O conhecimento e aplicação das técnicas de Saúde e Segurança no Traba-lho são 
importantes para toda a sociedade. Quando um trabalhador sofre um acidente ou mani-
festa uma doença ocupacional, consequências graves podem ser apresentadas, tais como 
sequelas físicas irreparáveis ou a própria morte. Para as empresas, caso não cumpram as 
normas regulamentadoras de saúde e segurança, podem responder por processos judi-
ciais, multas, além de prejuízos incalculáveis para a organização. Além disso, o próprio go-
verno deve arcar com os custos de auxílio-doença em caso de afastamento do serviço por 
motivo de saúde, sendo, portanto, indesejável sobrecarregar os órgãos de auxílio, como por 
exemplo, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Quando um trabalhador solicita auxílio-doença, ele deve aguardar um tempo para receber 
uma resposta. O que poderia ser feito para melhorar a qualidade e reduzir os tempos de aten-
dimento no sistema previdenciário?
VAMOS PENSAR?
O filme “Eu, Daniel Blake”, fala sobre a vida de um funcionário que quer se apo-
sentar por invalidez. O personagem principal passa por problemas na agência de 
previdência, cujos funcionários o destratam e não têm paciência, além dos prazos 
e burocracias do sistema, que prejudicam ainda mais o personagem principal. O 
filme pode ser acessado no youtube, pelo link: https://bit.ly/3rdcmFK. (Acesso em:: 
04 Jan. 2021).
BUSQUE POR MAIS
 A Saúde Ocupacional consiste na elaboração de diversos procedimentos a fim de 
manter um ambiente laboral saudável, de modo que os princípios éticos, morais e técni-
cos sejam respeitados (NUNES, 2014). Dessa forma, a Saúde Ocupacional busca oferecer ao 
trabalhador o bem-estar físico, mental e social, permitindo que ele se adapte ao trabalho 
da melhor forma possível. São tomadas medidas com ênfase na saúde, humanização do 
trabalho, Ergonomia, Higiene Ocupacional, entre outros fatores que possam assegurar o 
conforto e a segurança dos empregados. 
 Quando a Saúde Ocupacional busca a humanização do trabalho, significa que a em-
presa valoriza seus colaboradores como parceiros, ou seja, reconhecem que as pessoas 
fazem parte do seu patrimônio. Assim, humanizar o trabalho significa estabelecer uma 
boa comunicação, respeitar a vida humana e promover relacionamentos com ética e res-
ponsabilidade social.
 A Saúde Ocupacional também busca cumprir os princípios de Ergonomia, ou seja, 
oferecer interfaces de trabalho seguras, com adequação ao uso e eficiência na interação 
entre o homem com os objetos do seu trabalho. Os conceitos detalhados sobre Ergonomia 
são tratados na Unidade 4 deste livro.
https://bit.ly/3rdcmFK
9
Outra função importante que deve ser garantida pela Saúde Ocupacional é a Higiene Ocu-
pacional. De acordo com a American Conference Of Governmental Industrial Hygienists 
(2010), a Higiene Ocupacional tem o objetivo de reconhecer e avaliar o controle dos fatores 
ambientais ou tensões decorrentes do ambiente de trabalho. Assim, quaisquer fatores que 
possam provocar doenças, prejuízos à saúde, desconforto ou ineficiência nos trabalhado-
res, deverão ser identificados e eliminados. 
 De acordo com Rossete (2015), é responsabilidade da Saúde Ocupacional cuidar da 
prevenção de doenças relacionadas à ocupação do trabalhador. Quando se avalia a saúde 
de um trabalhador, deve ser levado em consideração tanto as condiçõesfísicas quanto o 
bem-estar psicológico do indivíduo em seu ambiente de trabalho. 
 O setor de Saúde Ocupacional deve se preocupar em evitar acidentes, ou seja, pro-
mover benefícios tanto para empregado quanto para o empregador. Para que as empre-
sas evitem acidentes e doenças decorrentes da atividade do trabalho, não basta dizer aos 
funcionários “Foco na segurança” ou “Cuidado com o perigo”, entre outros comandos de 
ação comuns nas organizações. Muito além de difundir a cultura da segurança do traba-
lho, as empresas devem oferecer um ambiente seguro e saudável, mantendo a integridade 
física e mental de seus trabalhadores. 
 Sabe-se que uma doença, um acidente ou o estresse emocional causam impactos 
indesejáveis na saúde de um trabalhador, e consequentemente são indesejáveis pelas em-
presas contratantes. Assim, é dever das empresas prestar atenção ao estado de saúde de 
seus funcionários, estabelecendo as condições ideais de trabalho. Dessa forma, quando 
uma empresa dispõe da área da Saúde Ocupacional, é possível prestar assistência médica 
preventiva e garantir o acompanhamento médico de seus funcionários em casos de pro-
blemas decorrentes da atividade laboral. 
 Normalmente, as empresas desenvolvem programas de Medicina Ocupacional a fim 
de oferecer exames, relatórios anuais e arquivos médicos elaborados por profissionais da 
medicina do trabalho, que auxiliam na melhoria da produtividade e da qualidade de vida 
do trabalhador (ROSSETE, 2015). 
Conceitos e aplicações importantes sobre saúde ocupacional podem ser encontra-
dos no livro “Segurança do trabalho e saúde ocupacional” (2015) do autor Celso 
Augusto Rossete. Disponível em: https://bit.ly/318sRIs. Acesso em:: 04 jan. 2021.
BUSQUE POR MAIS
1.2 SEGURANÇA NO TRABALHO 
 De acordo com Nunes (2014), a Segurança no Trabalho consiste em diferentes ações 
que devem ser implantadas em uma empresa a fim de neutralizar ou eliminar os riscos de 
um ambiente laboral. Assim, a Segurança no Trabalho busca a preservação da integridade 
física e da saúde dos colaboradores, sendo uma responsabilidade do setor de Saúde Ocu-
pacional.
 As empresas devem planejar a disponibilização adequada de recursos, máquinas e 
equipamentos, no sentido de oferecer um ambiente seguro de trabalho. Assim, é dever 
das organizações se anteciparem quanto ao conhecimento dos possíveis riscos profissio-
https://bit.ly/318sRIs
10
nais. Não se deve esperar a ocorrência de um acidente para que a empresa analise algum 
problema potencial no local de trabalho. O mais importante é prever os possíveis riscos 
antes que aconteçam, a fim de que possam ser tratados e eliminados, ou seja, todos os 
fatores que poderão estar associados a acidentes ou doenças de trabalho deverão ser cui-
dadosamente planejados para evitar danos à saúde dos trabalhadores. 
 De acordo com Cardella (2016), segurança é o estado de baixa probabilidade de ocor-
rência de eventos que causam danos e perdas. Assim, quando se aborda a Segurança no 
Trabalho, significa que as condições inseguras devem ser evitadas para prevenir acidentes. 
Neste sentido, destacam-se duas expressões comuns em Segurança no Trabalho, são elas 
as condições inseguras e os atos inse¬guros.
 De acordo com Barsano e Barbosa (2014), uma condição insegura pressupõe uma 
situação decorrente do ambiente de trabalho, ou seja, uma propensão existente sem a 
intervenção do trabalhador, que possa vir a tornar inseguro o exercício das atividades labo-
rais em determinado local. Como por exemplo, um equipamento perigoso não sinalizado, 
desorganização de espaços de trabalho, ambientes com pouco espaço de trabalho. Já o 
ato inseguro está relacionado com a ação humana, ou seja, quando o trabalhador gera o 
perigo, podendo desencadear um acidente do trabalho. Por exemplo, quando o trabalha-
dor não faz o uso adequado do Equipamento de Proteção individual (EPI), acessa um local 
isolado, ou corre em um ambiente escorregadio.
 Portanto, a diferença entre ato inseguro ou condição insegura está na participação 
de um comportamento humano no desencadeamento de uma circunstância perigosa de 
trabalho: havendo participação do homem, trata-se de um ato inseguro; inexistindo esta, 
tem-se uma condição insegura. 
 A Segurança do Trabalho pode ser aplicada a partir das seguintes ações:
• Observação: Para que uma condição insegura seja identificada, o ato de realizar o tra-
balho deve ser cuidadosamente observado. Por exemplo, imagine a atividade de um 
pedreiro. Para que sejam analisados os principais riscos de acidentes, é preciso observar 
o pedreiro trabalhando, e assim, será possível propor maneiras de reduzir ou eliminar as 
condições inseguras.
• Ação Preventiva: A partir da observação da execução de uma tarefa, é preciso definir 
as mudanças necessárias na rotina de trabalho. Dessa forma, deverão ser estabelecidos 
os procedimentos e as normas de segurança, ou seja, o que se deve fazer durante a ta-
refa para que ela seja realizada com menores probabilidades de impactar à saúde dos 
trabalhadores. 
• Comunicação: Para que as normas de segurança sejam cumpridas, é necessário que 
todos os colaboradores da empresa as conheçam. O trabalho dos gerentes ou respon-
sáveis pela segurança é informar com clareza as regras de segurança, a fim de cons-
cientizar os funcionários. Quando os empregados são orientados a cumprir regras, pro-
vavelmente poderão cumprir melhor suas funções.
 Assim, a segurança do trabalho combina conhecimentos técnicos e científicos a fim 
de proteger o trabalhador durante a realização de suas atividades no trabalho. Entretanto, 
para que seja implantada é preciso que tanto a organização quanto os colaboradores te-
nham comprometimento para gerar resultados satisfatórios. 
 A seguir descrevem-se algumas técnicas de Engenharia e Segurança do trabalho a 
fim de garantir a integridade física dos funcionários:
11
Uma empresa reconhecida devido à excelência das práticas de segurança é a Dupont. Duran-
te as reuniões diárias da empresa, discutia-se primeiramente sobre a segurança, antes mes-
mo de iniciar a produção. Assim, reflita sobre a importância de se criar uma cultura de saúde 
e segurança no ambiente de trabalho.
VAMOS PENSAR?
• Uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual), como protetores auriculares, capace-
tes, luvas, máscaras, sapatos de segurança.
• Uso de EPC (Equipamento de proteção Coletiva), como sinalização, sirene, barreiras, 
chuveiro e lava olhos de emergência, entre outros.
• Proteção nas operações insalubres, ou seja, redução ou eliminação da exposição a agen-
tes nocivos à saúde. 
• Proteção nas atividades perigosas, ou seja, designação de profissionais devidamente 
capacitados para cumprir atividades de alto risco.
• Prevenção de acidentes na construção a partir do oferecimento de todas as proteções 
necessárias para cumprimento das atividades com segurança. 
 
 De acordo com Ayres e Corrêa (2017), a primeira providência para garantir a Segu-
rança no Trabalho é dever da empresa contratante. Assim, a organização deve assegurar a 
proteção da integridade física e saúde do trabalhador, se atentando aos riscos de aciden-
tes de trabalho, doenças profissionais ou doenças de trabalho. 
No livro “Manual de Prevenção de Acidentes de Trabalho” (2017), de Daniel de Oli-
veira Ayres e José Aldo Peixoto Corrêa você pode ler sobre as as principais formas de 
prevenir acidentes do trabalho e doenças laborais. 
Disponível em: https://bit.ly/3d1EztR. Acesso em: 04 jan. 2021.
BUSQUE POR MAIS
1.3 ACIDENTES DE TRABALHO 
 Um acidente é um evento não planejado, que provoca danos para as pes-soas, em-
presas e ativos como os patrimônios físicos (máquinas, instalações e equipamentos). Ape-
sar dos acidentes serem tratados como imprevistos, na maioria das vezes poderiam ter 
sido evitados. Assim, considera-se acidente do trabalho uma adversidade decorrente do 
trabalho que se enquadre na definição legal. Segundo Ayres e Corrêa (2017), se o acidente 
ocorrer durante a atividade laboral e em decorrênciadela, mas não se enquadrar nas dis-
posições legais, não será considerado acidente do trabalho.
https://bit.ly/3d1EztR
12
A lei que define acidente de trabalho é a Lei nº 8.213/1991. De acordo com esta lei, 
acidente do trabalho é aquele que ocorre no exercício do trabalho a serviço da em-
-presa. Esta lei pode ser consultada na íntegra em: https://bit.ly/2PmLbuX. Acesso 
em: 04 jan. 2021.
BUSQUE POR MAIS
 Os acidentes de trabalho podem ser classificados como acidentes típicos, ou seja, 
aqueles que acontecem durante as atividades do trabalho ou como acidentes de trajeto, 
sofridos pelos trabalhadores no caminho entre sua casa e o trabalho, ou vice-versa. Além 
disso, as doenças ocupacionais também são consideradas acidentes de trabalho, já que 
são provocadas devidas à exposição contínua a um agente agressor (por exemplo exposi-
ção a produtos tóxicos, posturas inadequadas ou tarefas repetitivas). 
 Destaca-se a importância de identificar as diferentes classificações dos eventos ines-
perados nas empresas. São eles os acidentes, incidentes ou quase acidentes.
 Conforme definido, o acidente é uma ocorrência fora da normalidade, que contém 
um evento adverso que provoca danos e perdas de diferentes intensidades. Por exemplo, 
um operador machucou o dedo com um martelo. 
 Quando uma empresa identifica uma ocorrência anormal que contém um evento 
perigoso ou indesejado, mas que não necessariamente evoluiu para um dano à saúde das 
pessoas, neste caso, trata-se de um incidente. Por exemplo, um animal selvagem escapa 
da jaula, mas os funcionários do zoológico conseguem recapturá-lo rapidamente, antes 
que qualquer visitante pudesse ser atacado (CARDELLA, 2016).
 Semelhante à definição de incidente, também existe a classificação de quase aci-
dente, ou seja, um evento real ou virtual que “por pouco” não se transformou em um aci-
dente. Na forma real, coincide com o incidente. Exemplo: incidente no qual alguém pene-
tra na área isolada para testes de gamagrafia ensaio não-destrutivo que permite avaliar 
diversos tipos de defeitos tanto em estruturas como em soldas. Na forma virtual não ocorre 
nenhum fato, nem mesmo um incidente. Entretanto, alguém percebe que esteve perto de 
realizar algum ato que, consumado, provocaria um acidente. Um outro exemplo: o opera-
dor está prestes a ligar um motor, mas percebe a tempo que há alguém trabalhando na 
bomba acoplada (CARDELLA, 2016).
 Após as definições de acidentes, incidentes e quase acidentes, destaca-se que de-
vem ser criadas metodologias de investigação e análise destes fenômenos. Por exemplo, 
quando se identifica um incidente ou um quase acidente, a organização deve registrar 
uma lição aprendida, ou seja, agir sobre uma possível deficiência em seu sistema produti-
vo, ou mesmo alertar o trabalhador no sentido de evitar que o incidente se transforme em 
acidente. Por outro lado, caso o acidente ocorra, a empresa também deve registrar e es-
tudar os detalhes que levaram ao acidente, uma vez que em hipótese nenhuma o evento 
poderá ocorrer novamente.
 Uma análise importante sobre os incidentes ou os quase acidentes é a de que nem 
sempre eles são registrados. Muitas vezes, por receio ou falta de comprometimento, os 
funcionários não admitem a ocorrência dos incidentes, o que dificulta a implementação 
de planos de ação para a prevenção contra os acidentes. 
https://bit.ly/2PmLbuX
13
1.3.1 Doenças profissionais e Doenças do trabalho 
 As doenças profissionais, os acidentes e as doenças do trabalho constituem as prin-
cipais causas de afastamento temporário do trabalho (CORRÊA; BOLLETI, 2015). Muitas ve-
zes estes termos são utilizados como sinônimos, mas tratam-se de conceitos diferentes. A 
primeira definição importante é a de que tanto as doenças profissionais quanto as doen-
ças do trabalho são consideradas acidentes de trabalho. 
 Um exemplo de doença profissional é o acidente que ocorre no percurso da residên-
cia para o trabalho, ou vice, versa, denominado “acidente in itinere”. Assim, considera-se 
que as doenças profissionais são desencadeadas pelo exercício da função do trabalhador. 
Assista ao vídeo e entenda quais são os principais direitos dos trabalhadores no 
caso de doenças profissionais ou doenças do trabalho. 
Disponível em: https://bit.ly/3fa5Ug5. Acesso em: 04 jan. 2021
BUSQUE POR MAIS
 O Quadro 1 apresenta alguns exemplos de doenças profissionais, os sintomas 
e as principais causas decorrentes das funções de trabalho. 
DOENÇA CARACTERÍSTICAS 
SÍNDROME DO 
PÂNICO
Quando o trabalhador se sente incapaz de realizar tarefas do tra-
balho, gerando incômodo e sentimento de incapacidade para en-
frentar os problemas. Podem ser causadas devido ao ambiente de 
trabalho que gera stress e sobrecarga de tarefas.
SÍNDROME DE 
BURNOUT 
Quando o trabalhador encontra-se sob tensão emocional e estresse 
decorrente de trabalhos físicos, emocionais e psicológicos desgas-
tantes. A síndrome se manifesta especialmente em pessoas cuja 
profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso.
SATURNISMO 
Doença causada pela exposição ao chumbo. O chumbo inalado é 
liberado no sangue e distribuído sobre o organismo. Esta doença 
prova diversos sintomas como dor, fadiga, náusea, dor de músculo, 
perda de memória, entre outros.
Quadro 1: Exemplos de doenças profissionais
Fonte: Elaborado pela Autora (2021)
 Ao contrário da doença profissional, a doença do trabalho é inerente das condições 
do ambiente de trabalho. Enquanto as doenças profissionais são decorrentes de um de ris-
co específico direto (relacionada à atividade), as doenças do trabalho são causadas por ris-
cos indiretos. Assim, por exemplo, um problema de audição pode acontecer com qualquer 
pessoa. Entretanto, se um funcionário é exposto a altos níveis de ruídos constantemente, 
este risco é um risco indireto, ou seja, pode ser caracterizado como um acidente de traba-
lho. 
 Os exemplos mais conhecidos de doenças do trabalho são a LER (lesão por esforço 
repetitivo), e o DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho). Além destas, po-
https://bit.ly/3fa5Ug5
14
dem ser consideradas doenças do trabalho a surdez ou perda auditiva, cegueira ou perda 
de visão, doenças causadas por vírus ou bactérias decorrentes da exposição a locais insalu-
bres, entre outras. 
 As LER/DORT, são caracterizadas pelo surgimento de muitos sintomas, concomitan-
tes ou não, como dor, fadiga, sensação de peso e de desconforto nos membros superiores, 
pescoço e/ou membros inferiores. Em muitos casos, são fato¬res que resultam em incapa-
cidade laboral temporária ou permanente (BRASIL, 2000). Este tipo de doença do trabalho 
resulta do esforço excessivo de alguma par¬te do corpo, por exemplo mãos, punhos e bra-
ços. 
 De acordo com Corrêa e Bolleti (2015), no meio rural, por exemplo, os cortadores de 
cana são os trabalhadores mais atingidos pelo LER/ DORT. No perímetro urbano, bancários, 
digitadores, operadores de linha de montagem e profissionais do corte e costura estão 
entre os profissionais mais acometidos pelas doenças do trabalho, conforme representado 
pela Figura 1.
Figura 1:Atividades repetitivas que podem causar LER/DORT
Fonte: Corrêa e Bolleti (2015)
Você considera que a falta de concentração e atenção dos colaboradores na concretização de 
suas tarefas e a pressão estabelecida pela empresa por maiores resultados colaboram para o 
aparecimento das doenças do trabalho?
VAMOS PENSAR?
1.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE A UNIDADE
 A aplicação das técnicas de Saúde e Segurança no trabalho é de fundamental importância 
tanto para as empresas quanto para os trabalhadores. A Saúde Ocupacional é o conjunto de 
conhecimentos tais como a Higiene do trabalho, Ergonomia, humanização do trabalho, entre 
outros. Assim, esse setor deverá oferecer as condições ideais de trabalho, buscando as melhores 
condições de saúde para todos os trabalhadores. 
 A Segurança do Trabalho contribui para a disponibilização de um ambiente de trabalho seguro, 
promovendo ações de observação, prevenção e comunicaçãode todos os riscos identificados. 
De acordo com o exposto, fica evidente a importância de profissionais qualificados em Saúde 
e Segurança do trabalho, tais como médicos e enfermeiros do trabalho, técnicos e engenheiros 
de Segurança do trabalho, entre outros. Assim, os profissionais de saúde e segurança devem 
avaliar e propor melhorias em um ambiente de trabalho, além de atuarem no sentido de levar o 
conhecimento a todos os trabalhadores.
Nesta unidade, também foi abordado sobre os diferentes tipos de acidentes de trabalho, sendo 
15
classificados em doenças profissionais e doenças do trabalho. Logo, a avaliação da origem dos 
acidentes de trabalho é de extrema importância, uma vez que as empresas poderão identificar 
os problemas existentes em um ambiente laboral e principalmente, evitarem que aconteçam 
novamente.
16
1. A respeito dos principais conceitos de Saúde e Segurança no trabalho, classifique em (V)
verdadeiro ou (F)falso e assinale a alternativa correta.
( ) As empresas devem esperar a ocorrência de um evento danoso para investigar os riscos 
em um ambiente de trabalho.
( ) Se um acidente é prevenido, apenas os trabalhadores são beneficiados. 
( ) Um ambiente seguro apresenta baixa probabilidade de ocorrência de eventos que 
causem danos e perdas.
( ) A Segurança do Trabalho pode ser aplicada a partir de observações, ações preventivas 
e comunicação.
a) F; F; F; V.
b) V; F; V; V.
c) V; V; V; V.
d) F; F; V; V.
e) F; V; F; V.
2. Para que os acidentes possam ser prevenidos, é preciso eliminar atos inseguros e 
condições inseguras de trabalho. Assinale a alternativa que representa uma condição 
insegura de trabalho.
a) Colocar o corpo ou parte do corpo em lugar perigoso.
b) Má arrumação e escassez de espaço. 
c) Ficar junto de cargas suspensas.
d) Não utilizar capacete em local de movimentação de cargas. 
e) Não colocar a mão no corrimão em local escorregadio.
3. Diferentes conceitos são definidos para eventos inesperados nas empresas, que podem 
acarretar desde pequenos danos na produção até impactos graves à saúde de pessoas ou 
danos à integridade de máquinas e equipamentos. Sobre os principais eventos indesejáveis, 
denominam-se os acidentes, incidentes ou quase acidentes.
Assinale como (V)verdadeiro ou (F)falso e selecione a alternativa correta.
( ) Um operador equipado com luvas e protetor facial faz amostragem de produto quente. 
O produto respinga e é projetado sobre o protetor facial. O operador não sofre danos, mas o 
equipamento de proteção fica sem condições de uso. Neste caso, trata-se de um acidente 
de trabalho.
( ) Um animal feroz escapa da jaula. Os funcionários do zoológico conseguem recapturá-lo 
e as perdas ficam restritas à queda no movimento da bilheteria. Neste caso, trata-se de um 
incidente.
( ) A válvula de controle de injeção de gás inerte num reator fecha indevidamente. O sistema 
de corte de combustível atua prontamente, evitando a explosão, mas acarreta perdas de 
produção. Neste caso, trata-se de um incidente.
FIXANDO O CONTEÚDO
17
( ) O operador está prestes a ligar um motor, mas percebe a tempo que há alguém 
trabalhando na bomba acoplada. Neste caso, tem-se um quase acidente. 
a) V, V, V, F.
b) V, V, V, V.
c) F, V, F, F.
d) V, V, V, F.
e) F, V, V, V.
4. As doenças profissionais e as doenças do trabalho são consideradas acidentes de 
trabalho e constituem as principais causas de afastamento temporário ou definitivo do 
trabalho. Enumere a segunda coluna a partir das definições enumeradas na primeira 
coluna. Posteriormente, marque a sequência correta.
1. Doenças profissionais.
2. Doenças do trabalho.
( ) Lesão por esforço repetitivo (LER) desenvolvida em profissionais do corte e costura 
devido ao movimento repetitivo nas máquinas. 
( ) Silicose desenvolvida por mineradores devido à exposição contínua à Silica.
( ) Síndrome de Burnout desenvolvida devido a um estado de tensão emocional e estresse 
crônico.
( ) Perda auditiva devido à exposição prolongada a ruídos.
a) 1; 1; 1; 2.
b) 2; 2; 1; 1.
c) 2; 1; 1; 2.
d) 1; 2; 2; 2.
e) 1; 2; 2; 1.
5. Um operário sofreu um acidente de trabalho. Uma equipe analisou o acidente e identificou 
que o operário realizou a atividade de forma diferente da operação padrão recomendada 
pela empresa. Neste caso o operário cometeu
a) Um ato inseguro.
b) Uma condição insegura.
c) Uma inovação.
d) Uma infração à lei 8.123.
e) Uma ação esperada. 
6. A Saúde Ocupacional compreende um conjunto de conhecimentos a fim de estabelecer 
um ambiente de trabalho saudável. Faz parte da Saúde Ocupacional a ciência responsável 
por reconhecer, avaliar e controlar os fatores ambientas ou tensões decorrentes no ambiente 
de trabalho, sendo esta ciência denominada ________________. Uma outra área estudada 
pela Saúde Ocupacional é definida como ______________, que busca oferecer interfaces de 
trabalho seguras, com adequação ao uso e eficiência na interação entre o homem com os 
objetos do seu trabalho. 
18
Complete a lacuna com a opção correta.
a) Ergonomia; Higiene ocupacional
b) Higiene ocupacional; Ergonomia
c) Ergonomia, Humanização do trabalho
d) Engenharia do Trabalho; Ergonomia
e) Higiene Ocupacional, Ergonomia
7. Os profissionais da Engenharia e Segurança do trabalho atuam nas empresas a fim 
de estabelecer um ambiente de trabalho seguro, garantindo a integridade física dos 
funcionários. É dever do Engenheiro de Segurança do trabalho:
a) Indicar exames admissionais.
b) Contratar técnicos de segurança do trabalho.
c) Identificar as doenças profissionais.
d) Inspecionar a utilização de EPI e EPC.
e) Descrever detalhadamente os acidentes de trabalho.
8. (Adaptado de Fundação FAT) Observe as tiaras a seguir do cartunista Gilmar. 
 
 
Disponível em: https://gilmar.blogosfera.uol.com.br/. Acesso em: 23 dez. 2020
A respeito das tiaras, ambas demonstram
a) que as empresas se empenham em proteger a saúde dos colaboradores.
b) que os funcionários das empresas não colaboram com a saúde e a segurança no trabalho. 
c) a falta de legislações trabalhistas durante grandes eventos.
d) que as empresas não oferecem EPI’s.
e) a negligência das empresas quanto à saúde e segurança dos trabalhadores. 
https://gilmar.blogosfera.uol.com.br/.
19
PRINCIPAIS COMISSÕES E 
PROGRAMAS DE SAÚDE, SEGURANÇA 
E TRABALHO NO BRASIL 
UNIDADE
02
20
2.1 SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHRAIA DE
 SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO (SESMT)
 Para que as empresas alcancem resultados eficientes em Saúde e Segurança no 
Trabalho, devem ser promovidas ações sistemáticas de longo prazo. Assim, as organizações 
devem implantar projetos e designar profissionais responsáveis para atuar e prevenir 
contra os acidentes. Também é importante que os órgãos responsáveis pela Saúde e 
Segurança tenham autonomia para atuarem, bem como deverão ser destinados os 
recursos necessários para que ações preventivas sejam implementadas. Nesta unidade 
são designados os principais setores e documentos responsáveis para formalizar ações de 
Saúde e Segurança nas organizações.
 O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho 
(SESMT) foi implantado na década de 70, quando o Brasil apresentava um cenário em que 
os acidentes de trabalho e doenças ocupacionais eram constantes. Diante de tal cenário 
desfavorável, o governo se viu diante da necessidade de tomar uma providência que 
pudesse reverter, em curto prazo, o quadro crítico em que as empresas se encontravam 
(CHIRMICI; OLIVEIRA, 2016). 
 O SESMT é definido de acordo com o Art. 162 da Consolidação das Leis do Trabalho 
(CLT). Além disso, a Norma Regulamentadora NR-04 também aborda as principais 
definições e funções do SESMT (BRASIL, 1978b). 
A NR-04 foi criada no ano de 1978 e sofreu algumas alterações em seu texto original. 
Para entender melhor o tema, é aconselhável acessar o texto da NR publicado no 
site do Governo Federal e as portarias que promoveram as alterações . 
Disponível em: https://bit.ly/3rqfIVQ. Acesso em: 02 fev. 2021.
FIQUE ATENTOQuando foi implantado, identificaram-se diversos problemas da atuação do SESMT, 
uma vez que foi criado sem se basear em quaisquer referências. Uma das maiores 
dificuldades encontradas no Brasil foi a necessidade de formação emergencial de 
diferentes profissionais para atuação no serviço. Além disso, havia uma dificuldade na 
definição do campo de atuação dos profissionais, além da resis-tência manifestada tanto 
pelos empregados quanto pelos empregadores, que não compreendiam a importância 
dos profissionais de Saúde e Segurança do Trabalho. 
 A criação do SESMT foi importante em toda a sociedade, pois na época de sua 
implantação era comum que as empresas não se preocupassem com condi¬ções seguras 
e saudáveis de trabalho. Assim, a especialização de diversas profissões na área de Saúde e 
Segurança do Trabalho permitiu a evolução da cultura da segurança, até que o trabalhador 
se tornasse um parceiro na adoção de medidas de prevenção. De acordo com Chirmici 
e Oliveira (2016), após muito trabalho, experiência, atualização e criação de leis, normas 
e procedimentos, o Brasil tornou-se referência para muitos países na área de Saúde e 
Segurança no trabalho, com modelos exemplares de legislação, literaturas específicas e 
casos de sucesso apresentados internacionalmente.
 O SESMT deve ser criado pelas empresas seguindo as recomendações da NR-04, 
 https://bit.ly/3rqfIVQ
21
sendo que as recomendações dependem do grau de risco da atividade principal e da 
quantidade total de empregados. Dessa forma, a empresa deve disponibilizar pelo menos 
o número mínimo de profissionais recomendados pela norma. O SESMT é formado pelos 
seguintes profissionais: Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho e 
Médico do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho e Engenheiro de Segurança do 
Trabalho. 
 O Quadro 2 apresenta as funções de cada profissional integrante do SESMT.
PROFISSIONAL PRINCIPAIS FUNÇÕES
Técnico de
Segurança do 
Trabalho
É responsável pelas áreas operacio¬nais, fiscalização e controle da aplicação das 
normas de segurança.
Engenheiro
de Segurança
do Trabalho
Elabora planos de prevenção contra acidentes e riscos ambientais, emite laudos 
técnicos e faz inspeções nos locais de trabalho, além de treinar equipes de segu-
rança.
Auxiliar de
Enfermagem
do Trabalho
Presta auxílio na realização de exames admissionais e demissionais, faz curativos, 
afere pressão arterial e temperatura de funcionários.
Enfermeiro do
Trabalho
É o líder da equipe de enfermagem, responsável por prestar assistência aos fun-
cionários, aplicar treinamentos e capacitar equipes.
Médico do
Trabalho
Consulta os funcionários, implementa ações de prevenção contra doenças e indi-
ca exames de acordo com o cargo dos trabalhadores.
Quadro 2: Principais responsabilidades dos profissionais do SESMT
Fonte: Elaborado pela Autora (2021)
 De acordo com o Quadro 2, destaca-se que todos os profissionais integrantes do 
SESMT são responsáveis pela orientação dos funcionários de uma empresa a respeito dos 
riscos associados ao local de trabalho. Além disso, os profissionais devem realizar ações no 
sentido de reduzir ou eliminar as condições inseguras do trabalho, prevenindo acidentes 
ou doenças ocupacionais.
O SESMT é um setor da empresa composto de diferentes profissionais. Como esses profissio-
nais podem desenvolver um trabalho em equipe a fim de otimizar as condições de Saúde e 
Segurança no Trabalho?
VAMOS PENSAR?
2.2 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES - CIPA 
 A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), é o setor res¬ponsável 
pela prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho. De acordo a norma 
regulamentadora NR-05, a CIPA é obrigatória nas empresas, sendo composta por presidente, 
vice-presidente, titulares, suplentes e ou/secretário. A seguir são definidos os membros da 
CIPA, a forma em que são eleitos nas organizações, bem como suas principais funções.
22
• Presidente: Designado pelos representantes dos empregadores. É responsável por 
direcionar tarefas para o vice-presidente, convidar e gerenciar reuniões da CIPA e 
informar ao empregador os principais trabalhos desenvolvidos pela comissão. Além 
disso, o presidente é responsável pela coordenação e supervisão da CIPA.
• Vice-presidente: Designado pelos representantes dos empregados. É responsável por 
cumprir as atribuições que lhe forem delegadas e substituir o presidente no caso de 
eventualidades.
• Titulares: Designados pelos representantes dos empregadores e dos empregados. São 
responsáveis pela identificação de situações de riscos na empresa e devem apresentar 
sugestões de melhoria das condições de trabalho. 
• Suplentes: Designados pelos representantes dos empregadores e empregados. Atuam 
quando os titulares, por algum motivo especifico, não puderem participar das reuniões 
ou atuações da CIPA. 
• Secretários: São indicados de comum acordo entre os membros da CIPA. São 
responsáveis pelo acompanhamento das reuniões da comissão e devem redigir as atas, 
além de coletar as assinaturas dos membros presentes nas reuniões. 
 Os titulares e suplentes da CIPA são divididos em duas equipes com o mesmo número 
de integrantes: A primeira equipe é composta pelos representantes do empregador, 
enquanto a segunda equipe é formada pelos representantes dos empregados, conforme 
esquematizado na Figura 2. 
Figura 2: Divisão dos membros da CIPA
Fonte: Elaborado pela Autora (2021)
 De acordo com Camisassa (2021), os membros da CIPA não precisam de qualquer 
especialização em Saúde e Segurança do trabalho. Somente é necessário que os 
membros da comissão sejam treinados com conteúdos programáticos específicos, tais 
como metodologias de investigação e análise de acidentes de trabalho e noções sobre as 
legislações trabalhistas e previdenciárias. Dessa forma, os membros da CIPA são capazes 
de atuar de forma preventiva, contribuindo para a criação de um ambiente seguro. 
 A Figura 3 exemplifica uma atuação da CIPA, que pode recomendar a inserção de 
placas sinalizadoras a fim de alertar os trabalhadores a tomarem cuidado em uma situação 
de risco, como por exemplo, piso escorregadio após a limpeza.
23
Figura 3: A CIPA deve identificar e criar barreiras contra os riscos
Fonte: Chirmici e Oliveira (2016)
O livro “Segurança e Saúde no Trabalho” (2021), da autora Mara Queiroga Camisas-
sa, descreve a norma regulamentadora NR-05, que define os principais conceitos 
sobre a CIPA, tais como: constituição, atribuições, organização, cargos, funciona-
mento, entre outros. O livro está disponível na Minha Biblioteca Única. 
Link: https://bit.ly/3dcLErU. Acesso em: 02 fev. 2021.
BUSQUE POR MAIS
 Outra característica importante da CIPA é que os membros têm direito à 
estabilidade no emprego desde o momento em que se candidatam até um ano após a 
saída da comissão. Essa premissa se torna um atrativo para os funcionários, pois garante o 
reconhecimento do trabalho, aprendizado e dedicação no campo da Saúde e Segurança 
no Trabalho. Entretanto, Camisassa (2021) destaca que somente os representantes eleitos 
pelos empregados terão direito à estabilidade no cargo, ou seja, a garantia de emprego 
não é aplicada para os membros da CIPA indicados pelos empregadores. 
 Uma das atribuições da CIPA citada na NR-05 é o desenvolvimento de um Mapa de 
Riscos. Este mapa é elaborado a partir da observação direta de um local de trabalho, no 
qual deverá ser feita a avaliação dos riscos. No Mapa de Riscos, os riscos de acidentes, riscos 
ergonômicos, agentes físicos, químicos e biológicos devem ser apresentados graficamente 
e diferenciados por cores (Os riscos são detalhados na unidade 3). Sendo assim, é obrigação 
da CIPA identificar riscos inerentes ao processo de trabalho e criar meios para evitá-los ou 
neutralizá-los (BRASIL, 1978c). 
A CIPA e o SESMT devem atuar em conjunto na prevenção de acidentes, identificando e eli-
minando os principais riscos e falhas em um ambiente de trabalho.
FIQUE ATENTO
https://bit.ly/3dcLErU
24De acordo com a Norma Regulamentadora NR-09, o Programa de Prevenção de 
Riscos Ambientais (PPRA), é um documento obrigatório para todas as empresas que 
mantêm colaboradores registrados e regidos pela CLT, ou não. Ainda segundo a NR-09, 
o PPRA é desenvolvido com o objetivo de prevenção à saúde e à integridade física dos 
trabalhadores (BRASIL, 1978d). 
 De acordo com Chirmici e Oliveira (2016), o PPRA classifica como riscos ambientais 
os seguintes agentes:
• Agentes físicos: temperaturas elevadas, ruídos, pressões altas ou baixas, vibrações, 
radiações ionizantes e não ionizantes.
• Agentes químicos: substâncias que podem penetrar no organismo através da pele, 
ingestão ou vias respiratórias. Por exemplo, poeiras, neblinas, névoas, gases e vapores.
• Agentes biológicos: fungos, parasitas, vírus, protozoários, entre outros.
 Dessa forma, todos os riscos ambientais devem ser identificados no PPRA, a fim de 
que possam ser analisados e tratados no sentido de minimizar quaisquer impactos à saúde 
dos trabalhadores. 
 O PPRA é um documento que deve ser revisado anualmente, ou sempre que se 
fizer necessário. Além disso, a NR-09 define que este plano seja elaborado, implementado, 
acompanhado e avaliado pela equipe dos SESMT, ou por profissio¬nais aptos a cumprirem 
as normas regulamentadoras (BRASIL, 1978d). 
 O documento deve ser muito bem elaborado e conter todas as informações dos riscos 
existentes em cada atividade, pois, com base no PPRA, o médico do trabalho desenvolverá o 
PCMSO (descrito na seção 2.4). Dessa forma, a falta de informação ou informações errôneas 
no PPRA podem provocar consequências sérias tanto para os profissionais envolvidos 
quanto para a empresa.
2.3 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS- PPRA
O PPRA deve estar alinhado com as demais NRs, em especial com o PCMSO, previsto na NR-
07. Assim, todos os documentos e setores de uma empresa que desenvolvem ações de Saúde 
e Segurança no trabalho devem estar integrados. 
FIQUE ATENTO
O livro “Manual De Segurança e Saúde no Trabalho: Normas regulamentadoras - 
NRs”, (2017) do autor Cosmo Palasio de Moraes apresenta todas as normas regula-
mentadoras de acordo com o Ministério do Trabalho. 
Disponível em: https://bit.ly/3sik4j7. Acesso em: 02 fev. 2021.
BUSQUE POR MAIS
https://bit.ly/3sik4j7
25
 O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) é recomendado 
pela NR-07. Este documento deverá ser elaborado e atualizado pelo médico do trabalho, 
profissional capacitado do SESMT (BRASIL, 2020).
 Por meio do PCMSO, são realizados os controles de saúde dos empregados e os riscos 
ocupacionais são monitorados. Dessa forma, o médico do trabalho atua na prevenção 
contra eventuais doenças laborais. Além disso, este documento monitora outras doenças 
que não estão associadas ao trabalho, mas caso não sejam controladas, poderão ocasionar 
problemas à saúde do trabalhador e afetar diretamente na atividade desempenhada, são 
os casos por exemplo de diabetes e pressão arterial elevada (CHIRMICI; OLIVEIRA, 2016).
 A partir do PCMSO são exigidos exames médicos que devem ser realizados em função 
da periodicidade indicada no documento, ou seguindo as reco¬mendações do médico do 
trabalho. Os principais exames que devem ser recomendados no PCMSO, de acordo com 
Rojas (2015), são definidos a seguir: 
• Exame admissional: Realizado antes da contratação de funcionários, a fim de atestar a 
saúde física e psíquica adequada ao exercício da função a qual se candidataram.
• Exame admissional de menores: O mesmo exame realizado no trabalhador adulto, 
considerando as recomendações da CLT no Capítulo IV, Artigos 402, 404 e 405 (BRASIL 
, 1943).
• Exame admissional em funcionários especiais: Funcionários considerados especiais 
são os candidatos portadores de alguma deficiência física ou psíquica não incapacitante. 
• Exame admissional da mulher: Ao ser encaminhada para os exames admissionais, a 
mulher passará pelos exames necessários ao exercício da função a que se candidata e 
pela análise e avaliação ginecológica e obstétrica, que integrarão seu prontuário médico 
após a sua contratação.
• Exame periódico: Tem por objetivo verificar se o trabalhador permanece em bom 
estado de saúde para exercer as atividades para as quais foi contratado.
• Exame de retorno ao trabalho: Os trabalhadores que se ausentarem de suas funções 
por mais de 30 dias deverão realizar este exame. Por exemplo, trabalhadores afastados 
devido a doença, acidente ocupacional ou no caso de mulheres que tenham realizado 
parto.
• Exame de mudança de função: Deve ser realizado obrigatoriamente antes da data da 
mudança, sempre que o colaborador for transferido de função ou setor, desde que haja 
alteração dos riscos no novo ambiente de trabalho.
• Exame demissional: É o exame realizado para constatar que o trabalhador está apto a 
exercer suas atividades em outras empresas. Além disso, o empregador fica ciente das 
condições de saúde em que se encontra o ex-funcionário, evitando futuros problemas 
com reclamações trabalhistas e ações indenizatórias.
2.4 PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE 
OCUPACIONAL - PCMSO 
26
O exame admissional não tem a finalidade de selecionar candidatos mais saudáveis e ex-
cluir os menos saudáveis, mas sim verificar se o candidato po¬de ou não executar as tarefas 
para as quais está sendo contratado.
FIQUE ATENTO
 O PCMSO também deve contemplar o planejamento de ações de prevenção nas empresas, 
tais como a realização de palestras sobre a saúde do trabalhador e campanhas educacionais, por 
exemplo temas sobre a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, de prevenção a diabetes, 
hipertensão, tabagismo, sedentarismo, alcoolismo, entre outras que se fizerem necessárias. 
 Todas as diretrizes do PCMSO são elaboradas a partir do PPRA, conforme abordado no tópico 
2.3. Assim, o Médico do Trabalho deverá identificar os riscos descritos no PPRA e desenvolver ações 
de prevenção e eliminação dos mesmos. Além disso, também será responsável pela indicação ou 
não de outros exames diferentes do exame periódico. Destaca-se que todos os exames realizados 
pelo Médico do Trabalho deverão estar descritos em um documento chamado ASO (Atestado de 
Saúde Ocupacional).
 O ASO terá validade somente se o exame médico estiver descrito no PCMSO. Quaisquer 
empresas de medicina e segurança ocupacional somente poderão realizar exames médicos a 
partir da apresentação do PCMSO da empresa solicitante. 
 O PCMSO deve ser revisado anualmente, ou caso se faça necessário. Ou seja, caso ocorram 
mudanças no ambiente de trabalho que possam impactar nos riscos ocupacionais, o documento 
deverá ser alterado. 
2.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE A UNIDADE 
 Conforme exposto nessa unidade, a criação de setores e documentações nas empresas, tais 
como SESMT, CIPA, PPRA e PCMSO poderão promover ações de prevenção e eliminação dos riscos 
ocupacionais. 
 Os profissionais do SESMT são os Auxiliares de Enfermagem do Trabalho, Enfermeiros do 
Trabalho, Médicos do Trabalho, Técnicos de Segurança do Trabalho e Engenheiros de Segurança 
do Trabalho. Estes profissionais são responsáveis pela elaboração de documentos importantes, 
como PPRA e PCMSO. Assim, são designados a implantarem diversas ferramentas que permitirão 
um ambiente de trabalho seguro e saudável.
 Um outro setor de extrema importância para as empresas é a CIPA, que permite a atuação de 
profissionais de diversas áreas, ou seja, não é obrigatório que sejam formados em áreas correlatas 
à Saúde e Segurança do Trabalho. Este fato é importante, pois permite que todos os trabalhadores 
possam contribuir com a segurança do trabalho, aprendendo e atuando na criação de ambientes 
seguros. 
 Dessa forma, é importante que os membros do SESMT e CIPA atuem em conjunto, no 
sentido de manterem atualizadas as normas que devem ser cumpridas nas organizações, além de 
difundirem a cultura de saúde e segurança em um ambiente de trabalho. 
27
1. As principais comissões e programas de Saúde e Segurança sãodenominadas SESMT 
(Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do trabalho) e CIPA 
(Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). Com relação à atuação das duas áreas, 
classifique 1 para as funções do SESMT e 2 para as funções da CIPA. Em seguida, marque a 
alternativa que representa a sequência correta. 
( ) Tem como membros empregados eleitos pelos empregadores e empregados indicados 
pelo empregador.
( ) Os membros eleitos pelos representantes dos empregados atuarão nesta co-missão por 
um ano, sendo permitida uma reeleição.
( ) Esses profissionais permanecerão na função enquanto durar seu contrato de trabalho. 
( ) Tem como membros o Médico do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Traba¬lho, 
Técnico de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do 
Trabalho.
a) 2; 2; 1; 1.
b) 1; 1; 2; 2.
c) 1; 2; 2; 1.
d) 2; 1; 2; 1.
e) 2; 2; 1; 2.
2. O documento que classifica os riscos ambientais de acordo com os agentes físicos, 
químicos e biológicos é o ____________. Assim, é possível que todos os riscos ambientais 
sejam identificados, a fim de que possam ser analisados e tratados no sentido de minimizar 
quaisquer impactos à saúde dos trabalhadores. Assinale a alternativa que preenche 
corretamente a frase.
a) SESMT.
b) CIPA.
c) PPRA.
d) PCMSO. 
e) ASO.
3. As ações de Saúde e Segurança no trabalho devem ser realizadas por diversos 
profissionais. É importante que todas as reuniões e documentações geradas sejam 
gerenciadas, aumentando ainda mais a eficácia na prevenção dos riscos no ambiente de 
trabalho. Classifique as afirmações a seguir como Verdadeiro (V) ou Falso (F) e marque a 
alternativa correta.
( ) O PCMSO e o PPRA são preparados a cada dois anos.
( ) O PCMSO não pode ser alterado caso tenha sido realizado há menos de um ano.
( ) O PPRA deve avaliar os riscos químicos, físicos e biológicos. 
FIXANDO O CONTEÚDO
28
( ) Todos os membros do SESMT são capacitados para elaborar o PCMSO.
( ) Os membros da CIPA devem ser graduados em profissões da área da Saúde e Segurança 
do Trabalho. 
a) V; F; V; F; F.
b) F; F; V; F; F.
c) F; F; V; V; F.
d) V; V; V; F; F.
e) F; F; F; F; V.
4. A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é uma equipe de trabalhadores que 
podem ou não ser profissionais da Saúde e Segurança do Trabalho. Assinale a alternativa 
que apresenta corretamente uma função da CIPA.
a) Elaborar projetos de instalações seguras.
b) Elaborar Mapas de Riscos.
c) Elaborar o PCMSO.
d) Elaborar o ASO.
e) Indicar diferentes tipos de exames.
5. (Adaptado de PRODAN – Técnico de Segurança) A atribuição de identificar os riscos 
do processo de trabalho e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número 
possível de trabalhadores, segundo a legislação de segurança do trabalho é
a) do Técnico de Segurança do Trabalho.
b) do Engenheiro de Segurança do Trabalho.
c) do Médico do Trabalho.
d) do SESMT.
e) da CIPA. 
6. Diversas normas regulamentadoras estabelecem que as empresas devem ela¬borar 
documentos importantes para manter condições seguras e saudáveis de trabalho. Assinale 
a alternativa que indica o documento em que a empresa deverá antecipar, reconhecer, 
avaliar e controlar a ocorrência de diferentes riscos nos ambientes de trabalho. 
a) CIPA.
b) SESMT.
c) ASO.
d) PPRA.
e) PCMSO.
7. (Adaptado de INEA/RJ – Engenheiro do Trabalho) - As empresas têm a obrigatoriedade 
de elaborar e implementar o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – 
PCMSO, com o objetivo de promover e preservar a saúde de seus trabalhadores. A respeito 
desse tema, é correto afirmar que é diretriz do PCMSO:
a) Ser planejado e implantado com base nas informações sobre os acidentes de trabalho.
29
b) Ser o único programa obrigatório para cuidar do bem-estar da saúde dos trabalhadores.
c) Cuidar das questões incidentes somente sobre a coletividade de trabalhadores.
d) Ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde 
relacionados ao trabalho.
e) Identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de riscos.
8. O documento que exige a realização de exames médicos que devem ser realizados 
a cada intervalo definido de tempo, ou seguindo as recomendações de um médico do 
trabalho é o ____________. Este documento somente poderá ser elaborado por um médico 
do (a) __________________. 
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna.
a) PCMSO; SESMT.
b) PPRA; SESMT.
c) PCMSO; CIPA;
d) PPRA; CIPA
e) Mapa de riscos; Ergonomia.
30
GERENCIAMENTO DE RISCOS UNIDADE
03
31
3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS OCUPACIONAIS 
 Denomina-se risco a incerteza em relação a um evento futuro, mais especificamente, 
risco é a probabilidade de ocorrência ou concretização de um evento indesejado (BARSANO; 
BARBOSA, 2014). A Norma Regulamentadora NR-10 con¬sidera que o risco é a capacidade 
de uma grandeza com potencial para causar lesões ou danos à saúde das pessoas.
 Os riscos no ambiente laboral são classificados de acordo Norma Regulamentadora 
09 (NR-09), a mesma norma que define o PPRA. Assim, o PPRA deverá identificar, tratar e 
eliminar os riscos inerentes ao processo de trabalho (BRASIL, 1978d). Conforme abordado 
na unidade 1, é dever da CIPA elaborar o mapa de riscos para o ambiente de trabalho, 
sendo que os riscos são classificados em diferentes categorias, cada uma representada por 
uma cor no mapa de riscos, conforme descritos a seguir:
• Riscos de acidentes: São as condições em que o trabalhador poderá assumir uma 
condição de vulnerabilidade, ou qualquer evento que possa afetar o bem-estar psíquico 
e químico, além da integridade física. Por exemplo: ambientes propícios a incêndio ou 
explosão, layout físico desordenado de máquinas e equipamentos, falta de proteção 
em locais de riscos, animais peçonhentos, entre outros. Resumem-se, portanto, em 
condições inseguras, ou seja, situações que poderão contribuir para a ocorrência de 
acidentes. É sinalizado pela cor azul no mapa de riscos. 
• Riscos ergonômicos: São as condições que interferem nas características psicológicas 
e fisiológicas do trabalhador, ou seja, fatores ambientais que causam desconforto ou 
que afetam de alguma forma a saúde de um funcionário. São considerados riscos 
ergonômicos os movimentos repetitivos, postura inadequada, levantamento de peso, 
ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, entre outros. No mapa de riscos, 
são representados pela cor amarela.
• Riscos físicos: Denominam-se riscos físicos diferentes formas em que as condições 
de trabalho são realizadas, tais como ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações 
ionizantes e não ionizantes, vibrações, etc. É sinalizado pela cor verde no mapa de riscos. 
• Riscos químicos: São identificados quando substâncias nocivas à saúde, tais como 
poeiras, fumos, gases, neblinas, névoas, vapores, entre outros penetram no organismo 
do trabalhador. São sinalizados pela cor vermelha. 
• Riscos biológicos: Denominam-se agentes de riscos biológicos as bactérias, vírus, 
fungos, parasitos, entre outros. São sinalizados pela cor marrom no mapa de riscos. 
 O mapa de riscos também indica o grau dos riscos pelo tamanho do círculo 
representado no mapa. Assim, os riscos são classificados em riscos elevados, moderados 
ou leves, sendo que o tamanho do círculo aumenta à medida em que os riscos se tornam 
maiores. A Figura 4 exemplifica um mapa de riscos em uma fábrica hipotética, na qual 
podem ser observados os diferentes tipos de riscos classificados de acordo com o tipo, 
representado pelas cores, bem como pelo grau, representados pelos tamanhos dos círculos.
32
Figura 4: Exemplo de Mapa de riscos 
Fonte: Elaborado pela Autora (2021)
 De acordo com Barsano e Barbosa (2014), uma abordagem importante sobre os 
riscos é denominada “Teoria da Magnitude dos Riscos”. Essa teoria tem origem na ideia 
de prevenção relacionada à famosa pirâmide de acidentes da Insurance Company of 
North America (ICNA), construída em 1969, a partir do levantamentode dados em 297 
empresas norte-americanas, com cerca de 1.750.000 pessoas, obtendo 1.753.498 relatos de 
ocorrências.
 A partir dos estudos desenvolvidos pela ICNA, foi estabelecida a seguinte relação: 
1 acidente com lesão incapacitante × 10 acidentes com lesões não incapacitantes × 30 
acidentes com danos à propriedade × 600 acidentes sem lesão ou danos visíveis (quase 
acidente), conforme representado na Figura 5.
Figura 5: Pirâmide que representa a magnitude dos riscos
Fonte: Adaptado de Barsano e Barbosa (2014)
De acordo com a Figura 5, a teoria da magnitude 
dos riscos reforça a necessidade da implantação de 
condições adequadas da segurança do trabalho. 
Assim, é preciso atuar de forma preventiva quanto 
aos acidentes, ou seja, explorar maneiras de evitar os 
incidentes e quase acidentes nos locais de trabalho, no 
momento em que forem identificados. Quando se atua 
diretamente sobre os eventos indesejados desde sua 
origem, é possível evitar que um acidente grave ou até 
mesmo uma fatalidade ocorra.
Os mapas de riscos são importantes para que qualquer pessoa possa ler e identificar os peri-
gos em um determinado local. Em seu dia-a-dia, você já identificou algum ambiente de tra-
balho com um mapa de riscos? 
VAMOS PENSAR?
33
3.2 ANÁLISE DE RISCOS 
 A análise dos riscos implica verificar, fiscalizar, conferir, inspecionar e dominar 
as situações de riscos. É preciso que os profissionais da saúde e segurança do trabalho 
desempenhem o “olhar prevencionista”, a fim de que contribuam para a redução de 
acidentes. Assim, devem ter uma boa capacidade em identificar riscos de acidentes, por 
exemplo, piso molhado, fio elétrico desencapado, armazenamento inadequado, entre 
outros. Dessa forma, os profissionais devem agir preventivamente contra atos e condições 
inseguras, identificando os riscos desde a origem.
 Barsano e Barbosa (2014) citam o exemplo de uma análise de riscos sob o olhar 
prevencionista: Um ambiente de trabalho onde há exposição de pregos, conforme 
representado na Figura 6. Um profissional capacitado é capaz de prever diversos acidentes, 
por exemplo, um trabalhador pisa no prego e sofre um acidente leve; outropisa nesse 
mesmo prego, que o atinge em uma região mais vulnerável, sofrendo um acidente grave 
e incapacitante. 
 Assim, destaca-se a importância da análise detalhada dos riscos. Muitas vezes podem 
passar despercebidos e qualquer trabalhador leigo no assunto de segurança do trabalho, 
poderá negligenciar a existência dos mesmos. Afinal, uma única condição de risco poderá 
ficar estagnada, não gerando qualquer ocorrência, ou pelo contrário, o mesmo risco poderá 
induzir situações indesejáveis e desastrosas.
Figura 6: Risco de acidente de trabalho
Fonte: Barsano e Barbosa (2014)
O livro “Controle de riscos – Prevenção de Acidentes no Ambiente ocupacional” 
(2014), dos autores Paulo Roberto Barsano e Rildo Pereira Barbosa apresenta di-
versas medidas para controlar os riscos, além de definir detalhadamente os riscos 
ocupacionais e industriais. 
Disponível em: https://bit.ly/39fpfcc. Acesso em: 02 fev. 2021.
BUSQUE POR MAIS
3.2.1 Análise de Riscos Qualitativas
 Uma das análises de riscos qualitativas consiste na “Antecipação”. De acordo com 
Nunes (2014), a antecipação dos riscos ambientais deve ser considerada na elaboração 
do PPRA, quando a empresa desejar implantar um novo projeto, seja na construção de 
https://bit.ly/39fpfcc
34
uma nova empresa ou na modificação das instalações já existentes, ou mesmo alterar um 
método ou processo de trabalho. 
 Na fase de “Antecipação”, os riscos são apenas potenciais, isso quer dizer que os 
riscos poderão vir a existir caso o novo projeto ou a modificação no processo de trabalho 
seja implementado. Após a análise dos novos projetos e a consequente identificação dos 
potenciais riscos, a empresa deve projetar medidas de controle desses riscos, que deverão 
ser executadas quando da implementação do novo projeto ou dos novos processos de 
trabalho.
Em ambientes de trabalho, deve ser realizada uma Análise Preliminar de Risco (APR), que 
consiste em identificar as principais fontes de perigo e estabelecer medidas de correção. Esta 
técnica é de especial importância para avaliar novos ambientes de trabalho, uma vez que 
trata de uma observação simples com o objetivo de disponibilizar tabelas de fácil interpreta-
ção.
FIQUE ATENTO
 Uma outra etapa de análise qualitativa é denominada “Reconhecimento”. Esta etapa 
servirá de base para decisões quanto a ações de prevenção, eliminação ou controle dos 
riscos. A etapa de Reconhecimento do risco ambiental, é aquela em que ocorre a percepção, 
ou não, de determinado agente (físico, químico ou biológico) cuja dimensão ainda é 
desconhecida e que passará a ser conhecida apenas na etapa de avaliação quantitativa 
(NUNES, 2014). Apresenta-se um exemplo para facilitar a compreensão dos itens que 
devem ser considerados na fase de reconhecimento do risco.
Identificação
dos riscos
Fonte
geradora
Trajetória 
e meio de 
propagação
Função do 
trabalhador
exposto
Nº de
trabalhadores
expostos
Danos
á saúde
Medidas
de controle
Físico:
Ruído
Prensa Ar Operador 
de prensa
10 Perda 
auditiva
EPI
Quadro 3: Etapa de reconhecimento dos riscos
Fonte: Adaptado de Nunes (2014)
3.2.2 Análise de Riscos Quantitativas
 As avaliações quantitativas são utilizadas para que se possa medir e afirmar se o risco 
à saúde do trabalhador de fato existe ou não. Ressalta-se que não há avaliação quantitativa 
para o risco biológico, visto que não há limites de tolerância para seus agentes. A exposição 
ao risco biológico decorre da simples presença desses agentes no ambiente de trabalho, 
ou seja, do seu reconhecimento ou da sua avaliação qualitativa.
 De acordo com a Norma Regulamentadora NR-09, a avaliação quantitativa deverá 
ser realizada para (BRASIL, 1978d):
a)comprovar o controle da exposição ou a inexistência dos riscos identificados na etapa de 
reconhecimento;
b)dimensionar a exposição dos trabalhadores;
35
c) subsidiar o equacionamento das medidas de controle.
 Após efetuar a avaliação quantitativa dos agentes, deve-se comparar os resultados 
obtidos com os limites de tolerância estabelecidos na legislação (NR 15 ou ACGIH – American 
Conference of Governmental Industrial Higyenistas). Caso necessário, deverão ser tomadas 
medidas de controle dos riscos.
Denomina –se ACGIH – American Conference of Industrial Hygienists – Associação Ameri-
cana de profissionais que são empregados por entidades governamentais. Esta associação 
promove padrões e técnicas em higiene ocupacional e coordena atividades do governo com 
agências comunitárias.
FIQUE ATENTO
3.3 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS 
 O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) é um conjunto de técnicas que 
procuram reduzir ou eliminar os riscos em um ambiente de trabalho. Assim, o PGR deverá 
aplicar o planejamento, organização e direção dos recursos humanos e materiais a fim de 
que os efeitos dos riscos possam ser tratados (ROJAS, 2015). 
 O PGR foi descrito inicialmente pela NR-22 (Segurança e Saúde Ocupacional 
na Mineração), mas foi transportado para a NR-01, visto que inicialmente abordava 
características específicas da mineração. Assim, a NR-01 menciona em seu texto que os 
riscos devem ser evitados, identificados, avaliados e classificados.
 Após a classificação dos riscos, devem-se implementar medidas de prevenção tais 
como: eliminação, minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas 
administrativas ou de organização do trabalho e adoção de medidas de proteção individual 
ou coletivas.
 O Programa de Gerenciamento de Riscos deve conter no mínimo, o Inventário de 
Riscos e um Plano de Ação. Neste plano, devem ser indicadas as medidas de prevenção 
a serem introduzidas, aprimoradas ou mantidas, definindo um cronograma, forma de 
acompanhamento e aferição dos resultados. 
Uma avaliação aprofundada frente aos riscos pode ser feita em normas especí-
ficas como a NR-35 (Trabalho em Altura)e NR-10 (Eletricidade) por exemplo. As 
normas podem ser consultadas em: 
https://bit.ly/3cmIaDJ. Acesso em: 02 fev. 2021.
BUSQUE POR MAIS
 Camisassa (2021) adiciona que o PGR deve apresentar os seguintes itens:
a. antecipação e identificação de fatores de risco, levando-se em conta, inclusive, as 
informações do Mapa de Risco elaborado pela CIPA, quando houver;
b. avaliação dos fatores de risco e da exposição dos trabalhadores;
https://bit.ly/3cmIaDJ
36
Na unidade 1 do livro “Segurança e higiene do trabalho” (2015), do autor Celso Au-
gusto Rossete, podem ser consultados os principais programas de pro-teção à saú-
de dos trabalhadores. 
Disponível em: https://bit.ly/2NQP2Qi. Acesso em: 02 fev. 2021.
BUSQUE POR MAIS
3.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE A UNIDADE 
 Para que um local de trabalho seja seguro e saudável, é fundamental a implementação 
de diversas ações, realizadas por profissionais qualificados ou por membros da CIPA. 
 A primeira etapa de prevenção contra acidentes e doenças ocupacionais é a 
identificação dos riscos no PPRA. Assim, os riscos podem ser de acidentes, ergonômicos, 
físicos, químicos ou biológicos. Complementando as descrições do PPRA, a CIPA 
desempenha uma função importante, que é a elaboração do “Mapa de riscos”. Assim, 
disponibiliza-se uma ferramenta visual em que todos os trabalhadores terão acesso a 
informações importantes sobre os riscos aos quais são expostos durante o trabalho.
 Muito além da constatação de riscos, devem ser criadas ações de redução e eliminação 
dos mesmos. Dessa forma, é preciso identificar por exemplo, a fonte geradora de riscos, 
a trajetória e o meio de propagação dos riscos, a quantidade de trabalhadores que são 
expostos e principalmente, estabelecer medidas de controle e eliminação.
 Frente à tratativa dos riscos, também é necessário criar medidas gerenciais. É o 
caso do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), responsável pelo planejamento, 
organização e direção dos recursos humanos e materiais a fim de que os efeitos dos riscos 
possam ser tratados ou eliminados. 
c. estabelecimento de prioridades, metas e cronograma;
d. acompanhamento das medidas de controle implementadas;
e. monitorização da exposição aos fatores de riscos;
f. registro e manutenção dos dados por, no mínimo, vinte anos;
g. análise crítica do programa, pelo menos, uma vez ao ano, contemplando a evolução do 
cronograma, com registro das medidas de controle implantadas e programadas.
 Destaca-se que além do PGR, podem ser citados outros programas de grande 
importância para a promoção e manutenção da saúde dos trabalhadores. Rossete (2015) 
destaca os seguintes:
• Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção 
(PCMAT);
• Programa de conservação auditiva (PCA);
• Programa de Proteção Respiratória (PPR);
• Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com materiais Perfurocortantes
https://bit.ly/2NQP2Qi
37
1. Os riscos no ambiente laboral são classificados de acordo Norma Regulamenta-dora 09 
(NR-09), a mesma norma que define o PPRA. Assim, o PPRA deverá identificar, tratar e 
eliminar os riscos inerentes ao processo de trabalho tais como os riscos físicos, químicos, 
biológicos, ergonômicos e de acidentes. A respeito das diferentes classificações sobre os 
riscos, é correto afirmar que:
a) Os riscos ergonômicos são decorrentes da exposição do trabalhador a vírus, fungos, 
bactérias ou outras substancias nocivas à saúde.
b) Ambientes propícios a incêndio ou explosão e layout físico desordenado são avaliados 
como riscos de acidentes. 
c) Os riscos físicos são decorrentes de características psicologias e fisiológicas do trabalhador. 
d) Comportamentos como postura inadequada, movimentos repetitivos, trabalho em 
excesso são riscos biológicos.
e) A exposição a poeiras e inalação de substancias toxicas são exemplos de riscos 
ergonômicos. 
2. O Gerenciamento de Riscos consiste em uma série de ações que devem ser documentadas 
a fim de que os riscos sejam identificados e tratados. Dentre as diversas formas de 
identificação dos riscos, a Análise Preliminar de Risco (APR) consiste em:
a) Técnicas sofisticadas para avaliar acidentes passados.
b) Avaliar os riscos de novos ambientes de trabalho.
c) Fazer a medida quantitativa dos riscos físicos, como ruídos e temperaturas. 
d) Análise de exames médicos para constatar a saúde dos trabalhadores.
e) Elaborar Mapas de Riscos. 
3. De acordo com a NR-09, o PRRA é um documento no qual os riscos ambientais, ou 
seja, os agentes ____________________ presentes em um ambiente de trabalho deverão ser 
identificados, a fim de que sejam reduzidos ou eliminados. 
a) Físicos e de acidentes.
b) Químicos e ergonômicos.
c) Biológicos e químicos. 
d) Físicos, químicos e biológicos.
e) Patológicos, físicos e humanos.
4. (Adaptado de Técnico em Segurança do Trabalho - Prefeitura de Belo Horizon-te/MG) 
De acordo com a NR 09, quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos 
trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR 15 ou, então, na ausência 
deles, deve-se utilizar os parâmetros fornecidos pela (o)
a) American Conference of Governenmental Industrial Higyenists – ACGIH. 
b) Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA. 
c) National Institute of Occupational Safety and Health Administration – NIOSH.
FIXANDO O CONTEÚDO
38
d) Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO.
e) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. 
5. (Adaptado de Infraero – Técnico de Segurança) A elaboração de mapa de riscos é uma 
responsabilidade atribuída legalmente
a) ao SESMT da empresa, se este existir.
b) a qualquer funcionário.
c) à CIPA.
d) ao responsável pela elaboração do PPRA.
e) ao responsável pela elaboração do PCMSO.
6. (Petrobrás – Técnico de Segurança) Na elaboração do Mapa de Riscos, foi constatada 
a existência de três tipos de riscos ambientais: radiações não ionizantes, esforço físico 
intenso e arranjo físico inadequado. Na representação gráfica do mapa, os riscos serão 
identificados, respectivamente, pelas cores: 
a) Vermelho, amarelo e azul. 
b) Vermelho, marrom e amarelo.
c) Verde, marrom e azul.
d) Verde, vermelho e marrom.
e) Verde, amarelo e azul.
7. O ___________ é um documento que contém descrição dos riscos identificados em um 
ambiente de trabalho, que deverão ser tratados e eliminados. É dever da _____________ 
elaborar um “Mapa de riscos”, no qual todos os riscos identificados são classificados de 
acordo com cores diferentes. Preencha corretamente a lacu-na.
a) ASO, PPRA
b) PCMSO, CIPA
c) PPRA, CIPA
d) CIPA, PPRA
e) PPRA, PCMSO
8. A “Teoria da magnitude dos riscos” elaborada pela Insurance Company of North America 
(ICNA) estabelece a seguinte informação: a cada 1 acidente grave (lesão incapacitante, 
ocorrem 10 acidentes com lesões não incapacitantes, 30 acidentes com danos à propriedade 
e 600 acidentes sem lesão ou danos (quase acidentes), conforme representado na figura 
seguinte. Pirâmide que representa a magnitude dos riscos.
39
De acordo com esta teoria, é correto afirmar que:
a) Os acidentes graves na empresa não têm relação com os quase acidentes. 
b) As empresas devem atuar somente no topo da pirâmide para evitar acidentes. 
c) Somente os acidentes devem ser investigados a fim de garantir a segurança.
d) Os quase acidentes devem ser investigados a fim de evitar acidentes graves.
e) É mais importante atuar contra os quase acidentes do que contra os acidentes graves.
40
ERGONOMIA UNIDADE
04
41
4.1 INTRODUÇÃO 
 No ano de 1949 foi criada a “Ergonomics Research Society”, em Oxford, Inglaterra. 
Este foi um grupo criado por cientistas e pesquisadores que promoveram a aplicação da 
Ergonomia como uma ciência (JACKSON FILHO; LIMA, 2015).
 De acordo com a NR 17:
Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e 
seu trabalho, equipamento e ambiente e, particularmente, a 
aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psi-
cologia na solução dos problemas surgidos desse relaciona-
mento (ILDA,

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