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Contabilidade Agricola. Ctb Sectorial1

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C. Sectoriais – Agricultura e Pecuária (activos biológicos) 
Contabilidade da Actividade Agrícola 
 1.1 Entidades rurais 
Entidades rurais são aquelas que exploram a capacidade produtiva do solo ou da água, mediante extracção vegetal, o cultivo da terra ou da água e a criação de animais. As entidades rurais lidam-se com a natureza, explorando os recursos do solo, aquários, faunísticos e outras de natureza campesina.
 1.2 Contas e elementos de identidade básica
· Activo Corrente
· Inventários: Produtos Agrícolas em armazém, sementes, fertilizantes, materiais, entre outros. Uma empresa agropecuária pode também ter mercadorias.
· Activos Biológicos:	Plantas e animais (com vida natural) destinados a corte
· Activo não Corrente
· Equipamento e Ferramentas da actividade Agrícola e Pecuária
· Plantações, pomares, Etc, que proporcionam varias colheitas e épocas diferentes
· Animais de trabalho e de reprodução 
 1.3 Actividade Agrícola rural
Considera-se como actividade rural a exploração das actividades agrícolas, pecuárias, a extracção e a exploração vegetal e animal, a exploração da apicultura, avicultura, suiniculturas, sericicultora, piscicultura (pesca artesanal de captura do pescado in natura) e outras de pequenos animais.
A actividade rural pode integrar também a transformação de produtos agrícolas ou pecuários, sem que sejam alteradas a composição e as características do produto natural, desde que realizada pelo próprio agricultor ou criador, com equipamentos e utensílios usualmente empregados nas actividades rurais, utilizando-se exclusivamente matéria-prima produzida na área explorada, tais como: descasque de arroz, conserva de frutas, moagem de trigo e milho, o acondicionamento do leite, mel. suco de laranja, produção de carvão vegetal, produção de embriões de rebanho em geral (independentemente de sua destinação: comercial ou reprodução).
 1.4 Culturas agrícolas 
As actividades agrícolas compreendem o cultivo, o plantio, colheita e agro processamento primário das culturas, espécies e outros bens similares. De uma maneira geral, as culturas agrícolas dividem-se em duas categorias: 
	a) Culturas temporárias: as que se extinguem com a colheita, dando lugar à preparação dos solos para novo plantio. O seu ciclo de exploração é geralmente curto, menos de doze meses na maioria dos casos, embora existem culturas cujo ciclo vão além de um ano. O ciclo inicia com a preparação dos solos e termina com a colheita, debulha ou aprovisionamento e venda ou consumo do produto colhido. Exemplo: milho, feijão, legumes, arroz, trigo, etc. 
Durante o ciclo produtivo, os custos pagos ou incorridos, nesta cultura, serão acumulados em conta específica de activos correntes, biológicos, intitulada "Cultura Temporária em Formação". 
Após a colheita, esta conta deverá ser baixada pelo seu valor de custo e transferida para uma nova conta, também do activo corrente, inventários, denominada "Produtos Agrícolas", especificando-se o tipo de produto. 
	b) Culturas permanentes: aquelas de duração longa, que proporcionam mais de uma colheita, sem a necessidade de novo plantio, recebendo somente tratamento no intervalo entre as colheitas com vista a sua manutenção em bom estado. Trata-se de plantas que, ao longo da vida vão gerando frutos que proporcionam rendimentos pela colheita, exemplo de pomar e cafezal que dão frutos por mais de uma época, incorrendo em actividades de manutenção e tratamento fitossanitário ao longo da vida das plantas. Exemplo: pomar, cajual, cafezal, etc. 
Durante a formação dessa cultura, os gastos são acumulados na conta "Cultura Permanente em Formação" - conta de activo corrente. Quando atingir a sua maturidade e estiver em condições de produzir, o saldo da conta da cultura em formação será transferido para a conta "Cultura Permanente Formada" - Imobilizado, especificando-se o tipo de cultura. 
Durante o período de formação do produto a ser colhido (maçã, uva, laranja, etc.) os custos pagos ou incorridos serão acumulados em conta específica, que poderá ser denominada de "Colheita em Andamento", conta de Activo Corrente, devendo-se especificar o tipo de produto que vai ser colhido. Após a colheita, esta conta deverá ser baixada pelo seu valor de custo e transferida para conta de activo corrente, inventários, "Produtos Agrícolas", especificando-se o tipo de produto colhido. 
 
 1.5 Actividade Pecuária
A actividade pecuária (Zootécnica) consiste na criação de animais para abate, serviços de lavoura, ou para fins industriais e comerciais.
As actividades pecuárias compreendem desde a inseminação, nascimento, ou compra, até a comercialização dos animais. Esta actividade subdivide-se em três categorias: 
 	a) Criação de animais para comercialização de matrizes;
	b) Criação ou compra de animais para engorda e comercialização; e
	c) Criação ou compra de animais para comercialização de seus produtos derivados, tais como: leites, ovos, mel, sémen, etc.
Na contabilidade de uma empresa de actividade pecuária, os animais deverão ser classificados de acordo com o tipo de criação e finalidade:
 
 1.5.1 Activo Permanente
 
a) Gado Reprodutor - representado por bovinos, suínos, ovinos e outros destinados à reprodução, ainda que por inseminação artificial;
b) Rebanho de Renda - representado por bovinos, suínos, ovinos e outros que a empresa explora para produção de bens que constituem objecto de suas actividades;
c) Animais de Trabalho - representados por bovinos, cavalos, asininos e outros, destinados a trabalhos agrícolas, transporte e outras. 
 
Em decorrência dessa classificação no Activo Permanente, esses bens ficam sujeitos à depreciação a partir do momento em que atinjam capacidade de produzir ou de uso.
Crias novas - recomendável que as crias recém-nascidas destinadas ao trabalho, renda ou reprodução, sejam classificadas primeiramente no Activo Corrente – activos biológicos, até que atinjam a idade em que possa ser analisada e provadas a sua habilidade para o trabalho, procriação ou engorda, quando então será definida a sua permanência no Activo corrente ou a sua reclassificação para o Imobilizado – Activo não corrente.
Valor de crias recém-nascidas
· O valor do custo das crias nascidas poderá ser apurado pelo preço real de custo ou pelo preço corrente de mercado, gerando nesse último caso uma receita de "superveniência activa".
· O desaparecimento ou morte de animais terá seus valores registados em conta de gastos e perdas operacionais.
Na contabilidade da empresa com exploração de actividade pecuária, o rebanho existente deverá ser classificado e contabilizado de acordo com o tipo de criação e finalidade:
 1.6 A Contabilidade em actividades agro-pecuárias
A abordagem à actividade agrícola e pecuária (activos biológicos) é somente para escrituração dos factos patrimoniais decorrentes desta actividade, para efeitos de apurar o resultado, tal como sucede com os outros sectores de actividade. Em suma, a contabilidade deve:
a) Apurar o custo de produção nos diferentes estágios da formação das culturas até o ponto de separação, aplicando a norma apropriada (NCRF 11);
b) Apurar os custos dos produtos agrícolas, pós colheita, em armazém até a sua saída para venda ou consumo, aplicando a NCRF 9;
c) Elaborar as demonstrações financeiras da entidade.
 1.6.1 Registo das transacções em actividades agrícolas
Os registos contabilísticos devem evidenciar as contas de receitas, custos e despesas, com obediência aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, observando-se o seguinte:
a) Os bens originários de culturas temporárias e permanentes devem ser avaliados pelo seu valor original, por todos os custos integrantes do ciclo operacional, na medida de sua formação, incluindo os custos imputáveis, directa ou indirectamente, ao produto, tais como sementes, irrigações, adubos, fungicidas, herbicidas, insecticidas, mão-de-obra e encargos sociais, combustíveis, energia eléctrica, secagens, depreciações de prédios, máquinas e equipamentos utilizados na produção, arrendamentos de máquinas, equipamentos e terras,seguros, serviços de terceiros, fretes e outros;
b) Os custos indirectos das culturas, temporárias ou permanentes devem ser apropriados aos respectivos produtos;
c) Os custos específicos de colheita, bem como de beneficiamento, acondicionamento, armazenagem e outros necessários para que o produto resulte em condições de comercialização, devem ser contabilizados em conta de Inventários - produtos agrícolas;
d) As despesas pré-operacionais devem ser amortizadas a partir da primeira colheita. O mesmo tratamento contabilístico também deve ser dado às despesas pré-operacionais, relativas as novas culturas, em entidade agrícola já em actividade;
e) Os custos com desmatamento, destroçamento, correcções de solo e outras melhorias para propiciar o desenvolvimento das culturas agrícolas cuja exploração será por mais de uma safra devem ser contabilizados pelo seu valor original, em activos diferidos, como encargos das culturas agrícolas desenvolvidas na área, deduzidas as receitas líquidas obtidas com a venda dos produtos oriundos do desmatamento ou destroçamento;
f) A exaustão dos activos fixos biológicos (exemplo de culturas permanentes), formado por todos os custos incorridos até o período imediatamente anterior ao início da primeira colheita, tais como preparação da terra, mudas ou sementes, mão-de-obra, etc., deve ser calculada com base na expectativa de colheitas, de sua produtividade ou de sua vida útil, a partir da primeira colheita;
g) Os custos incorridos que aumentem a vida útil da cultura permanente devem ser adicionados aos valores imobilizados;
h) As perdas correspondentes à frustração ou ao retardamento da safra agrícola devem ser contabilizadas como despesa operacional;
i) Os ganhos decorrentes da avaliação de existências do produto pelo valor de mercado ou justo valor, devem ser contabilizados como receita operacional, em cada exercício;
j) Os custos necessários para a produção agrícola devem ser classificados no activo corrente, cultura em formação, segundo a expectativa de realização:
a) No activo corrente, os custos com existências de produtos agrícolas e os custos com tratos culturais ou de safra necessários para a colheita no exercício seguinte; e
b) No activo permanente, os custos que beneficiarão mais de um exercício.
 
 1.7 Receitas das actividades agro-pecuárias 
As receitas operacionais da actividade agrícola e pecuária são aquelas provenientes do ciclo normal de exploração da empresa: venda da produção, prestação de serviços agro-pecuários, contratos de aluguer, entre outros, 
 1.8 Gastos 
Consideram-se gastos, dedutíveis na determinação do resultado da actividade rural, aqueles necessárias à geração dos rendimentos e à manutenção da fonte geradora de renda e que estejam relacionados com a natureza da actividade exercida, apropriando-as em função do regime de competência. 
Exemplos: gastos com salários e encargos de trabalhadores, custos de depreciação de máquinas e equipamentos, exaustão das culturas permanentes, animais de reprodução, etc. 
As perdas, parciais ou totais, decorrentes de eventos naturais (ventos, inundação, praga, granizo, seca, tempestade e outros), bem como de incêndio e outras acções danosas, devem ser registadas como gastos não-operacionais do exercício.  
SEGATTO at al(2018: 149) refere que quando se trata da contabilidade rural há necessidade de o produtor conhecer os custos da produção e as despesas e ainda, de que forma se comportam nas actividades desenvolvidas. Para entender os custos, faz-se necessário conhecer alguns conceitos básicos, entre eles o que são gastos, perdas, investimentos, despesas e custos conforme o quadro abaixo.
Conceitos de gastos, perdas, investimento e despesa
	Tipologia
	Conceito
	Exemplo na agricultura
	Gastos
	“Compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro para a entidade (desembolso), representado por entrega ou promessa de entrega de activos (normalmente dinheiro) ” (MARTINS, 2003:24).
	Podem ser citados como gastos
específicos na área rural como compra de maquinário, tractores, entre outros.
	Perdas
	“São eventos económicos negativos ao património empresarial, não habituais e eventuais, tais como deterioração anormal de activos, perdas de créditos excepcionais, capacidade ociosa anormal etc.” (PADOVEZE, 2004:18).
	São gastos não intencionais, que
decorrem de fatos externos como
fenómenos da natureza que provocam destruição da safra, como por exemplo: perdas decorrentes de incêndios, geadas, enchentes, chuvas de granizo, secas e outros fenómenos da natureza.
	Investimento
	“[...] o valor dos insumos adquiridos pela empresa não utilizados no período, mas que poderão ser empregados em períodos futuros” (BORNIA, 2002:41).
	Na contabilidade agrícola pode ser citado como investimento, por exemplo, o capital fundiário que são todos os recursos fixos vinculados à terra e que dela não são retiráveis, como terras e culturas permanentes e o capital de exercício que é o operacional de trabalho, como animais de trabalho, equipamentos, entre outros.
	Despesa
	As despesas se relacionam a administração geral da empresa e não apenas as actividades da produção, como é o caso dos custos. Assim, pode-se classificá-las em fixas e variáveis. As despesas fixas são os gastos com consumo que não sofrem variação directa e proporcional com o nível de vendas, como é o caso dos salários administrativos. Já as despesas variáveis são os gastos que se relacionam com o volume de venda, como as comissões, impostos, entre outros (MARION, 2005)
	Essas despesas na área agrícola podem-se citar como exemplo a mão-de-obra e capital investido em terras para as despesas fixas. Para despesas variáveis tem-se como exemplo as benfeitorias e reparos em máquinas e equipamentos
	Custo
	Custos: É todo o gasto que representa a aquisição de um ou mais bens ou serviços usados na produção de outros bens e/ou serviços, que ocorre somente na actividade produtiva, constituindo dessa forma, um elemento inerente ao processo de produção da empresa. Desta forma, custo significa o valor monetário de recursos utilizados no processo de obtenção ou de elaboração de determinado bem ou serviço. (DUBOIS, 2009:16)
	São considerados custos aqueles que
ocorrem em virtude da produção, por
exemplo, sementes, fertilizantes,
agro-tóxicos, entre outros.
 1.9 Avaliação de existências 
As existências finais de produtos agrícolas, animais e extractivos, em armazém no encerramento do período, deverão ser avaliados com base num dos seguintes critérios de avaliação:
a) Custo médio;
b) Custo de aquisição mais recente;
c) Contagem física e avaliação aos preços unitários praticados mais recentemente nas compras; e
d) Preços correntes no mercado (valor realizável liquido), conforme a NCRF 9.
Observe-se que a avaliação de existências a preços de mercado, embora de determinação mais prática, implica no reconhecimento da valorização como receita tributável no período.
Norma Internacional de Contabilidade (IAS) 41 / NCRF 11: Agricultura e Activos Biológicos
Esta Norma deve ser aplicada na contabilização do que se segue quando se relacione com a actividade agrícola:
a) Activos biológicos;
b) Produto agrícola no ponto da colheita; e
c) Subsídios governamentais relacionados com a actividade agrícola / pecuária
O paragrafo 3 da NCRF 11 estabelece os limites de tratamento dos activos entre esta e outras Normas aplicáveis, em particular a NCRF 9, segundo o estado e as fases em que se encontram os produtos ou culturas:
 Ponto de separação
 (Ponto de colheita)
 IAS 41 (NCRF 11)	 - Agricultura e Ac. Biologicos 				 IAS 2 (NCRF 9) – Inventários .
. Cultura agrícola até o ponto de colheita . 					 . Produto agrícola em armazém... 
No seu parágrafo 4, esta Norma estabelece o quadro ilustrativo de activos biológicos, produtos agrícolas e produtos resultantes de processamento destes.
 1.9.1 Reconhecimento de um activo biológico 
O parágrafo 10 da NCRF 11 estabelece que “uma entidade deve reconhecer um activo biológico ou produto agrícola quando, esomente quando:
a) A entidade controle o activo como consequência de acontecimentos passados;
b) For provável que futuros benefícios económicos associados ao activo fluirão para a entidade; 
c) O justo valor ou custo do activo possa ser fiavelmente mensurado”.
 1.9.2 Subsídios governamentais às actividades agro-pecuárias
Os parágrafos 18 a 21 desta Norma estabelecem o tratamento do subsidio do governo para a actividade agrícola “…um subsídio governamental não condicional que se relacione com um activo biológico mensurado pelo seu justo valor menos o custo estimado no ponto de venda deve ser reconhecido como rendimento quando, e somente quando, o subsídio governamental se torne recebível”. Para todos os efeitos recomenda-se a leitura da IAS 20 (NCRF 26) para o tratamento contabilístico dos subsídios do governo.
Exercícios práticos de consolidação I
Responda, indicando a alternativa de resposta correcta, das seguintes questões
1. Cana-de-açúcar no campo, em fase de crescimento é:
[ ] a) Cultura temporária
[ ] b) Cultura em erradicação
[ ] c) Cultura permanente
[ ] d) Cultura flutuante
2. Milho na machamba, em fase de maturação é:
[ ] a) Cultura temporária
[ ] b) Cultura em erradicação
[ ] c) Cultura permanente
[ ] d) Cultura flutuante
3. Cultura temporária em formação é classificada no balanço como:
[ ] a) Activo corrente 
[ ] b) Investimento
[ ] c) Activo não corrente
[ ] d) Diferido
4. Cultura permanente em formação é classificada no balanço como:
[ ] a) Activo não corrente
[ ] b) Investimento
[ ] c) Activo corrente
[ ] d) Diferido
5. Mão-de-obra na plantação de qualquer cultura é:
[ ] a) Perda do exercício
[ ] b) Custo
[ ] c) Activo corrente
[ ] d) Património Líquido
6. Juros de financiamento de actividades agrárias são considerados:
[ ] a) Despesa
[ ] b) Custo
[ ] c) Activo não corrente 
[ ] d) Património Líquido
7. Cultura permanente formada é considerada:
[ ] a) Despesa
[ ] b) Custo
[ ] c) Activo Imobilizado
[ ] d) Património Líquido
8. Cultura temporária colhida e não vendida é considerada:
[ ] a) Despesa
[ ] b) Custo
[ ] c) Activo Corrente - inventários
[ ] d) Património Líquido
9. O lucro agro-pecuário será contabilizado como:
[ ] a) Despesa
[ ] b) Custo
[ ] c) Activo Realizável a Longo Prazo
[ ] d) Património Líquido
10. Inundações, incêndios, geadas são consideradas:
[ ] a) Custo
[ ] b) Perda
[ ] c) despesa
[ ] d) Ganho
11. Bezerros nascidos destinados a corte, devem ser classificados como:
[ ] a) Activo corrente - inventario
[ ] b) Activo não corrente - biológico
[ ] c) Custo do Produto Vendido
[ ] d) Perdas Extraordinárias
12. Bezerros nascidos destinados à reprodução, devem ser classificados como:
[ ] a) Activo corrente – Inventários
[ ] b) Activo não corrente - biológico
[ ] c) Custo do Produto Vendido
[ ] d) Perdas Extraordinárias
13. Vacas matrizes – em experimentação – devem ser classificadas como:
[ ] a) Activo corrente – Inventários
[ ] b) Activo não corrente - biológico
[ ] c) Custo do Produto Vendido
[ ] d) Perdas Extraordinárias
14. Vacas matrizes – em plena produção – devem ser classificadas como:
[ ] a) Activo corrente – Inventários
[ ] b) Activo não corrente - biológico
[ ] c) Custo do Produto Vendido
[ ] d) Perdas Extraordinárias
15. Vacas matrizes – que já não apresentam condições de procriação – devem ser descartadas e
classificadas como ( considere o imposto de renda) :
[ ] a) Activo corrente – Inventários
[ ] b) Activo não corrente - biológico
[ ] c) Custo do Produto Vendido
[ ] d) Perdas Extraordinárias
16. Novilhos vendidos devem ser classificados como:
[ ] a) Activo Corrente – Inventários
[ ] b) Activo não corrente - biológico
[ ] c) Custo do Produto Vendido
[ ] d) Perdas Extraordinárias
17. Touros descartados (no transcurso da vida útil) e vendidos devem ser classificados como:
[ ] a) Activo corrente – Inventários
[ ] b) Activo não corrente -biológico
[ ] c) Custo do Produto Vendido
[ ] d) Perdas Extraordinárias
18. Animais de trabalho devem ser classificados como:
[ ] a) Activo corrente – Inventários
[ ] b) Activo não corrente -biológico
[ ] c) Custo do Produto Vendido
[ ] d) Perdas Extraordinárias
19. Animais mortos (morte acidental e anormal) devem ser classificados como:
[ ] a) Activo – Corrente – Inventários
[ ] b) Activo não corrente - biológico
[ ] c) Custo do Produto Vendido
[ ] d) Perdas Extraordinárias
20. Bezerros roubados em grande número devem ser classificados como:
[ ] a) Activo corrente – Inventários
[ ] b) Activo não corrente - biológico
[ ] c) Custo do Produto Vendido
[ ] d) Perdas Extraordinárias
21. Custos Históricos na pecuária são considerados:
[ ] a) Adequados
[ ] b) Inadequados
[ ] c) Proibidos
[ ] d) Recomendáveis em casos especiais
22. Quando se utiliza o Custo Histórico na pecuária, fica prejudicado o item:
[ ] a) Imobilizado
[ ] b) Investimento
[ ] c) Títulos a receber
[ ] d) Existências
23. As excepções ao Custo Histórico são:
[ ] a) Equivalência Patrimonial e Correcção Monetária
[ ] b) Equivalência Patrimonial e Reserva a Realizar
[ ] c) Equivalência Patrimonial e Reavaliação
[ ] d) Equivalência Patrimonial e Competência de exercícios
24. Os relatórios contabilísticos à base do princípio do Custo Histórico, na pecuária, são:
[ ] a) Adequados
[ ] b) Inadequados
[ ] c) Proibidos
[ ] d) Recomendáveis em casos especiais
25. Custos extraordinários na pecuária são:
[ ] a) Adequados
[ ] b) Inadequados
[ ] c) Proibidos
[ ] d) Recomendáveis em casos especiais
26. Anualmente, para o rebanho Imobilizado, deve-se fazer:
[ ] a) Correcção Monetária
[ ] b) Equivalência Patrimonial
[ ] c) Reavaliação
[ ] d) Manter o custo
27. Numa empresa agro-pecuaria, o gado em geral (reprodutor, de renda e animais de trabalho) é
classificado no Balanço Patrimonial como:
[ ] a) Inventários
[ ] b) Activo Imobilizado biológico
[ ] c) Activo corrente biológico
[ ] d) Todas afirmações falsas
28. São classificados no Activo corrente os animais:
[ ] a) Destinados aos trabalhos agrícolas, de sela e transporte
[ ] b) Que a empresa utiliza para a produção de bens que constitui sua actividade
[ ] c) Destinados à revenda
[ ] d) Que serão utilizados somente para reprodução
29. Os gastos com sementes e mudas, em “Culturas Permanentes, serão:
[ ] a) Considerados como despesas operacionais e jogados contra resultado do exercício
[ ] b) Classificados no activo permanente, podendo ser depreciados em quotas compatíveis com sua vida útil
[ ] c) Considerados gastos pré-operacionais e amortizáveis em até cinco anos
[ ] d) considerados como custos, e como tal apropriados no resultado
30. A empresa Agro Industrial Rima, adquiriu em 01 de Julho de 2007 uma máquina de colheita de milho cuja vida útil é de 5 (cinco) anos, por 110.000,00MT com financiamento obtido no banco BTM e, com periodicidade de pagamento anual, utilizou-se do benefício fiscal da depreciação acelerada. Qual o valor do encargo da depreciação contabilizada em 31/12/2007?
[ ] a) 18.000,00
[ ] b) 22.000,00
[ ] c) 11.000,00
[ ] d) 110.000,00
[ ] e) 15.000,00
31. Em relação à questão anterior, qual seria a parcela a ser excluída em 31/12/2007, no apuramento do lucro correspondente ao benefício fiscal?
[ ] a) 110.000,00
[ ] b) 88.000,00
[ ] c) 11.000,00
[ ] d) 99.000,00
[ ] e) 22.000,00
32. Supondo que a referida empresa, em 2008, tenha optado pelo apuramento do resultado faseado em trimestre, qual o valor do Cash Flow em 31/03/2008 (31/03/2008)?
[ ] a) 5.500,00									[ ] d) 5.000,00
[ ] b) 11.000,00								[ ] e) 80.000,00
[ ] c) 22.000,00
33. No plano de contas de uma empresaagro-pecuária, a conta “Insumos” constitui-se de:
[ ] a) Todo o material empregado na fabricação de um produto
[ ] b) Produtos que compõem uma cultura, como sementes, adubos, etc.
[ ] c) Ferramentas utilizadas no trabalho de formação e manutenção de uma cultura
[ ] d) Nenhuma afirmação correcta.
34. Com relação ao inventário de estoque, pode-se dizer que:
[ ] a) O melhor método na actividade agrícola é o inventário permanente
[ ] b) Adoptando o inventário periódico, torna-se difícil avaliar uma cultura em formação ou uma safra
em formação
[ ] c) No inventário periódico, torna-se fácil avaliar uma cultura em formação ou uma safra em formação
[ ] d) As alternativas a e b estão correctas
35. A conta “Matéria-prima” para uma industria equivale, na Contabilidade Agro-pecuária, a:
[ ] a) Produtos Agrícolas
[ ] b) Culturas Temporárias em Formação
[ ] c) Almoxarifado
[ ] d) Insumos
36. A conta “Estoques de Produtos em Elaboração” para uma indústria equivale, na Contabilidade Agro-pecuária, a:
[ ] a) Produtos Agrícolas
[ ] b) Culturas Temporárias em Formação
[ ] c) Almoxarifados
[ ] d) Materiais
37. A conta “Produtos Acabados” para uma indústria, equivale, na Contabilidade Agro-pecuária, a:
[ ] a) Produtos Agrícolas
[ ] b) Colheitas em andamento
[ ] c) Produto agrícola em armazém
[ ] d) Insumos
38. Cultura temporária em formação é classificada como:
[ ] a) Activo correntes biológico 
[ ] b) Activo não corrente, biológico
[ ] c) Activo não corrente
[ ] d) Activo Permanente diferido
39. Cultura permanente em formação é classificada como:
[ ] a) Activo corrente 
[ ] b) Activo não corrente - Investimento
[ ] c) Activo não corrente -biológico
[ ] d) Activo – Permanente - Diferido
40. Cultura permanente formada é classificada como:
[ ] a) Activo corrente 
[ ] b) Activo não corrente - Investimento
[ ] c) Activo não corrente - biológico
[ ] d) Activo não corrente - Diferido
41. O custo da benfeitoria de uma safra será acumulado a:
[ ] a) Produtos Agrícolas
[ ] b) Culturas Temporárias em Formação
[ ] c) Almoxarifado
[ ] d) Insumos
Exercícios práticos II
1. Assume-se que uma empresa agrícola preparou os seus campos para a sementeira de milho cujo tempo ciclo vegetativo não vai para além de 180 dias. A sementeira teve lugar no mês de Outubro do “n” e a colheita teve lugar no mês de Março do “n+1”. O exercício económico da empresa compreende o período de 1/06/n a 31/05/n+1.
Os custos com a produção foram: 
Primeira parte (de Setembro do ano n a Janeiro do ano n+1):
Sementes 122.800
Adubo 58.000
Outros custos 36.000
Mão-de-obra serviços de terceiros:	Lavra, plantação, desbaste, capina, colheita 21.000
Segunda parte, de Janeiro a Março do n+1:
Debulha de Janeiro a Março 	4.200
Armazenamento em Silos (dois meses – aluguer) 6.500
A colheita de totalizou 20.400 sacas e, em 25/3 a produção foi totalmente vendida, a vista, a 200,00MT o saco. Os produtos agrícolas em armazém no início do ano n foram vendidos na totalidade, por 155.000,00MT.
Considerando-se que todos os custos acima foram a vista e que a empresa incorreu em outras, gastos operacionais no período, por pagar, no total de 120.060,00MT.
Pedido: determinar o lucro operacional, o resultado líquido (ver o CIRPC) a apresenta as DF’s, considerando a situação do exercício anterior (ano n-1), abaixo:
	ACTIVO
	
	4.295.000,00
	Activo não corrente
	
		3.750.000,00
	Equipamento básico
	
		1.800.000,00
	Equipamento de transporte
	
	1.350.000,00
	Edifícios
	
	600.000,00
	Activo corrente
	
	545.000,00
	Existências	
	
	215.000,00
	Produtos agrícolas
	25.000,00 
	
	Sementes
	130.000,00
	
	Adubos
	60.000,00
	
	Contas a receber
	
	110.000,00
	Disponibilidades
	
	220.000,00
	
	
	
	CAP. PROPRIO E PASSIVO
	
	4.295.000,00
	Capital próprio
	
	3.360.000,00
	Capital social
	3.000.000,00
	
	Reservas	
	300.000,00
	
	Resultados transitados
	60.000,00
	
	Passivo
	
	935.000,00
	Passivo não corrente
	
	
	Empréstimos obtidos
	
	 800.000,00
	Passivos Correntes
	
	135.000,00
	Fornecedores
	35.000,00
	
	Empréstimos obtidos 
	100.000,00
	
	
	
	
	 		 
Observações:
a) Todas contas a receber e a pagar foram resolvidos no decurso do ano n.
b) As existências ainda não haviam sido repostas, à data das DF’s. 
2. Considere os dados obtidos da empresa agrícola do Infulene 
INVENTÁRIO DA EMPRESA AGRICOLA DO INFULENE EM 01.06.2012
	Fertilizantes
	
	20.000,00
	
	sementes de cereais
	
	35.000,00
	
	mudas de cajueiro
	
	15.000,00
	
	2 hectares de hortícolas em crescimento, 
para as quais foram feitas despesas em:
	 Sementes
	13.500,00
	
	
	 Fertilizantes
	7.500,00
	
	
	 mão de obra 
	5.600,00
	
	
	 água 
	5.200,00
	
	
	 outros gastos
	4.610,00
	
	
	
	
	
	
	utensílios e ferramentas
	
	45.222,00
	
	Charruas de tracção animal (2)
	
	15.750,00
	cada
	Junta de bois para tracção animal
	
	18.500,00
	cada
	87 vacas de corte com 110kg em media
	135,00
	kg
	10 novilhas com peso médio de 45kg
	
	65,00
	kg
	10 vacas leiteiras
	
	25.000,00
	cada
	5 bois para reprodução
	
	22.000,00
	cada
	1 (ha) com 250 laranjeiras em crescimento 
(espera-se inicio de produção dentro de um ano) 
no qual foram pagos 175500,00 de trabalhos e materiais
	
Apresente: 
	
	
	
	a) o valor do activo corrente desta empresa
	
	
	b) o valor do activo não corrente desta empresa
	
II Exercícios de consolidação da aplicação da NCRF 11
1. O parágrafo 3 da NCRF11 refere que esta norma não é aplicável na contabilização de terrenos e activos tangíveis (ex. equipamentos, edifícios, etc), mesmo sendo parte dos activos do agricultor. Comente a afirmação indicando / explicando a razão desta exclusão.
a) Indique as contas apropriadas, do plano de contas, para os seguintes elementos patrimoniais de um agricultor: i) Alfaias Agrícolas; ii) Vacas leiteiras; iii) Poedeiras; iv) Junta de bois para lavouras e transporte; v) Vacas Matrizes e vi) Fruteiras em fase de colheita. 
2. A criação de peixe em cativeiro é abrangida por esta norma, porém, a pesca no mar, rios ou lagoas não faz parte da matéria de contabilidade desta norma. Como se explica? (ver parágrafo 6)
3. Nos termos do parágrafo 10 da NCRF 11, Determine o valor dos activos biológicos do agricultor Zaca que apresenta a seguinte informação:
a. Mudas de cajueiros adquiridos por 150.000,00MT cujo justo valor é de 245.000,00MT e custos estimados de vender de 25.200,00Mt
b. Peixe em cativeiro cujo custo de produção ascende a 1.230.000,00MT e, custos estimados para completar o ciclo de produção de 145.000,00MT e custos estimados de vender de 90.000,00MT
c. Os animais de reprodução estão avaliados a 2.350.000,00MT com amortizações acumuladas de 135.000,00MT e uma perda por imparidade registada na quantia de 95.000,00MT. O Agricultor solicitou ao um consultor da praça a avaliação pelo justo valor destes animais e obteve a resposta de impossibilidade de obter o Justo valor dada a não existência da espécie no mercado. Perante este facto, como deve proceder o contabilista para apurar o valor dos activos a constar do balanco final? Indique a fonte da resposta e determine o valor. 
d. Da cultura de soja, o agricultor obteve 1.200 toneladas cujo custo total de produção é de 2.867.000,00MT. Entretanto, a avaliação feita pelos especialistas em produtos de alto teor nutritivo, indica que o justo valor desta soja é de 5.300,0MT por tonelada. Estimam igualmente os custos de vender em 300,00MT por tonelada. Determine a quantia pela qual esta produção deve ser reconhecida no momento da entra em armazém do agricultor e indique o parágrafo apropriado da norma.
e. De exemplo de custos estimados no momento de venda (custos de vender).
4. Contabilize os seguintes subsídios anunciados pelo governo e cujo recebimento foi confirmado pela nota 03/SB/Gov/MASA/2020:
a. 30 Cabeças da espécie de bovinos “Braman”, para reprodução, avaliadas em 3.500.000,00MT
b. 300 Mudas de cajueiros avaliadas em 1.540.000,00MTc. 25% do custo necessário para criação do peixe em cativeiro (primeira safra). O Agricultor (piscicultor) estima o custo total de 2.350.000,00MT para a campanha ora iniciada. 
Contas sectoriais – texto de apoio – Contabilidade agro-pecuária	Pag. 1
@ISCAM, EDIÇÀO 2022

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