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SUMÁRIO 
Introdução---------------------------------------------------------------------------------------------------------4 
MÓDULO 01: Classes de palavras----------------------------------------------------------------------------5 
Flexão dos substantivos-----------------------------------------------------------------------------------------7 
Mapas mental Substantivo-------------------------------------------------------------------------------------8 
Classificação dos adjetivos ------------------------------------------------------------------------------------9 
Mapas mental Flexão dos adjetivos------------------------------------------------------------------------11 
Mapas mental Pronome--------------------------------------------------------------------------------------14 
Classes invariáveis----------------------------------------------------------------------------------------------15 
Mapa mental coordenação e subordinação--------------------------------------------------------------16 
Mapa advérbio--------------------------------------------------------------------------------------------------17 
Mapa Classes gramaticais-------------------------------------------------------------------------------------19 
Exercício comentado: CLASSES GRAMATICAIS---------------------------------------------------------20 
Termos essenciais da oração---------------------------------------------------------------------------------22 
MÓDULO 02: Sintaxe------------------------------------------------------------------------------------------22 
Classificação dos sujeitos-------------------------------------------------------------------------------------24 
Partícula SE-------------------------------------------------------------------------------------------------------25 
Predicação Verbal----------------------------------------------------------------------------------------------27 
Classificação dos predicados---------------------------------------------------------------------------------28 
Complemento nominal----------------------------------------------------------------------------------------33 
Agente da passiva----------------------------------------------------------------------------------------------34 
Mapa mental Complementos verbais----------------------------------------------------------------------38 
Vocativo ----------------------------------------------------------------------------------------------------------39 
Mapa mental Termos acessórios ---------------------------------------------------------------------------40 
Exercício comentado: SINTAXE------------------------------------------------------------------------------41 
MÓDULO 03: REGÊNCIA, CONCORDÂNCIA E COLOCAÇÃO PRONOMINAL-----------------------44 
Regência----------------------------------------------------------------------------------------------------------46 
Mapa mental Regência ---------------------------------------------------------------------------------------47 
Exercício comentado REGÊNCIA----------------------------------------------------------------------------48 
Concordância----------------------------------------------------------------------------------------------------49 
Mapa Concordância-------------------------------------------------------------------------------------------54 
Concordância Nominal----------------------------------------------------------------------------------------55 
Mapa mental Concordância nominal ---------------------------------------------------------------------59 
Exercícios comentados: CONCORDÂNCIA ----------------------------------------------------------------60 
Mapa mental Sintaxe de Colocação -----------------------------------------------------------------------62 
Exercício comentado-------------------------------------------------------------------------------------------65 
 
 
4 
 
1.INTRODUÇÃO 
 
O estudo da gramática em Língua portuguesa, envolve três áreas: morfologia 
(estrutura, formação e classificação das palavras). Sintaxe e semântica. 
Temos as classes gramaticais (também chamadas de classes de palavras) são 
categorias nas quais as palavras se enquadram de acordo com as 
especificidades que assumem em um contexto. Elas são classificadas com base 
na forma em que se apresentam e na função que assumem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © 2022 Sônia Regis. Todos os direitos reservados Nenhuma parte deste material pode 
ser copiado, reproduzido ou concedido ou vendido sob qualquer forma, sem autorização por 
escrito da autora. 
Autora: Sônia Regis 
Colaboração: Jhennyfer Cavalcante 
 
5 
 
MORFOLOGIA – MODULO I 
LISTA DAS 10 CLASSES GRAMATICAIS - CLASSES DE 
PALAVRAS 
 
2.SUBSTANTIVO 
É a palavra nuclear que nomeia os seres em geral e podem ser classificados 
em: próprios, comuns, concretos, abstratos, simples, compostos, primitivos, 
derivados e coletivos. 
abelha – mulher – mel – amor – ambição – Deus – anjo – bondade 
2.1 CLASSIFICAÇAO CLASSIFICAM-SE 
2.1 .2 SUBSTANTIVOS COMUNS E PRÓPRIOS 
Substantivo comum: são aqueles que nomeiam um ser entre outros da mesma 
espécie. 
Substantivo próprio: são aqueles que nomeiam um ser entre outros da mesma 
espécie. 
Exemplo: A São Paulo que Rosa fotografou é uma cidade que seus próprios 
habitantes não enxergam. (a palavra cidade é um substantivo comum, pois 
designa todos os seres dessa espécie, já São Paulo é um substantivo próprio, 
uma vez que se refere apenas a um ser entre todos da mesma espécie.) 
2.1.3 SUBSTANTIVOS CONCRETOS E ABSTRATOS 
Substantivo concreto: designa o ser propriamente dito, com existência própria e 
independente de outros seres. Esses seres podem ter existência no mundo real 
ou imaginário. Exemplo: * A galinha do vizinho bota ovo amarelinho. 
Substantivo abstrato: designa ação, sensação, estado ou qualidade dos seres, 
têm existência dependente de outros seres. Por exemplo: a beleza, ela não 
existe por si só, não pode ser observada, sua manifestação depende em ser 
observada em pessoas, objetos, animais etc. assim como também, os 
substantivos abstratos, como: justiça, ironia, franqueza, sinceridade etc. 
2.1.4 SUBSTANTIVOS SIMPLES E COMPOSTOS 
Substantivo simples: é aquele formado por apenas um núcleo ou elemento. 
Exemplos: flor, moleque, amor, pedra, tempo, sol, etc. 
 
6 
 
Substantivo composto: é aquele formado por dois ou mais núcleos ou elementos. 
Exemplos: couve-flor, pé-de-moleque, amor-perfeito, pedra-sabão, passatempo, 
girassol etc. 
2.1.5 SUBSTANTIVOS PRIMITIVOS E DERIVADOS 
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nem uma outra palavra 
dentro da própria língua. Exemplos: escada, ferro, piano, noite, criado, etc. 
Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra palavra. Exemplos: 
escadaria, ferreiro, pianista, criadagem, noitada etc. 
2.1.6 SUBSTANTIVOS COLETIVOS 
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, no singular, designa um 
conjunto de seres. Exemplo: O grande mapeamento da fauna e flora do Brasil 
não se faz hoje – foi feito há mais de um século (os substantivos fauna e flora, 
embora no singular, designam respectivamente, o conjunto de animais e 
plantas de uma determinada região, são, portanto, coletivos.) 
Segue uma lista de alguns coletivos muito empregados em português. 
*alcatéia (lobos) 
*armada (Navios de guerra) 
*arquipélago (ilhas) 
*banca (examinadores) 
*Junta (bois, médicos, examinadores) 
*Cáfila (camelos) 
*cancioneiro (canções,poesias) 
*cardume (peixes) 
*constelação (estrelas) 
*corja (vadios, velhacos, ladrões) 
*esquadra (navios) 
*esquadrilha (aviões) 
*feixe (lenha, capim) 
*vara (porcos) 
*plêiade (poetas, artistas). 
 
7 
 
 
2.2 FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS 
Flexionam-se em gênero (masculino e feminino) número (singular e plural) e grau 
sintético aumentativo e diminutivo, Ex: narigão, narizinho. Aumentativo analítico 
(Ex: nariz grande) e diminutivo analítico (nariz pequeno). Nesse assunto de 
flexão dos substantivos, vale lembrar, por ser muito cobrado em concursos, as 
regras do plural desses substantivos compostos: 
Regra Geral: vão para o plural os elementos variáveis (substantivos, adjetivos, 
numerais, pronomes adjetivos), quando NÃO houver preposição entre eles: 
Exemplos: cartas-bilhetes, meios-termos, padres-nossos, gentis-homens, 
amores-perfeitos e etc. Ficam no singular portanto, os verbos e as palavras 
invariáveis. Exemplos: guarda – chuvas = (verbo + subst.) / Abaixo – assinados 
= (adv. + adj.) / os bota – fora = (verbo+ adv.) / os leva – e – traz = (verbo + 
verbo) / os bel-prazeres= (palavra invariável + subst.). 
Regras Especiais: a. Só o primeiro elemento vai para o plural, quando o 
segundo termo é um substantivo determinante. Ex: bananas-prata, cafés-
concerto, escolas-modelo, pombos-correios, livros-caixa, etc. 
b. Quando os elementos se ligam por preposição. Ex: pés-de-moleque, estrelas-
do-mar, pores-do-sol, mulas-sem-cabeça, etc. 
c. Só o último elemento vai para o plural, se o substantivo é formado por palavras 
onomatopaicas ou repetidas. Ex: reco-recos, tico-ticos, bem-te-vis, pisca-piscas, 
etc. 
Exceções: se os dois elementos são formados por verbos, ambos podem ir 
para o plural. Ex: corres-corres, queros - queros, piscas - piscas, etc. 
2.3 MAPA MENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
3. ADJETIVO 
O adjetivo é a palavra modificadora que caracteriza os seres, qualificando-os. 
Há ainda as locuções adjetivas, conjunto de palavras que possuem o mesmo 
valor de um adjetivo. Formadas, geralmente de preposição + substantivo: 
(homem sem coragem = homem medroso/ amor sem limites = amor ilimitado). 
Vale lembrar, que nem toda locução adjetiva pode ser substituída por um adjetivo 
correspondente, como: (livro de Ana, aula de física, dia de jogo etc.) 
Preposição + Advérbio: (pão de hoje, música de sempre, portão da frente). Há 
adjetivos que podem ser usados como advérbios, Como: (Felipe falava 
engraçado = advérbio de modo. A mãe suspirava suave / Dormi sossegado/ Fale 
sério!). 
3.1 OS ADJETIVOS CLASSIFICAM-SE 
3.1.1 Primitivos: derivam de outra palavra da língua. Ex: a areia fofa, cansava-
o. 
3.1.2 Derivados :derivam de um substantivo, verbo, ou outro adjetivo. Ex: 
pedregoso, bíblico etc. 
3.1.3 Simples: formados de um único elemento. Ex: verde, brasileira, 
econômico. 
3.1.4 Compostos: formados por mais de um elemento. Ex: verde-clara, luso-
brasileira, sócio-econômico. 
Pátrios ou gentílicos: refere-se a nacionalidade ou lugar de origem. Ex: Quando 
é preciso repelir os holandeses da terra pernambucana, da terra maranhense... 
Os adjetivos flexionam-se em gênero uniformes: uma só forma para indicar dois 
gêneros. Ex: sonho constante/ ilusão constante/ triste engano/ triste 
lembrança. 
Gênero biformes: possuem duas formas diferentes, uma para o masculino, 
outra para o feminino. Ex: sonho dourado, ilusão dourada/ leito solitário, cama 
solitária. 
Flexionam-se em número, os chamados plural dos adjetivos compostos, 
muito cobrado em concursos. Seguem aqui algumas regrinhas: nos adjetivos 
compostos, só o último elemento vai para o plural. Ex: intervenção médico-
cirúrgicas/ problema sócio-econômicos/caminhos recém-abertos. Porém para 
toda regra existem as exceções: especificamente as palavras * azul-marinho, 
é invariável. Se usadas com um substantivo que as antecede, apenas esse vai 
para o plural.Ex: blusas azul-marinho. São invariáveis os adjetivos referentes 
 
10 
 
a cores, quando o segundo elemento da composição é um substantivo. Ex: 
blusas verde abacate/ vestidos azul-pavão. *:Em: surdos-mudos, também 
uma exceção, ambos vão para o plural. 
3.2 OS ADJETIVOS QUANTO AO GRAU: 
 
3.2.1 Comparativo de superioridade (duas qualidades do mesmo ser): João 
é mais esperto do que gordo. 
3.2.2 Comparativo de igualdade: João é tão esperto quanto gordo. 
3.2.3 Comparativo de inferioridade: João é menos esperto que gordo. 
3.2.4 Grau superlativo absoluto sintético: é o grau mais intenso do adjetivo, 
forma-se acrescentando o sufixo(-íssimo) à forma não flexionada. Ex: 
normal= normalíssimo e etc. 
3.2.5 Grau superlativo analítico: o grau é formado a partir de um advérbio 
de intensidade colocado junto ao adjetivo. EX: o fato era muito 
estranho. Ao invés de estranhíssimo. 
3.3 MAPA MENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. ARTIGO 
O artigo é a palavra determinante que se antepõe ao substantivo. Classificam-
se em definidos (o, a, os, as) e indefinidos (um, uma, uns, umas). Diz-se que 
é artigo definido quando se refere a um ser ou objeto conhecido, e indefinido 
quando o ser ou objeto não é do conhecimento do falante, nem do ouvinte. Os 
artigos podem ser colocados antes do substantivo, ou antes de outros termos 
que também se referem ao substantivo. Exemplos: o pássaro – uma ilha – o 
mimoso papagaio – um conhecido biólogo (homem) – a (mulher) – um (amor) – 
uma (vida). 
 
5. PRONOME 
O pronome é a palavra determinante que representa um nome, pode ser 
pronome substantivo (quando o substitui) ou pronome adjetivo (acompanha o 
substantivo, determinando-o). Exemplos: a. O vento o levou (o pronome 
destacado substitui o substantivo vento). b. Filho dá trabalho | Seu filho dá 
trabalho (no primeiro exemplo o substantivo “filho” não está determinado, no 
segundo exemplo, o pronome “seu” determina o substantivo, adjetivando-o). 
5.1 Os pronomes classificam-se 
5.1.1 Pessoais Retos: substituem as três pessoas gramaticais (eu, tu, ele), tanto 
no singular como no plural, portanto são também pronomes substantivos, pois 
têm valor de um nome e também funcionam como sujeito. 
5.1.2 Pessoais oblíquos átonos: São eles – me, te, se, lhe, o, a (singular) e 
plural: nos, vos, se, lhes, os, as. São utilizados sem preposição (Ex: Desta vez 
julguei-me perdido). 
5.1.3 Pessoais oblíquos tônicos: singular – mim, comigo, ti, contigo, si, 
consigo, ele, ela. Plural: nós, conosco, vós, convosco, si, consigo, eles, elas 
sempre precedidos de preposição (Ex: Quando caio em mim, estou mordendo 
os beiços). 
OBS. IMPORTANTES: Os pronomes oblíquos em sintaxe, funcionam com 
objeto ou complemento (EX: Esses infelizes não me inspiram simpatia/ Quero 
rever-te, pátria minha.). Os pronomes oblíquos o, a, os, as podem assumir as 
formas lo, la, los, las, depois de verbos terminados em r, s, z. Exemplos: a. 
Os habitantes da aldeia temiam os poderes sobrenaturais do pajé e 
resolveram matá-lo. (Matar + o = matá-lo. O verbo perde o r no final).b. O cão 
entrou na sala. Fizemo-lo sair (fizemos + o = Fizemo-lo. O verbo perde o s 
final). c. Meu filho brincava. Fi-lo estudar (fiz + o = fi-lo. O verbo perde o s 
final.). Os pronomes no, na, nos nas, depois de verbos terminados em ditongo 
nasal am, em, ão, õe (exemplos: ela está falado. Ouçam-na. / O lápis caiu. 
 
13 
 
Peguem-no/ Os lavradores não vendem este produto. Dão-no aos pobres/ 
Vocês não têm certeza dessas questões. Supõe-nas apenas. 
5.1.4 Pronomes pessoais de tratamento: são palavras ou expressões 
utilizadas para as pessoas com quemse fala. São portanto, pronomes de 2ª 
pessoa, embora sejam empregados com verbo na 3ª pessoa. (você,{família} 
Vossa Alteza,{príncipes} Vossa Eminência,{cardeais} Vossa 
Excelência,{autoridades} Vossa Magnificência,{reitores} Vossa majestade{,Reis, 
rainha} Vossa meritíssima,{juízes} Vossa Reverendíssima,{sacerdotes} vossa 
Senhoria{autoridades} Vossa Santidade{Papa}. 
a) Possessivos: Referem-se às pessoas gramaticais, atribuindo-lhes posse 
de algo. Exemplo: Oh minha amada, que olhos os teus (Vinicius de 
Morais). (meu, minha,teu, tua, seu, sua,nosso , nossa..) 
b) Demonstrativos: Determinam no tempo e no espaço, a posição do ser 
indicado, com relação às pessoas gramaticais: Exemplos: Se você matar 
esta galinha nunca mais comerei galinha na minha vida. 
o ser nomeado está perto do falante, da 1ª pessoa. – Se você matar essa galinha. 
(o ser nomeado está perto do ouvinte, da 2ª pessoa). Se você matar aquela 
galinha. (o ser nomeado está distante do falante e do ouvinte). 
c) . Pronomes indefinidos: referem-se à 3ª pessoa gramatical, de modo 
vago, indeterminado, indefinido. (exemplo: A mãe não dizia nada a 
ninguém) 
d) Pronomes interrogativos: São eles: que, quem, qual, e quanto usados em 
frases interrogativas. 
e) Pronomes relativos: Representam nomes já referidos anteriormente, com 
os quais se “relacionam”. Exemplo; Seu filho, que ainda não havia 
nascido, saiu de seu ventre. (o pronome que representa o substantivo 
filho.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. NUMERAL 
O numeral é a palavra determinante que indica quantidade, ordem, fração ou 
múltiplo de algo. Podem ser cardinais(milhões], ordinais (ordem: 1º, 2º), 
multiplicativo (o dobro, o triplo), fracionários (meio, metade, terço). 
 
7. VERBO 
O verbo é a palavra nuclear que indica estado, ação e fenômenos da natureza. 
É a classe de palavras que apresenta o maior número de flexões na língua 
portuguesa. 
FLEXÕES: número: (singular e plural) pessoa: (1ª, 2ª, 3ª). Modo: (indicativo = 
indica certeza); subjuntivo (indica dúvida, hipótese); imperativo (indica ordem). 
Os verbos podem ser regulares, irregulares, defectivos e abundantes. 
Tempo: (presente); pretérito (passado); futuro. 
Formas nominais: infinitivo (ar,er,ir), gerúndio (ndo), e particípio( ado(a)). 
Vozes verbais: ativa e passiva. 
Conjugações: 1ª(ar), 2ª(er), 3ª (ir). 
 
7.1 AS CLASSES GRAMATICAIS INVARIÁVEIS 
Palavras invariáveis são aquelas que não alteram sua forma para expressar 
qualquer tipo de mudança conjuntural, isto é, elas não apresentam flexões. 
 
8. PREPOSIÇÃO 
A preposição é a palavra transitiva que estabelece relações entre palavras. 
a – ante – até – de – com – em – para – sobre- etc. 
 
9. CONJUNÇÃO 
A conjunção é a palavra transitiva que une orações ou sintagmas da mesma 
natureza. 
ou – e – porque – portanto – embora – quando – como – etc 
 
 
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17 
 
 
9. ADVÉRBIO 
O advérbio é a palavra modificadora que indica circunstância. 
amanhã – demasiadamente – absolutamente – aqui – provavelmente – 
certamente – etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10. INTERJEIÇÃO 
A interjeição é a palavra que exprime um sentimento, um alerta, um estímulo, 
uma ordem. 
Coragem! – credo! – puxa! – cuidado! – barbaridade! – caramba! – oba! 
 
11. A CLASSE GRAMATICAL DAS PALAVRAS PODE VARIAR: 
O fato de uma palavra pertencer tipicamente a uma classe gramatical não exclui 
que, em outro contexto, ela assuma características que a enquadrem em outra 
classe gramatical, diferente da que lhe é peculiar. 
Por exemplo, na oração “Ela só queria dançar”, a palavra “dançar” é um verbo, 
pois indica uma ação. Já em “O seu dançar alegrava a todos”, a mesma palavra 
adquire características de substantivo, pois passa a nomear uma ação e vem 
determinada por um artigo e por um pronome, exercendo a função de núcleo de 
uma função sintática. 
12. MAPA MENTAL DAS 10 CLASSES DE PALAVRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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13. EXERCÍCIO COMENTADO: LEIA O TEXTO ABAIXO. 
 
A onça ataca as três crianças. E morre. 
Uma onça suçuarana de 15 quilos foi morta ontem por três crianças, depois de 
atacar a menor delas, em Castelo do Piauí, a Nordeste de Teresina. As crianças 
– de seis, 11 e 12 anos – estavam sozinhas em casa e a onça, que rondava o 
curral de bodes da família, atacou primeiro Basílio Martins, de seis anos. 
Assustadas pelos gritos, suas irmãs Maria da Cruz e Maria do Desterro foram 
socorrê-lo, armadas com pedaços de pau. Ao receber algumas pauladas, a onça 
soltou Basílio e investiu contra as garotas. Basílio então correu para casa e 
pegou uma velha faca de cozinha, voltando a enfrentar o animal. Depois de 
alguns golpes, a suçuarana arrastou-se e morreu sob um cajueiro. Bastante 
ferido (por alguns centímetros a onça não atingiu um olho), Basílio tornou-se o 
grande assunto da cidade, embora ainda não saiba disso, já que continua 
internado no hospital. Suas irmãs sofreram apenas arranhões. E seu pai, o 
lavrador Francisco Martins Fernandes, comentou que ainda está muito nervoso 
e nem acredita na história. 
 
Jornal da Tarde. 
 
13.1 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 
 
1. Destaque do texto algumas palavras que designam substantivos comuns: 
criança, onça, faca, cajueiro, pai, fada , casa, curral, garotas, animal, 
cidade, etc.( nomeiam todos os seres) 
2. Aponte os substantivos próprios: Castelo do Piauí, Teresina, Maria, 
Basílio Francisco Martins.( nomes de pessoas, cidades etc.) 
3. Aponte alguns substantivos concretos: onça, criança, casa, curral, pau,, 
faca, cajueiro, etc. ( seres ou objetos que possuem existência própria.) 
4. Cite alguns substantivos abstratos presentes no texto: gritos, nervoso, 
assustada, etc.( designam ação, sensação e têm existência dependentes 
de outros seres) 
5. Mencione alguns substantivos simples: crianças, onça, curral, casa, etc.( 
formados por apenas um elemento). 
 
21 
 
6. Destaque alguns compostos se houver: as irmãs, Maria da Cruz e Maria 
o Desterro..( formados por dois ou mais elementos). 
7. Transcreva os substantivos primitivos se houver: faca, pau. ( são aqueles 
que não derivam de nenhuma outra palavra) 
8. Cite os derivados se houver: (pau) pauladas. (originam-se de outra 
palavra) 
9. Relacione os coletivos: Curral de bodes. (conjunto de seres) 
10. Destaque alguns adjetivos: onça suçuarana, grande, etc.(indicam 
qualidades ou características) 
11. Mencione artigos: o, as, um, etc. (vocábulo anteposto aos substantivos 
para defini-los) 
12. cite numerais: a idade das crianças; 11 e 12 anos, primeiro (indicam 
quantidade, ordem) 
13.Cite pronomes: seu, dela-se, etc (palavras que substituem ou determinam 
os substantivos) 
14. Mencione verbo e locuções verbais: foram, atacar, receber, etc, foram 
socorrê-lo. (palavras que exprimem ações, situando-as no tempo, estado e 
fenômeno da natureza). 
15. Cite advérbios: bastante ferido. (palavras que modificam o verbo, adjetivo, 
outro advérbio, ou uma oração inteira.) 
16. Preposições usadas: para, por pelos, etc. (são palavras invariáveis que 
relacionam dois temos) 
17. conjunções, se houver: contra, antes e (palavra invariável que liga termos 
semelhantes de uma mesma oração) 
18. Interjeições se houver: no texto em análise, nenhuma interjeição usada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
SINTAXE – MODULO II 
ANÁLISE SINTÁTICA: CONCEITUAÇÃO 
 
14. ANÁLISE SINTÁTICA: CONCEITUAÇÃO 
ISTOÉ: Como é o seu processo de criação?Você escreve música? 
Caymmi: Não. É tudo de ouvido mesmo. 
ISTOÉ: Mas você compõe acompanhando-se ao violão? 
Caymmi: Também não. Quando perguntam à minha mulher se eu tenho feito 
músicas, ela responde que não, porque eu nunca pego no violão. 
Meu velho companheiro, mas eu não preciso dele. Como músico sou 
limitadíssimo. Toco umas coisinhas, mas nunca faço o que BadenPowell é capaz 
de fazer. Então eu preciso de quê? Preciso de um sonho, de uma coisa 
misteriosa na cabeça, de um impulso interior. Daí Nasce uma canção. 
Istoé. 
No texto lido ocorrem: 
a. Substantivos: música, violão, mulher etc; 
b. Adjetivos: velho, limitadíssimo, capaz, misteriosa etc; 
c. Verbos: perguntam, responde, desculpe etc; 
d. Pronomes: eu, minha, tudo, etc; 
e. Advérbios: nunca, não etc. 
Quando separamos as palavras nesses grupos, estamos classificando-as, 
distribuindo-as em classes. Classe é um conjunto de palavras que apresentam 
características morfológicas semelhantes. Lembrando, que são dez as classes 
gramaticais: substantivo, adjetivo, artigo, pronome, numeral, verbo, conjunção, 
preposição, advérbio e interjeição. O estudo das classes de palavras é feito na 
morfologia. 
Observe: o enunciado: Eu preciso de um sonho. 
É uma mensagem linguística com significado completo, trata-se de uma frase, 
porque as palavras se relacionam entre si e combinam-se de acordo com 
princípios específicos. A sintaxe é a parte da gramática que estuda essas 
combinações e relações. Por exemplo: A palavra eu, na frase “Eu preciso de 
um sonho”, exerce a função sintática de sujeito do verbo precisar. Função é 
o que o termo representa na organização do enunciado; cada palavra da frase, 
possui uma função determinada na organização da mensagem. A palavra eu é 
 
23 
 
um pronome, quando nos referimos à análise morfológica das palavras. A 
sintaxe de concordância é muito importante na organização da frase. Por 
exemplo: o verbo precisar, está na 1ª pessoa do singular, porque concorda com 
seu sujeito (eu), também de 1ª pessoa do singular (concordância verbal). O 
artigo (um) está na forma masculina e no singular porque concorda com o 
substantivo sonho (concordância nominal). A dependência das palavras 
(sintaxe de regência). Nessa frase, o verbo (preciso) exige a preposição (de). 
O complemento (um sonho) não poderia vir ligado diretamente ao verbo. 
14.1 FRASE, ORAÇÃO, PERÍODO 
14.1.1 FRASE: Unidade mínima de comunicação linguística. Não possui verbo, 
por esse fato são chamadas de frases nominais. 
14.1.2 ORAÇÃO: É a frase que se organiza em torno de um verbo, por isso, já 
não é frase, e sim oração. 
14.1.3 PERÍODO: É a frase constituída de uma ou mais orações. Vale enfatizar 
que só temos a chamada oração, se tivermos verbo. Cada verbo em um 
enunciado, constitui uma oração. O período pode ser simples ou composto, 
tudo depende da quantidade de verbos no enunciado. Quando temos apenas 
um verbo, dizemos que o período é simples. Mais de um verbo, dizemos 
tratar-se de período composto. Veja os Exemplos: 
a. Ele toca violão. (período simples) 
b. Não sei se ele toca violão (período composto). 
 
15. TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO 
Segundo a Gramática normativa da Língua portuguesa, há três tipos de 
termos da oração. 
15.1Termos essenciais: São aqueles que sustentam a mensagem transmitida, 
são eles: sujeito e predicado. 
Vamos à análise desses termos, nesse pequeno texto adaptado: 
Cidadezinha no sertão do Rio Grande do norte, onde raramente morrem crianças 
– algo inédito no Nordeste, sempre castigado pela seca. Lá não faltam médicos, 
enfermeiras, remédios, ambulatório ou hospital. A cela da delegacia jamais foi 
usada. As crianças nessa cidade, gostam de usar o xadrez para brincar de 
esconde-esconde. Há fartura de alimentos e os seus 5 mil habitantes comem 
muitas frutas todos os dias. A cidade, trata-se de uma fazenda e não pede 
favores ao governo 
 
24 
 
 
Revista Visão. 
a. A cela da delegacia/ (sujeito) 
b. Jamais foi usada/ (predicado) 
c. Os seus 5 mil habitantes/ (sujeito) 
d. Comem muitas frutas todos os dias/ (predicado) 
 
15.2 SUJEITO: É o termo de quem se faz uma declaração, ou do qual se diz 
algo. 
15.3 PREDICADO: É tudo aquilo que se declara a respeito do sujeito. O verbo 
da oração, estará sempre no predicado. 
OBS. IMPORTANTES: há orações que apresentam somente predicado, pois o 
verbo não se refere a nenhum sujeito gramatical, por se tratar de verbos que 
indicam fenômeno da natureza e verbo haver no sentido de existir. Quando 
o sujeito é formado por mais de uma palavra, é importante localizar o núcleo do 
sujeito (palavra central do sujeito, aquela que dá sentido). Veja o exemplo: 
 Algumas crianças/ gostam de usar o xadrez para brincar.(núcleo 
do sujeito) 
 Os seus 5 mil habitantes/ comem muitas frutas todos os dias.( 
núcleo do sujeito). 
O sujeito pode aparecer em diferentes posições na oração: 
 Anteposto ao verbo: A cidade raramente pede favores ao 
governo. 
 Raramente a cidade pede favores ao 
governo. 
 *Posposto ao verbo:* Encravada no Sertão, surge uma cidade. 
 * Raramente morrem crianças lá. 
 * Não faltam médicos na cidade. 
 
16.CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO: 
 16.1 Determinado ou Simples: É o sujeito que pode ser identificado pelo 
contexto em que aparece ou pela terminação verbal. 
 a. A cidade não pede favores ao Governo. 
 
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 b. Gamaliel está escandalizado/ Sorri sozinho (o sujeito de ambas orações é 
Gamaliel). O sujeito da segunda oração pode ser chamado de sujeito elíptico, 
oculto ou desinencial. 
16.2 Indeterminado: É o sujeito que não pode ser identificado nem pelo contexto 
nem pela terminação do verbo. Não se pode determinar de quem se declara a 
ação. Pode ocorrer: 
a. Com verbos na 3ª pessoa do plural: Na sala discutiam agora a hora do 
enterro. (Não é possível determinar quem é o sujeito). 
b. Com verbos na 3ª pessoa do singular acompanhados da partícula se: Trata-
se de um médico com uma ótima imagem. vale ressaltar que (um médico) não 
é o sujeito, trata-se objeto indireto, que iremos estudar mais tarde). 
16.3 Inexistente: Chamado também de oração sem sujeito, o verbo é impessoal 
e estará sempre na 3ª pessoa do singular. Ocorre com verbos ou expressões 
que indicam fenômenos da natureza. Exemplos: 
a. Fará sol? / Anoiteceu. (nenhuma das duas orações tem sujeito). 
b. com verbo fazer e o verbo haver indicando tempo decorrido. Exempos: * A 
fazenda foi criada/ há quinze anos.* Fazia horas/ que procuravam uma sombra. 
c. Com verbo ser indicando tempo e distância. Exemplos: * Eram duas horas da 
tarde/ Da fazenda à cidade seriam dois quilômetros. 
d. Com o verbo haver e ter no sentido de existir. Exemplos: * Há fartura de 
alimentos na cidade./ Havia pouca gente na sala. 
e. com o verbo passar indicando tempo. Exemplo: * Passava de quatro horas. 
f. com verbos parecer e ficar em construções como: * Parece inverno/ Ficou 
escuro de repente. 
g. com verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de: Ex. * Chega de 
fofocas/ Basta de lamúrias. 
USO DA PARTÍCULA SE: Observe no é possível levar o enunciado para avoz passiva sintética, se não for, trata-se de sujeito indetermino. Porém se 
for possível fazer a voz passiva, a partícula (SE) é apassivadora. Veja nos 
exemplos: *Discutiram-se os projetos/ os projetos foram discutidos (nesse 
caso, o SE é partícula apassivadora. Veja no exemplo: Precisa-se de secretárias/ 
De secretárias são precisadas. Como se pode notar, não é possível levar esse 
enunciado para a voz passiva! Portanto o SE é índice de indeterminação do 
sujeito. 
 
 
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17. PREDICAÇÃO VERBAL 
 Trata-se do resultado da ligação entre o sujeito e o verbo e entre os verbos e 
seus complementos. Quanto a predicação, os verbos podem ser intransitivos, 
transitivos ou de ligação. 
17.1 Intransitivos: Não exigem, não buscam complementos, pois sua 
significação é completa. Exemplos: Os ônibus pararam / Maria caiu/ josé 
morreu. (os verbos tem sentido completo, não exigem complementos para que 
o ouvinte entenda a informação básica do enunciado. 
17.2 Transitivos diretos: São aqueles que precisam de termos que lhes 
completem o significado. Exemplo: O ônibus atropelou o menino. (o verbo 
atropelar exige uma informação que a complemente). Essas informações são 
chamadas de complementos verbais (objeto direto ou objeto indireto), 
completam o sentido de verbos transitivos. Exemplos: 1.* Hoje, a antiga fazenda 
tem {um prefeito} ( verbo ter – verbo transitivo , UM PREFEITO – objeto 
direto, portanto VTD - Verbo transitivo direto). Veja o outro enunciado: A 
seca castigava a região (VTD). Dica! Sempre pergunte ao verbo pelo seu 
complemento, para saber se será um objeto direto ou indireto. Os objetos 19.2 
Transitivos indiretos: são aqueles cujo sentido é completado por um termo 
que se liga a ele com o auxílio de preposição. O complemento do verbo 
transitivo indireto chama-se objeto indireto (OI). 
 * Penso em Madalena. (VTI/OI) 
* A decisão depende de nós. (VTI/OI) 
Obs: 
Se o objeto indireto for um pronome oblíquo átono, a preposição não aparecerá. 
Sempre pergunte ao verbo pelos complementos verbais! 
Exemplo: 
 Disse-lhe a verdade. (Disse a ele a verdade.) 
 Deram-me uma bonita camisa. (Deram a mim uma bonita camisa.) 
17.3 Verbo transitivo direto e indireto 
 (VTDI) é o verbo cujo sentido é completado por dois termos ao mesmo tempo / 
um que se liga a ele diretamente, e outro que se liga através de uma preposição. 
Portanto, exige um objeto direto e um objeto indireto. 
Exemplo: 
* Entregaram a chave da cidade ao prefeito. (VTDI/OD/OI). 
 
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18. PREDICATIVO 
É o termo da oração que indica uma característica que se atribui ao sujeito ou 
ao objeto. 
18.1 Predicativo do sujeito: aparece no predicado nominal e no predicado 
verbo-nominal e refere-se a um adjetivo do sujeito. 
* Exemplo: Aqui eu não sou feliz. 
*. Tudo ali era estável, seguro. 
18.2 Predicativo do objeto: Só aparece no predicado verbo-nominal e indica 
um adjetivo do objeto, pode vir ou não precedido de preposição: * O Dr. Juca 
achou o negócio ótimo/ Há poucas horas chamavam-na de víbora. 
Obs: Todas as classes gramaticais, exceto artigo, preposição, conjunção e 
interjeição, podem exercer a função de predicativo. Até mesmo por uma 
oração, nesse caso , a oração será subordinada substantiva predicativa: * 
A verdade é que ela não amava nenhum deles. 
18.3 Verbo de ligação (VL) 
 Os verbos de ligação não apresentam significação, servem apenas para 
estabelecer a ligação entre o sujeito e um termo que expressa característica 
desse mesmo sujeito. Esse termo é chamado de predicativo do sujeito (PS). 
Exemplo: 
Esta rua é vazia. (VL/PS) 
Esta rua esteve vazia. (VL/PS) 
Esta rua permanece vazia. (VL/PS) 
Esta rua continua vazia. (VL/ PS) 
Esta rua parece vazia. (VL/PS) 
São empregados comumente como verbos de ligação: ser, estar, tornar-se, 
permanecer, continuar, ficar, parecer.. 
 Os verbos ficar, permanecer podem ser empregados como verbos 
de ligação ou como intransitivos, exigem, para completar-lhes o 
sentido, um advérbio que indique circunstância de lugar. 
Exemplo: 
Nós ficamos cansados. (VL/PS) – Nós ficamos em casa. (VI/ compl. Lugar) 
Ela permanecerá viúva. (VL/PS) – ela permanecerá no hospital. (VI/ compl. Lugar) 
Os alunos estavam atentos. (VL/PS) – os alunos estavam no pátio. (VI/ compl. Lugar) 
 
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19. CLASSIFICAÇÃO DO PREDICADO 
O predicado de uma oração pode ter um núcleo (um nome ou um verbo) ou dois 
núcleos (um nome é um verbo): 
Dario / estava apressado. (núcleo (nome) predicado) 
Dario / vinha pela rua. (núcleo (verbo) predicado) 
Dario / vinha apressado pela rua (núcleos (predicado) 
De acordo com esses núcleos, o predicado classifica-se em nominal, verbal e 
verbo nominal. 
19.1 Predicado nominal 
É aquele que tem como núcleo um nome que indica estado ou qualidade 
do sujeito. É formado sempre por um verbo de ligação (VL) + um 
predicativo do sujeito (PS). Exemplos: 
Isto aqui é uma desordem. (VL+ PS ) 
A manhã é de domingo. (VL + PS) 
 
19.2 Predicado verbal 
Tem como núcleo um verbo que, geralmente, expressa ideia de ação. É 
formado por um verbo intransitivo ou por um verbo transitivo e seus 
objetos. Exemplos : 
Latiam cães. (VI) 
O pavor estrangulava {aqueles homens}. (VTD + OD) 
A árvore pertence {ao mundo}{ da natureza}. (VTI + OI) 
Tia Emiiana dera uma vida nova e misteriosa à casa adormecida... (VTDI 
+ OD + OI ) (C. Pena) 
 
19.3 Predicado verbo- nominal 
Tem dois núcleos: um verbo que indica ação e um nome que indica uma 
qualidade ou estado do sujeito ou do objeto. Apresenta três estruturas 
básicas: 
a. Verbo intransitivo + predicativo do sujeito: 
Automóveis passavam rápidos. (VI + PS) 
b. Verbo transitivo +objeto + predicativo do sujeito: 
Os outros dois olharam-no surpreendidos. (VT/OD /PS) 
c. Verbo transitivo + objeto + predicativo do objeto* 
Nenhuma doença pegava {Dona Rosemira}{ desprevenida}. (VTD+ 
OD + PO) 
{Achei}{ o bombardeio aéreo{} uma droga}. ( VTD + OD+ PO) 
 
 
 
 
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20. TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO 
20.1 Complementos verbais 
 
20.1.2 Objeto direto 
É o termo que completa o sentido de um verbo transitivo direto, normalmente 
não vem precedido de preposição. 
Exemplos: A negra de broche servia o café. 
 
20.1.3 Objeto direto preposicionado 
Há casos em que o objeto direto pode vir regido por uma preposição. 
Exemplos: *(Ao professor) {enganou} [o aluno] (OD, VTD, sujeito)./ 
*Ofenderam a ti (ODP)/Amamos a Deus(ODP) 
20.1.4 Objeto direto pleonástico 
Quando se deseja enfatizar a ideia expressa pelo objeto direto, pode-se repeti-
lo empregando um pronome oblíquo átono. 
Exemplos: Esses livros ainda não os li / * A carta, já a escrevi inúmeras vezes 
(em ambos exemplos, o objeto direto é pleonástico.). 
 
20.2 Objeto indireto 
Termo que completa o sentido de verbos transitivos e vêm sempre regido de 
preposição. 
Exemplo: 
Gosto muito de crianças. /de /preposição clara (OI) 
Comuniquei-lhe minha decisão. /lhe (OI) “comuniquei a ele” – está subentendida 
a preposição a) 
As preposições que introduzem o objeto indireto são: a, de, e, para, com, por. 
 
20.2.1 O objeto indireto pode ser representado por: 
 
a. Substantivo ou expressão substantiva: 
 Penso constantemente em você. 
 
b. Pronomes substantivos: 
Jiguê não desconfiava de nada (M. Andrade) 
 
c. Numeral: 
_ Você acredita em seus colegas? 
 
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_ Só acredito em três. 
 
d. Oração 
Duvido/primeira oração/ de que conheçam toda a matéria/ segundaoração. 
Nesse caso, a oração que funciona como objeto indireto do verbo da oração 
anterior chama-se subordinada substantiva objetiva indireta. 
 
20.2.3 Objeto indireto pleonástico 
Quando se deseja enfatizar a ideia expressa pelo objeto indireto, pode-se repeti-
lo. O objeto indireto pleonástico pode ser representado por um substantivo ou 
por um pronome pessoal: 
Aos companheiros, ofereci-lhes ajuda (OI) /lhes (OI) pleonástico 
 
20.3 Complemento nominal 
Esse termo completa o significado de alguns nomes (substantivos, adjetivos e 
advérbios). O complemento nominal vem sempre precedido de preposição, é um 
termo abstrato 
Exemplos: 
A automatização do telefone começou, no Brasil, em 1919. (Visão) 
Pronome: 
Esse fato foi desagradável a todos. 
Obs: Quando o pronome átono , o complemento nominal não vem precedido de 
preposição. Exemplo: fui-lhes favorável. (fui favorável a eles) 
Numeral: 
Tal atitude foi prejudicial aos dois. 
Oração: 
Correu a notícia de que Zumbi se achava vivo. (leitura) 
Nesse caso, a oração será classificada como oração subordinada substantiva 
completiva nominal. 
 
 
 
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20.4 Agente da passiva 
Agente da passiva é o termo que indica o ser que pratica a ação quando o verbo 
está na voz passiva. Vem regido pela preposição de. 
Exemplos: 
A vidraça foi quebrada pelo moleque. – Voz passiva (a vidraça/sujeito) pelo 
moleque (agente da passiva) 
O moleque quebrou a vidraça (o moleque/sujeito) (a vidraça/OD) voz ativa 
Pronome: 
Tudo será providenciado por ela. 
20.5 Mapa Mental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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21. TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO 
São aqueles que não são indispensáveis para o entendimento do 
enunciado, no entanto acrescentam à oração, uma informação nova, 
determinando ou qualificando outros termos. Classificam-se em adjunto 
adnominal, adjunto adverbial e o aposto. 
 
21.1 Adjunto adnominal: 
É o termo que especifica ou delimita o significado de um substantivo. 
Essas palavras vêm sempre junto ao nome(substantivos), por isso são 
chamados de termos acessórios. 
Exemplos: 
 O major solta uma risada prolongada (nomes: major, risada) 
 Esse assunto exigiria outra conversa. (nomes: assunto, conversa) 
 A luz dos teus olhos ilumina o meu caminho. (nomes: luz, olhos, 
caminho). 
OBS: O adjunto adnominal pode ser: 
21.2 Adjetivo 
Hoje no Brasil, 20 milhões de pessoas vivem sem água encanada e 9 
milhões sem luz elétrica. 
 
21.3 Locução adjetiva: 
O cativeiro desvirtua o comportamento dos animais. 
 
21.4 Artigo 
O suor umedeceu-lhe as mãos. 
 
21.5 Pronome adjetivo: 
Vitorino era meu patrão. 
 
21.6 Numeral: 
Um balão pode voar até sete mil metros de altura. 
 
 
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21.7 Oração 
A sensação que tínhamos era a de quem volta ao lar depois de uma 
viagem. ( nesse caso, a oração será classificada como oração subordinada 
adjetiva). 
DICAS IMPORTANTES: DIFERENÇA ENTRE COMPLEMENTO NOMINAL E 
ADJUNTO ADNOMINAL: Lembrar que para ser complemento nominal, o 
substantivo ou expressão substantivada será sempre abstrato(a)! veja os 
exemplos: (analise o termo que antecede, se é substantivo abstrato), 
assim sendo, será complemento nominal. 
 As paredes da casa;(adjunto adnominal). 
 A compra da casa. (complemento nominal). 
 
21.8 Adjunto adverbial: 
 É o termo da oração que indica uma circunstância do fato expresso 
pelo verbo ou intensifica o sentido do verbo, do adjetivo e do 
advérbio. 
 Viajarão amanhã (modificador) 
 Viajarão muito. (intensificador) 
 Estão muito preocupadas. (intensificador) 
 Falam muito bem. (intensificador) 
 O adjunto adverbial pode ser expresso por: 
 
21.9 Advérbio: 
 Os meninos já não estudavam na Paraíba. 
 Locução adverbial ou expressão adverbial: 
 Um dia ao pino do sol ela repousava no claro da floresta. 
 Oração: 
 se quiser faça meu juízo. 
 O mesmo adjunto adverbial pode expressar mais de uma 
circunstância: 
 Estudamos longíssimo daqui. Lugar e intensidade. 
 Jamais voltarei a falar com você 
 
 
 
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21.9.1 Tempo e negação: 
 Saiu pisando devagarinho. Modo e intensidade. 
 
22. Aposto 
É o termo da oração que se anexa a um substantivo ou a um pronome, 
esclarecendo-o, desenvolvendo-o ou resumindo-o. 
 
22.1 Enumerativo 
É o aposto que enumera ideias que vêm resumidas num termo 
antecedente: 
 Debaixo de um juazeiro grande, todo um bando de retirantes se 
arranchara: uma velha, dois homens, uma mulher nova, algumas 
crianças. (R. Queiroz) 
 
22.2 Recapitulativo: 
Resume termos que o antecedem. Geralmente é expresso por um 
pronome indefinido. 
 Dinheiro, amor, férias, nada seduzia Mariângela 
 
22.3 Especificador: 
É um nome próprio de pessoa ou lugar que restringe o significado de um 
nome comum. 
 O presidente Vargas cometeu suicídio. 
Dica.: Diferença entre adjunto adnominal e aposto. Não se deve 
confundir o aposto especificador com o adjunto adnominal. Veja e 
compare: 
 O Rio de Janeiro continua lindo – aposto especificador ( É possível 
estabelecer a igualdade de Rio de Janeiro = cidade) 
 O clima do Rio de Janeiro é bastante quente – adjunto adnominal (Não 
é possível estabelecer a igualdade de Rio de Janeiro = clima). 
 
 
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23. VOCATIVO 
 É o termo classificado à parte, pois não pertence nem ao sujeito nem ao 
predicado. É usado para chamar, interpelar algo ou alguém. Vem separado 
por vírgulas dos outros termos e pode vir precedido de interjeições como: 
Olá! Oh! Eh! Ei, etc. 
 Escravo, aproxima-te. 
 Teu futuro espelha essa grandeza, terra adorada. 
 Ei! Moço bonito, venha até mim. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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24. SINTAXE - EXERCÍCIOS RESOLVIDOS E COMENTADOS 
 
1. (VUNESP.SP) Classifique quanto à predicação, os verbos dos 
fragmentos abaixo: 
a. “...e o Largo do Jardim está deserto na noite fria.” (verbo de ligação, 
porque pertence aos verbos que indicam estados) 
b. “...não encontro nada” (VTD – verbo transitivo direto porque o verbo 
exige completo para ter significação). 
c. “...preciso de você agora”. (VTI – verbo transitivo indireto porque 
vem precedido de preposição) 
d. “ vagou pelas ruas e becos (VI – verbo intransitivo porque não exige 
complemento para ter significação) 
 
2. (U.F.Uberlândia.MG) Ele observou-a e achou aquele gesto feio, 
grosseiro, masculinizado”. 
Os termos em destaque são: 
a. predicativos do objeto – X (o pronome oblíquo a, indica as 
características do objeto a que se refere) 
b. predicativos do sujeito 
c. adjuntos adnominais 
d. objetos diretos 
e. adjuntos adverbiais de modo. 
 
3. Classifique o sujeito e dê a função sintática da partícula se: 
a. Compram-se móveis antigos. (sujeito simples porque o verbo está na 
3ª pessoa do plural, a sentença está na voz ativa, indica aqueles de quem 
se declara algo; é o sujeito eles da ação verbal. O se é partícula apassivadora 
porque podemos levar a oração para voz passiva sem prejuízo de 
significado, assim sendo, o que era objeto direto na voz ativa, passa a ser o 
sujeito paciente da ação verbal na voz passiva.). 
b. Precisa-se de costureiras (sujeito indeterminado, 3ª pessoa do 
singular, o se é índice de indeterminação do sujeito. O enunciado não tem 
como fazer a voz passiva) 
 
42 
 
c. Mudaram-se também os argumentos (sujeito simples, Se – partícula 
apassivadora, o enunciado aceita a voz passiva). 
d. Não se obedece aos preceitos religiosos (sujeito indeterminado, se é 
índice de indeterminação do sujeito, não é possível a voz passiva). 
 
4. Indique se os termos em destaque exercem a função de 
complemento nominal ou agente da passiva: 
a. O velho tentava o domínio da dor (CN –a palavraque antecede os 
termos, trata-se substantivo abstrato) 
b. O desfecho da cena era desconhecido de todos (o verbo está na voz 
passiva junto com o verbo auxiliar, a preposição de pode ser substituída 
pelo vocábulo por, que também é preposição). 
c. O ouro foi encontrado pelo menino Jair no dia 25 de março. (AP - 
Agente da passiva, verbo na voz passiva feito com a junção do verbo 
auxiliar) 
d. A descoberta acidental de uma barra de ouro provocou confusão. 
(CN - complemento nominal, verbo na voz ativa, palavra que antecede os 
termos em destaque, trata-se de expressão abstrata.) 
 
5. Identifique a estrutura dos predicados. Depois classifique-os: 
a. Dessa floresta saem milhares de insetos (PV – predicado verbal. O 
verbo indica ação) 
b. Os insetos morrem em menor número agora. (PV – predicado verbal 
. Verbo indicando ação.) 
c. Os insetos morrem queimados (PVN – predicado verbo-nominal. 
Verbo de ação + predicativo do sujeito). 
d. A cidade é um mar de luzes (PN – predicado nominal. Verbo de 
ligação+ predicativo do sujeito). 
6. Classifique o sujeito dos verbos destacados nas orações que seguem: 
a. Agora, a decisão depende apenas de nós. (sujeito simples. Apenas 
um núcleo do sujeito) 
b. Data dessas férias o começo da verdadeira aflição. (sujeito simples. 
Apenas um núcleo do sujeito). 
 
43 
 
c. Eram duas horas da tarde. (Sujeito inexistente ou oração sem sujeito 
porque o verbo indica tempo decorrido, nesses casos a regra indica oração 
sem sujeito). 
d. Empresa pública e iniciativa privada vão juntas ao campo. 
(apresenta dois núcleos, por isso o sujeito é composto). 
e. Lá embaixo continuaram a chamar o elevador. (Indeterminado 
porque não se pode determinar que pratica ação verbal – eles). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
SINTAXE DE REGENCIA – MODULO III 
REGÊNCIA, CONCORDÂNCIA E COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
 
25.REGÊNCIA 
25.1 REGÊNCIA NOMINAL 
Quando o termo regente é um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio), 
classificamos de regência nominal ao modo como o complemento faz a ligação 
a eles. 
É necessário conhecer as preposições para fazer a regência nominal de forma 
assertiva. 
Veja: 
• Parecem {alheios} a {tudo que os cerca}. (1º termo: regente/ 2º termo: 
regido). 
25.2 REGÊNCIA VERBAL: 
É a relação existente entre o verbo e os seus complementos, ou é a forma como 
o verbo se liga ao objeto direto e ao objeto indireto. Essa ligação entre o verbo e 
os complementos verbais, pode ser feita através do uso de uma preposição, ou 
sem a presença de uma preposição. 
Exemplos de regência verbal: 
• O médico assistiu o paciente. (sem preposição) 
• Os alunos assistiram ao documentário. (com preposição) 
• A secretária atendeu o cliente. (sem preposição) 
• O filho não atender ao chamamento da mãe. (com preposição) 
• Nota: Alguns verbos apresentam um significado quando preposicionados 
e outro significado quando usados sem preposição. 
Regência verbal sem preposição: 
• Verbos transitivos diretos estabelecem regência com um objeto direto sem 
a presença de uma preposição. 
Exemplos: 
• Eu ainda não li o livro. 
• Ela já fez o bolo. 
• Minha esposa quer um filho. 
• Veja também: Lista de verbos transitivos diretos e análise sintática. 
Regência verbal com preposição: 
• Verbos transitivos indiretos estabelecem regência com um objeto indireto 
com a presença obrigatória de uma preposição. 
 
45 
 
• Essa preposição pode aparecer na sua forma simples (de, por, em, a,...) 
ou de forma contraída ou combinada com artigos e pronomes (da, pelos, numa, 
à,...). 
 
Exemplos de regência verbal com preposição: 
 
• Os alunos assistiram a um filme sobre a escravatura. 
• Eu nunca obedeci às regras da escola. 
• Aquele comentário desagradou a todos! 
 
 Alguns verbos que exigem preposição: 
 
• Verbo advertir: advertir a. 
• Verbo agradar: agradar a. 
• Verbo agradecer: agradecer a. 
• Verbo aspirar: aspirar a. 
• Verbo assistir: assistir a, assistir em. 
• Verbo avisar: avisar a, avisar de. 
• Verbo chegar: chegar a, chegar de, chegar para. 
• Verbo comparecer: comparecer a, comparecer em. 
• Verbo comunicar: comunicar a. 
• Verbo dedicar: dedicar a. 
• Verbo desagradar: desagradar a. 
• Verbo desdenhar: desdenhar de. 
• Verbo empatar: empatar em, empatar por, empatar com. 
• Verbo emprestar: emprestar a, emprestar de, emprestar para. 
• Verbo esquecer: esquecer de. 
• Verbo gostar: gostar de. 
• Verbo impedir: impedir de, impedir que. 
• Verbo implicar: implicar com. 
• Verbo informar: informar de. 
• Verbo ingressar: ingressar em. 
• Verbo ir: ir a, ir de, ir para. 
• Verbo lembrar: lembrar de. 
• Verbo mexer: mexer em, mexer com, mexer de. 
• Verbo namorar: namorar com. 
• Verbo necessitar: necessitar de. 
• Verbo obedecer: obedecer a. 
• Verbo pagar: pagar a. 
• Verbo pedir: pedir a. 
• Verbo perdoar: perdoar a. 
• Verbo precisar: precisar de. 
• Verbo preferir: preferir a. 
• Verbo prevenir: prevenir a. 
 
46 
 
• Verbo proceder: proceder a. 
• Verbo querer: querer a. 
• Verbo residir: residir em. 
• Verbo responder: responde a. 
• Verbo sentar: senta a, sentar em. 
• Verbo simpatizar: simpatizar com. 
• Verbo suceder: suceder a. 
• Verbo tratar: tratar de. 
• Verbo usufruir: usufruir de. 
• Verbo visar: visar a. 
• Verbo voltar: voltar a, voltar de, voltar para. 
• Verbo morar: morar em. 
 
25.3 MAPA MENTAL REGÊNCIA NOMINAL E REGÊNCIA VERBAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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25.4 EXERCICIOS SOBRE REGÊNCIA COMENTADOS COM GABARITOS 
 
Identifique se as frases abaixo apresentam regência verbal ou regência nominal: 
 
a) Ela sempre desobedece aos avós - regência verbal 
b) Ouvimos a história e ficamos estarrecidos. - regência verbal 
c) Moro longe dos meus pais. - regência nominal 
d) Você está duvidando de quê? - regência verbal 
e) Ele anda desgostoso da vida. - regência nominal 
f) Não me sinto apta para o cargo. - regência nominal 
 
Confira as explicações: 
a) Ela sempre desobedece aos avós - regência verbal 
Quando uma frase apresenta uma relação de subordinação entre um verbo 
(desobedece) e um complemento (aos avós), temos um caso de regência verbal. 
O verbo “desobedecer” exige o uso de um complemento; quem desobedece, 
desobedece a algo ou a alguém; “desobedecer” é o termo regente e “aos avós” 
é o termo regido. 
OBS.: aos = a (preposição) + os (artigo). 
 
b) Ouvimos a história toda. - regência verbal 
O primeiro indício de que a frase apresenta regência verbal é o fato de nenhum 
dos elementos ser uma preposição. Sempre que a regência é nominal, existe 
relação entre um complemento preposicionado e um nome (adjetivo, advérbio 
ou substantivo). 
Observe a frase e veja que o termo regente é um verbo (ouvimos) e o termo 
regido é um complemento que tem função de objeto direto (a história). Essa 
relação entre um verbo e um complemento caracteriza a regência verbal. 
 
c) Moro longe dos meus pais. - regência nominal 
O termo regente da frase é um nome, que tem função de advérbio (longe). Quem 
mora longe, mora longe de algo/alguém. 
Logo, temos uma relação entre um nome (longe) e um complemento (dos meus 
pais); isso caracteriza uma regência nominal. 
 
d) Você está duvidando de quê? - regência verbal 
Na frase, o termo regente é um verbo transitivo indireto (duvidando). Quem 
duvida, duvida de alguma coisa. Sendo assim, “duvidar” é um termo regente e 
requer complementopreposicionado (o termo regido "de quê?). 
Quando a relação existente é entre um verbo e um complemento, a regência é 
verbal. 
 
e) Ele anda desgostoso da vida. - regência nominal 
 
49 
 
Observe que o termo regente é um nome e ele tem função de adjetivo: 
desgostoso. Quem anda desgostoso, anda desgostoso de algo. Na frase, 
“desgostoso” é o termo regente e “da vida” é o termo regido. 
Sempre que há uma relação entre um nome (adjetivo, advérbio ou substantivo) 
e um complemento, a regência é nominal. 
 
f) Não me sinto apta para o cargo. - regência nominal 
A palavra “apta” (nome com função de adjetivo) é o termo regente da frase. 
Quem se sente apto, se sente apto a/para alguma coisa. Logo, o adjetivo “apta” 
requer o uso de um complemento preposicionado (para o cargo). Tal 
complemento é o termo regido. Onde há relação entre um nome e um 
complemento, a regência é nominal. 
 
26. CONCORDÂNCIA 
É a correspondência de flexão entre dois termos. 
 
26.1 CONCORDÂNCIA VERBAL: 
É quando o verbo se flexiona de forma harmônica, em singular ou plural para 
concordar com seu sujeito. 
 
Exemplo: Crianças morrem (sujeito na 3ª pessoa do plural e verbo também na 
3ª pessoa do plural). 
 
Exemplos: 
Eu adoro quando as flores desabrocham na Primavera. 
Elas adoram quando as flores desabrocham na Primavera. 
Cristina e Eva entraram no hospital. 
Dicas importantes: parece simples, mas há várias situações que provocam 
dúvidas, não só nos alunos mas em qualquer falante da língua portuguesa. 
Vamos a elas! 
 
26.2 Regras para sujeito simples 
 
1. Sujeito coletivo: Nesta situação, o verbo fica sempre no singular. 
Exemplo: 
• A multidão ultrapassou o limite. 
Por outro lado, se o coletivo estiver especificado, o verbo pode ser conjugado no 
singular ou no plural. 
 
Exemplo: 
A multidão de fãs ultrapassou o limite. 
A multidão de fãs ultrapassaram o limite. 
 
50 
 
 
2. Coletivos partitivos: 
O verbo pode ser usado no singular ou no plural em coletivos partitivos, tais como 
"a maioria de", "a maior parte de", "grande número de". 
Exemplo: 
Grande número dos presentes se retirou. 
Grande número dos presentes se retiraram. 
 
3. Expressões "mais de", "menos de", "cerca de" 
Nestes casos, o verbo concorda com o numeral. 
Exemplo: 
Mais de uma mulher quis trocar as mercadorias. 
Mais de duas pessoas chegaram antes do horário. 
Nos casos em que “mais de” é repetido indicando reciprocidade, o verbo vai para 
o plural. 
Exemplo: 
Mais de uma professora se abraçaram. 
 
4. Nomes próprios: 
Com nomes próprios, a concordância deve ser feita considerando a presença ou 
não de artigos.: 
Exemplo: 
Os Estados Unidos influenciam o mundo. 
Estados Unidos influencia o mundo. 
 
5. Pronome relativo "que": 
O verbo deve concordar com o antecedente do pronome “que”. 
Exemplo: 
Fui eu que levei. 
Foste tu que levaste. 
Foi ele que levou. 
 
6. Pronome relativo "quem": 
O verbo pode ser conjugado na terceira pessoa do singular ou pode concordar 
com o antecedente do pronome "quem". 
Exemplo: 
Fui eu quem afirmou. 
Fui eu quem afirmei. 
 
7. Expressão "um dos que" 
Este é mais um dos casos em que tanto o verbo pode ser conjugado no singular 
como no plural. 
Exemplo: 
Ele foi um dos que mais contribuiu. 
 
51 
 
Ele foi um dos que mais contribuíra 
 
26.3 Regras para sujeito composto: 
 
1. Sujeitos formados por sinônimos 
O verbo tanto pode ir para o plural, como pode ficar no singular e concordar com 
o núcleo mais próximo. 
Exemplo: 
Preguiça e lentidão destacaram aquela gerência. 
Preguiça e lentidão destacou aquela gerência. 
 
2. Sujeito formado por palavras em graduação e enumeração: 
Este é mais um caso em que tanto o verbo pode flexionar para o plural, como 
também pode concordar com o núcleo mais próximo. 
Exemplo: 
Um mês, um ano, uma década de poder não supriu a saúde. 
Um mês, um ano, uma década de poder não supriram a saúde. 
 
3. Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes: 
Nesta situação, o verbo vai para o plural e concorda com a pessoa, por ordem 
de prioridade. 
Exemplo: 
Eu, tu e Cássio só chegaremos ao fim da noite. 
(eu, 1.ª pessoa + tu, 2.ª pessoa + ele, 3.ª pessoa), ou seja, a 1.ª pessoa do 
singular tem prioridade e, no plural, ela equivale a nós, ou seja, "nós 
chegaremos". 
Jair e eu conseguimos comprar um apartamento. 
(eu, 1.ª pessoa + Jair, 3.ª pessoa). Aqui também é a 1.ª pessoa do singular que 
tem prioridade. No plural, ela equivale a nós, ou seja, "nós conseguimos". 
 
4. Sujeitos ligados por "ou": 
Os verbos ligados pela partícula "ou" vão para o plural quando a ação verbal 
estiver se referindo a todos os elementos do sujeito. 
Exemplo: 
Doces ou chocolate desagradam ao menino. 
Quando a partícula “ou” é utilizada como retificação, o verbo concorda com o 
último elemento. 
Exemplo: 
A menina ou as meninas esqueceram muitos acessórios. 
Mas, quando a ação verbal é aplicada a apenas um dos elementos, o verbo 
permanece no singular. 
Exemplo: 
Laís ou Elisa ganhará mais tempo. 
 
 
52 
 
5. Sujeitos ligados por "nem": 
Quando os sujeitos são ligados por "nem", o verbo vai para o plural. 
Exemplo: 
Nem chuva nem frio são bem recebidos. 
 
6. Sujeitos ligados por "com" 
Quando semelhante à ligação "e", o verbo vai para o plural. 
Exemplo: 
O ator com seus convidados chegaram às 6 horas. 
Mas, quando "com" representar “em companhia de”, o verbo concorda com o 
antecedente e o segmento "com" é grafado entre vírgulas: 
Exemplo: 
O pintor, com todos os auxiliares, resolveu mudar a data da exposição. 
 
7. Sujeitos ligados por "não só, mas também", "tanto, quanto", "não só, 
como" 
Nesses casos, o verbo vai para o plural ou concorda com o núcleo mais próximo. 
Exemplo: 
Tanto Rafael como Marina participaram da mostra. 
Tanto Rafael como Marina participou da mostra. 
 
8. Partícula "se" 
No caso em que a palavra "se" é índice de indeterminação do sujeito, o verbo 
deve ser conjugado na 3.ª pessoa do singular. 
Exemplo: 
Confia-se em todos. 
No caso em que a palavra "se" é partícula apassivadora, o verbo deve ser 
conjugado concordando com o sujeito da oração. 
Exemplo: 
Construiu-se uma igreja. 
Construíram-se novas igrejas. 
 
9. Verbos impessoais verbo Haver: 
Os verbos impessoais sempre são conjugados na 3.ª pessoa do singular. 
Exemplo: 
Havia muitos copos naquela mesa. 
Houve dois meses sem mudanças. 
 
10. Sujeito seguido por "tudo", "nada", "ninguém", "nenhum", "cada um" 
Neste caso, o verbo fica no singular. 
Exemplo: 
Amélia, Camila, Pedro, ninguém o convenceu de mudar a opinião. 
 
11. Sujeitos ligados por "como", "assim como", "bem como": 
 
53 
 
O verbo é conjugado no plural. 
Exemplo: 
O trabalho, assim como a confiança, fizeram dela uma mulher forte. 
 
12. Locuções "é muito", "é pouco", "é mais de", "é menos de": 
Nestes casos, em que as locuções indicam preço, peso e quantidade, o verbo 
fica sempre no singular. 
Exemplo: 
Três vezes é muito. 
 
13. Verbos "dar", "soar" e "bater" + hora(s) 
O verbo sempre concorda com o sujeito. 
Exemplos: 
Deu uma hora que espero. 
Soaram duas horas. 
 
14. Indicações de datas: 
O verbo deve concordar com a indicação numérica da data. 
Exemplo: 
Hoje são 2 de maio. 
Mas o verbo também pode concordar com a palavra dia. 
Exemplo: 
Hoje é dia 2 de maio. 
 
27. VERBOS NO INFINITIVO 
 
27.1 Infinitivo impessoal 
Verbos no infinitivo não devem ser flexionados nas seguintes situações: 
a) quando têm valor de substantivo. 
Exemplo: Comer é o melhor que há. 
b) quando têm valor imperativo. 
Exemplo: Vá dormir! 
c) quando são os verbos principais de uma locução verbal. 
Exemplo: Íamos sair quando você chegou. 
d) quando são regidos por preposição. 
Exemplo: Começamos a cantar. 
 
27.2 Infinitivo pessoal: 
Verbos no infinitivo devem ser flexionados quando os sujeitos são diferentes e 
queremos defini-los. 
Exemplo: 
Compreia pizza para eles comerem. 
 
 
 
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26. CONCORDANCIA NOMINAL 
 
Na concordância nominal os modificadores do substantivo (artigo, pronome, 
numeral, adjetivo) concordam em gênero (masculino e feminino) e número 
(singular e plural) com o substantivo. 
 
Exemplos: 
• As três amigas fiéis foram ao shopping. 
Observe que o artigo “as”, o numeral “três” e o adjetivo “fiéis” concordam em 
gênero (feminino) e número (plural) com o substantivo “amigas”. 
 
Observe alguns casos especiais: 
a) Se o adjetivo vier depois de dois ou mais substantivos de gêneros diferentes, 
concordará com o substantivo mais próximo ou ficará no masculino plural. 
* Este texto está com conteúdo e imagem distorcida. OU 
* Este texto está com conteúdo e imagem distorcidos. 
 
b) Se o adjetivo vier antes de dois ou mais substantivos, concordará com o mais 
próximo. 
 * Está desligada televisão e micro-ondas na cozinha. 
 
c) Os termos: anexo, obrigado, incluso, próprio concordam com o substantivo. 
Segue anexo à pasta o relatório da equipe. 
O professor diz: Muito obrigado! A professora diz: Muito obrigada! 
 
d) Os termos: meio, bastante, muito, caro, barato, só concordam com o 
substantivo. 
Você está só hoje? 
Tenho bastantes exames para fazer. 
Esse colchão está muito caro. 
Quantas horas? É meio-dia e meia. (meia hora) 
Contudo, se os mesmos termos exercem função de advérbio, são invariáveis. 
Ele só quer ir se for hoje. 
Eles estão meio tristes, porém, ficarão melhores quando souberem. 
Eles ficaram bastante animados. 
Você achou que este colchão está caro? 
 
e) As palavras: proibido, necessário, permitido, bom, quando precedidas de 
artigo, o adjetivo concordará em gênero com o substantivo: 
A entrada é proibida. 
A apresentação da carteira é necessária. 
A torta está muito boa. 
Entretanto, se o substantivo tiver sentido genérico, o adjetivo permanece 
invariável. 
 
56 
 
É proibido fumar! 
Fumar não é bom para a saúde! 
 
27. CASOS ESPECIAIS DE CONCORDANCIA NOMINAL: 
 
Ocorrem quando algumas palavras variam sua classe gramatical, ora se 
comportando como um adjetivo (variável), ora como um advérbio (invariável). 
Mais de um vocábulo determinado: 
 
27.1 Pode ser feita a concordância gramatical ou a atrativa. 
Exemplos: 
Comprei um sapato e um vestido pretos. (gramatical - o adjetivo concorda com 
os dois substantivos) 
Comprei um sapato e um vestido preto. (atrativa, apesar de o adjetivo se referir 
aos dois substantivos, ele concordará apenas com o núcleo mais próximo) 
Um só vocábulo determinado: 
 
1- Um substantivo acompanhado (determinado) por mais de um adjetivo. 
Os adjetivos concordam com o substantivo 
Exemplos: 
Seus lábios eram doces e macios. 
 
2- Bastante - bastantes 
Quando adjetivo, será variável, e quando advérbio, será invariável 
Exemplos: 
Há bastantes motivos para sua ausência. (bastantes será adjetivo de motivos) 
Os alunos falam bastante. (bastante será advérbio de intensidade, referindo-se 
ao verbo) 
 
3- Anexo, incluso, obrigado, mesmo, próprio 
São adjetivos que devem concordar com o substantivo a que se referem. 
Exemplos: 
A fotografia vai anexa ao curriculum. 
Os documentos irão anexos ao relatório. 
Dicas: 
Quando precedido da preposição em, fica invariável. 
Ex.: A fotografia vai em anexo. 
Envio-lhes, inclusas, as certidões / Incluso segue o documento. 
A professora disse: muito obrigada / O professor disse: muito obrigado. 
Ele mesmo fará o trabalho / Ela mesma fará o trabalho. 
Dicas: 
“Mesmo” pode ser advérbio quando significa realmente, de fato. Será, portanto, 
invariável. 
Exemplos: 
 
57 
 
Maria viajará mesmo para os EUA. 
Ele próprio fará o pedido ao diretor./ Ela própria fará o pedido ao diretor. 
 
4- Muito, pouco, caro, barato, longe, meio, sério, alto 
São palavras que variam seu comportamento, funcionando ora como advérbios 
(sendo assim invariáveis), ora como adjetivos (variáveis). 
Exemplos: 
Os homens eram altos/ Os homens falavam alto. 
Poucas pessoas acreditavam nele./ Eu ganho pouco pelo meu trabalho. 
Os sapatos custam caro./ Os sapatos estão caros. 
A água é barata./ A água custa barato. 
Viajaram por longes terras./ Eles vivem longe. 
Eles são homens sérios./ Eles falavam sério. 
Muitos homens morreram na guerra./ João fala muito. 
Ele não usa meias palavras./ Estou meio gorda. 
 
5 - É bom, é necessário, é proibido 
Só variam se o sujeito vier precedido de artigo ou outro determinante. 
Exemplos: 
É proibido entrada de estranhos./ É proibida a entrada de estranhos. 
É necessário chegar cedo./ É necessária sua chegada. 
 
6 - Menos, alerta, pseudo 
São sempre invariáveis. 
Exemplos: 
Havia menos professores na reunião./Havia menos professoras na reunião. 
O aluno ficou alerta./ Os alunos ficaram alerta. 
Era um pseudomédico./ Era uma pseudomédica. 
 
7 - Só, sós 
Quando adjetivos, serão variáveis, quando advérbios, serão invariáveis. 
Exemplos: 
A criança ficou só./ As crianças ficaram sós. (adjetivo) 
Depois da briga, só restaram copos e garrafas quebrados. (advérbio) 
Dicas: 
A locução adverbial “a sós” é invariável. 
Exemplos: 
 Preciso falar a sós com ele. 
 
8 - Concordância dos particípios 
Os particípios concordarão com o substantivo a que se referirem. 
Exemplos: 
Os livros foram comprados a prazo./ As mercadorias foram compradas a prazo. 
Dicas: 
 
58 
 
Se o particípio pertencer a um tempo composto, será invariável. 
Exemplos: 
O juiz tinha iniciado o jogo de vôlei./ A juíza tinha iniciado o jogo de vôlei. 
 
27.2 MAPA MENTAL CONCORDÂNCIA NOMINAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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60 
 
27.3 EXERCICIOS RESOLVIDOS E COMENTADOS DE CONCORDANCIA 
VERBAL E NOMINAL 
 
Questão 1 
(FCC) Elas _____ providenciaram os atestados, que enviaram _____ às 
procurações, como instrumentos _____ para os fins colimados. 
a) mesmas, anexos, bastantes 
b) mesmo, anexo, bastante 
c) mesmas, anexo, bastante 
d) mesmo, anexos, bastante 
e) mesmas, anexos, bastante 
Alternativa a: mesmas, anexos, bastantes. 
"mesmo" deve concordar com o nome a que se refere, portanto, o correto é dizer 
"elas mesmas". 
É o que acontece com a palavra "anexo" que, neste caso, concorda com 
"atestados": "atestados anexos". 
"bastante" deve concordar com "instrumentos": "instrumentos bastantes". 
Lembrando que "bastante" somente não varia quando é um advérbio. Por 
exemplo: Eles estudam bastante. 
 
Questão 2 
(Cesgranrio) “Noites pesadas de cheiros e calores amontoados…” 
Aponte a opção em que, substituídos os substantivos destacados acima, fica 
incorreta a concordância de “amontoado”. 
a) odores e brisas amontoadas 
b) brisas e odores amontoadas 
c) nuvens e brisas amontoadas 
d) nuvens e morros amontoados 
e) morros e nuvens amontoados 
Alternativa b: brisas e odores amontoadas. 
Quando uma palavra serve de adjunto adnominal (amontoado/a) para dois 
substantivos (odores e brisas) e vem depois deles, deve concordar com o 
substantivo mais próximo ou com todos. 
Assim, está correto: 
a) odores e brisas amontoadas - porque "amontoadas" concorda com "brisas", 
que é o substantivo mais próximo. 
c) nuvens e brisas amontoadas - porque "amontoadas" concorda com "brisas", 
que é o substantivo mais próximo e também concorda com todos os substantivos 
(nuvens e brisas). 
d) nuvens e morros amontoados - porque "amontoados" concorda com "morros", 
que é o substantivo mais próximo. 
e) morros e nuvens amontoados - porque "amontoados" concorda com todos os 
substantivos (morros e nuvens). 
 
 
61 
 
Questão 3 
(FAMECA) Observe a concordância:1) Entrada proibida. 
2) É proibido entrada. 
3) A entrada é proibida. 
4) Entrada é proibido. 
5) Para quem a entrada é proibido? 
a) A número 5 está errada. 
b) A 4 e a 5 estão erradas. 
c) A 2 está errada. 
d) Todas estão certas. 
e) A 2 e a 5 estão erradas. 
Alternativa a: A número 5 está errada. 
Correção: Para quem a entrada é proibida? 
Regra geral, a expressão "é proibido" não varia. 
Se, no entanto, não estivermos falando em sentido genérico e a expressão for 
acompanhada por um determinante (artigo, pronome ou numeral) que o 
especifique, então deve haver concordância com o determinante. É o que 
acontece neste caso, em que a palavra "entrada" vem antecedida pelo artigo "a". 
Vamos analisar as outras frases: 
1) Entrada proibida. (A expressão "é proibido" não está presente. Neste caso, o 
adjetivo "proibida" deve concordar com o substantivo "entrada") 
2) É proibido entrada. (Aqui temos a expressão em sentido genérico, "é proibido", 
por isso, não há variações) 
3) A entrada é proibida. (Neste caso, o substantivo "entrada" está acompanhado 
por um artigo feminino, motivo pelo qual o adjetivo deve concordar e ir também 
para o feminino) 
4) Entrada é proibido. (O mesmo que acontece no número 2, ou seja, a presença 
da expressão em sentido genérico, "é proibido" não permite variação) 
 
Questão 04 
(ITA) Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do texto a seguir: 
"Todas as amigas estavam _____ ansiosas _____ ler os jornais, pois foram 
informadas de que as críticas foram _____ indulgentes _____ rapaz, o qual, 
embora tivesse mais aptidão _____ ciências exatas, demonstrava uma certa 
propensão _____ arte." 
a) meio - para - bastante - para com o - para - para a 
b) muito - em - bastante - com o - nas - em 
c) bastante - por - meias - ao - a - à 
d) meias - para - muito - pelo - em - por 
e) bem - por - meio - para o - pelas – na 
Alternativa a: meio - para - bastante - para com o - para - para a. 
meio: neste caso, atua como advérbio, motivo pelo qual fica invariável. 
para: preposição que estabelece relação de finalidade (para ler os jornais) 
 
62 
 
bastante: é um advérbio, por isso, não varia. 
para com o: tem o sentido de "com relação ao". 
para: porque quem está apto, está apto para alguma coisa. Trata-se de uma 
questão de regência verbal. 
para a: porque a regência para a palavra "propensão " é para. Trata-se de uma 
questão de regência nominal. 
 
Questão 05 
(Cesgranrio) Assinale a concordância verbal errada. 
a) Já é uma hora da tarde, e ele ainda não chegou. 
b) Fazia três anos que ele viajara para Belém. 
c) Na reunião só havia cinco representantes do Sindicato. 
d) Deve existir pelo menos mais de três documentos guardados.( X) 
e) Qual dos três cientistas ganhará o prêmio este ano? 
Alternativa d: Deve existir pelo menos mais de três documentos guardados. 
Correção: Devem existir pelo menos mais de três documentos guardados. 
O verbo existir é pessoal, logo deve concordar com "mais de três documentos 
guardados". 
Os verbos "fazer e haver" são impessoais e, por isso, apresentam-se apenas na 
3.ª pessoa do singular. 
 
Questão 06 
(ESPM) Quanto ao uso dos verbos "haver" e "existir", assinale a alternativa 
correta. 
a) Mas devem haver aqueles que a enxergam com otimismo. 
b) Mas deve haver aqueles que a enxergam com otimismo. 
c) Mas deve existir aqueles que a enxergam com otimismo. 
d) Mas devem existirem aqueles que a enxergam com otimismo. 
e) Mas devem haverem aqueles que a enxergam com otimismo. 
Alternativa b: Mas deve haver aqueles que a enxergam com otimismo. 
O verbo haver (no sentido de existir) é impessoal e, por isso, apresenta-se 
apenas na 3.ª pessoa do singular. 
O verbo existir, por sua vez, não é impessoal e, por isso, deve concordar da 
seguinte forma: "Devem existir aqueles que a enxergam com otimismo". 
 
27. SINTAXE DE COLOCAÇÃO 
 
A sintaxe de colocação mostra que os pronomes oblíquos átonos, embora 
possam ser dispostos de maneira livre, possuem uma posição adequada na 
oração. Quando há liberdade de posição desses termos, o enunciado poderá 
assumir diferentes efeitos expressivos, o que nem sempre é bem-vindo. Existem 
três possíveis colocações para os pronomes oblíquos átonos: 
 
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► Próclise: o pronome será posicionado antes do verbo. Veja os 
exemplos: 
 
Não se esqueça de comprar novos livros. 
Não me fale novamente sobre esse assunto. 
Aqui se vive melhor do que na cidade grande. 
Tudo me incomoda quando não estou em casa. 
Quem te chamou para a festa? 
 
► Mesóclise: será empregada quando o verbo estiver no futuro do 
presente ou no futuro do pretérito do indicativo. O pronome surge 
intercalado ao verbo. A mesóclise é mais encontrada na linguagem 
literária ou na língua culta e, havendo possibilidade de próclise, ela deverá 
ser eliminada. Observe os exemplos: 
 
Dizer-lhe-ei sobre tuas queixas (Direi + lhe) 
Convidar-me-iam para a formatura, mas viajei para o campo. (convidariam 
+ me) 
 
► Ênclise: o pronome surgirá depois do verbo, obedecendo à sequência 
verbo-complemento. Observe os exemplos: 
 
Diga-me o que você fez nas férias. 
Espero encontrá-lo (la) na festa hoje à noite. 
Acolheram o filhote abandonado, dando-lhe abrigo e comida. 
 
27. MAPA MENTAL SINTAXE DE COLOCAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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28. EXERCICIOS COMENTADOS RESOLVIDOS DE SINTAXE DE 
COLOCAÇÃO: 
 
Questão 1 
Corrija as orações em que há erro de colocação pronominal. 
a) Lhe cantei lindas canções ao ouvido. 
b) Aquilo diz-te algo? 
c) Atrever-me-ia a dizer que a carta foi escrita por ele. 
d) Assim como nos disse, cumpriu com a sua palavra. 
e) Quisera nos trouxessem boas notícias. 
As alternativas em que há erro de colocação pronominal são: a) e b). 
 
Correção da oração 
a): Cantei-lhes lindas canções ao ouvido. 
O pronome é colocado depois do verbo (ênclise) quando as orações iniciam com 
verbos. 
Correção da oração b): Aquilo te diz algo? 
O pronome deve vir antes do verbo (próclise) quando a oração contém pronome 
demonstrativo, tal como “aquilo”. 
As alternativas c), d) e e) estão corretas, porque: 
c) Atrever-me-ia a dizer que a carta foi escrita por ele. 
A mesóclise (pronome no meio do verbo) é usada com verbos no futuro do 
pretérito, tal como “atreveria”. 
d) Assim como nos disse, cumpriu com a sua palavra. 
A próclise (pronome antes do verbo) é usada nas orações que contém 
conjunções subordinativas, tal como “assim como”. 
e) Quisera nos trouxessem boas notícias. 
O pronome deve ser colocado antes do verbo (próclise) quando a oração contém 
palavras que expressam desejo, tal como a palavra “quisera”. 
 
Questão2 
Reescreva as orações seguintes substituindo os pronomes pessoais retos por 
pronomes pessoais oblíquos e utilizando adequadamente próclise, mesóclise e 
ênclise. Siga o exemplo. 
Eu sou o dono dos livros. Devolva. 
Devolva-me os meus livros. 
a) Eles têm dívidas. Ajudem. 
b) Não compramos o relógio para ele. 
c) Jamais abandonarei tu. 
d) Convide ela para vir a nossa casa. 
e) Eu preciso falar com você. Ligue. 
COMENTARIOS: 
a) Ajudem-lhes a pagar as dívidas. 
 
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A ênclise (pronome depois do verbo) deve ser utilizada quando a oração começa 
com um verbo e também com verbos no imperativo afirmativo, tal como “ajudem”. 
b) Não lhe compramos o relógio. 
A próclise (pronome antes do verbo) deve ser utilizada quando a oração contém 
palavras que expressam negação. 
c) Jamais te abandonarei. 
A próclise (pronome antes

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