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1 Maria Helena Lenardt1 Tânia Maria Lourenço1, ,Clovis Cechinel1, Maria Angélica Binotto1 , 41 Lenardt MH/et al/Colômbia Médica - Vol. 48 Nº2 2017 (abril a junho) Nathalia Hammerschmidt Kolb Carneiro1 Colombia Medica Fragilidade física e aptidão do condutor idoso Palavras-chave: Lenardt MH, Cechinel C, Binotto MA, Carneiro NHK, Lourenço TM. Fragilidade física e aptidão física do condutor idoso. Colomb Med (Cali). 2017; 48(2): 41-6. Objetivo: Analisar a associação entre a fragilidade física e os resultados do exame de aptidão para conduzir um veículo, em antigos Anciano fragilizado, aptitud física, Envejecimiento, calidad de vida, conducción de automovil, Brasil E-mail: Cechinelc@hotmail.com © 2017 Universidade do Valle. Este é um artigo de Acesso Aberto distribuído sob os termos da Licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução irrestritos em qualquer meio, desde que o autor original e a fonte sejam creditados. brasileiros. de medicina de tráfico de Curitiba/PR (Brasil). Se recopilaron datas mediante as verificações de avaliação da fragilidade física, aplicação de cuestionario estructurado y busqueda no formulario de Registro Nacional de Conductores Habilitados. Pode ser usado em pruebas descritivas e não paramétricas. Historia do artigo: Métodos: Estudio cuantitativo transversal, realizado nas clínicas Resultados: Ciento setenta y dos individuos de edad avanzada participando no estudio, de los cuales 56,4% fueron ancianos pre frágiles y 43,6% no frágiles. Para conduzir estaban aptos 25,0% de los ancianos, 68,6% aptos com restrição e 6,4% não aptos temporários. Abstrato Métodos: trata-se de um estudo transversal, realizado em ambulatórios de medicina do trânsito da cidade de Curitiba (Brasil). Os dados foram coletados por meio de testes de fragilidade física, aplicação de questionário estruturado e buscas nos registros do Cadastro Nacional de Motoristas Habilitados. Para análise das informações, os autores utilizaram estatística descritiva e testes não paramétricos. Nenhuma associação entre a condição de fragilidade e os resultados finais para aptitude veicular (p= 0,8934). A fragilidade física estuvo significativamente associada às restrições impostas para aptos com restrições (p= 0,0313), o número de quilômetros conduzidos semanalmente (p= 0,0222) e os acidentes ocorridos após os 60 anos (p= 0,0165). Resumo Resultados: Cento e setenta e dois idosos, sendo 56,4% pré-frágeis e 43,6% não frágeis. 25,0% foram considerados aptos para dirigir, 68,6% foram considerados aptos, mas com algumas restrições, e 6,4% foram colocados como temporariamente inaptos para dirigir. Não houve associação entre a condição de fragilidade e os resultados finais para a aptidão para dirigir (p= 0,8934). A fragilidade física esteve significativamente associada às restrições observadas para os aptos sob restrições (p= 0,0313), de acordo com a quantidade semanal de quilômetros percorridos (p= 0,0222), e aos acidentes automobilísticos ocorridos após os 60 anos (p= 0,0165). ). Conclusões: A fragilidade física estuvo significativamente associada às restrições para aptos com restrições, razão pela qual, é importante a gestão da fragilidade neste grupo de condutores. Objetivo: analisar a associação entre fragilidade física e resultados de exames de aptidão física para dirigir veículos em idosos brasileiros. Conclusão: A fragilidade física associou-se significativamente às restrições relacionadas à condução, razão pela qual torna-se importante o gerenciamento da fragilidade neste grupo de motoristas. No entanto, não foi observada associação entre a fragilidade física e o resultado final para a condução de veículos. Sem embargo não se observa uma associação entre a fragilidade física e o resultado final para conduzir um veículo. Recebido: 22 de novembro de 2016 Palavras-chave: Revisado: 06 de março de 2017 Idoso frágil, aptidão física, idoso, qualidade de vida, condução automóvel, Brasil Clóvis Cechinel. Av. Preferência Lotário Meissner, 632, 80210-170, Curitiba, PR, Brasil. Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Brasil. Aceito: 17 de abril de 2017 Autor correspondente: colombiamedica.univalle.edu.co Artigo original Fragilidade física em antigos e aptidões para dirigir um veículo Machine Translated by Google Os critérios de inclusão dos idosos foram: ter 60 anos ou mais; estar agendado para os exames de carta de condução; poder responder ao questionário. Os critérios de exclusão foram: apresentar doenças e/ou sintomas físicos que, de alguma forma, impedissem o preenchimento do questionário e a realização dos exames. Estudos que analisam idosos em diferentes contextos, como os ambulatórios de medicina do trânsito, geram uma avaliação mais ampla dessa faixa etária e uma compreensão mais profunda da síndrome da fragilidade física, subsidiando a implementação de políticas públicas para uma condução mais segura. Lenardt MH/et al/Colômbia Médica - Vol. 48 Nº2 2017 (abril a junho) O envelhecimento e a condução segura têm uma interface complexa, que exige a integração de habilidades cognitivas, sensoriais e motoras. Essas habilidades podem mudar e/ou deteriorar-se ao longo dos anos e, como consequência, comprometer a capacidade de dirigir4 . A funcionalidade, a idade e o estado de saúde influenciam o desempenho de direção de motoristas mais velhos, o que torna importante compreender o processo para melhor explorar estratégias de direção segura5 . Diante do exposto, o estudo teve como objetivo analisar a associação entre fragilidade física e resultados do teste de aptidão física para direção veicular em idosos brasileiros. O Código Nacional de Trânsito Brasileiro não impõe idade máxima para os motoristas. A decisão é baseada na inspeção médica, onde o médico avalia as condições físicas e mentais dos motoristas, bem como suas habilidades para dirigir6 . O processo de renovação da Carteira Nacional de Habilitação não leva em consideração as peculiaridades do envelhecimento, sendo o mesmo teste utilizado em motoristas adultos e jovens. A única especificidade para a faixa etária mais avançada, presente na resolução nº 007/98, do Conselho Nacional de Trânsito, é a exigência de reduzir de cinco para três anos o intervalo dos procedimentos de inspeção médica necessários para renovação da carteira de habilitação de pessoas acima de 65 anos7 . Para avaliar o componente fadiga/exaustão, foram utilizados os itens 7 e 20 da Escala de Direito para Estudos Epidemiológicos Os idosos foram convidados a participar da pesquisa e mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; os dados foram coletados em três etapas: (1) utilização do questionário estruturado; (2) testes para avaliar a síndrome da fragilidade física; (3) busca de informações no Cadastro Nacional de Motoristas Habilitados. O questionário estruturado foi elaborado especificamente para o presente estudo e possui questões relacionadasà habilidade de dirigir. As variáveis de interesse foram: idade, sexo, tipo de carteira de habilitação (primeira ou renovação), experiência na condução, características do desempenho da direção (se é mais à noite ou durante o dia, se viaja apenas dentro do bairro ou frequenta centro da cidade), tipo de transmissão usado (manual ou automático), média de quilômetros percorridos por semana e acidentes automobilísticos após os 60 anos. 42 A população idosa no Brasil, apresentada na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios em 2015, apresentou 29.374.000, equivalente a 14,3% da população geral1 , proporção superior à de 2010, que representou 11,7%2 . Segundo a mesma estimativa, o Paraná era o estado com a 9ª maior população de idosos do país, formada por 1.637.000 indivíduos, o que corresponde a 14,6% da população1 . Entre os muitos problemas de saúde, a fragilidade física é um importante foco de investigação, devido ao aumento da prevalência à medida que as pessoas envelhecem. A fragilidade física é considerada “uma síndrome médica com múltiplas causas e contribuições/determinantes, na qual se caracteriza pela diminuição da força, resistência e redução do funcionamento fisiológico que aumentará a vulnerabilidade do indivíduo, maior dependência e/ou morte” 8 . Trata-se de um estudo quantitativo transversal, cuja amostra foi construída entre 31 de janeiro e 31 de julho de 2015. O estudo ocorreu nas clínicas de medicina do trânsito da cidade de Curitiba (Brasil) onde são avaliadas as habilidades de condução. Os critérios de inclusão das clínicas foram: estar credenciado para realizar avaliação da capacidade de condução; ter um espaço físico adequado para realizar tais testes. O fenótipo da fragilidade é focado na perspectiva biológica da síndrome e é composto por cinco componentes mensuráveis, que incluem a redução da velocidade de caminhada e força de preensão manual, perda de peso não intencional, baixo nível de atividade física e fadiga autorreferida /exaustão9 . Desses cinco componentes, o idoso que apresenta três ou mais dessas características é considerado frágil; os que apresentam um ou dois são colocados em estágio anterior à síndrome (pré-fragilidade); e os que não relatam nenhum dos componentes mencionados são rotulados como não frágeis. Durante a elaboração do projeto, foram identificadas 54 clínicas regularmente credenciadas, que foram colocadas em sequência para serem visitadas, escolhidas em uma amostra aleatória simples. As clínicas foram classificadas com letras e números crescentes, de C1 a C54, e nesta sequência foram avaliadas de acordo com os critérios de inclusão. A fragilidade física foi avaliada através dos componentes do fenótipo Fried9 . A força de preensão manual foi mensurada com um dinamômetro hidráulico, da marca Jamar®. Os idosos considerados frágeis nesse componente foram os encontrados no quintil mais baixo, após ajustes para sexo e índice de massa corporal. O Anuário Estatístico de 2015 do Departamento de Trânsito do Paraná (DETRAN) mostrou que 23,28% dos motoristas do estado têm mais de 55 anos, correspondendo a 1.237.471, com maior número de homens (950.886) em relação às mulheres (286.585)3 . Para avaliar a velocidade de caminhada, foram contados os segundos que o participante levou para percorrer uma linha reta em velocidade regular de caminhada por 4,6 metros. Após ajustes para sexo e estatura, os idosos que apresentaram os resultados no quintil mais baixo foram considerados frágeis para este componente. Considerando a falta de dados relativos ao número de idosos atendidos pela clínica, e a distribuição imparcial e equitativa de idosos pelo departamento de trânsito, optou-se por estabelecer uma quantidade padrão de entrevistados (35 idosos) a serem entrevistados em cada clínica até o último dia de coleta de dados. Na última clínica, devido ao término desse período, apenas 32 idosos compuseram a amostra. A perda de peso não intencional foi observada por meio de duas questões: Você emagreceu nos últimos 12 meses? Quantos? Foram considerados frágeis aqueles que relataram perda de peso ÿ4,5 kg nos últimos 12 meses. Materiais e métodosIntrodução Machine Translated by Google Resultados Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do Departamento de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná (Brasil), sob o protocolo CAAE 34689914.8.0000.0102; aprovação CEP/SD 833460. Foram observados os princípios éticos para participação voluntária e consentida de cada indivíduo/clínica, conforme regulamentação vigente no Brasil, como a Resolução nº 466 do Conselho Nacional de Saúde, de 12 de dezembro de 2012, que se baseia sobre a Declaração de Helsinque de 1975 e suas revisões posteriores. Na Tabela 2 é possível observar a associação entre fragilidade física e os resultados alcançados pelos idosos no teste de condicionamento físico nas clínicas de medicina do trânsito. Não houve associação entre a classificação do idoso segundo o fenótipo de fragilidade de Fried e os resultados finais na aptidão para dirigir (p= 0,8934). Tabela 2. Associação entre fragilidade física e resultados finais de exames de condução em clínicas de medicina de trânsito.Curitiba, Brasil, 2015 Lenardt MH/et al/Colômbia Médica - Vol. 48 Nº2 2017 (abril a junho) No Cadastro Nacional de Motoristas Habilitados do Brasil foram pesquisados os resultados finais da avaliação dos idosos no teste de aptidão física e os valores de força de preensão palmar coletados pelos médicos de trânsito. - Depressão (CES-D) (http://counsellingresource.com/quizzes/ O exame realizado pelo médico envolve análise, exame físico geral, e exames específicos que englobam, oftalmológicos, otorrinolaringológicos, cardiorrespiratórios, Tabela 1. Associação entre condição de fragilidade física e as características relacionadas à condução em idosos. Curitiba, Brasil, 2015 teste de depressão/cesd/). As respostas foram categorizadas de 0 a 3, de acordo com sua frequência. Uma resposta 2 ou 3 para qualquer uma dessas questões colocou o idoso como frágil nesse componente. A investigação do nível de atividade física foi realizada por meio do Minnesota Leisure Activity Questionnaire, validado em idosos brasileiros10. Após ajustes para sexo, os indivíduos do quintil mais baixo foram considerados frágeis nesse componente. A amostra é composta por 172 idosos, com média de idade de 67,7 ±6,6 anos, sendo 120 (70,7%) homens. Nenhum idoso foi avaliado e categorizado como frágil; os pré-frágeis foram 97 (56,4%) idosos e os não frágeis foram 75 (43,6%) idosos. O resultado final do exame de direção realizado por médico de trânsito mostrou que 25,0% desses idosos foram considerados aptos, 66,6% deles foram considerados aptos com restrições e 6,4% foram considerados temporariamente inaptos. 43 Os métodos utilizados para avaliar a fragilidade física foram propostos porFried et al., mas os pontos de corte utilizados no presente estudo foram definidos a partir dos resultados da amostra. Como visto na Tabela 1, a maioria dos exames realizados (169 exames, ou 97,3% do total) teve como objetivo a renovação da Carteira Nacional de Habilitação, sendo que destes, mais de 70% dos entrevistados possuem mais de 36 anos de experiência de direção. Ao cruzar os dados da carteira nacional de habilitação e a condição de fragilidade, observou-se associação significativa entre a fragilidade e a distância percorrida semanal, em quilômetros (p= 0,0222), e o número de acidentes (p= 0,0165). Não houve significância estatística entre as características relacionadas à direção (dia/ noite, centro/bairro, rodovias) e fragilidade física. avaliação neurológica e locomotora, e nenhum exame de direção é realizado neste momento. O resultado foi apresentado de acordo com a resolução 425, de 27 de novembro de 2012, do Conselho Nacional de Trânsito, em uma escala de parâmetros rotulados como “apto”, “apto com restrições”, “temporariamente inapto” e “inadequado”6 . No resultado “encaixe com restrições”, o médico descreve as restrições observadas. Os dados foram organizados e analisados por meio dos softwares Microsoft Excel® 2015 e Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 20.0. Foram utilizadas estatísticas descritivas e testes não paramétricos (qui-quadrado e Cochan) para avaliar a associação entre variáveis de interesse e fragilidade física. Considerou-se p ÿ0,05 como evidência estatística significativa. ÿ36 a <54 Tipo de carta de condução 96(98,97) 73(97,33) 1(1,03) 2(2,67) ÿ50 a <250 teste de aptidão mental Sim Pré-frágil (%) 43 Primeira licença 0,9180* 72(7,23) 53(70,67) 25(2,77) 21(28) Sim Em forma136 0,1127** 109 Variáveis 0,0165* 41 0,0222** 155 0,1030** 53(70,67) 118 0,893465(67,01) Acidente Manual 125 0,7035** 6 Total Sim 35 ÿ54 a <72 Renovação ÿ250 a <500 Condução noturna Não 16 5 (6,66) Experiência de direção Automático 96(98,97) 73(97,33) 1(1,03) 1(1,33) Sim 46 169 Total 0,2402* 90 16 em km 8(10,67) 13(17,33) 45(60) 9(12) 63(84) 11(14,67) Não 6 (6,19) 73(75,26) 24(24,74) 0,4173* 124 7(7,22) 19(19,59) 64(65,98) 7(7,22) Manual/automático 91(93,81) 64(85,33) 6(6,19) 10(13,33) 2 Teste de Cochran - Teste G, p ÿ0,05. Não valor p 25 ÿ0 a <18 Não 11 40 169 Não Não Ajuste com restrição 75 (100) 172 * Teste de Cochran - Teste G, p ÿ0,05 Não frágil (%) 15 0,5783** ÿ0 a <50 10 Condução no centro da cidade Condução do bairro 26 (26,8) 17(22,67) Distância percorrida semanalmente 69(71,13) 55 (73,33) 23(23,71) 17(22,67) 5(5,15) 3(4) 95(97,94) 70(93,33) 2(2,06) 4(5,33) 0,8476* Condução à luz do dia Temporariamente inapto **Teste do qui-quadrado, p ÿ0,05 ÿ18 a <36 Resultado final no físico e Pré-frágil Não-frágil Total p-value 16 16(16,49) 25(33,33) 60(61,86) 30(40) 12(12,37) 13(17,33) 9(9,28) 7(9,33) 162 Sim 97 (100) 8 3 ÿ500 Tipo de transmissão 9(9,28) 1(1,33) 88(90,72) 74(98,67) Sim 165 Condução na estrada 32 Machine Translated by Google Categoria não autorizada e uso de lentes Categoria não autorizada e uso de aparelhos auditivos Uso de lentes corretivas e validade da carteira de motorista por 2 anos Outras restrições** Lenardt MH/et al/Colômbia Médica - Vol. 48 Nº2 2017 (abril a junho) 1 1 1 Categoria não autorizada, capacidade de visão monocular e validade da carta de condução por 2 anos 1 É preocupante a alta frequência de motoristas idosos pré-frágeis, uma vez que é impossível prever quando ocorrerá a evolução de um declínio funcional significativo, o que comprometerá a condução segura para o condutor e para a sociedade. Portanto, é fundamental a identificação de idosos frágeis e pré- frágeis durante a prova de aptidão física para habilitação de motorista e, sobretudo, a orientação desses idosos para que aprendam a gerenciar a fragilidade sob a responsabilidade dos cuidados de saúde geriátricos e gerontológicos. O manejo da fragilidade é compreendido sob quatro intervenções de caráter multiprofissional: realização de exercícios físicos (resistência e aeróbica), suporte calórico e proteico, uso de vitamina D e redução da polifarmácia8 . Os motoristas idosos estão conscientes de seus riscos e utilizam medidas compensatórias, evitando condições de direção perigosas (como trânsito intenso ou condições climáticas de risco), preferem rotas conhecidas e técnicas de direção cautelosas18. Os desfechos dos acidentes de trânsito envolvendo idosos podem ser diferentes quando se comparam as faixas etárias. A Comissão de Seguros da Austrália Ocidental - divisão Motor Injury - comparou dois subgrupos de motoristas (idade entre 45 e 64 anos e acima de 65 anos) e encontrou diferenças significativas em relação a lesões. O subgrupo mais jovem foi mais propenso a lesões na região cervical (30,6%), quando comparado ao resultado do grupo mais velho (12,1%), enquanto o grupo mais velho foi mais propenso a lesões no tórax (30,9%, contra 18,5% dos os mais novos). Ainda, a pesquisa demonstra que pode não ter capacidade pulmonar para se recuperar de tais lesões, estando mais propenso a morrer por tais danos2 . Restrições na carta de condução* 0,0313 1 (1,33) 6 (8) 0 (0) 1 (1,33) 0 (0) Total Validade da carta de condução por 2 anos Em relação aos hábitos de direção dos idosos, verificou-se que 26,7% evitam dirigir à noite e 20,4% evitam rodovias e vias rápidas. Houve associação significativa entre relato de acidentes de trânsito e fragilidade física após os 60 anos. Esse resultado indica que é necessário estudar o desenvolvimento de predição clínica sensível e específica para detectar o risco de acidentes entre motoristas idosos, principalmente naqueles vistos como frágeis e pré-frágeis. 44 32 17 Apesar de não ter sido observada a presença de idosos frágeis, a prevalência de pré-fragilidade foi de 56,4%, achado acima dos relatados em pesquisas internacionais, tanto nos Estados Unidos da América11 quanto em Taiwan12, pontuando 40,0% e 45,5%, respectivamente. Tabela 3. Associação entre os grupos de fragilidade e o resultado do exame de direção se enquadram com restrições. Curitiba, Brasil, 2015 6 0 (0) 11 (11,34) 1 (1,03) 0(0) 1 (1,03) 1 Resultados percentuais semelhantes que correspondem ao presente estudo foram encontrados em países da América Latina, como Peru13(47,3%) e Colômbia14 (53,0%), que envolveram idosos de comunidades locais. Nos estudos brasileiros da FIBRA (Fragilidade em Idosos Brasileiros), a pré- fragilidade variou entre 47,7% em Ivoti e 55,5% em Parnaíba15. Pré-frágil 26 (26,8) 24(24,8) 2 (2,06) 1 (1,03) Uso de lentes corretivas Na Tabela 3 encontra-se a associação estatística entre fragilidade física e as restrições impostas aos candidatos considerados aptos, mas com restrições (p= 0,0313). O uso de lentes de contato foi a restrição mais utilizada (n= 32; 42,66%) entre os não frágeis. valorp Um estudo realizado pelo US Right for Disease Control (CDC) coincide com os resultados mencionados anteriormente ao mostrar que os idosos tendem a modificar seus hábitos de condução. Como resultado, verificou-se que 82% dos motoristas com 75 anos ou mais referiram limitar suas viagens de condução noturna, bem como devido ao clima ou às longas distâncias. No entanto, apenas 15% dos idosos relataram limitar suas viagens de carro por motivos médicos, e nenhum mencionou qualquer comprometimento cognitivo17. Houve associação estatística entre as restrições na carteira de habilitação e a fragilidade física dos idosos. O mais frequente Categoria não autorizada Não frágil 32 (42,66) 8 (10,67) 4 (5,33) 0 (0) Essa crescente autorregulação na direção noturna e nas rodovias foi demonstrada em estudo que caracterizou os motoristas segundo sexo e faixas etárias: 55-64 anos, 65-74 anos e 75 anos ou mais. O aumento da idade foi indiretamente proporcional à condução noturna, com diminuição da frequência de 30,4% entre os mais jovens, 46,3% no grupo intermediário e 56,0% nos acima de 75 anos. O mesmo ocorreu com a condução em rodovia: 18,8% dos mais jovens e 32,9% dos mais velhos evitaram dirigir em rodovias. Ao observar por gênero, 34,9% das mulheres evitaram dirigir à noite e 24,4% evitaram rodovias, enquanto para os homens esses números foram de 20,7% e 13,8%, respectivamente16. 58 A partir da avaliação dos candidatos à renovação da CNH, não houve idosos frágeis, e essa informação difere da maioria dos estudos, principalmente aqueles que estudam populações infinitas, incluindo idosos doentes que possuem algumas habilidades funcionais comprometidas e são considerados frágeis9, 11.Os idosos que pretendam ter carta de condução são independentes e autónomos. Teste de Cochran - Teste G, p ÿ0,05 *O teste foi realizado considerando apenas o ajuste com restrições (n= 118); **Outras restrições incluem: proibido dirigir em rodovias e vias rápidas, proibido dirigir após o pôr do sol, validade da carteira de motorista reduzida para 2 anos, uso de lentes e rebaixamento de categoria Discussão Uso de lentes corretivas e aparelhos auditivos Machine Translated by Google 2. Nações Unidas, Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais, Divisão de População (2015). Perspectivas da População Mundial: Revisão de 2015, Principais Resultados e Tabelas Avançadas. Documento de Trabalho No. ESA/ P/WP.241. Nações Unidas, Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais, Divisão de População Perspectivas da População Mundial: Revisão de 2015, Principais Resultados e Tabelas Avançadas. 2015 Lenardt MH/et al/Colômbia Médica - Vol. 48 Nº2 2017 (abril a junho) À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES; bolsas de doutorado para Maria Angélica Binotto e Nathalia Hammerschmidt Kolb Carneiro). 6. Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN). Resolução n.º 425, de 27 de novembro de 2012. Fornece sobre o exame de novembro material e mental, uma avaliação e o credenciamento das entidades públicas e privadas de que tratam o art. 147, I e §§ 1o a 4o eo art. 148 do Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, DF: Diário Oficial da União; 2012. A falta de pontuação de passagem para velocidade de caminhada, nível de atividade física e força de preensão manual presentes no fenótipo de fragilidade, bem como a presença de componentes autorrelatados, como fadiga/ www.detran.pr.gov.br/arquivos/File/estatisticasdetransito/ A fragilidade física foi significativamente associada às restrições relacionadas à direção, porém, não foi observada associação entre fragilidade física e o resultado final para a condução de veículos, além de um valor percentual expressivo de idosos pré-frágeis. Esta informação demonstra a importância das intervenções nesta fase, tendo maior possibilidade e eficácia para interromper e/ou regredir o quadro e, consequentemente, a manutenção de uma condução segura por mais tempo. Fundação Araucária Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Paraná. Edital 09/2015, protocolo 45784. Programa de Bolsa Sênior para Maria Helena Lenard 5. Coxon K, Chevalier A, Lo S, Ivers R, Brown J, Keay L. Atrás do volante: Preditores de exposição ao volante em motoristas mais velhos. J Am Geriatr Soc 2015; 63(6):1137-45. A leitura mínima do dinamômetro necessária para os candidatos às categorias “A” e “B” deve ser igual ou superior a 20 kgf6 . Conflito de interesse: Nada 45 A existência de uma relação entre a fragilidade física e o ajuste com restrições demonstra a necessidade de uma gestão eficaz da fragilidade, que deve iniciar- se pelo menos durante a avaliação para teste de aptidão física, de forma a manter as capacidades específicas para a condução e o desempenho de condução ideal. A restrição à condução pode levar à diminuição da qualidade de vida e ao mesmo tempo pode aumentar a senescência20. Apesar de não haver associação entre a fragilidade física e o resultado da carteira de habilitação, foi possível notar a associação entre a fragilidade e a restrição imposta na carteira de habilitação. 1. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio. Síntese de Indicadores 2015. Resultados. Tabela 1.3 População residente, por grupos de idade, segundos como Unidades da Federação 2014-2015. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/ populacao/ exaustão, nível de atividade física e perda de peso não intencional podem influenciar na classificação dos idosos. foi o uso de lentes corretivas e a declaração de categoria de condução não autorizada. Comparando os idosos pré-frágeis com os não frágeis, a obrigatoriedade do uso de lentes corretivas ocorreu com menor frequência entre os pré-frágeis. Vê-se que muitas restrições impostas aos motoristas não estão relacionadas diretamente ao fenótipo de fragilidade, sendo fundamentais para a condução, como a visão. Agradecimentos: trabalhoerendimento/pnad2015/sintese_defaultxls.shtm. Outras limitações estão relacionadas à possibilidade de os entrevistados omitirem dados, durante a avaliação da fragilidade física, e ao desenho transversal do estudo, que não permite a compreensão completa de algumas relações de causa e efeito entre as variáveis. Quanto às categorias de condução, destaca-se o número de idosos com categorias de condução não autorizadas. Verificou-se que a categoria mais não autorizada foi a “C”, seguida da categoria “A”. A categoria “A” é formada por todos os veículos automotores e motores elétricos de duas ou três rodas, com ou sem carro lateral; a categoria “C” compreende todos os veículos automotores e motores elétricos utilizados para transporte de cargas, matriculados como com capacidade de carga mínima de peso bruto total de 6 toneladas e peso bruto total do veículo não superior a 3,5 toneladas19. Fundação: anuario/Anuario15.pdf. Declaração de financiamento 3.Brasil. Departamento de Trânsito do Paraná (DETRAN). Anuário Estatístico 2015. 2015. Acessado: 2016 12; Disponível em: http:// Fundação Araucária Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Paraná. Edital 09/2015, protocolo 45784 Programa de Bolsas Sênior para Maria Helena Lenard. Os candidatos a dirigir veículos das categorias “C”, “D” e “E” devem demonstrar força de preensão palmar igual ou superior a 30 kgf em cada mão6 . Dos 32 idosos caracterizados na categoria não autorizada, metade deles não teve força de preensão palmar avaliada de 30 kgf, enquanto os equipamentos das clínicas de medicina do trânsito constataram que apenas 31,25% deles falharam no teste, devido ao intervalo de leitura de seus dinamômetros, que é de 10 kgf. 4. Langford J, Koppel S. Epidemiologia de acidentes de motorista mais velho identificando fatores de risco de motorista mais velho e padrões de exposição. Transp Res Part F Traffic Psychol Behav. 2006; 9: 309-21. Na mensuração realizada na avaliação da fragilidade, oito candidatos apresentaram preensão palmar abaixo de 20 kgf, porém, nenhum deles foi considerado inapto para dirigir. Desses, 25% foram considerados aptos sem restrição, 50% aptos com restrição visual e 25% tinham categorias não autorizadas, fato que pode levar a situações de condução inseguras. Instrumentos mais precisos podem auxiliar a mostrar ao candidato que a preensão manual está próxima do padrão mínimo e orientar atividades que possam melhorar a força muscular da mão. Referências Conclusão Machine Translated by Google 19. Brasil. Lei n.o9503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, DF: Diário Oficial da União; 1997. 17. Betz ME, Lowesnstein SR. Padrões de condução de idosos: resultados do segundo controle de lesões e pesquisa de risco. J Am Geriatr Soc. 2010; 58(10):1931-5. Lenardt MH/et al/Colômbia Médica - Vol. 48 Nº2 2017 (abril a junho) 12. Chen CY, Wu SC, Chen LJ, Lue BH. 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