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Priorize o uso dos botões para percorrer o curso de maneira linear Iniciar Atenção Primária à Saúde e relação com acolhimento Créditos COMO CITAR ESTE MATERIAL Coordenação do Projeto Ana Emilia Figueiredo de Oliveira Coordenação Geral da DINTE/UNA-SUS/UFMA Ana Emilia Figueiredo de Oliveira Gestão de Projetos da UNA-SUS/UFMA João Pedro de Castro e Lima Baesse Coordenação de Produção Pedagógica da UNA-SUS/UFMA Paola Trindade Garcia Coordenação de Ofertas Educacionais da UNA-SUS/UFMA Elza Bernardes Monier Coordenação de Tecnologia da Informação da UNA-SUS/UFMA Mário Antônio Meireles Teixeira 2021 Rosany Ferreira Rios Fonseca SGETS/MS Carolina Vaccari Simaan SGETS/MS Adriana Paula de Almeida CGGAP/SAPS 1 http://lattes.cnpq.br/5767658067485112 http://lattes.cnpq.br/5767658067485112 http://lattes.cnpq.br/2734666772125545 http://lattes.cnpq.br/8513290455922124 http://lattes.cnpq.br/8513290455922124 http://lattes.cnpq.br/3034477335930315 http://lattes.cnpq.br/9943003955628885 http://lattes.cnpq.br/8493739280209743 http://lattes.cnpq.br/0165842074812549 http://lattes.cnpq.br/1099588869023176 http://lattes.cnpq.br/471206243884453 http://lattes.cnpq.br/8543681540341387 http://lattes.cnpq.br/2030480271587281 http://lattes.cnpq.br/4711238601467961 http://lattes.cnpq.br/8708201077232160 Apresentação OBJETIVO O acolhimento é um mecanismo primordial para a Atenção Primária em Saúde (APS), que vai além da recepção ao usuário, considerando toda a situação a partir de sua entrada no sistema. Acolhimento O acolhimento é uma tecnologia leve (tecnologia das relações entre os indivíduos) que implica em postura ética de escuta com compromisso de ofertar resposta efetiva à demanda trazida pelo usuário, em uma perspectiva de gestão compartilhada do cuidado. Fonte: Pch.vector. Freepik Acolhimento Se o acolhimento fosse interiorizado por todos os trabalhadores da saúde², os espaços de recepção e escuta se tornariam espaços de problematização e legitimidade das necessidades dos usuários e das famílias³. O acolhimento deveria permear todas as relações de cuidado que acontecem nos serviços de saúde e território, podendo assumir diversas formas, não se restringindo a um lugar ou espaço físico (humanização), nem mesmo à recepção da Unidade de Atenção Primária (UAP) em sua lida diária com os problemas ali apresentados2. Agora que nos familiarizamos com o conceito geral, que tal entendermos melhor os diferentes sentidos de acolhimento na APS? Acolhimento como mecanismo de ampliação/facilitação do acesso Fonte: Pch.vector. Freepik Todos os usuários que buscam a Unidade de Atenção Primária (UAP) devem ser atendidos de acordo com suas necessidades. Em outras palavras, a equipe garante a ampliação do acesso ao contemplar atendimento à demanda programada e espontânea. Considerando o princípio da universalização, não faz sentido deter-se apenas ao atendimento de determinados grupos populacionais, ciclos de vida ou agravos mais prevalentes4. Acolhimento como mecanismo de ampliação/facilitação do acesso Fonte: Pch.vector. Freepik Acolhimento como mecanismo de ampliação/facilitação do acesso Fonte: Upklyak. Freepik Acolhimento como postura, atitude e tecnologia do cuidado Fonte: Freepik. Freepik Fonte: Freepik. Freepik Acolhimento como postura, atitude e tecnologia do cuidado Não se pode esperar que todos tenham a habilidade técnica comunicacional exigida, mas a boa notícia é que esta habilidade pode ser desenvolvida. Acolhimento como dispositivo de (re)organização do processo de trabalho em equipe Fonte: Macrovector. Freepik Acolhimento como dispositivo de (re)organização do processo de trabalho em equipe Fonte: Marigis. Shutterstock Acolhimento como dispositivo de (re)organização do processo de trabalho em equipe Acolhimento como dispositivo de (re)organização do processo de trabalho em equipe Acolhimento pela equipe de referência do usuário . . Acesso avançado: modelo de agendamento de consultas no qual aproximadamente 65% – 90% das vagas médicas diárias estão reservadas para demanda espontânea. A maioria das consultas programadas resulta de acúmulos positivos de trabalho (positive backlogs), ou seja, usuários que não querem a consulta naquele dia e usuários agendados pelo médico após avaliação de critérios clínicos e sociais. O tempo de espera máximo por uma consulta é de dois dias úteis6. É importante lembrar que não há uma forma padrão de acolhimento da demanda espontânea, e que vale a pena experimentar e adaptar algumas modelagens, desde que as tentativas sejam pactuadas e seus efeitos analisados por trabalhadores, usuários e gestores4. A seguir, serão discutidas algumas modelagens utilizadas na APS brasileira: Acolhimento pela equipe de referência do usuário Equipe de acolhimento do dia Acolhimento misto (equipe de referência do usuário + equipe de acolhimento do dia) Acolhimento coletivo ) Acolhimento pela equipe de referência do usuário . . Acesso avançado: modelo de agendamento de consultas no qual aproximadamente 65% – 90% das vagas médicas diárias estão reservadas para demanda espontânea. A maioria das consultas programadas resulta de acúmulos positivos de trabalho (positive backlogs), ou seja, usuários que não querem a consulta naquele dia e usuários agendados pelo médico após avaliação de critérios clínicos e sociais. O tempo de espera máximo por uma consulta é de dois dias úteis6. Equipe de acolhimento do dia . . Como vantagem dessa modelagem, as demais equipes (não “escaladas” no acolhimento do dia) podem realizar as atividades programadas com mais tranquilidade. E, como desvantagem, há a menor responsabilização e vínculo entre equipe e população adscrita (quando comparado com o acolhimento por equipe), e a sobrecarga da equipe que está no acolhimento do dia, em dias de maior demanda4. Fonte: Pikisuperstar. Freepik Acolhimento misto (equipe de referência do usuário + equipe de acolhimento do dia) . . Seguindo a mesma linha de raciocínio, determina-se também a quantidade de casos agudos que o médico de cada área atenderá por turno. É uma modelagem intermediária entre o acolhimento por equipe e o acolhimento do dia, porém, exige uma melhor capacidade de comunicação entre equipes e a adoção de mecanismos facilitadores da gestão das agendas4. Fonte: Pikisuperstar. Freepik Esta modalidade é possível em UAP com mais de uma equipe, e pode acontecer de duas maneiras: determina-se a quantidade de usuários ou um limite de horário para que o enfermeiro de cada equipe acolha a demanda espontânea de sua área adscrita. Equipe de acolhimento do dia . . Como vantagem dessa modelagem, as demais equipes (não “escaladas” no acolhimento do dia) podem realizar as atividades programadas com mais tranquilidade. E, como desvantagem, há a menor responsabilização e vínculo entre equipe e população adscrita (quando comparado com o acolhimento por equipe), e a sobrecarga da equipe que está no acolhimento do dia, em dias de maior demanda4. Fonte: Pikisuperstar. Freepik Acolhimento coletivo Esta modelagem pressupões associação com outra modelagem, já que no decorrer do turno de trabalho, após o acolhimento coletivo, outros usuários acessam a UAP. Acolhimento coletivo Esta modelagem pressupões associação com outra modelagem, já que no decorrer do turno de trabalho, após o acolhimento coletivo, outros usuários acessam a UAP. Esta relação de solidariedade, obviamente, depende da maneira como todos participam da gestão na UAP, das relações de poder instituídas e das relações de reciprocidade. Como fazer isso na prática? Como organizar a atenção à demanda espontânea de maneira a garantir o acesso com equidade? Como fazer isso no cotidiano dos serviços, onde muitas vezes chegam, ao mesmo tempo, várias pessoas com necessidades distintas? � Até aqui, foi possível compreendero que é o acolhimento e sua importância nos serviços de saúde, além de algumas modelagens de acolhimento. Agora, as seguintes perguntas se colocam: Como fazer isso na prática? Como organizar a atenção à demanda espontânea de maneira a garantir o acesso com equidade? Como fazer isso no cotidiano dos serviços, onde muitas vezes chegam, ao mesmo tempo, várias pessoas com necessidades distintas? � Até aqui, foi possível compreender o que é o acolhimento e sua importância nos serviços de saúde, além de algumas modelagens de acolhimento. Agora, as seguintes perguntas se colocam: Referências 1. GARUZI, Miriane, et al. Acolhimento na Estratégia Saúde da Família: revisão integrativa. Revista Panamericana de Salud Pública, 2014, 35: 144-149. 2. ESCOM/SMS-SP. Reorganização do Processo de Trabalho: acolhimento à Demanda Espontânea. Atenção Básica SMS-SP. 1ª ed. São Paulo: 2015. Disponível em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/Reorganizacao%20do%20Proc esso%20de%20Trabalho_At-Basica_V1_out-2016_baixa.pdf 3. BRASIL. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 2017. 4. SÉRIE, A. Normas e Manuais Técnicos-Cadernos de Atenção Básica, n 32. Ministério da Saúde (BR) Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília, DF, 2012. 5. ROCHA, Suelen Alves; SPAGNUOLO, Regina Stella. Acolhimento na visão complexa: ação coletiva emergente na Equipe de Saúde da Família. Saúde em Debate, 2015, 39: 124-135. 6. VIDAL, Tiago Barra, et al. Modelos de agendamento e qualidade da atenção primária: estudo transversal multinível. Revista de Saúde Pública, 2019, 53: 38. http://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n%C2%BA-930-de-15-de-maio-de-2019-104562211. Acesso em: 05 abr. 2021.
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