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Política Nacional de Humanização
06/10
Contextualização:
Lançada em 2003, a Política Nacional de Humanização (PNH), busca colocar em pratica os princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde, promovendo mudança nos modos de gerir e cuidar
A PNH estimula a comunicação entre gestores, trabalhadores e usuários para construir processos coletivos de enfrentamento de relações de poder, trabalho e afeto que muitas vezes produzem atitudes e práticas desumanizadoras que inibem a autonomia e a corresponsabilidade dos profissionais de saúde em seu trabalho e dos usuários no cuidado de si.
- Elementos singulares dos seres humanos que serão invocados para colocar em prática a PNH: Comunicação, Inteligência, Afeto, Noção de cultura, etc.
A PNH é uma política transversal 
Sugere que sejam ultrapassadas fronteiras além do setor de saúde -> Recrutamento de diferentes núcleos de saber -> Intuito principal de produzir saúde 
Fundamenta-se: 
- Troca e construção de saberes;
- Diálogos entre profissionais;
- Trabalho em equipe;
- Consideração às necessidades, desejos e interesses dos atores da saúde incluindo os usuários
A PNH se estrutura a partir de: 
Princípios -> Métodos -> Diretrizes -> Dispositivos 
Princípios: 
Transversalidade (política intersetorial);
Indissociabilidade entre atenção e gestão;
Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e dos coletivos.
Métodos: 
O HumanizaSUS, ou Política Nacional de Humanização, aposta na inclusão de trabalhadores, usuários e gestores na produção e gestão do cuidado e dos processos de trabalho
A comunicação entre os atores do SUS provoca movimentos de perturbação e inquietação que a PNH considera como “motor” de mudanças e que também precisam ser incluídos como recursos para produção de saúde.
Trabalhadores + Usuários + Gestores = Produção e gestão do cuidado e dos processos de trabalho 
Diretrizes da PNH
Acolhimento 
Gestão participativa e Cogestão 
Ambiência
Clínica Ampliada e Compartilhada 
Valorização do trabalhador 
Defesa dos direitos dos usuários 
1. Diretrizes – Acolhimento 
Baseado em 3 pilares: Escuta qualificada – Compromisso – Vínculo 
Acolhimento com Classificação de risco: é um processo dinâmico de identificação dos pacientes que necessitam de atendimento prioritário e mais rápido, em virtude de maior risco e vulnerabilidade.
A principal forma de atendimento nas unidades básicas não pode ser a demanda espontânea
- Demanda espontânea (sem marcação de consulta) 
- Demanda programada (com marcação de consulta) 
Na unidade básica a demanda programada deve ser priorizada. 
A conduta da equipe deve ser sempre acolher!!! 
Acolhimento:
- é uma das diretrizes de maior relevância política e ética da politica nacional de humanização da atenção e gestão do SUS 
O acolhimento possui 2 dimensões:
Política – Implica o compromisso coletivo de envolver-se neste “estar com”, potencializando protagonismos e vida nos diferentes encontros 
Ética – No que se refere ao compromisso com o reconhecimento do outro, na atitude de acolhê-lo em suas diferenças, dores, alegrias, modos de vive, sentir e estar na vida. 
Esferas constitutivas 
- Postura/Atitude – Mudança nas relações profissionais usuários; resolutividade/ responsabilização
- Ação – Operacionalizar processos de trabalho em saúde 
Acolhimento – Humanização; Acesso; Cidadania; Vínculo; Resolubilidade; Responsabilização.
O acolhimento é transversal
Não deve ter horário específico para o acolhimento 
O acolhimento significa: 
Escuta qualificada dos problemas, dando-lhe sempre uma resposta positiva e responsabilizando com a resolução do problema;
Humanização do atendimento, o que pressupõe a garantia de acesso a todas as pessoas (acessibilidade universal);
Deve garantir a resolubilidade, que é o objetivo final do trabalho em saúde. A responsabilização vai além do atendimento propriamente dito, diz respeito ao vínculo necessário entre o serviço e a população usuária.
O acolhimento como diretriz operacional implica 
Protagonismo dos sujeitos envolvidos no processo de produção de saúde;
Valorização e a abertura para o encontro entre o profissional de saúde, o usuário e sua rede social, como liga fundamental no processo de produção de saúde;
Reorganização do serviço de saúde a partir da problematização dos processos de trabalho, de modo a intervenção de toda a equipe multiprofissional encarregada da escuta e da resolução do problema do usuário;
Elaboração de projetos terapêuticos individuais e coletivos, com equipes de referencia em atenção diária que sejam responsáveis e gestoras desses projetos (horizontalização por linhas de cuidado);
Mudanças estruturais na forma de gestão do serviço de saúde; 
Postura de escuta e compromisso em dar respostas às necessidades de saúde trazidas pelo usuário, de maneira que inclua sua cultura, seus saberes e sua capacidade de avaliar riscos;
Construção coletiva de propostas com a equipe local e com a rede de serviços e gerências centrais e distritais;
Modelagens ou formas de acolhimento na atenção básica (demanda espontânea)
1- Acolhimento pela equipe de referência do usuário 
2- Equipe de acolhimento do dia 
3- Acolhimento misto (equipe de referência do usuário + equipe de acolhimento do dia) 
4- Acolhimento coletivo
Acolhimento pela equipe de referência do usuário 
 - Cada usuário é acolhido pelos profissionais de sua equipe de referência, de modo que um ou mais profissionais de cada equipe realizam a primeira consulta, negociando com os usuários as ofertas mais adequadas para responder às suas necessidades.
 - Vantagem: potencialização do vínculo e responsabilização entre equipe e população adscrita 
Equipe de acolhimento do dia
 - Em unidades com mais de uma equipe, o enfermeiro e/ou técnico de enfermagem de determinada equipe fica na linha de frente do acolhimento, atendendo os usuários de chegam por demanda espontânea de todas as áreas/ equipes da unidade.
 - O médico da equipe do acolhimento do dia fica na retaguarda do acolhimento 
 - Todos os profissionais de acolhimento ficam com suas agendas voltadas exclusivamente para isso.
 - Os profissionais de outras equipes da unidade, quando não estão “escalados”, não precisam reservar agenda para acolhimento, somente atendendo aos casos agudos em situações excepcionais em que a quantidade de pessoas com tal necessidade exceder a capacidade de atendimento da equipe do acolhimento do dia 
Acolhimento misto
Em unidades com mais de uma equipe, estipula-se determinada quantidade de usuários ou horário até onde o enfermeiro de cada equipe acolhe a demanda espontânea da sua áres 
Um dos enfermeiros fica a cada dia sem atendimentos agendados, para atender a demanda espontânea de todas as áreas a partir do momento que ultrapasse a quantidade ou horário previamente estipulados para colhimento das equipes; Um dos médicos também sem atendimentos agendados para, independentemente da área, atender aos casos agudos encaminhados pelo acolhimento que excederem a quantidade predeterminada a que cada um dos outros médicos atenderiam
Essa modelagem se apresenta como intermediaria entre o acolhimento por equipe e o acolhimento do dia, mas requer comunicação mais intensa entre equipes e alguns instrumentos para facilitar a gestão da gestão das agendas
Acolhimento Coletivo 
No primeiro momento de funcionamento da unidade, toda a equipe se reúne com os usuários que vieram a unidade saúde por demanda espontânea e, nesse espaço coletivo, fazem-se escutas e conversa com eles
Proposta em que não há separação do atendimento por equipes
Não existe a previsão de equipe de retaguarda 
Acolhimento com classificação de risco 
Vermelho, Amarelo, Verde, Azul
 - Acolhimento é realizado por todos os membros da equipe, nos diferentes espaços, com abordagem adaptada à situação 
 - A classificação de risco é um processo dinâmico de identificação dos pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento
 - É responsabilidade de categorias profissionais especificas, dependendo do serviços,das pactuações e entendimentos internos 
 
2. Diretrizes – Gestão participativa e cogestão 
Gestão e Cogestão – através de: Rodas, Colegiados gestores, Gerência de porta aberta, Câmaras técnicas.
3. Diretrizes – Ambiência 
Criar espaços saudáveis, acolhedores e confortáveis, que respeitem a privacidade, propiciem mudanças no processo de trabalho e sejam lugares de encontro entre as pessoas 
 
4. Diretrizes – Clínica Ampliada e Compartilhada 
Clínica ampliada e compartilhada -> Afeto nas relações 
 Qualificação do diálogo 
 Decisões compartilhadas
5. Diretrizes – Valorização do trabalhador 
É importante dar visibilidade à experiência dos trabalhadores e incluí-los na tomada de decisão, apostando na sua capacidade de analisar, definir e qualificar os processos de trabalho
Como fazer? Programas de formação de saúde e Pesquisas 
6. Diretrizes – Defesa dos direitos dos usuários 
Os usuários possuem direitos garantidos por lei e os serviços de saúde devem incentivar o conhecimento desses usuários e assegurar que eles sejam cumpridos em todas as fases do cuidado, desde a recepção até a alta. 
Ex.: Direito ao acesso com acompanhante 
Como fazer? Dar informação ao paciente 
Resultados que a politica nacional de humanização busca:
Redução de filas e do tempo de espera, com ampliação do acesso
Atendimento acolhedor e resolutivo baseado em critérios de risco
Implantação de modelo de atenção com responsabilização e vínculo
Garantia dos direitos dos usuários 
Valorização do trabalho na saúde 
Gestão participativa nos serviços

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