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Projecto_Clara_Pranchas

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Produção, Comercialização e Análise da Viabilidade económica de Chanfuta e Jambirre para fins de Produção de Pranchas
	
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE GAZA
FACULDADE DE AGRICULTURA
CURSO ENGENHARIA FLORESTAL
CADEIRA: Elaboração e Avaliação de Investimento de Projecto Florestais 
Projecto
PRODUÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO E ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÓMICA DE Chanfuta e Jambirre PARA FINS DE PRODUÇÃO DE PRANCHAS NO DISTRITO DE MOCUBA
Discente:
Clara Joaquim Niquice
Docente: 
Eng. Edson Moisés Massingue Chilauque (MSc)
Lionde, Julho de 2022
ÍNDICE
Conteúdo…………………………………………………………………………….Paginas
1.	INTRODUÇÃO	3
1.1.	Contextualização	3
1.2.	Problema e justificativa do Projecto	5
1.3.	OBJECTIVOS	6
1.3.1.	Geral:	6
1.3.2.	Específicos:	6
2.	REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	7
2.1.	Potencial e importância do sector florestal	7
2.2.	Situação das indústrias madeireiras em Moçambique	8
2.3.	Mercados e comércio de madeira serrada	9
2.3.1.	Mercado nacional	10
2.3.2.	Mercado internacional	11
2.4.	Custos e rendimentos de comercialização de madeira serrada em Moçambique	12
2.4.1.	Serração	12
2.4.1.1.	Condições para montagem da Serração	12
2.4.2.	Classificação das Serrações	13
2.4.2.1.	Capacidade de produção	13
2.4.2.2.	Carácter de instalação	13
2.4.3.	Tipos de serra principal	13
2.4.3.1.	Serra Fita	14
2.4.3.2.	Serra Circular	14
2.4.4.	Serragem da madeira	15
2.4.4.1.	Técnicas de Serragem dos toros	15
2.4.5.1.	Serragem principal	16
2.4.5.2.	Serragem secundária	16
3.	METODOLOGIA	18
3.1.	Descrição da área do Projecto	18
3.1.1.	Localização, Superfície e População	18
3.1.2.	Clima, Relevo e Solos	19
3.2.	Técnicas	20
3.2.1.	Taxa Mínima de Atractividade – TMA	21
3.2.2.	Determinação dos Custos	21
3.2.3.	Investimento	21
3.2.4.	Custo Fixo Total	21
3.2.5.	Custo Variável Total	22
3.3.	Económica	22
3.4.	Ambiental	23
3.5.	Social	23
4.	RESULTADOS E DISCUSSÃO	25
4.1.	Análise da viabilidade económica do projecto	25
4.1.1.	Investimento	25
4.1.2.	Custos	25
4.1.3.	Receitas	27
4.1.4.	Mapa de demostração de Resultados	28
4.1.5.	Análise da viabilidade económica	29
4.2.	Análise de viabilidade Ambiental	30
4.3.	Análise de Ciclo de vida	31
4.4.	Análise de viabilidade social	32
5.	CONSIDERAÇÕES FINAIS	33
6.	REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS	34
1. INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
A floresta é um recurso natural de grande importância na protecção dos recursos hídricos, conservação do ambiente e na protecção da biodiversidade, funciona como reservatório de carbono, reduzindo o efeito de estufa. É usada como fonte de matéria-prima para as indústrias, no abastecimento de lenha e carvão, material de construção e plantas medicinais (Freitas, 2000). 
De acordo com IPEx (2003), Moçambique é um país rico em recursos florestais com elevada contribuição na economia nacional. A mesma referência destacou como potencial do sector florestal o fornecimento de produtos que oferecem oportunidades de emprego nas zonas rurais e possíveis ganhos com as exportações. O estudo realizado por Carvalho et al. (2005), aponta que as florestas proporcionam melhorias nos indicadores macroeconómicos de bem-estar social, na geração de renda, na arrecadação de impostos, na formação de divisas e na melhoria das contas de um país. 
Cerca de 70% do país (65.3 milhões de hectares) é presentemente coberta de florestas e outras formações lenhosas. 13 Milhões de hectares não são favoráveis para a produção madeireira, no qual a maioria localiza-se dentro nos Parques Nacionais, Reservas Florestais e outras Áreas de Conservação (Marzoli, 2007). Os combustíveis lenhosos, a madeira serrada, e o material de construção tradicional, representam o grosso da demanda de produtos florestais no país (MICOA, 2002). Apesar da enorme diversidade existente entre a madeira de diferentes espécies, a produção de madeira serrada em Moçambique assenta basicamente em 7 espécies nativas e 2 géneros de espécies exóticas, que dominam o mercado nacional (Chitará, 2003). Deste modo, a pressão recai sobre as espécies mais comuns, nomeadamente Pterocarpus angolensis (Umbila), Millettia stuhlmannii (Panga panga), Dalbergia melanoxylon (Pau preto), Afzelia quanzensis (Chanfuta), Milicia excelsa (Tule), Androstachys johnsonii (Simbirre) e Khaya anthoteca (Umbáua).
Os produtos madeireiros em Moçambique são comercializados nos mercados nacional e internacional. A exploração florestal e processamento de madeira compreende uma serie de produtos tanto para o consumo próprio assim como para a comercialização (Alberto, 2004). Os produtos de madeira que dominam o mercado nacional são madeira para construção civil (produtos de cofragem, réguas de parquet, e outros) e madeira para a construção de mobiliário (moveis para uso doméstico e em pequena escala moveis de escritório) (Eureka, 2001).
1.2. Problema e justificativa do Projecto
O sector florestal para além de contribuir para o equilíbrio da balança de pagamentos desempenha também um papel social importante sobretudo com postos de emprego nas áreas rurais. O nível de procura de madeira serrada em Moçambique tende a subir nos últimos anos. O crescimento populacional e o nível de desenvolvimento do país podem ser indicadores desta tendência do aumento da procura de madeira.
Embora a indústria madeireira desempenhe um papel significativo na economia da região norte, as florestas tropicais devem ser manejadas a fim de garantir uma fonte sustentável de madeira para o futuro. Como ressalta Gerwing et al. (2000), o manejo dos recursos florestais não está restrito apenas à floresta, mas também à eficiência no desdobro das toras em produtos finais (madeira serrada, lâminas, compensados etc.); pois, esse pode afectar significativamente a área de floresta necessária para satisfazer a demanda por madeira processada.
Portanto, o perfeito aproveitamento dos recursos florestais é um importante componente para o desenvolvimento social e económico local, onde a necessidade de desenvolver uma indústria de madeira sustentável e economicamente viável conduz à avaliação dos mercados e à análise de novos investimentos. Dentro desse contexto, o objectivo do projecto é realizar a avaliação económica da implantação de uma serração para efectuar o desdobro (serragem) de madeira de Chanfuta e Jambire para produção e comercialização serrada em pranchas na cidade de Zambézia no distrito de Mocuba.
1.3. OBJECTIVOS
1.3.1. Geral:
· Produzir, comercializar e analisar a viabilidade económica de Chanfuta e Jambirre para fins de produção de pranchas;
1.3.2. Específicos:
· Analisar a viabilidade económica, Ambiental, Ciclo de vida e viabilidade social;
· Determinar o ciclo de vida da produção e comercialização de Pranchas de Chamfuta e Jambire;
· Identificar e determinar os indicadores de viabilidade económica do projecto.
Questões de implementação do projecto
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Potencial e importância do sector florestal 
As florestas nativas representam o principal potencial florestal em Moçambique, com alta diversidade florística mas, poucas espécies são conhecidas no mercado (Chitará, 2003). Destas florestas, estima-se que 40,1 milhões de ha (51%), do território nacional é coberto por florestas (26,9 milhões de ha é ocupado por florestas para a extracção de madeira com valor comercial e 13,2 milhões de ha são áreas de conservação) e cerca de 14,7 milhões de ha (19%) é coberto por outras formações lenhosas como vegetação arbustiva, matagal e florestas sujeitas à agricultura itinerante (Marzoli, 2007). Estas florestas diferenciam duma região para outra, sendo que a distribuição regional revela que a região norte (Niassa, Cabo Delgado e Nampula) ocupa 42% da cobertura floresta, a região centro (Zambézia, Tete, Manica e Sofala) concentram cerca de 40% e a região sul concentra cerca de 18%.
De acordo com Sitoe et al. (2012), Moçambique é um dos poucos países da África Austral que ainda mantém uma proporção considerável da sua cobertura com florestas naturais. O volume anual permitido para a extracção de todas as espécies madeireiras situa-se entre 516 a 640 mil m3 (MarzolI, 2007). Os volumes exploradosno país, situam-se entre 25 a 38% do volume do corte anual admissível (DNTF, 2011). O que indica que a exploração de madeira no país, em geral, está sendo efectuada dentro dos limites do corte anual admissível garantindo deste modo à sustentabilidade do recurso. A província de Niassa apresenta maior volume de madeira em crescimento e o volume das principais espécies comerciais é representado por um número pequeno de espécies (IPEx, 2004). 
A Legislação florestal vigente em Moçambique classifica as espécies nativas e produtoras de madeira em cinco grupos: madeiras preciosas, de primeira, de segunda, de terceira e de quarta classes. Esta classificação baseia-se no valor comercial, científico, raridade, utilidade, resistência e qualidade das espécies (Ministério da Agricultura, 2002). Em termos de classes comerciais, 4% do volume comercial disponível pertence as espécies produtoras de madeira preciosa, 21% para as de 1ª classe, 44% para as de 2ª classe, 14% para as de 3ª classe e 17% para as de 4ª classe (Marzoli, 2007).
Em Moçambique a exploração florestal é feita sob dois regimes: licença simples é exercida exclusivamente, por operadores nacionais e pelas comunidades locais nas florestas produtivas e nas áreas de utilização múltipla, para fins comerciais, industriais e energéticos. Limita-se a um volume anual de corte de 500 m3. Concessões florestais são áreas do domínio público delimitada, concedida a qualquer pessoa singular ou colectiva, nacional ou estrangeira, através do contrato de concessão valido por um prazo máximo de 50 anos renováveis, destinada à exploração florestal para o abastecimento da indústria (DNFFB, 1999). Segundo Sitoe et al. (2003), a maior parte do volume de madeira no país é explorado através de licença simples. Sendo esta realizada por empresas organizadas e por operadores (madeireiros) que geralmente operam com tecnologia de baixo rendimento (Eureka, 2001). 
A floresta é um recurso de grande importância para a estabilidade económica, social e física do mundo (Hoeflich et al., 2007). As florestas proporcionam melhorias nos indicadores macroeconómicos de bem-estar social, no aumento da produção, na geração de empregos e renda e podem gerar receitas a curto prazo, contribuindo assim para o desenvolvimento do país (IPEx, 2004). Conforme Ribeiro e Nhabanga (2009), estima-se que as florestas nativas em Moçambique contribuem com cerca de 1% no PIB (excluindo o uso da madeira e carvão para combustível) e dá emprego a cerca de 200.000 pessoas e aproximadamente US$ 6 milhões em receitas para o Governo Moçambicano.
2.2. Situação das indústrias madeireiras em Moçambique 
Raimundo (2001), define madeira serrada como sendo produto obtido a partir do desdobramento de toros por meio de serras, desde que esse produto tenha espessura superior à 5mm. Este autor refere ainda que as peças de madeira serrada são designadas conforme os formatos, dimensões e usos das mesmas, sendo as principais: pranchas, vigas, tábuas, sarrafos, ripas e caibros. 
As pranchas devem apresentar espessura de 40 mm a 70 mm, largura superior a 200 mm e comprimento é variável e as tábuas apresentam espessura entre 10 e 40 mm, largura superior a 100 mm e comprimento variável, de acordo com o pedido do solicitante. As tábuas são geradas a partir de toras, pranchas e pranchões (Oliveira, 2003). Barrotes são peças com espessura de 4,0 cm e altura variando de 9 a 30 cm. 
As indústrias florestais são constituídas por serrações e carpintarias. A maior parte destas indústrias estão localizadas na zona centro e norte, nomeadamente nas províncias de Sofala, Zambézia, Nampula, Cabo Delgado e Manica (Chitará, 2003). 
Nas indústrias madeireiras de transformação primária (serrações) do país a capacidade estimada e actual de produção das serrações é de aproximadamente 120.000 m3/ano e 65.000 m3/ano de madeira serrada, respectivamente. Em que as províncias de Manica, Sofala e Zambézia constituem as províncias com maior capacidade de produção (Eureka, 2001). 
De acordo com a (DNTF, 2003; Falcão, 2005), existe uma grande preocupação pela rentabilidade da indústria madeireira que não se mostra capaz de responder às necessidades do mercado nacional. Esta indústria é caracterizada por possuir maquinaria obsoleta de baixo rendimento e eficiência industrial com dificuldades de adquirir sobressalentes o que faz com que uma grande parte delas funcione com deficiência ou esteja paralisada. A capacidade de produção varia entre 5 a 10 m3 por dia. 
A indústria madeireira desempenha um papel importante na melhoria das condições de vida das comunidades contribuindo para o alívio a pobreza, através da criação de postos de trabalho e disponibilização de produtos madeireiros processados. Assim, o desenvolvimento da indústria florestal é uma das formas de contribuir para o desenvolvimento do país.
2.3. Mercados e comércio de madeira serrada 
Mercado é grupo de compradores e vendedores que estão em contacto suficientemente próximo para negociar uns com os outros (Hall; Lieberman, 2003). Um mercado existe quando compradores que pretendem trocar dinheiro por bens e serviços estão em contacto com vendedores desses mesmos bens e serviços (Sandroni, 2006). 
No Mercado informal a actividade é orientada com objectivo de criar emprego e rendimento para as pessoas nela envolvidas e para os seus agregados familiares, com uma lógica de sobrevivência (Queiroz, 2009). 
De acordo com INE (2005a), comércio informal é toda actividade comercial não registada na Repartição de Finanças. Fazem parte deste grupo unidades não licenciadas, vendedores de rua, de esquina, de mercado, etc. O sector informal em Moçambique incluir pessoas, empresas ou negócios registados no governo local/município e que pagam uma taxa fixada para o funcionamento do seu negócio. O sector informal ao contribuir para a angariação de receitas para os cofres do Estado está indirectamente a contribuir para melhorar a qualidade de vida da população. 
Em Moçambique os produtos madeireiros são comercializados no mercado nacional e internacional e as florestas nativas ainda são a única fonte de madeira para abastecer estes mercados (Bila et al., 2004). 
2.3.1. Mercado nacional 
Segundo IPEX (2003), o mercado nacional absorve cerca de 90% da produção nacional de madeira serrada e é caracterizado por possuir preços elevados e uma cadeia de distribuição pouco estruturada. Os produtos de madeira que dominam o mercado nacional são madeira para a construção civil (produtos de cofragem, réguas de parquet e outros), e madeira para construção de mobiliário diverso (móveis para uso doméstico e em pequena escala móveis de escritórios) (Eureka, 2001). 
De acordo com Chitará (2003) com excepção de Maputo, a maioria das províncias exploram seus próprios recursos florestais. A movimentação da madeira ocorre das florestas para as cidades e vilas, que constituem os principais centros de transformação e consumo, dentro da mesma Província. O movimento interprovincial observa-se no sentido Norte - Sul, destina-se ao abastecimento da província de Maputo onde existe o maior mercado nacional. A medida que a madeira se distancia das fontes de abastecimento de matéria-prima o preço vária no sentido de aumentar (Eureka, 2001). Os preços de madeira em toro e processada variam muito entre províncias e entre empresas da mesma província. 
IPEx (2004), relata que existem cerca de 23 espécies com potencial comercial, destas somente 5 são as mais preferidas, em trabalhos de alto valor na construção civil como na produção de móveis, nomeadamente: Umbila, Jambire, Chanfuta, Mecrusse e Umbáua. Algumas excepções são encontradas em Nampula onde as espécies secundárias têm grade utilidade nomeadamente: Muroto (Brachystegia manga), Mutonha (Sterculia quinqueloba), Sumaúma (Bombax rhodognaphalon), Canhoeiro (Screlocarya birrea) e Metil (Sterculia appendiculata). Esta madeira tem sido utilizada para o fabrico de barrotes, esquadrias, tábuas de cofragem, carroçaria e caixas diversas. 
A indústria de mobiliários com uso de espécies nativasesta a tomar forma, principalmente móveis de Jambire destinados à exportação. A Chanfuta tem sido muito usada para componente de acabamentos de construção principalmente escadarias e outros móveis interiores. Aparentemente a indústria de construção civil é a mais dominante no consumo de madeiras nativas no mercado local, não obstante a qualidade e estética das madeiras Moçambicanas não são apropriadas para mobiliário de luxo (Chitará, 2003).
2.3.2. Mercado internacional 
O comércio internacional é uma actividade presente no quotidiano das nações desde a antiguidade (Gelinski, 2009). No país é feita a importação e a exportação de produtos madeireiros. Em Moçambique, as importações têm estado a superar as exportações, sendo que em 2010, as importações totalizaram um valor de US$ 3.9 bilhões contra US$ 2.2 bilhões das exportações, resultando num saldo comercial negativo de US$ 1.6 milhões (Banco de Moçambique, 2011). De acordo com IPEx (2004), Moçambique importa produtos de madeira nomeadamente toros, postes, madeira serrada, parquet, painéis de partículas e de fibras, contraplacado, caixas e obras de mercearia e ou de carpintaria.
A África do sul é o maior parceiro comercial. Moçambique adquire naquele país uma grande parte de produtos madeireiros, outro importante parceiro comercial na área de madeira é Portugal e o Zimbabwe. 
Moçambique é um dos cinco principais países africanos exportadores de madeira, sendo que mais de 90% da madeira moçambicana destina-se ao mercado chinês principalmente na forma de tora (Mahanzule, 2013). DNTF (2011), salienta que, o volume de madeira serrada exportada no país, passou de cerca de 12.000 m3 em 2005, para cerca de 176.572 m3 em 2010. 
De acordo com a Direcção Nacional de Terras e Florestas (2005), a madeira de Jambire e Umbila apresentou no ano de 2004, maior contribuição nos volumes totais exportados, de 30.049 m³ e 24.229 m³ equivalentes a 41,06% e 33,11%, respectivamente. De acordo com a mesma fonte, a elevada procura destas espécies deve-se em parte à preferência por estas no mercado internacional e, por outro lado, pode ser associada à permissão por parte do Governo de exportação de até 50% do volume explorado destas espécies.
2.4. Custos e rendimentos de comercialização de madeira serrada em Moçambique 
Serra (1994), o custo de comercialização envolve os pagamentos totais incorridos no processo de comercialização da madeira serrada e representa as despesas totais requeridas para produzir tais produtos ou serviços. 
Rendimento é a remuneração ou conjunto de remunerações de um qualquer agente económico em contrapartida pela cedência de um factor produtivo por si detido para utilização no processo produtivo. São exemplos de rendimentos, os seguintes: Salário, Juros, Lucros e Rendas. 
O rendimento em madeira serrada é influenciado por diversos factores, tais como características da espécie, produtos, maquinaria, mão-de-obra e, principalmente, pelo diâmetro das toras. Além desses factores, o tratamento que é dado às toras ainda no pátio da serraria e outras decisões de como desdobrá-las são factores fundamentais para que se atinjam bons níveis de rendimento (Murara et al., 2005).
2.4.1. Serração 
Serração são indústrias de transformação de madeira redonda em madeira serrada usando máquinas, tendo como elementos principais de trabalho as serras. As serração que se ocupam exclusivamente na conversão de toros em madeira serrada apesentam como característica comum uma elevava concentração de matéria-prima para o maior fornecimento da madeira no mercado (Egas, 2000).
2.4.1.1. Condições para montagem da Serração 
Para uma serração ter um bom desempenho económico é importante que sua localização seja o mais adequada possível e toda a sua planificação posterior seja a partir desta localização. O melhor local para se instalar uma serração deve ser estudado com antecedência sendo importante se realizar uma planificação adequado objectivando diminuir o custo com mão-de-obra, com o transporte e com a produção e, ao mesmo tempo obter um alto rendimento e produtos de alta qualidade e competitivos no mercado (Vital, 2008).
De acordo com Batistad (2006), uma serração é constituída basicamente por depósito de matéria-prima, área destinada a maquinaria, local para a classificação da madeira serrada e o depósito da madeira serrada. 
2.4.2. Classificação das Serrações 
A classificação das serrações, existem na literatura diversas maneiras, as quais consideram tamanho, tipo de matéria-prima, equipamentos utilizados e produtividade. Porém, a forma mais conveniente de se classificar uma serração é através da sua capacidade de produção, caracter de instalação (fixa ou móvel) e tipo de serra principal (Egas, 2000). 
2.4.2.1. Capacidade de produção 
Quanto a capacidade de produção tem-se três tipos de serrações (Egas, 2000): 
· As pequenas, com um consumo de até 50 𝑚3 de toros por dia ou turno; 
· Médias, com consumo de 50𝑚3 a 100𝑚3 de toros por dia ou turno; e 
· Grandes, com consumo acima de 100𝑚3 por dia ou turno. 
2.4.2.2. Carácter de instalação 
Segundo Ponce (1993), as serrações ainda podem ser classificadas como serrações fixas ou móveis. 
- As serrações fixas, são aquelas instaladas em um local fixo e a matéria-prima é deslocada até a mesma. 
- As serrações móveis são unidades compactas que podem ser transportadas até a floresta de acordo com a disponibilidade da matéria-prima, e cuja vantagem é de que todo o resíduo fica no campo, isto é, somente a madeira serrada é transportada para indústria para fins de comercialização. 
2.4.3. Tipos de serra principal 
Quanto ao tipo de serra principal podem ser serra (fita e circular)
2.4.3.1. Serra Fita 
De acordo com (Oliveira et al., 2007)), serras fitas são aquelas que utilizam-se de lâminas dentadas e contínua de aço tencionado por dois volantes. A serra fita simples é o tipo de serra mais difundida entre as pequenas serrações para serragem principal. Consiste de uma única máquina com um carro porta toros a qual executa um só corte a cada avanço do carro. No retorno do carro a serra não realiza a actividade de corte, caracterizando assim o chamado recuo morto (Oliveira et al., 2007). 
A serra fita é composta por uma lâmina contínua de aço dentada que se apoia em duas polias, uma no nível superior ao do piso da serração e outra abaixo ou no mesmo nível horizontal, denominadas de volantes. Na serra fita vertical, a força motriz é aplicada no volante inferior, à medida que o toro é impulsionado contra a serra, pois este é mais pesado e move a lâmina da serra para baixo. A principal vantagem em relação às serras circulares é que possuem uma menor espessura de corte, com isso há uma menor perda de madeira na hora do corte em forma de serradura (Vital, 2008). 
2.4.3.2. Serra Circular 
A serra circular simples consiste em apenas um disco de serra na mesa, sendo esta bastante utilizada na operação de refilo. A serra circular dupla ou geminada consiste em dois discos da mesa, onde uma das serras pode ser móvel, permitindo a mudança de bitola, sendo utilizada, também, na operação de canteagem. A serra circular múltipla possui mais de dois discos permitindo vários cortes simultâneos (Rocha, 2002). As serras circulares podem ser classificadas quanto ao seu tipo com dentes fixos e dentes postiços. As serras de dentes fixos são confeccionadas com aço carbono pelo processo de estampagem, que defini o formato do dente. Já as serras de dentes postiços possuem vários modelos que são fabricados para aplicações especiais, sendo as mais usuais as serras de dentes soldados (Gonçalves, 2000). 
Como as serras circulares podem atingir maiores velocidades, podem ser utilizadas na configuração de dois eixos, permitindo a redução das dimensões dos discos da serra e, por conseguinte, a diminuição na geração de serragem e perda de madeira. As serras circulares actuam com grande eficiência na canteagem e destopo das peças, onde a espessura dos discos pode ser menor provocando uma menor geração de resíduos (Rocha, 2002).
2.4.4. Serragem da madeira 
SegundoPonce (1993), serragem é o processo no qual os toros são convertidos em produtos úteis de madeira, mediante aplicação de um ou mais processos mecânicos, que as transformam em peças menores, dando-lhes forma, tamanho e superfície requeridos para cada um de seus usos. 
Menezes (1998), afirma que a serragem é um processo eficiente e proveitoso que permite obter maior volume de material útil e valioso do toro através de processos mecânicos, de forma a satisfazer especificações de qualidade, dimensões e acabamento. É muito importante que antes de se aplicar as técnicas de serragem, seja feito uma preparação dos toros. Esta preparação envolve uma série de operações que são realizadas no pátio de toros, como o seccionamento, o descascamento e a classificação, entre outras. Apesar de esta preparação ser de fundamental importância acarreta condução das operações de serragem na serração, trata-se de operações realizadas exclusivamente no pátio de toros, considerando-se a operação de serragem somente o seccionamento ou destopo dos toros no pátio (Rocha, 2002). 
O método de serragem a ser utilizado é uma das variáveis de especial importância no rendimento em madeira serrada. Na prática, vários factores contribuem para a escolha desse método: o tipo de serras, a qualidade e as dimensões dos toros, a demanda do mercado, a habilidade do operador/equipamento, a capacidade do equipamento e a mão-de-obra disponível (Fagundes, 2003). 
2.4.4.1. Técnicas de Serragem dos toros 
Nas operações de serragem de toros, na forma de madeira serrada, são utilizadas determinadas técnicas que podem ser classificadas em: técnicas convencionais ou técnicas modernas. 
· Técnica convencional de serragem dos toros é um processo muito lento, onde a trajectória do toro e das peças serradas, dentro da serração, é pouco automatizada, em função da variabilidade da matéria-prima, o que resulta em baixa produção e eficiência. A escolha do método de serragem pelo qual os toros serão processados depende da experiência e do bom senso dos operadores e, na grande maioria dos casos, a decisão é aleatória (Rocha, 2002). 
· Técnicas modernas, implica num processo rápido. A trajectória do toro e das peças serradas dentro da serração é realizada com grande automatização e por isso, exige homogeneidade da matéria-prima, gerando alta produção com elevada eficiência. Tais técnicas são utilizadas para a serragem de madeiras de baixo custo e homogêneas, ou seja, madeira de plantações florestais. Desta forma, o baixo custo também do produto final é compensado pela elevada produção da indústria (Rocha, 2002). 
2.4.5. Etapas de Serragem 
De acordo com Rocha (2002), a serragem dos toros e subdividido em duas etapas que são: (serragem principal e secundaria), onde à: 
2.4.5.1. Serragem principal 
É realizada com equipamentos pesados e demandam uma grande quantidade de energia, onde sua principal função é reduzir o tamanho dos toros em peças de fácil trabalhabilidade as quais serão serradas novamente em operações secundárias. Segundo o autor, na serragem principal, os toros podem ser transformadas em blocos, semi-blocos, pranchões, pranchas, tábuas ou quando realizado o destopo ainda no pátio de toros, toros de comprimento menor. Normalmente, nesta serragem as serras são classificadas como serras alternativas ou de quadro, serras de fita, serras circulares e serras destopadeiras. 
2.4.5.2. Serragem secundária 
É realizada logo após a serragem principal. É nessa etapa que as peças têm o seu tamanho reduzido ou até mesmo adquirem seu tamanho final. As serras circulares são as mais utilizadas para a serragem secundária. Em algumas operações, é comum o uso de serras fitas de pequeno porte. As operações de serragem secundária são dividas em: resserragem, onde a espessura da peça que saiu da serragem principal é diminuída, geralmente feita por serras circular duplas; de seguida as peças são levadas para a cateador, onde diminui-se a largura das peças; destopo, onde as peças ganham seu comprimento final com a retirada de defeitos das extremidades das peças; e o reaproveitamento, que é a operação de serragem de peças já consideradas resíduos (Rocha, 2002).
3. METODOLOGIA
3.1. Descrição da área do Projecto
3.1.1. Localização, Superfície e População
O distrito de Mocuba localiza-se na parte central da Província de Zambézia, fazendo limite com os distritos de Lugela e Errego ao Norte; Maganja da Costa a Este; Namacurra e Morrumbala a Sul e Milange a Oeste (MAE, 2005).
Todas estas condições criam possibilidades para elevar a região de Mocuba a um nível que permite identificá-la como um pólo de desenvolvimento económico e social e de incremento dos distritos limítrofes sob sua influência. Com uma superfície1 de 8.733 km2 e uma população recenseada em 1997 de 214.748 habitantes e estimada, à data de 1/1/2005, em 279.483 habitantes, o distrito de Mocuba tem uma densidade populacional de 31.8 hab/km2 (MAE, 2005).
Figura 1: Mapa de localização da área de actuação do Projecto
3.1.2. Clima, Relevo e Solos
O clima do distrito, segundo a classificação climática de Thorntwaite, é do tipo sub-húmido (sub-tropical), sendo influenciado pela Zona de Convergencia Inter-Tropical, determinando o padrão de precipitação, com a estação chuvosa de Dezembro a Fevereiro, associado a outras depressões que condicionam o estado do tempo nas duas estações, chuvosa e seca. Resulta de Novembro a Fevereiro um tempo quente e húmido e de Marco a Outubro um tempo seco e fresco, por vezes com precipitações irregulares (MAE, 2005).
A precipitação média anual varia de 850 mm na estação de Chingoma, a 1.300 mm na estação de Malei, a sul da Cidade de Mocuba, e cerca de 1.175 mm na estação climática de Mocuba. 
Para a estação de Mocuba, as probabilidades de ocorrência de chuva durante a época chuvosa são altas e muito regulares de Novembro a Fevereiro, mostrando alguma variabilidade quer no inicio, mês de Novembro, e no fim do período chuvoso, de Abril a Julho, período de transição para a estação seca. Em Agosto e Setembro, o padrao e novamente regular mas com chuvas quase inexistentes (MAE, 2005).
A temperatura média mensal varia entre 20 e 27ºC, com a temperatura máxima variando de 27 a 35ºC, e a mínima de 15 a 22ºC. A amplitude térmica mensal varia de 10 a 16ºC. O período mais quente estende-se de Outubro a Fevereiro, sendo os meses mais frios Junho, Julho e Agosto. As temperaturas altas nos meses de Outubro e Novembro associados ao inicio irregular da estação chuvosa normalmente resulta na perda da primeira sementeira (MAE, 2005). 
Quanto aos solos, o distrito e caracterizado pela ocorrência de solos vermelhos argilosos, moderadamente profundos a profundos, das planícies, solos argilosos pretos dos vales largos onde eventualmente dominam condições hidromorficas, solos arenosos (invariavelmente) na planície ou vales em terreno desenvolvido nas rochas acidas, variando a cor de vermelho (nos topos e declives), branco (nas partes altas e medias dos vales), amarelos (nas declives onde o lençol freatico se encontra mais perto da superfície), a cinzentos, acinzentados escuros e pretos (fundo dos vales) (MAE, 2005).
3.2. Técnicas
O projecto pretende produzir e comercializar pranchas como produto principal do desdobro da madeira das espécies de Chanfuta e Jambire na Província do Niassa. O projecto conta com uma serração classificada como sendo de pequena escala e com uma produtividade dia de no máximo 50 . As pranchas serão comercializadas nos mercados locais, nacionais e internacional, permitindo a utilização para diversos fins, desde do uso para construção civil, produção de mobiliários entre outros fins.
A matéria-prima para a produção das pranchas (Toros) serão adquiridas no Mercado nacional pelos explorados de licença simples ou concessões florestais. Apôs a chegada da matéria-prima na unidade de produção, o produto será direccionada ao pátio de toras e de seguida será dirigida ao processamento.
As toras processadas terão diâmetros máximos de 1,8 m e comprimento máximo de 6 m. O produto principal é madeiradesdobrada na forma de pranchas de 3 m x 20 cm x 3 cm. No entanto, outros produtos como blocos, vigas, vigotes, caibros e ripas fazem parte do mix de produção.
3.2.1. Taxa Mínima de Atractividade – TMA 
A taxa de juros (Taxa Interna de Retorno) que o valor investido deve proporcionar, deve ser superior a uma taxa prefixada. Essa taxa de juros prefixados é chamada de Taxa Mínima de Atractividade – TMA (Hirschfeld, 1998). Para este projecto, a TMA utilizada para descontar os valores do fluxo de caixa será de 12% a.a. (taxa mínima estimada, que leva em consideração o percentual de remuneração do capital investido, acompanhada da taxa de risco estimada para o sector florestal). O horizonte de planeamento adoptado será de quinze anos, em função da vida útil dos equipamentos. Entretanto, ocorrerão reinvestimentos no quinto e décimo ano de alguns bens que possuem vida útil de 5 anos.
3.2.2. Determinação dos Custos
Os preços utilizados para mensurar os custos no presente projecto são preços médios tomados no mercado local do presente projecto. Os custos da madeira em tora são dados sobre produção sustentável pertinentes ao plano de maneio da Floresta. Foram desconsiderados os valores com o reaproveitamento de resíduos dado o baixo preço da madeira no pais. Utilizou-se apenas 1 turno de trabalho devido o tempo diário gasto com ajuste e revisão de máquinas e afiação de serras e fitas.
3.2.3. Investimento
Para o desenvolvimento do trabalho, optou-se por uma serração de pequeno porte (vida útil: 5 anos), em função das necessidades de se avaliar as perspectivas da viabilidade económica de um alto investimento na indústria florestal primária para a região. O capital de giro considerado nesse projecto é aquele no qual é imobilizado com a compra da madeira para serragem.
3.2.4. Custo Fixo Total
É toda forma de remuneração ou bónus devido à manutenção dos recursos fixos, existindo mesmo que a empresa não esteja produzindo. A determinação do custo fixo, composto pelos seguintes itens:
· Salário (Sa): Contempla a remuneração dos funcionários.
· Encargos Sociais (ES): São os custos de 13º salário, férias e FGTS.
· Custo Administrativo (CA): Custos indirectos, como salários do gerente, secretária e outros que não possuem vínculo directo com a produção.
· Despesa Administrativa (DA): Compreende os custos de contabilidade, materiais de escritórios, telefone, fax e outros.
· Depreciação (De): Para o cálculo de depreciação, foi utilizado o critério de depreciação linear.
· Juros e Risco: os custos de juros e risco considerados neste estudo estão incorporados ao VLP, cuja taxa utilizada para actualização das cifras monetárias compreende um percentual de remuneração do capital investido adicionado de um a taxa de risco, estimada para o sector florestal.
3.2.5. Custo Variável Total
O custo variável total necessariamente se altera com as variações de produção. A metodologia utilizada para determinar o custo variável, que é composto pelos seguintes itens:
· Energia Eléctrica (Ee): São os custos com o consumo de energia eléctrica.
· Água (Ag): Compreende os custos com o consumo de água para a lubrificação e limpeza das serras fitas.
· Combustível (Co): Representa os custos com o uso das máquinas como descarregadeira, empilhadeira e veículo.
· Lubrificante (Lub): Compreende os gastos com lubrificantes e graxa que os equipamentos, máquinas e veículo terão no decorrer do ano.
· Manutenção (Ma): Contempla os custos com prováveis manutenções que todos bens móveis e imóveis terão no decorrer de sua vida útil.
· Pneu (Pn): Representa os custos que os tractores, máquinas, carregador, descarregador e camionete terão com gasto de pneu no decorrer do ano.
· Matéria-prima (MP): São os custos da compra de toras para o desdobro.
3.3. Económica
A agricultura é a actividade dominante e envolve quase todos os agregados familiares. O distrito de Mocuba possui enormes potencialidades de recursos naturais (ago-pecuários, florestais, pesqueiros, minerais), artístico-culturais e de turismo, cujo nível de exploração ainda é baixo, colocando-o numa situação de menor grau de desenvolvimento socio- económico.
As condições naturais favoráveis, tais como, solos férteis, pluviosidade razoável, garantindo humidade do solo durante a maior parte do ano, a abundância da rede hidrológica, conferem um alto potencial agrícola e tornam o distrito de Mocuba num autêntico celeiro e reserva de produtos de consumo da província.
A pecuária reveste-se de capital importância para a economia do distrito de Mocuba, pois o potencial natural existente concorre para que se desenvolva rapidamente, contribuindo para a criação de postos de emprego e produção de proteína animal. A actividade pecuária é praticada pelo sector familiar e empresarial, principalmente na criação de gado caprino, bovino, suíno e galináceos.
O fomento pecuário no distrito tem sido fraco. Porém, dada a tradição na criação de gado e algumas infra-estruturas existentes, verificou-se algum crescimento do efectivo pecuário.
O distrito é rico em espécies nativas produtoras de madeiras preciosas e tem grande potencial silvícola. As principais espécies de madeira são: Mucarala, Umbila, Chanfuta, Jambire, Muroto, Pau-Ferro, Mondzo, Mucarala. O desflorestamento e a erosão de solos são problemas que afectam sobremaneira o distrito de Mocuba. A lenha é a fonte de energia mais utilizada para a confecção de alimentos.
A caça e a pesca são também recursos de que o distrito dispõe para enriquecimento da dieta das famílias. A fauna bravia do distrito é referida como tendo potencial para a caça comercial e para o turismo. Existe uma vasta gama de animais selvagens destacando-se dentre eles os leões, leopardos, coelhos, macacos, gazelas, javalis e changos.
3.4. Ambiental
3.5. Social
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Análise da viabilidade económica do projecto
Como forma de perceber ate que ponto o investimento deste projecto pode representar uma viabilidade económica ao ponto se suprir as despesas em todo o processo e ciclo de produção. Para tal foram feitas análises sobre a viabilidade económica, viabilidade Ambiental, Ciclo de vida e viabilidade social.
4.1.1. Investimento
O investimento necessário para a instalação da serração será necessário 6,000,000.00 Mts valor este a ser obtida por meio de empréstimo bancário no banco BCI associado a uma taxa de juros de 12% com um retorno de 5 anos contando desde do momento da aquisição do valor.
4.1.2. Custos
Para a análise da viabilidade económica do presente projecto, recorreu-se na demostração de tosos os custos usados para a produção do produto final, a ser são demostrados as análises económica.
Tabela 1: Custo de Implementação/investimento do projecto
	#
	Itens
	Quant…
	Preço
	Custo Total
	Taxa
	Amortização
	Instalações
	Edifício
	1
	50,000.00
	50,000.00
	5
	2,500.00
	
	Fonte de água
	1
	2,000.00
	2,000.00
	5
	100.00
	
	Serração (serra móvel)
	1
	1,200,000.00
	1,200,000.00
	16.66
	199,920.00
	
	Armazém
	1
	45,000.00
	45,000.00
	5
	2,250.00
	
	Subtotal
	
	
	1,297,000.00
	
	204,770.00
	Equipamento
	Equipamentos/Individual
	20
	2,500.00
	50,000.00
	10.00
	5,000.00
	
	Acessórios/Motosserra
	4
	2,500.00
	10,000.00
	12.60
	1,260.00
	
	Camião
	1
	400,000.00
	400,000.00
	10.00
	40,000.00
	
	Serra - Fita
	8
	55,000.00
	440,000.00
	10.00
	44,000.00
	
	Paquímetro
	2
	1,500.00
	3,000.00
	5.00
	150.00
	
	Fita-métrica (50m)
	1
	500.00
	500.00
	5.00
	25.00
	Subtotal
	
	903,500.00
	
	90,435.00
	Total
	
	
	
	2,200,500.00
	
	295,205.00
A tabela 1 acima, mostra que para a instalação das infra-estruturas do projecto com um custo de 1,297,000.00 MTs refentes construção de Edifício, Fonte de água, Serração (serra móvel) e Armazém, associado a uma taxa de amortização de 204,770.00 MTs. Quanto aos gastos com equipamentos, acessórios, serras, camião para circulação e distribuição da matéria-prima e do produto, o custo este estimado em 903,500.00 MTs com uma amortização de 90,435.00 MTs. Com base nestes custos associados a instalações e equipamentos o custo esta estimada em 2,200,500.00MTs e uma amortização de 295,205.00 MTs, o valor da amortização será descontada do custo total de investimento.
Tabela 2: Custos operacionais
	Itens
	Quant…
	Custo unitário
	Custo total
	Energia eléctrica
	
	20,000.00
	20,000.00
	Combustível (litro)
	100
	90.00
	9,000.00
	Lubrificantes (litro)
	30
	1,200.00
	36,000.00
	Pneus
	10
	1,200.00
	12,000.00
	Matéria-prima (m3)
	50
	25,000.00
	1,250,000.00
	Serras-fita
	10
	20,000.00
	200,000.00
	Total
	
	67,490.00
	1,527,000.00
Custos operacionais são custos associados directamente com a operacionalização e realização das actividades, na qual na ausência dos mesmos não há como ter uma produtividade económica. A tabela 2 a cima referente a custos operacionais foi estimada em 1,527,000.00 MTs, custos estes associados com a aquisição de Combustível (litro), Lubrificantes (litro), Pneus, Matéria-prima (m3), Serra-fita e pagamento de Energia eléctrica.
A empresa numa fase inicial conta com 16 trabalhadores permanentes para realizar as suas actividades de produção, em algumas actividade serão necessário aumentar a mão-de-obra havendo a necessidade de aumentar a mão-de-obra (sazonais temporários) de forma a aumentar a eficiência nas actividades, quanto ao pagamento dos trabalhadores permanentes verifica-se na tabela abaixo.
Tabela 3: Custo de pagamento de trabalhadores
	Trabalhadores
	Quant…
	Salario
	Subsidio
	Salario
Bruto
	INSS (3%)
	INSS
(4%)
	Total
Desconto
	Salario
Liquido
	Eng.Florestal
	1
	8,000.00
	800.00
	8,800.00
	264.00
	352.00
	616.00
	8,184.00
	Técnico
	2
	6,500.00
	400.00
	7,300.00
	219.00
	292.00
	511.00
	6,789.00
	Sazonais
	6
	4,200.00
	1,200.00
	16,200.00
	486.00
	648.00
	1,134.00
	15,066.00
	Motorista
	2
	6,800.00
	500.00
	7,800.00
	234.00
	312.00
	546.00
	7,254.00
	Gestor-RH
	1
	7,200.00
	650.00
	7,850.00
	235.50
	314.00
	549.50
	7,300.50
	Segurança
	2
	5,500.00
	450.00
	6,400.00
	192.00
	256.00
	448.00
	5,952.00
	Total
	14
	38,200.00
	4,000.00
	54,350.00
	1,630.50
	2,174.00
	3,804.50
	50,545.50
A tabela 3 acima estão a presentados os custos associados a remuneração salarial dos trabalhadores. Como proposta a ser sugerida para contabilização da mão-de-obra, conforme demonstra a tabela 3, com base nas técnicas do sistema de custos por absorção, segue a forma contabilística para apropriação dos custos mensais com funcionários. O salário base de acordo com as categorias de empregabilidade é de 4.200 MTs, e como na fase inicial a empresa contara com 14 colaboradores, o total é de 38,200.00 MTs. Tendo como desconto o pagamento do INSS (3 e 4%) num total de 3,804.50 MTs. O gasto com a mão-de-obra do mês esta estimado em 50,545.50 MTs e anual mente estima-se que o custo da mão-de-obra durante 1 ano é de 606,546.00 MTs
4.1.3. Receitas
Para a determinação das receitas a serem obtidas no presente projecto foram determinados o preço de venda das pranchas e de seguida estimada as receitas, o custo pela produção e o lucro esperado pelas vendas.
Tabela 4: Estimativa do preço de venda
	Designação
	Preço unitário
	Margem de lucro
	Preço de venda
	Chanfuta (m3)
	350.00
	0.32
	462.00
	Jambire (m3)
	300.00
	0.3
	396.00
A tabela 4 apresenta os preços de venda de prancha para cada espécie, onde o preço unitário foi determinado de acordo com a média dos preços obtidos nos últimos 5 anos, onde as pranchas de Chanfutas serão comercializadas a um preço unitário de 350 Mts e com uma margem de lucro de 32% sedo obtido desta feita o preço de venda de 462.00 MTs e 396.00 MTs para jambirre.
Tabela 5: Estimativa de Venda de Pranchas de Chanfuta
	Chanfuta (m3)
	Unitário
	Diário
	Semanal
	Mensal
	1
	2
	3
	Quantidade
	1
	100.00
	600.00
	2,400.00
	28,800.00
	34,560.00
	41,472.00
	Receita
	462.00
	46,200.00
	277,200.00
	1,108,800.00
	13,305,600.00
	15966720
	19160064
	Custo
	350.00
	35,000.00
	210,000.00
	840,000.00
	10,080,000.00
	12096000
	14515200
	Lucro
	112.00
	11,200.00
	67,200.00
	268,800.00
	3,225,600.00
	3,870,720.00
	4,644,864.00
Tabela 6: Estimativa de Venda de Pranchas de Jambire
	Jambire (m3)
	Unitário
	Diário
	Semanal
	Mensal
	1
	2
	3
	Quantidade
	1
	100.00
	600.00
	2,400.00
	28,800.00
	34,560.00
	41,472.00
	Receita
	396.00
	39,600.00
	237,600.00
	950,400.00
	11,404,800.00
	13,685,760.00
	16,422,912.00
	Custo
	300.00
	30,000.00
	180,000.00
	720,000.00
	8,640,000.00
	10,368,000.00
	12,441,600.00
	Lucro
	96.00
	9,600.00
	57,600.00
	230,400.00
	2,764,800.00
	3,317,760.00
	3,981,312.00
Nas tabelas 5 e 6 estão apresentados as estimativas de venda de pranchas para as duas espécies a serem comercializadas. Durante os primeiros três anos o projecto ira disponibilizar uma quantidade de 57,600.00 Pranchas com uma receita de 24,710,400.00 MTs, um custo de 18,720,000.00 MTs e um lucro estimado em 5,990,400.00 MTs/ano, no segundo, terceiro e quinto ano a renda estima-se em 7,188,480.00 MTs,	 8,626,176.00 MTs e	12,421,693.44 MTs, respectivamente.
4.1.4. Mapa de demostração de Resultados
Tabela 7: Fluxo de caixa
	Designação
	1 Ano
	2 Ano
	3 Ano
	4 Ano
	5 Ano
	Quantidade a Produzir
	57,600.00
	69,120.00
	82,944.00
	99,532.80
	119,439.36
	Receitas/ Vendas
	24,710,400.00
	29,652,480.00
	35,582,976.00
	42,699,571.20
	51,239,485.44
	C,OPR (-)
	1,507,000.00
	20,736,000.00
	6,582,432.60
	8,886,283.80
	11,996,483.20
	R. Bruta
	23,203,400.00
	8,916,480.00
	29,000,543.40
	33,813,287.40
	39,243,002.24
	Mão-de-obra
	1,435,200.00
	1,435,200.00
	1,435,200.00
	1,435,200.00
	1,435,200.00
	Salario Administrativo
	1,361,088.00
	1,361,088.00
	1,361,088.00
	1,361,088.00
	1,361,088.00
	RAJI
	20,407,112.00
	6,120,192.00
	26,204,255.40
	31,016,999.40
	36,446,714.24
	Juros (-)
	63,045.51
	52,718.82
	41,359.45
	28,864.15
	15,119.32
	RAI (-)
	20,344,066.49
	6,067,473.18
	26,162,895.95
	30,988,135.25
	36,431,594.92
	IRPC (10%)
	2,034,406.65
	606,747.32
	2,616,289.59
	3,098,813.53
	3,643,159.49
	RL
	18,309,659.84
	5,460,725.86
	23,546,606.35
	27,889,321.73
	32,788,435.43
Observando a tabela 6 a cima, o projecto a presnta uma receita liquida positiva em todos os anos podendo desta feita assumir que o projecto e viável, isto a quantidade de pranchas a ser produzida e as receitas geradas, os custos operacionais, a mao-de-obra, o salario administrativo proporcionam uma receita liquida positiva nos periodo de avaliação os 5 anos, os valores estao estimados em 18,309,659.84 MTs,	5,460,725.86 MTs,	23,546,606.35MTs,	27,889,321.73 MTs e 32,788,435.43 MTs referentes ao 1, 2, 3, 4 e o 5 ano, respectivamente.
4.1.5. Análise da viabilidade económica
Tabela 8: Viabilidade económica
	Ano
	Factor de Disconto
	Cash Flow (RL)
	VP Cash Flow
	1.00
	0.89
	18,309,659.84
	16,347,910.57
	2.00
	0.80
	5,460,725.86
	4,353,257.23
	3.00
	0.71
	23,546,606.35
	16,760,009.31
	4.00
	0.64
	27,889,321.73
	17,724,168.15
	5.00
	0.57
	32,788,435.43
	18,605,038.82
	∑VP CASH Flow
	
	
	73,790,384.07
	(- I0)
	
	
	6,000,000.00
	VPL
	
	
	67,790,384.07
	TIR
	
	
	0.15
	Play Back
	
	
	0.26
De acordo com a tabela 8 acima, podemos considerar que o projecto é viável, visto que aplicando uma taxa de juro de 12% o VPL é maior que zero (67,790,384.07). Para a determinação do TIR foi necessário aumentar a taxa de juro para 18% onde obteve-se a taxa mínima de atractividade de retorno (TMAR) igual a 15 % tornando ainda o VPL positivo, tornando desse modo a taxa interna de retorno (TIR) para o projecto igual a 15%. O PAY BACK representa o período necessário para recuperarmos o capital investido no projecto, sendo que no projecto o período necessário esta estimada em 2 meses e 06 dias, isto olhando para uma comercialização e receitas perfeitas num mercado perfeito.
4.2. Análise de viabilidade Ambiental
Como forma de garantir a viabilidade ambiental do presente projecto serão desenhados um plano de gestão ambiental onde nele irão constar todas as informações referente aos impactos ambientais que o projecto ira causar e as suas respectivas formas de mitigação. 
O Plano de Gestão Ambiental contém instruções que permitem ao proponente, a integrar no processo de implementação do projecto da serração as questõesambientais que decorrem do Estudo de Impacto Ambiental. O cumprimento destas instruções é da responsabilidade do proponente.
 O projecto terá de assegurar que a construção e operação do Projecto Florestal sejam efectuadas de acordo com as recomendações na lei ambiental vigente no pais. O projecto terá de comprometer-se a realizar o seu trabalho de forma a respeitar a comunidade local reduzindo desta forma os impactos causados pelo ruido das maquinas e da circulação de viaturas contendo a matéria-prima e distribuidoras, a os resíduos gerados pela serragem da madeira, tais como a serradura, a poeira, as costaneiras, os cavacos e as cascas de modo a garantir a segurança e o bem estar das comunidades e o ambiente.
4.3. Análise de Ciclo de vida
O projecto consisti na implantação de uma indústria de Serragem de madeira na de para suprir a demanda de madeira a ser aplicado em diferentes fins, dos quais a na construção civil, produção movelaria entre outros fins.
Para a produção de Prancha a matéria-prima a ser utilizada será proveniente das floresta nativa na qual será adquirida por terceiros, será utilizada a espécies de Chanfuta e Jambire obtida por uma exploração de impactos reduzido, opôs a obtenção dos toros será levado para uma serração de modo a obter as pranchas e de seguida levada para o mercado onde será comercializada com tamanhos e formas diversificada. 
Os Impactos gerados e GEF ao longo do ciclo de vida da Serração, apos a obtenção da matéria-prima, seguem a faze de desdobro dos toros, nesta faze são gerados impactos relacionados a ruido da Serração e na circulação de camiões, deposição de óleo, lubrificantes e gasolina. No processo de Manufacturação serão gerados resíduos de serraduras, cascas, costaneiras e cavacos com diferente granulometria/ tamanho, usso excessivo de energia na serra principal, poluição do meio ambiente pelo acumulo execissivo da serradura, consumo excessivo da agua, doenças pulmonares devido ao consumo do po da serragem e problemas nos olhos, incêndios . 
De modo a minimizar o GEF no processo de produção da mesa podemos fazer o reaproveitamento dos resíduos, costaneiras, cavacos e serradura para a produção de energia (combustível e produção de carvão artificial).
4.4. Análise de viabilidade social
A partir da informação socioeconómica, a ser recolhida para a caracterização da situação de referência, forão identificados os impactos potenciais positivos e negativos do Projecto sobre o meio socioeconómico. Como impacto possito o projectro na área de influencia ira contribuir com o desenvolvimento do local e a circulação de capital do distrito agregando mais valores a nossa moeda nacional e a madeira a ser comercializada, associando isto a na criação de opurtinadades de empregabilidade da comunidade.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nos resultados observados na análise da viabilidade do projecto podemos considerar que o projecto é viável, visto que aplicando uma taxa de juro de 12% o VPL é maior que zero (67,790,384.07). Para a determinação do TIR foi necessário aumentar a taxa de juro para 18% onde obteve-se a taxa mínima de atractividade de retorno (TMAR) igual a 15 % tornando ainda o VPL positivo, tornando desse modo a taxa interna de retorno (TIR) para o projecto igual a 15%. O PAY BACK representa o período necessário para recuperarmos o capital investido no projecto, sendo que no projecto o período necessário esta estimada em 2 meses e 06 dias, isto olhando para uma comercialização e receitas perfeitas num mercado perfeito.
O ciclo de vida da Serração, apos a obtenção da matéria-prima, seguem a faze de desdobro dos toros, nesta faze é gerado impactos relacionados a ruido da Serração e na circulação de camiões, deposição de óleo, lubrificantes e gasolina. No processo de Manufacturação serão gerados resíduos de serraduras, cascas, costaneiras e cavacos com diferente granulometria/ tamanho, usso excessivo de energia na serra principal, poluição do meio ambiente pelo acumulo excessivo da serradura, consumo excessivo da agua, doenças pulmonares devido ao consumo do pó da serragem e problemas nos olhos, incêndios. 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Autor: NIQUICE, Clara Joaquim 	Página 32

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