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Metafísica da Saúde Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Esp. Heloise Maragno de Oliveira Revisão Textual: Prof. Me. Luciano Vieira Francisco Navegando pela Metafísica Navegando pela Metafísica • Compreender os termos utilizados e fazer uma construção coerente sobre os conceitos a serem trabalhados. OBJETIVO DE APRENDIZADO • O que Significa Metafísica? • O que é Saúde? • Refletindo sobre Saúde e Doença; • O que é Metafísica da Saúde? UNIDADE Navegando pela Metafísica O que Significa Metafísica? Entre os anos 384 e 322 antes de Cristo (a.C.) havia um cidadão grego chamado de Aristóteles, filósofo, discípulo de Platão, que escreveu 14 obras sobre a filosofia primeira, que mais tarde ficaria conhecida como Metafísica. Figura 1 – Estátua representando Aristóteles; Aristotle statue located at Stageira of Greece (birthplace of the philosopher) Fonte: Wikimedia Commons A filosofia primeira estudava o movimento anterior, ou seja, procurava entender como os entes se formam, a raiz de tudo, sem se ocupar de divisões, cisões, indepen- dentemente das especificidades e dos recortes que dariam origem aos campos de conhe- cimento (BRASIL ESCOLA, 2019). Aristóteles definia a filosofia primeira como uma ciência geral sobre tudo, que estuda “o ser enquanto ser”. Defendia não ser possível separar o mundo inteligível do tangível devido ao que há em comum na natureza de tudo o que é. Diferente das outras ciências e filosofias, é abrangente e universal e o seu foco não está apenas nos objetos sensoriais. Tudo o que está em volta do ente estudado, o que não é visível, como a sua origem, por exemplo, é considerado (PARABÓLICA, 2019). O termo Metafísica foi cunhado tempos depois, no século I a.C., por Andrônico de Rodes, que organizou os tratados de Aristóteles sobre a filosofia primeira. Metafísica, palavra de raiz grega, significa “meta”, além, enquanto física “physis”, física ou natureza (EXPRESSO FILOSOFIA, 2018). 8 9 Metafísica é a Ciência que estuda a origem, causa dos aspectos apresentados na vida real, no que chamamos de realidade, o que os nossos cinco sentidos são capazes de captar. Trata da essência das coisas. O ser verdadeiro das coisas, apesar das aparências que possam ter ou das mudanças que possam acontecer (CANAL AQUINATE, 2018). Rediscutida até hoje e não muito facilmente entendida, a Metafísica procura chegar à compreensão do que vai além das percepções sensoriais. Para Aristóteles era o estu- do da natureza primeira das coisas, do “algo” que tudo o que existe tem em comum. Por essa razão, refere-se a uma ciência que tem em vista o entendimento dos traços abrangentes e universais dos entes – e não de forma particular, como as outras ciências (PARABÓLICA, 2019). “Olho ente, enquanto ente, do modo como ele é, o mais elementar de tudo, o princípio e o fim de tudo” (FREIRE, 2020). Para Aristóteles a filosofia primeira não é o estudo mais útil, no sentido da vida prática, mas nenhum estudo lhe é superior ou mais elevado, já que diz respeito à essência, origem, ao princípio elementar de tudo. Trata de “causalidade” e “fim último das coisas”, o que posteriormente deu origem à teologia natural que parte da razão, da Filosofia – e não de uma revelação especial (FREIRE, 2020). Aqui é importante explicar o que é o “ente” para a Filosofia. “Ente é tudo aquilo de que falamos, aquilo a que, de um modo ou de outro, nos referimos; Ente é também o que e como nós mesmos somos” (SÓ FILOSOFIA, 2021). Desse modo, tendo em conta a peculiaridade da abordagem metafísica que difere da efetuada pelo matemático ou pelo físico, pode-se dizer que esta (a Metafísica) se ocupa da existência, mas não dos existentes no que eles têm de particular, ou seja, este ou aquele existente. (BARNES, 1995 apud DUTRA; IBERTIS, 2003) Aristóteles entendia que para a compreensão do ser geral era fundamental buscar a causa primeira (origem) dos efeitos, ou seja, de tudo o que existe. Assim, elaborou a teoria das 4 causas, que são: • Material: Diz respeito à matéria do que o ente é feito; • Formal: Diz respeito à forma, ao que o ente representa; • Final: Qual a finalidade, para que o ente serve; • Eficiente: Quem foi o responsável pela criação do ente (BRASIL ESCOLA, 2019). Além disso, diferenciou ato de potência, sendo ato o que o ente é no momento em que se está dizendo sobre ele, e potência o que o ente poderá vir a ser (BRASIL ESCOLA, 2019). Pela teoria das 4 causas, pretendia explicar a natureza de Deus e estabelecer a relação de tal natureza com o mundo em que vivemos (BRASIL ESCOLA, 2019). Por algum tempo, a metafísica de Aristóteles permaneceu sem grandes modificações, até o período medieval, quando entrou em cena Tomás de Aquino (1225-1274), filho caçu- la de uma família nobre, um filósofo do período escolástico que reintroduziu a Metafísica no contexto erudito. A contribuição para a Metafísica de Aristóteles foi o conceito de participação, explicando o ser não criado e criado, organizando o pensamento aristotélico, colocando os conceitos a serviço da fé e de dogmas católicos (COSTA, 2020). 9 UNIDADE Navegando pela Metafísica Figura 2 – Tentação de São Tomás de Aquino (detalhe), Diego Velázquez, Museu Diocesano de Orihuelax Fonte: Wikimedia Commons Para Tomás de Aquino era preciso partir da experiência prática, sensível para se alcançar o conhecimento intelectual. Assim, para se chegar à iluminação divina era necessário enten- der os efeitos de Deus no mundo prático, retomando o princípio de causalidade. Com base no princípio de causa e efeito, elaborou as 5 vias que provam a existência de Deus, sendo que toda a estrutura do mundo é efeito de uma causa superior (BRASIL ESCOLA, 2018), as quais se conhecerá a seguir: • Motor imóvel: Supõe-se que o Universo todo está em movimento, que há uma causa anterior a todo movimento; então, o ponto zero seria o primeiro motor imóvel, que por nada foi movido, mas foi a causa do primeiro movimento; • A primeira causa eficiente: Efeito do motor imóvel. A primeira de todas as causas que desencadeou todos os efeitos subsequentes; • Ser necessário e seres possíveis: Tudo o que é um dia não foi, é o movimento de não existe e passa a existir. Segundo Tomás de Aquino, é impossível a existência de algo partindo do nada. Há um ser necessário que deu origem a todos os outros seres; • Graus de perfeição: Há um grau máximo de perfeição e uma hierarquia: de Deus a anjos, santos, humanos, animais, plantas a minerais; • Governo supremo: Há uma ordem no Universo. Tudo tem sua importância, o seu lugar, o seu papel e tudo é governado por algo (BRASIL ESCOLA, 2018). A partir do século XV, na Idade Moderna, muitas ideias foram formuladas sobre a Meta- física. Enquanto os filósofos racionalistas, tal como René Descartes (1596-1650), defendiam que a razão é o guia para se buscar a verdade, influenciados por Platão, foram questionados pelos filósofos empiristas, tais como John Locke (1632-1704) e David Hume (1711-1776), os quais argumentavam que a maneira mais adequada de se buscar a verdade é a sensorial, o empirismo, através da própria experiência (PARABÓLICA, 2019). No século XVIII, Immanuel Kant (1724-1804) propôs uma revolução à Filosofia. Dire cionou a Metafísica ao estudo do humano (PARABÓLICA, 2019). Sugeriu uma nova forma 10 11 de pensamento, introduzindo a metafísica dos costumes: um tratado sobre a ética. Trazendo conceitos e ideias universais, mencionava a filosofia prática, sustentando a ética como dever universal, com práticas e ações válidas em qualquer situação, algo que não pode ser mudado (BRASIL ESCOLA, 2019). Figura 3 – Immanuel Kant (de 22 de abril de 1724 a 12 de fevereiro de 1804) foi um fi lósofo alemão e fi gura central na Filosofi a Moderna Fonte: Getty Images Atualmente, a Metafísica está inserida e é discutida em diversas áreas do conheci- mento, tais como Psicanálise, Psicologia, Saúde etc. (PARABÓLICA, 2019). O que é Saúde? Quando refletimos sobre saúde, fazemosassociação a um estado de ausência de doença. Pensamos no funcionamento perfeito de todos os órgãos, sistemas e tecidos do corpo, na não necessidade de consumir remédios ou no estado de equilíbrio que o corpo assume quando se faz algum tratamento com medicamentos, fisioterapia, cirurgia ou correlatos. Mas será que isso é realmente saúde? No dicionário on-line Priberam (2021) encontramos as seguintes definições: • sa·ú·de (latim salus, -utis) – substantivo feminino. » Estado de bem-estar e equilíbrio físico, mental e psicológico ; » Robustez; vigor. Nas definições do Oxford Languages ([20--]) do Google encontramos o seguinte: Saúde – substantivo feminino 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital ; 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 11 UNIDADE Navegando pela Metafísica Já para a Organização Mundial da Saúde (OMS) (2021): Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade (Preâmbulo da Constituição da OMS, conforme adotado pela Conferência Internacional de Saúde, Nova Iorque, 19 de junho a 22 de julho de 1946; assinada em 22 de julho de 1946 pelos representantes de 61 Estados) (Official Records of WHO, n. 2, p. 100) e entrou em vigor em 7 de abril de 1948. A definição não foi alte- rada desde 1948. Ao longo da história a definição de saúde vem se baseando no contexto social, econô- mico, político, cultural e religioso de cada época e sociedade. Assim, ser saudável teve diferentes enfoques ao longo dos tempos (SCLIAR, 2007). Do mesmo modo, a doença também representava diferentes estados de desequilíbrio, podendo ser resultante de transgressões na relação com a natureza, de ira de deuses e entidades espirituais, ou de fatores ambientais, hereditariedade, desequilíbrios mentais etc. (FONSECA, 2015). O fato é que saúde não é o oposto de doença e vice-versa, nem em nível individual, nem coletivo. Muitas vezes um indivíduo que convive com alguma patologia, considera-se bem, disposto, hábil a contribuir com o coletivo; enquanto outro considerado saudável, no sentido de ausência de doença, não se vê disposto a viver (ALMEIDA FILHO, 2000). Portanto, vemos que saúde, ser ou estar saudável é algo abrangente e deve ser anali- sado sob vários prismas, o que nos leva a perceber que nem sempre os parâmetros esta- belecidos por testes ou questionários que pretendem medir o quanto alguém é saudável reflete a verdade ou realidade. Refletindo sobre Saúde e Doença Na Antiguidade, entre as sociedades tribais, havia predominância de uma medicina chamada de mágico-religiosa, praticada por feiticeiros, sacerdotes ou xamãs, que eram os intermediários entre os homens e deuses ou as forças da natureza. Tinham a função de realizar rituais com a utilização de elementos naturais para reequilibrar os doentes, apaziguando os humores dos deuses ou afastando espíritos maus (BARROS, 2002). Através do empirismo e das inspirações recebidas por espíritos, encontravam nas plantas, nos cristais, nas águas e na radiação solar os remédios para tratar os doentes. Diversas de tais práticas, que eram transmitidas oralmente de geração a geração, são utilizadas ainda hoje. Na China, há 5000 a.C., foram feitos os primeiros registros do que é conhecido como Medicina Tradicional Chinesa (MTC). Diversos livros antigos foram compilados e atual- mente servem de guias para a compreensão desta medicina. Trazem informações conti- das em poesias, músicas e imagens que, já naquela época, tratavam do mais importante: a prevenção das doenças, o que era obtido através do tratamento holístico, cuidando-se dos aspectos físicos, emocionais, mentais, ambientais e espirituais de cada indivíduo (ABE, 2006). 12 13 Fonte 4 – Antigo medicamento segundo um livro da dinastia Qing Fonte: Getty Images Qing: É um livro muito antigo da medicina tradicional chinesa à base de ervas (golden mirror of medicine), da dinastia Qing, com mais de 200 anos (talvez do século XVIII ). No Egito Antigo tinha-se a figura do faraó, considerado uma divindade encarnada. “Sua saúde condicionava o bem-estar do seu povo e era cuidada nas Casas da Vida (Per- Ankh)” (FONSECA, 2015) . Fonte 5 – Vista panorâmica da grande Pirâmide de Gizé, no Egito Fonte: Getty Images Em 2800 a.C. viveu Imhotep, tido como o “pai da medicina egípcia”. Era médico, sacerdote e possuía grande poder de cura, utilizando as palavras, orações e plantas medi- cinais. A afirmação: “quem cuida de partes é apenas parte de um médico” é atribuída a ele que, já naquela época, entendia que a saúde dependia não apenas dos aspectos físicos das pessoas, não sendo favorável aos curadores procurarem a especialização exces- siva (FONSECA, 2015). 13 UNIDADE Navegando pela Metafísica A medicina indiana, em seus primórdios, baseou-se principalmente em um dos quatro livros denominados Vedas, que remontam a, pelo menos, 2000 a.C. (data em que a Ciência oficial ainda não foi capaz de determinar), mais especificamente no quarto livro, Atharva Veda, sendo descritos em alguns tópicos as doenças, suas causas e curas (MARTINS, 2017). Para essa medicina a raiz das doenças está nos pensamentos, portanto, não é possível haver cura do corpo sem a saúde da mente. Figura 6 – Shirodhara, tratamento ayurvédico Fonte: Getty Images A tradição indiana inclui o conhecimento de reencarnação, descrito também nos Vedas; assim, o processo de restabelecimento da saúde implica na equalização das energias do corpo, da emoção, mente e do espírito em toda a trajetória de vida – entrevidas – nova vida, não bastando o olhar apenas para a doença, que é vista como o sintoma do desequilíbrio existente. Na Grécia, século VII a.C., a medicina estava associada à religião, destacando-se o culto ao deus Asclépio (Esculápio, para os romanos). Na época havia mais de trezentos santuários dedicados a essa divindade, que eram lugares sagrados e onde se praticava a fé e medicina. Os dois santuários mais famosos eram os de Epidauros e de Cós. Doentes de todas as partes recorriam aos santuários em busca de cura e lá recebiam tratamentos que envolviam massagens, banhos no mar, ervas e cuidados na alimentação – tudo isto para a purificação do corpo. Segundo Gruner (2010), curas milagrosas eram realizadas nos santuários, combinando medicina, magia e religião. “A sugestão mental era muito usada, sendo o doente posto a dormir e a sua cura revelada em sonhos, interpretados pelos sacerdotes”. 14 15 Figura 7 – Antigo Teatro de Asclépio, em Epidaurus Fonte: Getty Images Hipócrates, o mais famoso nome da medicina, nascido em Cós, em 460 a.C., era membro atuante de Epidaurus, fato descrito por Platão (GRUNER, 2010). Figura 8 – Busto de Hipócrates, médico grego Fonte: Wikimedia Commons De acordo com Fonseca (2015), Hipócrates considerava que saúde era traduzida pela harmonia entre corpo, mente, conduta no viver e relação com o ambiente e a natureza. “Acreditava no poder curativo da natureza, cujo papel do médico seria contribuir com as forças da natureza no processo de cura”. (FONSECA, 2015) Até os dias de hoje os profis- sionais médicos professam o juramento de Hipócrates na ocasião da formatura: “Eu juro, por Apolo médico, por Esculápio, Hígia e Panacea, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue [...]” (CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DE SÃO PAULO, 2021 ). 15 UNIDADE Navegando pela Metafísica No período medieval, entre os séculos V e XV, particularmente na Europa, a medi- cina era diretamente associada à religião, especialmente a cristã, que após a queda do Império Romano se expandia e se consolidava, ficando aos religiosos a incumbência de cuidar dos doentes com o uso de banhos, sauna, massagens que curavam o espírito, vendo-se aí a influênciada medicina grega antiga (SALLES, 2021). Figura 9 – São Cosme, São Tomé e São Damião - Museu Nacional de Arte Antiga Fonte: Wikimedia Commons Ainda, a medicina medieval “[...] sofreu influência dos bárbaros, do cristianismo, da astrologia, houve combinação de diversos sistemas, levando a uma medicina eclética” (FONSECA, 2015). A partir da Revolução Industrial capitalista, no século XVIII, quando a medicina e farma- cêutica passaram a se confundir com o mercado de consumo, tendo em vista o crescente avanço das descobertas no setor da microbiologia, todas as doenças, incluindo os desequi- líbrios emocionais e mentais se tornaram passíveis de “cura” por meio de medicamentos quimicamente fabricados. Para Barros (2002) bons níveis de saúde começaram a ser associados a condições financeiras suficientes para se poder usufruir das tecnologias de exames e diagnósticos de ponta, o que era resultado do fato de que bem-estar passou a ser sinônimo de acesso a bens de consumo, “[...] não importa que – ou quiçá, é isto que interessa – em muitos casos, os resultados obtidos constituam meros paliativos ou até mesmo sirvam à manu- tenção do status quo” (BARROS, 2002). 16 17 Figura 10 – Cientistas trabalhando no computador em um laboratório moderno Fonte: Getty Images Não se pode negar as inúmeras contribuições que a Ciência vem trazendo ao longo da história e nem se pretende efetuar um julgamento sobre o que foi ou não positivo para o ser humano. O fato é que, quando se permite olhar para a trajetória da medi- cina da origem até agora, não se faz possível traçar um caminho linear de evolução, pensando-se evolução como o melhor a ser atingido. Muitas escolas de pensamento surgiram, evoluíram, integraram outras escolas, mesmo que com diversas denominações, mudaram o enfoque, substituíram algumas práticas por outras mais modernas e depois adicionaram às novas conceitos do que foi descartado, deixando a ideia de ciclicidade dos conceitos e das normas. O destaque se dá ao fato de que, ao se reduzir o desconforto das pessoas manifestado em forma de enfermidade a simplesmente um desequilíbrio fisiológico, restringe-se o ser humano a mera máquina que pode ser reparada ou substituída em caso de defeito. Assim, todo o avanço conquistado por inúmeros estudiosos sobre a psiquê humana, sobre as emoções, os sentimentos, a influência do meio externo, das temperaturas e estações do ano, dos movimentos da Lua são descartados e deixados no lugar de algo sem valor, o que qualquer pessoa – sendo ou não cientista – sabe não ser verdade. Se por um lado, a história da medicina mostra que se partiu de um ponto onde o ser humano era cuidado em sua totalidade, de forma holística, até outro em que é estudado em partes, fragmentando a sua essência em pequenos pedaços estudados, cada qual pelo seu especialista, vê-se a necessidade de resgatar o olhar para as porções humanas não visíveis – os seus aspectos emocionais, mentais e espirituais. Saúde não é quando adoecemos, tomamos um remédio e melhoramos. Saúde é um sistema imunológico saudável, refletido pelo equilíbrio do sistema emocional e de pensa- mentos coerentes e lúcidos, o que se dá quando nos permitirmos viver as nossas verdades, cuidarmos de si e nos amarmos e priorizarmos a despeito de qualquer questão externa. 17 UNIDADE Navegando pela Metafísica O que é Metafísica da Saúde? Agora que já compreendemos de onde veio esse termo metafísica, que já demos uma breve navegada pelo caminho histórico do que representa a saúde ou a ausência dela, podemos “mergulhar nos mares” da metafísica da saúde. Como vimos, os antigos já compreendiam que o equilíbrio de uma vida saudável depen- dia de como o indivíduo percebia a vida e interagia com ela. Portanto, quando o fluxo dos acontecimentos naturais era interrompido por eventos emocionais e psicológicos traumáticos e esses episódios não eram bem elaborados, compreendidos e liberados, instalava-se a doença. Na atualidade temos o privilégio de retomar esses conhecimentos e incluí-los nas práticas mais modernas das biomedicinas. Caminhamos para a integração, para o integrativo, para a retomada da visão holística e isto implica incluir tudo e não excluir coisa alguma, como diria Bert Hellinger (1925-2019), maior nome da constelação familiar sistêmica. Portanto, podemos entender que a metafísica da saúde é a busca de uma saúde integral, entendendo que a origem das enfermidades pode estar no campo emocional, energético, mental ou espiritual, para depois se instalar no físico. Sendo os desequilí- brios frutos de condutas que fogem da harmonia do bem viver e da manifestação do pleno potencial dos seres humanos, a metafísica da saúde visa devolver a alegria de ser 100% o que se é. Louise Hay (1926-2017), escritora e terapeuta norte-americana, foi uma das respon- sáveis por retomar e trazer para a sociedade contemporânea o conceito de que, da mesma forma que somos os responsáveis pelo aparecimento das doenças no próprio corpo, podemos ser protagonistas da própria saúde. Louise iniciou o seu “trabalho da vida” em 1970, na ocasião em que começou a participar de reuniões da Igreja da Ciência Religiosa e logo se tornou conselheira espi- ritual. Durante 7 anos nessa atividade registrou os casos de enfermidades e curas que presenciava em seus aconselhamentos e em 1977 escreveu o livro intitulado Cure seu corpo, “[...] um guia de referência detalhando as causas mentais das doenças físicas, e desenvolveu padrões de pensamento positivos para reverter a doença e criar saúde”. Interessante ressaltar que ela própria passou por um câncer na cervical em 1978, o qual foi curado através dos métodos que Louise ensinava. A partir daí, passou a ministrar cursos, workshops e palestras pelos Estados Unidos e posteriormente pelo mundo. É con- siderada uma das precursoras do Movimento Autoajuda. Louise Hay ensinava que cada pessoa é inteiramente responsável por sua existência e que seu modo de pensar e ver a vida cria as suas experiências. Assim, quando cria algo que é prejudicial a si, poderá modificar essa criação mudando os padrões de pensamento. “A autoaprovação e a autoaceitação no agora são a chave para mudanças positivas. Cada uma das chamadas ‘doenças’ em nosso corpo é criada por nós” (HAY, 1984). Em seu livro, intitulado Você pode curar sua vida, Louise faz inúmeras associações de comportamentos prejudiciais com desequilíbrios físicos, emocionais e energéticos, conectando-os às suas prováveis causas e ensinando exercícios e afirmações para reverter as suas influências nocivas. 18 19 Figura 11 – Louise Hay in London Fonte: Wikimedia Commons No capítulo intitulado Desprender da necessidade, por exemplo, aborda o hábito de fumar associado a experiências da infância; propõe que cada pessoa investigue as informações ali colocadas e realize os exercícios de mudança do padrão mental. Sua mente é uma ferramenta. Você é muito mais do que sua mente. Você pode pensar que ela é que está dirigindo o espetáculo, mas é só porque você a treinou para pensar assim. Você também pode destreinar e treinar de novo essa sua ferramenta. Sua mente é uma ferramenta que você pode usar da forma que quiser. O modo como a usa agora é só um hábito, e hábitos, quaisquer hábitos, podem ser modificados. Faça sua mente parar de tagarelar por um instante e pense bem neste conceito: Sua mente é uma ferramenta que você pode usar da maneira que quiser. (HAY, 1984) Nos anos de 1980, o psicólogo, escritor, médium e palestrante Luiz Antonio Gasparetto (1949-2018) trouxe o primeiro livro de Louise Hay para o Brasil, já que passara a estudar as causas emocionais das doenças, ministrando cursos e palestras que ensinavam as pessoas a terem uma vida mais equilibrada e feliz ( VALCAPELLI, 2021). Nos anos de 1990, travou parceria com Valcapelli e juntos elaboraram a série de livros Metafísica da saúde. Segundo Valcapelli (2021), metafísica da saúde é uma filosofia de vida, através da qual é possível chegar-se àessência, à causa não só das doenças que as pessoas manifestam, mas também para situações de relacionamentos, felicidade, quali- dade de vida, partindo da teoria de causa-efeito de Aristóteles, de que somos as causas das consequências ou dos efeitos que se manifestam em nossas vidas e, por conseguinte, somos os únicos responsáveis por chegar ao estado de saúde (VALCAPELLI, 2021). 19 UNIDADE Navegando pela Metafísica Para a metafísica da saúde os nossos corpos são manifestações dos nossos talentos inatos. Como exemplo, cita a habilidade de comunicação expressa na voz ou o tônus muscular representando a vontade de agir na vida. Se os talentos são reprimidos, tal repressão altera a manifestação do corpo, gerando o aparecimento das doenças. A partir do momento em que a doença se manifesta no corpo físico, torna-se necessário que a pessoa tome consciência dos pensamentos e das ações que geraram o seu aparecimento, a fim de que os tratamentos e medicamentos tenham efeito mais efetivo e para que a doença não reapareça (VALCAPELLI; GASPARETTO, 2001). Figura 12 – Corpos sutis Fonte: Pixabay Para Valcapelli (2021) a doença e convalescença são caminhos de volta para si, quando podemos parar para refletir sobre as atitudes que nos levaram a determinado momento, já que o fator psicoemocional é primordial para o restabelecimento da saúde. Atitudes para o reequilíbrio emocional e psicológico colaboram no fortalecimento do sistema imunológico, sendo, por esta razão, que algumas pessoas que são expostas à mesma situação adoecem e outras não. No livro Metafísica da Saúde vol I, capítulo Integridade do Ser, Valcapelli; Gasparetto (2001) defendem que existe um sistema no subconsciente denominado sistema de integridade que é o responsável por filtrar nossa ação mental e impedir que todo o conteúdo mental negativo que produzimos se materialize em nossa vida. Não é apenas defensor do corpo, mas também do emocional, mental e espiritual. Trata-se de um sistema que “[...] funciona como uma defesa natural contra nossa ignorância. [...]”. Explica que quando alguém age fazendo o melhor que pode, mesmo não tendo uma atitude dita como a mais adequada possível, o sistema de integridade o protege de adoecer ou de se machucar. A partir do momento em que essa pessoa se torna consciente de que agir de outra maneira é mais saudável, caso volte a praticar más ações ou ter más condutas, o sistema não mais a protegerá, isto porque saúde seria usar 100% dos talentos inatos ou aprendidos – e não os travar no corpo por causa de medos, pensamentos, crenças limitantes, preguiça ou vitimismo. 20 21 N o mesmo capítulo, Valcapelli; Gasparetto (2001) comentam que toda e qualquer alteração fisiológica, metabólica ou estrutural de nosso corpo acontece devido a uma ação constante e com forte conteúdo emocional de nosso sistema de crenças sobre nós mesmos. O modo como lidamos com os acontecimentos da vida e com nossa realidade como ela se apresenta, determina nosso estado geral de saúde ou doença. Outra colocação importante é o fato de não ser o meio em que uma pessoa está inserida que determina seu conteúdo interno, o que posteriormente se materializará como sua realidade. Fato esse comprovado quando se observa indivíduos que passaram por situações de algum tipo de violência na infância e, nem por isso, se tornam adultos violentos. Do contrário, há pessoas que têm condições consideradas seguras na infância e no entanto se tornam adultos inseguros e depressivos. A ideia registrada serve como base para formular o raciocínio, e dele para a ação. Essas ideias são os padrões que servem como referencial para clas- sificarmos o que é certo ou errado, bom ou ruim. Aquilo que é reconhecido como verdadeiro compõe o universo psíquico do que é o real para o indiví- duo. Esses registros, em nível de subconsciente, servem como uma espécie de programa de computador, executando as operações de formação da realidade em nossa vida . ( VALCAPELLI; GASPARETTO, 2001, p. 15) Cristina Cairo (1999), psicóloga, escritora e palestrante, de descendência egípcia, com a sua linguagem do corpo, é também uma referência em metafísica da saúde. Através das várias especializações em medicina chinesa, egípcia e indiana, elaborou vasto material correlacionando distúrbios orgânicos a emoções negativas. Para Cristina as pessoas têm poder mental capaz de curar todas as doenças, além de atrair para as suas vidas o que é necessário para a felicidade. No entanto, apenas fazer afirmações positivas não é suficiente para convencer o cérebro de que algo é real. Por exemplo, se alguém afirma: “Sou próspero” e na realidade passa por dificuldades finan- ceiras, com dívidas, sem trabalho remunerado, não conseguirá reverter o quadro apenas com frases positivas. É necessário começar uma mudança efetiva na vida em conjunto com afirmações realistas do tipo: “Estou pronto para ser próspero”. Assim, a vibração sairá de emanações negativas e como o foco mudará para o positivo, atrairá situações que mudarão a vida para melhor. Outro exemplo seria uma pessoa seguir afirmando que é saudável, mas continuar sentindo dores. Para que tal quadro se altere, a causa das dores deverá ser investigada através da observação das emoções predominantes da pessoa. Trata-se da tomada de consciência seguida por mudanças de atitude e de pensamento que acarretarão a melhora do estado de saúde (CAIRO, 2016) . Cristina Cairo (2016) também ensina que em todas as civilizações de todas as épocas houve a necessidade de um líder para conduzir, guiar e dizer às pessoas o que fazer e como agir. Enquanto a mente não está pronta ou habituada a liderar a sua própria vida, torna-se fundamental haver um guia externo, com palavras de comando para que se aprenda o processo e, então, emancipar-se. Os aprendizados através da linguagem do corpo têm forte influência da tradição egípcia antiga, com a qual Cristina tem afinidade devido à sua descendência. Em suas 21 UNIDADE Navegando pela Metafísica diversas viagens ao Egito, identificou, nos escritos de templos como o de Karnac, de Saqqara, nos ensinamentos de Hermes Trismegisto, ou a divindade Toth, informações sobre como a mente pode superar os desafios que são apresentados ou atraídos para as nossas vidas. Cristina Cairo (1999) afirma que a doença não existe e quando aparece ou se desen- volve isto se deve à ação da psiquê sobre o chamado soma (corpo). São as doenças psicossomáticas, derivadas de um estado emocional mais persistente, ainda que incons- ciente. Todas as emoções negativas, tais como a mágoa, raiva, o excesso de criticismo, os medos e as tristezas profundas induzem o organismo à geração de doenças, comu- mente pela insistência na emanação de baixas frequências. Geralmente a pessoa que constantemente está envolta a essas emoções não desenvolve consciência de que o faz para receber algum benefício, seja o de evitar algum mal que alguém possa lhe fazer, ou de tomar alguma atitude, tal como fazer mudanças na própria vida, o que na Psicologia é chamado de “ganho secundário”. Enquanto tal situação não é compreendida pelo cons- ciente e há alteração de atitude, a doença ou situação negativa não desaparece. Figura 13 – Nossa realidade é moldada pelos nossos pensamentos Fonte: Pixabay É necessário que as pessoas tenham consciência de que precisam priorizar a própria saúde, longevidade e alegria de viver, alcançando a paciência nos relacionamentos, o auto- perdão e, por consequência, a saúde plena. Mudando-se os padrões de pensamento, as doenças entram em reminiscência e desaparecem (CAIRO, 1999). É igualmente importante ressaltar a questão de estar fora do seu lugar. Se uma pessoa não se conhece e não sabe do seu potencial, não está cumprindo o seu papel no mundo. Se este é o caso, o corpo adoece como forma de sinalizar o que está errado, a fim de que a pessoa se coloque no caminho que a alma deseja (CAIRO, 2016). As características emocionais e psicológicas também se manifestam atravésda esco- lha de cores e estilos de roupa, cabelo, acessórios, maquiagem, formato do corpo. 22 23 Cristina explica que nos casos em que uma pessoa é obesa, por exemplo, e não con- segue perder peso com dietas, tratamentos – e mesmo após cirurgia retorna ao peso anterior – denota que há um padrão mental em ação, geralmente inserido na idade de 0 a 2 anos, gerando medo inconsciente de emagrecer, por proteção, drama ou para evitar ter que fazer algo. Para mudar isso é necessário ter coragem de se conhecer a aceitar soltar padrões para ter uma vida nova e alegre (CAIRO, 2016). Para finalizar esta parte de nossa viagem, vejamos algumas informações sobre o livro intitulado Diga-me onde dói e eu te direi porquê, de Michael Odoul (2003). Com o respaldo do olhar da medicina tradicional chinesa, o autor relaciona as dores e doenças do corpo com as disfunções emocionais e psíquicas. Através da manifestação de dese- quilíbrios, o corpo vai sinalizando quais realinhamentos são necessários para a retomada do caminho mais adequado para a vida, no momento observado. Para Odoul (2003) a vida é cíclica e a vivência na matéria é um constante aprendizado, sendo que cada pessoa tem um propósito de vida ou missão. Se há desvio no roteiro que simboliza o desejo mais profundo da alma, as doenças começam a se manifestar como forma de trazer para a consciência o que precisa ser ajustado. Neste ponto, seria neces- sária uma investigação para que o momento em que foi feito o “desvio” que acarretou o desequilíbrio ou a doença seja conhecido, de modo que a própria pessoa compreenda que todas as coisas que se manifestam em sua vida são frutos de suas escolhas. As investigações da nossa própria jornada na vida não são feitas pela mente racional. Seria necessária a utilização de ferramentas que acessem o inconsciente, tal como medi- tação ou alguma outra que alcance os aspectos emocionais e sutis do ser. Figura 14 – Meditação Fonte: Pixabay Caso a pessoa não observe ou não dê atenção ao modo como o seu corpo se comu- nica, ou simplesmente resolva buscar soluções paliativas – tal como tomar um remédio para o alívio imediato –, as dores, os bloqueios e as doenças ganharão mais intensidade, até que a pessoa pare para reavaliar a própria vida. 23 UNIDADE Navegando pela Metafísica Inclusive, os acidentes não acontecem ao acaso. A vibração em desequilíbrio atrai situações que evidenciarão a parte do corpo que armazena a questão emocional que precisa ser revista e modificada. Tudo isto para dizer que para a solução dos problemas que se apresentam, alterar os aspectos externos, tais como mudar de casa, relaciona- mento ou roupa não funciona. As mudanças precisam ser internas, quando a pessoa compreende que deve se autorresponsabilizar por sua vida e suas escolhas. Por fim, todo esse movimento possibilita o autoconhecimento. Saber-se significa encontrar o que na vida está em ressonância com os desejos da alma e que, por consequência, acarretará alegria e leveza. Importante dizer que, embora essas escolas citadas indiquem caminhos para o restabe- lecimento da saúde, cada pessoa é um mundo! Cada um tem a sua história, genética, as suas crenças, os seus comportamentos e todos estes e outros aspectos devem ser levados em consideração quando se pretender encontrar a causa de algo que se mani- festa no mundo físico. O fundamental aqui é a compreensão da complexidade de cada indivíduo e, ao mesmo tempo, perceber que ser saudável é simples, bastando que se tenha coragem de sair da zona de conforto e fazer as modificações que a alma demanda! 24 25 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Linguagem do corpo CAIRO, C. Linguagem do corpo. 1. ed. São Paulo: Mercuryo, 1999. Você pode curar sua vida HAY, L. Você pode curar sua vida. 8. ed. Rio de Janeiro: Best Seller, 1984. Diga-me onde dói e eu te direi porquê ODOUL, M. Diga-me onde dói e eu te direi porquê. 8. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2003. A metafísica da saúde VALCAPELLI; GASPARETTO, L. A metafísica da saúde. [1. ed.]. São Paulo: Vida e Consciência, 2001. v. 1-5. 25 UNIDADE Navegando pela Metafísica Referências ABE, G. C. Medicina Tradicional Chinesa (MTC). Revista Neurociências, v. 14, p. 80-85, 2006. Disponível em: <http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2006/RN%20 14%20SUPLEMENTO/Pages%20from%20RN%2014%20SUPLEMENTO-13.pdf>. Acesso em: 23/05/2021. ABOUT L. Louise Hay, [20--]. Disponível em: <https://www.louisehay.com/about/>. Acesso em: 24/05/2021. ALMEIDA F., N. de. O conceito de saúde: ponto-cego da epidemiologia? Rev. Bras. Epidemiol., São Paulo, v. 3, n. 1-3, p. 4-20, 12/2000. Disponível em: <https://www.scie- lo.br/j/rbepid/a/j3WLwdBDQrFTtsFHMZ4gjCN/?lang=pt>. Acesso em: 23/05/2021. BARROS, J. A. C. Pensando o processo saúde doença: a que responde o modelo biomédico?. Saúde e Sociedade, v. 11, p. 67-84, 2002. Disponível em: <https://www. scielosp.org/article/sausoc/2002.v11n1/67-84/>. Acesso em: 23/05/2021. CAIRO, C. Linguagem do corpo. 1. ed. São Paulo: Mercuryo, 1999. CINCO vias que provam a existência de Deus em Tomás de Aquino. 31/01/2018. 1 vídeo (16 min.). Publicado pelo canal Brasil Escola. Disponível em: <https://youtu.be/ zEW6oahVAcI>. Acesso em: 22/05/2021. CURA egípcia, força da mente, visualização mental e linguagem do corpo. Cristina Cairo. 02/06/2016. 1 vídeo (19 min.). Publicado pelo canal Cristina Cairo Oficial. Dis- ponível em: <https://youtu.be/LRcKE_kRuFo>. Acesso em: 24/05/2021. CURSO de Filosofia (playlist). Padre Françoá Costa. 28/08/2020. 60 vídeos (24 horas). Publicado pelo canal Padre Françoá Costa. Disponível em: <https://youtube.com/playli st?list=PLZ2pN5pwbV9CUwIWyQEsnnZBlTV2rFH3d>. Acesso em: 22/05/2021. DICIONÁRIO – E. Só Filosofia, 2021. Disponível em: <http://www.filosofia.com.br/ vi_dic.php?pg=3&palvr=E>. Acesso em: 22/05/2021. DUTRA, J.; IBERTIS, C. M. Ser enquanto ser: acerca da filosofia primeira de Aristóteles. Disciplinarum Scientia. Série: Ciências Humanas, v. 4, n. 1, p. 1-18, 2003. Disponível em: <https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumCH/ article/viewFile/1612/1517>. Acesso em: 22/05/2021. FONSECA, M. C. B. História geral da Medicina e os sistemas terapêuticos na manuten- ção da saúde. Ipappi Sistema Grisa, 2015. Disponível em: <https://www.ipappi.com.br/ historia-geral-da-medicina-e-os-sistemas-terapeuticos-na-manutencao-da-saude/>. Acesso em: 23/05/2021. GRUNER, H. O culto de Asclépio – os templos da Medicina. Sociedade Portuguesa de Medicina Interna. v. 17, n. 2, 04-06/2010. Disponível em: <https://www.spmi.pt/ revista/vol17/vol17_n2_2010_133_134.pdf>. Acesso em: 23/05/2021. HAY, L. Você pode curar sua vida. 8. ed. Rio de Janeiro: Best Seller, 1984. 26 27 IMMANUEL Kant – Brasil Escola. 17/11/2019. 1 vídeo (14 min.). Publicado pelo ca- nal Brasil Escola. Disponível em: <https://youtu.be/Byne8rB_6Pw>. Acesso em: 22/05/2021. JURAMENTO de Hipócrates. Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. 2021. Disponível em: <https://www.cremesp.org.br/?siteAcao=Historia&esc=3>. Acesso em: 23/05/2021. LUIZ, A. G. Wikipedia, 2020. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Luiz_ Antonio_Gasparetto>. Acesso em: 24/05/2021. M ARTINS, P. N. 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Disponível em: <https://youtu.be/nkoVyc_sv5k>. Acesso em: 22/05/2021. O QUE é metafísica? A visão de São Tomás de Aquino. 14/06/2018. 1 vídeo (8 min.). Publicado pelo canal Aquinate. Disponível em: <https://youtu.be/YaKM-Z95yFk>. Acesso em: 22/05/2021. ODOUL, M. Diga-me onde dói e eu te direi porquê. 8. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2003. PREÂMBULO da constituição da OMS, conforme adotado pela Conferência Internacio- nal de Saúde, Nova Iorque, 19 de junho a 22 de julho de 1946; assinada em 22 de julho de 1946 pelos representantes de 61 Estados. Organização Mundial da Saúde, 2021. Disponível em: <https://www.who.int/about/frequently-asked-questions>. Acesso em: 23/05/2021. SALLES, J. S. Medicina medieval. Infoescola. 2021. Disponível em: <https://www. infoescola.com/historia/medicina-medieval/>. Acesso em: 23/05/2021. SAÚDE. Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, 2021. Disponível em: <https:// dicionario.priberam.org/sa%C3%BAde>. Acesso em: 23/05/2021. SAÚDE. Google definições de Oxford Languages, 2021. Disponível em: <https:// www.google.com/search?q=sa%C3%BAde+defini%C3%A7%C3%A3o&oq=sa%C3%B Ade+defini%C3%A7%C3%A3o&aqs=chrome..69i57j0l3j0i22i30l6.8436j0j9&sourcei d=chrome&ie=UTF-8>. Acesso em: 23/05/2021. 27 UNIDADE Navegando pela Metafísica SCLIAR, M. História do conceito de saúde. Physis, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1, p. 29-41, 04/2007. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/physis/a/WNtwLvWQRFbscbzCyw V9wGq/?lang=pt>. Acesso em: 23/05/2021. VALCAPELLI. Metafísica da saúde. 2021. Disponível em: <https://valcapellicursos. com.br/site/curso/metafisica-da-saude-modular>. Acesso em: 24/05/2021. VALCAPELLI; GASPARETTO, L. Metafísica da saúde. 1. ed. São Paulo: Vida e Cons- ciência, 2001. v. 1. VOCÊ pode curar a sua vida? – live com Valcapelli. Valcapelli. 27/04/21. 1 vídeo (9 min.). Publicado pelo canal Laboratório de Renovação. Disponível em: <https://youtu.be/7La- -tKJE7uQ>. Acesso em: 24/05/2021. 28
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