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PINHEIRO, Castelar Armando. SADDI, Jairo. Direito, Economia e Mercados, Onde a economia encontra o Direito – Cap. 1. São Paulo: Editora Campus, 2005. O livro “Direito, Economia e Mercados” foi escrito por Armando Pinheiro Castelar em parceria com Jairo Saddi. Castellar nasceu no Rio de Janeiro, é um economista brasileiro, formado em matemática pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada, Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), economia pela Universidade de Berkeley e engenharia eletrônica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica. É um especialista em instituições financeiras e em economia do Judiciário, e é articulista dos jornais Correio Braziliense e Valor Econômico. Além desta obra, do capítulo analisado nesse estudo, ele tem diversas outras publicadas, frequentemente em parceria com outros acadêmicos, como, nesse caso, com Jairo Saddi. O capítulo “Onde a economia encontra o Direito, do livro “Direito, Economia e Mercados” aborda sobre os conflitos entre os estudiosos de Direito e de Economia, numa busca da justiça para a regularização da conduta humana e na análise da vida baseada nos preceitos econômicos. Nesse interim, diante do que é exposto no capítulo, o advogado é visto pelo economista como um “chato necessário”, e o papel do mesmo é visto como algo nada construtivo. Nesse sentido, esse choque arrebatador complica-se mais devido aos planos de fortalecimento econômico, especialmente na década de 1980, com a abundância de planos econômicos e a Constituição de 1988, pois esses planos desconsideravam as liberdades públicas e os direitos individuais. Ademais, os economistas afirmam que o poder judiciário, tal como os advogados, favorece no aumento do déficit das contas do Estado por julgar, sem levar em consideração a dimensão do plano econômico. Afinal, acabam dando atenção especial e uma crítica mais insensível aos advogados afirmando que estes amontoam o judiciário e forçam a justiça a pagar contas fora do alcance público somente em busca de altos honorários. Além disso, o capítulo em questão aborda, também, sobre os magistrados que decidem pelas suas posições políticas e não pela lei, visto que, acreditam que o juiz tem um papel social a cumprir, e a busca da justiça social esclarece decisões que violam os contratos. Entretanto, aqueles que beneficiam as questões econômicas acreditam na predominância do contrato, e que esses devem sempre ser respeitados independentes de questões sociais. Contudo, a sociedade está em frequente mudança e esse espaço feito de pedregulhos está se afunilando, e consequentemente, tornando mais fácil a passagem. Afinal, se não houver mercados em direito, teremos a paralisação do país, e não haverá desenvolvimento. Sobremaneira, o Direito e a economia se complementam, e a prova de que a distância entre eles está diminuindo é a introdução de uma disciplina de economia dentro das faculdades de Direito. Outro exemplo desse estreitamento, é a contribuição de economistas com os peritos na formulação de pareceres, na instrução de processos se na tomada de decisões judiciais sobre disputas econômicas. Destarte, com base nos estudos feitos na década de 1990 fica confirmado à influência que as instituições legais efetuam sobre a atividade econômica, e os próprios economistas admitem essa implicação. Dessa maneira, fica evidente que países com boas instituições são mais eficiente e crescem mais rápido do que aqueles países com instituições ruins. Nessas pesquisas há destaque no papel das leis em destinar os direitos de propriedade de forma a diminuir o impacto dos custos de transação sobre a eficiência econômica e na utilização do judiciário para decidir casos com situações que não foram previstas nos contratos ou na lei. Sabe-se que as leis atuam sobre a atividade econômica, portanto, com a intervenção da política econômica, que nada mais é do que a escolha de regras, os procedimentos legais e estruturas administrativas realizam a função de aumentar o bem estar social. Desta forma, realizam para isso algumas funções, como: proteger os direitos a propriedade privada, estabelecer regras para as negociações e indiferença de tais direitos entre agentes privados e entre eles e o Estado; definir normas de acesso e saída dos mercados; promover competições; e regulamentar conduta industrial e empresarial nos setores onde exista monopólio ou baixa concorrência. Em síntese, a principal característica das duas ciências é que elas se complementam, apesar de ser irrelevante a discordância entre as partes, tendo em vista que um necessita do outro para sobreviver e crescerem cada vez mais, felizmente, as barreiras estão sendo rompidas e os profissionais das áreas entendendo que a junção é a melhor opção para o desenvolvimento. No meu ponto de vista, defendendo aos membros do judiciário e aos advogados, o maior compromisso do Direito não é solucionar indagações econômicas, mas sim lutar pela justiça, afinal, tais questões são do ramo econômico e não do Direito. Assim, é sempre importante para um advogado saber sobre economia, no intuito de solucionar muitos casos, pois como vivermos num mundo capitalista devemos ser levados pelas razões econômicas, mas as questões de déficit, superávit ou desenvolvimento não são de responsabilidade de juristas.
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