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ABORTO ESPPONTÂNEO - FEBRASGO - 2021

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DIRETORIA DA FEBRASGO
2020 / 2023
Marta Franco Finotti
Vice-Presidente
Região Centro-Oeste
Carlos Augusto Pires C. Lino
Vice-Presidente
Região Nordeste
Ricardo de Almeida Quintairos
Vice-Presidente
Região Norte
Marcelo Zugaib
Vice-Presidente
Região Sudeste
Jan Pawel Andrade Pachnicki
Vice-Presidente
Região Sul
Agnaldo Lopes da Silva Filho
Presidente
Sérgio Podgaec
Diretor Administrativo
César Eduardo Fernandes
Diretor Científico
Olímpio B. de Moraes Filho
Diretor Financeiro
Maria Celeste Osório Wender
Diretora de Defesa e Valorização 
Profissional
Imagem de capa e miolo: passion artist/Shutterstock.com
COMISSÃO NACIONAL ESPECIALIZADA EM ASSISTÊNCIA 
AO ABORTAMENTO, PARTO E PUERPÉRIO - 2020 / 2023
Presidente
Alberto Trapani Júnior
Vice-Presidente
Alessandra Cristina Marcolin
Secretária
Sheila Koettker Silveira
Membros
Elias Ferreira de Melo Junior
Liduina de Albuquerque Rocha e Souza 
Márcia Maria Auxiliadora de Aquino
Mirela Foresti Jimenez
Ricardo Porto Tedesco
Stênia Lins Leão Lima
Tenilson Amaral Oliveira
2021 - Edição revista e atualizada | 2018 - Edição anterior
Abortamento espontâneo: classificação, 
diagnóstico e conduta
Descritores
Aborto; Aborto espontâneo; Aborto habitual; Aborto recorrente
Como citar? 
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Aborto: classificação, 
diagnóstico e conduta. São Paulo: FEBRASGO; 2021. (Protocolo FEBRASGO - Obstetrícia, nº 1/
Comissão Nacional Especializada em Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério).
Introdução
O abortamento representa um grave problema de saúde pública, 
com maior incidência em países em desenvolvimento, sendo uma 
das principais causas de mortalidade materna no mundo. O conceito 
básico corresponde a interrupção da gravidez antes que o embrião ou 
feto alcancem a viabilidade. No Brasil os legisladores não definiram 
uma idade gestacional limite entre o abortamento e o natimorto.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o CID-11 definem 
abortamento como a interrupção de uma gravidez antes de 20 sema-
nas. Quando a idade gestacional for incerta, o peso menor que 500g 
pode ser utilizado como critério para definição.(1)
O Conselho Federal de Medicina, através da resolução nº 
1779/2005, determina que a equipe médica forneça a Declaração de 
Óbito Fetal sempre que a gestação tiver idade gestacional igual ou 
*Este protocolo foi elaborado pela Comissão Nacional Especializada em Assistência ao 
Abortamento, Parto e Puerpério e validado pela Diretoria Científica como Documento Oficial da 
FEBRASGO. Protocolo FEBRASGO de Obstetrícia nº 1, acesse: https://www.febrasgo.org.br/
Todos os direitos reservados. Publicação da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e 
Obstetrícia (FEBRASGO)
4 Protocolos Febrasgo | Nº1 | 2021
superior a 20 semanas. Quando a idade for incerta, considerar o peso 
igual ou superior a 500g e/ou estatura igual ou superior a 25 cm para 
o fornecimento da Declaração.(2)
Abortamento espontâneo é aquele que ocorre sem nenhuma 
intervenção externa e a etiologia pode estar relacionada à mulher, 
embrião ou feto.
Os abortamentos podem ser divididos em precoces ou tardios. O 
abortamento precoce se dá até a 12ª semana, enquanto o tardio cor-
responde àquele abortamento que ocorre a partir da 13ª semana. Os 
precoces respondem por 80% dos abortamentos.(3)
Na atenção aos abortamentos é importante que o sistema de saú-
de disponibilize serviços com equipamentos adequados mínimos, 
como ultrassonografia, aspiração manual intrauterina e/ou aspiração 
elétrica, bem como acesso ao misoprostol. Os profissionais devem ser 
capacitados e sensíveis às necessidades e perspectiva das mulheres 
nesse momento específico, considerando seus direitos à uma atenção 
de qualidade, as escolhas reprodutivas, privacidade e sua autonomia.
Incidência
Abortamento é uma das complicações mais frequentes da gravi-
dez, acontecendo muitas vezes antes mesmo do atraso menstrual. 
Estima-se que 31% de todas as gestações e até 10% das gestações 
clinicamente reconhecidas terminem em abortamento espontâneo. 
Além disso, 80% das perdas gestacionais precoces ocorrem no pri-
meiro trimestre. Após a 12ª semana, o risco de abortamento reduz 
significativamente para cerca de 1% das gestações.(3,4)
Fatores de risco e etiologia
São várias as causas do abortamento espontâneo e não há qualquer 
fator de risco que tenha acurácia suficiente para predizê-lo.(5) Os fato-
5
CNE em Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério
Protocolos Febrasgo | Nº1 | 2021
res de risco mais importantes são idade materna avançada, histórico 
de abortamentos, condições clínicas maternas, como endocrinopa-
tias, distúrbios metabólicos (obesidade), síndrome antifosfolípide, 
infecções, anomalias anatômicas uterinas, uso de medicamentos, 
drogas ilícitas, consumo de álcool e tabaco, exposições ambientais, 
estresse crônico e trauma.(6,8) Em cerca de 70% dos casos, principal-
mente no primeiro trimestre da gestação, a causa do abortamento 
espontâneo é uma anormalidade cromossômica no produto concep-
tual. Por isso, o risco de perda precoce da gravidez diminui com a 
idade gestacional.(9) 
Apresentação clínica
É consenso que a história clínica e o exame físico constituem partes 
importantes da avaliação da paciente com suspeita de abortamento. 
Esse diagnóstico deve ser considerado quando uma mulher em ida-
de reprodutiva, com vida sexual ativa, apresenta atraso menstrual e 
sangramento vaginal acompanhado de cólicas. A paciente pode rela-
tar perda de feto e restos ovulares junto com o sangramento. Outros 
sintomas vão ocorrer dependendo da gravidade do caso, tais como: 
fraqueza, tonturas, sudorese e perda da consciência. Nos casos em 
que há infecção, a paciente poderá se queixar de dor abdominal con-
tínua, sangramento de odor fétido, calafrios e febre. Durante o pe-
ríodo gestacional, é importante que a mulher seja orientada sobre 
sinais e sintomas de abortamento e que demandam atendimento de 
urgência.(3) As várias formas de abortamento representam fases da 
história natural de uma mesma intercorrência obstétrica e são assim 
apresentadas por ser mais didático e facilitar a adoção de condutas 
apropriadas. O exame clínico da paciente deve incluir o exame físi-
co geral e específico, com ênfase no exame pélvico para se definir 
a forma clínica de aborto. A depender do volume de sangramento, 
6
Abortamento espontâneo: classificação, diagnóstico e conduta
Protocolos Febrasgo | Nº1 | 2021
poderão estar presentes sinais de hipovolemia, tais como palidez, 
taquicardia, hipotensão arterial, agitação, torpor e choque. Se hou-
ver infecção, poderá haver também hipertermia, taquipneia e dor 
à palpação uterina. Nos casos mais graves, é possível o encontro de 
dor abdominal a descompressão, indicando acometimento do peri-
tônio parietal por processo inflamatório. O exame especular permite 
a avaliação da quantidade e local de sangramento e se existem restos 
ovulares. Eventualmente, poderá ser observada alguma lesão decor-
rente da manipulação de genitais por instrumental. O toque vaginal 
bidigital e bimanual possibilita a determinação do volume uterino e 
dilatação cervical.(8)
Ameaça de abortamento
Sangramento genital e dor abdominal são os sintomas que caracte-
rizam essa forma de abortamento. Geralmente, o sangramento é de 
pequena a moderada quantidade e a dor, do tipo cólica, geralmen-
te pouco intensa. O orifício interno do colo encontra-se fechado, o 
volume uterino é compatível com a idade gestacional e não existem 
sinais de infecção.(10) Caso seja realizada, a ultrassonografia exibirá 
feto vivo e pode ser visibilizada área de descolamento ovular, geral-
mente inferior a 40% do diâmetro do saco gestacional.(11)
Mulheres com ameaça de abortamento devem ser tratadas de 
maneira expectante até desaparecimento dos sintomas ou progres-
são para outras formas de abortamento. A condução pode ser domi-
ciliar se não houver dificuldade de acesso da paciente aos serviços de 
saúde.Geralmente é recomendado o repouso físico e sexual, apesar 
de não haver evidências científicas robustas que respaldem essas 
orientações.(8,12) Não há indicação para uso de relaxante muscular ou 
vitaminas.(13) O benefício do tratamento de mulheres com ameaça de 
aborto com progesterona não é claro, em parte por causa de estudos 
7
CNE em Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério
Protocolos Febrasgo | Nº1 | 2021
com casuísticas pequenas, uso de diferentes tipos de progestagênios, 
diferentes vias de administração e diferentes desfechos avaliados.(8) 
Por isso, a prescrição de progesterona para mulheres com ameaça de 
abortamento esporádica não é recomendada.(10,14)
Abortamento inevitável
O abortamento representa a evolução de uma ameaça de abortamen-
to. É caracterizado por dilatação da cérvice ao exame clínico, permi-
tindo que membranas ovulares ou o próprio embrião sejam tocados 
ao exame digital ou visibilizados através do colo no exame especular. 
Nessa forma clínica, há aumento do sangramento genital e da dor pél-
vica em cólica, mas o tamanho uterino ainda corresponde à idade ges-
tacional.(10) A perda sanguínea pode comprometer a hemodinâmica 
da paciente. É importante destacar que a ultrassonografia pélvica não 
é necessária para o diagnóstico e não pode retardar o tratamento.(15)
Abortamento incompleto
Esta é a forma mais frequente de abortamento da mulher que procu-
ra atendimento de urgência com essa intercorrência, sendo o diag-
nóstico geralmente clínico. O quadro é caracterizado pela expulsão 
parcial do concepto e restos ovulares, o que mantém sangramento 
genital, dor intensa e geralmente a cérvice aberta.(8,10) Como parte 
do produto conceptual foi expulso, o útero se reduz em proporções 
e fica menor que o esperado para a idade gestacional. É frequente 
o comprometimento importante do estado geral da paciente, a de-
pender da intensidade da hemorragia. Se o colo fica impermeável 
ao exame digital o exame ultrassonográfico pode ser necessário para 
esclarecer o diagnóstico e orientar a conduta quanto ao esvaziamen-
to dos restos placentários.(15)
8
Abortamento espontâneo: classificação, diagnóstico e conduta
Protocolos Febrasgo | Nº1 | 2021
Abortamento completo
É a apresentação clínica do abortamento em que há eliminação in-
tegral do produto conceptual. A sintomatologia é representada pela 
redução ou mesmo parada do sangramento e das dores em cólica ao 
término da eliminação do conteúdo uterino, posteriormente à um 
quadro com sintomas mais exuberantes.(8,10) Se não se presencia esse 
evento, o diagnóstico é sugerido por meio da anamnese e exame fí-
sico. Geralmente, a mulher relata antecedente de gestação ou tem 
resultado de exame complementar positivo. No toque vaginal, se 
identifica útero menor que o esperado para idade gestacional e colo 
fechado. Nesse caso, a realização de ultrassonografia pélvica é con-
duta bastante apropriada para ratificar o diagnóstico. Contudo, no 
exame logo após a expulsão do aborto, os coágulos intra-cavitários 
remanescentes podem ser confundidos com restos ovulares e moti-
var procedimentos invasivos desnecessários. O aborto completo não 
requer intervenção, sendo a paciente orientada em relação aos sinais 
de alerta de infecção e/ou hemorragia.(16)
Abortamento retido
O diagnóstico de abortamento retido é realizado pela constatação de 
gestação inviável em exame ultrassonográfico. A paciente geralmente 
está assintomática e pode relatar regressão dos sinais e sintomas gra-
vídicos. No exame físico, o útero tem tamanho menor que o esperado 
e o colo está fechado.(8) Nesse caso, é de grande importância o diagnós-
tico de certeza da gestação inviável para que se proceda ao tratamento. 
No quadro 1 estão descritos os critérios ultrassonográficos que apre-
sentam alta especificidade para diagnóstico de abortamento retido.(17) 
O tratamento expectante do abortamento retido pode ser suge-
rido à paciente e se baseia no fato de que, nas quatro semanas que 
9
CNE em Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério
Protocolos Febrasgo | Nº1 | 2021
se seguem ao decesso do ovo, a grande maioria apresenta sinais e 
sintomas de abortamento, com expulsão do produto da concepção. 
Caso o abortamento não ocorra espontaneamente ou a paciente não 
aceite a espera, realiza-se esvaziamento uterino farmacológico, com 
misoprostol e/ou mecânico, por meio de vácuo aspiração ou dilata-
ção e curetagem.(2,18)
Quadro 1. Critérios ultrassonográficos para diagnóstico de aborto retido
• Saco gestacional sem vesícula vitelínica ou embrião e com diâmetro médio ≥ 25 mm.
• Embrião com comprimento crânio-nádegas ≥7 mm e sem atividade cardíaca.
• Ausência de embrião com batimento cardíaco duas semanas após um exame demonstrando 
saco gestacional vazio.
• Ausência de embrião com batimento cardíaco 11 ou mais dias após exame demonstrando o 
saco gestacional com vesícula vitelínica.
Abortamento infectado
É uma forma de abortamento complicada por infecção intrauterina, 
frequentemente relacionada à aborto induzido por técnicas inade-
quadas e inseguras. Portanto, a anamnese tem grande valor para o 
diagnóstico, que deve ser precoce, uma vez que essa condição pode 
ser grave e colocar em risco a vida da mulher. As infecções são geral-
mente polimicrobianas e provocadas por bactérias do trato genital. 
O contexto clínico é variado e a sintomatologia depende diretamente 
do grau de evolução. As manifestações clínicas mais frequentes são: 
febre, sangramento genital em pequena quantidade ou purulento, 
com odor fétido, acompanhado de dores abdominais, inicialmente 
em cólicas intermitentes de média intensidade. Com a progressão 
da infecção, no exame ginecológico, a mulher pode referir bastante 
dor e apresentar sinais de peritonismo, estado geral comprometido, 
náuseas e vômitos, queda do nível de consciência e sinais de choque 
séptico (calafrios, cianose, desidratação, hipotensão, taquicardia, 
pulso filiforme). A palpação uterina pode ser dificultada pela defesa 
10
Abortamento espontâneo: classificação, diagnóstico e conduta
Protocolos Febrasgo | Nº1 | 2021
da paciente, o colo uterino pode estar aberto e o útero apresentar um 
tamanho menor que o esperado.(3)
Alguns exames complementares são necessários para melhor 
avaliação e seguimento, como o hemograma com contagem de pla-
quetas; coagulograma; hemocultura; raios-x abdominal; ultrassono-
grafia pélvica e/ou de abdome total e tomografia, em alguns casos, 
para definir coleções intracavitárias.(3)
O tratamento para o abortamento infectado é semelhante à 
adotada para aborto inevitável/incompleto, associada ao uso de 
antibioticoterapia. O esquema preferencial de tratamento é a asso-
ciação da gentamicina (1,5mg/kg/dose a cada 8 horas ou 4,5mg/Kg 
em dose única diária) com clindamicina (900 mg de 8/8 horas). Em 
casos mais graves, pode ser acrescentada penicilina ou ampicilina e 
a clindamicina substituída pelo metronidazol. As pacientes deverão 
permanecer com terapia endovenosa por 48 horas após o último pico 
febril e melhora clínica.(18) O incremento de mais dias de antibioti-
coterapia ou a opção por outros esquemas devem ser avaliados de 
acordo com a gravidade do quadro clínico. 
A remoção cirúrgica do conteúdo intrauterino é fundamental e 
deve ser realizada imediatamente após o início dos antibióticos e a 
estabilização hemodinâmica. A laparotomia exploradora, com pos-
sibilidade de histerectomia total, fica reservada para situações mais 
graves, incluindo presença de massas anexiais, suspeita de perfura-
ção uterina, gangrena uterina, sepse ou na falha das medidas clíni-
cas usuais.(10)
Tratamento
Medidas gerais
A conduta deve ser individualizada para a gravidade de cada caso, 
semana de gravidez e tipo de aborto. Condições potencialmente 
11
CNE em Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério
Protocolos Febrasgo | Nº1 | 2021
ameaçadoras da vida (hemorragias, sepse e choque) devem ser diag-
nosticadas e medidas iniciais de suporte devem ser tomadas:• Acionar a central de regulação de urgência e encaminhar a pa-
ciente para hospital de referência (caso a paciente se encontre 
em unidades básicas ou pronto-atendimentos);
• Manter a paciente em jejum, com vias aéreas livres, fornecer O2, 
realizar venóclise em vaso calibroso (Abocath 18) e hidratação 
endovenosa com soro fisiológico 0.9% ou Ringer Lactato;
• Instituir tratamento analgésico endovenoso e, se houver febre, 
prescrever antitérmico. Na possibilidade de infecção, iniciar a 
antibioticoterapia o mais rápido possível.
Técnicas de esvaziamento uterino
O esvaziamento uterino é o procedimento indicado no abortamento 
incompleto, inevitável, retido ou infectado e na interrupção legal da 
gestação. Pode ser realizado de forma farmacológica ou mecânica.(19) 
Em condições excepcionais, nas quais esses procedimentos falhem, 
é possível a realização de uma microcesárea como último recurso.(3) 
Para escolha do método, a equipe de saúde deve levar em considera-
ção: disponibilidade deles em cada serviço, capacitação, habilidade e 
rotinas dos serviços de saúde, idade gestacional e condições clínicas 
da mulher.(20)
Método farmacológico
A forma mais efetiva da promoção do abortamento farmacológico 
e com menos efeitos colaterais é a combinação de mifepristone se-
guida de misoprostol.(19) No Brasil, não dispomos do mifepristone, 
apenas o misoprostol (análogo de prostaglandina) em comprimi-
dos para uso vaginal de 25, 100 e 200 µg, em ambiente hospitalar. 
Como principais vantagens do uso do misoprostol, pode-se elencar: 
12
Abortamento espontâneo: classificação, diagnóstico e conduta
Protocolos Febrasgo | Nº1 | 2021
ausência da possibilidade de perfuração uterina e formação de siné-
quias, redução dos riscos de sequelas inerentes à dilatação mecânica 
do colo uterino e não demanda de procedimento anestésico. Como 
desvantagens, tem-se o maior tempo de resolução (às vezes dias), 
maior prevalência de alguns sintomas, como cólicas, sangramento, 
náuseas, febre e calafrios, necessidade eventual de complementação 
cirúrgica, de hemotransfusão e a ansiedade da mulher pela espera.(21) 
A dose de misoprostol se altera com o tamanho uterino.
Abortamento no 1º trimestre
Existem vários protocolos para o uso do misoprostol. A Federação 
Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) e a Organização 
Mundial da Saúde (OMS) recomendam a administração de 800 mcg 
via vaginal (4 comprimidos de 200 mcg), com um intervalo de 3 a 12 
horas.(15,22) No caso de mulheres com sangramento genital intenso, 
sepse de foco uterino, com contraindicações ao uso do misoprostol 
ou com comorbidades que necessitam de um modo monitorado de 
evacuação uterina em ambiente hospitalar, o esvaziamento uterino 
mecânico (ou cirúrgico) está indicado como método de primeira 
escolha.(10)
Abortamento no 2º trimestre
A possibilidade da presença de ossos fetais no abortamento de se-
gundo trimestre torna o tratamento farmacológico, seguido pelo ci-
rúrgico, altamente preferencial em relação ao cirúrgico exclusivo.(10) 
Nas gestações entre 13 e 24 semanas a FIGO e a OMS recomendam 
uma posologia de 400 mcg de misoprostol, via vaginal, repetidas a 
cada 3 horas.(15,22) Mulheres com cicatriz uterina têm risco de 0,28% 
de rotura uterina durante abortamento farmacológico no segundo 
trimestre. Por isso, em caso de cicatriz uterina anterior (cesárea ou 
13
CNE em Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério
Protocolos Febrasgo | Nº1 | 2021
miomectomia), a dose de misoprostol não deve ser maior que 200 
mcg vaginal a cada 6 horas.(23)
Método mecânico/cirúrgico
Os dois métodos mais utilizados para esvaziamento uterino no abor-
tamento são a aspiração intrauterina (manual ou elétrica) e a cure-
tagem, que podem ser complementares ao método farmacológico, 
indicados na falha deste, por condições maternas que demandem 
urgência ou se for o desejo da mulher.(10,24) A aspiração intrauterina 
deve ser priorizada em relação à curetagem uterina para esvazia-
mento no primeiro trimestre, por apresentar menor morbimortali-
dade materna.(15,22,24) A OMS e a FIGO recomendam que a curetagem 
seja usada apenas se a aspiração intrauterina não for disponível.(15,22)
Aspiração intrauterina
Se o colo uterino estiver fechado, a utilização de 400 mcg de miso-
prostol, via vaginal, 3 a 4 horas, antes do esvaziamento mecânico, fa-
cilita o procedimento, sendo uma alternativa aos dilatadores mecâ-
nicos.(22) A aspiração pode ser realizada tanto com aspirador elétrico 
(aspiração a vácuo elétrica ou AVE) como com vácuo manual (aspi-
ração manual intrauterina ou AMIU). Ambos os métodos utilizam o 
mesmo nível de sucção, podendo ser considerados equivalentes em 
termos de eficácia e segurança, sendo o procedimento elétrico de 
menor custo.(25) A aspiração intrauterina é o procedimento de eleição 
para esvaziamento uterino antes da 12ª semana, no qual se utilizam 
cânulas com diâmetros variáveis (4 a 12mm), acopladas a seringa 
com vácuo ou a um aspirador elétrico. Esse procedimento possibi-
lita, em situações bastante favoráveis, a substituição da anestesia 
geral ou bloqueio locorregional por analgésicos, sedação ou, ainda, 
por bloqueio paracervical com lidocaína 1% sem vasoconstrictor, re-
14
Abortamento espontâneo: classificação, diagnóstico e conduta
Protocolos Febrasgo | Nº1 | 2021
sultando em encurtamento da permanência hospitalar e maior agi-
lidade no atendimento.(25)
Curetagem uterina
Na curetagem são utilizados instrumentais específicos (curetas), de 
aço inoxidável, para raspar as paredes do útero e retirar os restos 
ovulares. Para que as curetas sejam introduzidas na cavidade uterina 
de maneira menos traumática, se realiza a dilatação do colo previa-
mente, com o uso do misoprostol, como já citado para a aspiração 
ou, caso não seja possível, por meio de dilatadores mecânicos, como 
as velas de Hegar. A curetagem uterina é o método de escolha nos 
casos de abortamentos inevitáveis ou incompletos do segundo tri-
mestre, nos quais os restos ovulares são de maiores dimensões e a 
dilação acentuada do colo não permite a aspiração.(10) É importante 
salientar que nas gestações com feto intrauterino após a 12ª semana, 
se houver condições maternas estáveis, deve-se promover a indução 
farmacológica com misoprostol e somente após a expulsão fetal, se 
faz a curetagem uterina.(3,10,15)
Complicações dos métodos de esvaziamento intrauterino
Os sinais e sintomas mais comumente observados após esvazia-
mento intrauterino são cólicas abdominais, náuseas, vômitos, dor 
e sangramento genital aumentado. Outras complicações, de ocor-
rência rara, incluem reação vagal em função da dor e do medo, es-
vaziamento uterino incompleto, lesão cervical, perfuração uterina, 
hemorragia, embolia gasosa, infecção pélvica e sepse.(3,10,15,22) No 
caso de hemorragia, após se atestar que a causa não é resto ovu-
lar, uterotônicos podem ser utilizados. Além disso, coagulopatia de 
base pode ser aventada. Se a complicação for perfuração uterina, 
na grande maioria das vezes, a conduta é expectante, com vigilân-
15
CNE em Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério
Protocolos Febrasgo | Nº1 | 2021
cia da paciente devido as possibilidades de sangramento abdomi-
nal e infecção.(3,10,15,22)
Prevenção da aloimunização Rh-D
É importante lembrar da profilaxia da aloimunização anti-Rh D de 
mulheres Rh D-negativas com ameaça de abortamento ou aborta-
mento, espontâneo ou induzido.(10) No primeiro trimestre, a dose de 
50 mcg de imunoglobulina hiperimune anti-Rh-D é efetiva, embora 
não haja contraindicação ao uso da dose padrão de 300 mcg, que é 
mais amplamente disponível. Após 12 semanas, recomenda-se a 
dose de 300 mcg.(26)
Informações complementares
Alguns exames podem ser necessários, como o hemograma, na ava-
liação da magnitude do sangramento e na possibilidade de processo 
infeccioso associado. A contagem de plaquetas e provas de coagu-
lação podem auxiliar em situações de coagulopatia. O conhecimen-
to do tipo sanguíneo é obrigatório,na prevenção da aloimunização 
Rh e pela eventual necessidade de hemotransfusões. As sorologias, 
principalmente da sífilis, são importantes na avaliação das causas, 
podendo ser incluído o teste rápido para HIV e hepatites. Acolher 
a paciente e os acompanhantes, sem impor valores pessoais e cren-
ças, informando apropriadamente, são componentes essenciais em 
qualquer atendimento médico relacionado ao abortamento. Sempre 
devem ser apresentados os métodos disponíveis para o tratamento 
do abortamento e alívio de dor. A correta orientação reduz a ansie-
dade e auxilia a lidar com o luto da perda.(10,15) O produto conceptual 
(feto e/ou anexos fetais) devem ser analisados macro e microscopi-
camente. Por isso, devem ser enviados sempre para exame histopato-
lógico.(10,27) A informação adequada após o procedimento também é 
16
Abortamento espontâneo: classificação, diagnóstico e conduta
Protocolos Febrasgo | Nº1 | 2021
muito importante, pois essa é uma situação emocionalmente difícil. 
As orientações devem ser focadas na saúde materna, na atenção aos 
sinais de complicações e na preparação para uma futura gravidez.(28) 
Não há dados que respaldem postergar a concepção após uma perda 
gestacional. Embora a maioria dos médicos recomende a abstinên-
cia sexual por 1 a 2 semanas após o abortamento, não há evidências 
que apoiem esta recomendação.(14,28) Por isso, as mulheres devem 
receber orientações sobre contracepção, logo após a abortamento, 
incluindo o uso de um dispositivo intrauterino ou contracepção hor-
monal, pois ambos são considerados seguros para uso imediato após 
essa intercorrência.(27,29)
Abortamento recorrente
Não existe consenso quanto à definição de abortamento recorrente 
(AR). O conceito clássico é de quando há três ou mais perdas espon-
tâneas sucessivas.(30,31) No entanto, alguns autores consideram recor-
rente quando há duas perdas clinicamente reconhecidas (gestação 
confirmada por imagem ultrassonográfica ou por estudo anatomo-
patológico).(32) As perdas recorrentes comprometem 1% dos casais. 
Quanto maior o número de abortamentos e a idade materna, menor 
a chance de se alcançar uma gestação viável.(33) O risco de novo abor-
tamento chega a 40% após três perdas sucessivas. Sua etiologia é 
variável podendo ser consequente à alteração cromossômicas (anor-
malidades estruturais balanceadas de um dos genitores), inflamató-
ria e imunológicas (síndrome do anticorpo antifosfolípide, lúpus e 
doença celíaca), anatômicas (malformações uterinas e insuficiência 
istmocervical) e endocrinológicas (hiperprolactimenia, insuficiên-
cia de corpo lúteo, diabetes ou tireoidopatia descompensados) entre 
outras.(30) Apesar de investigação cuidadosa, sua causa não é identi-
ficável em 40% a 50% dos casais.(31)
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CNE em Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério
Protocolos Febrasgo | Nº1 | 2021
Investigação
A história clínica deve conter dados detalhados das perdas anterio-
res (Idade gestacional, se foi detectado atividade cardíaca embrioná-
ria ou se houve instrumentação uterina), dos ciclos menstruais, se 
há galactorréia, história familiar de anormalidades congênitas ou 
cariotípicas, exposição a toxinas ambientais ou relatos sugestivos de 
síndrome antifosfolípide. A avaliação complementar recomendada 
inclui a ultrassonografia/ histerossonografia, pesquisa de síndrome 
antifosfolípide e avaliação da função tireoidiana, com hormônio es-
timulador da tireoide (TSH) e antiperoxidase tireoidiana (anti-TPO). 
Culturas e pesquisa de infecções devem ser solicitadas apenas para 
pacientes sintomáticas. O cariótipo do casal pode ser avaliado, mas 
é baixa a probabilidade de uma alteração. O cariótipo do aborto é 
de difícil realização e não ajuda muito para definir a conduta. Não 
devem ser solicitados triagem de trombofilia hereditária, dosagem 
sérica de progesterona e biópsia de endométrio.(34)
Tratamento
Quando a causa do AR for identificada, o tratamento será específico. 
Quando a causa for indefinida, algumas condutas são sugeridas:
• Modificação no estilo de vida: Estudos epidemiológicos sugerem 
que as modificações no estilo de vida, como eliminar o uso de 
tabaco, álcool, cafeína e o emagrecimento para as mulheres obe-
sas podem aumentar o potencial de fertilidade, embora não te-
nham sido definitivamente testadas em ensaios randomizados. 
• Progestagênios: No maior estudo clínico em casos de abortamen-
to de repetição a progesterona vaginal não aumentou a taxa de 
nascidos vivos, quando comparada com o placebo.(35) Contudo, 
meta-análises de 2017 relataram um risco menor de aborto e au-
mento da taxa de nascidos vivos com a suplementação de pro-
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Abortamento espontâneo: classificação, diagnóstico e conduta
Protocolos Febrasgo | Nº1 | 2021
gestagênios no primeiro trimestre. Os efeitos foram modestos e 
vários tipos de progestagênios e vias de administração foram uti-
lizados, o que limita a interpretação e a aplicabilidade clínica da 
informação.(36,37) A didrogesterona oral, na dose de 10 mg duas ou 
três vezes ao dia, parece ser segura e apresentou resultados positi-
vos em um estudo clínico randomizado, quando comparada com 
o placebo.(37,38) Uma metanálise de 2017 mostrou que a incidência 
de abortamento foi menor no grupo tratado com a didrogestero-
na comparada ao grupo placebo (OR 0,43; IC 0,26-0,71).(37) O uso 
de ácido acetilsalicílico, heparinas, gonadotrofina coriônica hu-
mana, citrato de clomifeno, imunoglobulina endovenosa e glico-
corticoides são condutas não recomendadas, por serem inefetivas 
ou não comprovadas, nos casos de abortamento recorrente sem 
causa conhecida.(34)
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of action as luteal phase support in assisted reproduction. Reproductive Bio Medicine Online 2018; Reproductive Healthcare Ltd. Published by Elsevier Ltd. 1-11. 3. 
Schindler AE et al. European Progestin Club Guidelines for prevention and treatment of threatened or recurrent (habitual) miscarriages with progestogens. Gynecol 
Endocrinol 2015;31(6):447–449. 4. Carp H. A systematic review of dydrogesterone for the treatment of threatened miscarriage. Gynecol Endocrinol 2012; 
28(12):983–990. 5. Saccone G, Schoen C, Franasiak JM, et al. Supplementation with progestogens in the first trimester of pregnancy to prevent miscarriages in 
women with unexplained recurrent miscarriages: a systematic review and meta-analysis of randomized, controlled trials. Fertil Steril 2017;107:430–438. 
CONTRAINDICAÇÕES: Hipersensibilidade conhecida à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes; Neoplasia suspeita ou diagnosticada dependente de 
progestagênio (ex: meningioma); Sangramento vaginal não diagnosticado; Nos casos em que é contraindicado o uso de estrogênio mesmo que em combinação com 
a didrogesterona; deve ser descontinuado após o diagnóstico de aborto no suporte à fase lútea como parte de um tratamento de Tecnologia de Reprodução Assistida 
(TRA). Este medicamento é contraindicado para uso por homens. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: o metabolismo da didrogesterona e DHD podem ser 
aumentados pelo uso concomitante de substâncias que sabidamente induzem enzimas CYP, tais como anticonvulsivantes (por exemplo: fenobarbital, fenitoína, 
carbamazepina) e anti-infecciosos (por exemplo: rifampicina, rifabutina, nevirapina, efavirenz) e preparações à base de plantas contendo, por exemplo, Erva-de-São-
-João (Hipericum perforatum), sálvia ou Ginkgo biloba. Embora o ritonavir e nelfinavir sejam conhecidos como fortes inibidores da enzima citocromo, por outro lado 
apresentam propriedades indutoras quando utilizados concomitantemente com hormônios esteroides. Clinicamente, o aumento do metabolismo da didrogesterona 
pode levar a redução do efeito. Estudos “in vitro” mostraramque a didrogesterona e DHD não inibem ou induzem as enzimas CYP em drogas metabolizadas em 
concentrações clinicamente relevantes. 
DUPHASTON® (didrogesterona) - MS. 1.0553.0347. VIA ORAL. USO ADULTO. INDICAÇÕES: indicado para o tratamento da: Deficiência de Progesterona tais 
como: dismenorreia; endometriose; amenorreia secundária; ciclos irregulares; sangramento uterino disfuncional, síndrome pré-menstrual; tratamento de aborto 
habitual ou ameaça de aborto; infertilidade devido a insuficiência lútea. Suporte ou suplementação da fase lútea durante ciclos de fertilização obtidos por tecnologias 
de reprodução assistida (FIV – Fertilização In Vitro). Terapia de Reposição Hormonal (TRH): Para contrabalançar os efeitos do estrogênio isolado sobre o endométrio 
durante a TRH. CONTRAINDICAÇÕES: Hipersensibilidade conhecida à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes; Neoplasia suspeita ou diagnosticada 
dependente de progestagênio (ex: meningioma); Sangramento vaginal não diagnosticado; Nos casos em que é contraindicado o uso de estrogênio mesmo que em 
combinação com a didrogesterona; deve ser descontinuado após o diagnóstico de aborto no suporte à fase lútea como parte de um tratamento de Tecnologia de 
Reprodução Assistida (TRA). Este medicamento é contraindicado para uso por homens. POSOLOGIA: As doses, esquema de tratamento e duração do tratamento 
devem ser adaptados conforme a severidade da disfunção e a resposta clínica. Modo de usar: Tomar os comprimidos de DUPHASTON® com água; pode ser 
administrado com ou sem alimentos; Caso a paciente tenha que tomar mais de 1 comprimido, distribuí-lo uniformemente ao longo do dia. Terapia de Reposição 
Hormonal: Em combinação com terapia estrogênica contínua, um comprimido de 10 mg de DUPHASTON® diariamente durante 14 dias consecutivos por ciclo de 
28 dias; Em combinação com terapia estrogênica cíclica, um comprimido de 10 mg de diariamente durante os últimos 12 - 14 dias da terapia estrogênica. Se as 
biópsias endometriais ou ultrassom revelarem resposta inadequada à progesterona, deverão ser prescritos 20 mg de DUPHASTON®. Dismenorréia: 10 mg duas 
vezes ao dia, do 5º ao 25º dia do ciclo. Endometriose: 10 mg duas a três vezes ao dia, do 5º ao 25º dia do ciclo ou continuamente. Amenorréia secundária: Um 
estrógeno uma vez ao dia, do 1º ao 25º dia do ciclo, junto com 10 mg de DUPHASTON® duas vezes ao dia, do 11º ao 25º dia do ciclo. Ciclos irregulares: 10 mg 
duas vezes ao dia, do 11º ao 25º dia do ciclo. Sangramento disfuncional (para deter o sangramento): 10 mg duas vezes ao dia por 5 a 7 dias. Sangramento 
disfuncional (para prevenir o sangramento):10 mg duas vezes ao dia, do 11º ao 25º dia do ciclo. Síndrome pré-menstrual: 10 mg duas vezes ao dia, do 11º ao 
25º dia do ciclo. Ameaça de aborto: 40 mg de uma só vez, e então 10 mg a cada 8 horas até que os sintomas regridam. Aborto habitual: 10 mg duas vezes ao dia 
até a 20ª semana de gravidez. Infertilidade por deficiência luteínica: 10 mg ao dia, do 14º ao 25º dia do ciclo. O tratamento deverá ser mantido por pelo menos 6 
ciclos consecutivos. É recomendável continuar esse tratamento durante os primeiros meses de qualquer gravidez usando as doses indicadas para o aborto habitual. 
Suporte ou suplementação da fase lútea durante ciclos de fertilização obtidos por tecnologias de reprodução assistida (FIV – Fertilização In Vitro): 10mg 
três vezes ao dia, via oral, iniciando-se no dia da aspiração folicular até a 12ª semana de gestação. Não há evidências elevantes para o uso de didrogesterona antes 
do inicio da menstruação. A sua segurança e eficácia em adolescentes entre 12-18 anos de idade não foi estabelecida. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: Antes de 
iniciar o tratamento com DUPHASTON® para sangramento anormal, a etiologia do sangramento deve ser esclarecida. Condições que necessitam acompanha-
mento médico: Porfiria; Depressão; Valores da função hepática anormais causados por doença hepática aguda ou crônica. Outras condições: DUPHASTON® 
contém lactose monoidratada. Pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de Lapp de lactase ou má-absorção de 
glicose-galactose não devem tomar esse medicamento. As seguintes advertências e precauções aplicam-se quando se usa a didrogesterona em 
combinação com estrogênios para TRH: Veja também as “Advertências e Precauções” na bula do produto com estrogênio. Para o tratamento dos sintomas da 
pós-menopausa, a TRH deve ser iniciada somente para sintomas que afetarem adversamente a qualidade de vida. Em todos os casos, uma avaliação cuidadosa dos 
riscos e benefícios deve ser realizada pelo menos anualmente, e a TRH deve ser continuada apenas se o benefício exceder o risco. PARA MAIORES INFORMAÇÕES 
CONSULTE A BULA DO PROFISSIONAL DISPONÍVEL NO SITE DA ANVISA SOBRE AS ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES RELACIONADAS A: Hiperplasia endometrial 
e carcinoma, Câncer de mama, Câncer de ovário, Tromboembolismo venoso (TEV), Doença arterial coronariana (DAC), Acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, 
Fertilidade, Gravidez, Lactação e Efeitos na habilidade de conduzir veículos e operar máquinas. Categoria de risco na gravidez: B. Este medicamento não deve 
ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: o metabolismo da didrogesterona e DHD podem ser 
aumentados pelo uso concomitante de substâncias que sabidamente induzem enzimas CYP, tais como anticonvulsivantes (por exemplo: fenobarbital, fenitoína, 
carbamazepina) e anti-infecciosos (por exemplo: rifampicina, rifabutina, nevirapina, efavirenz) e preparações à base de plantas contendo, por exemplo, Erva-de-São-
-João (Hipericum perforatum), sálvia ou Ginkgo biloba. Embora o ritonavir e nelfinavir sejam conhecidos como fortes inibidores da enzima citocromo, por outro lado 
apresentam propriedades indutoras quando utilizados concomitantemente com hormônios esteroides. Clinicamente, o aumento do metabolismo da didrogesterona 
pode levar a redução do efeito. Estudos “in vitro” mostraram que a didrogesterona e DHD não inibem ou induzem as enzimas CYP em drogas metabolizadas em 
concentrações clinicamente relevantes. REAÇÕES ADVERSAS: hemorragia vaginal, enxaqueca / cefaleia, náusea, vômitos, dor abdominal, distúrbios menstruais e 
dor ou sensibilidade nas mamas. Reações muito comuns (>1/10): Distúrbios do sistema reprodutor e mamas: hemorragia vaginal; Reações comuns (≥1/100 e 
<1/10): Distúrbios do sistema nervoso: cefaleia ou enxaqueca; Distúrbios gastrintestinais: náusea, vômito e dor abdominal; Distúrbios do sistema reprodutor e 
mamas: distúrbios menstruais (incluindo metrorragia, menorragia, oligo/amenorreia, dismenorreia e ciclos irregulares), dor ou sensibilidade nas mamas. Reações 
incomuns (≥1/1.000 e <1/100): Distúrbios psiquiátricos: humor deprimido; Distúrbios do sistema nervoso: tontura; Distúrbios hepatobiliares: função hepática 
anormal (com icterícia, astenia ou mal-estar, e dor abdominal); Distúrbios da pele e tecido subcutâneo: dermatite alérgica (ex. rash, prurido e urticária); Investigações: 
aumento de peso. Reações raras (≥1/10.000 e < 1/1.000): Neoplasias benignas, malignas, não especificadas (incluindo cistos e pólipos): aumento no tamanho de 
neoplasias dependentes de progestagênio (por exemplo, meningioma); Distúrbios do sistema hematológico e linfático: anemia hemolítica. Distúrbios do sistema 
imunológico: hipersensibilidade. Distúrbios do sistema nervoso: sonolência; Distúrbios da pele e tecido subcutâneo: angioedema. Distúrbios do sistema reprodutor e 
mamas: inchaço das mamas; Distúrbios gerais e de local de administração: edema. Reações adversas na população adolescente: é esperado que seja 
semelhante ao observado em adultos. Reações adversas que estão associadas ao tratamento de estrogênio-progestagênio: Câncer de mama, hiperplasia 
endometrial, carcinoma endometrial, câncer de ovário, tromboembolismo venoso; Infarto do miocárdio, doença arterial coronariana, trombose venosa, acidente 
vascular cerebral isquêmico.VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Registrado e Importado por: Abbott Laboratórios do Brasil Ltda. Rua Michigan, 735 – São Paulo 
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ser descontinuado após o diagnóstico de aborto no suporte à fase lútea como parte de um tratamento de Tecnologia de Reprodução Assistida (TRA). Este medicamento é 
contraindicado para uso por homens. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: o metabolismo da didrogesterona e DHD podem ser aumentados pelo uso concomitante de 
substâncias que sabidamente induzem enzimas CYP, tais como anticonvulsivantes (por exemplo: fenobarbital, fenitoína, carbamazepina) e anti-infecciosos (por exemplo: 
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Referências bibliográficas: 1.Bula do produto Duphaston. 2. Griesinger G, Tournaye H, Macklon N, et al. Dydrogesterone: pharmacological profile and mechanism 
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Schindler AE et al. European Progestin Club Guidelines for prevention and treatment of threatened or recurrent (habitual) miscarriages with progestogens. Gynecol 
Endocrinol 2015;31(6):447–449. 4. Carp H. A systematic review of dydrogesterone for the treatment of threatened miscarriage. Gynecol Endocrinol 2012; 
28(12):983–990. 5. Saccone G, Schoen C, Franasiak JM, et al. Supplementation with progestogens in the first trimester of pregnancy to prevent miscarriages in 
women with unexplained recurrent miscarriages: a systematic review and meta-analysis of randomized, controlled trials. Fertil Steril 2017;107:430–438. 
CONTRAINDICAÇÕES: Hipersensibilidade conhecida à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes; Neoplasia suspeita ou diagnosticada dependente de 
progestagênio (ex: meningioma); Sangramento vaginal não diagnosticado; Nos casos em que é contraindicado o uso de estrogênio mesmo que em combinação com 
a didrogesterona; deve ser descontinuado após o diagnóstico de aborto no suporte à fase lútea como parte de um tratamento de Tecnologia de Reprodução Assistida 
(TRA). Este medicamento é contraindicado para uso por homens. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: o metabolismo da didrogesterona e DHD podem ser 
aumentados pelo uso concomitante de substâncias que sabidamente induzem enzimas CYP, tais como anticonvulsivantes (por exemplo: fenobarbital, fenitoína, 
carbamazepina) e anti-infecciosos (por exemplo: rifampicina, rifabutina, nevirapina, efavirenz) e preparações à base de plantas contendo, por exemplo, Erva-de-São-
-João (Hipericum perforatum), sálvia ou Ginkgo biloba. Embora o ritonavir e nelfinavir sejam conhecidos como fortes inibidores da enzima citocromo, por outro lado 
apresentam propriedades indutoras quando utilizados concomitantemente com hormônios esteroides. Clinicamente, o aumento do metabolismo da didrogesterona 
pode levar a redução do efeito. Estudos “in vitro” mostraram que a didrogesterona e DHD não inibem ou induzem as enzimas CYP em drogas metabolizadas em 
concentrações clinicamente relevantes. 
DUPHASTON® (didrogesterona) - MS. 1.0553.0347. VIA ORAL. USO ADULTO. INDICAÇÕES: indicado para o tratamento da: Deficiência de Progesterona tais 
como: dismenorreia; endometriose; amenorreia secundária; ciclos irregulares; sangramento uterino disfuncional, síndrome pré-menstrual; tratamento de aborto 
habitual ou ameaça de aborto; infertilidade devido a insuficiência lútea. Suporte ou suplementação da fase lútea durante ciclos de fertilização obtidos por tecnologias 
de reprodução assistida (FIV – Fertilização In Vitro). Terapia de Reposição Hormonal (TRH): Para contrabalançar os efeitos do estrogênio isolado sobre o endométrio 
durante a TRH. CONTRAINDICAÇÕES: Hipersensibilidade conhecida à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes; Neoplasia suspeita ou diagnosticada 
dependente de progestagênio (ex: meningioma); Sangramento vaginal não diagnosticado; Nos casos em que é contraindicado o uso de estrogênio mesmo que em 
combinação com a didrogesterona; deve ser descontinuado após o diagnóstico de aborto no suporte à fase lútea como parte de um tratamento de Tecnologia de 
Reprodução Assistida (TRA). Este medicamento é contraindicado para uso por homens. POSOLOGIA: As doses, esquema de tratamento e duração do tratamento 
devem ser adaptados conforme a severidade da disfunção e a resposta clínica. Modo de usar: Tomar os comprimidos de DUPHASTON® com água; pode ser 
administrado com ou sem alimentos; Caso a paciente tenha que tomar mais de 1 comprimido, distribuí-lo uniformemente ao longo do dia. Terapia de Reposição 
Hormonal: Em combinação com terapia estrogênica contínua, um comprimido de 10 mg de DUPHASTON® diariamente durante 14 dias consecutivos por ciclo de 
28 dias; Em combinação com terapia estrogênica cíclica, um comprimido de 10 mg de diariamente durante os últimos 12 - 14 dias da terapia estrogênica. Se as 
biópsias endometriais ou ultrassom revelarem resposta inadequada à progesterona, deverão ser prescritos 20 mg de DUPHASTON®. Dismenorréia: 10 mg duas 
vezes ao dia, do 5º ao 25º dia do ciclo. Endometriose: 10 mg duas a três vezes ao dia, do 5º ao 25º dia do ciclo ou continuamente. Amenorréia secundária: Um 
estrógeno uma vez ao dia, do 1º ao 25º dia do ciclo, junto com 10 mg de DUPHASTON® duas vezes ao dia, do 11º ao 25º dia do ciclo. Ciclos irregulares: 10 mg 
duas vezes ao dia, do 11º ao 25º dia do ciclo. Sangramento disfuncional (para deter o sangramento): 10 mg duas vezes ao dia por 5 a 7 dias. Sangramento 
disfuncional (para prevenir o sangramento):10 mg duas vezes ao dia, do 11º ao 25º dia do ciclo. Síndrome pré-menstrual: 10 mg duas vezes ao dia, do 11º ao 
25º dia do ciclo. Ameaça de aborto: 40 mg de uma só vez, e então 10 mg a cada 8 horas até que os sintomas regridam. Aborto habitual: 10 mg duas vezes ao dia 
até a 20ª semana de gravidez. Infertilidade por deficiência luteínica: 10 mg ao dia, do 14º ao 25º dia do ciclo. O tratamento deverá ser mantido por pelo menos 6 
ciclos consecutivos. É recomendável continuar esse tratamento durante os primeiros meses de qualquer gravidez usando as doses indicadas para o aborto habitual. 
Suporte ou suplementação da fase lútea durante ciclos de fertilização obtidos por tecnologias de reproduçãoassistida (FIV – Fertilização In Vitro): 10mg 
três vezes ao dia, via oral, iniciando-se no dia da aspiração folicular até a 12ª semana de gestação. Não há evidências elevantes para o uso de didrogesterona antes 
do inicio da menstruação. A sua segurança e eficácia em adolescentes entre 12-18 anos de idade não foi estabelecida. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: Antes de 
iniciar o tratamento com DUPHASTON® para sangramento anormal, a etiologia do sangramento deve ser esclarecida. Condições que necessitam acompanha-
mento médico: Porfiria; Depressão; Valores da função hepática anormais causados por doença hepática aguda ou crônica. Outras condições: DUPHASTON® 
contém lactose monoidratada. Pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de Lapp de lactase ou má-absorção de 
glicose-galactose não devem tomar esse medicamento. As seguintes advertências e precauções aplicam-se quando se usa a didrogesterona em 
combinação com estrogênios para TRH: Veja também as “Advertências e Precauções” na bula do produto com estrogênio. Para o tratamento dos sintomas da 
pós-menopausa, a TRH deve ser iniciada somente para sintomas que afetarem adversamente a qualidade de vida. Em todos os casos, uma avaliação cuidadosa dos 
riscos e benefícios deve ser realizada pelo menos anualmente, e a TRH deve ser continuada apenas se o benefício exceder o risco. PARA MAIORES INFORMAÇÕES 
CONSULTE A BULA DO PROFISSIONAL DISPONÍVEL NO SITE DA ANVISA SOBRE AS ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES RELACIONADAS A: Hiperplasia endometrial 
e carcinoma, Câncer de mama, Câncer de ovário, Tromboembolismo venoso (TEV), Doença arterial coronariana (DAC), Acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, 
Fertilidade, Gravidez, Lactação e Efeitos na habilidade de conduzir veículos e operar máquinas. Categoria de risco na gravidez: B. Este medicamento não deve 
ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: o metabolismo da didrogesterona e DHD podem ser 
aumentados pelo uso concomitante de substâncias que sabidamente induzem enzimas CYP, tais como anticonvulsivantes (por exemplo: fenobarbital, fenitoína, 
carbamazepina) e anti-infecciosos (por exemplo: rifampicina, rifabutina, nevirapina, efavirenz) e preparações à base de plantas contendo, por exemplo, Erva-de-São-
-João (Hipericum perforatum), sálvia ou Ginkgo biloba. Embora o ritonavir e nelfinavir sejam conhecidos como fortes inibidores da enzima citocromo, por outro lado 
apresentam propriedades indutoras quando utilizados concomitantemente com hormônios esteroides. Clinicamente, o aumento do metabolismo da didrogesterona 
pode levar a redução do efeito. Estudos “in vitro” mostraram que a didrogesterona e DHD não inibem ou induzem as enzimas CYP em drogas metabolizadas em 
concentrações clinicamente relevantes. REAÇÕES ADVERSAS: hemorragia vaginal, enxaqueca / cefaleia, náusea, vômitos, dor abdominal, distúrbios menstruais e 
dor ou sensibilidade nas mamas. Reações muito comuns (>1/10): Distúrbios do sistema reprodutor e mamas: hemorragia vaginal; Reações comuns (≥1/100 e 
<1/10): Distúrbios do sistema nervoso: cefaleia ou enxaqueca; Distúrbios gastrintestinais: náusea, vômito e dor abdominal; Distúrbios do sistema reprodutor e 
mamas: distúrbios menstruais (incluindo metrorragia, menorragia, oligo/amenorreia, dismenorreia e ciclos irregulares), dor ou sensibilidade nas mamas. Reações 
incomuns (≥1/1.000 e <1/100): Distúrbios psiquiátricos: humor deprimido; Distúrbios do sistema nervoso: tontura; Distúrbios hepatobiliares: função hepática 
anormal (com icterícia, astenia ou mal-estar, e dor abdominal); Distúrbios da pele e tecido subcutâneo: dermatite alérgica (ex. rash, prurido e urticária); Investigações: 
aumento de peso. Reações raras (≥1/10.000 e < 1/1.000): Neoplasias benignas, malignas, não especificadas (incluindo cistos e pólipos): aumento no tamanho de 
neoplasias dependentes de progestagênio (por exemplo, meningioma); Distúrbios do sistema hematológico e linfático: anemia hemolítica. Distúrbios do sistema 
imunológico: hipersensibilidade. Distúrbios do sistema nervoso: sonolência; Distúrbios da pele e tecido subcutâneo: angioedema. Distúrbios do sistema reprodutor e 
mamas: inchaço das mamas; Distúrbios gerais e de local de administração: edema. Reações adversas na população adolescente: é esperado que seja 
semelhante ao observado em adultos. Reações adversas que estão associadas ao tratamento de estrogênio-progestagênio: Câncer de mama, hiperplasia 
endometrial, carcinoma endometrial, câncer de ovário, tromboembolismo venoso; Infarto do miocárdio, doença arterial coronariana, trombose venosa, acidente 
vascular cerebral isquêmico. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Registrado e Importado por: Abbott Laboratórios do Brasil Ltda. Rua Michigan, 735 – São Paulo 
– SP - CNPJ: 56.998.701/0001-16 - ABBOTT CENTER: 0800 703 1050. MB 04 (BU26) 
POSOLOGIA
CONTRAINDICAÇÕES: Hipersensibilidade conhecida à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes; Neoplasia suspeita ou diagnosticada dependente de progestagênio 
(ex: meningioma); Sangramento vaginal não diagnosticado; Nos casos em que é contraindicado o uso de estrogênio mesmo que em combinação com a didrogesterona; deve 
ser descontinuado após o diagnóstico de aborto no suporte à fase lútea como parte de um tratamento de Tecnologia de Reprodução Assistida (TRA). Este medicamento é 
contraindicado para uso por homens. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: o metabolismo da didrogesterona e DHD podem ser aumentados pelo uso concomitante de 
substâncias que sabidamente induzem enzimas CYP, tais como anticonvulsivantes (por exemplo: fenobarbital, fenitoína, carbamazepina) e anti-infecciosos (por exemplo: 
rifampicina, rifabutina, nevirapina, efavirenz) e preparações à base de plantas contendo, por exemplo, Erva-de-São-João (Hipericum perforatum), sálvia ou Ginkgo biloba. 
Embora o ritonavir e nelfinavir sejam conhecidos como fortes inibidores da enzima citocromo, por outro lado apresentam propriedades indutoras quando utilizados 
concomitantemente com hormônios esteroides. Clinicamente, o aumento do metabolismo da didrogesterona pode levar a redução do efeito. Estudos “in vitro” mostraram que 
a didrogesterona e DHD não inibem ou induzem as enzimas CYP em drogas metabolizadas em concentrações clinicamente relevantes.
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