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Slides de Aula - Unidade IV

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Profa. Ma. Priscila Zinczynszyn
UNIDADE IV
Contratos Civis e 
Empresariais
7.1 Gestão de riscos contratuais:
 As operações econômicas empresariais se constituem por meio de contratos entabulados 
entre os empresários, cujo escopo é a associação para as mútuas vantagens; 
 Entretanto, os negócios jurídicos realizados entre as empresas envolvem os riscos que 
podem ser previsíveis ou não;
 Amato (2014, p. 259) dispõe que “Os contratos empresariais 
têm no preço o seu principal mecanismo de alocação de 
riscos, ou seja, de contingência e incerteza sobre a 
ocorrência de eventos que podem prejudicar a realização dos 
interesses contratados”.
7 Gestão de Contratos Empresariais
7.1.1 Alocação de riscos nos contratos empresariais:
 O risco trata-se de evento futuro e incerto, portanto, independente do concurso de vontades;
 Assim, quando tratamos de contratos privados, com relação aos riscos imprevisíveis, de fato, 
nenhuma das partes tem condições de prever; 
 Entretanto, em se tratando de contratos empresariais, tendo 
em vista que o risco é inerente às atividades econômicas, 
eventualmente, eles ocorrerão; previsíveis ou imprevisíveis, 
poderão onerar uma ou ambas as partes contratantes; 
 Nesse caso, a alocação de riscos será definida pelas partes, 
devendo ser respeitada e observada (CC, Art. 421-A, II).
7 Gestão de Contratos Empresariais
Vejamos na figura a seguir os riscos mais comuns nos contratos empresariais:
7 Gestão de Contratos Empresariais
Figura 27 – Riscos empresariais. Fonte: livro-texto.
Riscos 
contratuais 
empresariais
Riscos 
decorrentes 
do projeto
Riscos 
operacionais
Riscos 
financeiros
Riscos de 
transporte
Riscos 
jurídicos
Riscos 
políticos
Riscos de 
mercado
Riscos de 
suprimento
7.1.2 Avaliação de riscos nos contratos empresariais:
 Os riscos advindos da contratação, embora sejam previsíveis, nem sempre são contornáveis, 
mas poderão ser bem administrados se houver uma boa gestão de riscos contratuais; 
 Para isso, é preciso que haja uma boa avaliação sobre os riscos inerentes àquela transação.
7 Gestão de Contratos Empresariais
Figura 28 – Gestão de riscos 
contratuais. Fonte: livro-texto.
Avaliação 
de riscos
Mensuração 
dos riscos
Análise de 
riscos
Mitigação 
dos riscos
Análise de riscos:
A análise de riscos contratuais se destina a promover um diagnóstico sobre os impactos do 
contrato com relação à empresa. São eles:
a) Custos (segurança da informação, seguro, logística);
b) Ciclo de vida dos produtos ou de serviços;
c) Impactos ambientais e sociais;
d) Externalidades etc.
7 Gestão de Contratos Empresariais
Mensuração de riscos:
 A mensuração dos riscos contratuais equivale a identificar o custo-benefício no tocante ao 
investimento e à alocação de recursos necessários para viabilizar o contrato, além do cálculo 
efetivo sobre as probabilidades de o risco ocorrer e, nesse caso, as suas 
possíveis consequências.
7 Gestão de Contratos Empresariais
Fonte: esta foto de autor desconhecido está licenciada em CC BY.
Em uma abordagem econômica dos contratos empresariais, Correia et al. (2014) sugere uma 
abrangência sistêmica do fornecimento:
a) Quanto à identificação do fornecedor;
b) Quanto à descrição do objeto do contrato;
c) Quanto às condições de entrega;
d) Quanto ao preço;
e) Quanto à análise de riscos contratuais.
7 Gestão de Contratos Empresariais
Fonte: esta foto de autor desconhecido está licenciada em CC BY.
Mitigação de riscos:
Além da mensuração, devem ser analisadas as questões que envolvam a mitigação dos riscos. 
Questões, como as listadas a seguir, precisam ser respondidas para que se promovam as 
diligências necessárias, a fim de minimizar as possíveis consequências (VIGNA, 2017, 
p. 25-26):
a) Existe pessoal qualificado para gerir e controlar os riscos?
b) Em caso positivo, esse pessoal possui expertise, tempo e 
recursos para gerir a performance desejada?
c) Foram implementados os mecanismos de ressarcimento 
(justo e razoável)?
d) Existe a constituição de um seguro contra os riscos?
e) Há um plano de contingência com a possível transferência 
de riscos?
7 Gestão de Contratos Empresariais
 Os riscos do contrato sempre estarão conectados com o tipo e a estratégia de contratação.
 A depender do contrato empresarial, maiores ou menores serão as suas especificidades.
Assim, os aspectos como os mencionados a seguir deverão ser avaliados e considerados de 
acordo com cada contrato empresarial:
a) Tipo e porte econômico da empresa;
b) Segmento empresarial;
c) Principais atividades da empresa;
d) Quadro societário;
e) Clientes e rede de fornecedores;
f) Custos e valores envolvidos;
g) Performance da empresa;
7 Gestão de Contratos Empresariais
h) Satisfação dos clientes;
i) Relações da empresa com o público interno e externo;
j) Responsabilidade social e boas práticas corporativas;
k) Relações da empresa com o governo;
l) Finanças da empresa;
m) Capacidade produtiva;
n) Recursos humanos;
o) Padrões de qualidade para os produtos e os serviços;
p) Filosofia e missão da empresa;
q) Programas de integridade.
7 Gestão de Contratos Empresariais
Fonte: esta foto de autor desconhecido está 
licenciada em CC BY-NC-ND.
Assinale a alternativa incorreta:
a) As operações econômicas empresariais se constituem por meio de contratos entabulados 
entre os empresários cujo escopo é a associação para as mútuas vantagens.
b) O risco trata-se de um evento futuro e incerto, portanto, independente do concurso 
de vontades. 
c) Os riscos advindos da contratação, embora sejam previsíveis, nem sempre são 
contornáveis, mas poderão ser bem administrados se houver uma boa gestão de 
riscos contratuais. 
d) A análise de riscos contratuais não se destina a promover um 
diagnóstico sobre os impactos do contrato com relação 
à empresa. 
e) Além da mensuração, devem ser analisadas as questões que 
envolvam a mitigação dos riscos. 
Interatividade
Assinale a alternativa incorreta:
a) As operações econômicas empresariais se constituem por meio de contratos entabulados 
entre os empresários cujo escopo é a associação para as mútuas vantagens.
b) O risco trata-se de um evento futuro e incerto, portanto, independente do concurso 
de vontades. 
c) Os riscos advindos da contratação, embora sejam previsíveis, nem sempre são 
contornáveis, mas poderão ser bem administrados se houver uma boa gestão de 
riscos contratuais. 
d) A análise de riscos contratuais não se destina a promover um 
diagnóstico sobre os impactos do contrato com relação 
à empresa. 
e) Além da mensuração, devem ser analisadas as questões que 
envolvam a mitigação dos riscos. 
Resposta
7.2 Fases contratuais na análise de riscos:
 Adotar um sistema eficiente de gestão de contratos para que a empresa, em suas atividades 
negociais, tenha um bom desempenho financeiro e operacional é essencial;
 O controle do capital de giro, dos lucros e da rentabilidade, assim como o monitoramento da 
saúde patrimonial da companhia são parte do planejamento estruturado. Esse 
monitoramento é vital para o ciclo de vida financeira da empresa.
7 Gestão de Contratos Empresariais
 A gestão de contratos surge como uma ferramenta hábil a gerenciar, de forma eficiente, não 
só o cumprimento de todas as etapas contratuais, mas, também, a instrumentalização das 
medidas garantidoras, caso o negócio apresente as situações contingenciais contornáveis 
através de um bom plano de ação.
A tecnologia tem desenvolvido as formas de gestão contratual que facilitam a vida do gestor, 
tais como:
a) Automatização de documentos;
b) Proteção de dados em nuvem;
c) Assinaturas criptografadas etc.
7 Gestão de Contratos Empresariais
Ademais, o sistema automatizado de gestão traz vários benefícios à empresa:
a) Economia de tempo;
b) Alocaçãode custos;
c) Maior controle sobre os dados e os documentos;
d) Maior segurança;
e) Melhora no desempenho da empresa com vistas a aumentar a sua lucratividade.
7 Gestão de Contratos Empresariais
Fonte: esta foto de autor desconhecido está licenciada em CC BY-SA-NC.
7.2.1 Fase pré-contratual:
 Na fase pré-contratual, é importante que o trajeto a percorrer seja alinhado por critérios. 
Assim, estabelecer as regras de contratação para a empresa é fundamental para padronizar 
um sistema de contratação a ser seguido e observado; 
 Nessa fase, é preciso, antes da assinatura do contrato, 
conhecer a empresa com quem se vai contratar, buscar as 
referências, verificar o cumprimento da empresa com relação 
às suas obrigações legais, conhecer a sua atuação comercial, 
entre outras questões relevantes e essenciais. 
7 Gestão de Contratos Empresariais
Os contratos empresariais definem-se por meio de elementos básicos para serem 
concretizados, nomeadamente para aqueles que tratam da compra e da venda. Vejamos 
esses elementos a seguir:
7 Gestão de Contratos Empresariais
Figura 29 – Condições básicas dos contratos. Fonte: livro-texto.
Contratos
Ativos
Preço
Medidas de 
salvaguarda
Assim, na fase pré-contratual, a avaliação econômica do contrato é de especial importância. 
Conjugam-se a essa fase os requisitos imprescindíveis, tais como:
a) Consentimento;
b) Confiança;
c) Boa-fé;
d) Atribuição de responsabilidades;
e) Respeito aos deveres anexos ao contrato (cooperação, confiança legítima, lealdade).
7 Gestão de Contratos Empresariais
7.2.2 Fechamento e assinatura do contrato:
 No que tange ao fechamento do contrato, Vigna (2017, p. 63) chama a atenção para a fase 
da assinatura do contrato, já que ela “abarca uma série de aspectos importantes, como a 
comunicação ao parceiro/fornecedor de que a empresa o escolheu, e a comunicação aos 
que não foram escolhidos”. 
Além disso, adiciona o autor, é importante que se promova a “publicização da escolha”. Mas, 
segundo ele, existem mais algumas questões importantes a serem observadas. Vejamos:
7 Gestão de Contratos Empresariais
a) Garantir que todas as partes do contrato conheçam os seus papéis e as suas 
reponsabilidades de imediato;
b) Checar se os procedimentos acordados serão cumpridos por todas as partes;
c) Garantir que todas as etapas, até o momento, sejam explicadas à equipe de gestão de 
contrato, uma vez que os seus membros podem ser diferentes da equipe de projetos, que 
buscou os parceiros;
d) Se for o caso, cuidar para que a transição do parceiro seja feita de maneira integrada e 
menos danosa possível.
 Dessa forma, a uniformização de parâmetros quanto às 
responsabilidades das partes evita ou minimiza as 
situações conflitantes. 
7 Gestão de Contratos Empresariais
7.2.3 Fase de execução:
 Durante essa fase, realiza-se o monitoramento do contrato e dos possíveis riscos envolvidos, 
com as eventuais adaptações, se for o caso; 
 Nessa fase, é necessário que não ocorram as disputas ou os elementos-surpresa, já que o 
planejamento de riscos antecede a fase pré-contratual, e concretiza-se na elaboração e no 
fechamento do contrato, cujas condições e garantias, estipuladas e convencionadas pelas 
partes, as obrigam ao cumprimento.
7 Gestão de Contratos Empresariais
 A fase de execução do contrato enseja a sua administração. Em fase posterior à assinatura, 
a gestão se destina a verificar o acompanhamento do bom desempenho contratual, ou seja, 
a efetivação do contrato (entrega do produto ou serviço), o cumprimento das condições de 
entrega, enfim, a administração do contrato.
7 Gestão de Contratos Empresariais
Figura 30 – Gestão de contratos posterior à assinatura. Fonte: livro-texto.
Gestão do 
contrato
Acompanhamento
Administração 
do contrato
Assinale a alternativa correta:
a) O controle do capital de giro, dos lucros e da rentabilidade, assim como o monitoramento 
da saúde patrimonial da companhia não são parte do planejamento estruturado. 
b) Na fase pré-contratual é importante que o trajeto a percorrer seja alinhado por critérios. 
c) A avaliação econômica do contrato não ocorre na fase pré-contratual.
d) No fechamento do contrato não é importante que se promova a “publicização da escolha”.
e) A uniformização de parâmetros quanto às responsabilidades das partes não evita ou 
minimiza as situações conflitantes. 
Interatividade
Assinale a alternativa correta:
a) O controle do capital de giro, dos lucros e da rentabilidade, assim como o monitoramento 
da saúde patrimonial da companhia não são parte do planejamento estruturado. 
b) Na fase pré-contratual é importante que o trajeto a percorrer seja alinhado por critérios. 
c) A avaliação econômica do contrato não ocorre na fase pré-contratual.
d) No fechamento do contrato não é importante que se promova a “publicização da escolha”.
e) A uniformização de parâmetros quanto às responsabilidades das partes não evita ou 
minimiza as situações conflitantes. 
Resposta
7.2.4 Monitoramento dos contratos empresariais:
Quais riscos são passíveis de monitorar em um contrato empresarial? 
Entre os riscos empresariais, podemos destacar:
a) Riscos que envolvem as questões de ordem econômico-financeira;
b) Riscos jurídicos;
c) Riscos políticos;
d) Riscos de projeto e de execução que se classificam de 
acordo com as probabilidades de ocorrerem (ou não), bem 
como as dimensões impactantes desses riscos e a 
possibilidade de mitigá-los.
7 Gestão de Contratos Empresariais
Correia (2014) ensina que o planejamento da gestão do contrato implica a verificação de todas 
as etapas anteriores ao fechamento deste, tais como:
a) Avaliação econômica do contrato;
b) Reivindicações (claims);
c) Cronograma e progresso contratual;
d) Relatório econômico e financeiro.
7 Gestão de Contratos Empresariais
Fonte: esta foto de autor desconhecido está licenciada em CC BY.
 Toda relação contratual deve ser acompanhada de uma auditoria inicial sobre o negócio a 
ser transacionado. 
 Análise das documentações, da empresa contratada, verificação das responsabilidades e 
obrigações assumidas, bem como o conhecimento do objeto contratado são procedimentos 
hábeis a mapear a futura transação, a fim de que não haja surpresas que acarretem 
situações, por vezes, difíceis de contornar.
7 Gestão de Contratos Empresariais
 Assim, é importante que se tenha um cronograma para avaliar o progresso contratual. Este 
envolve desde a sequência cronológica contratual até a renegociação, a alteração ou mesmo 
a renovação contratual. 
 Assim, o processo de gestão contratual envolve desde as atividades pré-contratuais, 
passando por aquelas a serem executadas, o tempo de duração do contrato, alcançando a 
parametrização diária das atividades contratuais, que poderão ser monitoradas se houver um 
planejamento eficiente de riscos.
7 Gestão de Contratos Empresariais
7.3 Gerenciamento e auditoria nos contratos empresariais:
 Primeiro, é importante atentar para a diferença entre a gestão de contratos e a 
auditoria contratual; 
 Na auditoria, há um acompanhamento e monitoramento do contrato para verificar a 
conformidade dele com a legislação vigente e as normas impostas pela organização. Na 
gestão de contratos, a finalidade é a verificação do ciclo de vida do contrato.
7 Gestão de Contratos Empresariais
 Embora a atividade de auditoria seja uma parte indissociável da gestão de contratos, não é 
possível falarmos de gestão de ciclo de vida dos contratos sem considerar que eles devem 
ser auditados. Em outras palavras, a análise do ciclo de vida dos contratos engloba a 
conformidade do contrato com a lei e com as regras impostas pela empresa.
 A auditoria analisa os documentos da companhia e verifica se estão de acordo com as 
políticas implementadas pela empresa, ou seja, se a documentação da companhia está 
compatível com a missão e a filosofia da organização. 
 Além disso, o auditor, na análisedos contratos, verifica se as 
cláusulas contratuais apresentam falhas ou se há qualquer 
dispositivo contratual em desrespeito com a legislação.
7 Gestão de Contratos Empresariais
 No âmbito empresarial, a auditoria está vinculada aos processos internos da empresa e pode 
estar limitada à determinada área da organização. 
 O processo de gerenciamento e de auditoria consiste em levantar a documentação da 
empresa, além de verificar os registros, as licenças, as autorizações e os outros documentos 
pertinentes à atividade-fim.
 Ao finalizar uma auditoria, o auditor deverá apresentar um 
relatório à empresa auditada descrevendo todos os 
resultados, bem como os problemas surgidos durante a 
auditoria, para que sejam realizadas as correções e/ou as 
alterações com a indicação de melhorias para a empresa.
7 Gestão de Contratos Empresariais
 O gerenciamento dos contratos, no que tange à auditoria, não se limita, apenas, à parte 
teórica das contratações, mas, também, ao mapeamento de todo o contrato e o seu ciclo de 
vida, com vistas a apontar as inconsistências e as possíveis melhorias.
 Ao fazer uma auditoria, o auditor não se responsabiliza, diretamente, sobre os processos que 
analisa. Sua responsabilidade se resume ao parecer (relatório) final que deve apresentar 
com as recomendações sugeridas.
7 Gestão de Contratos Empresariais
Fonte: esta foto de autor desconhecido está licenciada em CC BY.
Importante ressaltar que a auditoria pode se dar em diversos segmentos:
a) Contábil;
b) Financeiro;
c) Fiscal;
d) Trabalhista;
e) De sistemas e processamento de dados;
f) Jurídico etc.
7 Gestão de Contratos Empresariais
7.3.1 Auditoria interna:
 O gerenciamento de processos contratuais, aliado à auditoria interna, deve ocorrer de forma 
periódica e contínua, pois, somente assim, será possível alcançar a eficiência na prevenção 
de fraudes e de falhas, na condução dos processos e das contratações empresariais, e, por 
consequência, no aumento de credibilidade da empresa.
7.3.2 Auditoria externa:
 A finalidade da auditoria externa é ampliar o grau de credibilidade da empresa. Comumente, 
esse tipo de auditoria está mais ligado à contabilidade da empresa.
7 Gestão de Contratos Empresariais
7.3.3 Auditoria contratual:
 A importância da auditoria contratual relaciona-se com a verificação de conformidade 
contratual. Nesse sentido, avaliam-se os gerenciamentos, implementam-se os procedimentos 
e a objetividade nos controles operacionais internos, com vistas a promover a adequação de 
boas práticas empresariais;
 A auditoria na esfera contratual fornece subsídio para a prevenção de falhas e fraudes que 
possam ocorrer, além de funcionar como uma ferramenta útil para diagnosticar as possíveis 
fragilidades contratuais e organizacionais.
7 Gestão de Contratos Empresariais
No que tange ao gerenciamento e à auditoria nos contratos empresariais, assinale a 
alternativa incorreta:
a) A auditoria analisa os documentos da companhia e verifica se estão de acordo com as 
políticas implementadas pela empresa.
b) A auditoria está vinculada aos processos internos da empresa e pode estar limitada à 
determinada área da organização. 
c) A finalidade da auditoria externa é ampliar o grau de credibilidade da empresa. 
d) A importância da auditoria contratual relaciona-se com a 
verificação de conformidade contratual. 
e) O gerenciamento de processos contratuais, aliado à auditoria 
interna, não precisa ocorrer de forma periódica e contínua.
Interatividade
No que tange ao gerenciamento e à auditoria nos contratos empresariais, assinale a 
alternativa incorreta:
a) A auditoria analisa os documentos da companhia e verifica se estão de acordo com as 
políticas implementadas pela empresa.
b) A auditoria está vinculada aos processos internos da empresa e pode estar limitada à 
determinada área da organização. 
c) A finalidade da auditoria externa é ampliar o grau de credibilidade da empresa. 
d) A importância da auditoria contratual relaciona-se com a 
verificação de conformidade contratual. 
e) O gerenciamento de processos contratuais, aliado à auditoria 
interna, não precisa ocorrer de forma periódica e contínua.
Resposta
8.1 Contratos de parceria:
 Contratos de parceria são utilizados para firmar o interesse de empresários que pretendem 
realizar uma parceria em determinado segmento mercantil; 
 Nos contratos de parceria, identifica-se uma relação de paridade que contempla a 
participação nos lucros e nas perdas. A ideia, aqui, é ampliar a lucratividade, e melhorar a 
qualidade dos produtos e serviços.
8 Parceria, Colaboração, Fornecimento, Terceirização e Licenciamento de 
Propriedade Industrial
Fonte: esta foto de autor desconhecido está licenciada em CC BY-NC-ND.
8.1.1 Natureza jurídica:
 Trata-se de um contrato atípico em razão de sua originalidade, que se caracteriza pelos 
interesses dos contratantes e pela ausência de um regime jurídico próprio aplicável a esse 
tipo de contrato.
8 Parceria, Colaboração, Fornecimento, Terceirização e Licenciamento de 
Propriedade Industrial
8.1.2 Características:
 Os contratos de parceria caracterizam-se pela iniciativa dos contratantes em atingir um 
objetivo comum, portanto, assemelham-se aos contratos de sociedade. Nesse tipo de 
contrato, inexiste qualquer tipo de subordinação, as partes contratantes são autônomas e 
participam tanto dos lucros quanto das perdas;
 A projeção da empresa e a ampliação da rede de contatos fazem desse modelo de contrato 
o mais procurado, não só porque as partes mantêm a sua autonomia, mas, também, porque 
promove uma ampliação de negócios.
8 Parceria, Colaboração, Fornecimento, Terceirização e Licenciamento de 
Propriedade Industrial
8.1.3 Formalização:
 A formalização dos contratos de parceria segue a regra dos contratos em geral, ou seja, 
segundo às normas do CC com respeito às obrigações, aos princípios da boa-fé e da função 
social dos contratos, dos prazos, das formas de pagamento, das penalidades e das hipóteses 
de rescisão;
 Esse tipo de contrato ocorre em razão de empreendimento que se pretende desenvolver, 
portanto, além das cláusulas básicas, é necessário que sejam redigidas as cláusulas 
específicas quanto às exigências e aos limites do que foi pactuado.
8 Parceria, Colaboração, Fornecimento, Terceirização e Licenciamento de 
Propriedade Industrial
8.2 Contratos de colaboração:
 Nos contratos de colaboração, em que a intermediação está presente, a ideia é ampliar e 
consolidar o mercado de produtos. De um lado, tem-se o colaborador e, de outro, o 
fornecedor. Cabe ao colaborador envidar os esforços na divulgação e na propagação do 
produto ou serviço.
8.2.1 Principais características:
a) Colaboração por aproximação;
b) Colaboração por intermediação.
8 Parceria, Colaboração, Fornecimento, Terceirização e Licenciamento de 
Propriedade Industrial
8.2.2 Tomada de decisão:
 Nos contratos associativos, a tomada de decisão é mais dificultosa (FORGIONI, 2020), tendo 
em vista que não se trata de um contrato de sociedades, em que as decisões são legalmente 
dispostas e previstas em lei. Assim, a solução seria estabelecer, de forma antecipada, as 
tomadas de decisão a que as partes são obrigadas a aceitar. Contudo, é impossível que um 
contrato possa prever toda e qualquer situação contingencial.
8 Parceria, Colaboração, Fornecimento, Terceirização e Licenciamento de 
Propriedade Industrial
Fonte: esta foto de autor desconhecido está licenciada em CC BY-SA-NC.
8.2.3 Inadimplemento:
 Com relação ao inadimplemento, segue a regra geral do Art. 476 do CC: “Nos contratos 
bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o 
implemento da do outro” (BRASIL, 2002). Assim, a Lei Civil dispõe sobre a cláusula 
resolutiva do contrato pelo não adimplemento.
A parte lesada tem duas escolhas:
a) Requerer a resolução contratual com as perdas e os danos;
b)Exigir o cumprimento do contrato com as perdas e os danos.
8 Parceria, Colaboração, Fornecimento, Terceirização e Licenciamento de 
Propriedade Industrial
Inadimplemento e culpa recíproca:
 No caso de inadimplemento recíproco, Forgioni (2020, p. 208) ressalta que esse é um dos 
problemas mais comuns nos contratos associativos, ou seja, “quando ambos os participantes 
não cumprem as suas obrigações, ou cumprem-nas com deficiências”;
 Qual é a solução jurídica nesse caso? Na falta de uma norma específica, a autora aduz que 
devem ser utilizados os “vértices gerais do sistema de Direito Comercial”, ou seja, as 
cláusulas gerais dos contratos (FORGIONI, 2020, p. 209). 
8 Parceria, Colaboração, Fornecimento, Terceirização e Licenciamento de 
Propriedade Industrial
8.3 Terceirização:
 Trata-se de um contrato celebrado pela empresa de trabalho temporário e a tomadora de 
serviços, devendo ser realizado por escrito (Lei n. 13.429/2017, Art. 9º);
 A terceirização, portanto, funciona da seguinte forma: a empresa prestadora de serviços a 
terceiros é a pessoa jurídica de direito privado destinada a prestar, à contratante, os serviços 
determinados e específicos.
8 Parceria, Colaboração, Fornecimento, Terceirização e Licenciamento de 
Propriedade Industrial
Qual é a vantagem para as empresas ao terceirizar os serviços? 
 Uma das vantagens da terceirização é a redução de custos com relação aos recursos 
humanos, eliminando os gastos com a contratação e o pagamento de pessoal; 
 É de notar que as empresas organizam as suas atividades administrativas e operacionais, 
alocando os riscos e diminuindo os custos para a organização; 
 A terceirização propicia conferir a melhor especialização dos 
serviços ao terceirizá-los às empresas com maior expertise.
8 Parceria, Colaboração, Fornecimento, Terceirização e Licenciamento de 
Propriedade Industrial
8.3.1 Regime de contratação temporária:
 A Lei n. 13.429, de 05 de setembro de 2017, alterou o regime de contratação temporária, 
disciplinado pela Lei n. 6.019, de 03 de janeiro de 1974.
8 Parceria, Colaboração, Fornecimento, Terceirização e Licenciamento de 
Propriedade Industrial
Figura 32 – Lei n. 6.019/1974, Art. 2º, com redação dada 
pela Lei n. 13.429/2017. Fonte: livro-texto.
Trabalho 
temporário
Atender à 
necessidade de 
substituição 
transitória de 
pessoal 
permanente
Tomadora de 
serviços
Pessoa física
Demanda 
complementar 
de serviços
8.3.2 Relações jurídicas na terceirização:
 Há uma relação tridimensional na terceirização, já que o trabalhador terceirizado mantém 
um vínculo empregatício com a empresa prestadora de serviço (empresa terceirizada) e 
esta mantém um contrato de prestação de serviços com a empresa tomadora de serviços.
8 Parceria, Colaboração, Fornecimento, Terceirização e Licenciamento de 
Propriedade Industrial
8.4 Contrato de fornecimento:
 Os contratos de fornecimento são entendidos como aqueles de relação continuada; 
 Nesse tipo de contrato, verificam-se as alianças estratégicas, como a integração de objetivos 
entre os compradores e os fornecedores, a interdependência entre os contratantes, o 
compartilhamento de riscos e ganhos, o relacionamento a longo prazo etc.
8 Parceria, Colaboração, Fornecimento, Terceirização e Licenciamento de 
Propriedade Industrial
8.4.1 Natureza jurídica:
 O contrato de fornecimento é um contrato atípico, de prestação periódica e continuada, que 
tem por escopo o abastecimento ou a provisão, conforme a necessidade daquele 
que contrata.
8.4.2 Principais características:
 O contrato de fornecimento é um contrato bilateral, consensual, oneroso, comutativo, 
nominado, atípico informal, e de trato sucessivo ou de duração.
8.4.3 Prazo:
 As partes se obrigam ao que convencionaram. Se não 
houver um prazo estipulado, a regra geral é a adoção dos 
usos e dos costumes locais.
8 Parceria, Colaboração, Fornecimento, Terceirização e Licenciamento de 
Propriedade Industrial
8.5 Licenciamento de propriedade industrial:
A propriedade industrial vem regulamentada pela LPI, sem prejuízo dos dispositivos do CC que 
versam sobre os contratos em geral. A proteção legal da LPI abrange a(o):
a) Invenção;
b) Modelo de utilidade;
c) Desenho industrial;
d) Marca.
8 Parceria, Colaboração, Fornecimento, Terceirização e Licenciamento de 
Propriedade Industrial
Fonte: esta foto de autor desconhecido está licenciada em CC BY-SA.
8.5.1 Cessão:
 A LPI permite a cessão da patente, total ou parcialmente. Entretanto, a LPI dispõe sobre a 
indivisibilidade de conteúdo. Quer dizer: o que é indivisível é a reivindicação. A importância 
da reivindicação é que fixa os direitos do titular da patente, bem como os limites de proteção 
sobre a exclusividade dos direitos do titular da patente.
8.5.2 Natureza jurídica do licenciamento de 
propriedade industrial:
 O uso e a exploração de marcas e patentes materializa-se por 
meio de um contrato empresarial, chamado de contrato de 
licenciamento, devendo ser averbado junto ao Inpi. Essa 
licença é temporária, ou seja, deve viger pelo tempo que durar 
o uso ou a exploração do ativo industrial.
8 Parceria, Colaboração, Fornecimento, Terceirização e Licenciamento de 
Propriedade Industrial
8.5.3 Licença e averbação:
 O Art. 62 da LPI prevê que o contrato de licença voluntária deverá ser averbado no Inpi para 
que produza os efeitos a terceiros, a partir da data de sua publicação; 
 Assim, o titular da patente licencia os seus direitos de uso àquele que pretende explorá-la 
(licenciado), que será investido de poderes que lhe permitam agir para a defesa da patente 
(LPI, Art. 61, parágrafo único);
 No caso de licenciamento de marcas (LPI, Art. 139), o 
contrato também deverá ser averbado no Inpi para que 
produza efeitos a terceiros (LPI, Art. 140).
8 Parceria, Colaboração, Fornecimento, Terceirização e Licenciamento de 
Propriedade Industrial
No que tange à parceria, à colaboração, ao fornecimento, à terceirização e ao licenciamento de 
propriedade industrial, assinale a alternativa correta:
a) Os contratos de parceria caracterizam-se pela iniciativa dos contratantes em atingir um 
objetivo incomum.
b) Nos contratos de colaboração, em que a intermediação está presente, a ideia é ampliar e 
consolidar o mercado de produtos.
c) Nos contratos associativos, a tomada de decisão não é dificultosa.
d) A Lei Civil não dispõe sobre a cláusula resolutiva do contrato 
pelo não adimplemento.
e) Há uma relação dimensional na terceirização.
Interatividade
No que tange à parceria, à colaboração, ao fornecimento, à terceirização e ao licenciamento de 
propriedade industrial, assinale a alternativa correta:
a) Os contratos de parceria caracterizam-se pela iniciativa dos contratantes em atingir um 
objetivo incomum.
b) Nos contratos de colaboração, em que a intermediação está presente, a ideia é ampliar e 
consolidar o mercado de produtos.
c) Nos contratos associativos, a tomada de decisão não é dificultosa.
d) A Lei Civil não dispõe sobre a cláusula resolutiva do contrato 
pelo não adimplemento.
e) Há uma relação dimensional na terceirização.
Resposta
 AMATO, L. F. Constituição Corporativa: direitos humanos fundamentais, economia e 
empresa. Curitiba: Juruá, 2014.
 BRASIL. Código Civil. Lei n. 10406, de 10 de janeiro de 2002. Art. 476. Nos contratos 
bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o 
implemento da do outro. 2002. 
 CORREIA, G. M. et al. Gestão estratégica de fornecedores e contratos: uma visão integrada. 
São Paulo: Saraiva, 2014.
 FORGIONI, P. A. Contratos empresariais: teoria geral e aplicação. 5. ed. rev., atual. e ampl. 
São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2020.
 VIGNA, P. Manual de gestão de contratos. Belo Horizonte: 
Casa do Direito, 2017.
Referências
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