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APRENDER ANTROPOLOGIA
Fraçois Laplantine.
A PRÉ-HISTORIA DA ANTROPOLOGIA; A DESCOBERTA DAS DIFERENÇAS PELOS VIAJANTES DO SÉCULO XVI E A DUPLA RESPOSTA IDEOLÓGICA DADA DAQUELA ÉPOCA ATÉ NOSSOS DIAS
-A gênese da antropologia contemporânea: a descoberta do novo mundo, o renascimento, a questão de ser humano? Alma, pecado do selvagem.
Duas ideologias: recusa do estranho e a fascinação.
A figura do mau selvagem e do bom civilizado.
 A estrema diversidade causa opinião de aberração na história da humanidade, ex: Gregos – bárbaros, naturais, primitivos, selvagens no séc XVI e XVII.
Lévi-Strauss a mais comum de todas a humanidade `a qual pertencemos e com a qual nos identificamos é em especial a característica dos selvagens.
Critérios para conferir um estatuto humano além do religioso:
 -Aparência física: nus, vestidos de peles de animal;
 - Os comportamentos alimentares, comem carne crua, e todos o imaginários de canibalismo que se irá imaginar; - inteligência – linguagem- ininteligível; 
Cornelius de Pauw em a História das Índias: acrescenta que: 
“esses indivíduos foram salvos através do batismo, da idolatria, dos sacrifícios humanos, do canibalismo, a sodomia, e ainda outros grandes maus pecados do nosso bom Deus detesta e que pune da mesma forma que tiramos deles a poligamia, velho costume e prazer de todos esses homens sensuais, mostrando –lhes o alfabeto sem o qual os homens são como animais e o uso de ferro que é tão necessário ao homem, também lhes mostramos vários bons hábitos, artes, costumes, policiados para poder melhor viver. Tudo isso- e até cada uma dessas coisas- vale mais que as penas, as pérolas, o ouro que tomamos deles, ainda mais por que não utilizavam esses metais como moeda” 
A SALVAÇÃO DAS ALMAS DOS AUTOCTONES. opiniões como essas eram comuns:
Stanley em seu livro: Livingstone, compara os africanos aos “macacos de um jardim Zoológico”
Pauw: propõe reflexões sobre os índios da América do Norte, sobre a influência da natureza sobre seus hábitos explicando suas degenerações, para controlar o gênio embrutecido do americanos, de uma preguiça imperdoável, viciados, covardes desanimados, irritados, sem nobreza de espirito, sobre os californianos o ESTADO DE NATUREZA estava espalhado por todo o mapa mundo.
A figura do bom selvagem e do mau civilizado.
Em oposição a transformação do selvagem em Boas, estado de natureza dispensado suas benfeitorias à um selvagem feliz, sem caráter privativo, sem escrita, sem tecnologia, se economia, sem religião organizada, sem clero, sem sacerdotes, sem polícia, sem leis, sem estado, acrescenta-se no sec. XX sem complexo de Édipo, ou seja, esse selvagem não era o que pensávamos.
Cristóvão Colombo, apontava no Caribe descobre o paraíso: 
“Eles são mansos e ignorantes do que é o mal, eles não sabem se matar uns aos outros, eu não penso que haja mundo melhores, como também não há terra melhor”
- Montagne e Léry instauram pela primeira vez no século XVI a noção de CIVILIZAÇÃO” crueldade respectiva de ambos os lados, da ingenuidade original do estado de natureza, e eles são nosso grandes usuários. 
Esse fascínio sobre os índios americanos, em especial por le Huron, protegido da civilização e que nos convida a reencontrar o universo caloroso da natureza, triunfa nos séculos XVII e XVIII nas primeiras relações com os jesuítas que se instalam entre os Hurons desde 1626 pode se ler:
“Eles são afáveis, liberais, moderados... Todos os nossos padres que frequentaram os selvagens consideram que a vida se passa mais docemente entre eles do que entre nós, Seu ideal: viver em comum sem processo, contentar-se de pouco sem avareza, ser assíduo no trabalho”
A etnografia do selvagem
Fustigam ao imaginário das viagens;
Tem como tema o ocidente e constrange a impessoalidade das relações humanas, em oposição as sociedades extremamente solidarias e de natureza generosa;
Compartilhamento da busca do “Ultimo do moicanos” movidas pela motivações do próprios etnógrafos;
Malinowski diz: 
“Um dos refúgios fora dessa prisão mecânica da cultura é o estudo das formas primitivas da vida humana, tais como existem ainda nas sociedades longínquas do globo, a antropologia, para mim, pelo menos, era uma fuga romântica para longe de nossa cultura uniformizada”
Alfred Métraux diz que essa nostalgia do neolítico esteve na origem de sua própria vocação de etnólogo e é encontrado em muitos autores, especialmente nas descrições de populações preservadas do contato corruptor com o mundo moderno, vivendo na harmonia e na transparência.
Imagem de alteridade que o ocidental criou sobre o selvagem: monstro, infeliz, miserável, trabalhador e preguiçoso, não tinha alma, anarquista, impulsivo, estúpido, animal, objeto sem valor, coisa, enfim alternadamente pendular.
NATIVO BRASILEIRO E DA AMÉRICA LATINA.
A imagens do “selvagem”: dualidade pendular de sua alteridade.
O SÉCULO XVIII, A INVENÇÃO DO CONCEITO DE HOMEM
Renascimento , cogitava-se o que seria o homem sobre a existência múltipla do homem, uma interrogação que excluía a criança, o louco e o selvagem, fundando a ordem do pensamento clássico do contrário das anormalidade.
Foucault diz: antes do século XVIII :
“O homem não existia, como também o poder da vida, a fecundidade do trabalho ou a densidade histórica da linguagem é uma criatura muito recente que o ‘demiurgo’ do saber fabricou com suas próprias mãos há menos de duzentos anos” e completa o homem e a arqueologia de nosso pensamento mostra o quanto é recente”
A CONSTRUÇÃO DO CONCEITO DE HOMEM.
O homem do século XVIII.
A ANTROPOLOGIA EM SEU PROJETO SUPÕE.
1-A criação de um certo numero de conceitos, começando pelo próprio conceito de homem.
2-A constituição de um saber que não seja apenas de reflexão. E sim de observação. Isto é, de um novo modo de acesso ao homem, que passe a considerar em sua existência concreta, envolvido nas determinações dos seus organismo, em suas relações de produção, institucionalizando os comportamentos.
3- Uma problemática essencial: a diferença, rompendo com a convicção de uma transparência imediata do ‘cogito’, coloca-se pela primeira vez a questão da relação ao impensado.
4- Um método de observação de analise: o método indutivo, afim de extrair as leis, princípios gerais.
A EVOLUÇÃO DO HOMEM.

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