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Antropologia

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2
UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA - CAMPUS I
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - CCBS
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
ADMILLA ROANA CABRAL OLIVEIRA
ELLEN CRISTINA CORDEIRO LIMA
HELLEN ANAÍDH DE OLIVEIRA
NALENKIA EMANUELLY G FERREIRA
Antropologia:
O estresse no contexto do profissional da enfermagem
CAMPINA GRANDE, PB
2022
ADMILLA ROANA CABRAL OLIVEIRA
ELLEN CRISTINA CORDEIRO LIMA
HELLEN ANAÍDH DE OLIVEIRA
NALENKIA EMANUELLY G FERREIRA
Antropologia:
O estresse no contexto do profissional da enfermagem
Trabalho apresentado ao curso de Enfermagem da Universidade Estadual da Paraíba, como requisito para obtenção de nota na Unidade II do 1º período da Graduação. 
Profa. Dra. Gilmara de Melo Ferreira
CAMPINA GRANDE, PB
2022
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	4
2.	ESTRESSE OCUPACIONAL	5
3.	DOENÇAS CAUSADAS PELO EXCESSO DE ESTRESSE	5
4.	PROFISSIONAL DA ENFERMAGEM E O ESTRESSE OCUPACIONAL	7
5.	FATORES ESTRESSORES PARA O PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM	8
6.	ESTRATÉGIAS E IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DO ESTRESSE OCUPACIONAL.................................................................................................................................11
7.	CONCLUSÃO	13
8.	REFERÊNCIAS	14
1. INTRODUÇÃO
No contexto do profissional de enfermagem, o estresse é muito presente e influencia diretamente a vida desses indivíduos, chegando a desencadear diversos fatores consequentes e relacionados com o trabalho que envolve pessoas doentes, lidar com situações que causam sentimentos negativos como irritação, tristeza e desapontamento, que podem resultar em culpa e ansiedade aos profissionais. Eles enfrentam sobrecarga tanto pelas atribuições em mais de um setor hospitalar, como na complicação das relações humanas enfermeiro/paciente, enfermeiro/familiares e enfermeiro/profissional de saúde. A partir disso, problemas como o Estresse Ocupacional (quadro de respostas pouco adequadas à estimulação física e emocional decorrente das exigências do ambiente de trabalho, das capacidades exigidas para realizá-lo e das condições do trabalhador), e a Síndrome de Burnout (distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico rede situações de trabalho desgastante), são frequentemente identificados nessa parcela da área da saúde.
2. ESTRESSE OCUPACIONAL
O estresse pode ser compreendido como um conjunto de irritações, perturbações ou instabilidade psíquica e orgânica, que é provocado por estímulos diversos, desde a condição climática até emoções e condições de trabalho. A partir dessa definição, estresse ocupacional é um quadro de respostas pouco adequadas à estimulação física e emocional decorrente das exigências do ambiente de trabalho, das capacidades exigidas para realizá-lo e das condições do trabalhador, e quando não tratado pode gerar até mesmo a síndrome de Burnout, que é caracterizada pelo esgotamento físico e psíquico em decorrência do trabalho.
Muitos fatores podem desencadear esse tipo de estresse, entre eles, a exposição a condições de trabalho desgastantes, como falta de recursos materiais, exigência física e psíquica superior ao que corresponde à função, ambientes de trabalho com problemas de relacionamento interpessoal ou que não garantam a saúde, o bem-estar e a segurança do funcionário. Esses estressores podem ser divididos em três categorias: exigência de trabalho, incompatibilidade de papéis e condições materiais da ocupação. A exigência de trabalho se torna um estressor ocupacional quando ultrapassa os níveis para a manutenção da saúde do trabalhador, com longas jornadas, ritmo acelerado, turnos variáveis, horas extras, dentre outras. Já na incompatibilidade de papéis, a dificuldade de muitas empresas em ter boas descrições das atribuições e direitos de cada cargo, pode acabar impossibilitando o trabalhador de ter pleno domínio de suas funções e direitos. Por fim, condições materiais estão relacionadas ao ambiente de trabalho: condições climáticas, organização, iluminação, higiene e aspectos como a poluição visual e auditiva do local de trabalho.
3. DOENÇAS CAUSADAS PELO EXCESSO DE ESTRESSE
O estresse pode manifestar-se por uma variedade de razões, incluindo acidente traumático, morte ou situação de emergência. Estresse também pode ser efeito colateral de alguma doença grave. Há também o estresse associado à vida cotidiana, ambiente de trabalho e responsabilidades familiares. Tanto o estresse de curto quanto o de longo prazo podem ter efeitos sobre o seu corpo. Estresse dispara mudanças no organismo e aumenta a probabilidade de ficar doente. Ele também piora problemas de saúde já existentes.
• A relação entre estresse e doenças 
A relação entre estresse e doença é complexa. A suscetibilidade ao estresse varia de pessoa para pessoa. Um evento que causa uma doença em uma pessoa pode não causar doença em outra pessoa. Os eventos devem interagir com uma ampla variedade de fatores de fundo para se manifestarem como uma doença. 
O estresse emocional é um dos principais fatores que contribuem para as seis principais causas de morte nos Estados Unidos: câncer, doença cardíaca coronária, lesões acidentais, distúrbios respiratórios, cirrose hepática e suicídio. De acordo com estatísticas da Meridian Stress Management Consultancy no Reino Unido, quase 180.000 pessoas no Reino Unido morrem a cada ano de alguma forma de doença relacionada ao estresse. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos estima que o estresse represente cerca de 75% de todas as consultas médicas. Isso envolve uma gama extremamente ampla de queixas físicas, incluindo, mas não se limitando a, dor de cabeça, dor nas costas, problemas cardíacos, dor de estômago, úlcera estomacal, problemas de sono, cansaço e acidentes. De acordo com as notícias de Saúde e Segurança Ocupacional e o Conselho Nacional de Compensação de Seguros, até 90% de todas as visitas a médicos de cuidados primários são para queixas relacionadas ao estresse.
O estresse crônico tem um efeito significativo no sistema imunológico que acaba manifestando uma doença. Aumenta os níveis de catecolaminas e células T supressoras, que suprimem o sistema imunológico. Essa supressão, por sua vez, aumenta o risco de infecção viral. O estresse também leva à liberação de histamina, que pode desencadear broncoconstrição grave em asmáticos. O estresse aumenta o risco de diabetes mellitus, principalmente em indivíduos com excesso de peso, uma vez que o estresse psicológico altera as necessidades de insulina. O estresse também altera a concentração de ácido no estômago, o que pode levar a úlceras pépticas, úlceras de estresse ou colite ulcerativa. 
• Doenças dermatológicas 
A pele, o maior órgão, não passa batido dos efeitos do estresse. Acne, psoríase, dermatite seborreica (caspa), queda de cabelo intensa recente e urticária são apenas algumas das doenças cutâneas que podem ser causadas ou agravadas por conta da tensão emocional.
É de extrema importância que o paciente proteja a pele e siga a recomendações de um dermatologista, que deve indicar o manejo adequado de proteção solar, hidratantes, pomadas e cremes. Também é muito importante manter uma alimentação correta e balanceada, para que as taxas do organismo fiquem adequadas. Exercícios físicos também ajudam no controle de taxas e no alívio do estresse.
• Como o estresse pode afetar o ciclo menstrual
O estresse pode atrasar a menstruação porque ele mexe com a mesma região do cérebro (o eixo hipotálamo-hipófise), onde é produzida uma série de hormônios, entre eles o FSH, que tem total influência sobre a sua ovulação e, consequentemente, sobre o seu ciclo. O próprio atraso da menstruação e a hipótese de uma possível gravidez não planejada, na maioria das vezes, gera mais ansiedade e nervosismo, atrasando ainda mais o ciclo. O mesmo também pode ocorrer ao contrário, fazendo com que a menstruação desça duas vezes em um mês devido ao estresse.
• Síndrome de Burnout (exaustão emocional)
O termo burnout é definido pela língua inglesa como aquilo que deixoude funcionar por absoluta falta de energia. Metaforicamente é aquilo, ou aquele, que chegou ao seu limite, com grande prejuízo em seu desempenho físico ou mental. A síndrome de burnout é um processo iniciado com excessivos e prolongados níveis de estresse no trabalho.
A exaustão emocional abrange sentimentos de desesperança, solidão, depressão, raiva, impaciência, irritabilidade, tensão, diminuição de empatia; sensação de baixa energia, fraqueza, preocupação; aumento da suscetibilidade para doenças, cefaléias, náuseas, tensão muscular, dor lombar ou cervical e distúrbios do sono.
Os profissionais da área da saúde estão entre os mais vulneráveis a sofrer a Síndrome de Burnout. Um recente estudo da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (EPE/Unifesp) - Campus São Paulo, publicado pela Revista Gaúcha de Enfermagem, buscou identificar a prevalência e analisar a existência de fatores preditores da síndrome de burnout em enfermeiros de unidade de terapia intensiva (UTI). Uma amostra com 91 participantes realizada em um hospital universitário em São Paulo (SP) concluiu que a prevalência de enfermeiros com a Síndrome de Burnout correspondeu a 14,3%. O estudo foi conduzido por Eduardo Vasconcelos, pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Unifesp.
4. PROFISSIONAL DA ENFERMAGEM E O ESTRESSE OCUPACIONAL
O problema do estresse ocupacional em enfermeiros é um tema atual para se debater e investigar. Estudos vêm evidenciando que os enfermeiros representam uma classe profissional que sofre exposição a elevados níveis de pressão e estresse. A enfermagem se destaca entre as profissões tidas como estressantes. 
O estresse está presente no dia a dia dos profissionais de enfermagem desde tempos remotos. Um marco da profissão foi a divisão social do trabalho, em geral, o enfermeiro é encarregado por gerenciar o cuidado e a unidade, enquanto técnicos e auxiliares de enfermagem pelo cuidado direto ao paciente. Deste modo, ocorre uma divisão desses dois momentos, de concepção e execução do cuidado. Além disso, outros fatores são apontados como causadores de estresse, como as exigências em excesso e as diferentes opiniões entre os colegas de trabalho. 
Os profissionais de enfermagem enfrentam sobrecarga tanto motivada pelas atribuições em mais de um setor hospitalar, como na complicação das relações humanas (enfermeiro/paciente, enfermeiro/familiares e enfermeiro/profissional de saúde). Os enfermeiros cuidam dos familiares e pacientes e, muitas vezes, se esquecem do autocuidado, em especial com sua saúde. Neste contexto, evidencia-se a dupla jornada de trabalho, acarreta a diminuição do tempo dedicado ao lazer, intensificando o cansaço e, por consequência, gera o estresse.
No ambiente hospitalar podem ser encontrados diversos aspectos responsáveis pelo estresse, como carga de trabalho em excesso, alto nível de tensão e os altos riscos para si e para os outros. Além disso, a jornada de trabalho dividida em turnos e plantões, proporcionam duplos empregos e longas jornadas de trabalho, que ocorrem muito com trabalhadores atuantes na área da saúde, motivados pelos salários insuficientes. Tal prática potencializa os fatores que afetam suas integridades física e psicológica.
	Deste modo, é vital que os problemas referentes ao ambiente sejam levados em consideração, buscando o bem estar do paciente e dos profissionais atuantes. Isso proporciona maior qualidade da assistência, já que com a equipe de enfermagem constantemente sob estresse, são ocasionados problemas psíquicos e físicos, que atrapalham a vida do enfermeiro.
5. FATORES ESTRESSORES PARA O PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM
O estresse é muitas vezes relacionado com o trabalho que envolve pessoas doentes, tendo em vista que estes necessitam de muita compaixão e empatia por parte do profissional. Contudo, o enfermeiro frequentemente lida com situações que causam sentimentos negativos e pode sentir irritação, tristeza e desapontamento. Estas emoções frequentemente são consideradas incompatíveis com o desempenho profissional, e isso resulta em culpa e ansiedade aos profissionais. Uma pesquisa realizada por RODRIGUES (2001) aponta quais as categorias são consideradas mais estressantes para a equipe de enfermagem, de acordo com a análise de uma série de artigos. Os principais são:
• GERENCIAMENTO DO TRABALHO:
 	Dos artigos analisados, 100% citam o gerenciamento como estressante para o profissional de enfermagem. Isto porque nesta categoria se enquadra a sobrecarga de trabalho, um fator deveras estressante. A equipe de enfermagem mantém um ritmo acelerado e intenso de atividades. Isto somado a jornada diária exaustiva e a desvalorização da profissão, sobrecarrega os profissionais. O número reduzido de funcionários, condições de trabalho precárias, falta de recursos e de material, a sobrecarga de tarefas, e os muitos dias de trabalho sem folga implica o aumento das exigências físicas e emocionais, o que pode gerar estresse físico e/ou mental e influenciar na qualidade do cuidado, que se torna frustrante dadas as dificuldades. Além disso, a falta de tempo adequado para o sono e de pausas durante o trabalho é desgastante e causa vários problemas de saúde.
• RELAÇÕES INTERPESSOAIS
O relacionamento com familiares do paciente é fator altamente estressante, pois os profissionais de enfermagem também são responsáveis pelo cuidado aos familiares dos pacientes. Muitas vezes, os familiares projetam os sentimentos de tristeza e angústia nos trabalhadores de enfermagem, maltratando-os. Outras, o enfermeiro por compaixão aos familiares, se sente incapaz por sua limitação pessoal, ou pelo fato de nada mais poder fazer pela situação, vivenciando sentimentos de sofrimento. Também pode ser estressante quando questionados sobre o quadro clínico dos parentes, e a equipe não sabe ao certo o diagnóstico ou não está autorizada a falar sobre tal questão.
Ademais, o relacionamento entre os membros da equipe também é ressaltado interfere na assistência e na satisfação do trabalho. A falta de comunicação, a utilização de mecanismos de defesas inadequados, a falta de paciência e de cooperação em equipe gera estresse e sobrecarrega os profissionais.
• SOFRIMENTO E MORTE DO PACIENTE
A morte de pacientes é uma situação muito difícil de ser vivenciada. Ela provoca o medo de que a mesma situação possa acontecer com seus familiares, ou revivem a lembrança de perdas de entes queridos. E vivenciar o sofrimento dos pacientes gera sentimentos de compaixão. Esse vínculo com o paciente causa imenso desgaste, pois assimilam o sofrimento deles e não deixam de pensar nos pacientes, mesmo fora do trabalho.
Quando algum paciente morre, a equipe precisa lidar com sentimentos de impotência e fracasso, especialmente quando não há tempo para a vivência desse luto. Para suportar a dor, sofrimento, e o luto não elaborado, os profissionais utilizam de mecanismos de defesa que muitas vezes prejudicam sua própria saúde mental.
 
• PROCEDIMENTOS DE RISCO 
Os enfermeiros executam atividades complexas que envolvem riscos aos pacientes, além de serem responsáveis por toda a equipe de enfermagem. Nesse contexto, existe alto nível de responsabilidade, o que os leva a ter o controle absoluto sobre o trabalho, exigindo muito de si mesmos. Em decorrência do medo de cometer erro, tendem a obter excessivamente o controle sobre o trabalho, e têm de lidar com sentimentos de temor e ânsia por perfeccionismo. 
Além disso, há os riscos físicos que também causam ansiedade. Por exemplo, a equipe de enfermagem é vítima da exposição a riscos biológicos, pelo fato de estarem em contato direto e constante com ocupações de alto risco.
• INSATISFAÇÃO COM O TRABALHO
A insatisfação com o trabalho leva à exaustão emocional, e pode ser causada pelo ambiente, relacionamento com a equipe, pressão, conflitos com a vida pessoal e profissional. Assim, o local de trabalho é tido como ameaça ao profissional, repercutindo na sua vida pessoal e profissional, provocando demandas emocionais maiores do que pode suportar. Afalta de reconhecimento e valorização também constitui um quadro favorável ao estresse, uma vez que ocasiona esgotamento e prostração.
 
• AMBIENTE
O ambiente hospitalar é frequentemente visto como tenso, traumatizante e agressivo, o que pode influenciar os profissionais. Além disso, há os riscos constantes à equipe de enfermagem por contágio, exposição a Raios X, acidentes, situações de crises, ruídos intermitentes, e circulação de grande número de pessoas. Estes fatores ambientais podem contribuir para a evolução dos sintomas de estresse.
• TECNOLOGIA 
O avanço tecnológico e científico torna frequente a introdução de variados tipos de novos equipamentos, técnicas e procedimentos. E os enfermeiros precisam enfrentar as mudanças e se adaptar. Até que isso aconteça, pode gerar muito estresse causado por panes, incidentes, mau funcionamento e imprevistos. 
 
• OUTROS FATORES
Outros fatores comuns que causam o estresse são: as muitas obrigações e menos tempo para o cuidado próprio, remuneração inadequada, qualidade de vida comprometida, a competitividade de mercado, crescente desemprego, a rotatividade da força de trabalho, o aumento da terceirização e do trabalho informal, e a falta de experiência profissional.
6. ESTRATÉGIAS E IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DO ESTRESSE OCUPACIONAL
Para superar as situações estressantes no ambiente hospitalar, são empregadas estratégias de enfrentamento. Essas estratégias são conhecidas como coping, termo da língua inglesa. São empregues pelo profissional na tentativa de controle em situações de estresse. Sendo assim, são maneiras que o indivíduo lida com o estresse, minimizando os efeitos no organismo, buscando o bem-estar físico e emocional.
· Busca de suporte social: busca apoio instrucional, emocional ou informacional no ambiente de trabalho, recorrendo às pessoas do seu meio social. 
· Estratégia de reavaliação positiva: o indivíduo procura aspectos que aliviam a situação estressante ou se foca nos aspectos positivos para reduzir a carga emotiva da situação, direcionando o estressor.
· Coping ativo: resolver a situação estressora, em que se elabora formas de resolução.
Levando em consideração que as estratégias de enfrentamento são dependentes das características individuais do profissional e das situações vivenciadas no ambiente hospitalar, a aplicação de mais de uma estratégia é eficaz. Enfim, sendo impossível a exclusão do estresse no cotidiano do profissional de Enfermagem, torna-se clara a importância da busca de estratégias para o seu enfrentamento.
Como tratamentos, são recomendadas intervenções em três níveis diferentes: 
· Nível primário: reduzir os estímulos estressores, modificar o ambiente de trabalho, busca definir ocupações e direitos de cada trabalhador, como horários e funções específicas e acompanhamento psicológico, para que o trabalhador possa ressignificar sua relação com o trabalho.
· Nível secundário: melhorar a resposta dos sujeitos ao ambiente de trabalho, com foco nos eventos estressores, intervenções psicoterapêuticas, dinâmicas de grupo, com técnicas de relaxamento, meditação, acupuntura, psicoterapia, entre outras.
· Terceiro nível: atenção aos indivíduos acometidos da condição de estresse ocupacional que sofrem com os sintomas do desequilíbrio, focada em reequilibrar o funcionamento físico e psicológico através da ação de equipes multidisciplinares, com terapeutas ocupacionais, psicólogos, médicos, entre outros. 
7. CONCLUSÃO
Apesar de não ser o principal fator determinante para doenças, o estresse pode ser um dos principais agravantes em muitas delas, inclusive nos afetando até mesmo durante o nosso cotidiano. Profissionais da área da saúde são especialmente afetados por níveis altos de estresse no seu dia, os dados sobem ainda mais quando falamos sobre a pandemia e a profissionais que lidam com pacientes terminais. A conscientização, estudo e tratamento desse estresse pode não só ajudar no nosso autocuidado, mas também pode trazer aumento significativo na qualidade do cuidado com quem está ao nosso redor: pacientes, família, amigos, etc.
8. REFERÊNCIAS 
ALVES, Ana Carolina G. C. ESTRESSE E O TRABALHO DO ENFERMEIRO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Orientador: Márcia Maia Ferreira Tavares. 2011. 27 f. Monografia (Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde) - Fundação Oswaldo Cruz, Recife - PE, 2011. Disponível em: https://www.cpqam.fiocruz.br/bibpdf/2011alves-acgc.pdf. Acesso em: 10 jul. 2022.
CAMPOS, Matheus. Pesquisa aponta vulnerabilidade dos enfermeiros à síndrome de burnout: Em amostra realizada na unidade de terapia intensiva (UTI) num hospital público, 14,3% de 91 participantes apresentaram a sintomatologia da doença. Universidade Federal de São Paulo - Unifesp, São Paulo - SP, p. 1, 8 nov. 2019. Disponível em: https://www.unifesp.br/reitoria/dci/releases/item/4134-pesquisa-aponta-vulnerabilidade-dos-enfermeiros-a-sindrome-de-burnout#:~:text=Os%20profissionais%20da%20%C3%A1rea%20da,emocional%2C%20despersonaliza%C3%A7%C3%A3o%20e%20realiza%C3%A7%C3%A3o%20profissional. Acesso em: 10 jul. 2022.
COSTA, Daniele Tizo et al. Estresse em profissionais de enfermagem: impacto do conflito no grupo e do poder do médico. Revista da Escola de Enfermagem da USP, Uberlândia - MG, ano 201, p. 1-8, 13 jan. 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reeusp/a/t4vqbYmbWbkDRmgmhkQgTWL/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 10 jul. 2022.
GOV.BR. Ministério da Saúde. Síndrome de Burnout. [S. l.], 24 nov. 2020. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/sindrome-de-burnout/sindrome-de-burnout. Acesso em: 10 jul. 2022.
GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS. Secretaria de Estado de Saúde. Estresse. Goiás, 21 nov. 2019. Disponível em: https://www.saude.go.gov.br/biblioteca/7598-estresse. Acesso em: 10 jul. 2022.
HOSPITAL JAYME DA FONTE. Estresse, um vilão das doenças de pele. Recife - PE, 16 nov. 2020. Disponível em: http://www.jaymedafonte.com.br/clipagem/ver-noticia/1013. Acesso em: 10 jul. 2022.
OASH. Stress and your health. [S. l.], 17 fev. 2021. Disponível em: https://www.womenshealth.gov/mental-health/good-mental-health/stress-and-your-health#:~:text=Stress%20increases%20the%20amount%20of,with%20lower%20levels%20of%20stress. Acesso em: 10 jul. 2022.
Popa-Velea, O. et al (2019). Factors associated with burnout in medical academia: An exploratory analysis of Romanian and Moldavian physicians. International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 16, n. 13, p. 10–14, 2019.
RODRIGUES, Ticiana D. F. Fatores estressores para a equipe de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva. In: Revista Mineira de Enfermagem. Ribeirão Preto-SP, 15 mar. 2012. Disponível em: http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/549. Acesso em: 10 jul. 2022.
SALLEH, Mohd. Razali. Life Event, Stress and Illness. [S. l.], 15 out. 2008. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3341916/. Acesso em: 10 jul. 2022.
TRETTENE, Armando dos Santos et al. Estresse em profissionais de enfermagem atuantes em Unidades de Pronto Atendimento. Periódicos Eletrônicos de Psicologia (PePSIC) , Bauru - São Paulo, ano 2016, p. 1, 28 set. 2016. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-711X2016000200002#not1. Acesso em: 10 jul. 2022.

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