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Como Elaborar Contratos

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 Bibliotecário responsável: Rodrigo Pereira CRB 1/2167 
 Portal Educação 
P842c Como elaborar contratos / Portal Educação. - Campo Grande: Portal 
Educação, 2012. 
 122p. : il. 
 
 Inclui bibliografia 
 ISBN 978-85-8241-086-8 
 1. Contratos (Obrigações). 2. Direito administrativo. I. Portal Educação. II. 
Título. 
 CDD 346.02 
 
 
SUMÁRIO 
1 ESTRUTURA CONTRATUAL 
1.1 O QUE É UM CONTRATO? 
1.2 PRINCÍPIOS CONTRATUAIS 
1.3 ELEMENTOS DO CONTRATO 
1.4 REQUISITOS DO CONTRATO 
1.5 FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 
2 EXTINÇÃO DO CONTRATO 
3 TIPOS DE CONTRATO 
4 CORRETAGEM 
5 TRANSPORTE 
6 SEGURO 
7 CONSTITUIÇÃO DE RENDA 
8 FIANÇA 
9 MANDATO 
10 FORNECIMENTO 
11 INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA 
12 GARAGEM 
13 REPRESENTAÇÃO COMERCIAL 
14 TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA, LICENÇA E KNOW-HOW 
15 FRANQUIA 
16 FACTORING (FATURIZAÇÃO) 
17 LEASING (ARRENDAMENTO MERCANTIL) 
18 SOCIEDADE 
REFERÊNCIAS 
 
 
1 ESTRUTURA CONTRATUAL 
 
A celebração de contratos acontece quando dois agentes tenham interesses 
diversos e opostos. Desta forma, este material pretende trazer informações conceituais, 
determinações e instruções para a elaboração de contratos administrativos. 
Os contratos na legislação brasileira está normatizado de acordo com o Novo 
Código Civil de 2002. 
 
1.1 O QUE É UM CONTRATO? 
 
O contrato representa o acordo de vontades entre as partes interessadas a fim de 
criar obrigações e estabelecer o conteúdo delas, alinhando interesses opostos, ou seja, de uma 
lado, uma das partes tem interesse no objeto do contrato, e de outro, a contraprestação 
correspondente que pode ser preço, acordo, ajuste, etc. 
No entendimento de Gagliano (2008, p. 11), o contrato é um “negócio jurídico por 
meio do qual as partes declarantes, limitadas pelos princípios da função social e da boa fé 
objetiva, autodisciplinam os efeitos patrimoniais que pretendem atingir, segundo a autonomia das 
suas próprias vontades”. 
Diferente dos convênios, o contrato tem um caráter comercial e visa 
necessariamente o lucro a uma das partes contratantes. 
Nieburh (2008) comenta sobre duas formas de contratos: o escrito e o verbal 
afirmando que “ muitas vezes as partes combinam as suas vontades modo verbal, sem escrever 
coisa alguma”. P (439). 
O Novo Código Civil de 2002 disciplina os contratos da seguinte maneira: 
 Título V – Dos contratos em geral, subdividido em dois capítulos: - 
Capítulo I Das disposições gerais – e Capítulo II Da extinção do contrato. Tais capítulos são 
ainda estruturados em seções, que versam sobre aspectos gerais da matéria contratual. 
 
 Título VI – das várias espécies de Contratos, subdivididos em vinte 
capítulos, compartimentados em várias outras seções, cuidando dos contratos em espécie. 
Disciplinou ainda, contratos novos, como a comissão, a agencia ou distribuição, a 
corretagem e o contrato de transporte, embora algumas modalidades contratuais importantes 
ficaram de fora, como o leasing, o factoring, o consórcio, os contratos bancários e os eletrônicos. 
Nesse sentido, observamos que o contrato é o mais importante negócio jurídico e, 
pode ser entendido como um instrumento de conciliação de interesses contrapostos, manejados 
com vistas à pacificação social e ao desenvolvimento econômico. 
Desta forma, Gagliano (2008) enfoca que o contrato somente poderá atender a sua 
função social no momento em que, sem prejuízo ao livre exercício da autonomia privada: 
1) Respeitar a dignidade da pessoa humana – traduzida sobretudo nos direitos e 
garantias fundamentais. 
2) Admitir a relativização do principio da igualdade das partes contratantes – 
somente aplicável aos contratos verdadeiramente paritários, que atualmente são minoria. 
3) Consagrar uma cláusula implícita de boa fé objetiva – incita em todo contrato 
bilateral, e impositiva dos deveres anexos de lealdade, confiança, assistência, confidencialidade 
e informação. 
4) Respeitar o meio ambiente. 
5) Respeitar o valor social do trabalho. 
 
1.2 PRINCÍPIOS CONTRATUAIS 
 
Os contratos são regidos pelos princípios abaixo elencados: 
a) O princípio da autonomia da vontade ou do consenssualismo; 
b) O princípio da força obrigatória do contrato; 
c) O principio da relatividade subjetiva dos efeitos do contrato; 
d) O princípio da função social do contrato; 
e) O princípio da boa-fé objetiva; 
f) O princípio da equivalência material. 
 
 
Dando uma dimensão constitucional aos princípios acima mencionados, permeia 
sobre eles o princípio da dignidade da pessoa humana, que sempre servirá de medida a toda 
investigação realizada a respeito dos demais princípios. 
Na concepção de Cunha apud Gagliano (2008, p. 29): 
O princípio da dignidade da pessoa humana, não obstante a sua inclusão no texto 
constitucional, é, tanto por sua origem quanto pela sua concretização, um instituto basilar de 
direito privado. Enquanto fundamento primeiro da ordem jurídica constitucional, ele o é também 
do direito público. Indo mais além, pode-se dizer que é a interface entre ambos: o vértice do 
Estado de Direito. 
O seu reconhecimento, enquanto direito fundamental, leva à necessidade de 
requestionamento de uma série de dogmas civilísticos, em especial aqueles que constituem seu 
núcleo central: a autonomia, os bens, o patrimônio, a pessoa e a propriedade. 
Agora, vamos entender melhor cada um dos princípios descritos anteriormente 
baseados na concepção de Gagliano (2008). 
a) O princípio da autonomia da vontade ou do consenssualismo. 
Não se pode falar em contrato sem autonomia da vontade. Mesmo em um sistema 
como o nosso, que toma por princípio maior a função social do contrato, este não poderá, 
obviamente, ser distendido a ponto de neutralizar a livre-iniciativa das partes. E ainda que tendo 
por vetor a sua função social, o contrato é um fenômeno eminentemente voluntarista, fruto da 
autonomia privada e da livre iniciativa. Essa liberdade de contratar, por sua vez, manifesta-se no 
plano pessoal, ou seja, na liberdade de escolher a pessoa com a qual contratar. 
b) O princípio da força obrigatória do contrato 
c) O principio da relatividade subjetiva dos efeitos do contrato 
d) O princípio da função social do contrato 
e) O princípio da boa-fé objetiva 
 
Representa, em uma dada relação jurídica, presente o imperativo dessa espécie de 
boa-fé, as partes devem guardar entre si, a lealdade e o respeito que se esperam do homem 
comum. 
 
Desta forma, entende-se que livrando-nos das amarras excessivamente tecnicistas 
da teoria clássica, cabe-nos d fazer uma releitura da estrutura obrigacional, revista à luz dessa 
construção ética, para chegarmos à inafastável conclusão de que o contrato não se esgota 
apenas na obrigação principal de dar, fazer ou não fazer. 
Assim, a boa-fé objetiva impõe também a observância de deveres jurídicos anexos 
ou de proteção, não menos relevantes, a exemplo dos deveres de lealdade, e confiança, 
informação etc. esses deveres são impostos tanto ao sujeito ativo quanto ao sujeito passivo da 
relação jurídica obrigacional, pois referem-se, em verdade à exata satisfação dos interesses 
envolvidos na obrigação assumida, por força da boa-fé contratual. 
 
f) O princípio da
equivalência material 
 
1.3 ELEMENTOS DO CONTRATO 
 
O contrato contém dois elementos: 
 
a) o primeiro deles seria o estrutural, pois o contrato, como negócio jurídico 
bilateral que é, requer a fusão de duas ou mais vontades contrapostas (obs: não confundir com a 
soma de dois negócios unilaterais). 
Obs2: a bilateralidade não se encontra diretamente vinculada ao número de 
pessoas que estão a participar da relação contratual, mas sim, a existência necessária de duas 
ou mais vontades contrapostas. Admite-se, assim, como na hipótese do contrato consigo 
mesmo ou no autocontrato que uma só pessoa realize o ato negocial em testilha desde que, 
para tanto, traga consigo uma estrutura legal que transmita duas vontades contrapostas e em 
perfeita harmonia com os ditames legais. Exemplo: o contratante, que intervém por si mesmo, 
em seu próprio nome, e como representante de outrem, manifestando sua vontade sob dois 
ângulos diversos, de tal sorte que haja duas vontades jurídicas diferentes, embora expressas por 
uma única pessoa – venda feita a si próprio pelo mandatário em causa própria. 
 
 
b) O Funcional, ou seja, a composição de interesses contrapostos, mas 
harmonizáveis, entre as partes, constituindo, modificando e solvendo direitos e obrigações 
na área econômica. 
 
1.4 REQUISITOS DO CONTRATO 
 
 Considerando que o contrato representa a espécie do gênero negócio jurídico, 
temos que os requisitos exigidos por lei para validade deste são igualmente extensivos às 
relações contratuais. 
 Dentro desse contexto, o Código Civil, em seu art. 104, passou a disciplinar os 
regramentos necessários para conferir validade aos negócios jurídicos, exigindo, nesse espectro, 
a figura do agente capaz, do objeto lícito, possível, determinado ou determinável e a forma 
prescrita ou não defesa em lei. Desse modo, será necessária a presença de requisitos 
subjetivos, objetivos e formais, para que o contrato seja válido. 
 Antes de tecermos considerações mais específicas acerca dos requisitos 
estatuídos em lei para validade dos negócios jurídicos, mister se faz trazer à lembrança a 
distinção oportuna que a doutrina faz entre OS PLANOS DE EXISTÊNCIA, VALIDADE E 
EFICÁCIA DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS. 
A) EXISTÊNCIA: significa dizer que um negócio jurídico não surge do nada, exigindo-se, 
para que seja definido como tal, o atendimento a certos requisitos mínimos, quais sejam: 
a.1) manifestação de vontade ou declaração de vontade: sem um querer 
humano devidamente materializado em uma declaração de vontade que decorra de um processo 
mental de cognição não há negócio jurídico e, não havendo negócio jurídico, não há que se falar 
em contrato. 
a.2) presença de um agente: é axiomático intuir que se a declaração de vontade 
emana de um processo mental de cognição, para fins de existência de um negócio jurídico, 
necessário se faz a presença de um agente que possa dar origem a essa manifestação de 
vontade, já que a vontade contratual não se manifesta sozinha, sendo necessária a presença de 
sujeitos para declará-la. 
 
a.3) o objeto do contrato: que consiste na prestação da relação obrigacional 
estabelecida, ou seja, justamente aquilo que e declara. 
a.4) forma: por fim, a manifestação de vontade do agente, para realização desse 
objeto, precisa de uma forma para se exteriorizar. Não se trata, na espécie, de se discutir a 
adequação da forma à relação que se pretende entabular – plano de validade -, mas sim apenas 
a existência de uma exteriorização, de maneira a compreender que o contrato realmente existiu 
no campo concreto, não se limitando apenas a uma mera elucubração de um sujeito. 
B) VALIDADE: o fato de um negócio jurídico ser considerado existente não quer dizer que 
ele seja considerado perfeito, ou seja, com aptidão legal para produzir efeitos, o que 
exige o atendimento de determinados pressupostos legais. Seria correto afirmar que 
os pressupostos de validade nada mais são do que os próprios elementos de 
existência adjetivados. Assim, a declaração de vontade em um negócio jurídico para 
ser considerada válida deverá ser emitida livremente e de boa-fé (livre dos vícios de 
consentimento). No mesmo sentido, o agente deve ter capacidade para prática dos atos 
da vida civil – capacidade genérica e específica para contratar – para que a sua 
declaração de vontade seja reconhecida e tutelada pelo direito. Caso contrário, 
conforme o vício apresentado, o contrato será inválido, seja por um vício absoluto – ato 
nulo -, seja por um vício relativo – ato anulável. O objeto, de igual sorte, deverá ser 
lícito, ou seja, não contrário a Lei, a moral ou aos bons costumes, possível – física ou 
juridicamente –, determinado ou determinável e possuir, necessariamente, valor 
patrimonial aferível. Por fim, a forma deve ser a adequada, entendida esta como a 
prescrita ou não defesa em lei. Vigora em relação ao aspecto formal, o princípio da 
liberdade das formas – art.107, do Código Civil – sendo o formalismo exceção à 
precitada regra geral ( ex. art.108, do Código Civil). Assim, se para determinado contrato 
a lei exige forma especial a sua não observância importará na invalidade da avença, 
muito embora não se discuta, sob outra ótica, a sua existência. 
 
C) EFICÁCIA: ainda que um negócio jurídico existente seja considerado válido, ou seja, 
perfeito para o sistema que o concebeu, isto não significa dizer que se encontra apto, de 
logo, a produz os efeitos desejados, pois estes podem estar limitados por elementos 
acidentais da declaração, quais sejam: 
 
c.1) termo: evento futuro e certo, que protrai o começo da produção de efeitos ( 
termo inicial ) ou faz cessá-los ( termo final); 
c.2) Condição: evento futuro e incerto, que se ocorrente, poderá dar início à 
produção de efeitos ( condição suspensiva ) ou fazer cessá-los (condição resolutiva ); 
c.3) Encargo/modo: determinação acessória acidental de negócios jurídicos 
unilaterais, que impõe ao beneficiário da liberalidade um ônus a ser cumprido, em prol de uma 
liberdade maior. 
 
1- Requisitos subjetivos: 
a) a existência de duas ou mais pessoas, já que o contrato é um negócio jurídico 
bilateral ou plurilateral; 
b) capacidade genérica das partes contratantes para praticar os atos da vida 
civil, as quais não devem enquadrar-se nos arts. 3º e 4º, do Código Civil; c) aptidão 
específica para contratar, pois a ordem jurídica impõe certas limitações à liberdade de celebrar 
determinados contratos. Ex: a regra proibitiva relacionada no art.496, do CC – que preconiza ser 
anulável a venda de bens de ascendente a descendente sem o consentimento dos demais 
herdeiros; d) consentimento das partes contratantes, visto que o contrato é originário do 
acordo de duas ou mais vontades isentas de vícios ( erro, dolo, coação, simulação e fraude). 
 
2- Requisitos objetivos: Dizem respeito ao objeto do contrato, ou seja, à 
obrigação constituída, modificada ou extinta. A validade e a eficácia do 
contrato, como um direito creditório, dependem da: 
a) licitude de seu objeto, na dimensão em que a avença não pode ser algo 
contrário à lei, à moral, aos princípios da ordem pública e aos bons costumes. Ex: jogo do bicho; 
b) possibilidade física ou jurídica do objeto. Se o negócio tiver objeto física ou 
materialmente impossível, de modo que o agente jamais possa vencer o obstáculo a sua 
realização, por contrariar as leis físico-naturais (p. ex. trazer o Pico do Jaraguá até Brasília), ir 
além das forças humanas (p. ex., viagem de volta ao mundo em duas horas), ou por inexistir (p. 
ex., prometer uma seria para um aquário), configuram-se hipóteses em que se têm a exoneração 
do devedor e a invalidade do contrato, pois aquele que se obriga a executar coisa 
 
insuscetível de realização a nada se obrigou. Contudo, é preciso esclarecer que a 
impossibilidade material deve existir no instante da constituição do contrato, porque, se aparecer 
em momento
ulterior, Ter-se-á a inexecução do contrato com ou sem perdas e danos, conforme 
ocorra ou não a culpa do devedor. Por outro lado, calha timbrar que a falta de atualidade da 
existência do objeto não se confunde com a sua impossibilidade, sendo perfeitamente admissível 
a contratação sobre coisa futura, sob a forma da emptio rei speratae, em que os contratantes 
tomam em consideração o objeto esperado enquanto possa vir a existir; logo, a validade do 
contrato dependerá do fato do objeto esperado vir, realmente, a existir. p.ex., no caso de uma 
colheita de café futura, se nada se colher, desfar-se-á o negócio, ou no caso da emptio spei, em 
que as partes têm por objeto uma esperança, se esta não se realizar, não se terá a rescisão 
contratual, de maneira que o contratante deverá pagar o preço convencionado ( ex., a 
contratação pelo lance da rede do pescador). 
c) determinação do objeto: sob esse aspecto, é necessário que o contrato venha 
a delimitar o bem a ser negociado para que, com a sua identificação, surja para o devedor da 
prestação a possibilidade de ser cobrado em caso de inadimplência. Nesse item, a professora 
Maria Helena Diniz muito bem enfatiza que “se indeterminado o objeto, o contrato será inválido 
ou ineficaz”. 
d) economicidade de seu objeto: o contrato deve versar, obrigatoriamente, sobre 
interesse economicamente apreciável, de tal forma que, em caso de inadimplência por alguma 
das partes contraentes, possa a outra recorrer a justiça com a finalidade de executar a avença 
anteriormente ajustada. Assim, a título exemplificativo, seria inexequível a negociata que 
recaísse na obrigação de fornecer um grão de arroz. 
Os requisitos formais. São inerentes à forma do contrato. Nesse item prevalece a 
máxima que preconiza a forma livre para se ter lugar a avença, consagrando, assim, o princípio 
da Liberdade das Formas. Todavia, muito embora vigore o princípio da liberdade na escolha da 
forma do contrato, quando o mesmo reclama o regramento específico este terá que ser 
obedecido, sob pena de nulidade ou anulabilidade do mesmo. Assim, por exemplo, nos contratos 
de compra e venda de imóveis, obrigatoriamente, exige-se para a validação do predito ato 
volitivo que o mesmo seja condensado por intermédio de escritura pública. Encontra partida, 
dimana o art.107, do Código Civil que “A validade da declaração de vontade não dependerá 
de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir”. Entrementes, é preciso não 
confundir a forma do contrato com a sua prova. A forma, segundo Clóvis Beviláqua “é o 
 
conjunto de solenidades que se devem observar para que a declaração de vontade tenha 
eficácia jurídica”. Enquanto a prova “é o conjunto de meios empregados para demonstrar, 
legalmente, a existência de negócios jurídicos”. 
 No que se refere à prova da ocorrência de determinado fato jurídico (latu sensu), 
dispõe o art.212, do Código Civil que: “Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato 
jurídico pode ser provado mediante: confissão, documento, testemunha, presunção e 
perícia”. 
 
1.5 FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 
Conforme visto anteriormente, o contrato é um negócio jurídico bilateral decorrente 
da convergência de manifestações contrapostas. Isso se verifica até mesmo na formação do 
contrato, onde os interesses dos contraentes são contrários. Por exemplo, no contrato de 
compra e venda, o vendedor que vender pelo preço mais alto, e o comprador por um preço mais 
baixo. É a partir daí que chegamos a negociação até atingir uma proposta interessante para 
ambas as partes e o fechamento do negócio. 
Elemento indispensável à formação do contrato é, sem dúvida alguma, o consenso 
firmado pela manifestação de vontade das partes contratantes, tendo como escopo o 
ajustamento de seus interesses em prol da avença futura a ser realizada. Desta feita, sem que 
haja o mútuo consenso, expresso ou tácito, não haverá qualquer vínculo contratual. Se, por 
exemplo, houver apenas um ato volitivo, externado por só uma das partes, ter-se-á mera 
emissão de vontade, sem força vinculante, visto que o acordo de vontades, emitidas por duas ou 
mais partes, é requisito essencial à formação do contrato. 
Outro enfoque que merece destaque é o pertinente ao momento em que se dá o 
acordo de vontades. Assim, no dizer de Maria Helena Diniz “no instante em que as vontades, se 
justaponham ou coincidam é que nasce o contrato. Todavia, é preciso ressaltar que o contrato 
não surge pronto; é, ao revés, o resultado de uma série de fases, que às vezes se interpenetram, 
mas que, em detida análise, se destacam perfeitamente: negociações preliminares, proposta 
e aceitação. 
 
Para o nascimento do contrato, é preciso percorrer um processo de formação que 
vai desde a negociação até a fase da proposta definitiva, seguida pela aceitação. Em seguida, 
vamos conhecer cada uma dessas fases na visão de Gagliano (2008). 
a) Fase de puntação ou negociações preliminares – a fase de puntação, consiste 
no período de negociações preliminares, anterior à formação do contrato. É neste momento 
prévio que as partes discutem, ponderam, refletem, fazem cálculos, estudos, redigem a minuta 
do contrato, enfim contemporizam interesses antagônicos, para que possam chegar a uma 
proposta final e definitiva. 
A característica básica desta fase é justamente a não-vinculação das partes a uma 
relação jurídica obrigacional. Todavia, ao se dar início a um procedimento negociatório, é preciso 
observar sempre se, a depender das circunstancias do caso concreto, já não se formou uma 
legitima expectativa de contratar. 
b) Proposta de contratar – a proposta, também conhecida como policitação, 
consiste na oferta de contratar que uma parte faz à outra, com vistas à celebração de 
determinado negócio. Trata-se de uma declaração receptícia de vontade que, para valer e ter 
força vinculante, deverá ser séria e concreta. Meras conjecturas ou declarações jocosas não 
traduzem proposta juridicamente válida e exigível. 
A proposta está contemplada no NCC em seu Art. 427 que apresenta o seguinte 
texto: “ A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, 
da natureza do negócio, ou das circunstancias do caso”. 
Entende-se então que a proposta de contratar obriga o proponente, que não poderá 
voltar atrás, exceto nos termos dos artigos 427 e 428 NCC. 
As propostas perdem sua eficácia nas seguintes situações: 
 Se o contrário (a não obrigatoriedade) resultar dos termos dela mesma; 
 Se o contrário (a não obrigatoriedade) resultar da natureza do negócio; 
 Se o contrário (a não obrigatoriedade) resultar das circunstancias do 
caso. 
A proposta ainda, perde sua força vinculante, por força do decurso de lapso 
temporal entre a proposta e a aceitação. É o prazo de validade a proposta que veremos agora. 
O NCC, em seu art. 428 dispõe sobre o assinto com o seguinte texto: 
 
Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta: 
 
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-
se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação 
semelhante; 
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para 
chegar a resposta ao conhecimento do proponente; 
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo 
dado; 
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a 
retratação do proponente. 
 
c) Aceitação – a aceitação é a aquiescência a uma proposta formulada. Trata-se 
da manifestação de vontade concordante do aceitante ou oblato que adere à proposta que lhe 
fora apresentada. No caso da aceitação feita fora do prazo, com adições, restrições, ou 
modificações, importará em nova proposta, convertendo-se assim, em contraproposta, nos 
termos do art. 431 do NCC. 
d) Formação dos contratos entre ausentes – fundamentalmente, a doutrina criou 
duas
teorias explicativas a respeito da formação do contrato entre ausentes 
1 – teoria da cognição: para os adeptos dessa linha de pensamento, o contrato 
entre ausentes somente se consideraria formado quando a resposta do aceitante chegasse ao 
conhecimento do proponente. 
2 – teoria da agnição: dispensa-se que a resposta chegue ao conhecimento do 
proponente 
2.1 – à subteoria da declaração propriamente dita: o contrato se formaria no 
momento em que o aceitante ou oblato redige, datilografa ou digita a sua resposta. Peca por ser 
extremamente insegura, dada a dificuldade em se precisar o instante da resposta. 
2.2 – à subteoria da expedição: considera formado o contrato, no momento em que 
a resposta é expedida. 
 
2.3 – à subteoria da recepção: reputa celebrado o negócio no instante em que o 
proponente recebe a resposta. Dispensa, como vimos, sua leitura. Trata-se de uma subteoria 
mais segura que as demais, pois sua comprovação é menos dificultosa, podendo ser provada, 
por exemplo, por meio do A.R. (aviso de recebimento), nas correspondências. Vejamos então o 
art. 434 do NCC: 
Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é 
expedida, exceto: 
I - no caso do artigo antecedente; 
II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta; 
III - se ela não chegar no prazo convencionado. 
e) A proposta no Código de Defesa do Consumidor - O CDC em seu art 30 rege 
que as propostas feitas ao consumidor serão informadas pelo principio da vinculação, conforme 
verificamos a seguir: 
Art. 30 - Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por 
qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou 
apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que 
vier a ser celebrado. 
O art. 31 reforça o anterior com o seguinte texto: 
Art. 31 - A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar 
informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas 
características, qualidade, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e 
origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos 
consumidores. 
Parágrafo único. As informações de que trata este artigo, nos produtos refrigerados 
oferecidos ao consumidor, serão gravadas de forma indelével. 
Nesse contexto, o art, 35 preceitua que se o fornecedor de produtos ou serviços 
recusar o cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, 
alternativamente á sua escolha: 
 
I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação 
ou publicidade – neste caso lançando mão sobretudo, dos meios judiciais de tutela específica, 
postos à sua disposição. 
II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente – trata-se de uma 
faculdade do consumidor, e não um direito do fornecedor. 
III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente 
antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos – trata-se em verdade, de resolução 
de contrato por inadimplemento, abrindo-se ao consumidor a possibilidade de pleitear a 
compensação devida, atualizada, segundo os índices oficiais em vigor. 
f) Lugar da formação do contrato – Rege o art. 435 do CC que o contrato reputa-se 
celebrado no lugar em que foi proposto. Essa regra é importantíssima, pois no caso de questões 
referentes à competência, ou quando o juiz precisar analisar usos e costumes do lugar onde o 
negócio fora pactuado. 
 
EVICÇÃO 
Evicção é a perda da coisa em virtude de sentença judicial, que a atribui a outrem 
por causa jurídica preexistente ao contrato ( Art. 447). 
Será o alienante obrigado a resguardar o adquirente dos riscos da perda da coisa 
para terceiro por força de decisão judicial em que fique reconhecido que o adquirente não era o 
legitimo titular do direito que convencionou transmitir. 
Há na evicção três personagens: 
a) o alienante, que responde pelos riscos da evicção; 
b) o evicto, que é o adquirente vencido na demanda movida por terceiro; 
c) o evictor, que é o terceiro reivindicante e vencedor da ação. 
 
A responsabilidade decorre da lei e independe de previsão contratual. Mesmo que o 
contrato seja omisso a esse respeito, ela existirá em todo contrato oneroso, pelo qual se 
transfere o domínio, posse ou uso. 
Ocorrendo a perda da coisa, em ação movida por terceiro, o adquirente tem o direito 
de voltar-se contra o alienante, para ser ressarcido do prejuízo. Terá direito, portanto: 
 
a) indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; 
b) a das despesas do contrato e dos prejuízos que resultarem diretamente da 
evicção; 
c) as custas judiciais e os honorários do advogado por ele constituído. 
 
 
Benfeitorias feitas na coisa. 
 
Podem as partes por cláusula expressa, reforçar, diminuir, até mesmo excluir a garantia 
(Art.448). Não obstante a existência de tal cláusula, se a evicção se der tem direito o evicto à 
recobrar o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele 
informado, não o assumiu (Art.449). 
 
Evicção parcial (Art. 455). 
 
O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa na época em que se 
evenceu, e não na época da celebração do contrato. 
Os requisitos da Evicção são os seguintes: 
a) perda total ou parcial da propriedade, posse ou uso da coisa alienada; 
b) onerosidade da aquisição; 
c) Ignorância, pelo adquirente, da litigiosidade da coisa; 
d) Anterioridade do direito do evictor; 
e) Denunciação da lide ao alienante. Somente após a ação do terceiro contra o 
adquirente é que este poderá agir contra aquele. 
 
 
2 EXTINÇÃO DO CONTRATO 
 
As obrigações têm como característica fundamental seu caráter transitório. Não 
existem obrigações perenes. Não é da natureza do direito pessoal. A permanência é 
característica dos direitos reais, a partir da propriedade. Atingida a finalidade para a qual foi 
criada, a obrigação extingue-se. Essa é a noção exata presente no contrato. 
 
Ao celebrar um contrato, as parte têm em mira a possibilidade de seu término, 
mesmo que, a priori, não seja fixado um prazo para o seu fim. 
A extinção dá-se, em regra, pela execução, seja instantânea, diferida ou 
continuada. O cumprimento da prestação libera do devedor e satisfaz o credor. Este é o meio 
normal de extinção do contrato. 
Algumas vezes o contrato extingue-se antes de ter alcançado o seu fim, ou 
seja, sem que as obrigações tenham sido cumpridas. Várias causas acarretam essa extinção 
anormal. Algumas são anteriores ou contemporâneas à formação do contrato; outras, 
supervenientes. 
A doutrina diverge muito sobre a nomenclatura ao tratar da extinção dos 
contratos, mas vamos tratar da nomenclatura utilizada pelo legislador. 
Vamos tomar como base a classificação procedida pela maioria dos doutrinadores 
brasileiros citados por Gagliano (2008). 
 
EXTINÇÃO NATURAL DOS CONTRATOS 
 
Aqui estão reunidas todas as situações fáticas em que a relação contratual se 
dissolve pela verificação de uma circunstancia prevista pelas partes. 
 
Cumprimento do contrato ou exaustão do seu objeto 
 
Realizada a prestação, na forma como pactuada, extingue-se, ex nunc, a relação 
contratual havida entre as partes. Com efeito, cumprida a prestação, muitas vezes já se encontra 
exaurido o objeto do contrato. É o caso, por exemplo, da venda de um bem móvel, em que, o 
pagamento do preço e a entrega da coisa, consumada está a obrigação, extinguindo-se o 
vínculo contratual. 
 
Nesse sentido, seguindo as regras para a celebração do negócio jurídico, podem as 
partes estabelecer cláusulas no campo da eficácia, que também importarão em uma extinção 
natural do contrato. 
 
Verificação de fatores eficaciais 
 
Como em todo negócio jurídico, as partes celebrantes de um contrato podem 
estabelecer
elementos limitadores da sua duração, concebendo previamente, portanto, a sua 
extinção. 
Vencimento do termo – uma das hipóteses para a extinção de um contrato, 
independentemente de seu regular e /ou integral cumprimento, é o advento de um termo. 
Podem, pois, as partes celebrar contratos sem a prefixação de um prazo. Como 
por exemplo, o contrato de trabalho que, por força do princípio da continuidade da relação de 
emprego, presume-se sempre de duração indeterminada, motivo pelo qual, para ser extinto, 
precisa da concessão de um aviso prévio. 
Vale ressaltar que, a partir do pressuposto que o negócio realmente existiu, sua 
extinção se dá pelo reconhecimento judicial da nulidade e anulabilidade, desfazendo assim, 
qualquer vínculo contratual existente entre as partes. 
 
Redibição 
 
Esse fenômeno anterior à celebração do contrato, também pode gerar sua extinção, 
pois nem sempre a ocorrência de um vício redibitório, ou seja, defeito oculto que diminui o valor 
ou prejudica a utilização da coisa recebida, importará na extinção do contrato, podendo sim, 
gerar revisão de suas prestações o abatimento do preço correspondente. 
 
Direito de arrependimento 
 
 
Para o autor (2008), a lógica da celebração de um contrato, é que as partes já 
tenham plena convicção de que aceitam e querem a pactuação. 
Excepcionalmente, é possível que uma das partes exerça o direito de arrepender-se 
do pactuado, desde que se estabeleça um período de carência em que é possível desfazer o 
contrato, sem maiores ônus. 
Desta forma, o direito de arrependimento ocorre quando expressamente previsto no 
contrato, autoriza qualquer das partes a rescindir o ajuste, mediante declaração unilateral de 
vontade, sujeitando-se à perda do sinal, ou a sua devolução mais o equivalente ( art.420). Deve 
ser exercido no prazo convencionado ou antes da execução do contrato, se nada foi estipulado a 
esse respeito, pois o adimplemento deste importará renúncia tácita aquele direito. 
 
CAUSAS SUPERVENIENTES À FORMAÇÃO DO CONTRATO 
 
Resilição 
 
A resilição não deriva de inadimplemento contratual, mas unicamente da 
manifestação de vontade, que pode ser bilateral ou unilateral. A resilição bilateral denomina-se 
distrato, que é o acordo de vontades que tem por fim extinguir um contrato anteriormente 
celebrado. A unilateral pode ocorrer somente em determinados contratos, pois a regra é a 
impossibilidade de um contraente romper o vínculo contratual por sua exclusiva vontade ( 
princípio da irretratabilidade). 
Alguns contratos, no entanto, por sua própria natureza, podem ser dissolvidos 
unilateralmente. Tal ocorre com os de execução continuada, celebrados por prazo indeterminado 
( prestação de serviços, fornecimento de mercadorias, etc.). Nestes casos, a resilição denomina-
se denúncia. Podem ser mencionados, ainda, como exemplos, os de mandato, comodato e 
depósito. No primeiro, a resilição denomina-se revogação ou renúncia, conforme a iniciativa seja, 
respectivamente, do mandante ou do mandatário. A resilição unilateral independe de 
pronunciamento judicial e produz somente efeitos ex nunc, não retroagindo. 
 
Nesse sentido, observamos que a resilição refere-se à extinção do contrato por 
iniciativa de uma ou ambas as partes. Tal extinção não se opera retroativamente, produzindo 
seus efeitos ex nunc. 
Partindo do entendimento que o contrato gera um vínculo jurídico obrigatório às 
partes, a conclusão lógica é que a mesma manifestação conjunta da vontade possa extingui-lo. 
Nesse sentido, em Direito Brasileiro, é regra que a resilição seja bilateral embora se 
possa falar, em casos permitidos por lei, em uma manifestação unilateral de vontade extintiva do 
contrato. 
 
Distrato (Resilição Bilateral) 
 
A resilição bilateral pode também ser chamada de distrato. Se foi a autonomia da 
vontade que estabeleceu a relação contratual, é óbvio que esta mesma autonomia poderá 
desfazê-la na forma como pactuado, possivelmente celebrando um novo negócio jurídico que 
estabelece o fim do vinculo contratual, disciplinando as consequências jurídicas deste fato. 
De acordo com o art. 472, “ O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o 
contrato” 
 
Resilição unilateral 
 
Partindo-se do princípio da força obrigatória dos contratos, é obvio que a extinção 
unilateral do contrato, por mera manifestação de vontade não poderia ser bem vista. 
Entretanto, admite-se a resilição unilateral somente com autorização legal expressa 
ou implícita e, sempre com a prévia comunicação à outra parte. 
Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o 
permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte. 
 
Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver 
feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito 
depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos. 
Vale acrescentar que, o ato jurídico pelo qual se opera a resilição unilateral é a 
denúncia. Denunciar um contrato, em direito civil, traduz a ideias de resilir o negócio 
unilateralmente. 
Nas relações civis em geral que admitam a resilição unilateral, não se propugna, 
independentemente de prévia comunicação, pela mais ampla possibilidade da extinção do 
contrato. 
Algumas modalidades contratuais permitem a resilição unilateral, tomando-se em 
consideração certas peculiaridades, utilizando a doutrina e legislação, nomes especiais para 
caracterizá-la. Dentre elas, destacamos a revogação, a renúncia e o resgate. 
 
 Revogação 
 
 A Revogação consiste na modalidade de desfazimento de determinados negócios 
jurídicos, por iniciativa de uma das partes isoladamente. É o exemplo da resilição unilateralmente 
feita nos contratos de mandato. 
Orlando Gomes apud Gagliano (2008, p. 239), afirma que o ato de revogação 
requer cumprimento pelo próprio sujeito que praticou ato que se revoga e deve destinar-se a 
impedir que este produza seus efeitos próprios. Contudo, o vocábulo revogação é empregado 
em sentido mais amplo. Tal como a denuncia consiste a revogação numa declaração receptícia 
de vontade, que opera extrajudicialmente, e, como ela, é direito protestativo. 
 
Renúncia 
 
 
Nada mais é do que a resilição contratual por iniciativa unilateral do sujeito passivo 
da relação contratual , sendo também especialmente aplicável a algumas modalidades 
contratuais. 
Posto que seja unilateral, a renuncia pertence à categoria dos negócios extintivos, 
apresentando-se normalmente como comportamento abdicativo destinado a extinguir uma 
relação jurídica pela auto eliminação de um dos seus sujeitos, o ativo. No direito das obrigações, 
a remissão da dívida PE a figura mais característica da renúncia. 
 
Resgate 
 
No NCC, a expressão resgate somente é utilizada no exercício da retrovenda, 
referindo-se ao retorno do bem ao vendedor, conforme arts 505 e 506: 
Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no 
prazo máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as 
despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua 
autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias. 
Art. 506. Se o comprador se recusar a receber as quantias a que faz jus, o 
vendedor, para exercer o direito de resgate, as depositará judicialmente. 
 
A resolução 
 
Para o vocábulo resolução, o significado de extinção contratual fundamentada no 
descumprimento do pactuado. Como descumprimento, entenda-se o inadimplemento tanto 
culposo como involuntário e, bem assim, a inexecução absoluta e a relativa. 
Se o contrato é feito para ser cumprido, a não realização da prestação como 
pactuada pode ensejar sim, a priori, a critério da parte lesada, por sua provocação, o 
desfazimento da relação obrigacional. 
 
Para efeito de resolução
do contrato, pouco importa se a inexecução se deu 
voluntária ou não. De fato, qualquer que tenha sido o motivo, a parte lesada pode pedir a 
resolução do contrato, extinguindo-se o vínculo contratual. 
Nesse sentido, as partes podem prever, no próprio conteúdo do contrato, que, caso 
haja descumprimento, o mesmo será considerado extinto. 
Trata-se, portanto, da cláusula resolutiva expressa que gera efeito dissolutório da 
relação contratual. 
 
A Rescisão 
 
Na concepção de Gagliano (2008), nessa modalidade de extinção contratual se 
constata profunda indecisão terminológica e desvios teoréticos. Boa parte da doutrina civil 
brasileira identifica o termo rescisão tecnicamente, como a forma de extinção de contratos em 
que tenha ocorrido lesão ou celebrados sob estado de perigo. 
Para Venosa apud Gagliano (2008, p.248): Rescisão é palavra que traz, entre nós, 
a noção de extinção da relação contratual por culpa. Originalmente, vinha ligada tão só ao 
instituto da lesão. No entanto, geralmente quando uma parte imputa à outra o descumprimento 
de um contrato, pede a rescisão em juízo e a sentença decreta-a. os interessados, no entanto, 
usam com freqüência o termo com o mesmo sentido de resilir, isto é, terminar a avença de 
comum acordo, distratar o que foi contratado. Nada impede que assim se utilize, num costume 
arraigado em nossos negócios. 
 
Morte do contratante 
 
De acordo com Orlando Gomes citado por Gagliano (2008, p.251) 
Entre as causas de extinção dos contratos, a morte de um dos contratantes ocupa 
lugar à parte. Sua inclusão nos outros modos de dissolução não tem realmente cabimento. Não 
é possível afirmar-se que resolve o contrato. Sem dúvida, impossibilita sua execução, ou faz 
 
cessá-la definitivamente, mas a rigor não pode ser considerada inexecução involuntária, porque 
seus efeitos não se igualam aos do caso fortuito. Não se justifica, também, enquadrá-la entre as 
causas de resilição, como procede a doutrina francesa, pois a resilição se caracteriza por ser 
consequência de manifestação da vontade de um ou dos dois contratantes. 
 
Caso fortuito ou Força Maior 
 
As hipóteses de fortuito ou força maior também ensejam a extinção do contrato, 
conforme texto do art 393 do NCC.: 
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou 
força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. Parágrafo único. O 
caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível 
evitar ou impedir. 
 
3 TIPOS DE CONTRATO 
 
O Novo Código Civil (Lei nº 10.406/2002), em seu texto, contempla as seguintes 
espécies de contratos: 
 
Compra e Venda 
 
Nesse tipo de contrato, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de 
certa coisa e o outro, a pagar-lhe certo preço ou dinheiro. 
“Art. 482. A compra e venda, quando pura, considerar-se-á obrigatória e perfeita, 
desde que as partes acordarem no objeto e no preço”.(BRASIL, 2002). 
 
Na concepção de Venosa (2007), a compra e venda pode ser definida como a trca 
de uma coisa por dinheiro. Inserem-se no grupo dos contratos que objetivam a transferência de 
um bem de um contratante a outro. 
Assim, por sua importância econômica, a compra e venda é o contrato mais 
importante e mais frequente. Em razão disso, trata-se do contrato mais minunciosamente 
regulado pela lei. 
Desta forma, vale ressaltar que o objeto desse tipo de contrato pode ser coisa atual 
ou futura. 
Venosa (2007), defende que no universo contemporâneo, já não podemos qualificar 
um tipo genérico de compra e venda, mas inúmeras modalidades de venda que obedeceram a 
regimes diversos, embora o negócio jurídico receba o mesmo rótulo. 
A compra e venda caracteriza-se, portanto, como contrato consensual, que se 
completa pelo mero consentimento, com efeitos exclusivamente obrigacionais, tornando-se 
perfeita e acabada mediante o simples acordo de vontades. 
A Subseção IV do NCC, trata da venda com reserva de domínio que, em seu art. 
521 rege que “pode o vendedor reservar para si a propriedade, até que o preço esteja 
integralmente pago”. 
 
COMPRA E VENDA COM RESERVA DE DOMÍNIO 
 
Por este particular instrumento de contrato de compra e venda com reserva de domínio, 
firmado, de um lado, pela .......... (qualificar), e de outro lado por .......... (qualificar), aqui 
denominados a primeira VENDEDORA e o segundo COMPRADOR, é justo e contratado o 
seguinte: 
 
1ª - A VENDEDORA vende e o COMPRADOR se compromete a pagar as mercadorias 
(especificar) constantes na nota fiscal n° .........., pelo preço de R$ .......... prestações mensais, 
iguais e consecutivas, vencendo-se a primeira no dia .......... . 
 
2ª - O COMPRADOR obriga-se a efetuar o pagamento das prestações referidas na cláusula 1ª, 
 
no vencimento, no estabelecimento da VENDEDORA, independentemente de qualquer aviso, 
notificação ou interpelação, judicial ou extra-judicial. 
 
3ª - A falta de pagamento de três prestações, sucessivas ou intercaladas, determinará o 
vencimento antecipado das demais prestações, podendo a VENDEDORA cobrá-las por via 
judicial, em ação de execução, cobrando o saldo devedor, juros de mora, custas e outras 
despesas, além de honorários advocatícios arbitrados em 20% sobre o valor do débito. 
 
4ª - Para o COMPRADOR, servirá de prova de pagamento das prestações a quitação lançada 
nos recibos, no carnê de pagamento ou na duplicata, por autenticação mecânica da máquina 
registradora. 
 
5ª - Os juros de mora serão computados à razão de 12% ao ano, a partir da data de vencimento 
de cada prestação. 
 
6ª - Ocorrendo um atraso superior a 15 dias no pagamento de uma prestação, será cobrado do 
COMPRADOR uma taxa de 2% ao mês sobre o valor da prestação, a título de despesas de 
cobrança. 
 
7ª - Ficar reservado à VENDEDORA o exclusivo domínio das mercadorias objeto do presente 
contrato, até a liquidação da duplicada emitida e aceita da venda, havendo as partes aceito o 
pacto de reserva de domínio, ficando a VENDEDORA com a faculdade de optar pela integração 
de posse das mercadorias e ou promover a competente ação de execução. 
 
8ª - É assegurado à VENDEDORA o direito de ceder ou transferir os direitos e ações que lhe 
cabem no presente contrato, dispensado o prévio consentimento do COMPRADOR. 
 
9ª - Ocorrendo rescisão deste contrato por culpa do COMPRADOR, efetuar-se-á a avaliação do 
objeto restituído para verificar a sua depreciação, sendo descontado o valor restante o valor das 
prestações vendidas e não pagas, acrescido dos encargos de financiamento. 
 
10ª - As dúvidas que surgirem serão resolvidas na conformidade da legislação vigente. 
 
 
11ª - Como fiador e principal pagador, solidário com as obrigações assumidas pelo 
COMPRADOR, assina também o presente contrato o Sr. .......... . 
 
12ª - Para todas as ações decorrentes do presente contrato, é eleito o foro desta cidade. 
 
E, para firmeza do justo e contratado, assinam o presente instrumento em duas vias de igual 
teor e forma, com as testemunhas abaixo. 
 
(Data e assinaturas) 
 
Modelo de Contrato de Compra e venda com reserva de domínio 
Fonte: http://www.uj.com.br/publicacoes/contratos/ 
 
Contrato Estimatório 
 
Nessa modalidade, o consignante entrega bens móveis ao consignatário, que fica 
autorizado a rendê-los, pagando àquele o preço ajustado, salvo se preferir, no prazo 
estabelecido, restituir-lhe a coisa consignada. 
De acordo com Venosa (2007) pelo contrato de consignação ou contrato 
estimatório, uma parte denominada consignante, faz a entre a outra, denominada consignatário 
de coisas móveis, a fim de que esta conclua a venda em um prazo e preço fixados. 
Art. 534. Pelo contrato estimatório, o consignante entrega bens móveis ao 
consignatário, que fica autorizado a vendê-los, pagando àquele o preço ajustado, salvo se 
preferir, no prazo estabelecido, restituir-lhe a coisa consignada.
http://www.uj.com.br/publicacoes/contratos/
 
CONTRATO DE VENDA EM CONSIGNAÇÃO 
 
 
IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES CONTRATANTES 
 
 
CONSIGNANTE: (Nome da Empresa Consignante), com sede em 
(.........................), na Rua (............................................................), nº (.....), 
bairro (............), Cep (............................), no Estado (......), inscrita no C.N.P.J. 
sob o nº (.........), e no Cadastro Estadual sob o nº (.........), neste ato 
representada pelo seu diretor (.....................), (Nacionalidade), (Estado Civil), 
(Profissão), Carteira de Identidade nº (..............................), C.P.F. nº 
(............................), residente e domiciliado na Rua 
(.......................................................................), nº (.....), bairro (...................), 
Cep (............................), Cidade (.....................), no Estado (.....); 
 
CONSIGNATÁRIA: (Nome da Empresa Consignantária), com sede em 
(.........................), na Rua (..........................................................), nº (....), bairro 
(....................), Cep (........................................), no Estado (....), inscrita no 
C.N.P.J. sob o nº (.........), e no Cadastro Estadual sob o nº (........), neste ato 
representada pelo seu diretor (..........................), (Nacionalidade), (Estado 
Civil), (Profissão), Carteira de Identidade nº (..........................), C.P.F. nº 
(...............................), residente e domiciliado na Rua (.....................................), 
nº (....), bairro (.................), Cep (............................), Cidade (.........................), 
no Estado (.....). 
 
As partes acima identificadas têm, entre si, justo e acertado o presente 
Contrato de Venda em Consignação, que se regerá pelas cláusulas seguintes 
e pelas condições descritas no presente. 
 
DO OBJETO DO CONTRATO 
 
 Cláusula 1ª. O presente tem como OBJETO, os produtos colocados à 
venda e originários da produção da empresa CONSIGNANTE. 
 
 
Cláusula 2ª. Caberão à CONSIGNATÁRIA os produtos relacionados no 
documento anexo, que desde já faz parte integrante do presente acordo. 
 
DA VENDA E FATURAMENTO DAS MERCADORIAS 
 
Cláusula 3ª. A CONSIGNATÁRIA se compromete a entregar no último dia útil 
de cada mês, a relação dos bens consignados neste contrato e vendidos aos 
seus clientes, sem prejuízo da conferência por parte da CONSIGNANTE. 
 
Cláusula 4ª. A reposição das mercadorias deverá estar de acordo com a 
quantidade das mercadorias consignadas e contidas no documento anexo, 
desta forma, esta última irá repor as mercadorias de acordo com as vendas 
realizadas pela CONSIGNATARIA. 
 
DA FALTA DE MERCADORIA 
Cláusula 5ª. Ocorrendo falta da mercadoria no estoque da CONSIGNATÁRIA, 
compromete-se a CONSIGNANTE a realizar a reposição dos produtos, nos 
preços e condições previstas no presente contrato. 
 
DOS PRODUTOS 
 
Cláusula 6ª. Após o recebimento dos produtos e a entrada no estabelecimento 
comercial da CONSIGNATÁRIA, os mesmos correrão por conta e risco desta 
última. Desta forma, qualquer vício que possa surgir ficará sob sua inteira 
responsabilidade, até serem comercializados. 
 
Cláusula 7ª. A CONSIGNATÁRIA se compromete a manter o local o qual 
ficarão as mercadorias em perfeito estadas, evitando-se desta forma as 
deteriorações dos produtos. 
 
Cláusula 8ª. A CONSIGNANTE terá livre acesso às mercadorias as quais são 
 
objetos deste contrato, sejam aquelas que estejam em estoque, sejam as que 
estão expostas as vendas, ressalvando o dever da mesma em comunicar 
previamente. 
 
Parágrafo único. Nesta vistoria, facultará ao representante da mesma, 
executar verificação nos livros e/ou controle de saída das mercadorias 
consignadas, de maneira a conferir os créditos obtidos pela 
CONSIGNATÁRIA. 
 
DO VALOR DOS PRODUTOS 
 
Cláusula 9ª. A reposição dos produtos deverá ocorrer até o quinto dia útil de 
cada mês subsequente à entrega da relação dos bens vendidos. 
 
Cláusula 10ª. A título de valor de consignação bem como de reposição, fica 
acordado que vigerá a lista dos valores dos produtos do mês corrente ao da 
reposição, a ser fixada pela CONSIGNANTE. 
 
Parágrafo único. A CONSIGNATÁRIA terá a lista de preços com base no 
mercado para venda dos produtos à sua clientela. 
 
REPASSE DOS VALORES 
 
Cláusula 11ª. O pagamento dos produtos consignados e vendidos será feito 
através de duplicata, cuja cópia autenticada fará parte deste instrumento, a 
qual será preenchida imediatamente após a entrega dos bens destinados à 
reposição, contendo aval de duas pessoas, sendo que, ficará a cargo das 
partes a estipulação da data para realização do pagamento. 
 
Cláusula 12ª. As duplicatas serão formalizadas em nome das empresas e 
assinadas por seus representantes ou por procurador constituído pra tal fim. 
 
 
Cláusula 13ª. A inadimplência no pagamento das duplicatas gera 
imediatamente a faculdade ao CONSIGNANTE de cobrá-las por todos os 
meios jurídicos admitidos, bem como de rescindir o presente contrato. 
 
Cláusula 14ª. O descumprimento de quaisquer cláusulas deste contrato ou 
ocorrendo inadimplemento no pagamento dos numerários devidos, total ou 
parcialmente, não configurará modificação deste contrato ou mesmo adição às 
suas cláusulas. 
 
DA RESCISÃO 
 
Cláusula 15ª. Ocorrendo a rescisão, as partes acordam em desfazer, repor e 
devolver os produtos ou o numerário devido umas às outras. 
 
Cláusula 16ª. Se porventura, a CONSIGNANTE der azo ao término do 
contrato, fica obrigada a CONSIGNATÁRIA a deixar de vender os produtos 
consignados a partir da notificação. 
 
Parágrafo único. As mercadorias continuarão sob a responsabilidade desta 
última até ocasião da devolução. 
 
DO PRAZO DO CONTRATO E DA VENDA 
 
Cláusula 17ª. O presente instrumento terá prazo indeterminado, contudo as 
partes podem rescindi-lo de maneira unilateral, desde que, a parte que desejar 
fazê-lo notifique de forma inequívoca a outra, no prazo de (.....) dias. 
 
Cláusula 18ª. A CONSIGNATÁRIA se compromete a vender os produtos 
descritos no documento anexo no prazo compreendido entre o dia (.....) do 
mês (.....) do ano (....), até o dia (.....) do mês (.....) do ano (......), por valor 
nunca inferior ao da lista de preços fixados pela CONSIGNANTE, sendo que, 
caberá à primeira vender os produtos com uma margem de lucro não superior 
a (......) por cento. 
 
 
CONDIÇÕES GERAIS 
 
Cláusula 19ª. A CONSIGNANTE e a CONSIGNATÁRIA acordam que, quando 
a primeira praticar promoções relacionadas aos produtos consignados, a 
segunda irá tirá-los do seu stand de vendas até que se finde o prazo da 
promoção. 
 
Cláusula 20ª. O inadimplemento concernente ao contrato seja pela entrega 
dos produtos, seja pelo não pagamento, gerará a faculdade para ambas as 
partes, de cobrar perdas e danos àquela que der causa ao referido 
inadimplemento. 
 
Cláusula 21ª. O presente contrato é válido entre as partes e seus sucessores, 
que ficam responsáveis pelo fiel cumprimento do mesmo total ou parcialmente. 
 
DO FORO 
 
Cláusula 22ª. Para dirimir quaisquer
controvérsias oriundas do CONTRATO, 
as partes elegem o foro da comarca de (...............................); 
 
Por estarem assim justos e contratados, firmam o presente instrumento, em 
duas vias de igual teor, juntamente com 2 (duas) testemunhas. 
 
(Local data e ano). 
 
(Nome e assinatura do Representante legal da Consignante) 
 
(Nome e assinatura do Representante legal da Consignantária) 
 
 
(Nome, RG e assinatura da Testemunha 1) 
 
(Nome, RG e assinatura da Testemunha 2) 
 
Modelo de contrato de venda em consignação 
Fonte: http://www.uj.com.br/publicacoes/contratos/ 
 
Doação 
 
É o tipo de contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu 
patrimônio bens ou vantagens para o de outra. 
Para Carlos lassarte apud Venosa (2007, p. 95): 
Doação é a transmissão voluntária de uma coisa ou de um conjunto de coisas que 
faz uma pessoa, doadora, em favor de outra, donatário, sem receber nada como 
contraprestação. 
A alienação gratuita de direitos imateriais, embora tendo seu cerne os mesmos 
princípios de liberdade da doação, classifica-se como cessão de direitos, assim como para a 
cessão onerosa recorre-se aos princípios da compra e venda, para a cessão gratuita chamam-se 
à baila os fundamentos da doação. Várias outras modalidades de liberalidade são encontráveis 
no ordenamento, as quais, contudo, não configuram doação. 
No contrato de doação, destacam-se claramente dois elementos constitutivos: 
objetivo e subjetivo. Elemento subjetivo é a manifestação da vontade de efetuar liberalidade. O 
elemento objetivo é a diminuição de patrimônio do doador que se agrega ao animo de doar. 
 
CONTRATO DE DOAÇÃO PURA E SIMPLES 
 
Pelo presente instrumento particular de DOAÇÃO, de um lado.................... (nome, 
nacionalidade, estado civil, profissão, identidade, CPF, endereço) e, de outro lado,.................... 
http://www.uj.com.br/publicacoes/contratos/
 
(nome, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade, CPF, endereço), têm entre si, como 
justo e acertado o que segue: 
 
1. O primeiro qualificado, denominado simplesmente DOADOR, declara que é legítimo 
possuidor de uma casa de campo, localizada na Rua.............................................. nº ....., na 
cidade de ................ com as seguintes características: (descrever detalhadamente o imóvel, 
acrescentando número de matrícula, registro, etc). 
 
2. O DOADOR, por sua livre e espontânea vontade, a título gratuito, sem quaisquer condições 
ou encargos, faz DOAÇÃO do imóvel descrito acima ao DONATÁRIO, no valor de R$(.....) (por 
extenso), transferindo-lhe irrevogavelmente toda posse, jus, ação e domínio que exercia sobre o 
referido imóvel. 
 
3. O DONATÁRIO declara que aceita o imóvel doado pelo DOADOR, livre de qualquer 
condição, conforme estipulado no presente contrato. 
 
E, assim, como justos e contratados, assinam o presente instrumento particular de DOAÇÃO, 
em duas vias de igual teor, na presença de testemunhas que a tudo assistiram. 
 
................., ...... de .................... de ......... 
 
DOADOR: ........................... 
DONATÁRIO: ...................... 
TESTEMUNHAS:..................... 
 
Se o doador for casado, a mulher deverá ser necessariamente parte integrante deste contrato. 
Modelo de contrato de doação pura e simples 
Fonte: http://www.uj.com.br/publicacoes/contratos/ 
 
 
http://www.uj.com.br/publicacoes/contratos/
 
Locação 
 
No contrato de locação, uma das partes se obriga a ceder à outra, por tempo 
determinado ou não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa retribuição. 
O NCC trata da locação de coisas nos art. 593 a 609. É definida como o contrato 
pelo qual o sujeito se compromete, mediante remuneração, a facultar a outro, por certo tempo, o 
uso e gozo de uma coisa (locação de coisas); a prestação de serviço (locação de um serviço), ou 
a executar uma obra (empreitada). 
O contrato de locação imobiliária situa-se logo em seguida à compra e venda 
quanto à sua utilização e importância no mundo negocial. 
No caso da locação comercial, esta pode ser entendida como a “cessão de um 
imóvel para terceiro, que ali pretende montar seu negócio e que, para isso, remunerará o 
proprietário do imóvel com um determinado valor por eles negociado” (SEBRAE, 2009). 
 
CONTRATO DE LOCAÇÃO DE IMÓVEL 
 
IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES CONTRATANTES 
 
LOCADOR: (Nome do Locador), (Nacionalidade), (Estado Civil), (Profissão), 
Carteira de Identidade nº (........................), C.P.F. nº (..........................), 
residente e domiciliado na Rua (.......................................), nº (....), bairro 
(...........), Cep (................), Cidade (..................), no Estado (....) 
 
LOCATÁRIO: (Nome do Locatário), (Nacionalidade), (Estado Civil), 
(Profissão), Carteira de Identidade nº (.......................), C.P.F. nº 
(.......................), residente e domiciliado na Rua (......................................), nº 
(.....), bairro (.............), Cep (..................), Cidade (...................), no Estado 
(.....). 
 
FIADOR 1: (Nome do Fiador 1), (Nacionalidade), (Profissão), Carteira de 
Identidade nº (......................), C.P.F. nº (.................); e sua esposa 
 
(.................), (Nacionalidade), (Profissão), Carteira de Identidade nº 
(....................), C.P.F. nº (.....................), ambos capazes, residente(s) e 
domiciliado(s) na Rua (...............................), nº (....), bairro(...........), cidade 
(....................), Cep. (................), no Estado(....). 
 
FIADOR 2: (Nome do Fiador 2), (Nacionalidade), (Profissão), Carteira de 
Identidade nº (....................), C.P.F. nº (.......................); e sua esposa 
(.............), (Nacionalidade), (Profissão), Carteira de Identidade nº 
(......................), C.P.F. nº (....................), ambos capazes, residente(s) e 
domiciliado(s) na Rua (..........................), nº (...), bairro(.........), cidade 
(.................), Cep. (...............), no Estado(....). 
 
As partes acima identificadas têm, entre si, justo e acertado o presente 
Contrato de Locação de Imóvel (1), que se regerá pelas cláusulas seguintes e 
pelas condições de preço, forma e termo de pagamento descritas no presente. 
 
DO OBJETO DO CONTRATO 
 
Cláusula 1ª. O objeto do presente instrumento é o aluguel do imóvel (.............), 
situado na Rua (........................................), nº (....), bairro (............), Cep nº 
(...............), Cidade (..................), no Estado (.....), de propriedade do 
LOCADOR, conforme comprova documento anexo. 
 
DA DESCRIÇÃO DO IMÓVEL 
 
Cláusula 2ª. O imóvel objeto deste contrato será entregue nas condições 
descritas no auto de vistoria, ou seja, com instalações elétricas e hidráulicas 
em perfeito funcionamento, com paredes pintadas, sendo que portas, portões 
e acessórios se encontram também em funcionamento correto, devendo o 
LOCATÁRIO, mantê-lo desta forma. 
 
DO USO DO IMÓVEL 
 
Cláusula 3ª. O imóvel em questão será utilizado pelo LOCATÁRIO no período 
 
discriminado na cláusula 4ª. 
 
Cláusula 4ª. Se houver algum dano ao imóvel, o LOCATÁRIO arcará, 
além da multa prevista, com todas as despesas oriundas da reparação do 
dano causado. 
 
Cláusula 5ª. O LOCATÁRIO poderá usufruir o imóvel durante (.....) ano (s) a 
contar da data de entrega das chaves pelo LOCADOR. 
 
 DAS BENFEITORIAS E CONSTRUÇÕES 
 
Cláusula 6ª. Qualquer benfeitoria ou construção que seja destinada ao imóvel 
objeto deste, deverá, de imediato, ser submetida à autorização
expressa do 
LOCADOR. 
 
Cláusula 7ª. Vindo a ser feita benfeitoria, faculta ao LOCADOR aceitá-la ou 
não, restando ao LOCATÁRIO, em caso do LOCADOR não aceitá-la, modificar 
o imóvel para que fique da maneira como lhe foi entregue. 
 
Cláusula 8ª. As benfeitorias, consertos ou reparos farão parte integrante do 
imóvel, não assistindo ao LOCATÁRIO o direito de retenção ou indenização 
sobre a mesma. 
 
DO VALOR A SER PAGO 
 
Cláusula 9ª. Pela locação, o LOCATÁRIO pagará o valor de R$ (....) (Valor 
expresso), sempre até o (.....) dia útil de cada mês, mediante depósito em 
conta corrente indicada pelo LOCADOR. 
 
Parágrafo único. Ocorrendo atraso no pagamento do aluguel, o LOCATÁRIO 
deverá pagar uma multa de (.....)% ao dia, calculada sobre o valor do aluguel. 
 
 
Cláusula 10ª. O valor do aluguel será reajustado anualmente, tendo como 
base, os índices previstos e acumulados no período anual, por exemplo, 
(IGPM ou IGP ou IPC, etc.) ou, em caso de falta deste índice, o reajustamento 
do aluguel terá por base a média da variação dos índices inflacionários do ano 
corrente ao da execução do aluguel, até o primeiro dia anterior ao pagamento 
do aluguel. 
 
Parágrafo único. Ocorrendo alguma mudança no âmbito governamental, todos 
os valores agregados ao aluguel, bem como o próprio aluguel, serão revistos 
pelas partes. 
 
Cláusula 11. O LOCATÁRIO se compromete ainda a efetuar em dia o 
pagamento dos encargos tributários que incidam ou venham a incidir sobre o 
imóvel, bem como todas as despesas ligadas direta ou indiretamente com a 
conservação do imóvel, tais como água, luz, telefone, condomínio, etc. 
 
 
DAS OBRIGAÇÕES DO LOCADOR 
 
 
 Cláusula 12. O LOCADOR deverá entregar as chaves ao LOCATÁRIO no 
dia (....) da assinatura deste contrato. 
 
Cláusula 13. O LOCADOR afirma estar o imóvel em perfeitas condições de 
uso, como comprovado mediante termo de vistoria. 
 
Parágrafo único. Caso o imóvel não corresponda às condições tratadas no 
caput da presente cláusula, haverá rescisão imediata do contrato e pagamento 
de indenização pelo LOCADOR ao LOCATÁRIO, no valor de (....)% sobre o 
valor da locação. 
 
 
DAS OBRIGAÇÕES DO LOCATÁRIO 
 
Cláusula 14. Durante o período de vigência do presente contrato, o 
LOCATÁRIO será totalmente responsável pela guarda e manutenção do 
imóvel. 
 
Cláusula 15. O LOCATÁRIO deverá administrar, cuidar da limpeza, da ordem 
e da conservação do imóvel, entregando-o nas mesmas condições dispostas 
no termo de vistoria em anexo. 
 
Parágrafo único. Caso o inquilino não zele pelo imóvel, causando-lhe qualquer 
dano, deverá arcar com as despesas necessárias à reparação do mesmo, sem 
prejuízo do pagamento da multa de R$ (.....) (valor expresso). 
 
Cláusula 16. É vedada ao LOCATÁRIO a troca do segredo das fechaduras. A 
ocorrência de qualquer evento que torne necessária a troca de tal segredo 
deverá ser imediatamente comunicado ao LOCADOR, cuja autorização 
expressa é imprescindível para que se efetue aludida troca de segredo. 
 
Cláusula 17. O LOCATÁRIO se compromete a desocupar o imóvel no prazo de 
(....) dias após o término da locação, devolvendo as chaves ao LOCADOR. 
 
DO DIREITO DE PREFERÊNCIA 
 
Cláusula 18. O LOCATÁRIO se compromete a desocupar o imóvel no prazo de 
(.....) dias após o término da locação, devolvendo as chaves ao LOCADOR. 
 
Parágrafo único. Caso permaneça no imóvel após o prazo determinado no 
caput da presente cláusula, o LOCATÁRIO pagará multa de R$ (....) (Valor 
expresso) por dia em que permanecer em posse do imóvel e respectivas 
chaves. 
 
 
Cláusula 19. O LOCADOR, em qualquer tempo, poderá alienar o imóvel, 
mesmo durante a vigência do contrato de locação e, por via de conseqüência, 
ceder os direitos contidos no contrato. 
 
Cláusula 20. O LOCADOR deverá notificar o LOCATÁRIO para que este possa 
exercer seu direito de preferência na aquisição do imóvel, nas mesmas 
condições em que for oferecido a terceiros. 
 
Parágrafo único. Para efetivação da preferência, deverá o LOCATÁRIO 
responder a notificação, de maneira inequívoca, no prazo de 30 (trinta) dias, 
sendo que, esta resposta deverá ocorrer via Cartório de Títulos e Documentos. 
 
Cláusula 21. Não havendo interesse na aquisição do imóvel pelo LOCATÁRIO, 
este deverá permitir que interessados na compra façam visitas em dias e 
horários a serem combinados entre LOCATÁRIO e LOCADOR. 
 
DA FIANÇA 
 
Cláusula 22. Concordam com os termos fixados no presente contrato os 
FIADORES, já qualificados acima, e que se configuram também como 
principais pagadores, responsabilizando-se pelo fiel cumprimento do presente, 
sem exceção de quaisquer cláusulas, mesmo que o presente contrato passe a 
vigorar por tempo indeterminado. 
 
Parágrafo único. Ultrapassado o prazo estipulado na cláusula 24, sem que 
haja prorrogação do presente contrato, os fiadores só estarão desobrigados 
das responsabilidades assumidas, após a entrega das chaves pelo 
LOCATÁRIO, com o cumprimento de todos os encargos e obrigações 
dispostas no presente instrumento. 
 
Cláusula 23. Os FIADORES renunciam expressamente aos benefícios 
contidos nos artigos 827, 834, 835, 837 e 838 do Novo Código Civil (Lei nº 
10.406 de 10/01/2002). 
 
 
Cláusula 24. Os FIADORES não se eximirão de responsabilidade solidária, 
caso o contrato venha a ultrapassar seu prazo de vigência, tornando-se desta 
forma, contrato por prazo indeterminado, desde que previamente comunicada 
a prorrogação do contrato aos fiadores, os quais deverão anuir para 
manutenção da fiança prestada. 
 
Parágrafo único. Caso os fiadores não concordem com a permanência da 
fiança, a prorrogação do prazo de vigência do contrato dependerá da 
substituição dos mesmos por outros fiadores, sob pena de restar rescindido o 
contrato por decurso do prazo estipulado na cláusula 24. 
 
Cláusula 25. Casos os FIADORES venham a incorrer em concordata, falência 
ou em comprovado estado de insolvência, o LOCATÁRIO deverá substituí-lo 
em (....) dias, sob pena de rescisão contratual. 
 
DO PRAZO 
 
Cláusula 26. A presente locação terá validade por (....) meses, até a data de 
(....), quando o imóvel deverá ser devolvido ao LOCADOR com as respectivas 
chaves. 
 Parágrafo primeiro. Somente será considerado rescindido o presente 
contrato após a efetiva entrega das chaves pelo LOCATÁRIO, cumpridas 
todas as obrigações e encargos estabelecidos neste instrumento. 
 
Parágrafo segundo. A resolução do contrato ocorrerá, findo o prazo 
determinado no caput da presente cláusula, independente de notificação ou 
aviso.(2) 
 
DA PRORROGAÇÃO DO CONTRATO 
 
Cláusula 27. Após 30 (trinta) dias do decurso do prazo determinado na 
cláusula anterior, o contrato poderá ser prorrogado, por prazo indeterminado, 
se não houver manifestação contrária do LOCADOR. (3) 
 
 
DA CONDIÇÃO GERAL 
 
Cláusula 28. O LOCATÁRIO não poderá, sem expressa autorização do 
LOCADOR, emprestar ou sublocar o imóvel bem como os móveis a terceiros. 
 
DO FORO 
 
Cláusula 29. Para dirimir quaisquer controvérsias oriundas do CONTRATO, as 
partes elegem o foro da comarca de (....................). 
 
Por estarem assim justos e contratados, firmam o presente instrumento, em 
duas vias de igual teor, juntamente com 2 (duas) testemunhas.
(Local, data e ano). 
 
(Nome e assinatura do LOCADOR) 
 
(Nome e assinatura do Locatário) 
 
(Nome, RG e assinatura da Testemunha 1) 
 
(Nome, RG e assinatura da Testemunha 2) 
 
Nota 
 
1. Os Contratos de Locação de Imóveis regem-se pela Lei nº 8.245/91. 
 
 
2. Determinação contida no art. 46 da Lei n° 8.245/91, o qual trata das 
locações ajustadas por escrito e por prazo igual ou superior a trinta meses. É 
necessário observar a possibilidade, contida no art. 47 da citada lei, de a 
locação ocorrer por prazo inferior a 30 meses. 
 
3. Determinação do § 1º do art. 46 da Lei nº 8.245/91, referente a prorrogação 
do contrato quando a locação for estipulada por prazo igual ou superior a trinta 
meses. Já o art. 47 da citada lei determina que nos contratos por prazo inferior 
a 30 meses, findo o prazo estabelecido, a locação prorroga-se 
automaticamente, somente podendo ser retomado o imóvel nos casos 
especificados no mesmo artigo. 
 
Modelo de contrato de locação de imóvel 
Fonte: http://www.uj.com.br/publicacoes/contratos/ 
 
Empréstimo por Comodato 
 
Empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Refaz-se com a tradição do objeto. 
No empréstimo por comodato, o comodatário recebe apenas a posse de coisa não 
fungível, mantendo o comodante o domínio ou direito correlativo. 
Trata-se de contrato unilateral gratuito por meio do qual o comodante entrega bem 
não fungível para uso do comodatário, o qual deve devolvê-lo após certo tempo. 
O comodatário exerce a posse direta da coisa, mantendo o comodante a posse 
indireta. A posse do comodatário é precária, como toda aquela que traz a obrigação de restituir. 
 
 
 
 
http://www.uj.com.br/publicacoes/contratos/
 
CONTRATO DE COMODATO DE TELEFONE CELULAR 
 
IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES CONTRATANTES 
 
COMODANTE: (Nome da Comodante), com sede em (xxx), na Rua (xxx), nº 
(xxx), bairro (xxx), Cep (xxx), no Estado (xxx), inscrita no C.N.P.J. sob o nº 
(xxx), e no Cadastro Estadual sob o nº (xxx), neste ato representada pelo seu 
diretor (xxx), (Nacionalidade), (Estado Civil), (Profissão), Carteira de Identidade 
nº (xxx), C.P.F. nº (xxx), residente e domiciliado na Rua (xxx), nº (xxx), bairro 
(xxx), Cep (xxx), Cidade (xxx), no Estado (xxx); 
 
COMODATÁRIO: (Nacionalidade), (Estado Civil), (Profissão), Carteira de 
Identidade nº (xxx), C.P.F. nº (xxx), residente e domiciliado na Rua (xxx), nº 
(xxx), bairro (xxx), Cep (xxx), Cidade (xxx), no Estado (xxx). 
 
As partes acima identificadas têm, entre si, justo e acertado o presente 
Contrato de Comodato de Telefone Celular, que se regerá pelas cláusulas 
seguintes e pelas condições descritas no presente. 
DO OBJETO DO CONTRATO 
 
Cláusula 1ª. O presente contrato tem como OBJETO, a transferência, pela 
COMODANTE ao COMODATÁRIO, dos direitos de uso e gozo do telefone 
celular descrito a seguir: (xxx) (Descrever o telefone celular, especificando 
marca, tipo, etc.)1. 
 
 
DAS OBRIGAÇÕES DO COMODATÁRIO 
 
 
Cláusula 2ª. O COMODATÁRIO é responsável pelo pagamento de todas as 
contas telefônicas compreendidas no período de vigência deste contrato. 
 
Cláusula 3ª. É proibido ao COMODATÁRIO emprestar o telefone celular, 
objeto deste contrato, a terceiros. 
 
Cláusula 4ª. O COMODATÁRIO deverá comunicar imediatamente à 
COMODANTE os defeitos que surgirem no aparelho de telefone celular e 
providenciar o conserto do mesmo. 
 
 
 
DA DEVOLUÇÃO 
 
Cláusula 5ª. O COMODATÁRIO deverá devolver o telefone celular à 
COMODANTE quando for por esta solicitado, nas mesmas condições em que 
estava quando o recebeu, em perfeitas condições de uso, respondendo pelos 
danos ou prejuízos causados2. 
 
Cláusula 6ª. A devolução deve se dar no prazo de (xxx) (Número por extenso) 
dias após o COMODATÁRIO ter recebido o aviso, que lhe será enviado 
através do Correio. 
 
 
DA RESCISÃO 
 
Cláusula 7ª. É assegurado às partes a rescisão do presente contrato a 
qualquer momento, devendo, entretanto, comunicar à outra parte com 
antecedência mínima de (xxx) dias. 
 
Cláusula 8ª. O descumprimento, pelos contratantes, do disposto nas 
presentes cláusulas também ensejará a rescisão deste instrumento. 
 
 
DA DURAÇÃO 
 
Cláusula 9ª. Este contrato tem a duração de (xxx) meses. 
 
 
CONDIÇÔES GERAIS 
 
Cláusula 10ª. Este contrato deve ser registrado no Cartório de Registro de 
Títulos e Documentos. 
 
Cláusula 11ª. O presente instrumento passa a valer a partir da assinatura 
pelas partes. 
 
DO FORO 
 
 
 
Cláusula 12ª. Para dirimir quaisquer controvérsias oriundas do CONTRATO, 
as partes elegem o foro da comarca de (xxx); 
 
 
Por estarem assim justos e contratados, firmam o presente instrumento, em 
duas vias de igual teor, juntamente com 2 (duas) testemunhas. 
 
 
(Local, data e ano). 
 
(Nome e assinatura do Representante legal da Comodante) 
 
(Nome e assinatura do Comodatário) 
 
(Nome, RG e assinatura da Testemunha 1) 
 
(Nome, RG e assinatura da Testemunha 2) 
 
________ 
Nota: 
 
1. O Comodato rege-se pelo previsto nos Arts. 1.248 a 1.255, do Código Civil. 
 
2. Art. 1.251, do Código Civil. 
 
 
Modelo de contrato de comodato de telefone celular 
Fonte: http://www.uj.com.br/publicacoes/contratos/ 
 
Mútuo 
 
Empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o 
que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade. 
O NCC, traz o seguinte texto sobre a matéria em questão: 
Art. 586. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a 
restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade. 
http://www.uj.com.br/publicacoes/contratos/
 
Art. 587. Este empréstimo transfere o domínio da coisa emprestada ao mutuário, 
por cuja conta correm todos os riscos dela desde a tradição. 
Art. 588. O mútuo feito a pessoa menor, sem prévia autorização daquele sob cuja 
guarda estiver, não pode ser reavido nem do mutuário, nem de seus fiadores. 
É da estrutura do contrato a obrigação de restituir as coisas fungíveis. Mediante 
esse negócio, emprestam-se por exemplo, cereais, produtos químicos, gêneros alimentícios, em 
geral, e principalmente dinheiro. 
 
 CONTRATO DE COMODATO DE IMÓVEL RURAL DE PRAZO 
DETERMINADO 
 
IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES CONTRATANTES 
 
COMODANTE: (Nome do Comodante), (Nacionalidade), (Estado Civil), 
(Profissão), Carteira de Identidade nº (...............................), C.P.F. nº 
(...............................), capaz, residente e domiciliado na Rua 
(..............................................), nº (.....), bairro (...............), Cep nº 
(.........................), Cidade (.........................), no Estado (.....); 
 
COMODATÁRIO: (Nome do Comodatário), (Nacionalidade), (Estado Civil) 
(Profissão), Carteira de Identidade nº (...............................) e C.P.F. nº 
(..............................), residente e domiciliado na Rua 
(.................................................), nº (.....), bairro (...............), Cidade 
(.......................), Cep nº (............................), no Estado (....). 
 
As partes acima identificadas têm, entre si, justo e acertado o presente 
Contrato de Comodato de Imóvel Rural de Prazo Determinado, que se regerá 
pelas cláusulas e condições seguintes, descritas no presente. 
 
DO OBJETO 
 
 
Cláusula 1ª. O presente tem como OBJETO o empréstimo gratuito do imóvel 
de propriedade do COMODANTE, consubstanciada especificamente na gleba 
de terra citada abaixo, situada na Estrada (.........................), entre o Km (.....) e 
o Km (.....), pertencente à cidade (..........................), no Estado

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