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O sítio e as urbanizações INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA SUL DE MINAS GERAIS Campus Inconfidentes Engenharia de Agrimensura e Cartográfica Aspectos gerais ➢ Aspectos gerais ◼ Cada sítio tem seu ecossistema natural que , em maior ou menor grau, é alterado e agredido. ◼ O novo sistema ecológico criado poderá ser agradável ou não, estável ou instável, econômico ou antieconômico, dependendo, em grande parte, do critério com que o urbanista o trata. ➢ Aspectos gerais ◼ Frequentemente se vê áreas de relevo complexo serem aterradas e desbastadas completamente, para ali ser criado um perfil topográfico mais simples, objetivando a subdivisão e a posterior edificação das residências. Mais simples, sim; melhores, não. ◼ Os assentamentos humanos que geralmente mais agradam são aqueles que parecem ter se desenvolvido de forma espontânea, aqueles lugarejos que aparecem como encravados na própria natureza. ➢ Aspectos gerais ◼ Para se obter um bom desenho, deve-se trabalhar em suas três dimensões, adaptando-o às condições topográficas. ◼ Frequentemente encontra-se nos materiais de desenho urbano diferentes traçados alternativos, colocados como se fossem de livre escolha, como se nada tivessem a ver com a topografia. ➢ Aspectos gerais ◼ (a) Introverso: urbanização de um vale. ◼ (b) Extroverso: urbanização de um morro. Área de preservação ecológica pela presença de água superficial ➢Área de preservação ecológica pela presença de água superficial ◼ A água da chuva se divide em dois segmentos: um que se infiltra no solo e forma os lençóis freáticos e outra que escorre na superfície. ◼ Para as águas superficiais temos a lei federal 4771/65 (Código Florestal), Revogada pela Lei nº 12.651, de 2012 e suas modificações posteriores. ◼ A Resolução 004 de 18 de setembro de 1985 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente). ➢Área de preservação ecológica pela presença de água superficial ◼ A lei federal 6766/79 (Lei de parcelamento do solo) que diz no seu artigo 4 – III – ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domíno publico das rodovias, ferrovias e dutos, será obrigatória a reserva de uma faixa “non aedificandi” de 15 metros de cada lado, salvo as exigências da legislação específica. ➢Área de preservação ecológica pela presença de água superficial ➢Área de preservação ecológica pela presença de água superficial ➢Área de preservação ecológica pela presença de água superficial ➢Área de preservação ecológica pela presença de água superficial Lei 12.651/2012 ◼ Art. 4º Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei: ◼ I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). ➢Área de preservação ecológica pela presença de água superficial Lei 12.651/2012 ◼ a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura; ◼ b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura; ◼ c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura; ➢Área de preservação ecológica pela presença de água superficial Lei 12.651/2012 ◼ d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura; ◼ e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros; ◼ II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de: ➢Área de preservação ecológica pela presença de água superficial Lei 12.651/2012 ◼ a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros; ◼ b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas; Declividade do sítio ➢Declividade do sítio ◼ As palavras “clima” e “declive” derivam da mesma palavra grega, o que nos mostra que já os antigos tinham conhecimento de que através da escolha de declividades e orientações das ruas e cidades seu clima poderia ser mais ou menos agradável que o da região. ➢Declividade do sítio ◼ No Brasil, no inverno, uma ladeira norte é mais quente que uma sul; no verão, uma ladeira sul é mais fresca que uma norte. Declividade e ventilação ➢Declividade e ventilação ◼ A declividade altera as condições de ventilação do local, acelerando ou diminuindo os ventos da região. ◼ Morros e vales geram o que se conhece como ventos anabáticos e catabáticos. ◼ Durante o dia, as partes mais elevadas do relevo recebem mais radiação que as partes mais baixas, formando uma corrente ascendente de ar que dá origem aos ventos anabáticos. ➢Declividade e ventilação ◼ À noite, a corrente se inverte, formando os ventos catabáticos, mais leves que os anteriores. ➢Declividade e ventilação ◼ Os ventos anabáticos e catabáticos também podem se combinar com as brisas geradas entre a terra e as massas de água. ◼ Durante o dia, o solo atinge temperaturas superiores às de uma massa de água, formando-se uma corrente de ar proveniente da água em direção à terra. ◼ Durante a noite, a terra resfria-se mais rapidamente do que a água, invertendo-se o sentido do vento. ➢Declividade e ventilação ➢Declividade e ventilação ◼ Em climas tropicais úmidos, os vales terão um clima quente abafado, muito pouco agradável. ◼ Quanto mais perto do topo ficar a urbanização, mais agradável será o clima. ◼ A urbanização no topo irá piorar a situação do vale. ➢Declividade e ventilação ➢Declividade e ventilação Declividade e escoamento pluvial ➢Declividade e escoamento pluvial ◼ O escoamento das águas pluviais fica também alterado em função de declividades diferentes. ➢Declividade e escoamento pluvial ◼ Do ponto de vista do escoamento pluvial, as declividades também barateiam ou encarecem os sistemas pluviais. Declividade e aproveitamento dos sítios ➢Declividade e aproveitamento dos sítios ◼ Como regra geral pode-se dizer que sítios com declividade de: ◼ 2% ou menos: são locais que devem ser evitados, pois terão dificuldades de drenagem. ◼ 2% a 7%: são ideais para qualquer uso; parecem planos. ◼ 8% a 15%: são locais que servem, mas com certas restrições. ➢Declividade e aproveitamento dos sítios ◼ 16% a 30%: são locais que devem ser evitados; são necessárias obras especiais para sua utilização. ◼ mais de 30%: são terrenos em princípio inadequados para construções e precisam de obras especiais para sua estabilização. ➢Declividade e aproveitamento dos sítios Traçados urbanos e curvas de nível ➢Traçados urbanos e curvas de nível ◼ Para avaliar as possíveis alternativas de traçados urbano, deve-se utilizar plantas topográficas desde pequenas escalas (curvas de nível mais distantes) a grandes escalas (Curvas de nível de metro a metro). ◼ Americanos chegam a trabalhar com curvas de até 30 em 30 cm, em casos de declividades inferiores a 1%. ➢Traçados urbanos e curvas de nível ◼ Não há uma receita que tenha validade absoluta. ◼ Como regra geral, deve-se escolher a posição e direção de todas as ruas, de forma a ter declividade suficiente para escoar as águas da chuva. ◼ As ruas devem ser posicionadas cortando as curvas de nível. ➢Traçados urbanos e curvas de nível ➢Traçados urbanos e curvas de nível ◼ Na figura anterior, a declividade é grande, não havendo problemas em alterar nela o nível natural do terreno. ◼ O traçado foi feito sem alterações importantes nas curvas de nível existentes, o que torna a implantação econômica, estável e mais agradável. ➢Traçados urbanos e curvas de nível ◼ Os traçados geométricos se adaptarão bem aos terrenos planos ou de baixa e uniforme declividade. ◼ Nos terrenos acidentados, os traçados que melhorse adaptam são aqueles que interpretam e acompanham as variações topográficas. ➢Traçados urbanos e curvas de nível ◼ Todas as ruas devem ter declividade, evitando arruamentos como o indicado na figura. ◼ O terreno é de forte declividade, haverá erosão nas ruas perpendiculares às curvas de nível, pois as águas da chuva tomarão alta velocidade. ➢Traçados urbanos e curvas de nível ◼ Caso o terreno tenha baixa declividade esté será o melhor traçado. ➢Traçados urbanos e curvas de nível ◼ As figuras abaixo apresenta soluções melhores. ◼ Neste caso a velocidade das águas pluviais fica diminuída pelas trocas de direção que se verificam pelo desencontro das ruas. ➢Traçados urbanos e curvas de nível ◼ As figuras abaixo apresenta soluções melhores. ◼ A velocidade do escoamento é diminuída, porque todas as ruas se dispõem diagonalmente às curvas de nível. ➢Traçados urbanos e curvas de nível ◼ As figuras abaixo apresenta soluções melhores. ◼ Entretanto o tráfego pode ficar muito prejudicado pela frequência de valetas atravessando o pavimento, ou, caso contrário, haverá multiplicação de bocas – de – lobo. Traçados de vias em terrenos acidentados ➢Traçados de vias em terrenos acidentados ◼ O que significa unir os pontos A e B com uma reta? ◼ Neste caso, ambos os pontos se encontram no mesmo nível, mas no meio há uma depressão. ➢Traçados de vias em terrenos acidentados ◼ O que significa unir os pontos A e B com uma reta? ◼ Neste caso, uma rua nunca poderia ser uma reta. A rua deve acompanhar a curva, mesmo que o percurso seja maior. ➢Traçados de vias em terrenos acidentados ◼ Quanto mais ortogonal é o segmento AB em relação as curvas de nível, maior declividade aparecerá, por que o valor do desnível permanece constante enquanto a distância horizontal diminui. ◼ Inclinando o segmento AB com relação às curvas de nível pode-se diminuir a inclinação conforme se deseja. ➢Traçados de vias em terrenos acidentados ◼ Se quiser obter no segmento BC a mesma declividade que no AB, deve-se procurar que os segmentos tenham a mesma longitude. ◼ Distância AB= Distância BC ➢Traçados de vias em terrenos acidentados ◼ Como poderia ser uma rua de declividade constante que una os pontos A e B. ➢Traçados de vias em terrenos acidentados ◼ É interessante fazer alguns gabaritos com as declividades marcadas nas diferentes escalas de trabalho. ➢Traçados de vias em terrenos acidentados ◼ A falta de alternativas criativas levará a situações incômodas num terreno que tem soluções bastante simples. Bacias hidrográficas e curvas de nível ➢Bacias hidrográficas e curvas de nível ◼ Pelas curvas de nível pode determinar como escoa a água de chuva pela superfície do terreno. ◼ A água sempre procura o sentido da maior declividade, ou seja, perpendicular à curva de nível. ➢Bacias hidrográficas e curvas de nível ◼ Complúvio – Onde as setas se encontram. ◼ Por ali a água desce, então é importante que haja uma via para facilitar o escoamento. ➢Bacias hidrográficas e curvas de nível ◼ Complúvio – Onde as setas se encontram. ◼ Quanto mais fixo for um complúvio, mais importante será locar uma via acima dele. Se por ele desce pouca água, essa poderá facilmente escorrer pela superfície da via; caso contrário, será necessário prever uma canalização. ➢Bacias hidrográficas e curvas de nível ◼ Displúvio – Onde as setas se afastam. ◼ A água se separa e o terreno é o mais seco da encosta. Os lotes situados nessa área são os melhores.
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