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Neuropsiquiatria suicidio-1

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Neuropsiquiatria
Professora: natacha
Suicídio 
Etimologicamente a palavra suicídio tem suas origens no 
latim Sui = si mesmo e Caedes = ação de matar. É a morte 
auto-inflingida, provocada por um ato voluntário e 
intencional.
O tema do suicídio é recorrente de vários estudos, 
apesar de se tratar de um tema difícil, obscuro e um 
tanto misterioso da condição humana, deve ser 
tratado como um sério problema de saúde pública. 
Voltando na história 
O suicídio é um fenômeno exclusivamente humano, ocorrendo em todas as culturas, 
variando, contudo, o valor e a interpretação que se dá a tal ato. Há registros muito 
antigos de casos de suicídio, desde os tempos mais remotos da história. 
Na fase histórica grega, o suicídio inautorizado era considerado uma transgressão. 
Sócrates foi um filósofo condenado ao suicídio, por ter que ingerir cicuta.
* Obs. A cicuta é uma planta altamente tóxica encontrada na Europa e África do Sul. Foi um 
veneno popular entre os gregos antigos, que a usavam para matar seus prisioneiros. Para um 
adulto, a ingestão de 100 mg de cicuta (ou cerca de 8 folhas da planta) é fatal.
• Na Roma antiga, os conceitos acerca do suicídio, eram parecidas com as dos gregos. 
O suicídio era reprovado como forma de enfraquecimento do grupo social, e o 
interessado em tirar a própria vida, deveria apresentar suas razões para o senado, que 
analisaria o caso.
• Na idade média, uma repugnância ao ato suicida tomou proporções exageradas, 
com punições ao cadáver do suicida, como a negativa de sepultamento em solo 
sagrado, as mutilações de partes do corpo e mesmo rituais estranhos, derivados de 
várias superstições. 
• Para o islamismo, religião fundada pelo profeta Maomé, o suicídio é fortemente 
repudiado, mais do que em qualquer outra religião, sendo penalizada, inclusive, a 
família do suicida, que passa a ser desonrada e marginalizada (RIBEIRO, 2004). 
• Com o renascimento, e seu apelo à razão, diminui-se a repressão ao suicídio, 
considerando equivocadas as censuras religiosas a esse fenômeno. Os primeiros 
registros de que o suicídio era considerado como doença mental, apareceram na 
época do positivismo
• Segundo os dados da organização mundial de saúde, a questão do suicídio vem se 
agravando nos últimos anos, fato que pode ser comprovado pelo número de mortes 
auto infligidas em termos globais, que para o ano de 2003 girou em torno de 900.000 
pessoas. 
• Dentre os países que apresentam as maiores taxas de suicídio destacam-se 
principalmente o Japão, a Rússia, os países do leste europeu, os Estados Unidos e Índia. 
Na América latina destacam-se, Uruguai, Chile, Argentina e Guianas. 
• No Brasil as taxas de suicídio são consideradas baixas, variando entre 3,9 a 4,5 para 
cada 100 mil habitantes, mas por ser um pais muito populoso está entre os dez países 
em números absolutos de suicídios. 
• Porém, existem variações consideráveis entre as regiões brasileiras e seus respectivos 
estados, como podemos observar na comparação entre a região sul com taxas de 8,6 
chegando a 9,8 no Rio Grande do Sul, e a região norte com taxas de 3,17, porém os 
estado com menor taxa de suicídio são o Maranhão e a Bahia com taxas de 1,6 e 1,9 
respectivamente.
Suicídio no rio de janeiro
O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (20/09) novos dados sobre tentativas e óbitos 
por suicídio no país. A publicação acontece no mês de conscientização sobre a importância da 
prevenção do suicídio, “Setembro Amarelo”. O levantamento aponta que a intoxicação exógena é o 
meio utilizado por mais da metade das tentativas de suicídio notificadas no país. Com relação aos 
óbitos, a intoxicação é a segunda causa, com 18%, ficando atrás das mortes por enforcamento, 
que atingem 60% do total. A atualização do boletim é uma das metas da Agenda Estratégica de 
Prevenção do Suicídio, lançada pela pasta em 2017. Para ampliar a assistência, foram habilitados 
novos CAPS, implantadas ligações gratuitas para o CVV em todo o país, além da qualificação dos 
profissionais que atuam no SUS.
• Entre 2007 e 2016, foram registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) 
106.374 óbitos por suicídio. Em 2016, a taxa chegou a 5,8 por 100 mil habitantes, com a 
notificação de 11.433 mortes por essa causa.
• “É importante a análise desses dados, pois é uma questão de saúde pública que tem se 
agravado no país, principalmente para que possamos diminuir o preconceito e o estigma 
nas pessoas que tentam o suicídio. Esses números vão ajudar a chegar aos principais 
focos para que possamos identificar melhor as causas e qualificar as nossas ações de 
saúde pública”, destacou a diretora do Departamento de Doenças e Agravos Não-
Transmissíveis e Promoção da Saúde (DANTPS), do Ministério da Saúde, Fátima Marinho.
• Além de atualizar o panorama do suicídio no país, o Ministério da Saúde aprofundou as 
investigações sobre as tentativas devido à intoxicação exógena. Nos últimos onze anos, dos 
470.913 registros de intoxicação exógena, 46,7% (220.045) foram devido à tentativa de suicídio. 
Em 2017, o número registrado foi cinco vezes maior do que 2007, saiu de 7.735 para 36.279 
notificações. O Sudeste concentrou quase metade (49%) das notificações seguido da região Sul, 
que concentra cerca de 25%. O Norte foi o que teve os menores índices, em torno de 2%.
• As mulheres representaram quase 70% (153.745) do total de tentativas de suicídio por 
intoxicações exógenas nesses 11 anos. Sobre os agentes tóxicos utilizados, os medicamentos 
correspondem a 74,6% das tentativas entre as mulheres e 52,2% entre os homens. As 
intoxicações exógenas resultam em 4,7% de óbitos em homens e 1,7% nas mulheres.
O suicídio é um fenômeno complexo e multifacetado, que pode afetar indivíduos de 
diferentes, origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero. 
Dentre as intervenções universais de prevenção do suicídio, destacam-se as relativas à 
restrição aos meios de suicídio (controle de armas de fogo e de acesso a agrotóxicos), a 
redução do uso prejudicial de álcool e outras drogas e a conscientização da mídia para 
comunicação responsável sobre o tema.
“Conversar sobre como agir nessas situações é fundamental para quebrar os mitos que 
existem hoje. A sociedade precisa estar orientada em relação as modalidades de tratamento 
para que as pessoas possam ter o cuidado de acordo com a necessidade clínica”, ressaltou o 
Coordenador de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Quirino Cordeiro.
O suicídio atinge todas as faixas etárias e encontrasse, em muitos países, 
entre as três principais causas de morte entre indivíduos de 15 a 44 anos, 
sendo a segunda principal causa de morte entre indivíduos de 10 a 24 
anos. Índices têm aumentado em jovens e idosos.
Mulheres.
Mais tentativas de suicídio. Fator predisponente: Conflito ou rompimento de 
relacionamento. Método mais utilizado: Não violento (dose excessiva de 
medicamentos). 
Homens. 
Mais suicídios consumados. Fator predisponente: Doença ou perda 
importante. Método mais utilizado: Violento (enforcamento, arma de fogo, 
precipitação de altura).
Fatores de risco para o suicídio.
• Transtornos mentais: Depressão, transtornos de personalidade; 
Esquizofrenia, Transtornos de ansiedade; Comorbidades. 
• Sociodemográficos: Sexo masculino; entre 15 e 35, e acima de 75 anos; 
estratos econômicos extremos; desempregados; aposentados; 
isolamento; migrantes. 
• Psicológicos: perdas recentes e de figuras parentais na infância; dinâmica 
familiar conturbada; datas importantes; Personalidade com traços 
significativos de impulsividade, agressividade, humor lábil. 
• Condições clínicas incapacitantes: doenças orgânicas incapacitantes; 
dor crônica; lesões desfigurantes perenes; epilepsia; trauma medular; 
neoplasias malignas; aids.
O comportamento suicida pode ser dividido 
nas seguinte situações:
• Ideação suicida: seria a motivação intelectual que leva ao suicídio. 
• Ato suicida: seria uma alteração na conduta do indivíduo, que faz com 
que ele aja, intencionalmente buscando provocar a própria morte. 
• Tentativa de suicídio: é a situação onde o indivíduo não morre em 
decorrência do ato suicida. 
• Risco de suicídio: é a probabilidade de que a ideação suicida leve ao 
ato suicida.
Regra dos 4 D:
• Depressão; 
• Desesperança; 
• Desamparo; 
• Desespero.
Como ajudar uma pessoa sob risco de suicídio.
• É preciso encontrar um local adequado onde haja privacidade para o 
atendimento. 
• É preciso reservar o tempo que for necessário para o atendimento. 
• Ouvir o paciente de forma efetiva. 
• Ouvir sem recriminações. 
• Utilizar uma abordagem calma.
Como se comunicar:
• Ouvir atentamente e com calma; 
• Entender os sentimentos da pessoa (empatia); 
• Dar mensagens não verbais de aceitação e respeito; 
• Expressar respeito pelas opiniões e pelos valores da pessoa; 
• Conversar honestamente e com autenticidade; 
• Mostrar sua preocupação, seu cuidado e sua afeição; 
• Focalizar nos sentimentos da pessoa.
Como não se comunicar:
• Interromper muito frequentemente; 
• Ficar chocado ou muito emocionado; 
• Dizer que você está ocupado; 
• Fazer o problema parecer trivial; 
• De formas que coloquem o paciente em posição inferior; 
• Dizer simplesmente que tudo vai ficar bem; 
• Fazer perguntas indiscretas; 
• Emitir julgamentos (certo x errado); 
• Tentar doutrinar, emitir discursos religiosos.
Como fazer perguntas 
• As perguntas devem ser feitas com cautela, demonstrando compaixão e 
empatia para com o paciente. 
• Deve-se tentar desde o início estabelecer um vínculo que garanta a 
confiança e a colaboração do paciente. 
• Respeitando a condição emocional e a situação de vida que o levou a 
pensar sobre suicídio.
Quando e como encaminhar o paciente para 
a equipe de saúde mental
• É necessário ter disposição de tempo para explicar à pessoa a razão do 
encaminhamento à saúde mental. 
• Marcar a consulta, de preferência com rapidez. 
• Esclarecer que o encaminhamento não significa que o profissional está 
lavando as mãos em relação ao problema. 
• Veja a pessoa depois da consulta. 
• Tente obter uma contrarreferência do atendimento. 
• Mantenha contato periódico.
Mitos e verdades sobre suicídio.
• Mitos:
Quem fala sobre suicídio nunca comete suicídio. 
Falar sobre suicídio com um paciente pode provocar um comportamento 
suicida.
A ideia comum de que a ameaça de suicídio é feita apenas para 
manipular as pessoas ou chamar a atenção.
• Verdades:
Os pacientes que cometeram suicídio em geral deram avisos ou sinais de 
sua intenção. Qualquer ameaça deve ser levada a sério
Falar sobre suicídio em geral reduz a ansiedade ligada a esse tema, o que 
pode fazer que o paciente se sinta compreendido e aliviado. 
Entende-se que uma ameaça de suicídio sempre deve ser levada a sério. 
Chegar a esse tipo de recurso indica que a pessoa está sofrendo e 
necessita de ajuda.
A maioria dos suicidas estão indecisos sobre se matar ou continuar vivendo.

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