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Resenha do documentário O HOLOCAUSTO BRASILEIRO de Daniela Arbex

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01.04.2022
Grupo Kuality Brasil
Turma M.23 – Técnico em Enfermagem
Alunos Responsáveis: Juliana Pereira Santos 
Atividade Complementar da 1° unidade de Neuropsiquiatria – Enfermagem 1
Resenha do documentário: O HOLOCAUSTO BRASILEIRO – de Daniela Arbex 
Baseado no livro “O Holocausto Brasileiro”, de Daniels Arbex, o documentário relata a situação degradante e desumana das condições de habitação e tratamento do hospital psiquiátrico de Barbacena durante 8 décadas de desumanização, contando com o depoimento de ex-funcionários, antigos pacientes e pessoas que viveram ou conheceram de perto a história, ou até mesmo foram vítimas secundárias dela.
De maneira geral, todos depõem sobre como milhares de pacientes era simplesmente abandonados no local, seja pelo Estado, ou até mesmo por suas próprias famílias, e como o local era tratado como um deposito humanos, não só para pacientes psiquiátricos, mas para qualquer pessoa rejeitada pela sociedade da época, devido à falta de critério para internação. 
Rico me muitas fotografias e fatos, é apresentado a crueldade como as pessoas, na condição de pacientes, eram tratadas, submetidas a condições desprezíveis que oscilavam desde uma precária falta de estrutura do local, sem condição para habitar tantas pessoa, até a falta de comida, motivo pelo qual muitos morriam, não o bastante, passando por condições humilhantes, onde passavam frio, eram deixados despidos, obrigados ao uso de medicação irregular, e em casos mais graves, o uso indiscriminado de terapia com eletrochoque. 
É relatado também situações de exploração, numa espécie de trabalho escravo, onde alguns pacientes em mais condições prestavam serviço, tanto no local, como até mesmo fora, sem nenhuma fonte remuneração. Os explorados aceitavam o trabalho vezes por inocência, vezes por esperar pequenos agrados, como um bolo, cigarro, ou até mesmo a oportunidade de passar um tempo fora daquele ambiente. 
Tendo dizimado cerca de 60 mil pessoas, muitos dos corpos eram tratados como indigentes, já que mesmo para aqueles nomeados, as famílias não tinham interesse em busca-los. Desta forma, todos estes eram descartados precariamente em um cemitério acoplado ao hospital, ou, pelo que foi descoberto em registros, tiveram seus corpos ou partes de seus corpos vendidos para universidades brasileiras. 
O documentário por fim, buscou relatar como as condições de atrocidade começaram a diminuir após a reforma psiquiátrica que teve força no final da década de 80. Teve o objetivo de ter mostrado a historia do desastre que acometeu o pais, e que por muitos era desconhecido, e como a reforma psiquiátrica possibilitou a mudança de tais condições, mostrando um novo cenário de humanização.

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