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SUMÁRIO 1. Introdução ..................................................................... 3 2. Epidemiologia .............................................................. 3 3. Etiologia ......................................................................... 4 4. Modo de transmissão ............................................... 7 5. Manifestações clínicas ............................................. 9 6. Exames complementares .....................................12 7. Tratamento .................................................................13 8. Quimioprofilaxia ........................................................19 9. Vacinação ....................................................................20 Referências bibliográfica ............................................24 3MENINGITE 1. INTRODUÇÃO Meningite é uma doença que resulta de um processo inflamatório das me- ninges, que são as membranas que recobrem o encéfalo e a medula es- pinhal. As etiologias são diversas, podendo ser causada por bactérias, vírus, fun- gos e, mais raramente, parasitas (pro- tozoários e helmintos), sendo que, al- gumas etiologias podem cursar com quadros graves, com alta letalidade, mesmo com o tratamento adequado, ou ainda apresentar evolução para quadros hemorrágicos, que se con- fundem com infecções como febre maculosa, dengue,dentre outras. A doença meningocócica (DM), cau- sada pela bactéria Neisseria menin- gitidis (meningococo) e os vírus são os principais responsáveis por surtos e epidemias. A meningite meningo- cócica possui alta morbidade e leta- lidade. Entretanto a meningite viral é mais frequente que a bacteriana, sen- do caracterizada geralmente por qua- dros benignos e autolimitados. SE LIGA! Todos os casos suspeitos de meningite devem ser notificados e in- vestigados, uma vez que a meningite está incluída na Lista Nacional de Doen- ças de Notificação Compulsória. Surtos, aglomerados de casos e óbitos são de notificação imediata. SE LIGA! Meningite asséptica é o termo que se refere à síndrome clínica de infec- ção meníngea onde não há crescimento bacteriano no líquor. Assim, são causas de meningite asséptica: infecções virais e não virais, fármacos, câncer, doenças reumatológicas e metástases tumorais.] 2. EPIDEMIOLOGIA A meningite bacteriana é um proble- ma de saúde pública mundial, com incidência anual de 4-6 casos/100 mil adultos, sendo N. meningitidis e S. pneumoniae responsáveis por 80% dos casos. No Brasil, segundo o Mi- nistério da Saúde, a taxa de incidên- cia é 1,4 caso/100 mil habitante/ano, e letalidade de 22,2%. O meningococo é o principal respon- sável por epidemias no Brasil e possui vários sorogrupos, sendo o sorogru- po C o mais prevalente. A meningite meningocócica pode ocorrer de forma isolada ou associada à meningococce- mia, caracterizada pela disseminação hematogênica do agente, resultando em vasculite sistêmica e fenômenos hemorrágicos fulminantes, sendo a forma mais grave da doença menin- gocócica. A suscetibilidade à infecção é geral, porém, os grupos de maior ris- co são as crianças menores de 5 anos, principalmente as menores de 1 ano, os idosos acima de 60 anos e os imu- nodeprimidos. A mortalidade da do- ença tem se mantido em 18-20% dos 4MENINGITE casos, chegando a 50% nos casos de meningococcemia. 3. ETIOLOGIA Bacteriana Os principais agentes bacterianos são: Neisseria meningitidis (meningococo), Streptococcus pneumoniae (pneumo- coco), Haemophilus influenzae. Podemos citar ainda outros agentes bacterianos, como: Mycobacterium tuberculosis, Streptococcus sp. – especialmente os do grupo B, Strep- tococcus agalactie, Listeria mono- cytogenes, Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Kleb- siella pneumoniae, Enterobacter sp. Dentre os fatores associados à me- ningite bacteriana podemos citar: 1. Faixa etária, porta de entrada ou foco séptico inicial; 2. Tipo e local da infecção no sistema nervoso central (SNC); 3. Imunidade prévia; situação epidemiológica local. Principais etiologias por faixa etária e fatores de risco Neonatos 1a 23 meses > 50 anos Imunocomprometidos Fratura de base de crânio TCE penetrante, pós neurocirurgia, fístula liquórica Streptococous agalactiae, Escherichia coli, Listeria monocytogenes S. agalactiae, E. coli, Haemophilus influenzae, S. pneumoniae, N. meningitidis S. pneumoniae, N. meningitidis, L. Monocytogenes, bacilos gram negativos S. pneumoniae, N. meningitidis, L. Monocytogenes, bacilos gram negativos (incluindo Pseudomonas aeruginosa) S. pneumoniae, H. influenzae, Streptococcus hemolítico do grupo A Staphylococcus aureus, Staphylococcus coagulase-negativo, bacilos gram negativos (incluindo Pseudomonas aeruginosa) 5MENINGITE SE LIGA! Etiologia de acordo com a fai- xa etária e fatores de risco: 5 a 50 anos: pneumococo, meningococo. Acima de 50 anos: pneumococo, me- ningococo, Listeria monocytogens, gram-negativos. Imunossupressão, diabetes, etilismo: pneumococo, meningococo, Listeria mo- nocytogens, gram-negativos entéricos. Pós-neurocirurgia: Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermides, bacilos gram-negati- vos. Fístula liquórica: pneumococo, H. in- fluenzae. SE LIGA! Importante lembrar dos casos de meningite causados pelo M. tuber- culosis. A meningite tuberculosa é uma complicação grave da infecção tubercu- losa, sendo a sua principal fonte de in- fecção os casos de tuberculose pulmonar com escarro positivo à baciloscopia, pois há uma grande eliminação de bacilos. MAPA MENTAL 1 Meningococo Pneumococo Hemófilos Estreptococo do grupo B Meningite bacteriana Etiologia Processo inflamatório bacteriano que acomete meninges Definição Viral As meningites virais têm distribuição universal e, em geral, evolução benig- na, baixa letalidade e menor risco de sequelas. São frequentemente asso- ciadas à ocorrência de surtos, poden- do ocorrer casos isolados. A incidên- cia se eleva nos meses do outono e da primavera. RNA VÍRUS DNA VÍRUS Enterovírus (Poliovírus, Echovírus e Coxsackie- virus) Arbovírus Vírus da caxumba Arenavírus (coriomenin- gite linfocitária) HIV 1 Vírus do sarampo Adenovírus Vírus herpes simples tipo 1 e 2 - HSV Varicela-zoster Epstein-Barr Citomegalovírus Tabela 1: Principais agentes etiológicos da meningite viral Fonte: Guia de vigilância em saúde/Ministério da saúde, 2016. 6MENINGITE Fúngica Os principais fungos causadores de meningite são do gênero Cryptococ- cus, sendo as espécies mais impor- tantes a C. neoformans e a C. gattii. Outros fungos menos frequentes são: Candida albicans, Candida tropica- lis, Histoplasma capsulatum, Pa- racoccidioides brasiliensis, Asper- gillus fumigatus. A meningite criptocócica tem cará- ter predominantemente oportunista, acometendo principalmente indiví- duos com estado imunológico com- MAPA MENTAL 2 Definição Meningite viral Evolução de forma benigna e autolimitada Secundária a infecção em outros sítios Causa mais comum de meningite asséptica Inflamação das meninges Comumente ocorre em surtos prometido (aids ou outras condições de imunossupressão). No entanto,a espécie C. gattii pode acometer imu- nocompetentes, residentes em áreas tropicais e subtropicais, com caráter epidêmico. Em geral, cursa com comprometi- mento neurológico importante, apre- sentando evolução grave. Associa- -se a elevado risco de complicações, como hipertensão intracraniana e de sequelas, como paralisia permanente de nervos cranianos, déficit cognitivo e hidrocefalia. 7MENINGITE Outros agentes etiológicos Existem ainda casos de meningite cau- sados por protozoários e helmintos. PROTOZOÁRIOS Toxoplasma gondii Toxoplasma cruzi Plasmodium sp MAPA MENTAL 3 Candida Cryptococcus neoformans Histoplasma capsulatum Coccidoides immitis Patogênese Disseminação hematogênica Meningite fúngica ImunossupressãoInfecção latente Infecção primária Definição Crônica ou subaguda, progressiva e que oferece risco de vidaPatógenos fúngicos Inflamação das meninges Altamente associado a pacientes imunossuprimidos Pacientes transplantados HIV HELMINTOS Infecção larvária de Taenia solium Cysticercus cellulosae (cisticercose) 4. MODO DE TRANSMISSÃO A transmissão ocorre através do con- tato com secreções respiratórias do portador do agente patogênico (ina- 8MENINGITE lação de gotículas de secreção de vias aéreas), havendo necessidade de contato íntimo (moradores da mesma casa, pessoas que compartilham dor- mitório ou alojamento, comunicante de creche ou escola, namorado). As meningites virais (especificamente causadas por enterovírus) geralmen- te são transmitidas por via fecal-oral. Apresenta um período de incubação de, em geral, 2 a 10 dias com média de 3 a 4 dias. Para os enterovírus, situa-se entre 7 e 14 dias. Para os casos de me- ningite tuberculosa, a incubação ocorre nos 6 primeiros meses da infecção. No caso das meningites bacterianas, o agente etiológico pode atravessar a barreira hematoencefálica por: • Acesso direto: fraturas de crânio, defeito congênito de fechamento do tubo neural (espinha bífida, me- ningocele, meningomielocele, me- ningoencefalocele) e iatrogênica (punção liquórica inadequada). • Contiguidade: otites médias, mas- toidites ou sinusites. • Via hematogênica: ultrapassa a barreira hematoencefálica por li- gação com receptores endoteliais, lesão endotelial ou em áreas mais susceptíveis, como o plexo coroide. • Derivações liquórica A lise bacteriana e liberação da suas endotoxinas (Gram-negativas), ácido teicoico e peptidioglicano (Gram-po- sitivas) da parede celular, induzem a produção de citocinas inflamatórias que aumentam a permeabilidade da barreira hematoencefálica, causan- do edema vasogênico e hidrocefalia através deste mecanismo FLUXOGRAMA 1 Exsudato Migração de leucócitos Extravasamento de proteínas plasmáticas Obstrução do fluxo do LCR e diminuição da absorção Hidrocefalia Por este mesmo mecanismo, há for- mação de edema intersticial junto com a hidrocefalia. Além disso, a mi- gração de leucócitos resulta em de- granulação e liberação de metabólitos tóxicos que geram edema citotóxico, crises epilépticas e até mesmo aci- dente vascular. A consequência des- ses eventos é o aumento da pressão intracraniana e até mesmo coma. 9MENINGITE Já a transmissão pode ocorrer até 24 horas após o início da antibioticotera- pia adequada, no caso de etiologias bacterianas. No caso das meningites virais, os ví- rus atingem o SNC por via hematogê- nica (enterovírus) ou neuronal (HSV). No caso dos enterovírus, ao passarem pelo estômago, são capazes de resis- tir ao pH ácido e prosseguem para o trato gastrointestinal inferior. Outros vírus se replicam na nasofaringe e se disseminam em linfonodos locais. Após os enterovírus se ligarem a re- ceptores dos enterócitos, eles se re- plicam em uma célula suscetível, pro- gridem para a placa de Payer (onde ocorre replicação mais intensa) e en- tão uma viremia atinge coração, SNC, fígado, sistema reticuloendotelial. Acredita-se que o enterovírus atinja o SNC através de junções íntimas en- doteliais e posteriormente alcance o plexo coroide e o líquor. A infecção causada pelo HSV (vírus herpes simples) atinge o SNC pela via neu- ronal, através do nervo trigê- meo e olfató- rio; ou ainda nos casos de meningite as- séptica, o vírus se dissemina após uma lesão genital primária, ascendendo pelas raízes sacrais até a meninge. O vírus pode ainda ficar latente nas raízes nervosas do trigê- meo e olfatório, reativando anos de- pois, causando encefalite ou quadros de meningite asséptica. SE LIGA! SUSCETIBILIDADE À IN- FECÇÃO A suscetibilidade para a in- fecção é geral, mas pode-se dizer que as faixas etárias mais vulneráveis são as crianças < de 1 ano e adultos > de 60 anos. Os neonatos possuem uma proteção através dos anticorpos mater- nos, por isso, dificilmente adoecem. En- tretanto, a partir de 3 meses de idade a suscetibilidade vai aumentando devido a diminuição da imunidade. Pacientes idosos, imunossupressos ou portadores de quadros crônicos (por exemplo: síndrome nefrótica, diabetes mellitus, infecção pelo HIV, asplenia anatômica ou funcional, insuficiência renal crônica) apresentam maior risco à meningite pneumocócica. 5. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS O quadro clínico da meningite ca- racteriza-se por febre de início súbi- to, associada à cefaleia, prostração, náuseas, vômitos, hiporexia, rigidez de nuca, mialgia, agitação, fotofobia e sinais meníngeos. Em neonatos e lactentes, o quadro é caracterizado por irritabilidade, baixa aceitação da dieta, hipertonia/hipoto- nia, febre, convulsões, choque sépti- 10MENINGITE co, convulsão, abaulamento de fon- tanela, grito meníngeo (criança grita ao ser manipulada, principalmente, quando se flete as pernas para tro- car a fralda). A presença de rigidez da nuca quase nuca está presente, sen- do necessário analisar o quadro geral, abaulamento da fontanela e dados epidemiológicos para a suspeição de meningococo. A irritação meníngea se associa com os sinais abaixo: • Sinal de Kernig: flexão passiva da coxa sobre a bacia, em ângulo reto, com dor e resistência à extensão do joelho. • Sinal de Brudzinski: flexão involun- tária da perna ao se tentar fletir a cabeça do paciente. Figura 1: Sinal de Brudzinski: Ao flexionar o pes- coço, articulações de joelho e quadril se flexio- narão por reflexo. Fonte: https://br.pinterest.com/ pin/63613413462839263/ Figura 2: Sinal de Kerning: Quando o quadril está flexionado a 90º, paciente não consegue flexio- nar o joelho por dor. Fonte: https://br.pinterest.com/ pin/63613413462839263/ SE LIGA! Fique atento aos sinais de gravidade da meningite: piora da cefa- leia, rebaixamento do nível de consciên- cia, torpor, convulsões, déficit neuroló- gico focal, confusão mental, transtornos pupilares, turvação visual, paralisias de nervos cranianos, bradicardia, nistagmo, papiledema. Meningite viral: Tendo seu principal representante o enterovírus, asso- ciadas ao quadro de meningite, são comuns manifestações gastroin- testinais (vômitos, hiporexia, diarreia e dor abdominal), respiratórias (tosse, faringite) e ainda erupção cutânea. No exame físico observa-se um bom estado geral associado aos sinais de irritação meníngea. Em geral, cursa com bom prognóstico e a recupera- ção do paciente é completa. Tende a ser autolimitada, a duração do quadro é geralmente inferior a uma semana. 11MENINGITE SE LIGA! Meningite causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana: cerca de 40 a 90% dos pacientes infectados pelo HIV-1 cursam com a síndrome inicial, ca- racterizada por febre, mal estar, linfadeno- patia, artralgia, anorexia, náuseas, vômitos, cefaleia e erupção morbiliforme. É possível ainda que tais pacientes apresentem tam- bém quadro de meningite asséptica: cefa- leia, fotofobia, náusea, vômito e rigidez de nuca. Podem ainda apresentar encefalo- patia e paralisia de nervos cranianos (V, VII e VIII). Os sintomas da meningite podem durar algumas semanas, com regressão posterior. Caso não a infecção por HIV não seja tratada, os sintomas da infecção ini- cial podem retornar. Meningite criptocócica: deve ser sem- pre considerada em pacientes com AIDS que apresentam cefaleia, febre, demên- cia progressiva e confusão mental. Meningite bacteriana: O período de encubação é de 2-10 dias e a apre- sentação clínica pode apresentar-se na forma de 3 síndromes, que não ne- cessariamente estão todas presentes. • Síndrome toxêmica: Queda im- portante do estado geral, febre alta, delirium, e quadro confusional. Sinal de Faget (dissociação pulso- -temperatura) pode estar presente. • Síndrome da Hipertensão Intra- craniana (HIC): Cefaleia, náuseas e vômitos. • Síndrome da irritação meníngea: Rigidez nucal, sinal de Kernig, sinal de Brudzinsk e desconforto lombar. Somente 50% dos pacientes apresen- tam essa tríade. Outros achados são convulsõese sinais neurológicos fo- cais. A presença de lesões cutâneas é bem características da N. meningitidis. A infecção por meningococo pode levar a meningite e meningococcemia, sen- do denominada como doença menin- gocócica, que é um problema de saú- de pública devido ao risco de surtos. 15-20% possuem evolução rápida e muitas vezes fulminante devido a sep- ticemia meningocócica, apresentan- do prostração intensa, palidez, sinais de toxemia, exantema e/ou petéquias, sufusões hemorrágicas, hipotensão, rebaixamento do sensório, associados ou não a quadro de meningite, com ris- co de evolução para choque, CIVD e óbito. compondo a Síndrome de Wa- terhouse-Friderichsen. Figura 3: Lesson of the Week: Who spots the spots? Diagnosis and treatment of early meningococcal disease in children. Riordan, Andrew. Thomson, Alistair. - Hart, C. Sills, John. BMJ (Clinical research ed.) VL - 313. 1996/12/01. Meningite tuberculosa: se não tra- tada, classicamente possui curso da doença dividido em 3 estágios: 12MENINGITE • Estágio I: Tem duração de 1 a 2 se- manas, sintomas inespecíficos (febre, mialgias, sonolência, apatia, irritabili- dade, cefaleia, anorexia, vômitos, dor abdominal e mudanças súbitas do humor), e pode estar lúcido. • Estágio II: Surgimento de evidên- cias de dano cerebral com apare- cimento de paresias, plegias, es- trabismo, ptose palpebral, irritação meníngea e HIC. Podem surgir ma- nifestações de encefalite, com tre- mores periféricos, distúrbios da fala, trejeitos e movimentos atetóides. • Estágio III ou período terminal: Déficit neurológico focal, opistóto- no, rigidez de nuca, alterações do ritmo cardíaco e da respiração e rebaixamento do nível de consci- ência, incluindo o coma. 6. EXAMES COMPLEMENTARES O diagnóstico das meningites bacte- rianas é através da análise do LCR, principalmente o exame quimiocitoló- gico e a cultura. A presença de alguns sinais e sinto- mas indicam a realização da tomo- grafia computadorizada de crânio an- tes da punção lombar, e, a depender do resultado, a contraindica. QUANDO SOLICITAR TOMOGRAFIA ANTES DA PUNÇÃO LOMBAR? Déficit neurológico focal Nova crise convulsiva Rebaixamento do nível de consciência Pacientes imunocomprometidos Sinais de hipertensão intracraniana QUAIS ACHADOS TOMOGRÁFICOS CONTRAINDICAM A PUNÇÃO LOMBAR? Desvio de linha média Presença de massa em fossa posterior Apagamento das cisternas basilar e supraquias- mática Apagamento da cisterna cerebelar superior Apagamento da cisterna quadrigeminal Hidrocefalia obstrutiva A punção liquórica também está con- traindicada se houver piodermite no local. Na tabela estão as alterações que diferenciam a etiologia da menin- gite através dos exames quimiocito- lógicos do LCR. LABORATORIAIS NORMAL BACTERIANA TUBERCULOSA VIRAL FÚNGICA Aspecto Límpido Turvo Ligeiramente turvo Límpido Límpido Cor Incolor Xantocrômica ou leitosa Incolor ou xanto- crômica Incolor Incolor Glicose >40 Diminuída Pouco diminuída Normal Pouco diminuída Proteínas 40 Até 1000 <200 <100 <200 Celularidade 0-4 >500 Aumento de neutrófilos <500 Aumento de linfócitos <500 Aumento de linfócitos <500 Aumento de linfóci- tos e neutrófilos 13MENINGITE Outros exames que podem auxiliar no diagnóstico são: • Cultura de outros sítios que não LCR: sangue, raspado de lesões petequiais ou fezes. • Reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real – LCR, soro, sangue total. • Aglutinação pelo látex – LCR e soro. • Contraimunoeletroforese (CIE) – LCR e soro. • Bacterioscopia direta (método de Gram) – LCR (diplococos gram-ne- gativos: Neisseria meningitidis; cocos gram-positivos: Strepto- cocccus pneumoniae). • Sorologia (pesquisa de anticorpos IgG e IgM) – pesquisar etiologia vi- ral. • Exame micológico direto com pre- paração da tinta da China – LCR. SE LIGA! A punção lombar (se não hou- ver contraindicação para tal procedi- mento) e a coleta de sangue para cultura devem ser realizadas antes do início da antibioticoterapia. 7. TRATAMENTO Medidas iniciais a serem adotadas • Hospitalização imediata dos casos suspeitos. • Precaução respiratória para gotí- culas durante as primeiras 24 ho- ras de antibioticoterapia. • Coleta de amostras para exames diagnósticos. • Instalação de medidas de suporte geral, como reposição de líquidos e cuidadosa assistência. • Instituição de antibioticoterapia empírica conforme a suspeita clíni- ca, o mais precocemente possível, de preferência logo após a punção lombar e a coleta de sangue para hemocultura. • A antibioticoterapia imediata não impede a coleta de material para exames diagnósticos, mas reco- menda-se que a coleta seja feita o mais próximo possível do início do antimicrobiano. • Notificação do caso à Secretaria Municipal de Saúde para a inves- tigação epidemiológica e adoção das medidas preventivas cabíveis. LABORATORIAIS NORMAL BACTERIANA TUBERCULOSA VIRAL FÚNGICA Culturas Negativas Positivas em até 48h (70-85%) Pode positivar em 90-120 dias Negativas Positivas até 30-60 dias (25-50%) Cloretos 680-750 Meq/L Reduzidos Normal ou reduzidos Normal Normal ou reduzidos 14MENINGITE • A antibioticoterapia deve ser ajus- tada de acordo com resultados do teste de sensibilidade. • Investigação epidemiológica de to- dos os casos notificados e quimio- profilaxia quando houver indicação. Meningite bacteriana Nos quadros abaixo, confira as op- ções de tratamento conforme faixa etária e etiologia. Esquema antimicrobianos empíricos conforme faixa etária Neonatos 1a 23 meses 2 – 50 anos Fratura de base de crânio TCE penetrante, pós neurocirurgia, fístula liquórica Ceftriaxone Ampicilina + Ceftriaxone Ceftriaxone Ampicilina + Ceftriaxone Vancomicina + Cefepime, Vancomicina + Ceftazidima ou Vancomicina + Meropenem Vancomicina + Cefepime, Vancomicina + Ceftazidima ou Vancomicina + Meropenem Adulto: 2g, IV, 12/12h Crianças: 50mg/kg, IV, 12/12h (dose máxima 2g, IV, 12/12h) Vancomicina + Cefepime, Vancomicina + Ceftazidima ou Vancomicina + Meropenem IMPORTANTE: nas primeiras 24h de ATB, o paciente deve permanecer em precaução respiratória por gotículas nos casos de meningite bacteriana indeterminada e por meningococo ou H. influenzae. 15MENINGITE Uso de corticosteroides (Dexametasona): • Eficaz em crianças com meningite por H. influenzae com evidência de benefício na redução de seque- la neurológica e perda auditiva • Meningite por S. pneumoniae: o uso não é consensual, mas pode ser considerado. Alguns estudos demonstraram redução na morta- lidade e sequelas. • Deve ser administrada antes ou concomitante à primeira dose de AGENTE ETIOLÓGICO ANTIBIÓTICO DOSE INTERVALO (HORAS) DURAÇÃO (DIAS) VIA DE ADMINISTRAÇÕ Neisseria meningitidis Ceftriaxone 2g 12 em 12 7 a 10 Endovenosa Streptococus pneumoniae 10 a 14 Haemophilus influenzae 7 a 10 Enterobactérias 10 a 14 Pseudomonas Meropenem 8 em 8 14 a 21 Listeria monocytogenes Ampicilina + Ceftriaxone 200-400 mg/kd/ dia 4 em 4 ou 6 em 6 21 Endovenosa MSSA (Staphylo- coccus aureus meticilina sensível) Oxacilina 2g 4 em 4 21 Endovenosa MRSA (Staphylo- coccus aureus me- ticilina resistente) Vancomicina 1g 12 em 12 21 MSSA (Staphylo- coccus aureus me- ticilina sensível) ATB, dose de 0,4 a 0,6 mg/kg/dia EV, 12/12 ou 8/8 horas, 2 dias, mantendo por 2 a 4 dias • Não há evidência de benefício em neonatos • Em situações de choque o uso é discutível, há controvérsias a res- peito da influência favorável ao prognóstico. Existem Há evidên- cias de que poderia agir favoravel- mente na prevenção de sequelas nos casos de meningite devidos ao H. influenzae tipo B. Quadro: Antibioticoterapia de acordo com a etiologia Fonte: Guia de vigilância em saúde/Ministério da saúde , 2016. 16MENINGITE Meningite viral Não há indicação de tratamento anti- viral específico. Recomenda-se trata- mento de suporte, com sintomáticos, avaliação criteriosa e acompanha- mento clínico.Tratamento antiviral específico somente nos casos de me- ningite herpética (HSV 1 e 2 e VZV) com Aciclovir endovenoso. MAPA MENTAL 4 Tratamento Meningite bacteriana Antibioticoterapia empírica Dexametasona Ceftriaxone ou Cefoxatina Ceftriaxone + ampicilina se > 50 anos Acrescentar Vancomicina em áreas com + de 2% de pneumococo resistente 0,15mg/kg 6/6h por 2-4 dias Junto com a primeira dose de antibiótico 17MENINGITE Meningite fúngica IMUNOCOMPETENTE Indução: Anfotericina B: 1 mg/kg/dia endovenosa + 5-Flucitosina: 100 mg/kg/dia via oral, de 6 em 6 h por 14 dias. Consolidação: Fluconazol: 400 mg/dia via oral por 6 a 10 semanas, ou formulações lipídicas de anfotericina B (lipossomal ou complexo lipídico): 3 a 6 mg/kg/dia, endo- venosa, por 6 a 10 semanas. IMUNODEPRIMIDO (HIV OU OUTRA IMUNOSSUPRESSÃO) Indução: Anfotericina B: 1 mg/kg/dia endovenosa + 5-Flucitosina: 100 mg/kg/dia via oral, de 6 em 6 h por 14 dias. Consolidação: Fluconazol: 400 mg/dia via oral por 10 semanas. Manutenção: Fluco- nazol: 200 a 400 mg/dia via oral por 12 a 24 meses ouItraconazol: 200 mg/dia via oral por 12 a 24 meses. Casos de intolerância ou impossibilidade do uso de anfotericina B: Fluconazol: 1.600 mg a 2.000 mg/dia via oral por 6 a 10 semanas + Manutenção: Fluconazol: 200 a 400 mg/dia via oral por 12 a 24 meses. Quadro 8. Tratamento da meningite criptocócica. Fonte: Guia de vigilância em saúde/Ministério da saúde 2016. MAPA MENTAL 5 Tratamento Meningite viral Em caso de suspeita de Herpes Interrupção de possíveis antibióticos Aciclovir 10mg/kg/dose, a cada 8h, por 14-21 dias Medicamentos sintomáticos 18MENINGITE Meningite Tuberculosa Quadro 9: Esquema para meningoencefalite (2RHZE/7RH). Fonte: Guia de vigilância em saúde/Ministério da saúde, 2009. MAPA MENTAL 6 Terapia antifúngica Meningite fúngica LCR acima de 25 cm de H20 DVP terapêutica Específico a cada fungo Anfotericina B + Flucitosina Meningite coccidiodal Fluconazol Itraconazol REGIME FÁRMACOS FAIXA DE PESO UNIDADES/DOSE MESES 2RHZE Fase intensiva RHZE 150/75/400/275 comprimido em dose fixa combinada 20 a 35kg 36 a 50kg >50kg 2 comprimidos 3 comprimidos 4 comprimidos 2 7RH Fase de manutenção RH 300/200 ou 150/100 cápsula 20 a 35kg 36 a 50kg >50kg 1 cápsula 300/200 1 cápsula 300/200 + 1 cápsula 150/75 2 cápsulas 30//200 7 19MENINGITE 8. QUIMIOPROFILAXIA A quimioprofilaxia é a melhor medida para prevenção de casos secundários e de surtos. Está indicada somente para os contatos próximos de casos de me- ningite por H. influenzae e doença me- ningocócica. Considera-se como contato próximo moradores do mesmo domicílio, indivíduos que compartilham o mesmo dormitório (em alojamentos, quartéis, entre outros), parceiro, comunicantes de creches e escolas, pessoas diretamente expostas às secreções do paciente, in- divíduo que conviveu com o doente por quatro ou mais horas diárias, por pelo menos cinco dos sete dias que antece- deram a admissão hospitalar do caso. A droga de escolha é a Rifampicina. Deve ser iniciada, idealmente, até 48 ho- ras da exposição, podendo ser usada até 10 dias no caso de doença meningocó- cica ou até 30 dias no caso do Haemo- philus influenza. Todos os contatos de- vem ser monitorados durante 10 dias. Para os menores de um ano contac- tantes não vacinadas, deve ser utili- zada a vacina tetravalente nas me- ningites por H. influenzae. Indicações de quimioprofilaxia: • Todos os contatos próximos de um caso de doença meningocócica, independente do estado vacinal • Contato próximo com casos de doença invasiva por Haemophilus influenzae. • Profilaxia para o profissional de saú- de: indicada somente para casos com exposição às secreções respiratórias e vômitos do doente, durante proce- dimentos invasivos como intubação orotraqueal, ou quando permanece- ram no mesmo ambiente que o do- ente por um período superior a quatro horas, sem utilização de equipamen- tos de proteção individual (EPI). ESQUEMA DE PROFILAXIA PARA CONTACTANTES PREFERENCIALMENTE DENTRO DE 48H IDADE DROGA E DOSAGEM INTERVALO DURAÇÃO Doença meningocócica: contactantes íntimos < 1 ano Rifampicina 5mg/kg 12/12h 2 dias ≥ 1 ano Rifampicina 10mg/kg 12/12h 2 dias Adulto Rifampicina 600mg 12/12h 2 dias Haemophilus influenzae: contatos familiares ou de creches, quando houver crianças menores de 2 anos suscetíveis (não vacinadas ou va- cinação incompleta) OU expostos diretamente a secreções orais < 1 mês Rifampicina 10mg/kg 24/24h 4 dias ≥ 1 ano e < 10 anos Rifampicina 20mg/kg 24/24h 4 dias Adulto Rifampicina 600mg 24/24h 4 dias Alternativa para DM e HI Adultos: Ceftriaxone 250 mg, IM, dose única ou Ciprofloxacino 500 mg, VO, dose única Crianças < 12 anos: Ceftriaxone 125 mg, IM, dose única. Contactante íntimo Moradores do mesmo domicílio, indivíduos que compartilham o mesmo dormitório, comunicantes de creches e pessoas diretamente expostas às secreções do paciente. 20MENINGITE 9. VACINAÇÃO A vacinação é considerada a principal medida preventiva, sendo as vacinas específicas para determinados agen- tes etiológicos e utilizadas na rotina para imunização de crianças meno- res de 2 anos. Estão disponíveis no Calendário Nacional de Vacinação da Criança do Programa Nacional de Imunizações (PNI/MS): • Vacina conjugada Pentavalente: protege contra meningite e ou- tras infecções causadas pelo H. influenzae tipo b, além de difteria, tétano, coqueluche e hepatite B. • Vacina BCG: protege contra as for- mas graves de tuberculose (miliar e meníngea). • Vacina pneumocócica conjugada 10-valente: protege contra doen- ças invasivas e outras infecções causadas pelo pneumococo (pro- teção contra dez sorogrupos). • Vacina meningocócica conjugada C: protege contra doença invasiva causada por meningococo do so- rogrupo C. • Vacina pneumocócica polissacarí- dica 23-valente (VPP23): indicada para imunodeprimidos, portadores de doenças crônicas e população indígena acima de 2 anos de idade. • Surto e vacinação de bloqueio • Surto: ocorrência de três ou mais casos pelo mesmo sorogrupo con- firmados laboratorial- mente (cul- tura ou PCR) em até 3 meses, na mesma área geográfica, que não sejam comunicantes entre si. • Vacinação de bloqueio: indicada para população exposta, quando há a confirmação de um surto de doença meningocócica causada pelo sorogrupo C. • Vacina meningocócica conjugada C: interrompe a cadeia de trans- missão do meningococo na comu- nidade. 21MENINGITE MENINGITE BACTERIANA Meningite bacteriana Definição Todo caso suspeito deve ser investigado e notificado Contiguidade (otite média, mastoidite, sinusite) Clínica TratamentoEtiologia ExamesPatogênese Processo inflamatório bacteriano que acomete meninges Meningococo Pneumococo Hemófilos Estreptococos do grupo B Patógeno acessa barreira hematoencefálica através de Via hematogênica Derivação liquórica Acesso direto (fratura de crânio, defeito congênito) Toxemia Meningococcemia Irritação meníngea Hipertensão intracraniana Queda do estado geral, febre, confusão Causado pelo meningococo Quadro grave de prostração, sinais de toxemia, exantema e/ou petéquias, sufusões hemorrágicas, hipotensão com ou sem meningite Rigidez de nuca, sinais de KerBrudzinskining, desconforto lombar Cefaleia, náusea e vômito NeuroimagemLíquorHemoculturas Celularidade ↑ Neutrófilos ↑ Proteínas ↑ Glicose ↓↓ Lactato ↑ ↑ Se complicação ou evolução desfavorável Antibioticoterapia empírica Dexametasona Precaução respiratória de gotículas nas primeiras 24h de antibiótico Junto com a primeira dose de antibiótico 0,15mg/kg 6/6h por 2-4 dias Ceftriaxone + ampicilina se > 50 anos Acrescentar Vancomicina em áreas com + de 2% de pneumococo resistente Ceftriaxone ou Cefoxatina 22MENINGITE LCR acima de 25 cm de H20 Específico a cada fungo Terapia antifúngica Meningite fúngica PatogêneseTratamento DiagnósticoClínica Definição DVP terapêutica Anfotericina B + Flucitosina Meningite coccidiodal Fluconazol Itraconazol Neuroimagem Anamnese Punção lombar Testes de Antígeno e Anticorpos História clínica Alterações neurológicas Imunossupressão Sérico Urinário LCR Pleiocitose linfocitária Proteína elevada Glicose baixa TC ou RM Vasculite Granulomas Hidrocefalia comunicante Infecção latente Infecção primária Disseminação hematogênica Imunossupressão Candida Cryptococcus neoformans Histoplasma capsulatum Coccidoides immitis Déficits focais Cefaleia progressiva e intensa Alteração comportamental Rigidez de nuca + fotofobia + cefaleia Papiledema Crônica ou subaguda, progressiva e que oferece risco de vida Patógenos fúngicos Inflamação das meninges Altamente associado a pacientes imunossuprimidos Pacientes transplantados HIV MENINGITE FÚNGICA 23MENINGITE Meningite viral Patogênese Tratamento DiagnósticoClínica Definição Neuroimagem (RNM) se crises, dimnuição consciencia ou deficits focais Anamnese Reação de cadeia em Polimerase Punção lombar LCR Pleiocitose linfocítica < 1000 células Proteína levemente elevada Glicose normal HSV 1 e 2 Pesquisa Monoclonal de Antígenos Virais Enterovírus História clínica Epidemiologia Medicamentos sintomáticos Interrupção de possíveis antibióticos Aciclovir 10mg/kg/dos e, a cada 8h, por 14-21 dias Espaço subaracnoideDisseminação Barreia hematoencefálica Complicação Encefalite Mielite Inflamação Encefalite Mielite IL6 TNF alfa Enterovírus Outros vírus Herpes simples, Varicela, Caxumba, Arbovírus Via hematogênica Coxsackie Echovírus Poliovírus Febre Cefaleia Náuseas Rigidez de nuca + fotofobia + cefaleia “MENINGISMO” Sintomas iniciais Sintomas da infecção primária Evolução de forma benigna e autolimitada Causa mais comum de meningite asséptica Comumente ocorre em surtos Inflamação das meninges Secundária a infecção em outros sítios MENINGITE FÚNGICA 24MENINGITE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA Lopes AC. Clínica médica: diagnóstico e tratamento. São Paulo: Atheneu, 2013. Minas Gerais. Secretaria de Estado da Saúde: Protocolo de Vigilância Epidemiológica de Meningites, 2013. Brasil. Ministério da Saúde. Coordenação Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológi- ca. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 8. ed. Brasília: Minis- tério da Saúde, 2010. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde: Guia de Vigilância Epidemio- lógica. 7. ed. Brasília, 2010. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde: Meningite – vacinação, 2014. São Paulo. Secretaria de Estado. Meningites Virais. Rev. Saúde Pública, 2006;40(1):65-70. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância em Saúde: Secretaria de Vigilância em Saúde; 2a edição, 2017. Ministério da Saúde. 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