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SEMINÁRIO 2 AUTOR: PEDRO V.F. MEDRADO EPICONDILITE LATERAL DO COTOVELO - 40-60% dos tenistas terão em alguma fase da vida esportiva essa lesão - Lesão acomete a origem dos tendões comuns extensores, no epicôndilo lateral, e geralmente é sentida no golpe de esquerda (backhand) realizado com uma mão. - Forma crônica – processos degenerativos e não inflamatório · Exames histológicos – hiperceluraridade e ausência de células - Teste de Cozen e Hill - Teste de Maudsley · Positivo quando dor na região lateral do cotovelo ao se realizar a extensão resistida do punho e dos dedos - Teste de extensão resistida do terceiro dedo · Diagnósticas síndromes compressivas do interósseo posterior - Diagnóstico · USG – examinador dependente · RNM – é mais cara, mais desconforto ao paciente · Radiografia simples – não mostram lesão, são mais pedidas para afastar patologias ósseas. - Tratamento · Fase aguda – fisioterapia, infiltrações, manipulações do ponto de dor, acupuntura e entre outros. · Fase crônica – cirurgia é a escolha quando a dor permanece por mais de 6 meses mesmo com tratamento anteriores adequados. · Terapia com aplicação de PRP – plasma rico em plaquetas · Usada em casos refratários ao tratamento conservador e como alternativa à terapia cirúrgica · Infiltração guiada por ultrassom · Colocação de quantidade alta de plaquetas que depois de agregadas liberam fatores de crescimento plaquetário. · Tratamento inicial de forma clínica tem como objetivo: · Medicamentos para o controle de dor e fisioterapia, que deve visar o ganho de força muscular progressivo e trabalhos proprioceptivos que simulem os gestos esportivos do tênis. - A infiltração de corticosteroides deve ser evitada no tenista, pois não trata a lesão e sim o sintoma · Inclusive seu uso pode faz o tendão se degenerar e sofrer rupturas ao longo do tempo se o tenista continuar jogando FRATURA DO OLÉACRANO - São as fraturas que acometem a articulação do cotovelo, e a rigidez e instabilidade do cotovelo decorrentes de uma lesão traumática podem comprometer a função do membro superior como um todo. - São frequentes pois são áreas vulneráveis ao trauma direto, à hiperextensão e à torção. - Exame físico · Dor, edema e equimose no cotovelo · Redução de movimentação ativa de flexão e extensão do cotovelo - Radiografia · Em AP e perfil do cotovelo são habitualmente suficientes para compreensão da lesão e para o planejamento cirúrgico. - Tomografia – planejamento e entendimento cirúrgico - Classificação de Mayo · Fraturas sem desvio (Tipo I) · Cominutivas (B) · Não-cominutivas (A) · Fraturas desviadas estáveis (Tipo II) · Cominutivas (B) · Não-cominutivas (A) · Fraturas desviadas instáveis (Tipo III) · Cominutivas (B) · Não-cominutivas (A) - Tratamento · Em geral está baseado na redução anatômica e estabilização, permitindo uma mobilidade precoce. - Tratamento conservador · Raros casos de fratura sem desvio e estáveis - Tratamento de idosos com baixa demanda funcional · Excisão primária de um fragmento do olecrano e reinserção do tríceps - Banda de tensão · Fraturas não-cominutivas e com linha de fratura transversa ou oblíqua curta em relação ao eixo da ulna. · Com a mobilidade articular haja compressão entre os fragmentos ósseos, o que é extremamente favorável à consolidação óssea. - Placas e parafusos · Fraturas cominutivas com traço mais complexo · Quando a banda de tensão não pode ser usada · Placas LCP pré-moldadas p/ olecrano · Sistema de travamento placa-parafuso – melhor fixação em pacientes com pior qualidade óssea. - Tratamento cirúrgico · Bloqueio de plexo braquial esquerdo (interescalênico) · Controle radiográfico intra-operatório · Curativo, imobilização tipo Jones e tipóia · 1º dia pós-operatório – mobilização precoce, no limite da dor · Tempo de consolidação aproximada de 6 semanas FRATURA DE MONTEGGIA - É a fratura da ulna associada com luxação da cabeça do rádio - É rara, compreende apenas 1-7% de todas as fraturas do antebraço · Lesões tipo I é a mais frequente seguida das lesões tipo III e II, a mais rara é a do tipo IV - Lesões tipo I – pronação forçada do antebraço · A ulna fratura, e o rádio é forçado em hiperpronação e alavancado anteriormente pelo antebraço. · Tipo I de Bado · Melhores resultados e diagnóstico precoce · Fixação rígida da ulna, redução exata da cabeça do rádio e tempo suficiente para cicatrização ligamentar. - Lesões tipo II · Queda com punho em extensão com o cotovelo fletido em 60º e antebraço em pronação de 30º · Variação da luxação do cotovelo · Classificação de Jupiter – baseia-se na localização da fratura da ulna · Tipo IIA – fratura da ulna que acomete o olecrano e o processo coronóide · Tipo IIB – fratura da ulna ocorre na junção da metáfise com a diáfise, distal ao processo coronóide · Tipo IIC – fratura da ulna ocorre na diáfise · Tipo IID – fratura da ulna estende-se ao longo do terço proximal até metade da ulna - Lesões tipo III – Müllick · Força primária no cotovelo era em abdução · Antebraço em supinação – cabeça do rádio luxa em direção póstero-lateral · Antebraço em pronação – cabeça do rádio luxa em direção antero-lateral - Lesões tipo IV – são consequências de trauma lateral do lado radial quando a cabeça já estivesse luxada como no tipo I · Por isso é rara - Exame neurológico cuidadoso · Lesão neurológica – nervo interósseo posterior do antebraço · Mais associado ao tipo II de lesão de Bado - Regra de McLauling – independente da incidência radiográfica, a diáfise do rádio se alinha com o centro do capítulo, não importando o grau de flexão. - O paciente deve ser internado, visto que é uma emergência ortopédica devido à luxação da cabeça do rádio. - Após a redução anatômica e fixação estável da fratura da ulna, geralmente a cabeça do rádio se reduz. - Crianças – conservador, redução fechada e imobilização gessada por 6-12 semanas com tala axilo-palmar, flexão do cotovelo e supinação total. - Acima de 10 anos – tratamento cirúrgico - Adultos – tratamento cirúrgico - Para fixação estável da ulna – placa de compressão dinâmica na face posterior · Placa em posição medial – evitar irritação dos tecidos moles que a recobrem · Estabilização da ulna – fixação com placa quando fratura proximal, e quando fratura for na porção média · Placa ou haste intramedular (fratura sem fragmentação) · Uso da haste for preciso abrir o foco de fratura – enxerto ósseo esponjoso do osso ilíaco - Se cabeça do rádio não puder ser reduzida apesar da ulnar reduzida – incisão deve ser estendida - Associação com fratura da cabeça do rádio – fragmento fraturado pode impedir a redução ou limitar a mobilidade do cotovelo · Fragmento grande – fixação interna · Fragmento pequeno – ressecção · Cabeça fragmentada – artroplastia da cabeça do rádio FRATURA DA DIÁFISE RÁDIO E ULNA - 0,9 a 1% das fraturas · Incidência de 0-4/10.000 pessoas · 4/5 são crianças – 1/100 · É a 3ª causa de fratura dos MMSS - Lesão do cacetete (Nighstick fracture) - Mais comum em homens (63-91%) – de 15 a 40 anos - Apenas 1/3 das fraturas da diáfise dos ossos do antebraço são lesões isoladas - O rádio e a ulna fazem com que o antebraço funcione como uma articulação, o rádio roda sobre a ulna no movimento de pronação e supinação. - Tratamento das fraturas de diáfise de rádio e ulna são na grande maioria cirúrgico. - Principais mecanismos de trauma · Acidente automobilístico, queda, trauma esportivo, trauma direto (luta) e ferimento por projétil de arma de fogo. - Quadro clínico – desvio angular, dor e edema - Radiografias · Ântero-posterior (AP) e perfil – diagnóstico e planejamento do tratamento adequado - Tratamento incruento · Indicado quando: · Não existem condições clínicas cirúrgicas pelo paciente; · Fratura isolada (de um dos ossos) estável sem desvio, desde que não esteja associado a: · Fratura exposta · Síndrome compartimental · Fratura bilateral · Fratura associada a diáfise do úmero. - Tratamento cirúrgico/cruento · Indicado: · Fratura dos dois ossos do antebraço · Fratura isolada instável · Fratura isolada estável com desvio · Placa e parafusos comhaste intramedular ou com fixador externo · Preferência atual – fixação com placa e parafuso após redução aberta · Fixação com haste intramedular · Desvantagens · Controle ruim dos fragmentos ósseos; · Alinhamento anatômico difícil; · Dificuldade para explorar estruturas neurovasculares; · Alta incidência de pseudoartrose; · Alta incidência de resultados insatisfatórios. · Vantagens · Poucas lesões periosteral · Via de acesso menor · Sem necessidade de colocação de enxerto ósseo se via fechada · Índice de refratura mínimo com retirada da haste · Indicado · Fraturas segmentares; · Situações em que existem más condições de partes moles; · Pseudoartrose pós-osteossíntese com placa; · Pacientes politraumatizado; · Fraturas da diáfise em osso porótico. · Contraindicado · Infecção ativa · Canal medular <3mm · Pacientes com fise aberta · Fixação com fixador externo · Indicado · Fraturas expostas com grave lesão das partes moles; · Para manutenção do comprimento em perdas ósseas; · Controle do dano em pacientes politraumatizados. - Vias de acesso cirúrgico · Abordagem da ulna · Via de acesso medial · Abordagem do rádio · Via de acesso anterior (de Henry) – expõe toda a superfície anterior do rádio · Cuidado com a artéria radial, ramo superficial do nervo radial e nervo interósseo posterior · Via de acesso dorsolateral (Thompson) FRATURA DE GALEAZZI - É o somatório da fratura do terço médio-distal do rádio mais luxação da articulação radioulnar distal. - Das fraturas do antebraço, é uma causa rara em crianças (3%) e no adulto (7%), mas sua identificação é importantíssima. · Crianças de 9-12 anos – pico de incidência · Relacionado a esportes, osteoporose e pós-menopausa - Mecanismo do trauma – trauma axial com o antebraço hiperpronado - Radiografias de todo antebraço (cotovelo e punho) · Sinais que sugerem lesão: · Fratura da base estilóide ulnar · Alargamento do espaço da articular radioulnar distal (ARUD) · Deslocamento do rádio relativo à ulna no perfil verdadeiro na radiografia de punho · Encurtamento do rádio >5mm em relação à ulna distal - Tomografia – raramente indicado - RNM – indicada apenas se dúvida de lesão da fibrocartilagem triangular da articular radioulnar distal - Arteriografia – casos suspeitos de lesão vascular - Tratamento conservador – não tem prognóstico favorável - O paciente deve ser imobilizado com tala provisória e encaminhado para tratamento cirúrgico. - Tratamento cirúrgico · Via de acesso de Henry (anterior) · Fixação – obtida com estabilidade absoluta com placas e parafusos · Fraturas de traço transverso e oblíquo – compressão interfragmentar. · Cominuição – osteossíntese visando à estabilidade relativa com placa em ponte. · Controle radiográfico durante o ato operatório.
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