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Stefany Neves Porto UEMG EFOS I- Fisiologia • O controle da circulação é feito quase que inteiramente pelo sistema nervoso autônomo (SNA). • A via de controle + importante do SNA é a via simpática, que pode atuar sobre o coração (aumenta a frequência e a força de contração) e sobre os vasos (vasoconstrição). • A via parassimpática atua no controle da frequência cardíaca (reduz frequência e a força) e não atua sobre os vasos. Sistema simpático • As fibras nervosas vasomotoras saem da medula espinal pelos nervos espinais toráxicos e pelo primeiro par de nervos lombares. • Os nervos pré-ganglionares passam pelos gânglios da cadeia simpática, próximos à coluna vertebral. • Seguem para a vasculatura pelos nervos simpáticos e pelos nervos espinais. Inervação simpática dos vasos sanguíneos O sistema simpático tem nervos que se ramificam por todos os vasos, EXCETO: • Metarteríolas; • Esfíncteres pré-capilares; • Capilares; Promove um efeito vasoconstritor • Nas artérias e arteríolas: o que aumenta a resistência e reduz a velocidade do fluxo nos tecidos. • Nas veias: reduz o volume e pode impulsionar o sangue novamente para a circulação (regula o bombeamento). Fibras nervosas no coração Estimulação simpática: aumenta acentuadamente a atividade cardíaca, elevando tanto a frequência quanto a força de contração. Estimulação parassimpática: possui um controle secundário da função cardíaca, promove uma redução da frequência cardíaca e leva uma redução na contratilidade (nervos vagos). Sistema vasoconstritor e seu controle pelo sistema nervoso central O sistema nervoso simpático possui: • Uma grande quantidade de fibras vasoconstritoras (efeitos mais intensos sobre rins, baço, intestinos e pele). • Algumas fibras vasodilatadoras. Sistema vasomotor: área bilateral que controla a pressão arterial, situada no bulbo. Do centro vasomotor partem: • Vias parassimpáticas que se projetam para o coração através dos nervos vagos. • Vias simpáticas que se projetam através da medula para os nervos simpáticos para todas artérias, arteríolas e veias do corpo. Principais áreas: • Área vasoconstritora bilateral: porção ântero-laterais do bulbo superior; • Área vasodilatadora bilateral: porção ântero-inferior do bulbo e se projetam para a parte superior e inibem os centros vasoconstritores. Tônus vascular: é o estado de contração parcial contínuo dos vasos sanguíneos. • É mantido pelo estímulo simpático iniciado no centro vasoconstritor. • O bulbo envia sinais continuamente. • Esses comandos mantém um estado de contração parcial dos vasos. • A anestesia espinal total inibe o tônus vascular, o que reduz a pressão. • A injeção de norepinefrina gera uma elevação aguda na pressão, até ela ser degradada. Controle da atividade cardíaca pelo centro vasomotor O sistema vasomotor também controla a atividade cardíaca, além do sistema vascular. Sistema simpático : libera norepinefrina. Efeitos diretos sobre o coração • Eleva a frequência cardíaca • Eleva a força de contração Efeitos indiretos sobre o coração: • A vaso constrição gera um maior retorno venoso, o que eleva a frequência e a força de contração. Sistema parassimpático: libera acetilcolina Efeitos diretos sobre o coração: • Reduz a frequência cardíaca. • Reduz a força de contração. Diversas regiões podem modular a atividade do centro vasomotor, as principais são: • Hipotálamo: possui papel importante no controle vasomotor, podendo gerar comandos excitatórios ou inibitórios. • Córtex cerebral: pode gerar comandos excitatórios ou inibitórios. Ex: o córtex motor pode enviar sinais excitatórios para o hipotálamo, que , por sua vez, envia comandos para o bulbo. Medulas adrenais e sua relação com o sistema vasoconstritor simpático O estímulo simpático também atua sobre as glândulas adrenais, promovendo a liberação dos hormônios norepinefrina e epinefrina na circulação. • Norepinefrina: gera majoritariamente vasoconstrição nos vasos. • Epinefrina: gera vasoconstrição na maioria dos vasos e vasodilatação em alguns vasos. Ex: coração. Sistema vasodilatador simpático e seu controle pelo SNC • O estímulo simpático também apresenta via vasodilatadora. • É gerada pela epinefrina. • Atua de forma minoritária para o aumento do fluxo sanguíneo durante o exercício. • Pode estar relacionada com o aumento antecipatório do fluxo antes do exercício. Stefany Neves Porto UEMG EFOS I- Fisiologia Síncope vasovagal (desmaio emocional) • Uma condição onde ocorre a ativação do sistema vasodilatador muscular ao mesmo tempo em que ocorre a ativação vagal inibitória no coração. • Ocorre uma queda acentuada da pressão, o que acarreta em desmaio. O papel do sistema nervoso no controle da PA Função mais importante: promover elevação da PA. Para que a elevação da PA ocorra é necessário: • Ativação de todos os mecanismos vasoconstritores e cardioaceleradores. • Inibição das vias inibitórias parassimpáticas. Mecanismos da elevação da PA: 1. Contração das artérias e arteríolas, aumentando a resistência periférica; 2. Contração das veias, gerando um grande retorno. Rapidez do controle nervoso da PA: É o mais rápido de todos os mecanismos de controle pressórico. • Estímulo de aumento: 5 a 10s • Estímulo de inibição: 10 a 40s. Durante o exercício: • Os fatores metabólicos locais elevam grande parte do fluxo. • O aumento adicional é gerado pelo estímulo simpático. • A PA se eleva e o fluxo se eleva para quase o dobro. • Além dos centros vasomotores, também ocorre a ativação das áreas motoras do córtex. Sistema barorreceptor: • Gerado por receptores de estiramento localizados em pontos específicos nas paredes de grandes artérias sistêmicas. • O estiramento das artérias envia sinais aferentes para o centro vasomotor. • O centro vasomotor envia sinais de feedback por meio do sistema nervoso autônomo para reduzir a pressão. • Os barorreceptores são abundantes no seio carotídeo e na parede do arco aórtico. • O estiramento dos barorreceptores gera potenciais de ação aferentes para a região vasomotora do bulbo, desencadeando respostas. Respondem de forma intensa frente a aumentos de pressão, o que gera o aumento da frequência de disparos. Os disparos se acomodam quando a frequência se mantém estável. Reflexo circulatório pelos baroreceptores: • Sinais de aumento do estiramento. • Os sinais aferentes chegam ao trato solitário do bulbo, causando uma resposta de inibição do centro vasoconstritor e a ativação do centro parassimpático. Efeitos finais: vasodilatação das veias e artérias. • Redução da frequência cardíaca, força e contração. • Reflexos circulatório pelos baroreceptores: • Sinais de redução do estiramento. • Estimulação do centro vasoconstritor e a inibição do centro parassimpático. Efeitos finais: Vasoconstrição das veias e artérias. Aumento da frequência cardíaca, força e contração. Os baroreceptores detectam a variação de pressão devido a mudança da postura corporal e desencadeiam uma forte resposta simpática, que mantém a pressão na cabeça em níveis adequados. Controle da PA pelos quimiorreceptores • Quimiorreceptores também estão presentes nos corpos aórticos e carotídeos. • Podem detectar os níveis de O2, CO2 e H+ da corrente sanguínea. • O controle por quimiorreceptores não é muito potente em condições normais, sendo mais atuante em níveis baixos de pressão. Reflexos atriais e das artérias pulmonares • Os átrios e as artérias pulmonares são regiões que apresentam baixos níveis de pressão. • Apresentam receptores de estiramento de baixa pressão em suas paredes. • Detectam, principalmente, alterações de pressão em decorrência de alterações no volume sanguíneo. • Aumentos de pressão nos átrios e nas artérias pulmonares geram reflexos de redução na PA. Reflexos atriais e os rins • A dilatação atrial provoca uma dilatação reflexanas arteríolas aferentes renais. • Inibe a produção de hormônio antidiurético (ADH) na hipófise. • Com o resultado: existe um aumento da filtração glomerular da excreção de líquido, o que reduz o volume de líquido no sangue. (reduz a PA) Reflexo de Bainbridge É um reflexo de elevação da frequência cardíaca pelo aumento na pressão atrial. Ocasionando por 2 fatores: • O estiramento da parede atrial gera uma elevação da frequência cardíaca de 15%. • A ativação dos receptores de estiramento atriais enviam sinais para o bulbo, desencadeando uma resposta simpática. • Tal resposta evita o acúmulo de sangue nos átrios e na circulação pulmonar. Resposta isquêmica do sistema nervoso central • Em eventos de isquemia cerebral, os neurônios do centro vasomotor são ativados diretamente. • Desencadeia um aumento máximo na atividade de bombeamento cardíaco. • A resposta vasoconstritora simpática é muito intensa. • Alguns vasos periféricos são totalmente ocluídos e os rins param de produzir urina. Importância: Stefany Neves Porto UEMG EFOS I- Fisiologia • Atua como um sistema de emergência, quando a PA atinge níveis muito baixos (entre 60 e 15mmHg). • Atua de forma muito rápida e intensa para impedir que o fluxo cerebral se torne muito a baixo do ponto de ser fatal. Reação de cushing • É um tipo especial de resposta isquêmica no SNC, resultante do aumento de pressão no líquido cerebrorraquidiano (LCR), líquido ao redor do cérebro e no interior da caixa craniana. • Quando a pressão no LCR é a mesma que a pressão arterial, os vasos tornam-se bloqueados. • O bloqueio desencadeia a resposta isquêmica do SNC, elevando a PA e desbloqueando os vasos. Papel dos nervos e músculos esqueléticos A atividade muscular pode aumentar o débito cardíaco e a pressão arterial nas seguintes situações: • O reflexo de compressão abdominal, pelo estímulo dos baro e quimiorreceptores, comprime os vasos abdominais e aumenta o retorno venoso. • A contração da musculatura esquelética durante o exercício comprime diretamente os vasos do corpo e aumenta o débito cardíaco e da PA. Ondas respiratórias na pressão arterial Em cada ciclo respiratório a pressão aumenta e diminui de forma ondulante. Tais ondas são decorrentes de: Muitos comandos respiratórios gerados no bulbo extravasam para centros vasomotores. • A pressão negativa da cavidade toráxica, gerada pela respiração, faz com que as veias abdominais se expandam e menos sangue segue ao coração. • Isso gera um aumento na pressão durante o início da inspiração e uma redução no restante do ciclo. Ondas "vasomotoras" da pressão arterial As ondas vasomotoras são frequentemente registradas em registros da PA, são decorrentes do ajuste reflexo dos diferentes sistemas. A- Ondas vasomotoras causadas pelas oscilações da resposta isquêmica do SNC. B- Ondas vasomotoras causadas pelas oscilações do reflexo barorreceptor.
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