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1 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED REGULAÇÃO NERVOSA DA CIRCULAÇÃO E O CONTROLE RÁPIDO DA PRESSÃO ARTERIAL: REGULAÇÃO NERVOSA DA CIRCULAÇÃO: Como discutido no capítulo anterior (17), o ajuste do fluxo sanguíneo tecidual é feito principalmente pelo próprio tecido (mecanismos locais) O Controle Nervoso da Circulação tem funções mais globais o Redistribuição do fluxo sanguíneo para diferentes áreas do corpo o Aumento/diminuição do bombeamento cardíaco o Controle rápido da PA Sistêmica Sistema Nervoso Autônomo principal regulador nervoso do fluxo SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO: Para a regulação da circulação, o componente Simpático é o mais importante do SNA SN Parassimpático contribui, de modo importante, para a função cardíaca. SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO: SN Simpático é Toraco-lombar: Fibras nervosas vasomotoras simpáticas saem da medula espinal pelos nervos espinais torácicos e pelo primeiro ou dois primeiros nervos lombares passam imediatamente para as Cadeias Simpáticas (de cada lado da coluna vertebral) seguem para circulação por 2 vias o Nervos Simpáticos Específicos: inervam vasos das vísceras intestinais e do coração o Segmentos Periféricos dos Nervos Espinhais: vasculatura das periferias INERVAÇÃO SIMPÁTICA DOS VASOS SANGUÍNEOS: Na maioria dos tecidos, todos os vasos, exceto os capilares, são inervados Esfíncteres pré-capilares e metarteríolas são inervados em alguns tecidos (como nos vasos sanguíneos do mesentério) Inervação simpática das Pequenas artérias e Arteríolas permite o aumento da resistência ao fluxo = diminui a velocidade do fluxo pelos tecidos A inervação simpática das Veias possibilita a diminuição de seu volume , o que impulsiona o sangue de volta para o coração, regulando o bombeamento cardíaco As fibras simpáticas também se direcionam diretamente para o coração aumenta acentuadamente a atividade cardíaca, tanto pela frequência quanto pela força e volume de bombeamento (Efeitos Cronotrópico e Inotrópico) INERVAÇÃO PARASSIMPÁTICA: Muito importante em outros sistemas, no Sistema Cardiovascular, o SN Parassimpático possui papel secundário na regulação das funções Efeito mais importante: Controle da frequência cardíaca pelas fibras nervosas parassimpáticas para o coração nos nervos vagos Estimulação parassimpática sobre o coração provoca diminuição da frequência cardíaca e ligeira redução da contratilidade miocárdica 2 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED SISTEMA VASOCONSTRITOR SIMPÁTICO E SEU CONTROLE PELO SNC: Nervos simpáticos contêm muitas fibras vasoconstritoras e apenas algumas vasodilatadoras O efeito vasoconstritor simpático é especialmente intenso nos rins, intestinos, baço e pele (e menos potente nos músculos esqueléticos e cérebro) CENTRO VASOMOTOR: Área bilateral, na Substancia Reticular do Bulbo e no 1/3 inferior da Ponte Transmite impulsos parassimpáticos pelos nervos Vagos para o coração Transmite impulsos Simpáticos pela medula e nervos periféricos para quase todos os vasos do corpo Algumas áreas importantes são: 1. Área Vasoconstritora (bilateral): Partes anterolaterais da metade superior do Bulbo Neurônios originados nesta área distribuem suas fibras por todos os níveis da medula, onde excitam os neurônios vasoconstritores pré-ganglionares do SN Simpático 2. Área Vasodilatadora (bilateral): Partes anterolaterais da metade inferior do Bulbo As fibras desses neurônios se projetam para cima, até a Área Vasoconstritora inibe área vasoconstritora, causando vasodilatação 3. Área Sensorial (bilateral): no Núcleo do Trato Solitário e nas porções posterolaterais do bulbo e da ponte inferior Os neurônios dessa área recebem sinais nervosos sensoriais do sistema circulatório, principalmente por meio dos nervos vago e glossofaríngeo seus sinais ajudam a controlar as atividades das áreas vasoconstritora e vasodilatadora do centro vasomotor, realizando assim o controle “reflexo” de muitas funções circulatórias. Exemplo é o reflexo barorreceptor para o controle da pressão arterial TÔNUS VASCONSTRITOR SIMPÁTICO: Área Vasoconstritora transmite continuamente sinais para as fibras nervosas vasoconstritoras simpáticas em todo o corpo provoca despolarização repetitiva dessas fibras (frequência de meio a 2 impulsos/seg) Despolarização contínua = Tônus Vasoconstritor Simpático estado parcial de contração dos vasos = TÔNUS VASOMOTOR anestesia espinal total bloqueio de toda a transmissão dos impulsos nervosos simpáticos da medula para a periferia pressão arterial caiu de 100 para 50 mmHg, demonstrando o efeito da perda do tônus vasoconstritor em todo o corpo. pequena quantidade do hormônio norepinefrina foi injetada no sangue (a norepinefrina é a principal substância hormonal vasoconstritora secretada pelas terminações das fibras nervosas vasoconstritoras simpáticas) quando o hormônio injetado foi transportado pelo sangue para os vasos sanguíneos, estes novamente se contraíram e a pressão arterial aumentou até nível ainda maior que o normal durante 1 a 3 minutos, até a degradação da norepinefrina. CONTROLE DA ATIVIDADE CARDÍACA PELO CENTRO VASOMOTOR: Controla a constrição vascular e regula a atividade cardíaca Porções laterais: impulsos excitatórios por fibras nervosas simpáticas para o coração quando necessário Porções Mediais: emitem sinais para os núcleos dorsais dos nervos vagos que transmitem impulsos parassimpáticos pelos nevos vagos para o coração 3 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED Centro vaso motor pode aumentar e diminuir a frequência e força de contração cardíaca CONTROLE DO CENTRO VASOMOTOR POR CENTROS NERVOSOS SUPERIORES: Substância Reticular da Ponte, do Mesencéfalo e do Diencéfalo pode excitar/inibir o Centro Vasomotor o Neurônios mais laterais e superiores excitação o Neurônios nas porções mais mediais e inferiores inibição Hipotálamo: participação especial no controle do sistema vasoconstritor potentes efeitos excitatórios e inibitórios sobre o CVM (Centro Vasomotor) o Porções posterolaterais: excitação o Porção anterior: excitação e inibição leves Córtex Cerebral: muitas partes podem excitar/inibir o CVM o Córtex Motor excita o CVM por impulsos descendentes transmitidos ao Hipotálamo o Lobo Temporal Anterior o Áreas Orbitais do Córtex Frontal o parte anterior do Giro Cingulado, da Amigdala, do Septo e do Hipocampo MEDULAS ADRENAIS E SUA RELAÇÃO COM O SISTEMA VASOCONSTRITOR SIMPÁTICO: Além de serem transmitidos aos vasos sanguíneos, os impulsos simpáticos também são transmitidos para as medulas adrenais provocando secreção de Epinefrina e Norepinefrina no sangue = transporte desses hormônios para todo o corpo, onde agem diretamente sobre os vasos sanguíneos o Geralmente provocam vasoconstrição, exceto em alguns tecidos, onde a NE possui efeito beta-adrenérgico Norepinefrina = principal substância secretada pelas terminações nervosas dos nn vasoconstritores atua sobre os receptores alfa-adrenérgicos da musculatura vascular Sistema Vasodilatador Simpático: Os nervos simpáticos para os músculos esqueléticos contêm fibras vasodilatadoras além das constritoras. A principal área do cérebro que controla esse sistema é o hipotálamo anterior. não parece ter um papel importante no controle da circulação nos seres humanos não afeta a capacidade dos músculos de controlar o próprio fluxo sanguíneo em muitas condições fisiológicas experimentos sugerem que o sistema vasodilatador simpático provoca a vasodilatação inicial nos músculos esqueléticos no início do exercício, para permitir um aumento antecipatório do fluxo sanguíneo antes que os músculos precisem de nutrientes adicionais. existeevidência de que a resposta vasodilatadora “simpática” nos músculos esqueléticos pode ser mediada pela epinefrina circulante, que estimula os receptores beta-adrenérgicos, ou pelo óxido nítrico liberado pelo endotélio vascular, em resposta à estimulação pela acetilcolina. Desmaio Emocional — Síncope Vasovagal. Reação vasodilatadora interessante que ocorre em pessoas que apresentam intensos distúrbios emocionais, os quais provocam desmaio. Nesse caso, o sistema vasodilatador muscular fica ativado, e ao mesmo tempo o centro vagal cardioinibitório transmite fortes sinais para o coração, diminuindo, de modo acentuado, a frequência cardíaca. A pressão arterial cai rapidamente, o que reduz o fluxo sanguíneo para o cérebro, fazendo com que o indivíduo perca a consciência. Esse efeito global é chamado síncope vasovagal. O desmaio emocional se inicia com pensamentos perturbadores no córtex cerebral. A via segue, provavelmente, para o centro vasodilatador do hipotálamo anterior, próximo aos centros vagais do bulbo, para o coração, pelos nervos vagos e também pela medula espinal para os nervos simpáticos vasodilatadores dos músculos. PAPEL DO SISTEMA NERVOSO NO CONTROLE RÁPIDO DA PRESSÃO ARTERIAL: um dos papeis mais importantes do sistema nervoso no controle da pressão arterial é o de provocar aumentos rápidos (5 a 10 segundos – duplica a PA) da mesma através da ativação dos mecanismos vasoconstritores e cardioaceleradores do SNS associados à inibição dos sinais parassimpáticos vagais para o coração ao contrário: a inibição súbita da estimulação cardiovascular pode reduzir a PA até a metade da normal em 10 a 40 segundos contração da grande maioria das arteríolas da circulação sistêmica aumento da resistência vascular periférica total = aumento da PA contração das veias desloca sangue para fora dos grandes vasos em direção ao coração = aumentando o volume nas câmaras cardíacas, o estiramento miocárdico, a força de contração e a quantidade de sangue ejetado na sístole estimulação direta do coração pelo SNA, aumentando o bombeamento cardíaco aumento tanto cronotrópico quanto inotrópico AUMENTOS DA PA DURANTE EXERCÍCIO MUSCULAR E OUTRAS FORMAS DE ESTRESSE: podem excitar ou inibir o centro vasomotor dependendo da região estimulada e da intensidade do estimulo 4 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED Durante exercício intenso, os músculos precisam de maior aporte sanguíneo (aumento do fluxo) o vasodilatação local decorrente do aumento do metabolismo das células musculares o elevação da PA pela estimulação simpática durante o exercício O aumento da PA durante o exercício resulta, em sua maior parte, dos efeitos do sistema nervoso. Ao mesmo tempo em que as áreas motoras do cérebro são ativadas para produzir o exercício, a maior parte do sistema de ativação reticular do tronco cerebral é também ativada, aumentando, de forma acentuada, a estimulação das áreas vasoconstritoras e cardioaceleradoras do centro vasomotor. Esses efeitos aumentam, instantaneamente, a pressão arterial para se adequar à maior atividade muscular. o exercício vigoroso = aumento da PA de 30-40% quase dobra o fluxo sanguíneo Outros tipo de estresse que produz aumento da PA é o medo extremo (reação de alarme), MECANISMOS REFLEXOS PARA MANUTENÇÃO DA PA NORMAL: Existem muitos mecanismos subconscientes de controle nervoso que participam da manutenção da PA em valores normais e quase todos são mecanismos reflexos de feedback negativo. SISTEMA BARORRECETOR DE CONTROLE DA PA - REFLEXOS BARORRECEPTORES: Desencadeado por receptores de estiramento localizados em pontos específicos das paredes de grandes artérias sistêmicas O aumento da PA estira os barorreceptores que transmitem sinais ao SNC SNC envia sinais de feedback pelo SNA para a circulação a fim de reduzir a PA para seu nível normal Barorreceptores: são terminações nervosas em buquê nas paredes de algumas artérias. o Carótida Interna pouco acima da bifurcação carotídea = Seio Carotídeo o Arco Aórtico mecanismo de feedback dos barorreceptores funciona com maior eficácia na faixa de pressão em que ele é mais necessário. o Barorreceptores Carotídeos: pressões acima de 60mmHg com resposta máxima em 180mmHg o Barorreceptores Aórticos: Atuam sob pressão ~30mmHg mais elevada: ~100mmHg e mesmo pequena alteração causa forte variação do sinal barorreflexo Barorreceptores respondem com muito mais rapidez às variações da pressão do que à pressão estável Sistema de Tamponamento Pressórico = se opõe aos aumentos ou diminuições da PA sua função primária consiste em reduzir a variação minuto a minuto da PA para 1/3 da que seria se esse sistema não existisse. Barorreceptores Carotídeos nervos de Hering nn Glossofaríngeos na região cervical superior Núcleo do Trato Solitário (no bulbo) Barorreceptores Aórticos nn Vagos mesmo núcleo (núcleo do trato solitário) Depois que os sinais dos barorreceptores chegaram ao núcleo do trato solitário, sinais secundários inibem o centro vasoconstritor bulbar e excitam o centro parassimpático vagal. Causando: o vasodilatação das veias e das arteríolas em todo o sistema circulatório periférico; o diminuição da frequência cardíaca e da força da contração cardíaca. Desse modo, a excitação dos barorreceptores por altas pressões nas artérias provoca a diminuição reflexa da pressão arterial devido à redução da resistência periférica e do débito cardíaco. Ao contrário, a baixa pressão provoca a elevação reflexa da pressão de volta ao normal. Atenuam as variações da PA durante as mudanças da postura corporal a PA na cabeça e parte superior do corpo tende a diminuir quando uma pessoa muda da posição deitada ou sentada para posição de ortostática, o que pode gerar tontura e até perda transitória de consciência. No entanto, o barorreflexo imediato resulta em forte descarga simpática que minimiza a queda pressórica. Barorreceptores e a Regulação a Longo Prazo da PA: Possuem atuação majoritariamente aguda na regulação da PA 5 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED pouco importantes no controle crônico pois tendem a se reprogramar para o nível da PA a qual estão expostos após 1-2 dias = atenua a potência dos barorrecptores como sistema de controle para a correção de distúrbios que tendem a alterar a PA por períodos mais longos que poucos dias. por outro lado, há a teoria de que os barorreceptores não se reprogramam de forma total, podendo, assim, contribuir para a regulação a longo prazo da PA especialmente por influenciarem a atividade nervosa simpática nos rins. Ex.: durante elevações prolongadas na PA, os reflexos barorreceptores podem mediar diminuições da atividade nervosa simpática renal que promove a excreção aumentada de sódio e água, o que, por sua vez, causa diminuição gradual do volume sanguíneo e ajuda a restaurar a pressão ao normal. - Assim, a regulação a longo prazo da PAM pelos barorreceptores necessita de interação com sistemas adicionais, principalmente com o sistema de controle rim- líquidos corporais-pressão (juntamente com seus mecanismos nervosos e hormonais) SISTEMA QUIMIORRECEPTOR DE CONTROLE DA PA – EFEITOS DA CONCENTRAÇÃO DE O2: sistema intimamente relacionado ao sistema de barorreflexo Quimiorreceptores: células sensíveis ao baixo nível de O2 e ao excesso de CO2 e de íons Hidrogênio Situados em diversos pequenos órgãos quimiorreceptores Corpos Carotídeos (2 na bifurcação de cada a. Carótida Comum) e Corpos Carotídeos (3 adjacentes à Aorta) Excitam fibras nervosas que, junto com as fibras barorrecptoras, passam pelos nn de Hering e Vagos em direção ao Centro Vasomotor Cada corpo carotídeo e aórtico recebe uma artéria nutriente a fim de manterem contato íntimoe contínuo com o sangue arterial a redução da PA acarreta em menor perfusão desses receptores que detectam a baixa []de O2 e o acúmulo de CO2 e H+. Sinais emitidos pelos quimiorreceptores excitam o centro vasomotor que gera a elevação da PA de volta ao normal O Reflexo Quimiorreceptor NÃO é controlador potente da PA até que esta caia abaixo de 80mmHg Têm participação mais significativa no controle da PA em relação ao Controle Respiratório REFLEXOS ATRIAIS E DAS ARTÉRIAS PULMONARES: 1) Receptores de Baixa Pressão: presentes nos átrios e paredes das artérias pulmonares semelhantes ao receptores de estiramento (barorreceptores) das grandes artérias sistêmicas Papel importante na minimização das variações da PA em resposta às alterações do volume sanguíneo Exemplo: se 300 mL de sangue forem subitamente infundidos em um cão com todos os receptores intactos, a PA se eleva por apenas cerca de 15 mmHg.Se os barorreceptores arteriais forem desnervados, a pressão se eleva por cerca de 40 mmHg. Se os receptores de baixa pressão também forem desnervados, a pressão arterial se eleva por cerca de 100 mmHg. Apesar de não serem capazes de detectar a PA Sistêmica, detectam elevações nas áreas de baixa pressão da circulação, causadas pelo aumento do volume sanguíneo. 2) Reflexo de Volume: O estiramento dos átrios também provoca dilatação reflexa significativa das arteríolas aferentes renais + sinais transmitidos simultaneamente dos átrios para o hipotálamo, para diminuir a secreção de hormônio antidiurético (HAD) a resistência arteriolar aferente diminuída nos rins provoca a elevação da pressão capilar glomerular, com o resultante aumento da filtração de líquido pelos túbulos renais. A diminuição do HAD reduz a absorção de água dos túbulos e a combinação desses dois efeitos — aumento da filtração glomerular e diminuição da reabsorção de líquido — aumenta a perda de líquido pelos rins e reduz o volume sanguíneo aumentado de volta aos valores normais. o estiramento atrial, causado pelo aumento do volume sanguíneo, desencadeia também efeito hormonal nos rins — a liberação do peptídeo natriurético atrial — que contribui ainda mais para a excreção de líquido na urina e a normalização do volume sanguíneo. Todos esses mecanismos que tendem a normalizar o volume sanguíneo, após sobrecarga, atuam indiretamente como controladores de pressão porque o excesso do volume aumenta o débito cardíaco e provoca elevação da pressão arterial. 3) Reflexo de Bainbridge ou Reflexo Atrial de Controle da Frequência Cardíaca: aumento da pressão atrial devido ao aumento da FC causado em parte pelo efeito direto do aumento do volume atrial que estira o nódulo sinusal (aumenta até 15% a FC) 40 a 60% do aumento da FC é causado pelo Reflexo de Bainbridge receptores de estiramento nos átrios transmitem sinais reflexos pelos nervos vagos para o bulbo sinais eferentes voltam para o coração pelos nn vagos e simpáticos, aumentando a FC e força de contração 6 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED Ajuda a impedir o acumulo de sangue nas veias, átrios e circulação pulmonar RESPOSTA ISQUÊMICA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL: Controle da PA pelo Centro Vasomotor em resposta à diminuição do Fluxo Sanguíneo Cerebral O controle nervoso da PA é realizado majoritariamente por reflexos originados nos diversos tipos de receptores distribuídos pela circulação periférica, ou seja, fora do cérebro Em caso de isquemia (diminuição do fluxo sanguíneo) do SNC (TE e encéfalo), os neurônios vasoconstritores e cardioaceleradores no CVM respondem de modo direto, provocando a elevação máxima possível da PA e do bombeamento cardíaco. Resposta Isquêmica do SNC = aumento da PA e elevada estimulação do centro vasomotor simpático no bulbo em resposta ao acúmulo de CO2, H+ (decorrente da estase sanguínea e hipoperfusão), formação de ácido lático e outras substâncias ácidas. Pode elevar a PAM a níveis muito altos (250mmHg) em até 10 minutos O grau de vasoconstrição simpática, causado pela intensa isquemia cerebral, é com frequência tão elevado que alguns dos vasos periféricos ficam quase ou totalmente obstruídos. Ex.: os rins muitas vezes interrompem de forma total a produção de urina, devido à constrição arteriolar renal em resposta à descarga simpática. Portanto, a resposta isquêmica do SNC é um dos mais importantes ativadores do sistema vasoconstritor simpático. Apesar da intensidade da resposta isquêmica do SNC, esta NÃO é um dos mecanismos normais de regulação da PA uma vez que, para ocorrer, depende de quedas demasiadas da PA (maior grau de estimulação sob pressões de 15-20mmHg) Dessa forma, é atua como um Sistema de Emergência de Controle da PA age muito rápido e com muita intensidade = “ultima cartada do corpo” Reação de Cushing: É um tipo especial de resposta isquêmica do SNC resulta do aumento da pressão do líquor ao redor do cérebro. Exemplo: quando a pressão do LCR aumenta até se igualar à pressão arterial, ocorre a compressão de todo o cérebro, bem como de suas artérias, bloqueando o suprimento sanguíneo cerebral. Isso inicia a resposta isquêmica do SNC que provoca elevação da pressão arterial. Quando a pressão arterial aumenta até ficar maior que a pressão do LCR, o sangue passa novamente a fluir pelos vasos cerebrais, aliviando a isquemia. Usualmente, a pressão sanguínea atinge novo nível de equilíbrio ligeiramente maior que a pressão do LCR, permitindo o restabelecimento do fluxo sanguíneo pelo encéfalo. A reação de Cushing ajuda a proteger os centros vitais do encéfalo da perda de nutrição, nos casos em que a pressão do LCR se eleva o suficiente para comprimir as artérias cerebrais. CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS DOCONTROLE NERVOSO DA PA: PAPEL DOS NERVOS E MÚSCULOS ESQUELÉTICOS NO AUMENTO DO DÉBITO CARDÍACO E DA PA: Embora a maior parte do controle nervoso rápido da circulação seja feito pelo SNA, os nervos e músculos esqueléticos têm papel importante em algumas situações. 1. Reflexo da Compressão Abdominal Quando é produzido o reflexo barorreceptor ou quimiorreceptor, sinais nervosos são transmitidos ao mesmo tempo pelos nervos esqueléticos para os músculos esqueléticos do corpo, em especial para os músculos abdominais. A contração muscular provoca a compressão de todos os reservatórios venosos do abdome, aumentando o volume de sangue que o coração recebe para bombear (retorno venoso). Essa resposta geral é chamada de reflexo da compressão abdominal. O efeito resultante sobre a circulação é o mesmo causado pelos impulsos vasoconstritores simpáticos ao comprimirem as veias: aumento do débito cardíaco e da pressão arterial. 2. Contração muscular durante exercício Quando os músculos esqueléticos se contraem durante o exercício, comprimem os vasos sanguíneos em todo o corpo. Até mesmo a antecipação do exercício enrijece os músculos, comprimindo assim os vasos nos músculos e no abdome. Essa compressão transloca o sangue dos vasos periféricos para o coração e os pulmões = aumento do débito cardíaco. Esse efeito é essencial como ajuda para aumentar por 5-7x o débito cardíaco, como ocorre às vezes durante o exercício muito intenso. O aumento do DC é essencial para o aumento da pressão arterial durante o exercício que, em geral, se eleva da média normal de 100 mmHg para 130 a 160 mmHg. 7 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED ONDAS RESPIRATÓRIAS NA PRESSÃO ARTERIAL: Em cada ciclo respiratório, a pressão arterial usualmente aumenta e diminui por 4 a 6 mmHg, de forma ondulante = ondas respiratórias da pressão arterial. As ondas respiratórias resultam de vários efeitos diferentes, alguns tendo natureza reflexa, como os seguintes: 1. Muitos dos “sinais respiratórios”, produzidos pelo centro respiratóriodo bulbo, “extravasam” para o centro vasomotor a cada ciclo respiratório. 2. A cada inspiração, a pressão na cavidade torácica fica mais negativa, fazendo com que os vasos sanguíneos no tórax se expandam. Isso reduz a quantidade de sangue que retorna para o lado esquerdo do coração, e, assim, diminui momentaneamente o débito cardíaco e a pressão arterial. 3. As variações da pressão causadas nos vasos torácicos pela respiração podem excitar receptores de estiramento vasculares e atriais. Embora seja difícil analisar as relações exatas de todos esses fatores causadores das ondas respiratórias da pressão, o resultado final durante a respiração normal é, em geral, aumento da pressão arterial durante a parte inicial da expiração e diminuição no restante do ciclo respiratório. Durante a respiração profunda, a pressão sanguínea pode aumentar e reduzir por até 20 mmHg em cada ciclo respiratório. ONDAS “VASOMOTORAS” DA PRESSÃO ARTERIAL: Oscilação dos Sistemas de Controle Reflexo da Pressão Ondas vasomotoras ou de Mayer= ondas muito maiores (10 a 40mmHg) e lentas que as ondas respiratórias cada ciclo varia de 7 a 10 segundos no ser humano não anestesiado. Ocorrem devido à “oscilação reflexa” de um ou mais mecanismos nervosos de controle da pressão, descritos a seguir. OSCILAÇÃO DOS REFLEXOS BARORRECEPTOR E QUIMIORRECEPTOR: As ondas vasomotoras são causadas, em sua maior parte, por oscilação do reflexo barorreceptor. o a alta pressão excita os barorreceptores; isso inibe o sistema nervoso simpático e reduz a pressão alguns segundos depois a diminuição da pressão reduz a estimulação de barorreceptores e permite que o centro vasomotor fique de novo ativo, elevando a pressão. o essa pressão elevada inicia outro ciclo, e a oscilação se mantém O reflexo quimiorreceptor também pode oscilar, gerando o mesmo tipo de ondas e, em geral, oscila ao mesmo tempo que o reflexo barorreceptor. Provavelmente, ele desempenha o papel principal na geração das ondas vasomotoras, quando a pressão arterial está na faixa entre 40 e 80mmHg, porque nesses baixos valores o controle da circulação pelos quimiorreceptores circulatórios torna-se potente, enquanto o controle pelos barorreceptores está mais fraco. OSCILAÇÃO DA RESPOSTA ISQUÊMICA DO SNC: O registro na Figura 18-10A resultou da oscilação do mecanismo de controle isquêmico da pressão pelo SNC pressão do LCR foi elevada para 160mmHg, o que comprimiu os vasos cerebrais e iniciou a resposta da pressão isquêmica do SNC para 200 mmHg. Quando a pressão arterial atingiu esse valor elevado, a isquemia cerebral foi aliviada, e o sistema nervoso simpático foi inativado. Como resultado, a pressão arterial caiu rapidamente para valor muito mais baixo, provocando de novo isquemia cerebral. Esta, por sua vez, iniciou nova elevação na pressão. A isquemia foi novamente aliviada, e a pressão caiu mais uma vez. Essa resposta se repetiu de forma cíclica enquanto a pressão do LCR permaneceu elevada. Desse modo, qualquer mecanismo reflexo de controle da pressão pode oscilar se a intensidade do feedback for forte o suficiente e se houver retardo entre a excitação do receptor de pressão e a subsequente resposta pressórica. As ondas vasomotoras demonstram que os reflexos nervosos que controlam a pressão arterial obedecem aos mesmos princípios aplicáveis aos sistemas mecânicos e elétricos de controle. Ex.: se a resposta do feedback for muito intensa no mecanismo de direção do piloto automático de um avião, e também houver retardo no tempo de resposta desse mecanismo, o avião oscilará para lá e para cá, em vez de seguir um curso retilíneo.
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