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Leishmanioses MSC. TÁRSIS HÉBER CUIDADO INTEGRAL AO PACIENTE NAS DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS Vetor O vetor das Leishmanioses são os mosquitos da família Phlebotomidae. Apenas as fêmeas são hematófagas. Lutzomyia sp. Ciclo Biológico Leishmania sp. Uma das formas celulares encontradas no ciclo da Leishmania sp. é a forma promastígota. Ela é caracterizada pela forma alongada e cinetoplasto anterior ao núcleo. Leishmania sp. A forma arredondada amastígota é encontrada nos macrófagos do hospedeiro vertebrado Leishmaniose Tegumentar Americana Leishmaniose Tegumentar Americana O vetor da LTA são os mosquitos do gênero Lutzomyia As ulcerações na pele se iniciam no local da ferida da seguinte forma: Reação inflamatória Necrose da epiderme Formação de úlcera-crostosa Perda da crosta A ferida é caracterizada Úlcera circular; Bordas altas; Fundo granuloso de coloração vermelha intensa; Coberta por exsudato seroso. Leishmaniose Tegumentar Americana Forma cutânea Úlcera-de-Bauru, ferida-brava, espúndia (L. braziliensis): Ulcerações em pequeno número limitadas à derme; Podem ser de tamanho grande. Pian-bois (L. guyanensis): Podem gerar metástase. (L. amazonensis): Geram úlceras únicas e limitadas Leishmaniose Tegumentar Americana Estágio inicialLesão úlcero-crostosa da pele. Leishmaniose Tegumentar Americana Leishmaniose Tegumentar Americana Leishmaniose Mucocutânea Também é conhecida como nariz-de-anta. As lesões cutâneas podem gerar lesões secundárias nas mucosas, caracterizando a Leishmaniose mucocutânea; Leishmaniose Mucocutânea Pode afetar a deglutição e a respiração; As lesões apresentam odor fétido e podem se alastrar para: • Nariz, • Palato, • Faringe, • Laringe, • Tecidos com mucosa. Leishmaniose Cutânea Difusa As lesões múltiplas são causadas por metástase. Não provoca úlceras, mas numerosas lesões papilares; Provocada por L. amazonensis, é desenvolvida em 40% dos casos; Leishmaniose Cutânea Difusa Leishmanioses Tegumentares Americanas Diagnóstico: Clínico: características da lesão Laboratorial: Esfregaços corados Testes histopatológic os Cultura e inoculação Teste imunológico: Teste de Montenegro Leishmanioses Tegumentares Americanas Tratamento: Glucantime® – antimonial (antimônio, 51 na tabela periódica): via intramuscular. Taxa de cura em torno de 70%. Azitromicina – via oral, sem efeitos colaterais e capaz de curar 85% dos casos. Leishvacin® – via sub-cutânea ou intra-muscular. Taxa de cura entre 76 a 95% dos casos. Profilaxia (prevenção da doença) A medida mais eficaz ainda é a prevenção pessoal, como o uso de repelentes e mosquiteiros; Leishmaniose Tegumentar do Velho Mundo Leishmaniose Tegumentar do Velho Mundo • L. tropica • L. major • L. aethiopica É semelhante à LTA, mas causada por espécies diferentes: O homem é considerado o único hospedeiro Há vacinação, mas esta não é consenso entre a comunidade científica. É transmitida por mosquitos do gênero Phlebotomus Leishmaniose Visceral (Calazar) Leishmaniose Visceral (Calazar) Também conhecida como Kalazar ou Calazar, foi descrita na Índia por William Leishman em 1903; Nas Américas, a espécie causadora é a L. chagasi; É responsável pela morte de aprox. 60.000 pessoas por ano no mundo; Se não tratada, tem alto grau de mortalidade. Leishmaniose Visceral (Calazar) A região Nordeste é a de maior incidência da doença; No país, são estimados aprox. 3.100 casos/ano, cerca de 85% dos casos da América Latina; 90% dos casos são limitados à Índia, Bangladesh, Sudão, Nepal e Brasil. Leishmaniose Visceral (Calazar) n No Brasil, os cães são o principal reservatório do Calazar. n Outros canídeos e gambás também podem participar do ciclo. Leishmaniose Visceral (Calazar) n É uma doença infecciosa sistêmica de evolução crônica; n A temperatura ótima para o parasita é de 37o C; n As formas amastígotas invadem também as células da medula óssea, baço, fígado e linfonodos; n Pode não se manifestar, com recuperação espontânea. Célula óssea infectada por Leishmania sp. Leishmaniose Visceral (Calazar) Transmissão: Ocorre primariamente pela picada desapercebida da fêmea do mosquito Lutzomyia longipalpis; Uso de drogas injetáveis; Transfusão de sangue; Placentária: é rara e pode estar relacionada ao contato do bebê com o sangue materno na hora do parto. Leishmaniose Visceral (Calazar) Patologia: Esplenomegalia Hepatomegalia Alterações nos rins Anemia Aumento dos linfonodos Alterações nos pulmões Descamação da pele e queda de cabelos FÍGADO BAÇO Leishmaniose Visceral (Calazar) A esplenomegalia, a hepatomegalia e as alterações da medula óssea são devidas à.. ..hiperplasia e hipertrofia do sistema macrofágico, que vão comprimindo e substituindo as estruturas normais. Quadro Clínico Pode ser assintomática A forma sintomática pode ser abrupta ou gradual: Febre intermitente Palidez das mucosas; Abdômen globoso; Diarréia; Tosse seca; Óbito por parasitose ou infecções secundárias. Na forma abrupta ou em pacientes com HIV, pode ocorrer óbito antes dos sintomas. Leishmaniose Visceral (Calazar) Leishmaniose Visceral (Calazar) Forma assintomática: Forma Aguda Período inicial da doença; Muito confundida com malária, febre tifóide, etc...; Hepato e esplenomegalia. Febre baixa, tosse seca, diarréia, sudorese; Pode haver cura espontânea; Forma crônica Calazar clássico Debilitante e imunodepressivo Febre irregular; Hepato e esplenomegalia; Ascite; Dores musculares; Cefaléia. Leishmaniose Visceral (Calazar) • Ocorre após o tratamento visceral (5 meses a 5 anos depois); • Nódulos na face, tronco e membros; • Hipopigmentação; • Tratamento longo; • Parasitismo cutâneo intenso. Leishmaniose dérmica pós-calazar: Leishmaniose Visceral (Calazar) Laboratorial: Imunológicos: Leucocitose; Punção de medula óssea do esterno, pouco utilizada; Esfregaços de medula óssea, baço, linfonodos e fígado. Clínico: baseados nos sintomas Diagnóstico Leishmaniose Visceral (Calazar) Tratamento Glucantime Via endovenosa ou intramuscular; Miltefosine Criada no ano 2000; Tratamentos inespecíficos Tratamento dos sintomas secundários; Leishmaniose Visceral (Calazar) • Combater os flebotomíneos vetores da infecção, aplicando inseticidas de ação residual nas casas e nos anexos, bem como nos abrigos de animais domésticos; • Tratar todos os doentes, inclusive os assintomáticos; • Eliminar os cães sorologicamente positivos e os cães errantes; • Manter um serviço permanente de avaliação desse controle a curto e a longo prazo. Profilaxia:
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