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Sistema Respiratório, Excretor e Nervoso

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Estrutura e Função Animal 
Bexiga Natatória/ Bexiga de Ar 
 Grande saco de paredes flexíveis e impermeáveis aos gases que ocupa a região dorsal (logo abaixo da 
coluna espinhal) do corpo dos peixes ósseos (existem 27.000). 
 Atua como um órgão hidrostático, com a função de facilitar o nado e a permanência do peixe a uma 
determinada profundidade. 
 Ajusta a relação de pressão interna do peixe à pressão externa através da expansão ou contração das suas 
paredes. Podemos dizer que a bexiga natatória funciona como uma bóia que facilita a flutuação. 
 Está em contato com o sangue do peixe. Assim, ela pode receber gases (Gás carbônico, Nitrogênio e 
principalmente oxigênio, a concentração destes, vai variar de espécie para espécie). 
 Oxigênio: A partir do sangue que foi oxigenado nas brânquias para aumentar seu volume e pressão interna. 
Para fazer o contrário, a bexiga cede os gases para o sangue, diminuindo seu tamanho e baixando a sua 
pressão. O peixe abre a boca e engole água, que é filtrado através das brânquias. Assim, o O2 passa para o 
corpo e é armazenado na bexiga natatória, para ser usado quando necessário. Quando a bexiga natatória de 
um peixe expande-se, torna-o menos denso, permitindo, assim, que ele suba em direção à superfície da 
água. 
 Essas proporções dependem da profundidade em que os peixes estão ou vivem. Em águas rasas, a 
composição é muito próxima a da atmosfera e em águas mais profundas, a percentagem do oxigênio 
aumenta. 
 Em algumas espécies de peixes, principalmente de água-doce, a bexiga natatória encontra-se ligada ao 
labirinto do ouvido interno (emissão e recepção de sons). 
 Desvantagem da bexiga: ela proíbe a subida rápida do animal dentro da coluna de água, sob o risco daquele 
órgão rebentar. Esses peixes, sem ter tempo de modificar a quantidade de gases no interior da bexiga, 
podem "explodir". 
 O peixe está em equilíbrio ou em flutuabilidade neutra apenas a uma profundidade específica. Se nadar 
abaixo dessa profundidade, a bexiga será comprimida pelo aumento da pressão na água, a flutuabilidade 
diminuirá e o peixe precisará nadar ativamente para evitar que afunde mais. 
 Alguns peixes que vivem no fundo (peixes demersais bentônicos) são desprovidos de bexigas natatórias; 
menor quantidade de óleos no fígado. 
 Os peixes cartilaginosos também não possuem bexiga natatória. Assim, o tubarão, por exemplo, controla 
sua posição na água somente pelo seu constante nado (esses animais utilizam seu fígado para promover 
tal flutuabilidade, maior quantidade de óleos no fígado). 
 A bexiga natatória é formada a partir de uma evaginação do trato digestivo. Os peixes que possuem uma 
ligação entre a bexiga e o esôfago (ducto pneumático) são chamados de fisóstomos (esses peixes 
conseguem encher a bexiga respirando ar na superfície e joga o oxigênio (bolhas) na superfície), enquanto 
os que não possuem essa ligação são chamados de fisóclistos (possuem uma glândula de gás que lhes 
permite retirar oxigênio do sangue, através de uma grande rede de capilares que recobre a bexiga 
natatória). 
 Na realidade o aumento de pressão serve como gatilho para que a glândula de gás produza acido lático que 
é enviado aos capilares que formam a rete mirabile. O ácido reduz o pH do sangue nesta região, fazendo 
com que as ligações que mantêm unidas as moléculas de hemoglobina e oxigênio se enfraqueçam e se 
rompam, deixando o gás disponível na forma livre. O aumento das concentrações de oxigênio livre faz com 
que se estabeleça um gradiente de difusão a favor da entrada deste gás na bexiga natatória, compensando 
assim o aumento da pressão externa sobre o organismo. 
 
 
 
Em cativeiro, é possível que os peixes sofram com a infecção deste órgão vital (é essencial que o peixe seja 
separado dos demais para evitar o contágio, ou para reduzir seu estresse). 
 
Sistema Respiratório 
Pulmões: caramujos terrestres, alguns peixes, mamíferos (o volume pulmonar é quase proporcional ao volume 
do corpo, mas o tamanho alveolar varia com a taxa metabólica), aves (siringe – som), repteis (1 câmara ou 
varias) e anfíbios (na fase adulta pulmões e cutânea e girino = branquial, menos a salamandra que mantém as 
brânquias pelo resto da vida). 
Brânquias: artrópodes marinhos, peixes em geral, moluscos, crustáceos e anelídeos aquáticos. Dobras do 
tecido rico em vasos, que trocam gases com a água. 
Traqueias (Respiração traqueal): insetos, quilópodes, diplópodes e aracnídeos (artrópodes) dutos que saem da 
lateral do corpo e distribuem o ar por todo o organismo. Nos aracnídeos (aranha, escorpião), as filotraqueias 
levam o oxigênio para o sangue. 
Respiração cutânea: Nos demais invertebrados (platelmintos, nematódeos, anelídeos e anfíbios), as trocas de 
gases ocorrem por difusão, pela pele. 
 
Respiração Interna: o intercâmbio gasoso entre as células e seu meio líquido. 
Respiração Externa: a absorção do O2 e a remoção do CO2 do organismo como um todo. 
 
Brânquias 
Troca de 02 e CO2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 No desenvolvimento embrionário, são encontradas fendas branquiais na região faríngea desses animais, 
geralmente em número de sete, sendo que nos vertebrados superiores, que respiram por pulmões, essas 
fendas desaparecem após esse período. Já no caso dos peixes, por exemplo, os arcos branquiais originam as 
brânquias funcionais dos adultos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Peixes pulmonados 
Em geral, nos peixes a respiração é branquial. As brânquias têm por função retirar o oxigênio dissolvido na 
água. A circulação é fechada, simples e o coração é totalmente venoso, exceto nos dipnóicos (peixes 
pulmonados), cuja circulação é dupla e incompleta. 
Nos dipnóicos ou peixes pulmonados, apesar de possuírem brânquias, a bexiga natatória encontra-se 
modificada de forma a assumir as funções de um pulmão, muito semelhantes aos dos anfíbios, permitindo que 
o animal retire oxigênio da atmosfera (oxigênio atmosférico). Nestes peixes, a membrana da bexiga natatória é 
vascularizada e permite a realização de trocas gasosas entre o ar presente no interior e o sangue 
 
Na América do Sul, quando chega a estação seca, os dipnóicos enterram-se na lama, permanecendo aí 
dormentes, até que o nível de água suba outra vez. 
Os dipnóicos africanos também escavam buracos na lama, mas cobrem o seu corpo com uma secreção 
mucosa, que, ao secar, forma uma espécie de casulo, que protege o peixe até que os níveis de agua voltem a 
subir. 
Vários estudos demonstram que, durante estes períodos de dormência (Lepidosireniformes), o metabolismo 
dos peixes pulmonados diminui bastante, ao ponto deles apenas necessitarem de oxigênio para sobreviver. O 
mais espantoso é que algumas espécies podem sobreviver cerca de dois anos nestes condições. 
Atualmente, existem seis espécies de peixes da ordem dos dipnóicos. 
- 4 espécies: Protopterus (Africanos) 
- Piramboia (Bacia Amazônica) 
- Neoceratodus forsteri (Austrália) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nos peixes, a água entra pela boca, segue em direção aos filamentos branquiais e passa pelas lamelas 
secundárias, onde ocorrem as trocas gasosas. O fluxo de sangue em cada lamela segue em direção o posta à 
direção da água que a banha. Esse fluxo em contracorrente garante a perfeita oxigenação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A lamela é uma estrutura fina e achatada, frequentemente encontrada muito próximas umas às outras. Além 
de aparecerem nos órgãos respiratórios, também são encontradas em outras funções biológicas, como na 
alimentação por filtragem, nas superfícies aderentes de lagartixas e nas membranas do cloroplasto, no qual 
uma alta permeabilidade é importante.Órgãos anexos 
Anfíbios: Fígado e pâncreas 
Aves: Glândulas salivares, cecos intestinais, fígado e pâncreas 
Mamíferos: Glândulas salivares, cecos intestinais, fígado e pâncreas 
Os três possuem: faringe, esôfago, estomago, intestino delgado e intestino grosso; pâncreas e fígado. 
Aves: papo, proventrículo e moela entre o esôfago e intestino delgado. 
Aves e mamíferos: glândulas salivares e cecos intestinais 
 
Sistema Excretor 
Homeostase: habilidade de manter o meio interno em um equilíbrio quase constante, independentemente das 
alterações que ocorram no ambiente externo (sistema nervoso e hormônios do sistema endócrino)  pressão 
osmótica (pressão externa que deve ser aplicada a uma solução mais concentrada para evitar a diluição – 
osmose); temperatura (suor no calor, perde menos no inverno); íons de H  água  Osmorregulação (controle 
das concentrações de sais nos tecidos ou células vivas a fim de manter as condições adequadas à atividade 
metabólica) 
 
Osmoconformes: Tubarões e outros peixes cartilaginosos (raias, cações, quimeras etc.) são capazes de manter 
a tonicidade de seu sangue próxima à da água do mar. A uréia é continuamente eliminada pelos rins, de tal 
maneira que o animal consegue controlar a quantidade desse soluto no sangue. Os tubarões, possuem ainda 
uma glândula de sal localizada no intestino reto, que continuamente retira sais em excesso do sangue, 
eliminando-os pelo ânus. 
Osmorreguladores: Os peixes marinhos vivem em ambientes com uma quantidade de sal superior à quantidade 
de sal no interior de seu corpo. Para evitar que percam água e que fiquem com excesso de sais no meio 
interno, eles contam com alguns recursos. Esses animais bebem água do mar e eliminam o excesso de sal. 
Essa eliminação ocorre por meio da ação de células especiais nas brânquias que, por intermédio de transporte 
ativo, secretam o excesso de sal. Além disso, esses animais formam uma urina concentrada, sendo 
fundamental, portanto, o papel dos rins nesse processo. 
 
Aorta  Artéria renal vai chegar no córtex, entrar no néfron (arteríola aferente)  emaranhado de capilares 
(glomérulo de Malpighi) envolto pela cápsula de Bowman (tudo o que entra pela rede de túbulos, é aspirado 
pela cápsula = filtrado glomerular)  todas as substancias que não entrarem no glomérulo, vai sair pela 
arteríola eferente, para a corrente sanguínea  capilares arteriais  capilares venosos (excesso de água 
volta para o sangue, reabsorve)  veia renal 
Depois de filtrado  glomérulo  cápsula de B.  túbulo proximal (reabsorção)  alça de Henle – desce, 
medula  o que não foi reabsorvido na alça  túbulo distal - sobe  o que não for utilizado pelo seu corpo  
túbulo coletor (pirâmides de Malpighi)  cálice  bacinete  ureter (excreção)  begixa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Córtex renal: ficam estruturas microscópicas chamadas de néfrons, onde o sangue é efetivamente filtrado. É a 
parte mais externa do rim. 
 
Filtração: filtração seletiva dos fluidos corporais através de membranas; 
Reabsorção: Regresso ao meio interno; Nessa etapa, as substâncias importantes que não devem ser perdidas 
são reabsorvidas. 
Secreção: Secreção ativa de substancias dos fluidos corporais para zonas do sistema; 
- Produtos excretados incluem moléculas tóxicas e moléculas em excesso no organismo. 
 
Isotônico (mesma quantidade de água e sal)  Perde água por osmose, hipotônico (túbulo proximal)  
hipertônico (+ sal; alça de Henle)  hipertônico (alça de Henle)  Perde água, hipotônico (túbulo distal)  
isotônico (tudo distal)  hipertônico (ducto coletor) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rim: mesoderme (mesômero) 
1º condição primitiva: separado 
2º condição intermediaria 
3º condição derivada: vários túbulos néfricos 
 
Desenvolvimento cranial  caudal (vertebrados) 
Rim Pronefro (anterior) 
Opistonefro: (posterior) 
- Rim Mesonefro 
- Rim Metanefro 
 
Rim Pronefro: rudimentar em todos os vertebrados, larval = rim cefálico 
- Alguns peixes ósseos e feiticeiras 
Rim Mesonefro: 
- Repteis; monotremados; marsupiais e ungulados 
- Pequeno (roedores) = placenta com capacidade excretora grande 
- Mediano (carnívoros, primatas) 
- Grande (ungulados) = placenta com capacidade excretora pequena 
 
Maior parte dos repteis e aves 
- Boca: água e sal 
- Repteis: bexiga de água 
- Glomérulo pequeno, capacidade de filtração e reabsorção pequena 
- Excreta: água, sal e acido úrico (excreta na forma semi-sólida junto com as fezes) 
 
 
 
 
 
Repteis e Aves marinhas 
- Boca: água + sal 
- Excreta: água, sal e acido úrico 
- Glândula de sal: localizada na cabeça (alguns repteis e aves marinhas) 
 
 
Uricotélico (animais que excretam ácido úrico) → substância de toxicidade baixa e insolúvel em água, uma 
forma mais adaptável à vida terrestre, utilizada pelos insetos, répteis e aves. 
 
 
 
Peixes de água doce e anfíbios 
- Rim mais desenvolvido que os ósseos 
- Boca e brânquia: água + sal 
- Excreta pela brânquia: amônia 
- Nos anfíbios: excreta uréia e as larvas a amônia 
 
Peixes Ósseos 
- Rim pequeno 
- Boca: água + sal (muito no meio externo) 
- Excreta: urina (água, sal e amônia), mas não perde muita água porque a maioria é excretada pelas brânquias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amoniotélicos (animais que excretam amônia) → essa substância é extremamente tóxica aos organismos, 
sendo a alta solubilidade em água, uma propriedade química considerável durante a evolução principalmente 
dos invertebrados aquáticos e peixes ósseos. 
 
Peixes Cartilaginosos 
- Boca e brânquia: água 
- Excreta: água, sal e uréia e também excreta pela brânquia uréia 
- Glândula de sal: localizada no intestino reto, que continuamente retira sais em excesso do sangue, 
eliminando-os pelo ânus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mamíferos 
- Boca: água e sal 
- Excreta: água, sal e uréia 
- Perde água pela pele 
- Excesso de água volta: capilares 
Ureotélicos (animais que excretam uréia) → substância solúvel em água. Representa uma estratégia 
adaptativa de certos animais terrestres: os anelídeos, os peixes cartilaginosos, os anfíbios, e os mamíferos. 
 
A uréia e o acido úrico por serem muito menos tóxicas que a amônia, pode ser acumulada temporariamente no 
corpo e excretadas em soluções concentradas, sem que haja grande perda de água pelo organismo. 
 
Sistema Nervoso 
 Comanda todo o comportamento animal e regulação fisiológica 
 
Organização: 
 Redes de neurônios (varia de acordo com a complexidade do organismo). Primeiros: cnidários (reagem) 
 Plasticidade funcional e anatômica (experiência vivida, coisas novas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sensoriais/ Aferente: impulsos do exterior para o sistema nervoso 
Motores / Eferentes: impulsos do sistema nervoso pra o exterior. Ex: coordenação motora 
Conexão/ Mistos: impulsos entre os outros dois tipos (conecta) 
 
Sistema nervoso periférico: nervos e gânglios 
- Nervo raquidiano (que sai da medula espinhal) =  31 pares (6 sacrais, 5 lombares, 8 cervicais e 12 dorsais) 
- sensitivos, motores e mistos 
 
Nervo craniano (que sai do crânio) 
- 12 pares que saem do encéfalo e distribuem pelo corpo 
- Sensitivos, motores e mistos 
Óptico: estímulos de luz; globo ocular  cérebro (sensorial) 
Motor ocular comum: olhos para baixo e para cima (motor) 
Motor ocular externo: movimentos laterais; mais para cima (motor) 
Patético: olhos para o lado e para baixo (motor) 
Auditivo: estímulos sonoros e equilíbrio (sensorial) 
Olfativo: olfato  cérebro (sensorial) 
Trigêmeo: parte superior da face, dentes e músculos do maxilar inferior (motor) 
Glossofaríngeo: paladar  cérebro; músculos da faringe (misto) 
Hipoglosso: músculos da língua (motor) 
Fácil: músculos da face, glândulas salivares e lacrimais (misto) 
Pneumogástrico/ Vago: coração, pulmão, estomago e intestino; vísceras(motor – involuntária) 
Espinhal: pescoço, permitindo a fonação e movimentos da cabeça e faringe (motor – involuntário) 
 
Somático: reflexos 
- sentidos (pele com conexão ao sistema nervoso) 
- músculos esqueléticos, pele e outras partes 
Autônomos: músculo cardíaco, liso e glândulas 
- gânglios com conexão aos centros nervosos 
- nervos que partes dos gânglios para os órgãos 
Simpático: maior parte medular 
Parassimpático: maior parte craniana 
Ex: pupila para contrair – parassimpático (luz) 
Pupila para dilatar – simpático (escuro) 
Os dois trabalham em harmonia para a coordenação. 
 
Sistema nervoso central: encéfalo e medula espinhal 
Encéfalo (caixa craniana) 
 
 
 
- Substância cinzenta (produz e recebe estímulos) 
- Cerebelo: para manter o equilíbrio; regula tônus muscular 
- Bulbo: impulsos nervosos; estímulos nervosos (circulação, respiração , digestão e excreção) 
- Cérebro: informações dos sentidos, inteligência, linguagem, consciência; iniciar movimentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Medula Espinhal (coluna vertebral) 
- impulso do sistema nervoso central para outras partes do corpo 
- Substância branca (transmite estímulos)

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