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A SOCIOLINGUÍSTICA VARIACIONISTA -Artigo


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A SOCIOLINGUÍSTICA VARIACIONISTA
Acadêmico 
Raquel Souza Silva 
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Letras - Português (FLEX0061) – Seminário da Prática IV
14/05/2018
RESUMO
O presente texto versa sobre, “A sociolinguística variacionista”. Saliento que, a sociolinguística
variacionista está cada vez mais na língua portuguesa, pois, esta tem recebido uma avalanche de
mudanças nas palavras, sendo umas que mudam ao longo do tempo, outras se diferenciam por
região, outras por estratos sociais, e outras na fala e na escrita. Deste modo, este artigo pretende
expor, os tipos de variação linguística, os aspectos teóricos metodológicos da variação linguística,
as variáveis sociais, e as variáveis fonológicas morfossintáticas. Trata-se de uma pesquisa
bibliográfica, com pesquisa em livro didático, a fim de angariar informações que auxiliem na
reflexão acerca do tema abordado. Desta forma, a partir da pesquisa efetuada notou-se que, a
sociolinguística variacionista é um processo irreversível, intrinsicamente relacionado as mudanças
ocorridas na língua. Sendo, que a variação linguística não só ocorre no brasil mas sim em todo
mundo. 
1 INTRODUÇÃO
O presente texto versa sobre, “A Sociolinguística Variacionista”. Enfatiza-se, que a
sociolinguística, é a análise e estudo dos comportamentos linguísticos dos membros de uma
comunidade e de como ele é determinado pelas relações sócio culturais e econômicas existentes.
Neste sentido, a sociolinguística tem o objetivo de pesquisar sobre variações e mudanças que
ocorrem na língua.
Deste modo, este artigo pretende apresentar, os tipos de variações linguísticas, como
também apresentar os fundamentos teóricos metodológicos da sociolinguística variacionista, além
do mais, discutir sobre as pertinências das variáveis sociais e linguísticas como condicionadoras da
variação linguística.
Assim, a escolha do tema abordado neste artigo, está relacionado a sociolinguística
variacional no que se refere aos tipos de variação linguística, separando didaticamente as questões
teórico metodológicas da sociolinguística variacionista, bem como os fatores externos que motivam
2
a diversidade linguística e das variáveis linguísticas fonológicas e morfossintáticas, Neste contexto,
os estudos sociolinguísticos são indispensáveis, pois eles contribuem para diminuir e evitar o
preconceito linguístico. Sendo assim, a tipologia da prática escolhida é a pesquisa bibliográfica, que
tem como objetivo, analisar e interpretar dados através de livros, artigos e revistas.
2 TIPOS DE VARIAÇÃO LINGUÍSTICA 
Estamos implantados em uma sociedade dinâmica, a qual modificar-se ao longo do tempo e
acaba transformando o jeito pelo qual as pessoas instituem seus relacionamentos interpessoais. Um
bom exemplo de tais mutações é a linguagem dos internautas, que em meio a tantas abreviaturas
termina por criar um mundo peculiar, no qual exclusivamente os interlocutores são capazes de
decodificar a linguagem por eles utilizado. 
Partindo do pressuposto ocupemo-nos em discorrer acerca dos tipos de variações que as
línguas exibem, os quais dependem de fatores característicos, tais como condição social, faixa
etária, diferenças existentes entre uma região. Gonçalves e Sell (2011, P.59) “[...] considera,
didaticamente, pelo menos quatro tipos de variação linguística: diacrônica, diatópica, diastrática, e
diamésica. ” 
A variação diacrônica obedece à modificação linguística histórica, aos distintos estágios
pelos quais qualquer língua passa no transcorrer do tempo. Segundo Gonçalves e Sell (2011, P. 60)
“Varrição diacrônica é a variação que ocorre no decorrer do tempo.” 
A variação diatópica corresponde às diferenças geográficas ou regionais existentes dentre os
falantes de uma mesma língua. Há, no Brasil, diferenças acentuadas no uso da língua entre os
estados e até mesmo entre as capitais e as cidades do interior. São falares que expressam
características e compõem a nossa variedade cultural. Para Gonçalves e Sell (2011, P. 64) “ As
diferenças entre língua portuguesa falada e escrita em diferentes regiões do mundo e dentro do
Brasil são exemplos de variação diatópica[...]” 
A variação diastrática diz respeito às diferenças linguísticas decorrentes dos aspectos sociais.
Relaciona-se, portanto, a fatores verdadeiramente sociais como gênero, idade, identidade étnica,
classe social, grau de escolarização, profissão. Discordo com Gonçalves e Sell (2011, P. 67) “A
variação diastrática está relacionada com as diferenças linguísticas nos vários estratos sociais das
comunidades linguísticas. ” Assim a variação ocorri em razão do convívio entre os grupos sociais. 
3
A variação diamésica abrange, antes de qualquer coisa, as grandes diferenças que se
observam entre a língua falada e a língua escrita. Para Gonçalves e Sell (2011, P. 72) “A variação
diamésica [...] Com relação as línguas, destacam-se as diferenças entre a língua falada e a língua
escrita. ” 
3 VARIAÇÕES LINGÍSTICA: ASPECTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
 
A língua transformar-se por meio do tempo devido a diversos fatores oriundos da própria
sociedade, pois ela não é regida por preceitos fixos e inflexíveis. Uma mesma língua
consecutivamente estará sujeita a variações, como a diferença de épocas, regionalidade, grupos
sociais e diferentes situações, como a fala formal e informal, e a língua escrita e língua falada.
Segundo Tarallo (1993, p. 8) apud Gonçalves e Sell (2011, P. 79) “ variantes linguísticas são ‘[...]
diversas maneiras de se dizer a mesma coisa em um mesmo contexto, e com o mesmo valor de
verdade. A um conjunto de variantes dá-se o nome de variável linguística’. ” Abrangemos que o
termo variante é utilizado para designar o item que é alvo de mudança, e variável representa o traço,
construção ou forma linguística cuja realização apresenta algumas variantes derivadas de
observação pelo investigador.
A sociolinguística, é ramo da linguística responsável por pesquisar a relação entre a língua e
a sociedade. Esse campo nada mais é do que o estudo descritivo de todos os aspectos da sociedade e
seus efeitos, até mesmo abrangendo as normas culturais, contexto e perspectivas, na linguagem e na
maneira como é usada na sociedade. Para Gonçalves e Sell (2011, P. 80) “[...] a sociolinguística
variacionista vai fazer, portanto, com a variação linguística é sistematizá-la. ” 
Nesse contexto a metodologia de pesquisa da sociolinguística variacionista é por entrevista
permitindo que o pesquisador tenha acesso com dados de fala, segundo Gonçalves e Sell (2011, P.
90) “Metodologicamente, a sociolinguística variacionista trabalha com o método de entrevista
sociolinguística, que permite que o pesquisador trabalhe com dados de fala, ou seja, o vernáculo,
em situações reais/naturais de interação. ” 
4 A VARIÁVEIS SOCIAIS 
As variações linguísticas existentes entre os gêneros/sexos proveem de uma construção
cultural, social e histórica. Além disso as diferenças linguísticas em função dos sexos se situam
mais no plano lexical e surgem porque a língua está ligada a comportamentos e atitudes sociais.
4
Homens e mulheres são socialmente diferentes, pois a sociedade lhes estabelece papeis distintos e
devido a isso se espera que utilizem padrões de comportamentos diferentes. Segundo Gonçalves e
Sell (2011, P. 93) “Estudo sociolinguistas têm demostrado que a relação gênero/sexo do falante e a
construção social dos papeis feminino e masculino influenciam na variação linguística. ” 
A língua pode variar de acordo com a idade ou faixa etária, uma pessoa mais velha por
exemplo não utiliza a língua do mesmo jeito que uma criança ou um jovem. Os jovens costumam
utilizar gírias, as pessoas mais velhas usam gírias antigas, assim tornado a língua variável de acordo
com a idade. SegundoGonçalves e Sell (2011, P. 94) “ Á primeira vista, essa variação aparece, por
exemplo, de um lado no uso de gírias por grupos sociais mais jovens, e, de outro, no uso de uma
linguagem com formas mais antigas por grupos sociais mais velhos. ” 
A variação por nível de escolaridade implica que aqueles que possuem um nível de
escolaridade maior de que os outros possuem um vocabulário mais rico e adequado com a norma
culta. Conforme Gonçalves e Sell (2011, P. 97) “ Os efeitos da escolarização nas variáveis
linguística serão primordialmente aqueles ligados à padronização da língua e à preservação da
forma de prestígio. ” 
No contexto de interação social a variação ocorre entre pessoas de distintos grupos sociais.
A variação pode dar-se por distintos motivos: pode ser de natureza profissional, pelo uso de
palavras restritas a um nicho profissional que não são compreendidas por aqueles fora do nicho e
pode ser de natureza comunitária pelo uso de palavras restritas a um nicho comunitário sem ou com
significados diferentes para aqueles que não pertencem ao grupo. Conforme Gonçalves e Sell
(2011, P. 99) “ [...] nós variamos nossa fala a partir do contexto social em que nos encontramos
incluindo, nisso a situação mais ou menos formal, pessoa ou pessoas com quem interagimos e o
assunto tratado na interação. ” 
 5 A VARIÁVEIS FONOLÓGICAS MORFOSSINTÁTICAS 
Conforme Marcos Bagno (1997) apud Gonçalves e Sell (2011, P. 103) exemplos de
variáveis fonológicas retirados do livro A língua de Eulália:
1) Assimilação de nd em n e de mb em m: 
 Falando → falano 
 Também → tamém 
2) Redução de ditongo ou em o: 
5
Pouco → poco 
Louro → loro 
Roupa → ropa 
3) Redução de ditongo ei em e: 
Beijo → bejo 
Peixe → pêxe 
Queijo → quejo 
Vejamos exemplos de variações morfossintáticas:
1) Eliminação de marcas do plural redundante: um exemplo disso é o que demos no início desta
unidade, em que a marca de plural aparece apenas no determinante: os gato preto 
2) Simplificação das conjunções verbais: 
Eu → amo 
Tu/você →
Ele ↔ama 
Nós 
 A agente →
3) Função da partícula se como verdadeiro sujeito da oração: 
Aceitam-se roupas novas. → Aceita-se roupas novas. 
4) Uso do pronome mim como sujeito de infinitivo: 
É pra eu responder. → É pra mim responder. 
6 MATERIAIS E MÉTODOS 
O estudo foi feito através de livro fornecido pela universidade. A pesquisa foi bibliográfica
utilizando o livro de sociolinguística dos autores Gonçalves e Sell. Foi através da leitura e
interpretação de dados que se deu o desenvolvimento de paper.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo realizado buscou, expor e entender a sociolinguística variacinista. Além disso, o
trabalho ainda pretende apresentar os tipos de variação linguística, os aspectos teóricos
metodológicos da variação linguística, as variáveis sociais da língua, e as variáveis fonológicas
morfossintáticas. 
6
Deste modo, vimos ao longo do artigo, que a sociolinguística variacionitas é o estudo dos
tipos de variação da língua, a metodologia de pesquisa da sociolinguística variacionista é por
entrevista permitindo que o pesquisador tenha acesso com dados de fala. As variáveis sócias são
dadas por fatores externos os principais fatores são gênero/sexo, idade, escolaridade, e contexto de
interação social, e ainda entendemos as variáveis linguísticas fonológicas morfossintáticas é a
análise sistemática com que a sociolinguística variacionista trabalha. 
REFERÊNCIAS
SELL, Fabíola Sucupira Ferreira; GONÇALVES, Alberto. Sociolinguística. Indaial: Ed. Grupo 
UNIASSELVI, 2011
7
	Acadêmico
	Raquel Souza Silva
	RESUMO
	1 INTRODUÇÃO
	2 TIPOS DE VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
	3 VARIAÇÕES LINGÍSTICA: ASPECTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
	4 A VARIÁVEIS SOCIAIS
	5 A VARIÁVEIS FONOLÓGICAS MORFOSSINTÁTICAS

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