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CIDADES PARA PESSOAS (2)

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CIDADES PARA PESSOAS
➔ Causa
- Uso demasiado de carros;
- Falta de arborização;
- Ambientes fechados.
➔ Consequências:
- População sedentária;
- Cidade hostil (não gera vontade);
- Integração impedida.
Uma cidade que não é arborizada, que possui fachadas sem interação com o público, gera
uma falta de integração entre as pessoas. Assim, reduzindo na população a vontade de caminhar, ou
utilizar as ruas, logo, o uso de transportes acabam sendo priorizados e criando uma população
sedentária.
● Morfologia urbana:
Designam formatos, recuos, afastamentos da cidade, etc. Por isso, são realizados os estudos
das ruas, skylines, volumetrias e afins, para criar a forma do entorno e assim humanizar as cidades.
- Bairros: regiões de morfologias semelhantes;
- Caminhos: vias que conectam as cidades, utilizados pela população em transporte.
- Ponto focal: edifício icônico que chama atenção e gera interação, frente cultural ou artística,
arquitetura antiga ou função pública.
- Marco visual: são símbolos, por exemplo, estátuas ou monumentos.
- Limites/Barreiras: mostram a transição de uma zona morfológica para outra, por exemplo,
canais, grandes avenidas, etc.
Esse termo surge na década de 80 após uma reflexão sobre o ambiente urbano e notar que a
cidade é insustentável.
O modernismo tentou setorizar por áreas monofuncionais buscando organizar o caos da
cidade industrial. Essa lógica pode não ser tão eficaz pelo êxodo de áreas residenciais e gera
congestionamentos e desertificação urbana.
A reprodução do modelo de habitação multifamiliar e reassentamento em larga escala
contribui para um ambiente urbano insustentável.
● Dimensão humana
Grandes muros, longos espaços fechados trazem desconforto aos cidadãos. Vias de
rolamento são problemas por substituir calçadas, ciclofaixas ou canteiros.
A cidade é grande demais, rápida demais e alta demais. Essa realidade é insensível e
negligencia o humano.
Carros em rolamentos, calçadas sem uso diverso e vias entre muralhas são a prova que a
cidade é feita para prédios e carros, não para as pessoas.
Quando a cidade muda, as pessoas se adaptam. Uma infraestrutura pensada para pessoas
gera mais fluxos ao invés de carros e paredes em uma longa estrada.
● O lugar de encontro
A cidade é vista de maneira fria, funcionalista e racional. Uma perspectiva tóxica para o
desenvolvimento da cidade e das pessoas.
Uma cidade de alto desempenho, a proporção entre atividades necessárias, opcionais e
sociais é de 1:3:2, enquanto as de baixa qualidade é de 1:¼:¼,.
Esses problemas são agravados quando a mobilidade urbana, falta de áreas humanas
(praças, comércios) e cultura (trabalhar para sobreviver) são considerados.
Pessoas atraem pessoas, segurança e confiança. O dinamismo para áreas movimentadas é
promover a permanência, uso e sensações.
O arquiteto e urbanista tem a responsabilidade de pensar em como suas soluções de projeto
afetaram ou afetam indivíduos e a cidade.
● Fachadas vivas
Fachadas ativas promovem confiança e bem estar no cidadão, despertam sensações e
servem de contemplação.
Excesso de interações permite a sensação de passar o tempo. Por exemplo, paradas de
ônibus com rotas, outdoors, anúncios, painéis ou uma arte possuem uma interação mais lúcida do
que apenas um banco e uma cobertura.
Uma corrente de fachadas ativas levam mais pessoas, pessoas levam mais segurança e
interação.
● Análise comportamental
Entender fluxos é importante para mapear tendências e originar uma boa solução de projeto.
Com isso, é possível estimular ou inibir comportamentos.
● Segurança viária
Prioridade e dignidade ao pedestre são importantes fatores na hora de construir pequenas
passarelas, lombadas sem almofadas ou materiais que ofereçam empecilhos.
Vias largas priorizam carros enquanto as estreitas priorizam o pedestre, principalmente se o
miolo da quadra for de uso público.
● Nível dos olhos
Pensar na cidade como uma planta baixa é um erro pois a vida acontece a nível dos olhos,
aproximar a escala humana traz mais conforto e leveza ao projeto.
● Cidade para permanecer
A cidade não supre necessidades quando as pessoas não usam ela.Quando a cidade não tem
lugar para interagir, sentar, relaxar e conversar, ela só é um caminho sem valor que serve para ligar
um lugar a outro.
Projetos podem tornar o entorno convidativo e um lugar de permanência. Sempre deve-se
valorizar a vida (comportamentos), depois o entorno e, por fim, o edifício.
Uma cidade para pessoas é uma cidade viva, segura, sustentável e saudável. Com vias
urbanas e demografia estável, convidativa e estimulante.

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