Prévia do material em texto
METALOFÁRMACOS Beatriz Moreira da Silva Matrícula: 28300533 Curso: Biomedicina A química bio-inorgânica experimentou um importante desenvolvimento nos últimos anos, movimentando diferentes campos científicos e de tecnologia. Com o desenvolvimento contínuo da chamada química medicinal inorgânica, possibilitou que a indústria farmacêutica produzisse novos medicamentos baseados no uso de complexos metálicos para tratamento de doenças. Hoje, é plenamente reconhecido que inúmeros elementos metálicos são essenciais para o funcionamento normal de um organismo e para a correta atividade de seus processos metabólicos e fisiológicos, por isso, o organismo encontra a maneira mais adequada de lidar com eles durante sua evolução. O excesso de elementos metálicos no organismo pode causar efeito toxico, por outro lado, quando ocorre a falta um elemento essencial, devem ser encontradas formas de fornecer suplementos adequados. Os elementos metálicos são solúveis em meios aquosos neutros e, portanto, biodisponíveis em estados de oxidação baixos (cátions hidratados 1+, 2+) ou muito altos (5+, 6+, 7+, como oxiânions hidratados). Os metalofármacos são muito utilizados no tratamento de doenças e seus derivados são a sulfadiazina de prata; a auranofina; bisglicinato de ferro a e a cisplatina. A sulfadiazina de prata (C10H9AgN4O2S) possui atividade antibacteriana muito utilizada no tratamento de pacientes com queimaduras, seu mecanismo de ação é que os íons de prata (AG) precipitam as proteínas e atuam diretamente no citoplasma das células bacterianas, proporcionando um efeito bactericida imediato e causando um efeito residual de bactérias, no qual é liberado um pequeno volume de prata iônica. Seu efeito colateral se da na descoloração da pele e mucosa por conta da deposição do metal prata, após a utilização tópica de creme de sulfadiazina de prata por longos períodos. O bisglicinato de ferro (C4H8N2CaO4) utilizado no tratamento de anemia, o qual sua dupla ligação de glicinas permite que o ferro atravesse o estomago de forma intacta e seja absorvida somente pelo intestino. Essa suplementação de ferro possui uma reposição imediata pelo organismo, por isso é muito utilizada pela falta deste mineral no organismo para uma absorção mais rápida e completa, aumentando o benefício nutricional. A auranofina (C20H35AuO9PS) é utilizada no tratamento da artrite reumatoide, por não ser possível reparar o dano causado pela artrite esse medicamento é iniciado através de terapia antes que danos permanentes ocorram nas estruturas articulares. Seu mecanismo de ação, causa um efeito anti- inflamatório, alterando os mecanismos celulares mediante a inibição dos sistemas sulfidrilos. Outros mecanismos incluem a alteração ou inibição de diversos sistemas enzimáticos, a supressão da atividade fagocítica dos macrófagos e dos polimorfonucleares, a alteração da resposta imune e a alteração da biossíntese de colágeno. As reações adversas causadas pela auranofina, são na sua maioria, de natureza gastrintestinal e mucosocutânea. E por último temos a cisplatina (PtCl2N2H6) que foi o primeiro composto contendo platina a ser sintetizado e utilizado no tratamento de câncer testiculares e ovarianos, agindo diretamente no DNA, causando mudanças estruturais, impedindo a divisão celular do tumor. Apesar de apresentar sucessos, esta droga possui uma serie de desvantagens gerando uma série de efeitos colaterais indesejáveis, incluindo nefrotoxicidade, neurotoxicidade e distúrbios gástricos. Os metalofármacos podem chegar a ser a única solução para casos muito específicos. Além de antivirais, no desenvolvimento de fármacos antibacterianos. No futuro podemos ter vírus e bactérias mais resistentes. Os metalofármacos, muitas vezes, desempenham, mais do que um mecanismo de ação. Eles impedem que haja surgimento muito rápido de resistência contra o medicamento [BERGAMINI, 2020]. https://pt.wikipedia.org/wiki/Platina https://pt.wikipedia.org/wiki/Cloro https://pt.wikipedia.org/wiki/Nitrog%C3%AAnio https://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrog%C3%A9nio REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARAN, Enrique J. Metalofármacos: una nueva perspectiva para la farmacología y la medicina. 2014. p. 89-116. Disponível em: <https://www.ancefn.org.ar/user/FILES/ANALES/TOMO_63/tomo- 63.pdf#page=89>. Acesso: 25 ago. 2022 BENITE, Anna M. C; et.al. Considerações sobre a química bioinorgânica medicinal. Revista eletrônica de farmácia. Vol. IV (2) - 2007. p. 131 – 142. Disponível em: <https://revistas.ufg.br/REF/article/view/3027/3049>. Acesso: 25 ago, 2022. BORGES, Diélen. Metalofármacos podem combater vírus, afirma estudo da UFU, USP e Unicamp. 2020. Disponível em: <https://comunica.ufu.br/noticia/2020/09/metalofarmacos-podem-combater- virus-afirma-estudo-da-ufu-usp-e-unicamp>. Acesso: 25 ago. 2022. FONTES, Ana Paula Soares; CESAR, Eloi TEIXEIRA; et. al. A química inorgânica na terapia do câncer. 2005. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/06/a05.pdf>. Acesso: 25 ago. 2022. TORRES, Lúcia Beatriz. A química inorgânica como oportunidade para criar e empreender na medicina. 2016. Disponível em: <http://www.inct- inofar.ccs.ufrj.br/inofar2009/release_sbq_hberaldo2016.html>. Acesso: 25 ago. 2022. https://www.ancefn.org.ar/user/FILES/ANALES/TOMO_63/tomo-63.pdf#page=89 https://www.ancefn.org.ar/user/FILES/ANALES/TOMO_63/tomo-63.pdf#page=89 https://revistas.ufg.br/REF/article/view/3027/3049 https://comunica.ufu.br/noticia/2020/09/metalofarmacos-podem-combater-virus-afirma-estudo-da-ufu-usp-e-unicamp https://comunica.ufu.br/noticia/2020/09/metalofarmacos-podem-combater-virus-afirma-estudo-da-ufu-usp-e-unicamp http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/06/a05.pdf http://www.inct-inofar.ccs.ufrj.br/inofar2009/release_sbq_hberaldo2016.html http://www.inct-inofar.ccs.ufrj.br/inofar2009/release_sbq_hberaldo2016.html