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VIGILÂNCIA EM SAÚDE - 2

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Vigilância em Saúde 
Unidade II
Profa. Dra. Eriane Justo Luiz Savóia
1
APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR-AUTOR
Doutora em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente pelo Instituto de Botânica de São Paulo (IBt). Mestre em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM/ USP). Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade São Judas Tadeu (USJT). Especialização em Pedagogia pela Faculdade São Bernardo (FASB). Professora na Faculdade de Medicina ABC, no curso de Gestão em Saúde Ambiental. Diretora de Gestão Ambiental no Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André. Cargo efetivo de bióloga na Prefeitura de Santo André. Foi Gerente de Educação e Mobilização Ambiental, onde coordenou a construção participativa da Política Municipal de Educação Ambiental (2015). É presidente do Fundo Municipal de Gestão Ambiental e Secretária Executiva do Conselho Municipal de Gestão e Saneamento Ambiental de Santo André. 
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	5
1	a vigilância em saúde ambiental	6
1.1	As questões ambientais	6
2	A Atuação da Vigilância em Saúde Ambiental	8
2.1	Vigiagua	9
2.1.1	A poluição das águas	10
2.1.2	 O impacto da poluição das águas na saúde	12
2.2	 Vigiar	13
2.2.1	 A poluição do ar	14
2.2.2	 Os efeitos da poluição na saúde	17
2.3	Vigipeq	17
2.3.1	Poluição dos solos : áreas contaminadas	18
2.4	Vigidesastres	22
2.4.1. Desastres naturais	22
2.5	 Vigifis	23
2.5.1	Radiação	24
3	vigilância em saúde do trabalhador	26
3.1	O trabalho e o trabalhador	26
3.2	A atuação da vigilância em saúde do trabalhador (VISAT)	27
3.3	A Renast	28
3.4	 A Rede Sentinela	29
3.5	 Os Cerests	29
3.6	 A vigilância do trabalhador na atenção básica	30
3.7	 As emergências nas redes sentinelas	30
4	Comunicação do acidente de trabalho	32
5	Considerações finais	33
REFERÊNCIAS	34
INTRODUÇÃO
As atividades antrópicas, desde sua origem, sempre provocaram impactos no meio ambiente. O ser humano é parte integrante do meio e depende dele para sobrevivência. 
Com um histórico de degradação contínua do Planeta, é preciso também rever nosso papel, hábitos e costumes diante do meio e de nossas vidas, principalmente no que diz respeito à saúde.
No final do século V a.C, Hipócrates, em sua obra “Dos ares, águas e lugares”, já relacionava aspectos ambientais como causa de adoecimento (GOUVIEIA, 1999; RIBEIRO, 2004).
A saúde, meio ambiente e qualidade de vida são questões indissociáveis, porém, todas com interferência direta da busca incessante pelo progresso. 
 Para estabelecermos uma relação harmônica entre saúde e ambiente devem ser estudas medidas eficientes de identificação dos problemas, prevenção e controle por todas as esferas de governamentais, que surtam efeitos em nível local e global.
Cabe ressaltar que meio ambiente é tudo aquilo que nos cerca, seja o meio externo, como paisagens naturais, florestas, cidades, por exemplo, ou seja interno, como nossa casa, escolas e ambiente de trabalho. 
O trabalho é um dos fatores condicionantes para a qualidade de vida. O ambiente em que ele ocorre, deve ser cuidadosamente pensado e planejado para que não provoque adoecimento. 
Nesta unidade trataremos de duas áreas da vigilância em saúde que abordam as questões ambientais e do trabalho, relacionadas com a saúde e qualidade de vida: a saúde ambiental e a saúde do trabalhador. 
Assim, percebemos que a vigilância em saúde, quando compreendida como um elo e articulação de saberes, é um excelente caminho para consolidar os princípios do SUS, contribuindo para o total equilíbrio da saúde da população (MONKEN, BARCELLOS, 2007). 
1 a vigilância em saúde ambiental 
Ao traçarmos a trajetória das questões relacionadas à saúde, da antiguidade até os dias atuais, nos fica claro que, inicialmente, as preocupações eram mais exclusivas com doenças, agentes etiológicos, formas de transmissão e medidas de controle a fim de evitar a disseminação. Tínhamos um viés mais epidemiológico e sanitário da saúde. 
Porém, ao longo do tempo percebe-se que o meio em que vivemos tem relação direta com nossa saúde e qualidade de vida. Os fatores ambientais que causam danos à saúde podem nos oferecer bases para mostrar as necessidades de melhorias do ambiente como determinantes de saúde (RIBEIRO, 2004). 
Não é possível desvincular as questões ambientais da saúde pública, já que o ser humano depende dos recursos naturais para sobreviver. A forma como tais recursos são utilizados é que precisa ser avaliada e repensada, visando um ambiente equilibrado e saudável. 
Dentro deste contexto, surge a vigilância em saúde ambiental, cujo objetivo é identificar e avaliar os riscos associados ao ambiente e buscar medidas de controle e proteção para a saúde. 
1.1 As questões ambientais
Foi na pré-história, com a descoberta do fogo, que as modificações na paisagem e o depósito de poluentes no meio natural começaram a surgir, porém, de forma inconsciente. Posteriormente, quando surgiu a agricultura, o ser humano começou a agir e interferir de modo intencional no meio ambiente, realizando mudanças nos cursos d´água e introduzindo espécies vegetais de interesse em áreas diversas, por exemplo. 
Assim, podemos dizer que a poluição existe desde que o ser humano começou a interagir com o meio ambiente. Porém, a intensidade dos impactos evoluiu em grande escala ao longo do tempo e acompanhou o histórico do desenvolvimento industrial das cidades. 
Os sinais de degradação ambiental são evidentes em grande escala. Ecossistemas reduzidos, poluentes na água, ar e solo, bem como a intensificação do efeito estufa e aquecimento global, são exemplos dos impactos das atividades antrópicas no meio ambiente (BARCELLOS & QUITERIO, 2006). 
A Revolução Industrial, no século VXIII, inicia o processo de substituição da mão de obra humana por máquinas e indústrias. O foco na produção em larga escala acelerou a exploração dos recursos naturais como matéria prima e contribuiu para a poluição ambiental em suas diversas formas. 
Os níveis de poluição ambiental aumentaram muito com o processo de industrialização e urbanização. Isto ocorreu não somente pelo fato de que a indústria lança para o meio ambiente poluentes das mais diversas fontes, mas também pelo fato de que os polos industriais trazem um aglomerado de pessoas nas proximidades.
O crescimento populacional, com grandes concentrações humanas, já configura uma fonte de poluição na medida em que geram resíduos. Além disto, exige mudanças no meio físico, com infraestrutura adequada, moradias, desmatamentos, acesso à água, afastamento de esgoto, destinação de resíduos, entre outros.
Não podemos nos esquecer que o ser humano é parte do meio e depende dos recursos da natureza para sobreviver. Um ambiente degradado, significa má qualidade de vida e, consequentemente, impactos à saúde física e mental. 
Desta forma, podemos dizer que a crise ambiental apresenta alguns fatores chaves, tais como: crescimento populacional, demanda por energia e matéria prima e geração de resíduos. Como produto destes fatores, temos a poluição instalada no meio ambiente. 
A poluição, segundo a Política Nacional de Meio Ambiente, é definida como a degradação da qualidade ambiental, em decorrência de atividades que possam prejudicar a saúde, segurança e bem-estar da população; prejudiquem atividades econômicas e sociais; afetem as condições estéticas e sanitárias do meio e lancem materiais ao meio fora dos padrões ambientais estabelecidos por legislação pertinente (BRASIL,1981).
Já há muitas evidências, ao logo do tempo, nos mostrando os impactos da poluição na saúde. Distúrbios respiratórios por inalação de poluentes atmosféricos, diarreias por ingestão de águas contaminadas, acidentes com materiais radioativos descartados de maneira incorreta, entre outros problemas. 
Um ambiente doente, torna as pessoas igualmente doentes. E é neste ponto que conseguimos compreender a interface entre saúde e ambiente. 
Perante o contexto, a vigilância em saúde ambiental vem fazer este elo saúde e ambiente, na medida que avalia os fatores ambientais que podem interferir nasaúde humana e identificam forma de prevenir e controlar riscos e agravos à saúde. 
2	A Atuação da Vigilância em Saúde Ambiental 
O Sistema de Vigilância à saúde é responsável por ações diversas de vigilância para prevenção e controle de uma série de agravos à saúde. 
A Vigilância em Saúde Ambiental, como parte do Sistema Nacional de Vigilância à Saúde, engloba uma série de ações relacionadas aos fatores ambientais passíveis de interferência e impactos à saúde. Tem como foco identificar formas de prevenir e controlar os fatores de riscos ambientais relacionado às doenças ou outros danos à saúde 
As ações da vigilância em saúde são fundamentais devido à imensa degradação e impactos ambientais já sofridos pelo planeta ao longo dos anos. Esses problemas são intensificados quando nos referimos às áreas urbanas e focos industriais, por exemplo. 
No ano de 2005, o Ministério da Saúde emite a normativa 01/2005, que institui o Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental (SINVSA). 
A normativa em seu artigo 1º descreve a seguir:
Art. 1º - O Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental - SINVSA compreende o conjunto de ações e serviços prestados por órgãos e entidades públicas e privadas, relativos à vigilância em saúde ambiental, visando o conhecimento e a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de promoção da saúde ambiental, prevenção e controle dos fatores de riscos relacionados às doenças e outros agravos à saúde, em especial:
I. água para consumo humano;
II. ar;
III. solo;
IV. contaminantes ambientais e substâncias químicas;
V. desastres naturais;
VI. acidentes com produtos perigosos;
VII. fatores físicos; e
VIII. ambiente de trabalho.
Para contemplar a referida normativa e abranger as diferentes áreas relativas à saúde ambiental, a coordenação geral de vigilância em saúde ambiental (CGVAM) divide-se em diferentes áreas de atuação, denominadas Vigiágua, Vigiar, Vigipeq, Vigidesastres e Vigifis, conforme figura 1. 
Figura 1. Organograma da vigilância em saúde ambiental
Fonte: Romão, 2019. [footnoteRef:1]1 [1: 1https://teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-28022019095625/publico/RodrigoRomao_ORIGINAL_DR1483.pdf. Acesso em 23 jul.2020.
] 
2.1	Vigiagua
O Vigiagua é o Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Hum	ano. Tal programa está baseado nas premissas do SUS e visa garantir para a população a distribuição de água de qualidade para consumo no Brasil. 
O programa contempla uma série de ações contínuas que devem ser adotadas pelas autoridades de saúde para garantir o acesso à água, tanto em questão de qualidade como em quantidade suficiente para a população. 
A água para consumo deve seguir os padrões de potabilidade conforme legislação do Ministério da Saúde, com a finalidade de garantir a saúde e prevenir impactos negativos à saúde pública por meio da água. 
 Este programa também fiscaliza a qualidade da água distribuída pelos estados através das diversas concessionárias e regulamenta poços profundos e rasos quanto a parâmetros químicos e biológicos, além da identificação de substâncias mais complexas provenientes de atividades humanas (ROMÃO, 2019). 
O Vigiagua tem um sistema chamado Sisagua, que disponibiliza informações sobre a qualidade das águas para abastecimento. Este sistema é alimentado por profissionais dos serviços de saúde e dos serviços de abastecimento de água e objetiva fornecer informações para a realização do gerenciamento de riscos à saúde. A análise dos dados deste sistema fornece bases precoces para a tomada de decisões para a prevenção aos agravos à saúde provenientes do consumo de água inadequada. 
O Ministério da Saúde estabelece que a água para consumo humano deve ser controlada, para que não haja problemas de saúde pública. Os procedimentos de controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano estão dispostos na Portaria MS nº 2.914/2011, que foi revogada, porém, com seu conteúdo validado pela Portaria de Consolidação nº 5 de 28 de setembro de 2017.
2.1.1	A poluição das águas
O planeta Terra é, com frequência, chamado de Planeta Água. Este fato ocorre devido a quantidade abundante disponível de água no planeta. 
A água é um recurso natural renovável e cobre aproximadamente 70% da superfície da Terra. 
Mas se engana quem pensa que, devido toda esta disponibilidade de água, este é um recurso inesgotável. Do total de água disponível, 97% é salgada e, portanto, imprópria para o consumo. Menos de 3% da água do planeta é doce, e destes, 2.5% estão nas geleiras.
Sendo assim, temos uma pequena disponibilidade de água potável que, se não for bem cuidada, pode se esgotar. 
Vale também destacar que a disponibilidade de água no Brasil, não está distribuída de maneira uniforme quantidade de água doce disponível não está distribuída de maneira uniforme ao redor do globo. As maiores reservas das águas brasileiras estão na região norte, com menor densidade demográfica. Ao contrário da região sudeste, que tem grande concentração de pessoas e pouca água disponível, conforme demonstra a figura 2. 
Figura 2. Distribuição de água e população por região do Brasil
Fonte: Agência Nacional das Águas (rede social), 2017. [footnoteRef:2]2 [2: 2 https://web.facebook.com/anagovbr/. Acesso em 20 jul.2020.] 
O corpo humano possui em sua composição cerca de 70% de água. É este elemento que auxilia o controle da temperatura corporal, participa de atividades metabólicas, é usada para higiene, alimentação e lazer. Portanto, não há dúvida de que a água é um recurso essencial para a vida. 
A falsa ideia de que a água é inesgotável, muitas vezes condiciona comportamentos inadequados perante a este recurso, como o desperdício e a poluição, que contribuem para a escassez de água potável e de qualidade. 
O processo de introdução de qualquer substância, matéria ou energia que seja capaz de alterar as propriedades da água, é chamado de poluição hídrica. 
Há vários tipos de poluição hídrica, tais como: 
· Poluição sedimentar: causada pelo acúmulo de partículas em suspensão, provenientes de processos de erosão, assoreamento, desmatamento, mineração ou rompimento de barragens. O excesso de partículas na água bloqueia a luminosidade e interferem nos processos de fotossíntese de organismos aquáticos, reduzindo a vida nestes ambientes e diminuindo a oxigenação da água.
 
· Poluição Biológica: provocada pelo lançamento de matéria orgânica na água, normalmente ocasionada pelo lançamento indevido de esgoto doméstico ou industrial. Este tipo de poluição apresenta microrganismos patogênicos como bactérias, vírus, protozoários e vermes.
· Poluição Química: causada por produtos químicos que são despejados nos corpos d´água. Podem ser lançados de maneira acidental ou intencional. 
· Poluição térmica: ocasionada pela alteração da temperatura da água, que pode se elevar ou diminuir, causando um impacto direto na população desse ecossistema.
2.1.2	 O impacto da poluição das águas na saúde 
Muitos agentes patogênicos podem chegar ao organismo humano por meio da água, seja pela ingestão ou contato. 
Agentes tóxicos lançados por acidente ou propositalmente também são capazes de ocasionar sérios danos à saúde, à medida que alteram as propriedades básicas da água, deixando-a imprópria para o consumo humano. 
Suspeitamos da poluição das águas, quando a mesma apresentar uma ou mais características como: possuir algum tipo de odor, parecer turva, apresentar algum sedimento no fundo ou apresentar algum gosto diferente. 
Encontramos em águas poluídas muitos agentes causadores de doenças, tais como vírus, bactérias, fungos, protozoários e vermes. A água também pode servir de criadouro de vetores de doenças, como por exemplo, mosquitos. Por isso, é considerada um veículo transmissor de doenças, caso não seja tratada para consumo humano. Esta transmissão pode ser direta, como a maioria das verminoses onde se ingereos ovos dos parasitas ou de forma indireta, como o caso da dengue, onde a água é um veículo de propagação do mosquito transmissor. 
Alguns microrganismos têm muita afinidade e facilidade em se reproduzir em meio aquático. Isto aumenta a dificuldade em elimina-los, contribuindo para a propagação de doenças. 
O quadro 1 a seguir destaca as doenças mais comuns de veiculação hídrica: 
Quadro 1. Principais doenças de veiculação hídrica
	Doença
	Agente causador
	Transmissão
	Hepatite A
	Vírus
	Ingestão de água contaminada e contato com pessoas doentes
	Amebíase
	Protozoário
	Ingestão de água e alimentos contaminados
	Giardíase
	Protozoário
	Ingestão de água e alimentos contaminados
	Diarreia Bacteriana
	Bactéria (E. coli)
	Ingestão de água e alimentos contaminados
	Cólera
	Bactéria
	Ingestão de água e alimentos (frutos do mar) contaminados
	Leptospirose
	Bactéria
	Contato com água contaminada por urina de ou animais infectados ( ratos)
	Ascaridíase (lombriga)
	Verme
	Ingestão dos ovos na água ou em alimentos contaminados
	Dengue
	Vírus
	Transmissão indireta pela água. A água é o local de reprodução do inseto transmissor
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
2.2	 Vigiar
Estruturado pelo Ministério da Saúde a partir de 2001, o Programa Vigiar tem o propósito de promover ações de vigilância para populações expostas à poluição atmosférica e desenvolver medidas de controle e prevenção visando a proteção integral à saúde, de acordo com as premissas do SUS. 
O programa enfoca ações prioritárias em regiões com grande potencial poluidor, mapeando os riscos à saúde pública, que embasarão o desenvolvimento de medidas preventivas. 
Para desenvolver as ações previstas pelo Vigiar, devem ocorrer algumas etapas, tais como: 
•	Identificação dos municípios mais expostos aos poluentes atmosféricos;
•	Priorização ao desenvolvimento de ações preventivas às populações mais expostas e vulneráveis à poluição atmosférica;
•	Caracterização da situação de saúde dos municípios, por meio de estudos dos efeitos agudos e crônicos da exposição aos poluentes atmosféricos. 
A etapa de identificação ocorre por meio do sistema de informações obtido pelo instrumento de identificação dos municípios de risco (IIMR), que contém dados referentes às condições ambientais, perfil industrial, frota de veículos, fontes e emissões de poluição, focos de calor e dados referentes a morbidade e mortalidade provocadas pelos poluentes atmosféricos.
A partir do momento que um local é identificado e definido como uma área crítica para os episódios de poluição atmosférica, os Estados e/ou Municípios devem selecionar indicadores para que haja o monitoramento. Estes indicadores podem ser: 
•	Indicadores de exposição: concentração de poluentes, número de veículos, mapeamento de ilhas de calor
•	Indicadores de efeitos: taxa de internações de pessoas do grupo de risco (menores de 5 anos e maiores de 60 anos), taxa de internação por doença respiratória, taxa de mortalidade de pessoas do grupo de risco. 
2.2.1	 A poluição do ar 
Com aproximadamente 500 Km de extensão, a atmosfera exerce um papel de extrema importância para o planeta Terra. É nela que estão componentes de proteção à vida, como manutenção da temperatura pelo efeito estufa, controle de gases naturais essenciais à vida, vapor de água e filtros de raios solares.
Os principais elementos químicos componentes da camada de ar da Terra são o Nitrogênio e o Oxigênio, nas proporções de 78% e 21% respectivamente. Os demais componentes são o gás carbônico e os gases nobres, além de vapor de água, poeira e outras substâncias lançadas no ar. 
Ao longo dos anos, a composição química da atmosfera tem variado um pouco, devido a deposição de poluentes, poeira, fuligem e gases estufa, que comprometem a qualidade do ar e afetando a saúde pública. 
A atmosfera é dividida em cinco regiões, conhecidas como troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera, conforme figura 3. 
Cada camada tem sua função e importância, porém, em se tratando de poluição atmosférica, a troposfera é a mais atingida por produtos das atividades antrópicas. 
Os poluentes atmosféricos podem ser provenientes de emissões naturais, como vulcões e tempestades, ou por origem antrópica. Entre as emissões antrópicas, encontramos as fontes móveis, compostas principalmente pelos veículos automotores, e as estacionárias, que incluem as indústrias e fábricas.
Vale destacar que as fontes móveis apresentam maior contribuição quando nos referimos à deposição de poluentes na atmosfera.
Figura 3. As camadas da atmosfera
Fonte: Suporte geográfico, 2017. [footnoteRef:3]3 [3: 3 https://suportegeografico77.blogspot.com/2017/11/infografico-atmosfera_29.html. Acesso em 01 ago.2020.
] 
As fontes móveis são as maiores responsáveis pela emissão de poluentes na atmosfera, o que as torna a principal causa de poluição do ar nas grandes cidades. Além disso, a combustão do carvão e petróleo, independentemente de sua fonte, é a principal causa geradora desses compostos na atmosfera (SILVA, 2009).
Os poluentes podem ser classificados como primários ou secundários. Poluentes primários são os contaminantes emitidos diretamente pela fonte, como por exemplo o monóxido de carbono emitido pelos escapamentos de carros. Já o poluente secundário são o resultado de reações químicas entre os poluentes primários e outros elementos que estão na troposfera, como é o caso do gás ozônio, formado a partir dos óxidos de nitrogênio em reação com a luz e umidade, por exemplo (figura 4). 
Figura 4. Fontes de Poluentes Atmosféricos
Fonte: Cola da Web/Ecologia, 2020. [footnoteRef:4]4 [4: 4 https://www.coladaweb.com/biologia/ecologia/poluicao-do-ar. Acesso em 02 ago.2020] 
Segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb[footnoteRef:5]5), as substâncias poluentes do ar podem ser classificadas como: [5: 5 https://cetesb.sp.gov.br/ar/poluentes/. Acesso em 02 ago.2020.] 
•	Compostos de enxofre
•	Compostos de nitrogênio 
•	Compostos orgânicos 
•	Monóxido de Carbono 
•	Compostos Halogenados 
•	Metais Pesados 
•	Material particulado 
•	Oxidantes fotoquímicos 
Cada um dos poluentes é oriundo de diferentes fontes. A interação entre as fontes de poluição e a atmosfera é o que distingue o nível de qualidade do ar, que, por sua vez, determinará o tipo e intensidade dos efeitos adversos sobre quem os recebe, que podem ser as plantas, animais, seres humanos e até mesmo os materiais (Cetesb https://cetesb.sp.gov.br/ar/poluentes/).
Na realidade, quando medimos a concentração de um poluente, estamos medindo o grau de exposição a partir de suas fontes de emissão e suas interações na atmosfera (NOGUEIRA, 2006).
2.2.2	 Os efeitos da poluição na saúde
Os efeitos danosos da poluição na saúde humana já são conhecidos de longa data. Foi na década de 50 que ocorreu em Londres um dos episódios mais marcantes relacionados à poluição do ar. Foi em uma ação combinada de partículas em suspensão e dióxido de enxofre que se formou uma grande névoa que, em cinco dias, ocasionou na população muitas doenças, principalmente nas pessoas com problemas pulmonares ou circulatórios prévios. Neste período, a curva de mortalidade na cidade aumentou em 4 mil mortes, voltando à normalidade somente depois de dois meses (BRANCO, 2004).
Diversas pesquisas e estudos já demonstraram que a poluição do ar tem gerado muitos problemas à saúde humana. Podemos destacar, por exemplo, o decréscimo das funções pulmonares, alterações no sistema imunológico, agravos às doenças respiratórias, principalmente em crianças, idosos e pessoas já portadoras de doenças prévias, como asma e bronquite, além de provocar o aumento de mortes intrauterinas e neonatais (SALDIVA, et al, 1994; PEREIRA et al, 1998; MARTINS et al., 2002; BAKONY et al., 2004; LIN, et al. 2004; CANÇADO, et al. 2006).
A Organização Mundial da Saúde, estimou que em 2016 cerca de 600 mil crianças perderam a vida em decorrência de infecções respiratórias desencadeadas por episódios de poluição atmosférica. O relatório publicado em 2018 pelaOMS, intitulado “Air Pollution and Child Health”, destaca a vulnerabilidade deste grupo quanto à poluição do ar e alerta para os riscos em desenvolver doenças crônicas no futuro, como as cardiovasculares. Além disto, enfatiza sobre os riscos de nascimentos prematuros em grávidas expostas a níveis mais altos de poluição. 
Diante das inúmeras evidências científicas sobre os danos da poluição atmosférica na saúde humana, não nos resta dúvida que estamos tratando um caso de saúde pública e risco à vida.
2.3	Vigipeq
Trata-se de um programa para desenvolver ações de identificação e prevenção à saúde de populações expostas a contaminantes químicos.
Dentro deste programa, há subdivisões para ações em relação às populações expostas a solos contaminados (Vigisolo) e também a avaliação da exposição humana a contaminantes químicos presentes no ambiente (Vigiquin), como mercúrio, amianto, chumbo, benzeno e agrotóxicos. 
Todas as ações referentes a exposição às substâncias químicas têm como premissa promover o conhecimento, detectar os elementos contaminantes e realizar o controle dos fatores ambientais de risco à saúde, das doenças ou de outros agravos à saúde da população exposta.
As situações de exposição humana aos agentes químicos apresentam características muito específicas e devem ser analisadas passo a passo.
O Ministério da Saúde propõe modelos de conduta proativa e reativa. O modelo de conduta proativa baseia-se no princípio da prevenção, tomando ações que se antecipam ao problema. Já o modelo reativo ocorre quando o problema já está instalado e as ações são propostas no intuito de amenizar os impactos provocados (figura 5). 
Figura 5. Modelo de atuação da Vigilância em saúde de populações expostas a contaminantes químicos
Fonte: Ministério da Saúde, sd.[footnoteRef:6]6 [6: 6 https://www.saude.gov.br/vigilancia-em-saude/vigilancia-ambiental/vigipeq/vigisolo. Acesso em 21 jun.2020.] 
2.3.1	Poluição dos solos : áreas contaminadas
Os processos industriais introduzidos no Brasil, trouxe junto com o desenvolvimento e progresso, a excessiva extração de recursos naturais e a grande recepção de resíduos e substâncias químicas. Com esta nova configuração de produção e trabalho, surgem também as áreas contaminadas. 
O crescimento populacional e a grande expansão urbana trouxeram diversos transtornos, como dificuldade na mobilidade e falta de locais para moradias, o que favoreceu a ocupação de áreas protegidas e locais com incertezas quanto a riscos e restrições, como as áreas contaminadas (FLORES SALINAS, 2017). 
Uma área é considerada contaminada quando existe a comprovação da existência de substâncias ou resíduos, que nela tenham sido depositados, acumulados, armazenados, enterrados ou infiltrados de forma planejada, acidental ou até mesmo natural. 
Estes poluentes podem ser encontrados na superfície essa área, nas rochas, em materiais para aterro ou até nos lençóis freáticos e águas subterrâneas. 
Este tipo de poluição tem características muito peculiares, pois afeta principalmente regiões industrializadas, com concentrações urbanas no entorno ou então, áreas com atividade intensa de agricultura. As principais características da contaminação do solo é o poder de acumulação e a baixa mobilidade dos poluentes, fazendo com que os mesmos dificilmente se degradem com o tempo (SANCHEZ, 2001). 
As áreas contaminadas podem trazer uma série de perigos à saúde que nem sempre são identificados de imediato. Habitar estas áreas ou estar muito próximos a elas nos expõe a poluentes tóxicos que podem entrar no organismo humano por inalação, ingestão ou até mesmo por contato.
A história do Love Canal 
Um dos primeiros casos que retratam os impactos das áreas contaminadas, aconteceu nos Estados Unidos, na cidade de Niagara Falls em Nova Iorque. 
No ano de 1892, William Love pretendia criar um canal para gerar energia por meio de uma extensa cachoeira que ligaria a parte alta e baixa do rio Niágara. Os planos fracassaram e restou no local apenas as escavações para construção do canal. 
Em 1920 o canal foi adquirido pela empresa Hooker Chemical and Plastic Corporation, que ficou ativa de 1942 a 1953. Esta empresa utilizou a área do canal abandonado como depósito de resíduos químicos. Ao atingir a capacidade máxima, o local foi apenas coberto por terra e abandonado. Após a empresa fechar, o local foi ocupado por residências, incluindo a construção de uma escola. 
Na década de 70 era muito comum no local a ocorrência de odor desagradável e substâncias desconhecidas emergirem do solo. Neste período também foram identificados uma série de moradores com problemas de saúde, abortamentos, má formações congênitas e aumento na incidência de câncer. 
Quando houve a confirmação de que se tratava de área com contaminação industrial houve evacuação de toda a área, alocação das famílias em áreas seguras, a escola foi fechada e a empresa sucessora (OxyChem) investiu na remediação da área e indenizações ao governo.
Figura 6. Manifestações da população quatro décadas após o incidente
Fonte: Stephen Hicks, 2015. [footnoteRef:7]7 [7: 7 https://www.stephenhicks.org/2015/01/04/o-desastre-ambiental-do-love-canal-quatro-decadas-depois/ Acesso em 23 jul.2020] 
Figura 7 Área da fábrica abandonada 
Fonte: Devastating disaster, 1978. [footnoteRef:8]8 [8: 8 https://devastatingdisasters.com/love-canal-contamination-new-york-august-2-1978/ Acesso em 23 jul/2020.] 
.
Condomínio Barão de Mauá 
O conjunto residencial Barão de Mauá, localizado na cidade de Mauá, em São Paulo, foi construído em 1996, com 54 prédios que abrigam aproximadamente 1.700 famílias. 
Quatro anos após a construção, com diversas unidades já habitadas, dois funcionários faziam manutenção na bomba do condomínio quando foram atingidos por uma explosão vinda do solo. Um deles sofreu graves queimaduras e o outro não resistiu aos ferimentos. 
Ao se fazer a perícia no local foram identificados gases inflamáveis, como benzeno, clorobenzeno e trimetilbenzeno, provenientes de 450 mil toneladas de resíduos originalmente classes I, II e III. Vale lembrar que os resíduos classe I apresentam em suas propriedades físico-químicas substâncias perigosas, que podem apresentar risco à saúde pública e ao meio ambiente. 
O terreno em que foi construído o condomínio pertencia a Companhia Fabricadora de Peças (COFAP) e foi utilizado por cerca de 20 anos como lixão industrial.
Figura 8. Visão aérea do condomínio Barão de Mauá
Fonte: Diário do Grande ABC, 2001. [footnoteRef:9]9 [9: 9 https://www.dgabc.com.br/(X(1)S(uyuebg0aegiejt4bntttljea))/Noticia/2507268/barao-de-maua-mais-do-mesmo . Acesso 23 jul.2020.] 
Os riscos apontados nos dois casos descritos não nos deixam dúvidas sobre a importância da identificação e remediação das áreas contaminadas para preservar a saúde humana.
2.4	Vigidesastres 
Este programa tem como meta propor e desenvolver ações para redução de riscos decorrentes de desastres naturais, acidentes com produtos químicos a emergência radiológica e nuclear. 
As ações propostas visam a minimização do risco, gestão do desastre e recuperação de seus impactos. 
O vigidesastre tem ações articuladas também com políticas de mudanças climáticas, já que seus efeitos contribuem para agravos à saúde e meio ambiente.
2.4.1. Desastres naturais 
São situações de risco e perigo, causados por processos naturais que impactam diretamente a saúde humana, danos ao meio ambiente, propriedades e serviços. 
Estes desastres têm várias origens e, segundo o Ministério da Saúde, podem ser classificados como:
•	Geológicos: terremotos, erosões, assoreamento, deslizamento, desabamento. 
•	Hidrológicos: Enchentes, enxurradas, inundações, alagamentos.
•	Meteorológicos: Ciclones, furacões, tornados, ondas de calor.
•	Climatológicos: Incêndio em florestas, seca, estiagem. 
•	Biológicos: pragas, epidemias, infestações. 
Os desastres causam situações muito específicas e podem causar impactos diretos à saúde ou então impactos que só serão descobertos ao longo do tempo. 
Atuar em situações de desastresnaturais exige equipes multidisciplinares, já que são muitas áreas envolvidas. 
Tratando-se de desastres naturais, nos deparamos com dois importantes conceitos: 
Ameaça: refere-se a um fenômeno natural, tecnológica ou resultando de ações antrópicas que são capazes de causar danos à saúde, óbitos, danos materiais, ou degradação ambiental. 
Vulnerabilidade: Condição humana de característica social, ambiental ou econômica. 
Cada situação de desastre afeta diretamente o sistema de saúde, a medida que as providências e atendimentos devem ser imediatos a fim evitar maiores consequências. 
Um exemplo de desastre natural no Brasil
 
Em janeiro de 2011, na região serrana do Rio de Janeiro, houve a incidência de chuvas fortes que provocaram inúmeros deslizamentos. Foram mais de 900 mortes com cerca de 7000 pessoas desalojadas. 
Este desastre foi classificado pela ONU como o 8º maior deslizamento ocorrido no mundo nos últimos 100 anos.
As chuvas duraram mais de 32 horas e fizeram com que os rios transbordassem, originando ondas que devastaram as casas. O volume de terra que deslizou atingiu áreas habitadas, arrancou árvores e deslocou pedras.
Figura 9. Deslizamento na região serrana do Rio de janeiro em 2011
Fonte: Shana Reis, 2011.[footnoteRef:10]10 [10: 10 http://www.usp.br/aun/antigo/exibir?id=6581&ed=1159&f=2 . Acesso em 23 jul.2020.] 
Embora situações como estas causem grandes impactos, elas podem ser prevenidas quando associadas aos serviços de meteorologia e estudos analíticos dos solos.
2.5	 Vigifis
Trata-se da vigilância à saúde relacionada aos fatores físicos. O programa objetiva identificar e desenvolver ações protetivas relacionadas a exposição a radiações ionizantes e não ionizantes. Tal exposição refere-se à população em geral e também aos profissionais de saúde expostos a estas energias.
2.5.1	Radiação 
A radiação é um processo físico onde a energia sai de uma fonte e se propaga no meio por ondas eletromagnéticas ou partículas. Pode ser proveniente de fontes naturais ou por equipamentos fabricados. 
As radiações não ionizantes são aquelas de baixa energia e estão sempre presentes em nosso cotidiano, como a luz, ondas de calor, micro-ondas, rádios e televisão. 
Já as radiações ionizantes apresentam níveis de energia bastante altos e são provenientes do núcleo de átomos, em um processo de ionização (ganho ou perda de elétrons). É o caso das radiações alfa, beta, gama e raio x. 
As radiações ionizantes, por suas propriedades de penetrar em tecidos vivos, são utilizadas em diagnósticos e tratamentos de saúde. Porém, caso haja exposição excessiva, podem ocorrer danos à saúde. 
 
Acidentes com radiação 
Em nossa história, já nos deparamos com diversos casos de desastres envolvendo elementos radioativos. 
Certamente um dos casos mais marcantes foi o acidente nuclear de Chernobyl, ocorrido em 1986, na antiga União Soviética. 
Com o descumprimento de diversos protocolos de segurança, um dos reatores da usina explodiu provocando morte de operadores e emissão de grande quantidade de material radioativo na atmosfera.
Após o acidente, relatórios oficiais demonstraram que a demora para se identificar a gravidade do caso, levou a consequências desastrosas (SOUZA, et al,2014).
Um aumento repentino e não previsto de pressão no reator provocou a explosão. A reação entre o oxigênio e o grafite da caixa que continha urânio provocou a combustão. Centenas de pessoas foram atingidas, seja diretamente ou algum tempo depois devido ao contato com a radiação. 
Pripyat, que era a cidade mais próxima de Chernobyl também foi toda evacuada após o acidente, porém, a estimativa é que cerca de 90 mil pessoas tenham sido atingidas de alguma maneira pelo acidente.
Pesquisas já comprovaram que as pessoas expostas de alguma forma à radiação nuclear têm o risco elevado de desenvolver algum tipo de câncer, principalmente em crianças (MARTUSCELLI, 2015). 
Figura 10. Explosão do reator 4 em Chernobyl, 1986.
Fonte: Getty images, 2019. [footnoteRef:11]11 [11: 11https://www.tecmundo.com.br/ciencia/141908-chernobyl-causou-o-pior-acidente-nuclear-historia.htm . Acesso em 23 jul. 2020.] 
Outro caso emblemático foi o acidente ocorrido no Brasil, em Goiânia, em 1987. Tudo ocorreu quando um instituto para tratamento de câncer desativa uma clínica e deixa para traz um equipamento de radioterapia, que utilizava como combustível o cloreto de Césio. 
Dois catadores de lixo encontram o equipamento e desmontam para vender as peças. Ao desmontar, encontram a cápsula contendo Césio 137 e, em alguns dias, sentem os primeiros sintomas de intoxicação radioativa, como náuseas, vômitos e diarreia. 
O dono do ferro ao ver a cápsula que continha 19 gramas de Césio, acredita ser um material muito valioso, já que a noite o material tinha um brilho velho compra a cápsula e, por ter um brilho verde azulado muito bonito. Ele leva este material para casa e apresenta à família e aos amigos. Em poucos dias, todos que tiveram contato com o material apresentam os sintomas de intoxicação. 
A primeira vítima fatal foi a sobrinha do dono do ferro velho, que ingeriu o material e faleceu um mês depois. Diante destes fatos, a esposa do dono do ferro velho, desconfia do material e leva até a vigilância sanitária da cidade, quando foi desvendado o mistério. 
Mesmo após anos do acidente, as pessoas contaminadas continuam em tratamento e são monitoradas.
3 vigilância em saúde do trabalhador
A vigilância em saúde do trabalhador integra um conjunto de ações das Políticas Públicas de Saúde e da Política Nacional de Saúde do Trabalhador, instituída pela portaria do Ministério da saúde nº 1.823/2012.
A Política Nacional de Saúde do Trabalhador tem como principais objetivos a promoção à saúde, a prevenção de acidentes e danos relacionados ao trabalho. Para tanto tem como princípios básicos a universalidade e integralidade, o estímulo a educação continuada e o incentivo à pesquisa em saúde e segurança do trabalho. 
Os órgãos envolvidos para a aplicação desta política são o Ministério da Saúde, o Ministério do Trabalho e Emprego e a Previdência Social. 
A saúde do trabalhador é uma área da saúde pública que prevê estudos, propostas de prevenção, assistência e vigilância aos agravos à saúde relacionados ao ambiente de trabalho e faz parte do direito universal à saúde.
 Consideramos como trabalhador toda pessoa que realize alguma atividade de trabalho, mesmo que não esteja exercendo suas funções no mercado formal ou informal. Deste modo, inclui-se também trabalho doméstico e familiar.
Como um dos componentes do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde, a Vigilância em Saúde do Trabalhador tem como principal foco integrar ações para identificar riscos e promover a prevenção e redução dos impactos à saúde decorrentes do ambiente de trabalho. Para tanto, conta com a participação dos trabalhadores em todas as suas etapas de planejamento de ações. 
Para conseguirmos transformar um ambiente de trabalho é necessário conhecer o sistema de trabalho para que possam ser planejadas formas de melhorias e intervenção, visando a proteção à saúde do trabalhador. 
3.1	O trabalho e o trabalhador 
O trabalho, ou a falta dele, é um importante fator condicionante para a qualidade de vida e, consequentemente, para a saúde do trabalhador e de suas famílias. 
Conforme exposto na figura 11 temos o trabalho como eixo central para determinar as condições de vida e de saúde das populações. 
Figura 11. Determinantes sociais da saúde
Fonte: Caderno da saúde do trabalhador. [footnoteRef:12]12 [12: 12 http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/cadernoab_saude_do_trabalhador.pdf. Acesso em 01 ago.2020.] 
Em relação ao trabalhador, temos diferentes formas de inserção ao mercado de trabalho, tais como: 
•	Empregador 
•	Empregado: setor público ou privado 
•	Trabalhador por conta
•	Trabalhador doméstico 
•	Trabalhador familiar 
Entre estes tipos de trabalhadores, ainda temos aqueles que trabalham com carteira assinada, carteira não assinada ou em regime estatutário. 
Independenteda forma como as pessoas estão inseridas no trabalho, é fundamental ter uma visão diferenciada no que se refere aos impactos do ambiente de trabalho na saúde trabalhador. 
3.2	A atuação da vigilância em saúde do trabalhador (VISAT)
O objetivo da vigilância à saúde do trabalhador é vigiar o trabalho como forma de impedir que os trabalhadores adoeçam e possam melhorar a cada dia a qualidade de vida. É importante para identificar, controlar e monitorar os riscos e diminuir a probabilidade de doenças e acidentes ocupacionais. 
Para melhor compreendermos o campo de atuação desta vigilância, vamos diferenciar acidente de trabalho e doença do trabalho. 
Acidente de trabalho: é o acidente que ocorre durante o exercício da atividade laboral, podendo ocasionar morte ou lesão, redução permanente ou temporária da capacidade física ou mental para realizar o trabalho. 
Doença do trabalho: adquirida ou desencadeada em função das condições especiais dos trabalhos realizados. É o caso, por exemplo, das silicoses e pneumoconioses ocorridas pela inalação do amianto, das doenças ortopédicas por ações repetitivas ou até mesmo as condições de estresse laboral. 
A vigilância em saúde do trabalhador vai atuar baseada em um conjunto de normas especificas de saúde, ambiente e organização de trabalho, pautada no desenvolvimento de ações de promoção e prevenção à saúde, diminuindo desta forma os riscos profissionais. 
Os riscos profissionais podem ser classificados de acordo com sua origem, tais como: 
· Riscos Químicos: provocados por agentes químicos que possam penetrar no organismo pela pele ou vias respiratórias. Solventes, tintas, fumo, gases, fuligem, vapores, ácidos, sílica são alguns exemplos de sustâncias químicas que podem trazer danos à saúde. 
· Riscos Físicos: diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores como tremores, vibrações, ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes e não-ionizantes.
· Riscos Biológicos: são os vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos que, em contato com o organismo humano, podem provocar doenças.
· Riscos Ergonômicos: diversas formas de esforço físico, como levantamento de peso, postura inadequada, controle rígido de produtividade, situação de estresse, trabalhos em período noturno, jornada de trabalho prolongada, movimentos repetitivos. 
· Riscos de Acidentes: são todos os fatores que colocam em perigo o trabalhador ou afetam sua integridade física ou moral. Podemos citar alguns exemplos com trabalho em altura, espaços confinados, uso de prensas, máquinas de corte, entre outros. 
O modelo de atuação da VISAT tem como premissa a participação e a integração de setores. Todas as suas ações devem ser coordenadas pelas instâncias do SUS e articuladas pela Rede Nacional de Atenção à Saúde do Trabalhador (RENAST).
3.3	A Renast
A Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador, instituída pela portaria do Ministério da Saúde nº 2.728/2009, tem um importante papel de articulação com as diversas áreas do SUS, além de difundir as ações relativas à saúde do trabalhador.
Esta rede é responsável pela execução de ações integrais à saúde do trabalhador. É composta pelos centros estaduais e regionais de referência à saúde do trabalhador (CEREST) e por uma rede sentinela de serviços médicos e ambulatoriais de média e alta complexidade. 
3.4	 A Rede Sentinela
A rede sentinela é composta pelas unidades de saúde responsáveis por diagnosticar, investigar, tratar e notificar acidentes, agravos e doenças relacionadas ao trabalho. Além disto, é papel das sentinelas registrar no sistema de informação de agravos de notificação (SINAN-NET) os casos de doenças e acidentes de trabalho. Pode ser composta por hospitais, serviços de urgência, prontos socorros, tanto da rede pública como privada (figura 12). 
Figura 12. Composição da rede sentinela
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
3.5	 Os Cerests 
Os centros de referência à saúde do trabalhador são locais de atendimento especializados ao trabalhador com doenças ou agravos relacionados às atividades laborais. 
Tem como principais objetivos:
· Identificar a relação entre a doença, agravo e atividade de trabalho;
· Planejar e oferecer ao trabalhador um conjunto de ações para minimizar os impactos causados na saúde pelo ambiente ou atividade de trabalho; 
· Promover suporte técnico por meio de educação continuada e coordenação de projetos pertinentes ao tema, no intuito de mitigar e prevenir os impactos das atividades laborais na saúde do trabalhador. 
Os Cerests podem ser em nível estadual ou municipal, cada um com suas competências específicas. 
Atribuições do Cerest Estadual: 
· Elaborar e executar a Política Estadual de Saúde do Trabalhador; 
· Acompanhar planos de ação dos Cerests regionais;
· Participar do pacto para definição da rede sentinela e contribuir para. ações de vigilância em saúde.
Atribuições do Cerest Municipal: 
· Capacitar as redes de serviços de saúde com a promoção de capacitação permanente dos profissionais; 
· Apoiar a formulação de políticas em saúde do trabalhador; 
· Promover a atenção integral à saúde do trabalhador;
· Sistematizar informações para a tomada de decisões em saúde do trabalhador;
· Apoiar a estrutura da assistência de média e alta complexidade para atender aos agravos, conforme portaria GM 777/2004. 
3.6	 A vigilância do trabalhador na atenção básica 
Para a realização da atenção básica na saúde do trabalhador existem alguns passos que devem ser realizados para planejamento e tomadas de decisões: 
Identificar o perfil demográfico da população economicamente ativa, dividida por sexo e faixa etária; 
· Listar as atividades produtivas com seus riscos inerentes; 
· Verificar a ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais das regiões; 
· Desenvolver programas de educação em saúde do trabalhador; 
· Desenvolver ações entre as diversas áreas visando soluções aos problemas identificados; 
· Encaminhar os casos de maior complexidade para os serviços especializado em saúde do trabalhador; 
· Investigar e notificar os casos; 
· Orientar os trabalhadores de forma individual e coletiva
3.7	 As emergências nas redes sentinelas 
Em casos de emergências relacionadas às atividades laborais, as atividades sentinelas devem prestar ações de assistência e informação. 
Assistência 
•	Realizar diagnóstico; 
•	Coletar dados que permitam correlacionar as atividades laborais com o agravo; 
•	Encaminhar ao INSS para a concessão dos benefícios que couber ao caso.
Informação 
•	Realizar as devidas notificações;
•	Cadastrar as atividades produtivas do local.
A vigilância em saúde do trabalhador, embora tenha passado por grandes avanços em termos de legislação de apoio, criação das redes e tecnologias, também enfrenta muitos desafios. 
Ainda há escassez de informações relativas aos acidentes e doenças ocupacionais. 
Estas doenças ainda oneram muito os cofres públicos e há necessidade de intensa capacitação dos profissionais que atuam nesta área. 
4	Comunicação do acidente de trabalho
Os acidentes de trabalho são muito comuns e, infelizmente nem sempre são contabilizados e notificados para que o trabalhador possa ser amparado. 
Quando estes acidentes ocorrem, seja durante a atividade laboral ou no trajeto ao trabalho, deve ser feita uma notificação ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para que o mesmo seja auxiliado. O mesmo vale para as doenças ocupacionais. 
 A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido pela empresa para reconhecer tanto um acidente ou a doença ocupacional. 
Esta comunicação é obrigatória até o primeiro dia útil após o acidente, podendo incidir multa caso a empresa não o faça. Em caso de morte, a comunicação é imediata. 
Esta comunicação é muito simples, já que pode ser realizada pelo sistema do INSS. Caso a empresa não comunique o acidente, outras pessoas poderão fazer, como o próprio empregado, algum dependente, médicos ou autoridades públicas. 
Existem três tipos de CATs que podem ser abertas: 
· CAT inicial:quando ocorre o acidente ou a doença ocupacional;
· CAT de Reabertura: quando as lesões são agravadas ou a doença evolui; 
· CAT de óbito: quando há morte do trabalhador, desde que já haja a CAT inicial.
A comunicação de acidente de trabalho é de extrema importância para que se cumpram os direitos dos trabalhadores, no que diz respeito à saúde e garantia do emprego e qualidade de vida. 
5	Considerações finais 
O vínculo saúde e ambiente é realmente indissociável. Seja o ambiente externo, composto pelos locais que frequentamos ou o ambiente interno, como nossas casas e trabalho. 
O ser humano, como parte integrante do ambiente, ao mesmo tempo em que depende dele, também provoca danos e impactos. 
As políticas públicas de saúde devem ser integradas e articuladas com diversas outras áreas, para que possam atingir os princípios plenos dos direitos dos cidadãos, de acesso à saúde e uma vida equilibrada. 
Nesta unidade conhecemos um pouco das ações da vigilância ambiental e da vigilância em saúde do trabalhador. Ambas têm o objetivo de identificar e prevenir danos à saúde provocados pelo ambiente, seja no aspecto do ambiente social ou do ambiente de trabalho. 
É importante ressaltar que a vigilância em saúde, embora atue por áreas específicas, tem uma visão abrangente para atingir os princípios fundamentais do SUS, cumprindo sua missão quanto ao acesso universal à saúde. 
Tanto a vigilância à saúde quanto a vigilância da saúde do trabalhador, embora já tenham conquistado espaço em discussões e tenham já legislações e projetos, ainda há muito o que desenvolver e aplicar, principalmente no desenvolvimento de uma base de dados que forneça subsídios para planejamento de ações realmente eficazes e efetivas. 
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